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Instituto Hermes Pardini Divisão Veterinária

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Academic year: 2021

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(1)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 1

(2)

INSTITUTO HERMES PARDINI LTDA

Presidente

Hermes Pardini

Vice-Presidente

Carlos Olney Soares

Responsáveis Técnicos - Divisão Veterinária

Cid Bastos Fóscolo - RT Veterinário (CRMMV-MG 5620)

Patrícia Pimentel de Barros - RT DNA Animal (CRMMV-MG 7158)

Assessoria de Marketing

Gemerson Sander Silva

Renata Félix

Samuel de Paiva Gê

Assessoria de Imprensa

Maria Juliana Horta Soares

Impressão

Parque Gráfico IHP

Tiragem

(3)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 3

APRESENTAÇÃO

O Setor de Veterinária é um antigo sonho, que guardava há muitos

anos. Sempre fomos questionados pelos médicos veterinários, que não

entendiam a razão pela qual nós não os atendíamos. E então surgiram, na

hora certa, veterinários experientes e professores da área que nos

mostraram que nosso serviço, com algumas modificações, estava apto a

atender praticamente todas as áreas da patologia veterinária.

A partir de janeiro de 2002 um amplo espectro de ação na área

veterinária pôde ser oferecido em um único laboratório, não havendo

necessidade de fracionar amostras, dividindo-as para serviços em locais

diferentes, o que certamente dificultava o trabalho dos nossos clientes.

Agora podemos dizer com segurança que com uma amostra do material

colhido dos animais você pode fazer todos os exames em um só

laboratório. Enviamos os resultados no menor prazo possível, inclusive via

Internet.

Atualmente o Instituto Hermes Pardini oferece o exame de DNA

Animal para BOVINOS e EQÜINOS. Esse exame permite a realização de

estudos refinados de parentesco com alta precisão e a construção de

bancos de dados com finalidade de arquivo permanente. Os exames de

DNA animal do IHP seguem os mais altos padrões de qualidade

internacional, respeitando rigorosamente as normas da ISAG (International

Society of Animal Genetics) e garantindo, assim, a qualidade dos exames e

a confiabilidade dos resultados.

Temos escritórios por todo o Brasil, o que possibilita a entrega de

materiais em local próximo a sua fazenda e/ou clínica veterinária. Existindo

qualquer dúvida, não hesite em nos telefonar ou mandar um e-mail para

atendimento@labhpardini.com.br. A nossa Divisão Veterinária estará

sempre pronta a atendê-los.

Sempre à disposição,

(4)
(5)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 5

INSTITUTO HERMES PARDINI LTDA

Fundado em agosto de 1959, o Instituto Hermes Pardini iniciou suas atividades em

uma pequena sala no Centro de Belo Horizonte. A primeira filial foi construída em

1975, na Rua Aimorés, número 33. Hoje, o Instituto Hermes Pardini conta com 26

unidades na região metropolitana e cerca de 3000 colaboradores.

Além de atender em BH, o IHP oferece apoio a laboratórios em todo o País. A

Central de Apoio a Laboratórios (CAL) funciona 24 horas por dia, permitindo fluxo

contínuo de amostras aos setores técnicos. Recebendo amostras de todo o Brasil,

a CAL conta com cerca de 450 funcionários e sua estrutura permite atender 1100

cidades por dia e cerca de 5000 laboratórios conveniados. Através de logística de

transporte eficiente, que inclui aeronaves próprias, as amostras são rapidamente

transportadas a BH. Todas as amostras colhidas são sempre identificadas com

códigos de barra em sistema informatizado, utilizando rigorosos controles de

biossegurança e material totalmente descartável.

O crescimento do Instituto Hermes Pardini foi sempre acompanhado de perto por

programas de controle de qualidade. Desde 1977, o Instituto participa de

Programas Externos de Controle da Qualidade, como a certificação internacional

ISO, totalizando, nos dias de hoje, mais de 30 Programas. A finalidade desses

programas é monitorar e avaliar os sistemas analíticos dos ensaios, principalmente

em relação aos parâmetros de exatidão e precisão. A qualidade dos serviços

também é garantida pela qualificação e treinamento contínuos de toda a equipe e

aquisição de equipamentos de última geração.

Além de exames laboratoriais, o IHP oferece serviços de Genética Humana,

Anatomia Patológica, Citologia, Vacinas, Medicina Nuclear, Diagnósticos por

Imagem, Banco de Sangue de Cordão Umbilical (Criovida) e Divisão Veterinária.

(6)
(7)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 7

NOSSOS SERVIÇOS - DIVISÃO VETERINÁRIA

Contamos com equipe especializada em todos os setores e com um serviço de

apoio que atende a laboratórios, clínicas veterinárias e veterinários em todo Brasil.

A divisão veterinária executa hoje mais de 200 tipos de exames nas mais diversas

especialidades:

Exames laboratoriais

Bioquímica

Endocrinologia

Genética Veterinária - DNA Animal

Biologia molecular

Hematologia

HPLC

Imunologia

Microbiologia

Cultura especiais

Coprologia

Toxicologia

Uroanálise

Anatomia Patológica Veterinária

Citologia Veterinária

(8)
(9)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 9

UNIDADES DE ATENDIMENTO

BELO HORIZONTE – MG

Matriz - Funcionários: Rua Aimorés, 66

Alípio de Melo: Av. Abílio Machado, 2655

Bairro

Ouro

Preto:

