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Enunciado: [Em face dos factos descritos, aprecie a responsabilidade jurídico-penal de cada uma das pessoas referidas]

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Academic year: 2021

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34.º Curso

Via Académica: 2.ª Chamada

GRELHA DE VALORAÇÃO E CORRECÇÃO

GRUPO I

Total: 13 valores

Enunciado: [Em face dos factos descritos, aprecie a responsabilidade jurídico-penal de cada uma das pessoas referidas]

Notas prévias:

a) A cotação máxima no âmbito do crime de associação criminosa (art. 299, do CP), pressupõe a descrição do bem jurídico (paz pública), a diferenciação das formas de comparticipação e justificação da punição autónoma, e a análise dos seus requisitos essenciais, a saber: pelo menos 3 pessoas – no caso concreto, são 5 indivíduos, AA, BB, CC, DD, EE; duração no tempo - a estrutura em causa dura pelo menos durante grande parte do ano de 2017; estrutura organizativa – existe uma organização bem determinada, com distribuição de tarefas especializadas pelos referidos elementos (o que o distingue de um bando); processo de formação de vontade coletiva – inerente ao próprio conceito de uma sociedade por quotas; unidade diferente de qualquer uma das individualidades componentes (o todo ultrapassa a mera soma das partes) – o grupo constitui, no caso concreto uma sociedade comercial por quotas (Velozes&Furiosos, Lda.), entidade que transcende os membros do grupo, e visa, fundamentalmente a prática de factos ilícitos (crime de branqueamento – art. 368-A, do CP). De notar que a constituição de uma sociedade comercial com finalidades criminosas deve ser considerada, pelo menos no que toca ao crime de branqueamento a analisar infra, especialmente perigoso para a paz pública, dada a vocação natural daquele tipo de pessoa coletiva para interagir no comércio, com todas as implicações da respetiva atuação ilícita para a propriedade alheia e o mercado. Tal justifica, portanto, a punição autónoma da associação criminosa.

b) Em sede dos crimes descritos no texto, em especial dos crimes contra o património, é essencial ter presente o art. 26, do CP, que distingue 4 formas de ação que devem ser punidas a título de autoria, em primeiro lugar, a autoria imediata (domínio da ação). Naturalmente esta figura está presente no caso concreto. Em segundo lugar a lei enuncia a autoria mediata

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2 (“quem executar o facto… por intermédio de outrem” - o homem da frente é mero instrumento ou meio do homem-de-trás, que detém o “domínio da vontade”). No caso concreto inexiste a figura da autoria mediata. Em terceiro lugar, a lei expõe a coautoria (“quem tomar parte direta na sua execução, por acordo ou juntamente com outro ou outros” – “condomínio do facto”). Esta figura também é importante para o caso concreto. O coautor, conforme realça o art. 26, deve tomar parte direta na execução do facto ilícito-típico. Ou seja, não pode ser considerado coautor do facto típico quem não participa na execução, sendo certo que o conceito de execução é dado pelo art. 22/2, do CP. Por último, no texto do art. 26, encontramos uma 4.ª alternativa de punição como autor, a instigação, que também assume particular relevância para o caso concreto. Como se sabe o instigador é aquele que produz no executor, de forma cabal, a decisão de atentar contra um bem jurídico-penal, inculcando-lhe a ideia, revelando-lhe a sua possibilidade, as suas vantagens ou o seu interesse, ou aproveitando a sua plena disponibilidade e acompanhando de perto e ao pormenor a tomada de decisão definitiva pelo executor, detendo, também ele, o “domínio da decisão”. Ainda de acordo com a nossa lei, e no que é pertinente para o caso concreto, torna-se necessário distinguir o instigador do indutor (art. 27, do CP - cúmplice na forma de “auxílio moral”). A distinção entre o instigador e o indutor ocorre porquanto o primeiro determina, de forma cabal, uma vontade alheia a praticar o facto ilícito típico – comparticipação essencial no facto -, enquanto o segundo apenas fortalece-o na vontade de praticar o crime – participação acessória no facto.

