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Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Minas Gerais. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

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(1)

Boletim

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos

Fascículos

a IPI - Exportação

a ICMS - Apuração do imposto

a ICMS - Diferencial de

alíquotas

ICMS - IPI e Outros

Fascículo N

o

12/2014

Minas Gerais

/

a

Federal

IPI

Infrações e penalidades . . . . 01

/

a

Estadual

ICMS

Crédito presumido . . . . 10

/

a

IOB Setorial

Estadual

Cervejeiro - Crédito presumido nas saídas internas de cerveja e chope artesanais . . . . 24

/

a

IOB Comenta

Federal

Tributos federais - Códigos de receita para depósitos judiciais e ex-trajudiciais . . . . 25

/

a

IOB Perguntas e Respostas

IPI

ALC - Isenção - Prazo de vigência . . . . 26

ICMS/MG

Comércio eletrônico - Alimentos, cosméticos ou serviços de estética - Informações específicas . . . . 26

Comércio eletrônico - Hospedagem do site - Informações da empresa . . . . 26

Serviço de transporte - MDF-e - Cancelamento . . . . 26

(2)

Capa:

Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no Brasil

Printed in Brazil Boletim IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : infrações e penalidades : IOB comenta : tributos federais.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2096-1

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-01707 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

(3)

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI

Infrações e penalidades

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Lançamento de ofício

3. Diferenças apuradas em declaração prestada pelo sujeito passivo

4. Regime especial de fiscalização

5. Multa de valor igual ao da mercadoria ou do constante na nota fiscal

6. Pena de perdimento

7. Transporte de mercadoria introduzida clandestinamente no País

8. Adquirentes e depositários 9. Rotulagem ou marcação 10. Produtos em situação irregular 11. Bebidas

12. Álcool 13. Cigarros 14. Selo de controle 15. Papel imune

16. Simulação, vício ou falsificação 17. Processamento eletrônico de

dados

18. Obrigações acessórias 19. Não apresentação de DIPJ,

DCTF e DSPJ

20. Não apresentação de declaração do imposto 21. Reporto 22. Repes 23. Multa básica 24. Instituições financeiras 25. Redução de multas 1. Introdução

Os contribuintes do IPI devem observar as dis-posições que regem este tributo, tanto em relação ao cumprimento das obrigações acessórias como da obrigação principal, sob pena de autuação pela fis-calização em hipóteses de averiguação de infrações à legislação.

Sob esse aspecto, constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em

inobservância de preceitos estabelecidos ou discipli-nados pelo Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (RIPI) e pelos atos administrativos de caráter normativo destinados a complementá-lo.

Salvo disposição de lei em contrário, a respon-sabilidade por infrações independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Neste texto, examinaremos quais são as infrações à legislação e suas respectivas penalidades, previs-tas no RIPI/2010.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 548)

2. LançaMEnto dE oFíCIo

A falta de destaque do valor do IPI, total ou parcial, na

respectiva nota fiscal ou a falta de recolhimento do imposto destacado sujeita o contribuinte à multa de ofício de 75% do valor do imposto que deixou de ser lançado ou recolhido. Incorrerão, ainda, no mesmo percentual de multa:

a) os fabricantes de produtos isentos que não emitirem ou emitirem de forma irregular as no-tas fiscais a que são obrigados;

b) os que transportarem produtos tributados ou isentos desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência;

c) os que possuírem, nas condições a que se re-fere a letra “b”, produtos tributados ou isentos para venda ou industrialização; e

d) os que destacarem indevidamente o imposto na nota fiscal ou o destacarem com excesso sobre o valor resultante do seu cálculo.

Nos casos das letras “a” a “c”, quando o produto for isento ou a sua saída do estabelecimento não

esti-a

Federal

A falta de destaque do valor do IPI, total ou parcial, na respectiva nota fiscal ou a falta de recolhimento do imposto destacado

sujeita o contribuinte à multa de ofício de 75% do valor do imposto que

deixou de ser lançado ou recolhido

(4)

ver sujeita ao respectivo destaque, as multas serão calculadas com base no valor do imposto que, de acordo com as regras de classificação e de cálculo estabelecidas no RIPI, incidiria sobre o produto ou a operação, se tributados fossem.

Na hipótese da letra “d”, a multa terá por base de cálculo o valor do imposto indevidamente destacado e não será aplicada se o responsável, já tendo recolhido, antes de procedimento fiscal, a importância irregular-mente destacada, provar que a infração decorreu de erro escusável, a juízo da autoridade julgadora.

As multas são aplicadas, ainda, aos casos equi-parados pelo RIPI à falta de destaque ou de recolhi-mento do imposto, desde que para o fato não seja cominada penalidade específica.

A falta de identificação do contribuinte ou do responsável não exclui a aplicação de multas, cuja cobrança, juntamente com a do imposto que for devido, será efetivada pela alienação da mercadoria a que se referir a infração, aplicando-se ao processo respectivo o disposto no § 4º do art. 603 do RIPI, o qual trata da sua reabertura, antes de ocorrida a pres-crição, exclusivamente para a apuração da autoria, vedada a discussão de qualquer outra matéria ou a alteração do julgado, quanto à infração, à prova de sua existência, à penalidade aplicada e aos funda-mentos jurídicos da condenação.

O percentual de multa citado no início deste item (75%), independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis, será:

a) aumentado de metade, ocorrendo apenas uma circunstância agravante, exceto a reinci-dência específica;

b) duplicado, ocorrendo reincidência específi-ca ou mais de uma circunstância agravante, e nos casos de sonegação, fraude e conluio, previstos nos arts. 561, 562 e 563 do RIPI. Os percentuais de multa de 75% e os menciona-dos nas letras “a” e “b” anteriores serão aumentamenciona-dos de metade nos casos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para prestar esclarecimentos.

Nos casos das letras “a” e “b”, a majoração incidirá apenas sobre a parte do valor do imposto em relação à qual houver sido verificada a ocorrência de circunstância agravante ou qualificativa, na prática da respectiva infração, sendo que o valor da pena apli-cável será o resultado da soma da parcela majorada e da não alcançada pela majoração.

As multas mencionadas neste item serão exigidas: a) juntamente com o imposto, quando este não

houver sido lançado nem recolhido; ou b) isoladamente, nos demais casos.

As multas também serão aplicadas aos que derem causa a ressarcimento indevido de crédito de imposto.

(RIPI/2010, arts. 561 a 563, 569 e 603, § 4º)

3. dIFErEnçaS aPuradaS EM dECLaração PrEStada PELo SujEIto PaSSIvo

As diferenças apuradas, em declaração prestada pelo sujeito passivo, decorrentes de pagamento, parcelamento, compensação ou suspensão de exi-gibilidade, indevidos ou não comprovados, relativas ao imposto, serão objeto de lançamento de ofício, na forma do art. 443, § 2º, do RIPI.

O lançamento de ofício, nesse caso, limita-se à imposição de multa isolada em razão da não homologa-ção de compensahomologa-ção quando se comprove falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo, a qual será exigida de acordo com as disposições do art. 18 da Lei nº 10.833/2003 e do art. 18 da Lei nº 11.488/2007.

(Lei nº 10.833/2003, art. 18; Lei nº 11.488/2007, art. 18; RIPI/2010, arts. 443, § 2º, e 570)

4. rEGIME ESPECIaL dE FISCaLIzação

As infrações cometidas pelo contribuinte durante o período em que estiver submetido a regime especial de fiscalização, de que trata o art. 541 do RIPI, são punidas com a multa de 150% sobre a totalidade ou a diferença do imposto nos casos de falta de paga-mento ou de recolhipaga-mento, de falta de declaração e nos de declaração inexata.

Esse percentual será duplicado nos casos de sonegação, fraude e conluio previstos nos arts. 561, 562 e 563 do RIPI, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.

