Universidade de São Paulo
DOSSIÊ
Andressa Moreira - 9519321 Danielle Alencar - 8909515 Fernanda Itkes - 8909270 Juliana Santos - 8909182 Luciana Romero - 4348583 Marcelo Tramontano e Renato AnelliInstituto de Arquitetura e Urbanismo São Carlos
Sumário
Lista de Imagens ... 2
INTRODUÇÃO ... 4
ICD/ITKE Research Pavilion 2014-15 ... 5
6 Degrees Café ... 7 O.V Pavilion ... 9 Burnham Pavilion ... 11 READER Shelter ... 13 Los Manantiales ... 15 Conclusão ... 17 Referências ... 17
Lista de Imagens
Imagem 1 http://icd.uni-stuttgart.de/wp-content/gallery/rp14-15icditke/Web_ICD_ITKE18.jpg Imagem 2 http://icd.uni-stuttgart.de/wp-content/gallery/rp14-15halbe/WebRH05_RH2379-0053.jpg Imagem 3 https://static.dezeen.com/uploads/2014/05/6-Degrees-Cafe-in-Indonesia-by-OOZN-Design_dezeen_ss_5.jpg Imagem 4 https://static.dezeen.com/uploads/2014/05/6-Degrees-Cafe-in-Indonesia-by-OOZN-Design_dezeen_1.jpg Imagem 5 https://static.dezeen.com/uploads/2014/05/6-Degrees-Cafe-in-Indonesia-by-OOZN-Design_dezeen_11.jpg Imagem 6 http://www.oozndesign.com/images/projects/OOZN_Six%20Degrees_05_diagram.jpg Imagem 7 http://i1.wp.com/www.khaleejesque.com/wp-content/uploads/2012/06/DSC_0113.jpg?w=1050 Imagem 8 http://m.c.lnkd.licdn.com/mpr/mpr/AAEAAQAAAAAAAAMxAAAAJDQ1MzA0Mzk2LWRhNjItN GQ1YS1iZmUwLWVlMDIwM2ZlOTYyNQ.jpg Imagem 9 http://images.adsttc.com/media/images/5011/5981/28ba/0d70/4200/038b/large_jpg/stringio.j pg?1414471082 Imagem 10 http://images.adsttc.com/media/images/5011/596c/28ba/0d70/4200/0388/large_jpg/stringio.j pg?1414471112 Imagem 11 http://images.adsttc.com/media/images/55f5/e342/e58e/ce10/1700/002e/slideshow/sisepilt1. jpg?1442177849 Imagem 12 http://images.adsttc.com/media/images/55f5/e31e/e58e/cec1/f800/0035/large_jpg/detail1.jpg ?1442177813 Imagem 13 http://www.archdaily.com/496202/ad-classics-los-manantiales-felix-candela/53493e7fc07a80f351000082-ad-classics-los-manantiales-felix-candela-image Imagem 14 http://images.adsttc.com/media/images/5346/2042/c07a/80a7/6e00/00a6/large_jpg/Wiki_Lo s_Manantiales_(4).jpg?1397104702Imagem 15
http://www.archdaily.com/496202/ad-classics-los-manantiales-felix-candela/5346206cc07a80f94d0000a0-ad-classics-los-manantiales-felix-candela-image Imagem 16
INTRODUÇÃO
Para a disciplina IAU 0734 - Projeto 3A foi-nos proposto a realização de um projeto de abrigo de ônibus a ser implantado na cidade de São Carlos (SP). Para isso, os software sugeridos são Rhinoceros (visualização) e Grasshopper (parametrização e programação), uma vez que lidam com design paramétrico.
O Design Paramétrico baseia-se em uma ideia-chave de projetar com código, considerando que a representação geométrica tridimensional dos elementos construtivos é associada a comportamentos denominados parâmetros. Tal forma de pensar e projetar pauta-se no sistema de gestão de informações e modelagem da construção BIM- Building Information Modeling, que permite a concepção através de parâmetros e que procura a expressar e explorar relações.
Na produção das propriedades geométricas da forma o software confere ao usuário uma resposta visual rápida, o que torna uma ação recíproca entre a modificação do parâmetro e alteração da forma. Assim a grande vantagem desses programas é a maior probabilidade de ocorrência de formas aleatórias a partir do mesmo objeto.