Isto posto, descrevemos a subsunção jurídica considerada correta. AA:

1. Fundou e dirige uma associação criminosa, crime previsto no art. 299.º/1/3/5, do CP. Valoração: 0,2.

2. É instigador, relativamente a CC e DD, de 30 crimes de furto qualificado valor elevado e/ou por modo de vida (art. 204/1/a/h, 202/a, do CP), e de 3 crimes de furto qualificado por valor consideravelmente elevado (art. 204/2/a, 202/b, do CP). Valoração: 0,2.

3. É instigador, relativamente a BB e EE, de 34 crimes de recetação (art. 231/1, do CP). Valoração: 0,4.

4. É coautor, com os demais elementos da associação criminosa, de um crime de branqueamento, p. e p. pelo art. 368-A/1/2, do CP. De notar, que os proventos da venda de peças de veículos furtados/roubados são distribuídos entre os 5 elementos do grupo criminoso, na proporção das quotas de sócio, na forma de lucros da sociedade comercial “Velozes&Curiosos, Lda”. O catálogo de crimes previsto no art. 368-A/1, do CP, apenas

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3 abrange, no que aqui é pertinente, crimes puníveis com mínimo superior a 6 meses ou máximo superior a 5 anos. Os furtos simples e furtos qualificados do art. 204/1, do CP, não se subsumem em tal previsão. Ou seja, apenas pode haver crime de branqueamento quanto aos proventos dos bens de valor consideravelmente elevado infra referidos. Com estas precisões, AA (e os demais elementos da associação criminosa) pratica o crime de branqueamento. Valoração: 0,2.

BB :

5. É parte de uma associação criminosa, crime previsto no art. 299/1/2/5, do CP. Valoração: 0,2.

6. É autor imediato, de 34 crimes de recetação (art. 231/1, do CP). Valoração: 0,3. 7. É indutor, relativamente a CC e DD dos crimes de furto qualificado pelos quais estes devem ser punidos (cúmplice moral, pois fortalece a vontade destes, sabendo CC e DD, de acordo com o plano comum, que terão sempre meios ao seu dispor para se desembaraçarem mais facilmente dos bens de origem ilícita – art. 27, do CP). Valoração: 0,5.

8. É coautor, com os demais elementos da associação criminosa, de um crime de branqueamento, p. e p. pelo art. 368-A/1/2, do CP. Valoração: 0,2.

CC

9. É parte de uma associação criminosa, crime previsto no art. 299/1/2/5, do CP. Valoração: 0,2.

10. É autor imediato de 15 crimes de furto qualificado por valor elevado e/ou por modo de vida (art. 204/1/a/h, 202/a, do CP), e 2 crimes de furto qualificado por valor consideravelmente elevado (art. 204/2/a, 202/b, do CP). Valoração: 0,3.

11. O CC ao aceder, sem autorização, ao computador de um dos veículos que subtraiu, após aceder a dados confidenciais para o efeito (cópia dos dados da chave virtual contidos no servidor), cometeu, em autoria imediata, um crime de acesso ilegítimo agravado – art. 6/1/4/b, da LCC (Lei do Cibercrime ou LCC – Lei n.º 109/2009, de 15/09). O dolo de cada um dos demais elementos do grupo também envolve estes factos? Adotando o critério da previsibilidade, a resposta só pode ser negativa. Valoração: 0,3.

12. É indutor, relativamente a DD dos crimes de furto qualificado pelos quais este deve ser punido (cúmplice moral, pois fortalece a vontade deste, tendo em conta que a final, de acordo com o plano comum, receberá sempre uma percentagem fixa dos lucros, de acordo com a sua quota societária – art. 27, do CP). É também cúmplice moral dos crimes de recetação praticados por BB e EE, por igualdade de razões. Valoração: 0,5.