Os percentuais mencionados serão aumentados de metade, nos casos de não atendimento pelo su-jeito passivo, no prazo marcado, de intimação para:

a) prestação de esclarecimentos;

b) apresentação dos arquivos ou sistemas rela-cionados ao processamento eletrônico de da-dos de que trata o art. 389 do RIPI; e

c) apresentação, pelo usuário de sistema de processamento eletrônico de dados, da do-cumentação técnica de que trata o § 2º do art. 542 do RIPI.

(5)

As multas descritas neste item são aplicadas, inclusive, aos contribuintes que derem causa a res-sarcimento indevido de impostos ou contribuições decorrente de qualquer incentivo ou benefício fiscal.

(RIPI/2010, arts. 389, 541, § 5º, 542, § 2º, 561, 562, 563 e 571)

5. MuLta dE vaLor IGuaL ao da MErCadorIa ou do ConStantE na nota FISCaL

Sem prejuízo de outras sanções administrativas ou penais cabíveis, incorrem na multa igual ao valor comercial da mercadoria ou ao que lhe for atribuído na nota fiscal, respectivamente:

a) os que entregarem para consumo ou consu-mirem produto de procedência estrangeira introduzido clandestinamente no País ou im-portado irregular ou fraudulentamente, ou que tenha entrado no estabelecimento, dele saí-do ou nele permanecisaí-do sem que tenha ha-vido registro da declaração da importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), salvo se estiver dispensado do re-gistro ou desacompanhado de Guia de Licita-ção ou nota fiscal, conforme o caso; e

b) os que emitirem, fora dos casos permitidos no RIPI, nota fiscal que não corresponda à saída efetiva, do produto nele descrito, do estabele-cimento emitente e os que, em proveito pró-prio ou alheio, utilizarem, receberem ou regis-trarem essa nota para qualquer efeito, haja ou não destaque do imposto e ainda que a nota se refira a produto isento.

Na hipótese da letra “a”, a imposição da pena não prejudica a que é aplicável ao comprador ou ao rece-bedor do produto e, no caso da letra “b”, independe da que é cabível pela falta ou pela insuficiência de recolhi-mento do imposto em razão da utilização da nota.

A multa a que se refere a letra “a” se aplica apenas às hipóteses de produtos de procedência estrangeira introduzidos clandestinamente no País ou importados irregular ou fraudulentamente.

(RIPI/2010, art. 572)

6. PEna dE PErdIMEnto

Verificada a impossibilidade de apreensão de mercadoria sujeita à pena de perdimento, em razão de sua não localização ou consumo, será extinto o processo administrativo instaurado para apuração da infração capitulada como dano ao Erário e será instaurado processo administrativo para aplicação da multa prevista no art. 573 do RIPI.

Nessa hipótese, aplica-se multa equivalente ao valor aduaneiro da mercadoria que não seja localizada ou que tenha sido consumida, a qual será exigida mediante lançamento de ofício, que será processado e julgado nos termos da legislação que rege a determinação e a exigência dos demais créditos tributários da União.

As disposições relacionadas ao perdimento de mercadoria constam dos arts. 603 a 606 do RIPI.

(RIPI/2010, arts. 531, 573 e 603 a 606)

7. tranSPortE dE MErCadorIa IntroduzIda CLandEStInaMEntE no PaíS

Incorre na multa de 50% do valor comercial da mercadoria o transportador que conduzir produto de procedência estrangeira que saiba, ou que deva pre-sumir pelas circunstâncias do caso, ter sido introdu-zido clandestinamente no País ou importado irregular ou fraudulentamente.

(RIPI/2010, art. 574)

8. adquIrEntES E dEPoSItárIoS

A inobservância da verificação de rotulagem, mar-cação e selagem, se os produtos estiverem sujeitos ao selo de controle do IPI, bem como da documentação fiscal pelos adquirentes e depositários, os sujeitarão às mesmas penas cominadas ao industrial ou ao remetente, pela falta apurada.

(RIPI/2010, arts. 327, caput, §§ 1º e 3º, e 575)

9. rotuLaGEM ou MarCação

Aos que descumprirem as exigências de rotula-gem ou de marcação previstas no art. 274 do RIPI ou as instruções expedidas pelo Secretário da Receita Federal do Brasil sobre o assunto, será aplicada a multa de R$ 196,18.

(RIPI/2010, arts. 274 e 576)

10. ProdutoS EM SItuação IrrEGuLar

Será exigido do proprietário do produto encon-trado em situação irregular descrita nos arts. 341 e 346 do RIPI (exportação de bebidas e de cigarros) o imposto que deixou de ser pago, aplicando-se, inde-pendentemente de outras sanções cabíveis, a multa de 150% do seu valor.

Não sendo identificado o proprietário dos produ-tos, considera-se como tal, para efeito de aplicação da pena, o possuidor, o transportador ou qualquer outro detentor do produto.

Na hipótese do art. 346 do RIPI (cigarros nacionais considerados como produtos estrangeiros

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introduzi-dos clandestinamente no País), cuja exportação tenha sido autorizada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de acordo com o disposto no § 5º do art. 344, os impostos devidos e a multa serão exigidos do estabelecimento industrial exportador.

Esta regra se aplica, inclusive, à hipótese de ausência de comprovação pelo estabelecimento industrial da importação dos cigarros no país de des-tino, de que trata o inciso III do § 5º do art. 344 do RIPI.

(RIPI/2010, arts. 341, 344, § 5º, III, 346 e 577)

11. BEBIdaS

11.1 Produtos das posições 22.01, 22.02 e 22.03 da tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (tIPI)

Poderão ser aplicadas, a cada período de apura-ção do imposto incidente sobre os produtos classifi-cados nas posições 22.02 e 22.03 da TIPI (bebidas), as seguintes multas:

a) de 50% do valor comercial da mercadoria pro-duzida, não inferior a R$ 10.000,00:

a.1) se, a partir do 10º dia subsequente ao prazo fixado para a entrada em operação do sistema, os equipamentos medidores de vazão e os condutivímetros referidos no art. 373 do RIPI não tiverem sido ins-talados em razão de impedimento provo-cado pelo contribuinte;

a.2) se o contribuinte não comunicar à RFB a inoperância dos equipamentos referidos na letra “a.1”, mantendo controle do vo-lume de produção enquanto perdurar a interrupção; e

b) no valor de R$ 10.000,00, na hipótese da não apresentação à RFB, em meio magnético, do quadro-resumo dos registros de medidores de vazão e dos condutivímetros e do demonstrativo de apuração do IPI de que trata o art. 374 do RIPI. As multas descritas neste item se aplicam tam-bém aos estabelecimentos envasadores ou industriais fabricantes dos produtos classificados na posição 22.01 da TIPI.

Nota

As posições da TIPI citadas neste item contemplam os seguintes pro-dutos:

a) 22.01 - águas, incluindo as águas minerais, naturais ou artificiais, e as águas gaseificadas, não adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes nem aromatizadas; gelo e neve;

b) 22.02 - águas, incluindo as águas minerais e as águas gaseificadas, adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes ou aromatizadas

e outras bebidas não alcoólicas, exceto sucos (sumos) de frutas ou de produtos hortícolas, da posição 20.09; e

c) 22.03.00.00 - cervejas de malte.

(RIPI/2010, arts. 373, 374 e 578; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

11.2 Bebidas frias

A pessoa jurídica optante pelo regime especial de tributação de que trata o art. 223 do RIPI, que prestar de forma incorreta ou incompleta as informações exigi-das na forma do § 7º do art. 58-J da Lei nº 10.833/2003, ficará sujeita à multa de ofício no valor de 150% do valor do imposto que deixou de ser lançado ou recolhido.

A multa é aplicada inclusive nos casos em que o contribuinte se omitir a prestar as informações exigi-das pelo mencionado dispositivo legal.

(Lei nº 10.833/2003, art. 58-J, § 7º; RIPI/2010, arts. 223 e 579)

11.3 Bebidas alcoólicas e demais produtos de produção nacional

Nas notas fiscais relativas às remessas com suspensão do imposto, previstas no art. 44 do RIPI, deverá constar a expressão a que se refere o inciso III do art. 415, vedado o destaque do imposto nas referidas notas sob pena de se considerar o imposto como indevidamente destacado, sujeitando o infrator às disposições legais estabelecidas para a hipótese.

