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ANO XXIX ª SEMANA DE MAIO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 18/2018

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ANO XXIX - 2018 – 1ª SEMANA DE MAIO DE 2018

BOLETIM INFORMARE Nº 18/2018

ASSUNTOS

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ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS

PREVIDENCIÁRIOS

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BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS - OPERAÇÕES FINANCEIRAS AUTORIZADAS PELO BENEFICIÁRIO

IN INSS/PRES Nº 77/2015 ... Pág. 478

ASSUNTOS TRABALHISTAS

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AUTÔNOMO - REFORMA TRABALHISTA – ATUALIZAÇÃO - A PARTIR DE 24.04.2018 - PERDA DA VIGÊNCIA DA

MP Nº 808 DE 2017 - ASPECTO TRABALHISTA ... Pág. 480 EMPRÉSTIMO FINANCEIRO POR INTERMÉDIO DA EMPRESA – AUTORIZAÇÃO - PARA DESCONTO DE PRESTAÇÕES

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ASSUNTOS

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BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS - OPERAÇÕES FINANCEIRAS AUTORIZADAS PELO BENEFICIÁRIO

IN INSS/PRES Nº 77/2015 Sumário 1. Introdução; 2. Beneficiários; 3. Benefícios Previdenciários; 3.1 - Tipos De Benefícios;

4. Operações Financeiras Autorizadas Pelo Beneficiário;

4.1 - Titular Do Benefício De Aposentadoria Ou Pensão Por Morte; 4.1.1 - Consignação Poderá Ser Efetivada;

4.1.2 - Valor Disponível Do Benefício;

4.1.3 - Consignações Não Se Aplicam Aos Benefícios; 4.1.4 – Concessão Do Empréstimo.

1. INTRODUÇÃO

Nesta matéria será tratada sobre os benefícios previdenciários com suas operações financeiras autorizadas pelo beneficiário, conforme estabelece a IN INSS/PRES nº 77/2015.

2. BENEFICIÁRIOS

Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social classificam-se como segurados e dependentes (Artigo 10 da Lei nº 8.213/1991).

“Artigo 8º do Decreto n° 3.048/1999. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social as pessoas físicas classificadas como segurados e dependentes”.

“Beneficiário – é a pessoa que está recebendo algum tipo de benefício pecuniário, podendo ser o próprio segurado ou o seu dependente (Extraído site da Previdência Social:

http://www1.previdencia.gov.br/aeps2006/15_01_01_01.asp)”.

3. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

Benefícios consistem em prestações pecuniárias pagas pela Previdência Social aos segurados ou aos seus dependentes, de forma a atender a cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; a proteção à maternidade, especialmente à gestante; ao salário-família e ao auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; e a pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro

e dependentes (Extraído do site do Ministério da Previdência Social:

http://www1.previdencia.gov.br/aeps2006/15_01_01_01.asp e também com base no artigo 25 do Decreto nº

3.048/1999).

3.1 - Tipos De Benefícios

De acordo com o artigo 25, incisos I a III (abaixo), do Decreto n° 3.048/1999, e artigo 18 da Lei nº 8.213/1991 compreende as seguintes prestações, expressas em benefícios e serviços:

Quanto ao segurado:

a) aposentadoria por invalidez; b) aposentadoria por idade;

c) aposentadoria por tempo de contribuição; d) aposentadoria especial;

e) auxílio-doença; f) salário-família;

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g) salário-maternidade; h) auxílio-acidente.

Quanto ao dependente:

a) pensão por morte; b) auxílio-reclusão.

Quanto ao segurado e dependente:

a) reabilitação profissional.

4. OPERAÇÕES FINANCEIRAS AUTORIZADAS PELO BENEFICIÁRIO 4.1 - Titular Do Benefício De Aposentadoria Ou Pensão Por Morte

O titular do benefício de aposentadoria ou pensão por morte poderá autorizar a consignação em benefício para pagamento de operações financeiras, conforme o estipulado em normativos específicos e obedecendo critérios conforme os subitens “4.1.1” a “4.1.4” dessa matéria (Artigo 527 da IN INSS/PRES nº 77/2015).

Consignação em aposentadoria ou pensão por morte, para pagamento de operações financeiras (empréstimos, financiamentos, operações de arrendamento mercantil, etc.) contraídos pelo titular do benefício em favor de instituição financeira.

4.1.1 - Consignação Poderá Ser Efetivada

Consignação é uma forma especial ou indireta de pagamento, meio pelo qual o devedor, titular de benefício, possui para extinguir uma obrigação de pagamento junto ao INSS e/ou a terceiros, comandada por meio de desconto em seu benefício (Artigo 522 da IN INSS/PRES nº 77/2015).

A consignação poderá ser efetivada, desde que: (Inciso I, do artigo 527 da IN INSS/PRES nº 77/2015)

a) o desconto, seu valor e o respectivo número de prestações a consignar e reter sejam expressamente autorizados pelo próprio titular do benefício;

b) a operação financeira tenha sido realizada por instituição financeira ou pela sociedade de arrendamento mercantil a ela vinculada;

c) a instituição financeira tenha celebrado convênio com o INSS para esse fim; e

d) o valor do desconto não exceda, no momento da contratação, a 30% (trinta por cento) o valor disponível do benefício, excluindo Complemento Positivo - CP, PAB, e décimo terceiro salário, correspondente à última competência emitida, constante do Histórico de Créditos - HISCRE - Sistema de Benefícios.