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4 13. É coautor, com os demais elementos da associação criminosa, de um crime de branqueamento, p. e p. pelo art. 368-A/1/2, do CP.). Valoração: 0,2.

DD

14. É parte de uma associação criminosa, crime previsto no art. 299/ 1/2/5, do CP.). Valoração: 0,2.

15. É autor imediato de 15 crimes de furto qualificado por valor elevado e/ou modo de vida (art. 204/1/a/h, 202/a, do CP), e 1 crime de furto qualificado por valor consideravelmente elevado (art. 204/2/a, 202/b, do CP). Valoração: 0,3.

16. No que à morte do condutor do veículo BMW 520i diz respeito, a resolução criminosa inicial de DD envolve apenas o uso de força física para se apoderar do veículo (crime de roubo). Contudo, porque o condutor o ameaça com um gesto indiciador de que irá puxar de uma arma, interpretando o DD que tal gesto é no sentido de puxar de uma arma de fogo, dispara uma pistola 9 mm contra o condutor, por duas vezes, atingindo-o numa zona vital, matando-o de imediato. Apesar de alguma doutrina afirmar que “contra legítima defesa não há legítima defesa” (Taipa de Carvalho, “Direito Penal, Parte Geral”, 3.ª ed., Católica, Porto, 2016, p. 369; Claus Roxin, “Derecho Penal, Parte General”, Editorial Civitas, Madrid, 1997 p. 615), cremos que pode ser argumentado que no caso concreto DD reage a uma ação do condutor de proteção da propriedade/posse do carro que poderá colocar em causa a vida daquele. Pode, assim, ser sustentado que estamos perante uma legítima defesa para tutela da vida de DD, ocorrida perante uma legítima defesa do condutor para proteger a propriedade/posse do veículo, sendo certo que a defesa exercida por DD é manifestamente excessiva no que toca ao meio. De notar que, apesar de não podermos afirmar que DD se encontra em erro, a expressão do condutor, “… achavas que eras o único bandido na cidade? Já vais ver como é que é…”, seguido de um gesto para retirar algo de um bolso, induz um destinatário comum a pensar que irá sacar efetivamente de uma arma (arma branca ou de fogo, é coisa que se desconhece e é irrelevante para o caso). Não se sabe, contudo, se tal retirar de uma arma é apenas para intimidar DD ou para o atingir no corpo. Assim sendo, DD, ao disparar de imediato sobre o condutor, dirigindo os disparos a uma zona vital (coração), age manifestamente em excesso, mesmo que se considere que estava munido de animus de defesa perante uma previsível agressão iminente por parte do condutor. É, pois, autor imediato, de um crime de homicídio simples (art. 131, do CP), cometido em excesso de legítima defesa, cuja pena pode (mas, em bom rigor, não deve, atenta a situação criada pelo próprio DD) ser especialmente atenuada (arts. 32 e 33, do CP). O dolo de cada um dos demais elementos

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5 do grupo também envolve estes factos? Adotando o critério da previsibilidade, a resposta só pode ser negativa. Valoração: 2,5.

17. Quanto ao apoderamento do veículo BMW 520i. O crime de roubo (art. 210, do CP), como se sabe, é um crime de execução vinculada, apenas podendo ser cometido, quando o bem apropriado o foi através do uso, no que aqui é pertinente, de violência física. DD queria praticar um crime de roubo, através do uso de violência física, mas, porque foi surpreendido pelo condutor e o matou em excesso de legítima defesa, acabou por não ter necessidade de recorrer a tal violência. Comete, assim, em autoria imediata, um crime de furto qualificado consumado (bem com valor consideravelmente elevado, trazendo arma de fogo oculta - arts. 202/b, 204/2/a/f, do CP) em concurso aparente com um crime de roubo agravado na forma tentada (arts. 210/1/2/b, 202/b, 204/2/a/f, 22/1/2/c, do CP), prevalecendo este sobre aquele porque punido de forma mais grave. É, ainda, autor imediato e em concurso efetivo, de um crime de detenção de arma proibida (arts. 2/1/q, 3/3, 5/1, 13, 86/1/c, da Lei 5/2006, de 23/02, Lei das armas). O dolo de cada um dos demais elementos do grupo também envolve estes factos? Adotando o critério da previsibilidade, a resposta só pode ser negativa. Valoração: 3.