Cabe observar, nesse sentido, que o estabeleci-mento destinatário da nota fiscal emitida em desacordo com a referida norma, que recebê-la, registrá-la ou utilizá-la, em proveito próprio ou alheio, ficará sujeito à multa igual ao valor da mercadoria constante do mencio-nado documento, sem prejuízo da obrigatoriedade de recolher o valor do imposto indevidamente aproveitado.

(RIPI/2010, arts. 44, 415, III, 432 e 607)

12. áLCooL

Os produtores de álcool, inclusive para fins carbu-rantes, ficam obrigados à instalação de equipamentos de controle de produção nos termos, nas condições e nos prazos estabelecidos pela RFB.

No caso de inoperância de qualquer dos equipa-mentos, o produtor deverá comunicar a ocorrência à unidade da RFB com jurisdição sobre o seu domicílio fiscal, no prazo de 24 horas, devendo manter controle do volume de produção enquanto perdurar a interrupção.

O descumprimento dessa obrigação ensejará a aplicação de multa:

a) correspondente a 50% do valor comercial da mercadoria produzida no período de

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inoperân-cia, não inferior a R$ 5.000,00 se, a partir do 10º dia subsequente ao prazo fixado para a entrada em operação do sistema, os equipa-mentos não tiverem sido instalados em virtude de impedimento criado pelo produtor; e b) no valor de R$ 5.000,00, sem prejuízo da

apli-cação da penalidade descrita na letra “a”, no caso de falta da comunicação da inoperância do medidor.

Para fins da aplicação da multa descrita na letra “a”, considera-se impedimento qualquer ação ou omissão praticada pelo fabricante tendente a impedir ou retardar a instalação dos equipamentos ou, mesmo após a sua instalação, prejudicar o seu funcionamento normal.

(RIPI/2010, arts. 377 e 580)

13. CIGarroS

Serão aplicadas as seguintes penalidades na ocorrência de infrações relativas aos cigarros classifi-cados no código 2402.20.00 da TIPI:

a) aos fabricantes que coletarem, para qualquer fim, carteiras vazias: multa de 2 vezes o valor do imposto sobre os cigarros correspondentes às quantidades de carteiras coletadas, calcu-lado de acordo com a marca do produto, não inferior a R$ 99,72;

b) aos importadores do produto que não declara-rem em cada unidade tributada, na forma es-tabelecida no RIPI, a sua firma e a situação do estabelecimento (localidade, rua e número), o número de sua inscrição no Cadastro Nacio-nal da Pessoa Jurídica (CNPJ) e outras indica-ções necessárias à identificação do produto: multa igual a 50% do valor comercial das uni-dades apreendidas, não inferior a R$ 196,18; c) aos que expuserem a venda o produto sem as

indicações citadas na letra “b”: multa igual a 50% do valor das unidades apreendidas, não inferior a R$ 196,18, independentemente da pena de perdimento destas;

d) aos que derem saída ao produto sem o seu en-quadramento na classe de preço de venda no varejo: multa de R$ 0,11 por unidade tributada saída do estabelecimento; e

e) aos que derem saída a marca nova de cigarros sem prévia comunicação, ao Secretário da Re-ceita Federal do Brasil, de sua classe de preço de venda no varejo: multa de R$ 0,11 por uni-dade tributada saída do estabelecimento.

Nota

A falta de comunicação da inoperância de equipamentos pelo produtor de álcool, de que trata o § 2º do art. 378 do RIPI, ensejará a aplicação de multa de R$ 10.000,00.

Apuradas operações com cigarros, tabaco em folha ou papel para cigarros, em bobinas, praticadas em desacordo com as exigências do RIPI ou nos demais atos administrativos destinados a complementá-lo, serão aplicadas aos infratores as seguintes penalidades:

a) aos que derem saída ao produto sem estar previamente registrados, quando obrigados ao registro especial, conforme o art. 330 do RIPI, ou aos que desatenderem ao disposto no art. 362, ou, ainda, aos que derem saída a papel para cigarros em bobinas para estabe-lecimentos não autorizados a adquiri-lo: multa igual ao valor comercial da mercadoria; b) aos que, nas condições da letra “a”,

adqui-rirem e tiverem em seu poder tabaco em fo-lha ou papel para cigarros em bobinas: multa igual ao valor comercial da mercadoria; c) aos que receberem ou tiverem em seu poder

matéria-prima, produto intermediário ou mate-rial de embalagem para a fabricação de cigar-ros para terceicigar-ros: multa igual ao valor comer-cial da mercadoria; e

d) aos que, embora registrados, deixarem de marcar o produto ou a sua embalagem na for-ma prevista no art. 344 ou nas instruções expe-didas pelo Ministro da Fazenda de acordo com o art. 360, ambos do RIPI: multa igual ao valor comercial da mercadoria e, quando se tratar de cigarros, de R$ 0,11 por unidade tributada. Apurada, em estabelecimento industrial de charutos, cigarros, cigarrilhas ou de fumo desfiado, picado, migado, em pó, ou em rolo e em corda, a falta da escrituração, nos assentamentos próprios, da aquisição do tabaco em folha ou do papel para cigarros em bobinas, será apli-cada ao estabelecimento infrator multa igual a 20% do valor comercial das quantidades não escrituradas.

A cada período de apuração do imposto poderá ser aplicada multa de 100% do valor comercial da mercadoria produzida, sem prejuízo da aplicação das demais sanções fiscais e penais cabíveis, não inferior a R$ 10.000,00:

a) se, a partir do 10º dia subsequente ao término do prazo fixado para a entrada em operação do sistema, os equipamentos referidos no art. 378 do RIPI não tiverem sido instalados em virtude de impedimento provocado pelo fabri-cante de cigarros e cigarrilhas; e

b) se o fabricante de cigarros e cigarrilhas não efetuar o controle de volume de produção a que se refere o § 2º do art. 378 do RIPI.

Para fins do disposto na letra “a”, considera-se impedimento qualquer ação ou omissão praticada

(8)

pelo fabricante tendente a impedir ou retardar a instalação dos equipamentos ou, mesmo após a sua instalação, prejudicar o seu normal funcionamento.

Na ocorrência da hipótese mencionada letra “a” aplica-se, ainda, o disposto no art. 334 do RIPI, que trata do cancelamento do registro especial do estabe-lecimento industrial.

(RIPI/2010, arts. 330, 334, 344, 360, 362, 378, 581, 582, 583 e 584)

13.1 tabaco em folha

No caso de falta ou excesso do tabaco em folha, apurados à vista dos livros e documentos fiscais do estabelecimento beneficiador, a ele será aplicada multa igual a 50% do valor comercial da quantidade faltante ou excedente.

(RIPI/2010, art. 587)

14. SELo dE ControLE

Serão aplicadas as seguintes penalidades, em rela-ção ao selo de controle de que trata o art. 284 do RIPI, na ocorrência das infrações a seguir especificadas:

a) venda ou exposição à venda de produtos sem o selo ou com o emprego de selo já utilizado: multa igual ao valor comercial do produto, não inferior a R$ 1.000,00;

b) emprego ou posse do selo legítimo não adqui-rido diretamente da repartição fornecedora: multa de R$ 1,00 por unidade, não inferior a R$ 1.000,00;

c) emprego de selo destinado a produto nacio-nal, quando se tratar de produto estrangeiro, e vice-versa; emprego de selo destinado a pro-duto diverso; emprego de selo não utilizado ou marcado como previsto em ato da RFB; em-prego de selo que não estiver em circulação: consideram-se os produtos como não selados, equiparando-se a infração à falta de pagamen-to do impospagamen-to, que será exigível, além da multa igual a 75% do valor do imposto exigido; d) fabricação, venda, compra, cessão,

utiliza-ção ou posse, soltos ou aplicados, de selos de controle falsos: independentemente de sanção penal cabível, multa de R$ 5,00 por unidade, não inferior a R$ 5.000,00, além da apreensão dos selos não utilizados e da apli-cação da pena de perdimento dos produtos em que tenham sido utilizados os selos; e) transporte de produto sem o selo ou com

em-prego de selo já utilizado: multa igual a 50% do valor comercial do produto, não inferior a R$ 1.000,00.