Rua Conceição do Mato Dentro, 317

Barbacena: Av. Barbacena, 670* **

Barreiro: Av. Sinfrônio Brochado, 115

Barroca: Av. Amazonas, 2904

Belvedere: Av. Luíz Paulo Franco, 629

Buritis: Av. Mário Werneck, 1278

Carijós: Rua Carijós, 127

Cidade

Jardim: Av. Prudente de Morais, 31

Cidade

Nova: Av. Cristiano Machado, 597

Felício

Rocho: Rua Uberaba, 500-A*

Ipiranga: Av. Cristiano Machado, 2711

Lifecenter: Av. Contorno, 4747* **

Mangabeiras: Av. Bandeirantes, 1808

Padre

Eustáquio: Rua Pará de Minas, 867

Pampulha: Av. Antônio Carlos, 7781

Pedro

II: Av. Pedro II, 2087

Região

Médica: Av. Bernardo Monteiro, 842

São

Paulo: Rua São Paulo, 893

Tupis: Rua Tupis, 343

Venda

Nova: Av. Vilarinho, 901

Vila da Serra: Alameda da Serra, 499*

* Unidades hospitalares

** Unidades 24 horas

BRASIL

(10)
(11)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 11

CALL CENTER - Central de Relacionamento

A Central de Relacionamento do Instituto Hermes Pardini tem como objetivo centralizar as informações, padronizar os serviços e informar com precisão.

Conta com uma infra-estrutura de tecnologia moderna com garantia de funcionamento sem interrupções (24x7), que permite atender todo o tráfego de ligações recebidas ou executadas. Nossos equipamentos são de alto nível tecnológico com linhas de transmissão por fibra ótica, que garantem a qualidade das nossas comunicações.

O Call Center do IHP coloca à disposição dos clientes os seguintes serviços:

‚

Esclarecimentos quanto ao preparo de exames, orçamentos e outras

informações:

(31) 3228 6200

(31) 2121 6200

(31) 4501 6200

ƒ

Atendimento a Laboratórios Conveniados (Brasil):

(31) 3228 1800

(31) 2121 1800

Fale Conosco

Dispomos de serviço de atendimento a sugestões e reclamações via internet no

endereço www.hermespardini.com.br ou e-mail atendimento@labhpardini.com.br.

(12)
(13)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 13

AOS LABORATÓRIOS CONVENIADOS

Para envio de amostras, devem ser observadas as condições dispostas apenas no HELP DE EXAMES, que são continuamente atualizadas. Consulte a nossa homepage: www.hermespardini.com.br (link Divisão Veterinária).

Colocamos à disposição de nossos laboratórios conveniados os seguintes serviços

on line:

HELP DE EXAMES

Informações atualizadas relativas a todos os exames realizados pelo Instituto

Hermes Pardini, com valores de referência, marcação, condição, impressos etc.

ERRATA ON LINE

Atualização de todas as informações do Manual de Exames.

COMUNICADOS & NOVIDADES

Toda nova informação chegando on line para você.

INFORMATIVOS TÉCNICOS

Revisões de literatura e dados para interpretação de exames podem ser acessados

em formato PDF.

CONSULTA ON LINE AO NOSSO BANCO DE DADOS

Pesquisa de resultados, motivos da não-realização de exames, data de resultados,

faturamento etc.

(14)
(15)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 15

ISO 9001/2000

Missão

Realizar com excelência serviços de apoio diagnóstico e produtos relacionados à saúde, atendendo e superando as expectativas dos nossos clientes.

Visão

Ser referência na prestação de serviços de saúde, com reconhecimento de qualidade e gestão.

Valores

ƒ

Respeito ao cliente

ƒ

Altos padrões éticos

ƒ

Confiabilidade dos serviços prestados

ƒ

Inovação tecnológica

ƒ

Educação continuada

ƒ

Qualidade no antendimento

ƒ

Motivação e respeito para com os colaboradores

Política da Qualidade

Manter o compromisso da qualidade na prestação de serviços, através da

satisfação de nossos clientes e melhoria contínua dos processos.

Objetivos da Qualidade

ƒ

Melhorar a qualidade no atendimento

ƒ

Aumentar a capacitação da equipe

ƒ

Garantir a confiabilidade dos serviços

ƒ

Otimizar o sistema de gestão

ƒ

Melhorar os processos técnicos / analíticos

ƒ

Buscar inovações tecnológicas

Dr. Carlos Olney Soares

R.D. ISO 9001/2000

(16)
(17)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 17

ÍNDICE

Apresentação 3

Instituto Hermes Pardini Ltda

5

Nossos Serviços

7

Unidades de Atendimento

9

Call Center – Central de Relacionamentos

11

Aos Laboratórios Conveniados

13

ISO 9001/2000

15

MANUAL DE COLETA

Introdução

23

Acondicionamento e envio de material biológico

24

Conseqüências de um material mal acondicionado

24

Exames urgentes

24

Coleta de material para anatomia patológica

25

- Tipos de exames e padrões mais utilizados

25

- Coleta de material para exame histopatológico

25

- Conservação do material / Preparação do tecido

26

- Identificação do material / requisição de exames

26

- Múltiplas amostras acondicionadas em um mesmo frasco

27

- Exames com imunohistoquímica

27

- Citologia punção de líquidos

28

Coleta para exame citológico

28

- Citologia por decalque (imprint ou claps)

28

- Citologia por esmagamento (squash)

28

- Citologia aspirativa por agulha fina

28

Coleta para Microbiologia

29

-

Hemocultura

29

- Bactérias anaeróbias para cultura

30

-

Gram

31

- Material proveniente de animais com mamite

31

- Coleta de materiais diversos: feridas, abscessos e exsudatos

32

- Coleta de raspado de pele

32

- Cultura de fungos

33

- Coleta de secreção de ouvido

33

- Coleta para cultura de urina

34

- Coleta para cultura de fezes (coprocultura)

34

Coleta para exames hematológicos

34

- Esfregaço sangüíneo

34

- Sangue total e Anticoagulantes

35

- Soro sangüíneo e Plasma sangüíneo

36

(18)

Coleta de sangue – passos básicos para uma boa coleta

37

Coleta de materiais diversos

37

- Coleta de fluídos sinovial, peritonial e pleural

37

-

Líquor

(LCR)

37

- Coleta para Uroanálise

38

- Cálculos urinários

38

- Coleta de fezes para exame parasitológico

38

ÍNDICE DO MANUAL DE EXAMES POR SETORES

Este manual tem caráter informativo e a função de estimular uma pesquisa mais

profunda de cada tema. Os exames aqui citados podem ser excluídos, substituídos

ou alterados sem aviso prévio. As informações atualizadas sobre os exames que

oferecemos estão descritas no nosso site na Internet (Help de Exames) ou então

por consulta telefônica ao setor técnico veterinário.