A arquitetura paramétrica permite abranger assuntos de natureza técnica quanto filosófica. A arquitetura biomimética é uma corrente contemporânea que busca soluções sustentáveis na natureza, sem replicar suas formas, mas através da compreensão do mecanismo entres os fatores e ações que a regem.
Essas ferramentas naturais parecem funcionar melhor que algumas das tecnologias mais avançadas na modernidade, além de necessitarem de menos energia e não produzem resíduos nem deixam marcas, o que contribuem muito na facilidade de produção.
Durante as semanas que passaram, buscamos referências a fim de familiarizarmo-nos com o assunto para melhor desenvolvermos o projeto do abrigo. Assim, ao fim dessas sete semanas, teríamos uma proposta determinada com base nas referências abordadas e escolhidas pelo grupo.
Os seis projetos que apresentam-se a seguir partem primeiramente da proposta de dinamismo, fatiamento, mímese e organicidade.
ICD/ITKE Research Pavilion 2014-15
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Localização: Stuttgart, Alemanha
Arquitetos: Institute for Computational Design (ICD) and the Institute of Building Structures and Structural Design (ITKE)
Supervisão: Prof. Achim Menges e Prof. Jan Knippers
O pavilhão que se apresenta parte da ideia de mímese a partir da inspiração no ninho subaquático da aranha d’água. A aranha d’água passa a maior parte de sua vida embaixo d’água, onde ela constrói uma bolha de ar reforçada para garantir sua sobrevivência. A bolha de ar é sequencialmente reforçada pela colocação de uma organização hierárquica de fibras a partir de dentro. O resultado é uma construção estável que pode resistir a esforços mecânicos, tais como mudança de correntes de água, para fornecer um habitat seguro e estável para a aranha.
O Institute for Computational Design (ICD) e o Institute of Building Structures and Structural Design (ITKE) continua sua série de pavilhões de pesquisa com o novo CID / ITKE Research Pavilion 2014-15 na Universidade de Stuttgart. Estes protótipos de construção exploram potenciais de aplicação de novos processos computacionais de design, simulação e fabricação em arquitetura. O pavilhão foi desenvolvido na intersecção de campos de pesquisa dos dois institutos e seu ensino colaborativo no contexto do programa ITECH MSc.
O pavilhão, que possui forma de concha também conta com duas aberturas e é construído com fios de fibra de carbono e possui um invólucro de fibra leve.
Para a transferência da sequência de formação biológica em um aplicativo de construção civil, foi desenvolvido um processo em que um robô industrial é colocado dentro de um envelope de membrana de ar suportado feita de ETFE. Esta concha inflada é inicialmente suportada pela pressão do ar, embora, roboticamente ela já ser reforçada em seu interior com fibra de carbono, que gradualmente endurece em uma estrutura monocoque autoportante. As fibras de carbono são aplicados somente onde eles são necessários para o reforço estrutural. Para a confecção do pavilhão, um software - não identificado na referência - navega a geometria da concha e gera um caminho e uma ordem de colocação das fibras pelo robô.
Para o desenvolvimento do projeto:
A partir do apresentado acima, o projeto desenvolvido pelo grupo dirigiu-se para uma representação mimética também de uma aranha, tal qual o projeto ICD/ITKE Research Pavilion 2014-15. Dessa forma, assim como no projeto de referência que buscou reproduzir no pavilhão o que acontece biologicamente - tal como a lógica da bolha d’água que cobre a aranha e que no projeto é representado a partir de fibras - buscou-se não apenas uma representação mimética “gratuita”, de forma de reproduzir no projeto uma realidade o mais próxima possível da aranha.
Dito isso, considerando as pesquisas e conhecimento empírico do grupo mas aliado também às limitações de conhecimento mais profundo, o abrigo-aranha desenvolvido pelo grupo apresentará “patas”, sendo algumas maiores que a outras, dado que na realidade da aranha também o são. Nessa linha, as duas patas frontais terão informações visuais pertinentes a abrigos de ônibus, dado que na aranha real as patas frontais servem de forma de comunicação da aranha com o mundo, transpondo assim, que os painéis de informação serão o modo do conhecimento do passageiro com a cidade.