Observação: Considerando que a decisão de contratar empréstimo pessoal e cartão de crédito é do beneficiário,

o INSS não oferece crédito e não indica instituições financeiras. Apenas realiza os descontos contratados com a instituição financeira no valor do benefício (Informações extraídas do site da Previdência Social -

https://www.inss.gov.br/orientacoes/emprestimo-consignado/).

4.1.2 - Valor Disponível Do Benefício

Entende-se por valor disponível do benefício, aquele apurado após as deduções das seguintes consignações: (Inciso II, do artigo 527 da IN INSS/PRES nº 77/2015)

a) pagamento de benefício além do devido; b) Imposto de Renda;

c) pensão alimentícia;

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e) oriundas de decisão judicial.

4.1.3 - Consignações Não Se Aplicam Aos Benefícios

As consignações não se aplicam aos benefícios: (Inciso II, do artigo 527 da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) concedidos nas regras de Acordos de Previdência Social, para os segurados residentes no exterior; b) pagos a título de pensão alimentícia;

c) assistenciais, inclusive os decorrentes de leis específicas;

d) recebidos por meio de representante legal do segurado: dependente tutelado ou curatelado; e) pagos por intermédio da empresa acordante; e

f) pagos por intermédio de cooperativas de créditos que não possuam contratos para pagamento e arrecadação de benefícios.

4.1.4 – Concessão Do Empréstimo

O empréstimo poderá ser concedido por qualquer instituição consignatária, independentemente de ser ou não responsável pelo pagamento de benefícios (Parágrafo único, do artigo 527 da IN INSS/PRES nº 77/2015)

Fundamentos Legais: Os citados no texto.

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AUTÔNOMO - REFORMA TRABALHISTA – ATUALIZAÇÃO - A PARTIR DE 24.04.2018 PERDA DA VIGÊNCIA DA MP Nº 808 DE 2017

Aspecto Trabalhista Sumário

1. Introdução;

2. Trabalhador Autônomo/Contribuinte Individual; 3. Autônomo X Empregado;

3.1 – Autônomo; 3.2 – Empregado;

3.3 – Tabelas – Autônomo X Empregado; 3.4 – Jurisprudências;

4. Contratação Do Autônomo - Até 23.04.2018 Conforme A MP Nº 808/2017;

5. Contratação Do Autônomo – A Partir De 24.04.2018 – Devida Perda Da Vigência Da MP 808/2017; 6. Informados Na GFIP Da Empresa Contratante.

1. INTRODUÇÃO

A Lei nº 9.876, de 29 de novembro de 1999, enquadrou os segurados autônomos em uma única categoria, a dos “Contribuintes Individuais”, sendo considerados segurados obrigatórios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS).

Nesta matéria será tratada sobre os aspectos trabalhistas dos autônomos, atualizada, pois a Medida Provisória nº 808, de 14.11.2017 (D.O.U: 14.11.2017) teve vigência somente até o dia 23.04.2018.

2. TRABALHADOR AUTÔNOMO/CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

Pode-se conceituar trabalhador autônomo, como a pessoa física que exerce por conta própria atividade econômica com ou sem fins lucrativos. E ele é o prestador de serviços que não tem vínculo empregatício, pois não possui os requisitos de empregado que trata o artigo 3º da CLT.

“Trabalhador autônomo é a pessoa física que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e com ascensão de seus próprios riscos. E a prestação de serviços é de forma eventual e não habitual, ou seja, uma de suas maiores características, e a prestação de serviço descontínua”.

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“Autônomo é a pessoa física que presta serviços a outrem por conta própria, por sua conta e risco. Não possui jornada de trabalho determinada, não é assalariado, mas recebe uma remuneração prevista em contrato, referente aos serviços prestados”.

Contribuintes individuais são aqueles que têm rendimento através do seu trabalho, sem estar na qualidade de segurado empregado, tais como os profissionais autônomos, sócios e titulares de empresas, entre outros. E são considerados contribuintes obrigatórios da Previdência Social (Artigo 12 da Lei nº 8.212/1991).

Todos aqueles que trabalham por conta própria (de forma autônoma) ou que prestam serviços de natureza eventual a empresas, sem vínculo empregatício. São considerados contribuintes individuais, dentre outros, os sacerdotes, os diretores que recebem remuneração decorrente de atividade em empresa urbana ou rural, os síndicos remunerados, os motoristas de táxi, os vendedores ambulantes, as diaristas, os pintores, os eletricistas, os associados de cooperativas de trabalho e etc. (Informações extraídas do site da Previdência Social -

http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/tipos-filiacao/).

3. AUTÔNOMO X EMPREGADO 3.1 – Autônomo

“Autônomo é o trabalhador que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e assumindo seus próprios riscos, e esta prestação de serviço deverá ser eventual e não habitual”.

“Trabalhador autônomo é a pessoa física que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e com ascensão de seus próprios riscos.”

Observação: Verificar também as jurisprudências do subitem “3.4 – Jurisprudências”, desta matéria. 3.2 – Empregado

Empregado é toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Conforme dispõe o artigo 3º da CLT, considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviço de forma habitual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

“Art. 3º CLT - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual”.

Da definição legal acima, extrai-se os seguintes elementos:

a) Pessoa física - Somente pode ser objeto do contrato de trabalho o prestado por pessoa física;

b) Pessoalidade - Impossibilidade de substituição do empregado por terceira pessoa sem o consentimento do empregador;

c) Onerosidade - É a reciprocidade de obrigações de fazer do empregado e de dar (ou pagar) do empregador; d) Subordinação - Obrigação de sujeitar-se o empregado às ordens do empregador, desde que não contrarias à lei;

e) Continuidade - Em contraposição ao trabalho eventual.