Anatomia Patológica

39

Bacteriologia 45

Biologia Molecular

55

Bioquímica 59

Citologia 85

Coprologia 89

Culturas Especiais

93

Endocrinologia 99

Genética Veterinária

109

Hematologia 115

HPLC 125

Imunologia 131

Toxicologia 145

Uroanálise

149

(19)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 19

ÍNDICE POR EXAMES

Exame Página

Ácido Fólico

101

Ácido Láctico

61

Ácido Láctico - Líquor

61

Ácido Úrico

61

ACTH Hipersensível

101

Adenosina Deaminase

62

Aldolase

62

Amilase

63

Amônia

63

Anemia Infecciosa Eqüina

133

Anticorpos anti-raiva - Veterinário

133

Artrite Encefalite Caprina

134

Bactérias Anaeróbias, cultura

47

Beta Caroteno

127

Bilirrubinas

64

Bilirrubinas - urina

151

Biopsia com coloração especial

41

Biopsia simples

41

Brucelose Bovina (Antígeno Acidificado Tamponado)

134

Brucelose Bovina (Prova lenta e 2 mercaptoetanol)

135

Brucelose Canina - Brucella canis

136

Cálcio

64

Cálcio Iônico

65

Cálculo Biliar, Análise Físico/Química

151

Cálculo Renal, Análise Físico/Química

151

Campylobacter, cultura

47

Capacidade Livre de combinação do ferro

66

Capacidade Total de combinação do ferro

66

Ciclosporina

137

Cinomose - sorologia

137

Cinomose - Pesquisa de Corpúsculo de inclusão viral

117

Citologia de Punção de Líquidos Anatomia

41 e 87

Citologia Oncótica Geral

87

Citologia Oncótica Geral + 1 lâmina

88

Citometria + Citologia - Líquidos Corporais

117

Cloretos

66

Cobre

147

Colesterol HDL

67

Colesterol LDL

67

Colesterol Total

68

Colesterol VLDL

68

(20)

Colinesterase

69

Coprocultura

48

Cortisol

102

Creatinina

69

Creatinina, Clearence

69

Creatinofosfoquinase - CPK

69

Cristais com luz polarizada, urina

152

Cristais com luz polarizada, urina 24 horas

152

Cultura + Antibiograma

48

Cultura sem antibiograma

49

Dehidrogenase Láctica

71

Dehidrogenase Láctica - Líquor

71

Diarréia Bovina a Vírus

137

Difenilhidantoína

127

Digoxina

102

Dirofilariose

138

Dirofilariose Ehrlichia Lyme

138

Ectoparasitas pesquisa

49

Ehrlichia

139

Eletroforese de proteínas

139

Enzima Conversora de Angiotensina

71

Exame Direto a fresco

50

Fenobarbital

128

Ferro Sérico

72

Fibrinogênio

118

FIV/FELV - Leucemia viral felina / Imunodeficiência felina

140

Fosfatase Ácida

72

Fosfatase Alcalina

73

Fósforo

73

Fungos, Cultura

50

Fungos, Cultura com Antifungigrama

51

Gama GT

74

Gastrina

103

Giardia - Antígeno fezes - ELISA

91

Glicemia Jejum

74

Glicose, pesquisa urina

152

Glicose, pesquisa urina 12 horas

154

Glutationa Peroxidase

75

Gram (Bacterioscopia)

51

Hematócrito

118

Hemocultura

52

Hemocultura Automatizada

52

Hemograma

118

(21)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 21

Imunohistoquímica

42

Inseticidas Organofosforados

147

Leishmaniose Canina - PCR

57

Leishmaniose Canina - Pesquisa direta do agente

122

Leishmaniose Canina - IgG e RIFI

141

Leptospirose - Soroaglutinação microscópica

95

Leptospirose, cultura

95

Lipase

76

Lípides Totais

75

Lúpus Eritematoso

43

Lyme

141

Magnésio

76

Micobactérias, Cultura

96

Micobactérias, Cultura Automatizada

53

Micológico Direto

53

Mycoplasma, cultura

96

Osmolaridade

77

Painéis de imunohistoquímica para tumores indiferenciados

43

Parasitológico - larvas (Baermann e Moraes)

91

Parasitológico - OPG (Kato Katz)

91

Parasitológico - HPJ (Hoffman – Pons e Janer)

92

Paratormônio PTH Intacto

103

Parvovírus - antígeno fezes

92

Peça cirúrgica radical simples

42

Peritonite Infecciosa Felina - PIF

142

Pesquisa de mutação tobiana - pelagem pampa

112

Piócitos, Pesquisa e Contagem - urina

153

Potássio

77

Primidona

128

Progesterona

104

Proteína Glicosilada

78

Proteínas Totais

78

Proteínas Totais e Fracionadas

78

Razão Proteína / Creatinina - urina

79

Reticulócitos

123

Rinotraqueíte Infecciosa Bovina - IBR

142

Rotina - líquido ascítico

80

Rotina - líquido pleural

81

Rotina - líquido sinovial

82

Sedimentoscopia urina

154

Sexagem de Aves por PCR

113

Sódio

82

T3 Total

107

T4 Livre

107

(22)

Tempo de Atividade de Protrombina (RNI)

123

Tempo de Tromboplastina Parcial (TTP)