6 Degrees Café
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Localização: Alam Sutera, Indonesia Cliente: PT Dinamik Sukses Artaboga Arquitetos: OOZN Design – Singapore Principal designer: Rafal Kapusta
Interior design: OOZN Design – Singapore
As ripas onduladas foram instaladas na parede e pelo teto do café para romper a monotonia simétrica da altura, criando uma série de nervuras. Além de proporcionar uma camada que protege da visualização de estrutura do teto, fornece um sistema acústico favorável. Todos os painéis de madeira compensada foram feitos manualmente e envernizadas por carpinteiros e espaçados entre si por uma distância de 15 cm, mostrando uma união interessante entre a tecnologia e o trabalho manual. A estrutura, localizada dentro de um estabelecimento comercial, não fecha-se em si mesma, não constituindo, portanto, acessos - no que diz respeito a aberturas - por estar encostada na parede e pela forma pela qual se desenvolve, a estrutura “abre-se” a quem adentrar o recinto. A estrutura é feita através do script de fatiamento do Grasshopper.
Essa estrutura ondulada por paneis únicos de madeira traz uma diferente forma de envolver um ambiente, de forma que o interior possui uma forte relação de união entre os elementos compostos nele.
Por ser feito de uma madeira é fácil de ser moldada e de ser achada. Esse tipo de modelo pode ter o conceito de pré fabricação, podendo ser replicado inúmeras vezes e em diversas partes do mundo.
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Para o desenvolvimento do projeto:
A relação do interior com o cidadão é uma ideia que se encaixa para nosso abrigo, um conjunto de ondulação de forma que o interior seja conectado com as pessoas.
A proposta é criar um conjunto de painéis que unidos criam um desenho no espaço tridimensional quebrando o aspecto liso de superfície. Essas placas de madeiras teriam ondulações, as quais criam, principalmente, o desenho do banco, ou seja, além de criarem o espaço tridimensional formariam um banco com o intuito de criar um espaço de convívio no abrigo.
A própria estrutura participaria de todos os elementos do abrigo, tornando a obra em um único elemento.
Essa abordagem poderá ser feita através do programa Rhinoceros juntamente com o Grasshopper em um conjunto de formação de sólidos desejados e com um script de fatiamento, o qual permite a formação de lâminas únicas.
Afim de economizar material, o conjunto de placas geradas podem ser reduzidas criando assim um espaço adequado entre elas para não afetar no desenho das curvaturas e não prejudicar no conforto do banco.
O.V Pavilion
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Localização: Kuwaitt, Arraya Center
Arquitetos: estudantes do College of Architecture, Kuwait University
Supervisão: professores Dr. Hussain Dashti, arquiteto Haifa Dashti e arquiteto Mohammad Makki
Desenhado e construído por estudantes da Universidade do Kuwaitt e supervisionado por seus professores. Os estudantes elaboraram diferentes conceitos para pavilhões, alguns desses projetos foram escolhidos e executados em tamanho real.
O conceito por trás do O.V Pavilion foi inspirado no caracol, especificamente na sua incapacidade de ouvir. O caracol interpreta som como vibrações e reage por ficar dentro de seu escudo protetor. Da mesma forma, o pavilhão tenta interpretar o som através de uma série de saliências físicas. A forma radial imita a casca do caracol ou um abrigo. O volume do som e intensidade são mostrados pelo grau de saliência, que por sua vez combina-se com o restante para formar uma imagem ou padrão.
Localizada dentro de um estabelecimento comercial, a estrutura possui duas aberturas que configuram uma espécie de “caminho”, para confeccioná-la, usou de script de fatiamento.
O O.V Pavilion, apresenta uma superfície pensada e modulada a partir do projeto do pavilhão, apresentando reentrâncias que permitem o perfeito encaixe das peças que formam a concha do caracol, funcionando como apoio para a estrutura e uma espécie de gabarito para a colocação das peças no processo de montagem.
A seguir, link do vídeo que mostra o processo de fabricação das peças e montagem do pavilhão: https://www.youtube.com/watch?v=4YfYd81GqcA
Para o desenvolvimento do projeto:
Nesse, encontramos associados alguns dos itens já propostos nesse trabalho, porém usados simultaneamente - fatiamento, mímese e organicidade. Vemos aqui a proposta de um caracol feito por fatiamento, seu traçado orgânico traz dinamicidade à estrutura.
Assim como em O.V Pavilion, a dinamicidade que se busca traz fluidez ao espaço, tirando a monotonia ou agregando mais valor ao espaço em que se insere.