Será aplicada a mesma pena constante na letra “b” àqueles que fornecerem a outro estabelecimento, da mesma pessoa jurídica ou de terceiros, selos de controle legítimos adquiridos diretamente da reparti-ção fornecedora.

Será aplicada, ainda, a pena de perdimento aos produtos do código 2402.20.00 da TIPI:

a) nas hipóteses de que tratam as letras “a” e “e” anteriores e também aos demais produtos su-jeitos ao selo de controle a que se refere o art. 284 do RIPI; e

b) encontrados no estabelecimento industrial, acondicionados em embalagem destinada à comercialização, sem o selo de controle. Para fins de aplicação das penalidades, havendo a constatação de produtos com selos de controle em desacordo com as normas estabelecidas pela RFB, será considerada irregular a totalidade do lote identifi-cado onde eles foram encontrados.

Está sujeito às penalidades previstas na legislação, aplicáveis às hipóteses de uso indevido de selos de controle, o importador que não efetivar a importação no prazo de 90 dias, estabelecido no art. 352 do RIPI. Caso ocorra importação parcial, as penalidades serão calculadas sobre a quantidade de selos adquiridos que não houverem sido utilizados na importação.

(RIPI/2010, arts. 284, 352, 585 e 586)

15. PaPEL IMunE

A pessoa jurídica que adquirir papel imune para a utilização na impressão de livros, jornais e periódi-cos, deve manter registro especial na RFB que, entre outras obrigações, poderá estabelecer periodicidade e forma de comprovação da correta destinação do papel, inclusive mediante a instituição de obrigação acessória destinada ao controle da sua comercializa-ção e importacomercializa-ção.

O não cumprimento da obrigação mencionada sujeita a pessoa jurídica às seguintes penalidades:

a) 5%, não inferior a R$ 100,00 e não superior a R$ 5.000,00, do valor das operações com pa-pel imune omitidas ou apresentadas de forma inexata ou incompleta;

b) de R$ 2.500,00 para micro e pequenas em-presas e de R$ 5.000,00 para as demais, in-dependentemente da sanção descrita na letra “a”, se as informações não forem apresenta-das no prazo estabelecido.

Apresentada a informação fora do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício, a multa referida na letra “b” será reduzida pela metade.

(9)

Sobre o assunto, examinar a Instrução Normativa RFB nº 976/2009, que dispõe sobre o registro espe-cial para estabelecimentos que realizem operações com papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, e sobre a apresentação da Declaração Especial de Informações Relativas ao Controle de Papel Imune (DIF-Papel Imune).

(RIPI/2010, arts. 328, § 2º, II, e 588; Instrução Normativa RFB nº 976/2009, art. 12)

16. SIMuLação, víCIo ou FaLSIFICação

Estão sujeitos à multa de 5 vezes a pena prevista no art. 597 do RIPI (R$ 21,90) aqueles que simularem, viciarem ou falsificarem documentos ou a escrituração de seus livros fiscais ou comerciais, ou utilizarem docu-mentos falsos para iludir a fiscalização ou fugir ao paga-mento do imposto, se não couber outra multa maior por falta de lançamento ou pagamento do imposto.

Na mesma pena incorrerá quem, por qualquer meio ou forma, desacatar os Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil ou embaraçar, dificultar ou impedir a sua atividade fiscalizadora, sem prejuízo de qualquer outra penalidade cabível por infração ao RIPI.

(RIPI/2010, arts. 589, 590 e 597)

17. ProCESSaMEnto ELEtrônICo dE dadoS A inobservância do disposto no art. 389 do RIPI (manutenção de arquivos digitais e sistemas pelas pessoas jurídicas que utilizam sistema de processa-mento eletrônico de dados) acarretará a imposição das seguintes penalidades:

a) multa de 0,5% do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período, aos que não aten-derem à forma em que devem ser apresenta-dos os registros e respectivos arquivos; b) multa de 5% sobre o valor da operação

cor-respondente, aos que omitirem ou prestarem incorretamente as informações solicitadas, li-mitada a 1% da receita bruta da pessoa jurídi-ca no período; e

c) multa equivalente a 0,02% por dia de atraso, cal-culada sobre a receita bruta da pessoa jurídica no período, até o máximo de 1% dessa receita, aos que não cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos arquivos e sistemas. Para fins de aplicação das multas, o período compreende o ano-calendário em que as operações foram realizadas.

(RIPI/2010, arts. 389 e 591)

18. oBrIGaçõES aCESSórIaS

O art. 592 do RIPI estabelece, com base no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, que o

descum-primento das obrigações acessórias exigidas nos ter-mos do art. 272 do RIPI acarreta a aplicação da multa de R$ 5.000,00, por mês-calendário, aos contribuintes que deixarem de fornecer, nos prazos estabelecidos, as informações ou os esclarecimentos solicitados.

No entanto, o art. 57 da citada Medida Provisória foi alterado pelo art. 57 da Lei nº 12.873/2013, o qual passou a dispor que o sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações acessórias exigidas nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779/1999, ou que as cumprir com incorreções ou omissões, será intimado para cumpri-las ou para prestar esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela RFB e sujeitar-se-á às seguintes multas:

a) por apresentação extemporânea:

a.1) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apura-do lucro presumiapura-do (Imposto de Renda) ou tenham optado pelo Simples Nacional; a.2) R$ 1.500,00 por mês-calendário ou

fra-ção, relativamente às demais pessoas ju-rídicas;

b) por não cumprimento à intimação da RFB para cumprir obrigação acessória ou para prestar es-clarecimentos nos prazos estipulados pela au-toridade fiscal: R$ 500,00, por mês-calendário; c) por cumprimento de obrigação acessória com

informações inexatas, incompletas ou omitidas: c.1) 3%, não inferior a R$ 100,00, do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de infor-mação omitida, inexata ou incompleta; c.2) 1,5%, não inferior a R$ 50,00, do valor

das transações comerciais ou das opera-ções financeiras, próprias da pessoa físi-ca ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de in-formação omitida, inexata ou incompleta. Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nas letras “b” e “c” serão reduzidos em 70%.

Para fins do disposto na letra “a”, em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a letra “a.2”.

(10)

A multa citada na letra “a” será reduzida à metade, quando a declaração, o demonstrativo ou a escrituração digital forem apresentados após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício.

Quando se tratar de pessoa jurídica de direito público, serão aplicadas as multas mencionadas nas letras “a.1”, “b” e “c”.

(Lei nº 9.779/1999, art. 16; Lei nº 12.873/2013, art. 57; Medi-da Provisória nº 2.158-35/2001, art. 57; RIPI/2010, arts. 272 e 592)

19. não aPrESEntação dE dIPj, dCtF E dSPj O sujeito passivo que deixar de apresentar Decla-ração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), Declaração de Débitos e Créditos Tri-butários Federais (DCTF) e Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica - Inativa nos prazos fixados, ou que as apresentarem com incorreções ou omissões, será intimado a apresentar declaração original, no caso de não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela RFB, e estará sujeito às seguintes multas:

a) 2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante do Imposto de Renda da Pessoa Jurí-dica informado na DIPJ, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega dessa declara-ção ou entrega após o prazo, limitada a 20%; b) 2% ao mês-calendário ou fração, incidente

sobre o montante dos tributos e contribuições informados na DCTF ou na DSPJ, ainda que in-tegralmente pago, no caso de falta de entrega dessas declarações ou entrega após o prazo, limitada a 20%; e

c) R$ 20,00 para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas.

Para efeito de aplicação das multas mencionadas nas letras “a” e “b”, será considerado como termo ini-cial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, da lavratura do Auto de Infração.

Será considerada não entregue a declaração que não atender às especificações técnicas estabelecidas pela RFB.