123

Teste de Supressão com Dexametasona (Alta dose)

Caninos e felinos

105

Teste de Supressão com Dexametasona (Baixa dose)

Caninos e felinos

104

Teste de Supressão com Dexametasona - Eqüinos

105

Testosterona

106

Tipagem por DNA e vínculo genético para raças bovinas e eqüinas

111

Toxicológico completo - Veterinário

147

Toxoplasmose IgG - Cão/Gato

142

Transaminase Oxalacética

83

Transaminase Pirúvica

83

Triglicérides

84

TSH canino

108

Uréia

84

Urina, Cultura e Antibiograma

54

Urina, Rotina

154

Urobilinogênio, Pesquisa urina

154

Vitamina A

128

Vitamina B12

108

Vitamina D3

129

(23)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 23

INTRODUÇÃO

Este Manual de Exames, em sua versão 2007/2008, tem como objetivo auxiliar o

médico veterinário na coleta e envio de amostras. A padronização da coleta de

material é uma forma de garantir a qualidade do resultado dos exames. Além de

informar ao médico veterinário sobre os exames rotineiramente realizados, o

Manual de Exames também esclarece as principais dúvidas a respeito das

variáveis pré-analíticas que possam vir a interferir nos exames:

ƒ

Relativo ao paciente: idade, raça, sexo, gestação.

ƒ

Atividade física: imediatamente após exercício extenuante ocorrem

elevações de lactato, amônia, creatinoquinase, ALT, AST, fósforo,

fosfatase ácida, creatinina, ácido úrico e contagem de leucócitos. Um

decréscimo pode ser observado na dosagem de albumina, ferro e sódio.

ƒ

Dieta e tempo de jejum: quando o jejum específico para cada exame não é

respeitado, pode haver interferência em muitos analitos, especialmente

bilirrubina, proteína total, ácido úrico, uréia, potássio, triglicérides, fosfatase

alcalina e fósforo.

ƒ

Estresse (no momento da coleta, animal bravio).

ƒ

Volume inadequado.

ƒ

Uso do tubo com anticoagulante correto: é fundamental para preservação

da amostra e a correta determinação do analito, de acordo com o

especificado em cada exame. Vários analitos têm concentrações no

plasma e no soro diferentes. Quando vários tubos são usados durante uma

única punção, tubos sem aditivos devem ser utilizados primeiro para que se

evite contaminação.

ƒ

Hemólise: hemólise leve tem pouco efeito sobre a maioria dos exames.

Hemólise significativa causa aumento na atividade plasmática da fosfatase

alcalina, TGO, desidrogenase láctica e nas dosagens de potássio,

magnésio e fosfato. A hemólise diminui a concentração de insulina, dentre

outros.

ƒ

Contaminação da amostra.

ƒ

Garroteamento prolongado.

ƒ

Tempo e armazenamento da amostra: a amostra deve ser preservada

desde o momento da coleta até o momento em que será analisada. Plasma

ou soro devem ser separados das células o mais rápido possível. Se o soro

não puder ser analisado no momento, ele deve ser mantido refrigerado ou

congelado. As amostras devem ser centrifugadas tampadas para se reduzir

evaporação e aerolização. Nas amostras urinárias, deve-se dar especial

atenção àquelas que necessitam de acidificação e/ou refrigeração,

principalmente em amostras de 12 ou 24 horas. O tempo requerido para o

transporte de amostras biológicas, a partir do momento da coleta até a sua

execução, pode variar de minutos até dias, desde que estas estejam bem

conservadas, devendo-se consultar cada exame.

ATENÇÃO: Todo resultado liberado pelo laboratório é conseqüência da

qualidade da amostra recebida.

(24)

ACONDICIONAMENTO E ENVIO DE

MATERIAL BIOLÓGICO

O acondicionamento das amostras é uma etapa de suma importância para a

manutenção da qualidade. Cada material biológico deve ser acondicionado

conforme o exame solicitado.

Para a maioria dos exames laboratoriais, o acondicionamento sobre refrigeração

entre 2 e 8°C é o ideal. Alguns exames exigem o congelamento da amostra até o

momento da execução. Nesses casos, deve-se utilizar gelo seco para melhor

conservação. Pode-se ainda fazer um "sanduíche", ou seja, colocar a amostra entre

dois gelos recicláveis e congelá-los juntamente.

Alguns exames devem ser mantidos em temperatura ambiente, já que a

refrigeração ou congelamento pode alterar a amostra e conseqüentemente impedir

a realização do exame.

É importante lembrar também que para a realização de alguns exames é

necessário que o material biológico venha protegido da luz.

A solicitação de exame deve vir separada dos demais materiais, para que não se molhe.

As citologias, biópsias e urinas devem ser enviadas separadamente do restante do

material.

CONSEQÜÊNCIAS DE UM MATERIAL MAL

ACONDICIONADO

Um acondicionamento mal feito pode resultar em deterioração do material biológico

(impedindo a realização do exame), resultado alterado, quebra ou vazamento do

material, rótulos molhados e ilegíveis, requisições ilegíveis e molhadas (quando

enviadas junto com o material).

EXAMES URGENTES

É preciso ter um cuidado todo especial com materiais biológicos considerados

urgentes e/ou com curto prazo e conservação. Este material deve ser colhido e

enviado imediatamente ao laboratório, onde será triado e enviado imediatamente

ao setor técnico para a execução do exame.

(25)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 25

COLETA DE MATERIAL PARA ANATOMIA PATOLÓGICA

Todo material destinado a histopatologia deve vir acompanhado da requisição de

exame devidamente preenchida. É sempre necessário o envio de informes

clínicos do caso a ser estudado.

W

TIPOS DE EXAMES E PADRÕES MAIS UTILIZADOS

Peça cirúrgica radical simples: amostragem de uma área/órgão com 3,0 cm ou

mais de diâmetro.