Além disso, é importante destacar que a base em que se apoia todas as peças do pavilhão também forma uma espécie de gabarito, instruindo, de certa forma, o local correto de cada peça; trazendo esse discurso para o abrigo que se desenvolve, isso permitiria a montagem - e consequente interação da população com a obra. Além dessa base de apoio, é importante frisar que o uso de fundações ainda será necessário, visto que o abrigo encontrar-se-á em local aberto, estando sujeito a todos os tipos de intempéries.
Burnham Pavilion
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Arquitetos: Zaha Hadid Architect Localização: Chicago, IL, USA
Engenheiros Estruturais: Rockey Structures Iluminação e Eletricidade: Tracey Dear Cliente: Burnham Plan Centennial
Esse pavilhão demonstra a renovação da escala urbana, as tecnologias e inovações empregadas no modelo são de destaque. Apesar do caráter leve do projeto, sua complexidade levou meses para ser finalizado por um grupo de renomados engenheiros da TenFab Design.
A cobertura é usada através de um tecido fluído tencionado e de formatos orgânicos, um lembrete das ideias inovadoras de Burnham (Daniel Burnham, uma figura importante em Chicago, pois foi um dos responsáveis pelo “plano de Chicago”). A estrutura é constituída por peças de alumínio, e possibilita a estruturação por si só da cobertura.
À noite, o tecido extensível muda de cor constantemente de acordo com as horas do dia, criando um ambiente acolhedor. A ideia de Zaha Hadid é a do pavilhão mudar a todo momento, fazendo referência à cidade de Chicago, a qual está sempre em movimento e transformação. Por baixo do tecido há um revestimento interno, o qual apresenta um
dispositivo multimídia instalado que expõe vídeos sobre a cidade. O espaço é de convivência e de contemplação.
Para o desenvolvimento do projeto:
O conceito de iluminação desse pavilhão servirá de base para nosso projeto, afim de trazer o que Hadid havia planejado, cria um ambiente iluminado de interação com a vida urbana ao redor e dialoga com o movimento constante da cidade.
Tiras de LED são a aposta para essa proposta, as quais serão distribuídas ao longo do projeto. Além dos principais objetivos, esse tipo de iluminação destacará a obra e convidará que os cidadãos frequentem o abrigo não só durante o dia, mas também à noite. Isso cria uma vida noturna urbana e promove a interação social do espaço. Sendo assim, o local pode ser aproveitado constantemente por qualquer um que passe na cidade.
A escolha de lâmpadas de LED está relacionada com os benefícios da lâmpada que oferece vantagens principalmente em termos de durabilidade e economia. Além de não emitir radiação IV/UV, o que evita danos à pele, plantas e também objetos ou produtos expostos como roupas, calçados, móveis, decorações e obras de arte. Como não emitem calor, isso evita um aquecimento nos ambientes, assim minimizam a possibilidade de danos à obra em longo prazo.
Além disso, as lâmpadas de LED fornecem destaque à obra, salientando a sua modelagem.
READER Shelter
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Localização:Harju Street, Tallinn
Equipe de projeto: Liisa Peri, Ann Kristiin Entson, Keiti Lige, Jarmo Vaik
Equipe de montagem: Reelika Reinsalu, Carolyn Rennu, Liisa Peri, Triin Vallner, Maarja Liiv, Jarmo Vaik, Andreas Krigoltoi, Jekaterina Klishova, Jaana Kraus, Kristjan Värav, Keiti Lige, Ann Kristiin Entson, Laura Pint, Immaanuel Bush, Karmen Silde
Estudantes do primeiro ano de arquitetura e urbanismo da Estonian Academy of Arts desenharam e criaram o READER, um abrigo baseado no conceito de fuga da vida cotidiana e foco no seu eu interior. Os pedestres são convidados a entrar no abrigo e “escapar dos problemas do mundo real e imergir no muito ficcional dos livros” e para aqueles que não possuírem um livro, o abrigo tem como intuito mimetizar as páginas de um livro com sua estrutura laminar de madeira.
A estrutura está localizada no centro de Tallinn um local bastante público, então a preparação para construção - materiais, método de construção e segurança - foram de extrema importância.