Então, o vínculo empregatício é a relação que se estabelece entre o empregador e o empregado, através do contrato de trabalho, com previsões relativo à prestação de serviço, estabelecendo as condições e as formas referente à relação de trabalho, onde não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.

“A relação de emprego ou o vínculo empregatício é um fato jurídico que se configura quando uma pessoa física presta serviço a uma outra pessoa, que pode ser física ou jurídica, de forma subordinada, pessoal, não-eventual e onerosa”.

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Observação: Verificar também as jurisprudências do subitem “3.4 – Jurisprudências”, desta matéria. 3.3 – Tabelas – Autônomo X Empregado

Segue abaixo algumas comparações ou distinções entre trabalhador autônomo e empregado:

AUTÔNOMO EMPREGADO

Sem subordinação Subordinado

Serviço Eventual Serviço Habitual

Recebe o valor Acordado/Remuneração (Não Assalariado) Recebe Salário/Assalariado

Relação Comercial Relação Trabalhista

Observação: “Se o autônomo tiver tratamento como empregado, caracteriza, então, vínculo empregatício”. E se

for contratado com exclusividade, ele deixa de ter autonomia e passa a ser considerado com vínculo empregatício, ou seja, como empregado”.

*** Informações abaixo forma extraídas das jurisprudências do subitem “3.4”, desta matéria:

a) “A pessoalidade porque a reclamante sempre trabalhou internamente na reclamada, durante todo o período, não sendo crível que nessa situação, de usuária registrada em sistema informatizado trabalhando em ponto de atendimento, pudesse se fazer substituir. Evidenciada a fraude na contratação de "autônoma" para a prestação pessoal de serviços não eventuais e subordinados, sob a direção da recorrente e mediante remuneração, corretos o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes e a condenação ao pagamento dos direitos trabalhistas sonegados”.

b) “O representante comercial autônomo, regido pela Lei 4.886/65, alterada pela Lei 8.420/92, certamente é o trabalhador que mais se assemelha ao empregado celetista. A diferenciação se dará pelo grau de intensidade da subordinação a qual se submete o trabalhador/empregado. Se intensa, empregado; se atenuada, representante comercial autônomo”.

c) “O corretor de imóveis, na qualidade de trabalhador autônomo, executa suas tarefas de forma independente, sem subordinação, ao passo que o empregado não tem liberdade para gerir sua atividade, estando subordinado a condições e regras determinadas pela empresa”.

d) “Não caracterizado o trabalho autônomo e presentes os requisitos previstos nos artigos 2º e 3º da CLT, impõe-se o reconhecimento da relação empregatícia”.

e) “... deve o julgador ter como relevante a configuração fática do ocorrido, para verificar se o labor prestado pelo reclamante ao reclamado reuniu os requisitos da subordinação jurídica, da pessoalidade, da onerosidade e da não eventualidade, preceituados nos arts. 2º e 3º da CLT”.

3.4 – Jurisprudências

SUBORDINAÇÃO JURÍDICA. "AUTÔNOMOS" E EMPREGADOS. MESMAS FUNÇÕES. INEXISTÊNCIA DE QUALQUER DIFERENÇA. COMPROVAÇÃO. VÍNCULO DE EMPREGO. PRESSUPOSTOS. RECONHECIMENTO. Evidenciado não haver qualquer diferença entre os pesquisadores "autônomos" e os empregados pela recorrente, todos são, inevitavelmente, subordinados a ela. Fosse pouco, ambas as testemunhas confirmaram, especificamente, a existência de subordinação, elemento distintivo da relação de emprego. Quanto aos demais requisitos para a caracterização desta, verificam-se nos autos. A habitualidade, porque o trabalho foi prestado de segunda a sexta ou de segunda a sábado, por mais de um ano e meio como incontroverso. A onerosidade, pelos recibos de pagamentos quinzenais. A pessoalidade porque a reclamante sempre trabalhou internamente na reclamada, durante todo o período, não sendo crível que nessa situação, de usuária registrada em sistema informatizado trabalhando em ponto de atendimento, pudesse se fazer substituir. Evidenciada a fraude na contratação de "autônoma" para a prestação pessoal de serviços não eventuais e subordinados, sob a direção da recorrente e mediante remuneração, corretos o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes e a condenação ao pagamento dos direitos trabalhistas sonegados. Recurso improvido no aspecto. (Processo: RO 00029857720135020042 SP 00029857720135020042 A28 – Relator(a): Benedito Valentini – Julgamento: 02.07.2015)

REPRESENTANTE AUTÔNOMO X EMPREGADO. O representante comercial autônomo, regido pela Lei 4.886/65, alterada pela Lei 8.420/92, certamente é o trabalhador que mais se assemelha ao empregado celetista. A diferenciação se dará pelo grau de intensidade da subordinação a qual se submete o trabalhador/empregado. Se intensa, empregado; se atenuada, representante comercial autônomo. No caso, restou incontroverso, pelas provas dos autos, que o reclamante i) não recebia ajuda de custo para alimentação e