Biopsia simples: amostragem de uma área/órgão, abrangendo no mínimo 0,3 cm

de espessura por 0,5 cm de profundidade.

Biopsia com pesquisa de H. pylori: gengiva, esôfago, estômago, duodeno, etc.

Biopsia com coloração especial (BCE): biópsia simples com pesquisa de agentes

etiológicos como fungos, protozoários, dentre outros, por meio de colorações

especiais.

Citologia de punção de líquidos: punção de órgãos variados: tireóide, cistos,

nódulos etc.

Colorações especiais: serão realizadas em materiais como fígado e medula

óssea, em casos de explicitação médica ou quando for necessária a pesquisa de

glicogênio, substância amilóide, depósito de ferro, depósito de cobre (consultar o

setor em caso de dúvidas).

W

COLETA

DE

MATERIAL

PARA

EXAME

HISTOPATOLÓGICO

A coleta de material para exame histopatológico é a operação mais delicada da

técnica histológica, pois exige grande habilidade e atenção do Médico Veterinário

responsável. São considerados aspectos importantes:

ƒ

O cirurgião ou o clínico, ao realizarem a biópsia, devem ter sempre ao lado

o instrumental cirúrgico e o(s) frasco(s) contendo o líquido fixador.

ƒ

As incisões devem ser feitas de modo rápido, com instrumento afiado,

evitando-se esmagar o tecido.

ƒ

Os fragmentos de tecidos devem ter no mínimo 0,3 cm de espessura, faces

planas e paralelas e atingir no mínimo 0,4 cm de profundidade.

ƒ

As superfícies de corte devem compreender, sempre que possível, uma

parte da lesão e outra do tecido normal adjacente, evitando-se o centro e

as bordas da lesão.

ƒ

Imediatamente após a colheita, os fragmentos de tecido devem ser

acondicionados diretamente no líquido fixador, em frascos de boca larga.

Nunca utilizar frascos menores que a amostra, evitando-se, assim, a

deformação do material.

ƒ

Os tecidos que tendem a flutuar (pulmão e medula óssea) devem ser

envolvidos em gaze ou algodão.

(26)

ƒ

Nunca acondicionar o material em soro fisiológico ou água, pois tais meios

maceram os tecidos, inutilizando-os para estudo histológico.

W

CONSERVAÇÃO DO MATERIAL / PREPARAÇÃO DO TECIDO

Devido à grande importância da análise anátomo-patológica, deve-se ter um

cuidado especial na preservação (fixação) e acondicionamento das amostras, pois

se trata de um material biológico nobre e de recoleta difícil.

Para a histopatologia convencional, o fixador utilizado na rotina é a solução aquosa

de formalina, formol a 10% (1 parte de formol para 9 partes de água).

Particularmente para o sistema nervoso, utiliza-se a fixação em formol a 20% (2

partes de formol em 8 partes de água) para melhor preservação do órgão. O

volume ideal corresponde à cerca de 20 vezes o volume da peça obtida. O tempo

de fixação, utilizando-se o formol, está entre 8 e 48 horas, conforme o seguinte

índice de fixação: 8 horas para cada milímetro de espessura da amostra. O fixador

pode ser escorrido para se evitar derramamento durante o transporte, somente

após 24 horas de fixação para amostras menores que 3 cm e após 48h para

amostras maiores que 3 cm.

Para o exame citológico podem ser utilizados fixadores como o álcool etílico a 95

°

ou o álcool absoluto, sendo 1 hora o tempo ideal de fixação e o mínimo de 15

minutos. O volume ideal corresponde a 20ml para cada lâmina de esfregaço.

W

IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL / REQUISIÇÃO DE EXAMES

Os exames enviados ao setor de Anatomia Patológica devem vir rotulados com a

identificação do paciente e acompanhados da requisição médica e relatório clínico

devidamente preenchido e protegido (plástico etc.) do restante do material.

É imprescindível que o relatório clínico contenha a especificação do material

coletado e a identificação do animal (espécie, raça, sexo e idade). O médico

responsável pela coleta deve fornecer uma descrição detalhada e objetiva das

lesões macroscópicas, de tal forma que retrate claramente o material examinado,

assim como explicite o(s) local(is) e o número de amostras coletadas e enviadas ao

laboratório.

Deve-se salientar a importância do fornecimento de informes clínicos (tempo de

evolução, tratamentos anteriores, sintomatologia clínica etc.) ao

anátomo-patologista, já que estes dados constituem uma ferramenta de grande importância

no diagnóstico histopatológico.

(27)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 27

W

MÚLTIPLAS AMOSTRAS ACONDICIONADAS EM UM MESMO FRASCO

A requisição do exame deve ser clara e objetiva quanto ao número e origem de

amostras em um mesmo frasco, uma vez que enviadas ao departamento todas as

amostras serão processadas e cobradas isoladamente. O médico requisitante deve

sempre informar, na ficha médica, se houve o fracionamento da amostra e seu

acondicionamento em mais de um frasco. Esta informação é útil sobretudo para se

evitar a cobrança de biópsias desnecessárias.

É freqüente o recebimento de amostras de locais diferentes em um mesmo frasco.

Exemplo:

Pele:

Caracterizam-se como um (1) exame a ser cobrado:

- Amostras de pele coletadas de uma mesma região anatômica (ex: dorso).

Caracterizam-se como mais de um (1) exame a ser cobrado:

- Amostras de pele coletadas em regiões anatômicas diferentes (ex: um fragmento

de pele do dorso, um fragmento do pescoço, um fragmento do abdômen). Cada

fragmento será cobrado como uma biópsia isoladamente.

Amostras de pele coletadas de regiões anatômicas diferentes (ex: axila e

pavilhão auditivo) devem vir acondicionadas, devidamente identificadas e

com especificação da região a que correspondem, em frascos diferentes para

maior segurança diagnóstica.