18. É autor imediato de um crime de profanação de cadáver, p. e p. pelo art. 254/1/b, do CP. Valoração: 0,2.

19. É indutor relativamente a CC dos crimes de furto qualificado pelos quais este deve ser punido (cúmplice moral, pois fortalece a vontade deste, tendo em conta que a final, de acordo com o plano comum, receberá sempre uma percentagem fixa dos lucros, de acordo com a sua quota societária – art. 27, do CP). É também cúmplice moral dos crimes de recetação praticados por BB e EE, por igualdade de razões. Valoração: 0,5.

20. É coautor, com os demais elementos da associação criminosa, de um crime de branqueamento, p. e p. pelo art. 368-A/1/2, do CP. Valoração: 0,2.

EE

21. É parte de uma associação criminosa, crime previsto no art. 299/1/2/5, do CP. Valoração: 0,2.

22. É autor imediato, de 34 crimes de recetação (art. 231/1, do CP). Valoração: 0,3. 23. É indutor relativamente a CC e DD dos crimes de furto qualificado pelos quais estes devem ser punidos (cúmplice moral, pois fortalece a vontade destes, sabendo CC e DD, de acordo com o plano comum, que terão sempre meios ao seu dispor para se desembaraçarem mais facilmente dos bens de origem ilícita – art. 27, do CP). Valoração: 0,5.

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6 24. É coautor, com os demais elementos da associação criminosa, de um crime de branqueamento, p. e p. pelo art. 368-A/1/2, do CP. Valoração: 0,2.

A sociedade “Velozes&Curiosos, Lda”

25. É responsável, nos termos previstos no art. 11/2/a/4, do CP, por um crime de associação criminosa (art. 299, do CP), e um crime de branqueamento (art. 368-A/1/2, do CP). Valoração: 0,5.

FF e GG. Valoração: 0,5.

26. FF e GG praticam, como autores imediatos, crimes de recetação (art. 231/2, do CP). Valoração: 0,3.

Lord Hackney

27. O “Lord Hackney” comete, em autoria imediata, um crime de acesso ilegítimo (art. 6/2, da Lei 109/2009, de 15/09 - LCC). Valoração: 0,4.

GRUPO II

2,5 valores

Questão: [Uso de dispositivo de tracking via GPS: Aprecie a descrita conduta dos

órgãos de polícia criminal e respetivas consequências em sede de prova, à luz da

Lei Processual Penal]

O aparelho conhecido como GPS tracker permite saber, em tempo real, onde está, neste caso, um veículo automóvel, bem como o respetivo percurso, os tempos e locais de paragem, o período de funcionamento do motor e a velocidade a que o automóvel circula. Este meio de obtenção de prova é diferente da interceção de comunicações e não existe lei que o preveja, bem como aos seus limites e às garantias inerentes à sua aplicação. É um meio oculto de investigação que, por isso mesmo, só poderia ser admitido se existisse lei que o consagrasse como um meio de obtenção de prova legítimo e regulasse os aspetos essenciais do seu regime. Assim é, porque a utilização destes aparelhos, pelo sistemático e permanente registo de dados que propicia e pela natureza dos mesmos, é suscetível de violar a vida privada dos utilizadores dos veículos em que se encontrem instalados (neste sentido, TRL 13.04.2016, proc. n.º 2903/11.8TACSC.L1-3; bem como Paulo Pinto de Albuquerque e Manuel de Costa Andrade, “Bruscamente no Verão Passado, A Reforma do Código de Processo Penal”, Coimbra Editora, 2009, pp. 113 e 184).

