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PALESTRAS QUE EDUCAM. Sérgio Buarque de Holanda e o Homem Cordial Rafael Freitas

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Academic year: 2021

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P

ALESTRAS QUE EDUCAM

Sérgio Buarque de Holanda e o Homem Cordial Rafael Freitas

(2)

SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA

R

ODAPÉ BIOGRÁFICO

 1902- SP, 1982- SP

 1936- Publicação do primeiro livro, Maria Amélia

Buarque Alvin, UDF (projeto de Anísio Teixeira)

 1936, 1948, 1956 (USP- IEB)

 São Paulo e Rio de Janeiro, com enorme rede de

sociabilidade

 Escritor modernista formado em Direito- “O lado

oposto e outros lados”

 Crítico literário- Historiador sem formação- “elo

primordial das ciências humanas”

(3)

SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA

RODAPÉ BIOGRÁFICO

 Militâncias: movimentos de profissionalização do

trabalho intelectual, oposição Estado Novo-ABDE, (PCB) Esquerda Democrática- 1945, Centro Brasil Democrático – 1977, PSB, PT

 1973- Visita Itália, Grécia, Turquia, Hungria,

Áustria, Alemanha, Holanda, Inglaterra, França

 1974- Biblioteca Ayacucho, reunião com

escritores latino-americanos

 1976- Europa mais uma vez, trazendo

(4)

R

AÍZES DO BRASIL

Sérgio Buarque de Holanda nos falava: “Trouxemos de terras estranhas um sistema complexo e acabado de preceitos, sem saber até

que ponto se ajustam às condições da vida brasileira e sem cogitar das mudanças que tais

(5)

TEMÁTICAS DE SEU TRABALHO

HISTORIOGRÁFICO

 Hábitos  Cotidiano

 Aspectos da vida material  Alimentação  Higiene  Indumentária  Costumes  Universo de crenças  Psicologia  Pedagogia

(6)

IDEIAS FUNDAMENTAIS DE RAÍZES

DO BRASIL

 A história deveria ser exorcista, capaz de

afugentar do presente os demônios do passado

 Crítica aos elogios a família patriarcal de

Gilberto Freyre

 Colonialidade?

 Descompasso entre as formas e os conteúdos

através de modelos interpretativos duais

 Metodologia dos contrários- DESTERRADO EM

NOSSA TERRA- SEMEADOR LADRILHADOR

 Verificação de todas ideias base a exemplo do

(7)
(8)

SIGNIFICADO DE CORDIAL

(Farmacologia) medicamento ou porção que ativa a circulação sangüínea, que restaura as forças, que robustece

os cordiais eram muito empregados na terapêutica antiga

bebida alcoólica com as mesmas propriedades

o vinho do Porto é considerado um excelente cordial

(9)

O HOMEM CORDIAL DE RIBEIRO COUTO

É em uma carta, datada de 7 de março de 1931,

que Ribeiro Couto usa, pela primeira vez, a

expressão “homem cordial”.

“El Hombre Cordial, producto americano”, na

seção “Epistolário” da Monterrey

(10)

“E

L

H

OMBRE

C

ORDIAL

,

PRODUCTO

AMERICANO

“É da fusão do homem ibérico com a terra nova e as raças primitivas que deve sair o ‘sentido americano’ (latino), a raça nova produto de uma cultura

e de uma intuição virgem – o Homem Cordial. Nossa América, a meu ver, está dando ao mundo isto: o Homem Cordial. O egoísmo europeu, batido de

perseguições religiosas e de catástrofes econômicas, tocado

pela intolerância e pela fome, atravessou os mares e fundou ali, no leito das mulheres primitivas, e em toda a Vastidão generosa daquela terra, a

Família dos Homens Cordiais, esses que se distinguem do resto da

humanidade por duas Características essencialmente americanas: o

espírito hospitaleiro e a tendência à credulidade. Numa palavra, o Homem Cordial. (Atitude oposta do europeu: a suspicácia e o egoísmo do lar

fechado a quem passa). [..] Essa atitude de disponibilidade sentimental é toda nossa, é ibero-americana... Observável nos nadas, nas pequeninas insignificâncias da vida de todos os dias, ela toma vulto aos olhos do crítico,

pois são índices dessa Civilização Cordial que eu considero a

(11)

O QUE SERÁ (À FLOR DA PELE)

UMA CANÇÃO REPLETA DE CORDIALIDADE Que me queima por dentro, será que me dá

Que me perturba o sono, será que me dá Que todos os tremores me vêm agitar Que todos os ardores me vêm atiçar Que todos os suores me vêm encharcar Que todos os meus nervos estão a rogar Que todos os meus órgãos estão a clamar E uma aflição medonha me faz implorar O que não tem vergonha, nem nunca terá O que não tem governo, nem nunca terá O que não tem juízo

(12)

O

HOMEM CORDIAL DE SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA

 “Já se disse, numa expressão feliz, que a

contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade- daremos ao mundo o ‘homem

cordial’.”

 “Seria engano supor que essas virtudes possam

significar ‘boas maneiras’, civilidade. São antes de tudo expressões legítimas de um fundo

(13)

´

NOÇÕES SOBRE O HOMEM CORDIAL DE SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA

 Aversão ao ritualismo

 Pavor de viver consigo mesmo

 Alteração na linguística para tornar as palavras

mais acessíveis ao coração

 Convívio através da ética de fundo emotivo  Intimidade nas relações como no catolicismo

 Persistência dos velhos padrões coloniais, ordem

familiar patriarcal como modelo nas relações

(14)

S

UGESTÕES DE LEITURA SOBRE O

HOMEM CORDIAL

 Oswald de Andrade- Do Pau-Brasil à Antropofagia e às Utopias, capítulo

intitulado “Um aspecto antropofágico da cultura brasileira: o homem

cordial”.

 Peter Burke, Gabriel

Cohn, Alcir Pécora,

Antonio Candido, João Cezar de Castro Rocha, Cassiano Ricardo,

Fernando Cacciatore de Garcia.

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DUAS CONCLUSÕES

Fernando Cacciatore

de Garcia

 “Principal crítica ao

Sergio Buarque: para ele tudo é fracasso, nada dá certo aqui, somos

uma cópia mal feita de Portugal, da Europa. A democracia aqui não se cria.”

Antônio Cândido

“Para nós [...] Raízes do

Brasil trouxe elementos

[...] fundamentando uma reflexão que nos foi da maior importância.

Sobretudo porque o seu método repousa sobre um jogo de oposições e contrastes, que impede o dogmatismo e abre

campo para a meditação de tipo dialético.”

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BIBLIOGRAFIA

 BUARQUE, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil.

27 ° ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

HOLANDA, Sérgio Buarque de [et al]. História

geral da civilização brasileira. Tomo II. O

Brasil monárquico. Volume 3. O processo de emancipação. 9 ° ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

 PERICAS, Luiz Bernardo; SECCO, Lincoln

Ferreira (orgs.). Intérpretes do Brasil: clássicos, rebeldes e renegados. São Paulo: Boitempo, 2014.

Referências

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