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combustível (fato este que demonstra que o risco do negócio permaneceu com o autor), ii) não possuía metas de vendas a serem cumpridas, iii) não tinha necessidade de comparecer em reuniões, bem como iv) não sofria qualquer punição pela ausência ao labor, citando, como exemplo, o mês de abril do ano de 2014, situação estas que afasta o reconhecimento do vinculo de emprego, em especial pela ausência de subordinação jurídica. Recurso conhecido e improvido. (Processo: RO 00112725920155010471 RJ – Publicação: 05.07.2016)

CORRETOR DE IMÓVEIS X TRABALHADOR AUTÔNOMO. TRAÇO DISTINTIVO. SUBORDINAÇÃO JURÍDICA. O traço distintivo entre o vínculo de emprego e a relação de trabalho autônoma é o elemento subordinação jurídica, presente no primeiro e ausente no segundo, sendo certo que os demais requisitos da relação de emprego (pessoalidade, a onerosidade e a não-eventualidade) são comuns às duas situações. O corretor de imóveis, na qualidade de trabalhador autônomo, executa suas tarefas de forma independente, sem subordinação, ao passo que o empregado não tem liberdade para gerir sua atividade, estando subordinado a condições e regras determinadas pela empresa. (Processo: RO 00316201400703003 0000316-95.2014.5.03.0007 – Relator(a): Convocado Antonio G. de Vasconcelos – Publicação: 14.09.2015)

TRABALHO AUTÔNOMO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. VÍNCULO DE EMPREGO. ÔNUS DA PROVA. Ao admitir a prestação de serviço em modalidade diversa ao vínculo de emprego, incumbe à parte reclamada comprovar que a relação de trabalho se deu na forma indicada. Não caracterizado o trabalho autônomo e presentes os requisitos previstos nos artigos 2º e 3º da CLT, impõe-se o reconhecimento da relação empregatícia. Recurso desprovido. (Processo: RO 01277201301410000 DF 01277-2013-014-10-00-0 RO – Relator(a): Juiz Denilson Bandeira Coelho – Julgamento: 07.05.2014)

TRABALHADOR AUTÔNOMO X EMPREGADO - TÊNUE DIFERENÇA. É tênue a diferença existente entre o contrato empregatício e o contrato de prestação de serviço. Por isso, deve o julgador ter como relevante a configuração fática do ocorrido, para verificar se o labor prestado pelo reclamante ao reclamado reuniu os requisitos da subordinação jurídica, da pessoalidade, da onerosidade e da não eventualidade, preceituados nos arts. 2º e 3º da CLT. Admitindo a prestação de serviços, na modalidade autônoma, o reclamado atrai o ônus da prova para si, já que alega fato obstativo do direito do reclamante, inteligência do art. 818 da CLT c/c o art. 333, II, do CPC. Recurso ordinário conhecido e não provido. (Processo: 1686200900316004 MA 01686-2009-003-16-00-4 – Relator: José Evandro De Souza – 24.11.2010)

4. CONTRATAÇÃO DO AUTÔNOMO - ATÉ 23.04.2018 CONFORME A MP Nº 808/2017

A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação (Artigo 442-B da CLT - Redação dada pela

Medida Provisória nº 808, de 2017).

É vedada a celebração de cláusula de exclusividade no contrato de autônomo (§ 1º, do artigo 442B da CLT

-Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017).

Não caracteriza a qualidade de empregado, o fato de o autônomo prestar serviços a apenas um tomador de serviços (§ 2º, do artigo 442-B da CLT - Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017).

O autônomo poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviços que exerçam ou não a mesma atividade econômica, sob qualquer modalidade de contrato de trabalho, inclusive como autônomo (§ 3º, do artigo 442-B da CLT - Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017).

Fica garantida ao autônomo a possibilidade de recusa de realizar atividade demandada pelo contratante, garantida a aplicação de cláusula de penalidade prevista em contrato (§ 4º, do artigo 442-B da CLT - Incluído pela Medida

Provisória nº 808, de 2017).

Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros, e trabalhadores de outras categorias profissionais reguladas por leis específicas relacionadas a atividades compatíveis com o contrato autônomo, desde que cumpridos os requisitos acima, não possuirão a qualidade de empregado prevista no subitem acima (§ 5º, do artigo 442-B da CLT - Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017).

Presente a subordinação jurídica, será reconhecido o vínculo empregatício (§ 6º, do artigo 442-B da CLT - Incluído

pela Medida Provisória nº 808, de 2017).

Observação: “Subordinação é a condição de uma pessoa de não ter a liberdade para tomar decisões próprias, ou

seja, então, é o contrário de autonomia”.

O disposto no caput acima, se aplica ao autônomo, ainda que exerça atividade relacionada ao negócio da empresa contratante (§ 7º, do artigo 442-B da CLT - Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017).

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Observação: Verificar sobre os procedimentos acima, o Boletim INFORMARE nº 49/2017 “AUTÔNOMO -

REFORMA TRABALHISTA – ATUALIZAÇÃO LEI Nº 13.467 DE 2017 E MP Nº 808 DE 2017 Aspecto Trabalhista”, em assuntos trabalhistas.

5. CONTRATAÇÃO DO AUTÔNOMO – A PARTIR DE 24.04.2018 – DEVIDA PERDA DA VIGÊNCIA DA MP 808/2017

A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. (Artigo 442-B da CLT, Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Observação: A partir de 24.04.2018 continuou a vigência do artigo 442-B somente com a redação dada pela Lei

nº 13.467/2017.