Outros órgãos:

- Será cobrado cada um dos órgãos enviados em um mesmo frasco (ex: fígado,

pulmão, alça intestinal).

A escolha da melhor amostra a ser processada fica a critério do Médico

Veterinário requisitante durante a coleta do material; caso contrário, poderá

ocorrer atraso na liberação do resultado ou até mesmo a recusa do material pelo

laboratório. O Médico Patologista não será responsabilizado pela escolha da

amostra a ser processada.

W

EXAMES COM IMUNOHISTOQUÍMICA

A Anatomia Patológica moderna apresenta situações em que a coloração rotineira

(Hematoxilina-Eosina) deve ser complementada com métodos de

imuno-histoquímica, como a seguir e quando for necessário:

ƒ Auxiliar na diferenciação entre estados proliferativos benignos e neoplasias.

Ex: linfomas x estados reacionais de linfonodos.

ƒ Definir a histogênese de neoplasias morfologicamente indiferenciadas.

Ex: linfomas x carcinomas x sarcomas.

ƒ Imunofenotipagem de neoplasias já classificadas pela morfologia rotineira.

Ex: linfomas de células T x linfomas de células B.

(28)

W CITOLOGIA - PUNÇÃO DE LÍQUIDOS

Materiais diversos: punção de mama, líquido ascítico, líquido sinovial, líquido

pleural, líquido pericárdio, punções de coleções superficiais, urina, lavado vesical,

gástrico, peritoneal, lavado tráqueo-brônquico.

O envio do líquido é preferencial e este material deve ser enviado depois de

misturado e homogeneizado com álcool etílico (70%), volume a volume. Desta

forma teremos material de melhor qualidade para exame. Em caso de esfregaço

de lâmina, este deve ser enviado e fixado em álcool etílico (70%).

COLETA PARA EXAME CITOLÓGICO

O exame citológico é indicado para diferenciação de processos inflamatórios

agudos x crônicos e neoplásicos benignos x malignos. O exame citológico

apresenta como vantagens principais a rapidez no diagnóstico, a baixa invasividade

e a necessidade de pequena quantidade de material. Uma das suas limitações é a

necessidade ocasional de confirmação diagnóstica por meio da histopatologia, por

não proporcionar a visualização da arquitetura do tecido alterado. Podemos dividir

em 3 formas de obtenção do material:

W

CITOLOGIA POR DECALQUE (IMPRINT OU CLAPS)

Colhe-se fragmento de 1-2 cm do órgão ou nódulo a ser examinado, retira-se o

excesso de sangue com um papel toalha e faz-se a impressão em uma lâmina

limpa. É uma técnica muito utilizada em sala de necropsia para confirmação

diagnóstica de suspeitas levantadas a macroscopia, com resposta rápida.

W

CITOLOGIA POR ESMAGAMENTO (SQUASH)

Esta técnica consiste em colocar uma lâmina sobre a outra (contendo um

fragmento de 2 mm do material a ser examinado), comprimindo-as e espalhando o

material.

W

CITOLOGIA ASPIRATIVA POR AGULHA FINA

É uma técnica interessante por colher células de lesões profundas, podendo-se

obter células de vários planos do tecido.

Colocar o material imediatamente em álcool comercial a 95° (não deixar secar

antes da fixação) e manter a temperatura ambiente. Pode-se enviar a amostra em

seringa ou transferir para um tubo estéril. Manter em geladeira ou conservar em

(29)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 29

álcool. Encaminhar, imediatamente, ao laboratório. O material deve vir

acompanhado de histórico detalhado, descrição da lesão e técnica de colheita.

COLETA PARA MICROBIOLOGIA

Em Bacteriologia o material colhido deve ser representativo do processo infeccioso

investigado. A coleta ou transporte inadequado pode ocasionar falha no isolamento

do agente etiológico e favorecer o desenvolvimento da flora contaminante,

induzindo a um tratamento inapropriado.

Para realização da coleta de material para análise microbiológica é

fundamental observar os seguintes itens

ƒ

Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possível;

ƒ

Colher do local onde o microorganismo suspeito tenha maior probabilidade

de ser isolado;

ƒ

Quantidade suficiente de material deve ser coletado para permitir uma

completa análise microbiológica;

ƒ

O pedido do exame deve conter dados do animal tais como espécie, raça,

sexo, idade, além da suspeita clínica, indicação do uso de antibióticos, tipo

de material e o local de coleta;

ƒ

Usar frascos adequados para cada tipo de material enviado (meio de

transporte, frascos estéreis);

ƒ

A anotação da hora da coleta é um dado extremamente importante para o

controle da qualidade e análise da viabilidade da amostra.

As principais causas de rejeição de amostra para análise microbiológica são:

ƒ

Teste a ser realizado não especificado;

ƒ

Falta de identificação da amostra (local da coleta);

ƒ

Não especificação do local de coleta;

ƒ

Material clínico recebido em solução de fixação (formalina);

ƒ

Frascos não estéreis;

ƒ

Swab seco (enviado sem estar no meio de transporte);

ƒ

Culturas para anaeróbios recebidas em condições inapropriadas.

W

HEMOCULTURA

Realizar preferencialmente punção venosa por trazer mais benefícios na

recuperação de microorganismos quando comparada com punção arterial.

Não se recomenda a troca de agulhas entre coleta e distribuição do sangue nos

frascos específicos.

O método de coleta do sangue e o volume coletado influem diretamente no sucesso

de recuperação de microorganismos e uma interpretação adequada dos resultados.