O sujeito passivo será intimado a apresentar nova declaração no prazo de 10 dias, contado da ciência da intimação, e estará sujeito à multa descrita na letra “a”.

(RIPI/2010, art. 593, caput, §§ 1º, 4º e 5º)

19.1 redução das multas

As multas descritas no item 19 serão reduzidas:

a) à metade, quando a declaração for apresenta-da após o prazo, mas antes de qualquer pro-cedimento de ofício; e

b) a 75%, se houver a apresentação da declara-ção no prazo fixado em intimadeclara-ção.

(RIPI/2010, art. 593, § 2º)

19.2 Multa mínima

A multa mínima a ser aplicada será de:

a) R$ 200,00, tratando-se de pessoa jurídica ina-tiva; e

b) R$ 500,00, nos demais casos.

(RIPI/2010, art. 593, § 3º)

20. não aPrESEntação dE dECLaração do IMPoSto

Serão punidos com multa de R$ 31,65, aplicável a cada falta, os contribuintes que deixarem de apresen-tar, no prazo estabelecido, o documento de prestação de informações a que se refere o art. 443 do RIPI.

Essas disposições se aplicam exclusivamente aos contribuintes do imposto não sujeitos às declarações descritas no item 19.

(RIPI/2010, arts. 443, 593 e 594)

21. rEPorto

Na hipótese de utilização de bem em finalidade diversa da que motivou a suspensão do imposto de que trata o art. 166 do RIPI (Modernização e Amplia-ção da Estrutura Portuária - Reporto), a sua não incorporação ao ativo imobilizado ou a ausência da identificação dos veículos adquiridos com o benefício do Reporto citada no § 5º do mencionado dispositivo, o beneficiário ficará sujeito à multa de 50% sobre o valor de aquisição do bem no mercado interno ou do respectivo valor aduaneiro.

A aplicação da multa não prejudica a exigência dos tributos suspensos, de outras penalidades cabí-veis, bem como dos acréscimos legais.

Nota

A Instrução Normativa RFB nº 1.370/2013 disciplina a aplicação do Re-porto, dispondo no § 1º de seu art. 2º que a suspensão do IPI aplica-se somente às importações e às aquisições no mercado interno realizadas até 31.12.2015.

(RIPI/2010, arts. 166 e 595; Instrução Normativa RFB nº 1.370/2013)

22. rEPES

Na hipótese de não ser efetuado o recolhimento na forma dos arts. 173 e 174 do RIPI, relativamente ao Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação

(11)

(Repes), caberá lançamento de ofício do imposto, acrescido de juros e da multa de 75% sobre a totali-dade ou a diferença do imposto.

O percentual da multa mencionado (75%) será duplicado nos casos de sonegação, fraude ou conluio previstos nos arts. 561, 562 e 563 do RIPI, indepen-dentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.

Esses percentuais serão aumentados de metade, nos casos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para:

a) prestar esclarecimentos;

b) apresentar os arquivos ou sistemas de que tra-ta o art. 389 do RIPI; e

c) apresentar a documentação técnica de que trata o § 2º do art. 542 do RIPI.

As regras descritas neste item se aplicam, inclusive, aos contribuintes que derem causa a res-sarcimento indevido de impostos ou contribuições decorrente de qualquer incentivo ou benefício fiscal.

(RIPI/2010, arts. 173 a 175, 389, 542, § 2º, 561 a 563 e 596)

23. MuLta BáSICa

As infrações para as quais não se estabeleçam penas proporcionais ao valor do imposto ou do produto, pena de perdimento da mercadoria ou outra específica serão punidas com a multa básica de R$ 21,90.

A inobservância de normas prescritas em atos administrativos de caráter normativo será punida com a multa citada, se outra maior não estiver prevista no RIPI.

Em nenhum caso a multa aplicada poderá ser inferior a R$ 21,90.

(RIPI/2010, arts. 597 e 598)

24. InStItuIçõES FInanCEIraS

A falta de apresentação de documentos, livros e registros de instituições financeiras, ou sua apre-sentação de forma inexata ou incompleta, sujeita a pessoa jurídica à multa equivalente a 2% do valor das operações objeto da requisição, apurado por meio de procedimento fiscal com a própria pessoa jurídica ou titular da conta de depósito ou da aplicação finan-ceira, bem como a terceiros, por mês-calendário ou fração de atraso, limitado a 10%, observado o valor mínimo de R$ 50.000,00.

A multa mencionada será:

a) apurada considerando o período compreen-dido entre o dia seguinte ao término do prazo

fixado para a entrega da declaração e a data da efetiva entrega; e

b) majorada em 100%, na hipótese de lavratura de Auto de Infração.

Na hipótese de lavratura de Auto de Infração, caso a pessoa jurídica não apresente a declaração, serão lavrados Autos de Infração complementares até a sua efetiva entrega.

(RIPI/2010, arts. 599 e 600)

25. rEdução dE MuLtaS

Ao sujeito passivo que, notificado, efetuar o pagamento, a compensação ou o parcelamento do imposto, será concedida redução da multa de lança-mento de ofício nos seguintes percentuais:

a) 50%, quando for efetuado o pagamento ou a compensação no prazo de 30 dias, contado da data em que o sujeito passivo foi notificado do lançamento;

b) 40%, quando o sujeito passivo requerer o par-celamento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado do lançamento; c) 30%, quando for efetuado o pagamento ou a

compensação no prazo de 30 dias, contado da data em que o sujeito passivo foi notificado da decisão administrativa de 1ª instância; ou d) 20%, quando o sujeito passivo requerer o

par-celamento no prazo de 30 dias, contado da data em que foi notificado da decisão admi-nistrativa de 1ª instância.

No caso de provimento a recurso de ofício interposto por autoridade julgadora de 1ª instância, aplica-se a redução citada na letra “c” para o caso de pagamento ou compensação, e a citada na letra “d” para o caso de parcelamento.

A rescisão do parcelamento, motivada pelo descumprimento das normas que o regulam, implica restabelecimento do montante da multa proporcional-mente ao valor da receita não satisfeita e que exceder o valor obtido com a garantia apresentada.

A redução da multa de lançamento de ofício descrita nas letras “a” a “d” não se aplica às multas previstas no art. 543, no inciso I do art. 572, no art. 573 e no art. 605 do RIPI.

(RIPI/2010, arts. 543, 572, I, 573, 601, 602 e 605)

(12)

ICMS

Crédito presumido

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Créditos presumidos previstos no Regulamento 3. Créditos presumidos com prazo expirado

4. Condições gerais para fruição do crédito presumido 5. Concessão de crédito presumido para fins de manter

a isonomia 6. Modelo de cálculo 7. Penalidades

1. Introdução

O RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, trata das hipóteses em que é assegurado ao contribuinte o benefício do crédito presumido.

Cumpre esclarecer que crédito presumido ou outorgado deve ser entendido como aquele conferido pela legislação a determinados contribuintes, em face das peculiaridades de suas atividades, mediante cele-bração de convênios entre as Unidades da Federação. Cada benefício de crédito presumido ou outor-gado poderá estabelecer regras diferentes para uso, gozo, enquadramento, podendo ser concedido por prazo determinado ou indeterminado. Assim, sempre que o contribuinte realizar tal opção deverá certificar--se de que se enquadra em todos os requisitos fiscais para a sua utilização.