6. INFORMADOS NA GFIP DA EMPRESA CONTRATANTE

A partir da competência 04/2003, em razão do disposto na Lei n° 10.666/2003, o SEFIP passa a calcular a contribuição descontada dos segurados contribuintes individuais, aplicando a alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor informado no campo Remuneração sem 13º Salário, para as categorias 05, 11, 13, 15, 17 e 18, já considerando a dedução a que se refere o art. 216, §§ 20, 21 e 22, do RPS (Manual do SEFIP 8.4, item “4.3.1”, Capítulo II).

Então, todos os contribuintes individuais devem ser informados na GFIP da empresa no mês em que prestarem serviços, com o respectivo número de inscrição na Previdência Social, assim como o valor da remuneração paga a ele (conforme o parágrafo acima).

Mesmo que a empresa não tenha empregados, os contribuintes individuais deverão ser informados no campo autônomos, neste caso em GFIP Declaratória.

Informações detalhadas e adicionais, a respeito do preenchimento do SEFIP/GFIP, vide no capítulo II, do Manual SEFIP 8.4.

Fundamentos Legais: Citados no texto.

EMPRÉSTIMO FINANCEIRO POR INTERMÉDIO DA EMPRESA - AUTORIZAÇÃO PARA DESCONTO DE PRESTAÇÕES EM FOLHA DE PAGAMENTO

Considerações Sumário

1. Introdução;

2. Para Aplicação Dessa Lei Considera-Se/Conceitos; 3. Empréstimo Financeiro Por Intermédio Da Empresa; 4. Autorização Do Empréstimo Pelo Empregado; 4.1 – Descontos Em Verbas Rescisórias; 4.2 – Solicitação De Bloqueio Do Desconto; 4.3 - Nas Operações De Crédito Consignado;

4.4 – Consignações Voluntárias Autorizadas Pelo Empregado; 4.5 - Contratação Da Operação – Limites Dos Descontos;

5. Obrigações Do Empregador Para O Desconto Referente Ao Empréstimo;

5.1 – Responsável Pelas Informações – Prazo Do Repasse Às Instituições Consignatárias, Até O 5º (Quinto) Dia Útil; 5.2 - Cessa A Obrigação De Efetuar A Retenção E O Repasse Das Prestações À Instituição Consignatária;

6. Concessão De Empréstimo, Financiamento, Cartão De Crédito Ou Arrendamento Mercantil;

7. Titulares De Benefícios De Aposentadoria E Pensão Do Regime Geral De Previdência Social - Poderão Autorizar O INSS A Proceder Aos Descontos;

1. INTRODUÇÃO

Essa matéria será tratada sobre o empréstimo financeiro por intermédio da empresa, a qual autoriza o desconto dessas prestações em folha de pagamento, conforme estabelece a Lei nº 10.820, de 17 de dezembro de 2003 (atualizada) e o Decreto nº 4.840, de 17 de setembro de 2003 (atualizado).

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Para os fins desta Lei, considera-se: (Artigo 2º da Lei nº 10.820/2003, atualizada pela Lei nº 13.172/2015 e Lei nº 13.097/2015)

a) empregador, a pessoa jurídica assim definida pela legislação trabalhista e o empresário a que se refere o Título

I do Livro II da Parte Especial da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil;

b) empregado, aquele assim definido pela legislação trabalhista;

c) instituição consignatária, a instituição autorizada a conceder empréstimo ou financiamento ou realizar operação com cartão de crédito ou de arrendamento mercantil mencionada no caput do art. 1o; (Verificar abaixo)

“§ 1o Para os fins desta Lei, são consideradas consignações voluntárias as autorizadas pelo empregado”.

d) mutuário, empregado que firma com instituição consignatária contrato de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil regulado por esta Lei;

e) verbas rescisórias, as importâncias devidas em dinheiro pelo empregador ao empregado em razão de rescisão do seu contrato de trabalho;

f) instituição financeira mantenedora, a instituição a que se refere a alínea “c” acima e que mantém as contas para crédito da remuneração disponível dos empregados;

g) desconto, ato de descontar na folha de pagamento ou em momento anterior ao do crédito devido pelo empregador ao empregado como remuneração disponível ou verba rescisória o valor das prestações assumidas em operação de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil; e

h) remuneração disponível, os vencimentos, subsídios, soldos, salários ou remunerações, descontadas as consignações compulsórias.

“Art. 2o. Decreto nº 4.840/2003 - Para os fins deste Decreto, considera-se: I - empregador, a pessoa jurídica assim definida pela legislação trabalhista; II - empregado, aquele assim definido pela legislação trabalhista;

III - instituição consignatária, a instituição mencionada no art. 1o autorizada a conceder empréstimo ou financiamento ou realizar operação de arrendamento mercantil;

IV - mutuário, empregado que firma com instituição consignatária contrato de empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil regulado por este Decreto; e

V - verbas rescisórias, as importâncias devidas em dinheiro pelo empregador ao empregado em razão de rescisão do seu contrato de trabalho.

§ 2o Para os fins deste Decreto, considera-se remuneração disponível a parcela remanescente da remuneração básica após a dedução das consignações compulsórias, assim entendidas as efetuadas a título de:

I - contribuição para a Previdência Social oficial; II - pensão alimentícia judicial;

III - imposto sobre rendimentos do trabalho; IV - decisão judicial ou administrativa;

V - mensalidade e contribuição em favor de entidades sindicais;

VI - outros descontos compulsórios instituídos por lei ou decorrentes de contrato de trabalho.

§ 3o Para os fins deste Decreto, são consideradas consignações voluntárias as autorizadas pelo empregado e não relacionadas no § 2o”.