O abrigo foi construído ao longo de 5 dias, utilizando-se de painéis de madeira compensada de pinho, tendo seu caminho interior formado a partir de toras de pinheiros entre os painéis. Toda construção possui três vigas, encontrando-se apoiadas no terreno por nove pés reguláveis.
Observando seu exterior, o READER parece ser apenas um cubo básico, porém, após ter acesso ao seu interior, os visitantes experimentam contornos e curvas semelhantes aos encontrados em cavernas, todos com uma visão clara da rua.
Assim como nos projetos anteriores, este também parte do princípio de fatiamento.
Para desenvolvimento do projeto:
A partir desse projeto tomamos como referência alguns fatores, o mais importante deles é o da estrutura do abrigo gerar também o mobiliário dele, tornando a estrutura um corpo que “protege” e funciona como suporte para os usuários. Outra referência que esse projeto nos deu foi da composição de lâminas criando uma ilusão de forma sólida mas que ao mesmo tempo criando vazios com um desenho orgânico.
Los Manantiales
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Localização: Canal Principal, San Jerónimo, Xochimilco, 16420 Mexico City, Federal District, Mexico
Equipe de projeto: Felix Candela Equipe de design: Colin Faber
Durante o século XX, Xochimilco era - e ainda é - um local de lazer para os moradores da Cidade do México, que de domingo a domingo passeavam pelos canais nas chamadas "trajineras" (barcos de madeira) pelo lago do mesmo local, recriando com os jardins flutuantes que existem aqui.
Projeto datado de 1958, Los Manantiales é formado por quatro paraboloides hiperbólicas idênticas construídas em concreto armado, rotacionadas e interseccionadas em seu centro. Com isso, forma-se em planta um desenho simétrico composto por oito lados. Candela não quis colidir com a tradição e a beleza que a natureza deu ao, pelo que decidiu propor um edifício com características que participassem dos jardins, como objeto que flutua a partir de sua estrutura, semelhante a uma flor de lótus que flutua sobre a água.
Sua forma é mais simples do que a de uma cúpula formada pela intersecção dos cilindros, tendo dois sistemas de retas geratrizes. Além de estar constituída por superfícies desenvolvidas é muito mais rígida e podem construir com espessuras menores.
A maturidade e intuição Candela permitiu retirar a viga da borda e concentrar a descarga do peso da estrutura nos apoios de arranque que se encontram no borde exterior dos paraboloides. À primeira vista, se vê o lábio concreto que nunca toca o solo e mantém o voo.
Nos bordas das parábolas frontais podemos apreciar o modo como se fecha o espaço a partir de placas de vidro com carpintaria metálica de 2,40 x 2,40 metros.
Para o desenvolvimento do projeto:
Nossa referência Moderna, baseada em princípios matemáticos - trata-se de intersecções de paraboloides hiperbólicas -, traz, pela forma que a estrutura “pousa” no chão, a sensação de leveza, e através da forma obtida, uma sensação de plasticidade - inerente ao concreto.
A estrutura proposta pelo grupo - abrigo em madeira trabalhada a partir de script de fatiamento, pretende, dentro de certas ressalvas e limitações, trazer essa sensação de leveza através do pouso das extremidades da no solo.
Conclusão
Apresentadas as cinco referências para o projeto do abrigo forma-se a proposta do grupo, que consiste em um abrigo que mimetiza uma aranha, buscando em conceitos biológicos argumentos que a justifiquem. A estrutura do abrigo terá, assim como uma aranha, patas, sendo algumas maiores que outras. As informações no que dizem respeito a linhas e itinerários, constarão nas patas dianteiras, já que para a aranha real, as patas dianteiras são a forma dela comunicar-se com o mundo.
O fatiamento intercalando cheios e vazios permite um desenho de sombras que percorrem a estrutura ao longo do dia, além disso a organicidade dada ao objeto permitem um dinamismo ao abrigo criando não apenas seu mobiliário interno como também a sua forma.
Por se tratar de um abrigo de VLT é necessário criar uma cobertura, tal qual será de um material translúcido para permitir a passagem de luz nos dois sentidos e também deixar a estrutura do abrigo visível. Assim essa cobertura além de ser funcional contribui com a composição estética do abrigo.
Para finalizar, o abrigo será produzido em madeira pois é um material fácil de ser moldado e achado. Esse tipo de modelo pode ter o conceito de pré-fabricação, podendo ser replicado inúmeras vezes.