2. CrédItoS PrESuMIdoS PrEvIStoS no rEGuLaMEnto

O Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 43.080/2002, traz a concessão dos créditos presu-midos para as atividades relacionadas a seguir.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75)

2.1 Saídas internas de produtos agropecuários Este crédito presumido é concedido aos estabe-lecimentos que adquirirem, em operação interesta-dual, implementos agrícolas/insumos agropecuários, obedecidas as condições constantes nos RICMS--MG/2002, Anexo IV, itens 2 a 4 e 8, desde que a operação interna esteja sob o amparo do diferimento e ocorra a hipótese de seu encerramento quando o destinatário não for contribuinte do ICMS.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, I)

2.2 Estabelecimento abatedor de aves, gado e peixe Nos termos do RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, IV, é assegurado crédito presumido ao estabele-cimento que promover a saída de peixes, inclusive alevinos, o processamento de pescado ou o abate ou o processamento de aves, de gado bovino, equídeo, bufalino, caprino, ovino ou suíno, de forma que a carga tributária resulte nos seguintes percentuais:

a) 0,1%, na saída de carne ou de outros produtos comestíveis resultantes do abate dos animais e de seu processamento, em estado natural, ainda que resfriados ou congelados, bem como matu-rados, salgados, secos, defumados ou tempera-dos, destinados à alimentação humana;

b) 0,1%, na saída de produto industrializado co-mercial cuja matéria-prima resultante do abate dos animais, desde que destinado à alimenta-ção humana;

c) 0,1%, na saída de peixe e de produtos comes-tíveis resultantes do seu abate ou de processa-mento, em estado natural, ainda que resfriados ou congelados, bem como defumados ou tem-perados, destinados à alimentação humana. Esse crédito fiscal presumido é aplicável aos estabelecimentos abatedores, inclusive os que pro-moverem o abate de seus animais em estabelecimen-tos de terceiros.

Ressalte-se que o contribuinte deverá optar pela utilização do crédito presumido, mediante registro no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO) e comunicação à Administração Fazendária (AF) a que estiver circuns-crito, sendo-lhe vedado o aproveitamento de quais-quer outros créditos, inclusive aqueles já escriturados em seus livros fiscais. Exercida a opção, o contribuinte será mantido no sistema adotado pelo prazo mínimo de 12 meses, vedada a alteração antes do término do exercício financeiro.

O benefício aplica-se, também, ao estabeleci-mento que promover o abate de seus animais em estabelecimento abatedor de terceiros.

O crédito presumido não se aplica nas operações interestaduais com carne e produtos comestíveis resultantes do abate de aves e de gado bovino, bufa-lino, caprino, ovino ou suíno.

(13)

Na saída de peixe promovida por pessoa física não inscrita no cadastro de contribuintes, o crédito presumido será apropriado no próprio documento de arrecadação.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, IV, § 2º, na redação dada pelo Decreto nº 46.131/2012)

2.3 Prestador de serviço de transporte

Aos prestadores de serviço de transporte, exceto o rodoviário de cargas e de passageiros, o aéreo e o ferroviário, é assegurado crédito presumido no percentual de 20% do valor devido na prestação, obedecendo aos seguintes critérios:

a) o benefício é opção do contribuinte, sendo ve-dada a apropriação de quaisquer outros crédi-tos fiscais;

b) o contribuinte será mantido neste regime por, no mínimo, 12 meses, vedada a sua alteração antes do término do exercício financeiro, ex-ceto se devidamente autorizado por despacho do Secretário de Fazenda;

c) exercida a opção pelo crédito presumido, este sistema será aplicável a todos os estabeleci-mentos do contribuinte no território nacional; d) a opção será realizada no livro RUDFTO

(mode-lo 6) de cada estabelecimento do contribuinte; e) caso o prestador de serviço de transporte seja

dispensado de inscrição no Cadastro de Con-tribuintes Estaduais ou da escrituração fiscal, apropriar-se-á deste crédito presumido no pró-prio documento de arrecadação.

Esse crédito presumido incorporado no RICMS--MG/2002 fundamenta-se no Convênio ICMS nº 106/1996, motivo este que justifica o fato de o con-tribuinte optante ter o benefício ampliado a todos os seus estabelecimentos no território nacional.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, V; Convênio ICMS nº 106/1996)

2.3.1 transporte rodoviário de passageiro

Ao estabelecimento prestador de serviço de transporte rodoviário de passageiro, é concedido cré-dito presumido no valor equivalente a 44,44% do valor do imposto devido na prestação, observando-se que:

a) o benefício é opção do contribuinte, sendo ve-dada a apropriação de quaisquer outros crédi-tos fiscais;

b) o contribuinte será mantido neste regime por, no mínimo, 12 meses, vedada a sua alteração antes do término do exercício financeiro, ex-ceto se devidamente autorizado por despa-cho do Secretário de Estado de Fazenda, me-diante requerimento do interessado;

c) exercida a opção pelo crédito presumido, este sistema será aplicável a todos os estabeleci-mentos do contribuinte no território nacional; d) a opção será realizada no livro RUDFTO

(mode-lo 6) de cada estabelecimento do contribuinte; e) o contribuinte optante poderá solicitar regime

especial que autorize a simplificação do cum-primento de obrigações acessórias.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, XXXI)

2.4 operações com fios, tecidos, vestuário ou outros artefatos têxteis de algodão

Os industriais mineiros, fabricantes de fios, teci-dos, vestuário ou outros artefatos têxteis de algodão, desde que atendam os requisitos do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), insti-tuído pela Lei nº 14.559/2002 e regulamentado pelo Decreto nº 43.508/2003, possuem crédito presumido de 41,66% sobre o valor do imposto incidente nas saídas destes produtos.

Para fins de utilização desse benefício, considera--se como algodão o fio, o tecido, o vestuário e o artefato têxtil que possuírem em sua composição, no mínimo, 50% deste produto.

Estende-se o benefício às operações de indus-trialização por encomenda em estabelecimento de terceiros, desde que em operação interna, ou seja, realizada no território mineiro.

O estabelecimento fabricante que realizar a trans-ferência dos seus produtos entre seus estabelecimen-tos poderá utilizar-se do benefício calculando-o sobre o valor da saída promovida por qualquer um dos seus estabelecimentos.

A título de obrigação acessória, temos:

a) a menção, no campo “Informações Comple-mentares” da nota fiscal, do valor da remune-ração previsto na Lei nº 14.559/2002, art. 7º, II, sendo que este não integrará a base de cál-culo do ICMS;

b) arquivamento para exibição ao Fisco estadual, no prazo de 5 anos, do Certificado de Partici-pação no Proalminas, emitido anualmente pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Para fins deste benefício, o contribuinte mineiro deverá observar que:

a) consideram-se de algodão o fio, o tecido, o vestuário e o artefato têxtil que possuírem em sua composição, no mínimo, 50% de algodão;

(14)

b) na hipótese de transferência de mercadoria entre estabelecimentos de mesma titularidade: b.1) a remessa da mercadoria ocorrerá com o

diferimento do imposto incidente na ope-ração de transferência;

b.2) o crédito presumido será calculado so-bre o valor do imposto incidente na saída promovida pelo estabelecimento que re-ceber a mercadoria em transferência ou outra dela resultante, e por este apropria-do, em substituição à apropriação que seria realizada pelo estabelecimento in-dustrial fabricante;

b.3) relativamente à saída de mercadoria com pagamento do imposto diferido, deverá ser transferido o crédito a ela vinculado, me-diante destaque, na nota fiscal que acober-tar a operação, do imposto pago na opera-ção de aquisiopera-ção de matéria-prima, produ-to intermediário ou material de embalagem empregados no processo de produção da mercadoria transferida, e apropriado pelo estabelecimento que a receber;

b.4) na impossibilidade, no momento da entra-da entra-da mercadoria ou do bem ou do recebi-mento do serviço, de perfeita identificação dos créditos que deverão ser transferidos na saída da mercadoria com o imposto di-ferido, o estabelecimento remetente pode-rá apurar o montante do crédito, conside-rando a entrada mais recente, com base na proporcionalidade que as operações bene-ficiadas com o crédito presumido represen-tarem do total de operações realizadas; b.5) o destaque do imposto a que se refere

a alínea “b.3” não autoriza a aplicação do crédito presumido previsto no inciso VII do art. 75 da Parte Geral do RICMS--MG/2002 pelo estabelecimento que pro-mover a transferência;

b.6) para os fins do disposto no art. 75-A da Parte Geral do RICMS-MG/2002, conside-ram-se como créditos normais os créditos transferidos pelo estabelecimento reme-tente e apropriados pelo estabelecimento destinatário das mercadorias transferidas; b.7) para os fins da transferência do crédi-to de que trata a letra “b.3”, poderá ser emitida nota fiscal global, totalizando os créditos vinculados às operações com o imposto diferido, até o dia 9 do mês subsequente ao que ocorreram as ope-rações de transferência das

mercado-rias, sem prejuízo do disposto no RICMS--MG/2002, art. 75-A;

c) o processo de industrialização do algodão, sob encomenda do adquirente, por estabele-cimento de terceiro localizado no território des-te Estado, não descaracdes-teriza o benefício; d) o contribuinte manterá arquivado para exibição ao