Para uma boa coleta proceder da seguinte forma:

(30)

ƒ

Lavar e secar as mãos;

ƒ

Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura e fazer anti-sepsia

prévia nas tampas com álcool 70%;

ƒ

Realizar tricotomia, anti-sepsia de pele, deixar secar. Selecionar uma veia

adequada. Esta área não deverá mais ser tocada com os dedos;

ƒ

Fazer a anti-sepsia com álcool 70% de forma circular e de dentro para fora;

ƒ

Aplicar solução de iodo (tintura de iodo 1 a 2% ou PVPI 10%), também com

movimentos circulares e de dentro para fora. Para ação adequada do iodo,

deixar secar por 1 a 2 minutos antes de efetuar a coleta;

ƒ

Identificar cada frasco e enviar ao laboratório, juntamente com a solicitação

médica veterinária devidamente preenchida.

Volume de sangue coletado por frasco

ƒ

O volume ideal corresponde a 10% do volume total do frasco de coleta.

ƒ

O volume recomendável para cães de grande porte é de 5 a 10 mL (usar

frasco adulto).

ƒ

Cães de pequeno porte ou gatos: 1ml (usar frasco pediátrico).

ƒ

As amostras que não forem coletadas nos frascos próprios devem ser

coletadas em tubos estéreis com solução anticoagulante (Citrato, heparina,

SPS).

ƒ

Quanto maior o volume de sangue inoculado no meio de cultura, por

amostra, melhor a recuperação do microorganismo, respeitando-se a

proporção sangue/meio citada, pois o sangue em desproporção com o

meio pode inibir o crescimento de microorganismos.

ƒ

Frasco disponível: hemocult

Transporte

ƒ

Nunca refrigerar o frasco.

ƒ

Manter o frasco em temperatura ambiente e encaminhar o mais rápido

possível para o laboratório.

W

BACTÉRIAS ANAERÓBIAS PARA CULTURA

A maioria dos microrganismos anaeróbios não sobrevive à exposição ao oxigênio

por mais de 20 minutos, portanto este tipo de coleta deve seguir regras rigorosas.

A coleta deve ser feita evitando-se contaminação com a flora normal endógena.

Sempre que possível, a amostra deve ser coletada através de aspirado com agulha

e seringa ou através de fragmentos do tecido infectado O material aspirado deve

ser precedido da eliminação do ar residual.

Aspirados de abscesso, material de biópsia, líquor, aspirado para cultura de urina,

sangue, aspirado profundo de feridas abertas obtidos após descontaminação da

pele.

Nunca deixar amostra em contato prolongado com o ar. O material colhido por

swab não é o ideal. Como a maioria das infecções por Anaeróbios é mista,

(31)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 31

As amostras devem ser de preferência, imediatamente inoculadas no meio de

Tioglicolato 135C que serve como meio de transporte e como meio de cultura

inicial. Manter em temperatura ambiente.

W

GRAM

Coletar a amostra assepticamente, com os mesmos cuidados da cultura.

Preparar pelo menos dois esfregaços em lâminas limpas e desengorduradas. Os

esfregaços devem ser feitos com movimentos circulares, a partir do centro da

lâmina, homogeneamente.

Deixar secar ao ar. Passar a lâmina com o lado oposto ao esfregaço rapidamente 3

a 5 vezes sobre o fogo do bico de Bunsen. A lâmina deve ser passada rapidamente

para não desidratar as células, o que prejudica a correta identificação dos

elementos.

Após correta fixação pelo calor brando, protegê-los para transporte.

As amostras de secreção (feridas cutâneas, conjuntiva, nasofaringe, orofaringe,

ouvido externo, uretra, vagina, cervix uterino etc) são conservadas em esfregaços

fixados pelo calor.

As amostras de fezes, esperma e amostras de consistência líquida (urina, líquidos

corporais etc) são encaminhadas em frasco estéril o mais rápido possível ou sob

refrigeração (2 a 8°C) nos casos em que a refrigeração não comprometa exames

solicitados concomitantemente na mesma amostra.

W

MATERIAL PROVENIENTE DE ANIMAIS COM MAMITE

Para diagnóstico e controle de Mastite devemos proceder aos exames

bacteriológicos para determinar o agente etiológico e se necessário o teste de

sensibilidade antimicrobiana (antibiograma).

As amostras podem ser colhidas de animais com quadro clínico ou subclínico desde que não tenham recebido medicação local ou parenteral.

Preparação: é de extrema importância que amostras de leite de animais com

mamite sejam coletadas com assepsia rigorosa, pois a superfície do úbere possui

uma flora bacteriana rica, além da contaminação com fezes, solo, cama etc.

As seguintes recomendações devem ser adotadas na coleta do leite para exame

bacteriológico:

ƒ

Lavar as mãos com água e sabão e desinfetá-las com álcool 70%.

ƒ

Limpeza do úbere e tetas: devemos utilizar papel toalha e certificar que

estão bem secos. Aplicar álcool 70% na teta com atenção especial ao

orifício da mesma.

ƒ

Coletar a amostra de leite em frasco estéril, que pode ser um tubo de

ensaio estéril. A rolha deve ser segurada no mindinho de forma que não

haja contaminação da mesma.

ƒ

Os primeiros jatos de leite devem ser desprezados para então se iniciar a

coleta de aproximadamente 8 mL..

(32)

ƒ

Após a coleta, o tubo deve ser imediatamente fechado e lacrado. Deve ser

feita também a identificação com o número ou nome do animal e o quarto

coletado (AD - Anterior Direito, AE - Anterior Esquerdo, PE - Posterior

Esquerdo, PD - Posterior Direito)

O ideal é a coleta de uma amostra composta de leite, ou seja, um pouco de leite de

cada quarto. Amostras separadas por quartos só devem ser coletadas quando há

necessidade de investigação da afecção de cada glândula mamária.

É importante também que a amostra de leite seja coletada antes de submeter o

animal a qualquer tratamento, principalmente com antibióticos. O espécime deve

ser enviado ao laboratório sob refrigeração.

Armazenamento do material coletado

Após a coleta do leite proveniente de animais com mamite ou dos swabs deve-se

manter este material sob refrigeração até o envio ao laboratório. Caso o material

não possa ser enviado em um prazo de 48 horas, deve ser congelado.