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7 Nestes termos, é um método proibido de obtenção de prova (arts. 32/8, CRP, 126/3, do CPP). Em consequência, a localização da garagem através daquele meio não pode ter valor probatório (proibição de valoração).

Em sentido divergente, Santos Cabral, “Código de Processo Penal Comentado”, Almedina, 2.ª ed., 2016, p. 780; TRP 21-03-2013, proc. n.º 246/12.9TAOAZ-A.P1; TRE 07.10.2008, proc. n.º 2005/08-1.

GRUPO III

2 valores

Questão: [Pesquisa em smartphone: Aprecie a descrita conduta dos órgãos de

polícia criminal e respetivas consequências em sede de prova, à luz da Lei

Processual Penal]

A pesquisa a sistema informático, nas circunstâncias descritas no texto, em especial, na falta de consentimento do titular (Carlos), carece de autorização judicial nos termos previstos no art. 15/1/3, da LCC – Lei 109/2009. Nestes termos, o acesso aos dados contidos no smartphone foi efetuada fora das condições legais com violação da vida privada e, consequentemente, existe uma proibição de prova (arts. 32/8, CRP, 126/3, CPP). Em consequência, as informações verificadas pelos órgãos de polícia criminal naquelas circunstâncias não têm valor probatório (proibição de valoração).

Em sentido divergente, Ac. TRE de 07-04-205, proc. n.º 13/15.8PAOLH-A.

GRUPO IV

0,5 valor

Questão 1: [Ao deterem o Carlos, quais as formalidades processuais que os órgãos

de polícia criminal devem cumprir?]

Deve proceder-se à constituição de arguido e comunicação ao Ministério Público, nos termos previstos no art. 58, do CPP.

(8)

8

2 valores

Questão 2: [Após a detenção do Bruno, os órgãos de polícia criminal conduzem-no

a uma esquadra policial, onde permanece durante 49 horas. Imediatamente após

esse período, o Bruno é apresentado ao Ministério Público que, logo de seguida,

apresenta o arguido ao Juiz de Instrução Criminal competente, requerendo a

realização de primeiro interrogatório judicial e a aplicação de medida de coação.

Caso fosse o JIC que decisão proferiria sobre a detenção e sobre a realização do

primeiro interrogatório requerido?]

O juiz deve declarar que a detenção, para além das 48h previsto no art. 28/1, da CRP, art. 141/1 e 254/1/a, do CPP, é inválida, dando ordem de libertação do arguido. Contudo, tal não impossibilita uma nova detenção para a realização do 1.º interrogatório, nem a validade das medidas de coação aí eventualmente aplicadas.

- Ac. TC. n.º 396/2003, de 30 de Julho de 2003:

Conclui que o facto de os arguidos, em anterior ocasião, terem sido soltos por se haver esgotado o prazo de 48 horas, previsto nos arts. 28, n.º 1, da C.R.P. e 141, n.º 1, do C.P.P., para serem apresentados ao Juiz, não impede a sua posterior detenção e sujeição às medidas de coação que se afigurem adequadas e necessárias, designadamente à prisão preventiva.

- Ac. TRL de 30-09-2004, proc. n.º 7025/2004-9:

“… a tardia apresentação do detido, ocorra ela por ato espontâneo da autoridade que levou a cabo a detenção ou na sequência de requerimento de habeas corpus, não obsta à realização do interrogatório e à aplicação de qualquer medida de coação. Como a tanto não obsta, por maioria de razão, a circunstância de, tendo o detido sido apresentado ao juiz em tempo útil, o interrogatório não poder iniciar-se ou concluir-se no prazo de 48 horas após a detenção (isto para quem entenda que o juiz deve ouvir o detido dentro desse prazo).

É que, a admitir-se que o detido tinha que ser libertado obrigatoriamente no termo das 48 horas, nada impediria que, continuando a verificar-se os pressupostos necessários à aplicação de uma medida de coação, se ordenasse nova detenção com tal finalidade.”.

Referências

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