Fisco, por 5 anos, o Certificado de Participação no Proalminas, emitido anualmente pela Seapa; e) o valor da remuneração será informado no

campo “Informações Complementares” da nota fiscal relativa à operação e não integrará a base de cálculo do imposto.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, VII, § 3º; Decreto nº 45.717/2011; Decreto nº 46.294/2013; Decreto nº 46.321/2013)

2.5 operações com adesivo hidroxilado

Ao estabelecimento industrial que promover saídas internas de adesivo hidroxilado, cuja matéria-prima específica seja material resultante da moagem ou tritu-ração de garrafa PET, é concedido crédito presumido de 60% do valor do ICMS incidente nessas operações.

O benefício não é aplicável às saídas internas nas quais haja o posterior retorno do produto, real ou simbolicamente.

Esse crédito outorgado fundamenta-se no Con-vênio ICMS nº 8/2003, que estabelece vigência do benefício até 31.01.2015.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, IX, § 4º, na redação dada pelo Decreto nº 44.649/2007; Convênio ICMS nº 8/2003; Decreto nº 46.088/2012; Decreto nº 46.401/2013)

2.6 operações com produtos médicos

É concedido crédito presumido ao estabeleci-mento industrial e ao encomendante de industrializa-ção detentor ou licenciado de marca, relativamente à mercadoria industrializada no Estado, de até 100% do valor equivalente ao imposto devido na operação de saída de produtos eletroeletrônicos destinados a esta-belecimento de contribuinte do imposto, a pessoas jurídicas prestadoras de serviços, inclusive clínicas e hospitais, a profissional médico ou a órgão da admi-nistração pública, suas fundações e autarquias.

Para a utilização desse crédito presumido, o con-tribuinte deverá observar os seguintes critérios:

a) o benefício será aplicado opcionalmente pelo contribuinte signatário de Protocolo firmado com o Estado, mediante regime especial con-cedido pelo Diretor da Superintendência de Tributação, sendo-lhe vedado o aproveitamen-to de quaisquer outros crédiaproveitamen-tos relacionados com a operação, inclusive aqueles já escritu-rados em seus livros fiscais;

(15)

b) exercida a opção, o contribuinte será mantido no sistema adotado pelo prazo mínimo de 12 meses, vedada a alteração antes do término do exercício financeiro;

c) o estabelecimento que industrializar mercado-rias diversas deverá manter escrituração dis-tinta relativamente às mercadorias amparadas pelo benefício;

d) em se tratando de produtos destinados a clí-nica, hospital ou profissional médico, o benefí-cio alcança somente os produtos relabenefí-cionados nos itens 80 a 86 da Parte 5 do Anexo XII, do RICMS-MG/2002;

e) para os efeitos do disposto neste subtópico, considera-se industrial fabricante aquele que realiza as operações referidas nas alíneas “a”, “b”, “c” e “e” do inciso II do caput do art. 222 do RICMS-MG/2002;

f) o regime especial será encaminhado à Assem-bleia Legislativa para ratificação, aplicando-se o disposto nos §§ 2º e 4º a 6º do art. 223 do RICMS-MG/2002;

g) desde que previsto em Protocolo firmado com o Estado e autorizado em regime especial con-cedido pela Superintendência de Tributação, a vedação de que trata a letra “a” não se aplica no retorno de mercadoria transferida para in-dustrialização em outra Unidade da Federação, inclusive quando a industrialização se dê em estabelecimento de terceiro, ficando o crédito admitido limitado ao valor do débito na opera-ção de transferência, para industrializaopera-ção.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, X; Decreto nº 46.022/2012; Decreto nº 46.131/2012; Decreto nº 46.399/2013)

2.7 Produtos de informática, telecomunicações, eletrônicos e eletroeletrônicos

É concedido ao estabelecimento industrial crédito presumido de forma que a carga tributária resulte em 3,50% sobre as saídas internas destinadas a estabe-lecimentos de contribuintes do imposto, clínica, hos-pital, profissional médico ou a órgão da administração pública direta, suas fundações e autarquias, dos pro-dutos recebidos com diferimento do ICMS constante no RICMS-MG/2002, Anexo II, Parte I, item 48.

Para opção por este benefício, deve o contribuinte que receber as mercadorias com diferimento não submetê-las a qualquer processo de industrialização, exceto o acondicionamento.

São condições para sua fruição:

a) opção do contribuinte signatário de protocolo firmado com o Estado, mediante regime espe-cial concedido pelo Diretor da Sutri;

b) vedação ao aproveitamento de quaisquer ou-tros créditos relacionados com a operação, in-clusive aqueles já escriturados em seus livros fiscais;

c) exercida a opção, o contribuinte será mantido no sistema adotado pelo prazo mínimo de 12 meses, vedada a sua alteração antes do térmi-no do exercício financeiro;

d) o estabelecimento que industrializar mercado-rias diversas deverá manter escrituração dis-tinta relativamente às mercadorias amparadas pelo benefício;

e) o regime especial será encaminhado à As-sembleia Legislativa para ratificação.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, XI, na redação dada pelo Decreto nº 45.342/2010; Decreto nº 46.022/2012)

2.8 operações com polpas e concentrados de frutas É concedido crédito outorgado para os estabele-cimentos industriais de polpas, concentrados, doces, conversas e geleias de frutas ou polpa e extrato de tomate, sucos, néctares, bebidas não gaseificadas preparadas a partir de concentrados de frutas, suco ou molho de tomate, inclusive ketchup.

Assim, os estabelecimentos que realizarem a opção por esse benefício fiscal não poderão utilizar--se de nenhum outro crédito fiscal relativo à sua ope-ração, exceto àqueles relativos à aquisição de bem destinado ao ativo permanente do estabelecimento.

A opção deverá ser realizada no livro RUDFTO (modelo 6), e a respectiva comunicação à AF a que estiver circunscrito. Como reflexo dessa opção, tem--se que o contribuinte deverá mantertem--se neste sistema por, no mínimo, 12 meses, vedada a sua alteração antes do término do exercício financeiro.

O benefício traduz-se em valor equivalente a 70%: a) na saída de polpas, concentrados, doces e

geleias, todos de frutas;

b) na saída de sucos, néctares e bebidas não ga-seificadas preparadas a partir de concentra-dos de frutas;

c) na saída de conservas alimentícias vegetais e de cogumelo;

d) na saída de extrato, suco ou molho de tomate, inclusive ketchup.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, XII, § 5º; Decreto nº 46.368/2013)

2.9 operações com discos fonográficos ou outros suportes

Aos centros de distribuição de discos fonográficos ou outros suportes com sons gravados ou de suportes

(16)

com sons e imagens gravados, nos termos do RICMS--MG/2002, Parte Geral, art. 222, XIV, fica concedido crédito outorgado no valor de 50% do ICMS incidente nas saídas destes produtos.