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O empregador/empresa não pode fazer empréstimo, pois ele não é uma instituição financeira, porém, conforme a Lei nº 10.820/2003 e o Decreto nº 4.840/2003 dispõem sobre o empréstimo financeiro por intermédio da empresa, o qual autoriza o desconto em folha de pagamento.

4. AUTORIZAÇÃO DO EMPRÉSTIMO PELO EMPREGADO

Os empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de

1º de maio de 1943, poderão autorizar, de forma irrevogável e irretratável, o desconto em folha de pagamento ou

na sua remuneração disponível dos valores referentes ao pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, quando previsto nos respectivos contratos (Artigo 1º da Lei 10.820/2003, com Redação

dada pela Lei nº 13.172, de 2015).

4.1 – Descontos Em Verbas Rescisórias

O desconto também poderá incidir sobre verbas rescisórias devidas pelo empregador, se assim previsto no respectivo contrato de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento), sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusivamente para: (§ 1º, do artigo 1º da Lei 10.820/2003, com Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

a) a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou b) a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.

O regulamento disporá sobre os limites de valor do empréstimo, da prestação consignável para os fins do caput (Verificar o item “4” dessa matéria) e do comprometimento das verbas rescisórias para os fins do § 1o deste artigo (Verificar o parágrafo acima) (§ 2º, do artigo 1º a Lei nº 10.820/2003).

4.2 – Solicitação De Bloqueio Do Desconto

Os empregados poderão solicitar o bloqueio, a qualquer tempo, de novos descontos (§ 3º, do artigo 1º da Lei 10.820/2003, incluído pela Lei nº 13.097, de 2015).

A solicitação do bloqueio não se aplica aos descontos autorizados em data anterior à da solicitação do bloqueio (§ 4º, do artigo 1º da Lei 10.820/2003, incluído pela Lei nº 13.097, de 2015).

4.3 - Nas Operações De Crédito Consignado

Nas operações de crédito consignado, o empregado poderá oferecer em garantia, de forma irrevogável e irretratável: (§ 5º, do artigo 1º da Lei 10.820/2003, com redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)

a) até 10% (dez por cento) do saldo de sua conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; (Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)

b) até 100% (cem por cento) do valor da multa paga pelo empregador, em caso de despedida sem justa causa ou de despedida por culpa recíproca ou força maior, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. (Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016)

A garantia de que trata o § 5º (Verificar acima) só poderá ser acionada na ocorrência de despedida sem justa causa, inclusive a indireta, ou de despedida por culpa recíproca ou força maior, não se aplicando, em relação à referida garantia, o disposto no § 2º do art. 2º da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990 (Verificar abaixo) (§ 6º, do artigo 1º da Lei 10.820/2003, com redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016).

“§ 2º do art. 2º da Lei nº 8.036/1990. As contas vinculadas em nome dos trabalhadores são absolutamente impenhoráveis”.

O Conselho Curador do FGTS poderá definir o número máximo de parcelas e a taxa máxima mensal de juros a ser cobrada pelas instituições consignatárias nas operações de crédito consignado de que trata este artigo (§ 7º, do artigo 1º da Lei 10.820/2003, com redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016).

Cabe ao agente operador do FGTS definir os procedimentos operacionais necessários à execução do disposto nos §§ 5º e 6º deste artigo (Verificar a legislação), nos termos do inciso II do caput do art. 7º da Lei nº 8.036, de 11

(11)

Observação: Esses procedimentos disposto neste item da matéria, deverá verificar junto ao Banco/ Instituição

Financeira.

4.4 – Consignações Voluntárias Autorizadas Pelo Empregado

São consideradas consignações voluntárias as autorizadas pelo empregado (§ 1º, do artigo 2º da Lei 10.820/2003).

4.5 - Contratação Da Operação – Limites Dos Descontos

No momento da contratação da operação, a autorização para a efetivação dos descontos permitidos nesta Lei observará, para cada mutuário, os seguintes limites: (§ 2º, do artigo 2º da Lei 10.820/2003)

“I - a soma dos descontos referidos no art. 1o não poderá exceder a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração disponível, conforme definido em regulamento, sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusivamente para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

a) a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou (Incluída pela Lei nº 13.172, de 2015)

b) a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito; e (Incluída pela Lei nº 13.172, de 2015)

II - o total das consignações voluntárias, incluindo as referidas no art. 1o, não poderá exceder a quarenta por cento da remuneração disponível, conforme definida em regulamento”.

“Art. 3o. Decreto nº 4.840/2003 - No momento da contratação da operação, a autorização para a efetivação dos descontos permitidos neste Decreto observará, para cada mutuário, os seguintes limites:

I - a soma dos descontos referidos no art. 1o deste Decreto não poderá exceder a trinta por cento da remuneração disponível definida no § 2o do art. 2o; e

II - o total das consignações voluntárias, incluindo as referidas no art. 1o, não poderá exceder a quarenta por cento da remuneração disponível definida no § 2o do art. 2o”.

5. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR PARA O DESCONTO REFERENTE AO EMPRÉSTIMO

São obrigações do empregador: (Artigo 3º da Lei nº 10.820/2003, atualizada pela Lei nº 13.172/2015 e Lei nº 13.097/2015)

a) prestar ao empregado e à instituição consignatária, mediante solicitação formal do primeiro, as informações necessárias para a contratação da operação de crédito ou arrendamento mercantil;

b) tornar disponíveis aos empregados, bem como às respectivas entidades sindicais que as solicitem, as informações referentes aos custos referidos no § 2o; e

c) efetuar os descontos autorizados pelo empregado, inclusive sobre as verbas rescisórias, e repassar o valor à instituição consignatária na forma e no prazo previstos em regulamento.

