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Tradução profissional vs. Tradução não-profissional Estudo do Protocolo Think Aloud Sonja Tirkkonen-Condit

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Academic year: 2021

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Tradução profissional vs.

Tradução não-profissional

Estudo do Protocolo Think Aloud

Sonja Tirkkonen-Condit

Aprendizagem da tradução e competência do tradutor: bases, polêmicas, pesquisa.

(2)

Introdução

• Protocolo Think Aloud

– Verbalização do que está pensando no momento em

que faz a tradução.

– Apenas partes do processo de tradução é verbalizado.

– Durante o processo é possível fazer interrupções,

utilizar dicionários e outras referências, tomar notas,

produzir uma “primeira” tradução, fazer alterações

finais.

– Não é necessário justificar o que está fazendo.

(3)

Primeiros Estudos

• Os primeiros estudos de protocolo de tradução

analisava tradutores não-profissionais (Gerloff,

1986 e Krings, 1986)

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Gerloff

• Gerloff criou dois sistemas de codificação.

– Categorização das verbalizações em “estratégias de

processo”.

– Identificação das unidades para as análises usadas na

tradução.

• O estudo piloto abordou dois protocolos.

• Conclusão - A melhor tradução foi feita pelo sujeito que

confiava mais nas suposições baseadas no conhecimento

de mundo e desenvolvia um processo mais intenso

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Krings

• Desenvolve um trabalho mais abrangente.

• Descreve as verbalizações nos protocolos usando o

conceito de “problemas de tradução”.

1. Localiza um problema. 2. Consulta o dicionário

3. Deixa um espaço em branco na tradução 4. Ocorre uma pausa de 3 ou mais segundos

5. Há indicadores paralinguísticos (risadas, murmúrios) 6. Há uma tentativa de tradução

7. O texto fonte é sublinhado

8. Os princípios da tradução são discutidos

9. Constatação da ausência de um equivalente 10. Avaliação negativa

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Krings classifica os problemas de tradução

em:

• Problemas de compreensão

• Problemas de compreensão e produção

• Problemas de produção

O processo de tradução é dividido em três

estágios:

• Estágio preparatório (pré-análise)

• Estágio da escrita (produção da tradução)

• Estágio da edição (revisão e finalização)

(7)

Sujeitos estudados:

• Estudantes de francês sem proficiência

• Sem experiência em tradução

• Maioria dos problemas apresentados foi de

compreensão por não conhecerem o léxico nem

expressões do texto-fonte

• Foram utilizados dicionários bilíngues em vez de

informação contextual ou extratextual

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O estudo

de Sonja Tirkkonen-Condit

– Identificar as diferenças principais entre tradutores profissionais e não-profissionais

– Sujeitos: alunos do primeiro ano (representando os não-profissionais) e do quinto ano (representando os

profissionais).

– O estudo piloto analisou os protocolos de 3 sujeitos: • Dois para o 1º ano e um para o 5º ano

– O experimento era uma tradução de um texto de 1 página do inglês para o finlandês cuja tarefa era: Escrever uma introdução para um programa de rádio e TV da revista

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Não houve limitação de tempo

• O estudo não classificou todas as verbalizações como fez Gerloff (1986).

• O foco principal foi identificar todas as decisões feitas pelos sujeitos durante o processo de tradução.

• Analisou as passagens identificadas como “momentos de decisão” (Enkvist, 1982).

• Deixar em branco para buscar equivalente • Omitir ou incluir um item

• Alterar a estrutura da oração

• Observou-se as decisões referentes ao planejamento da tarefa.

• Analisou se a decisão verbalizada era linguística ou não-linguística

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• O objetivo era testar a hipótese de que os processos de profissionais e de não-profissionais difeririam

principalmente nos critérios de decisão que eram utilizados. • No estudo de Krings com não-profissionais, a abordagem dos tradutores era basicamente como um exercício

linguístico.

• Esse tipo de estudo não foi feito com tradutores profissionais.

• Em uma pesquisa relatada por Gibb (1985), tradutores profissionais foram observados e analisados por dois anos para descobrir o quanto do trabalho poderia ser

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•Apenas 35% da tarefa permitiria esse processo. Os 65% restantes eram tarefas que envolviam processos de decisão: pesquisa, planejamento, avaliação, revisão, edição.

•Gibb concluiu que o processo profissional de tradução não era muito diferente do processo de escrever um texto

acadêmico como foi descrito por Hayes e Flower (1980).

• E que a proficiência do tradutor profissional ocultava muitas decisões linguísticas, pois eram feitas automaticamente e não eram descritas para o protocolo.

• Logo, a diferença entre tradutores profissionais e não-profissionais poderia estar no processo de decisão, sendo que profissionais fazem mais decisões “não-linguísticas”, baseadas em conhecimento que está além do sistema de dois idiomas e do contexto do TF. (Ericsson e Simon, 1980).

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Método

• O protocolo foi dividido em 3 categorias

– Planejamento

– Monitoramento

– Interpretação

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Planejamento

• Definição:

– Decisões referentes à tradução como um todo.

• O que traduzir O que omitir Como traduzir

-• Como organizar a oração - Quais as soluções estilísticas

• Observações:

– Busca de textos paralelos

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Monitoração

• Definição:

– Decisões referentes à tradução de um item em

particular. Escolhas entre variantes.

-Manutenção de uma tradução não “perfeita” até

que consiga uma melhor.

• Observações:

– Verificação no dicionário, expressão de dúvida,

avaliação negativa da opção, espaço em branco na

tradução, avaliação positiva da opção.

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Interpretação

• Definição:

– Decisões referentes à interpretação de um trecho

ou item em particular.

• Observações:

– Dicionário, imaginar se a variante faz sentido,

avaliação negativa da interpretação, verbalização

de “eureca”.

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Resultados

• Com base nas traduções finalizadas, os três

sujeitos foram classificados como:

– Profissional (aluno do 5º ano, totalizando 70

decisões em 77 minutos)

– Semi-profissional (aluno do 1º ano, totalizando 53

decisões em 86 minutos)

– Não-profissional (aluno do 1º ano, totalizando 58

decisões em 94,5 minutos)

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• A intensidade do processo é maior no profissional que precisou de 1:06 minuto para tomar uma decisão.

• O semi-profissional e o não-profissional usaram 1:36 minuto para tomarem a decisão.

• O profissional e o semi-profissional utilizaram metade do tempo escrevendo.

• O não-profissional utilizou 1/3 do tempo na mesma tarefa, mas mais da metade do tempo editando.

• Concluindo:

• O tradutor profissional toma mais decisões em um

menor tempo, o que pode indicar uma maior consciência da quantidade de escolhas na tradução.

• É mais sensível a problemas potenciais e já tem uma rotina desenvolvida para solucioná-los.

• Destaque para o número de decisões nas várias categorias.

Referências

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