Considera-se centro de distribuição o estabeleci-mento que:

a) operar exclusivamente na condição de distri-buidor de produtos recebidos em transferên-cia de estabelecimento industrial de mesma titularidade;

b) não exclusivo, o estabelecimento que operar somente como distribuidor das mercadorias re-cebidas, cumulativamente, de estabelecimento: b.1) industrial ou de outro centro de distribui-ção a este vinculado, de mesma titulari-dade, situados em Minas Gerais, obser-vado o percentual mínimo em relação ao total de mercadorias recebidas no pe-ríodo, a ser definido em regime especial concedido pelo Diretor da Sutri;

b.2) de mesma titularidade ou de estabeleci-mento de empresa controlada, ainda que situado em outra Unidade de Federação. Para utilização do benefício, o contribuinte mineiro deverá:

a) realizar sua opção através de registro no livro RUDFTO (modelo 6);

b) comunicar a opção à AF a que estiver circuns-crito;

c) exercida a opção, manter-se nesta sistemática por, no mínimo, 12 meses, sendo vedada a sua alteração antes do término do exercício financeiro.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, XIII, § 6º, na reda-ção dada pelo Decreto nº 44.553/2007)

2.10 Centro de distribuição

Aos centros de distribuição signatário de protocolo firmado com o Estado de Minas Gerais é concedido cré-dito presumido de modo que a carga tributária resulte em, no mínimo 3% nas operações de saída tributadas promovidas pelo estabelecimento, desde que seja sig-natário de protocolo firmado com este Estado mediante regime especial concedido pelo Diretor da Sutri.

Esse benefício aplica-se também às saídas tri-butadas promovidas por cooperativa ou associação de artesanato ou da agricultura familiar descrita no RICMS-MG/2002, Anexo IX, art. 441.

O regime especial autorizativo do crédito presu-mido estabelecerá as condições e hipóteses em que o benefício será utilizado. Assim, caso o estabelecimento opte por esse regime, fará a opção no livro RUDFTO e a comunicará à AF de sua circunscrição, sendo vedada

a apropriação de quaisquer outros créditos. Exercida a opção, o estabelecimento permanecerá no regime pelo prazo mínimo de 12 meses, sendo vedada a sua alteração antes do término do exercício financeiro.

O regime especial deverá ser ratificado pela Assembleia Legislativa do Estado como forma de proteção da economia estadual.

Equiparam-se ao estabelecimento industrial fabri-cante ou ao estabelecimento industrial abatedor de animais, para os efeitos de aplicação dos dispositivos que tratam de fixação de alíquota reduzida, crédito presumido ou redução de base de cálculo, o centro de distribuição ou o estabelecimento industrial perten-centes ao mesmo contribuinte, na saída interna subse-quente da mercadoria de sua fabricação ou de outra dela resultante, desde que destinada a contribuinte do imposto, observadas as condições estabelecidas em regime especial concedido pelo Diretor da Sutri.

Considera-se centro de distribuição o estabeleci-mento que operar exclusivamente ou não, na condição de distribuidor de produtos recebidos em transferência.

A concessão do crédito presumido poderá resultar em carga tributária inferior a 3% caso o estabelecimento esteja localizado em município com-preendido na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

(Lei nº 6.763/1975 - CLTE, art. 32-A; RICMS-MG/2002, Par-te Geral, art. 75, XIV, § 7º, art. 222, XIV)

2.11 operações internas com leite

Aos estabelecimentos industriais que realizarem operações internas com leite pasteurizado tipos “A”, “B”, “C” ou leite UHT (UAT) destinadas ao comércio, em embalagens que permitam a sua venda direta ao consumidor final, é permitido crédito outorgado no valor do imposto devido na operação.

Para utilização do benefício, o contribuinte mineiro deverá:

a) efetuar sua opção através de registro no livro RUDFTO (modelo 6);

b) comunicar à AF a que estiver circunscrito; c) exercida a opção, manter-se nesta sistemática

por, no mínimo, 12 meses, sendo vedada a sua alteração antes do término do exercício financeiro. Nas situações em que o estabelecimento indus-trial também comercializar outras mercadorias, deverá observar as seguintes regras:

a) escriturará apenas os créditos decorrentes das entradas e dos recebimentos de mercadorias, bens e serviços não relacionados nas opera-ções beneficiadas com o crédito presumido;

(17)

b) caso seja impossível realizar essa segrega-ção no momento da entrada da mercadoria ou do bem ou do recebimento do serviço, deverá o contribuinte, no encerramento do período de apuração do ICMS, estornar o excesso de crédi-to tendo por base a proporcionalidade, ou seja, o percentual que as operações beneficiadas re-presentam no total de operações do período; c) para o cálculo da proporcionalidade, serão

consideradas as operações realizadas pelo contribuinte nos últimos 12 meses, incluindo--se o período no qual se realiza o estorno.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, XV, §§ 8º e 9º; De-creto nº 45.515/2010)

2.12 operações interestaduais com leite

Os estabelecimentos industriais que realizam operações interestaduais com os leites tipos “A”, “B”, “C” ou leite UHT (UAT) destinadas ao comércio, em embalagem que permita sua venda a consumidor final, podem optar pelo crédito presumido de ICMS incidente sobre essas operações, de forma que a carga tributária final resulte em 1%.

Para utilização do benefício, o contribuinte mineiro deverá:

a) efetuar sua opção através de registro no livro RUDFTO (modelo 6);

b) comunicar à AF a que estiver circunscrito; c) exercida a opção, manter-se nesta sistemática

por, no mínimo, 12 meses, sendo vedada a sua alteração antes do término do exercício financeiro. Nas situações em que o estabelecimento indus-trial também comercializar outras mercadorias, deverá observar as seguintes regras:

a) escriturará apenas os créditos decorrentes das entradas e dos recebimentos de mercadorias, bens e serviços não relacionados nas opera-ções beneficiadas com o crédito presumido; b) caso seja impossível realizar essa segregação

no momento da entrada da mercadoria ou do bem ou do recebimento do serviço, deverá o contribuinte, no encerramento do período de apuração do ICMS, estornar o excesso de cré-dito, tendo por base a proporcionalidade das operações beneficiadas sobre o total de ope-rações realizadas no período;

c) para o cálculo da proporcionalidade, serão consideradas as operações realizadas pelo contribuinte nos últimos 12 meses, incluindo--se o período no qual se realiza o estorno.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, XVI, §§ 8º e 9º; De-creto nº 45.515/2010)

2.13 Prestador de serviço de transporte ferroviário Os prestadores de serviços de transporte na modalidade ferroviária possuem a possibilidade de crédito outorgado de ICMS em 45% do valor do imposto devido a este Estado.

Assim, os contribuintes interessados deverão manifestar sua opção, consignando-a no livro RUDFTO (modelo 6), através da qual o contribuinte mineiro fica vedado ao aproveitamento de qualquer outro crédito fiscal, exceto em relação ao crédito do ICMS do ativo.

Nesse caso, a legislação mineira permite que o prestador de serviços de transporte ferroviário possa utilizar o valor do ICMS decorrente das aquisições de ativo, juntamente com o crédito acumulado que deti-nham no momento da opção pelo crédito presumido, para aquisição de vagões e locomotivas. Ressalta-se que somente poderão ser utilizados os valores das parcelas do crédito do ativo realizadas até a data da opção do referido crédito presumido.

Por consequência dessa opção, o contribuinte deverá permanecer neste regime por um período mínimo de 12 meses, sendo vedada a sua alteração antes do término do exercício financeiro, exceto se o contribuinte possuir autorização mediante despacho fundamentado do Secretário de Estado de Fazenda, mediante requerimento.

Esse crédito presumido poderá, nos termos de regime especial concedido pelo Diretor da Sutri, ser acrescido de valor equivalente a 8,1% do valor das prestações de serviço de transporte de mercadoria destinada ao exterior, amparadas pela isenção a que se refere o item 126 do Anexo I do RICMS-MG/2002, hipótese em que o limite total dos créditos do período de apuração será equivalente ao valor resultante da aplicação do percentual de participação das prestações de serviço de transporte de mercadoria destinada ao exterior na totalidade das prestações aplicado sobre o valor do débito do período.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, XVII, § 15)

2.14 operações realizadas por restaurantes, serviços de alimentação, lanchonetes e similares

Aos estabelecimentos que estejam elencados na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) a seguir mencionadas, é concedido crédito fiscal outor-gado de forma que a carga tributária incidente seja 4%:

a) 5612-1 - serviços ambulantes de alimentação; b) 5620-1 - serviços de catering, bufê e outros

serviços de alimentação preparada; c) 5510-8 - hotéis e similares;

Referências

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