Segue abaixo, os §§ 1º a 4º, do artigo 3º da Lei nº 10.820/2003:

“§ 1o É vedado ao empregador impor ao mutuário e à instituição consignatária escolhida pelo empregado qualquer condição que não esteja prevista nesta Lei ou em seu regulamento para a efetivação do contrato e a implementação dos descontos autorizados.

§ 2o Observado o disposto em regulamento e nos casos nele admitidos, é facultado ao empregador descontar na folha de pagamento do mutuário os custos operacionais decorrentes da realização da operação objeto desta Lei. § 3o Cabe ao empregador informar, no demonstrativo de rendimentos do empregado, de forma discriminada, o valor do desconto mensal decorrente de cada operação de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil e os custos operacionais referidos no § 2o.

§ 4o Os descontos autorizados na forma desta Lei e seu regulamento terão preferência sobre outros descontos da mesma natureza que venham a ser autorizados posteriormente”.

(12)

5.1 – Responsável Pelas Informações – Prazo Do Repasse Às Instituições Consignatárias, Até O 5º (Quinto) Dia Útil

O empregador é o responsável pela retenção dos valores devidos e pelo repasse às instituições consignatárias, o qual deverá ser realizado até o quinto dia útil após a data de pagamento, ao mutuário, de sua remuneração mensal (Artigo 6º, do Decreto nº 4.840/2003).

Então, o empregador será o responsável pelas informações prestadas, pelo desconto dos valores devidos e pelo seu repasse às instituições consignatárias, que deverá ser realizado até o quinto dia útil após a data de pagamento ao mutuário de sua remuneração disponível (Artigo 5º da Lei nº 10.820/2003, com redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015).

Segue abaixo, os §§ 1º a 5º, do artigo 5º da Lei nº 10.820/2003:

“§ 1o O empregador, salvo disposição contratual em contrário, não será corresponsável pelo pagamento dos empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e arrendamentos mercantis concedidos aos seus empregados, mas responderá como devedor principal e solidário perante a instituição consignatária por valores a ela devidos em razão de contratações por ele confirmadas na forma desta Lei e de seu regulamento que deixarem, por sua falha ou culpa, de ser retidos ou repassados. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

§ 2o Na hipótese de comprovação de que o pagamento mensal do empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil tenha sido descontado do mutuário e não tenha sido repassado pelo empregador, ou pela instituição financeira mantenedora, na forma do § 5o, à instituição consignatária, fica esta proibida de incluir o nome do mutuário em cadastro de inadimplentes. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

§ 3o Na hipótese de ocorrência da situação descrita no § 2o, é cabível o ajuizamento de ação de depósito, nos termos do Capítulo II do Título I do Livro IV da Lei no5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, em face do empregador, ou da instituição financeira mantenedora, se responsável pelo desconto, na forma do § 5o, e de seus representantes legais. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015)

§ 4o No caso de falência do empregador, antes do repasse das importâncias descontadas dos mutuários, fica assegurado à instituição consignatária o direito de pedir, na forma prevista em lei, a restituição das importâncias retidas.

§ 5o O acordo firmado entre o empregador e a instituição financeira mantenedora poderá prever que a responsabilidade pelo desconto de que trata o caput será da instituição financeira mantenedora (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)”.

5.2 - Cessa A Obrigação De Efetuar A Retenção E O Repasse Das Prestações À Instituição Consignatária

Na hipótese de entrada em gozo de benefício previdenciário temporário pelo mutuário, com suspensão do pagamento de sua remuneração por parte do empregador, cessa a obrigação deste efetuar a retenção e o repasse das prestações à instituição consignatária (Artigo 14, do Decreto nº 4.840/2003).

O contrato de empréstimo, financiamento ou operação de arrendamento mercantil celebrado nos termos deste Decreto conterá, obrigatoriamente, cláusula que regulamente as relações entre o mutuário e a instituição consignatária na situação prevista no parágrafo anterior (Parágrafo único, do artigo 14, do Decreto nº 4.840/2003).

6. CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMO, FINANCIAMENTO, CARTÃO DE CRÉDITO OU ARRENDAMENTO MERCANTIL

A concessão de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil será feita a critério da instituição consignatária, sendo os valores e as demais condições objeto de livre negociação entre ela e o mutuário, observadas as demais disposições desta Lei e seu regulamento (Artigo 4º da Lei nº 10.820/2003, com

redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015).

Segue abaixo, os §§ 1º a 8º do artigo 4º da Lei nº 10.820/2003:

“§ 1o Poderá o empregador, com a anuência da entidade sindical representativa da maioria dos empregados, sem ônus para estes, firmar, com instituições consignatárias, acordo que defina condições gerais e demais critérios a serem observados nas operações de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil que venham a ser realizadas com seus empregados. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

(13)

§ 2o Poderão as entidades e centrais sindicais, sem ônus para os empregados, firmar, com instituições consignatárias, acordo que defina condições gerais e demais critérios a serem observados nas operações de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil que venham a ser realizadas com seus representados. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

§ 3o Na hipótese de ser firmado um dos acordos a que se referem os §§ 1o ou 2o e sendo observados e atendidos pelo empregado todos os requisitos e condições nele previstos, inclusive as regras de concessão de crédito, não poderá a instituição consignatária negar-se a celebrar a operação de empréstimo, financiamento, cartão de crédito ou arrendamento mercantil. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

§ 4o Para a realização das operações referidas nesta Lei, é assegurado ao empregado o direito de optar por instituição consignatária que tenha firmado acordo com o empregador, com sua entidade sindical, ou qualquer outra instituição consignatária de sua livre escolha, ficando o empregador obrigado a proceder aos descontos e repasses por ele contratados e autorizados.

§ 5o No caso dos acordos celebrados nos termos do § 2o deste artigo, os custos de que trata o § 2o do art. 3o deverão ser negociados entre o empregador e a entidade sindical, sendo vedada a fixação de custos superiores aos previstos pelo mesmo empregador nos acordos referidos no § 1o deste artigo.

§ 6o Poderá ser prevista nos acordos referidos nos §§ 1o e 2o deste artigo, ou em acordo específico entre a instituição consignatária e o empregador, a absorção dos custos referidos no § 2o do art. 3o pela instituição consignatária.

§ 7o É vedada aos empregadores, entidades e centrais sindicais a cobrança de qualquer taxa ou exigência de contrapartida pela celebração ou pela anuência nos acordos referidos nos §§ 1o e 2o, bem como a inclusão neles de cláusulas que impliquem pagamento em seu favor, a qualquer título, pela realização das operações de que trata esta Lei, ressalvado o disposto no § 2o do art. 3o.

§ 8o Fica o empregador ou a instituição consignatária obrigada a disponibilizar, inclusive em meio eletrônico, a opção de bloqueio de novos descontos. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)”.

7. TITULARES DE BENEFÍCIOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - PODERÃO AUTORIZAR O INSS A PROCEDER AOS DESCONTOS

Os titulares de benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral de Previdência Social poderão autorizar o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a proceder aos descontos referidos no art. 1o e autorizar, de forma irrevogável e irretratável, que a instituição financeira na qual recebam seus benefícios retenha, para fins de amortização, valores referentes ao pagamento mensal de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento mercantil por ela concedidos, quando previstos em contrato, nas condições estabelecidas em regulamento, observadas as normas editadas pelo INSS (Artigo 6º, da Lei nº 10.820/2003, com

redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015).

Segue abaixo, os §§ 1º a 6º, do artigo 6º, da Lei nº 10.820/2003:

“§ 1o Para os fins do caput, fica o INSS autorizado a dispor, em ato próprio, sobre: I - as formalidades para habilitação das instituições e sociedades referidas no art. 1o; II - os benefícios elegíveis, em função de sua natureza e forma de pagamento;

III - as rotinas a serem observadas para a prestação aos titulares de benefícios em manutenção e às instituições consignatárias das informações necessárias à consecução do disposto nesta Lei;

IV - os prazos para o início dos descontos autorizados e para o repasse das prestações às instituições consignatárias;

V - o valor dos encargos a serem cobrados para ressarcimento dos custos operacionais a ele acarretados pelas operações; e

VI - as demais normas que se fizerem necessárias.

§ 2o Em qualquer circunstância, a responsabilidade do INSS em relação às operações referidas no caput deste artigo restringe-se à: (Redação dada pela Lei nº 10.953, de 2004)

(14)

I - retenção dos valores autorizados pelo beneficiário e repasse à instituição consignatária nas operações de desconto, não cabendo à autarquia responsabilidade solidária pelos débitos contratados pelo segurado; e

II - manutenção dos pagamentos do titular do benefício na mesma instituição financeira enquanto houver saldo devedor nas operações em que for autorizada a retenção, não cabendo à autarquia responsabilidade solidária pelos débitos contratados pelo segurado.

§ 3o É vedado ao titular de benefício que realizar qualquer das operações referidas nesta Lei solicitar a alteração da instituição financeira pagadora, enquanto houver saldo devedor em amortização. (Redação dada pela Lei nº 10.953, de 2004)

§ 4o É facultada a transferência da consignação do empréstimo, financiamento ou arrendamento firmado pelo empregado na vigência do seu contrato de trabalho quando de sua aposentadoria, observadas as condições estabelecidas nesta Lei.

§ 5o Os descontos e as retenções mencionados no caput não poderão ultrapassar o limite de 35% (trinta e cinco por cento) do valor dos benefícios, sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusivamente para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)

I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)

II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito. (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)

§ 6o A instituição financeira que proceder à retenção de valor superior ao limite estabelecido no § 5o deste artigo perderá todas as garantias que lhe são conferidas por esta Lei. (Incluído pela Lei nº 10.953, de 2004)”.

Equiparam-se, para os fins do disposto nos arts. 1º e 6º, às operações neles referidas as que são realizadas com entidades abertas ou fechadas de previdência complementar pelos respectivos participantes ou assistidos. (Artigo 6º-A, da Lei nº 10.820/2003, incluído pela Lei nº 13.183, de 2015).

De acordo com o artigo 7º da Lei nº 10.820/2003, o art. 115 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 115. ... ...

VI - pagamento de empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, públicas e privadas, quando expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de trinta por cento do valor do benefício.

§ 1o Na hipótese do inciso II, o desconto será feito em parcelas, conforme dispuser o regulamento, salvo má-fé. § 2o Na hipótese dos incisos II e VI, haverá prevalência do desconto do inciso II."

Referências

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