W

COLETA DE MATERIAIS DIVERSOS: FERIDAS-ABSCESSOS-EXSUDATOS

O termo “secreção de feridas” é inapropriado como informação da origem do

material coletado. A descrição do sitio anatômico específico, bem como

informações adicionais (material de ferida superficial ou profunda), são

extremamente valiosos para o laboratório, auxiliando na interpretação dos

resultados.

Principais passos para realização da coleta:

ƒ

As margens e superfície da lesão devem ser descontaminadas com PVPI e

soro fisiológico.

ƒ

Coletar o material purulento localizado na parte mais profunda da ferida,

utilizando-se, de preferência, aspirado com seringa e agulha.

ƒ

Swabs serão utilizados quando os procedimentos acima citados não

puderem ser realizados. A cultura de lesões secas e crostas não são

recomendadas, salvo não ser possível colher exsudato.

W

COLETA DE RASPADO DE PELE

No exame de raspados cutâneos pode-se pesquisar ectoparasitos e fungos. Em

algumas afecções de pele, este é um procedimento imprescindível para o

estabelecimento de um diagnóstico decisivo. Para aumentar a

sensibilidade-especificidade do teste é importante seguir os passos relacionados abaixo:

(33)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 33

2. Deve-se fazer uma boa assepsia no pêlo do animal utilizando álcool 70°(não

esfregar) devido à presença de microorganismos saprófitos que podem

interferir no resultado do exame.

3. Para colheita de material de pele em animais de pêlos longos, realizar

tricotomia parcial, deixando os pêlos com no máximo 0,5 a 1,0 cm de

comprimento. Incluir pêlos partidos associados a lesões, pêlos íntegros

retirados de dentro dos folículos com pinça hemostática e descamação, mas

deve-se evitar o exsudatos.

4. O raspado deve ser profundo e realizado na periferia da área lesionada quando

estas forem descamativas. Quando a suspeita é de sarna demodécica, deve-se

comprimir fortemente a pele com os dedos porque esta sarna se localiza

profundamente na pele. No caso de micose, arrancar pêlos junto com o

raspado.

5. A coleta do material deve ser feita nas áreas mais extensas das lesões.

Escamas, fragmentos de unhas, pêlos, cabelos opacos, quebradiços e curtos

ou de aspectos de pontos negros.

6. Raspar nos diversos locais do corpo em que tiver lesões. A amostra enviada

deve ser representativa da lesão, pois pouco material dificulta o exame e pode

acarretar em resultado falso-negativo.

7. Utilizar preferencialmente lâmina de bisturi e evitar o uso da tesoura por não

ser o instrumento próprio para o raspado de pele.

8. Os materiais obtidos devem ser colocados em frascos limpos ou estéreis e

identificados separadamente para cada sítio a ser investigado.

9. Enviar em frascos bem vedados.

10. Evitar enviar somente pêlo; é necessária a presença de células de

descamação.

W

CULTURA DE FUNGOS

É um exame cujo resultado demora em torno de 20 a 30 dias, tempo necessário

para o crescimento da maioria dos fungos. Quando houver positividade em

qualquer prazo antes dos 30 dias, o resultado será comunicado imediatamente.

Para um resultado fidedigno deste exame deve-se fazer uma assepsia bem feita e

o material deve ser enviado em frasco coletor universal bem vedado ou em

envelopes apropriados, em temperatura ambiente. Não enviar amostras em tubos

tapados com rolhas de algodão, pois o algodão pode reter o material.

Contaminantes externos podem interferir no crescimento dos fungos.

W

COLETA DE SECREÇÃO DE OUVIDO

Limpar a parte externa do ouvido com uma solução degermante suave.

Obter, com auxílio de um swab, o material da parte mais profunda, incluindo

secreções “frescas”. Evitar tocar nas paredes externas do ouvido.

Os swabs devem ser enviados em meio de transporte adequado (meio de

transporte Stuart). Amostras do lado direito e esquerdo devem ser identificadas.

(34)

W

COLETA PARA CULTURA DE URINA

Colher amostra de urina preferencialmente com sonda ou por cistocentese (mais

recomendado). Acondicionar em recipiente apropriado (frasco estéril) uma

quantidade mínima de 10 mL.

Refrigerar imediatamente (2 a 8°C) e enviar ao laboratório sob refrigeração em um

prazo máximo de 12 horas após a coleta. Se o período de transporte da amostra

até o laboratório exceder 12 horas, deve-se enviar a amostra em lâminocultivo.

W

COLETA PARA CULTURA DE FEZES (COPROCULTURA)

Devem ser coletadas na fase aguda da doença, quando os patógenos estão

usualmente presentes em maior número e, preferencialmente, antes da

antibioticoterapia.

Fezes recém excretadas antes da administração de antimicrobianos.

Coletar as fezes e colocar em um frasco contendo o meio para transporte (Cary

Blair), em quantidade equivalente a uma colher de sobremesa. Preferir sempre as

porções mucosas e sanguinolentas.

Fechar bem o frasco e agitar o material.

Se a amostra não puder ser entregue em um prazo de até 2 horas da coleta,

manter sob refrigeração a 4°C, no máximo por um período de 12 horas.

COLETA PARA EXAMES HEMATÓLOGICOS

W

ESFREGAÇO SANGUÍNEO

Usado para pesquisa de hemoparasitos (Anaplasma, Babesia, Filaria, Ehrlichia e

Trypanosoma), deve-se colher sangue periférico. Realizados ainda para verificar as

características morfológicas dos eritrócitos, para contagem diferencial de

leucócitos, contagem de plaquetas, eritroblastos.

Como fazer um esfregaço

1. Manter a lâmina horizontalmente entre o polegar e o indicador.

2. Colocar uma pequena gota de sangue na extremidade da lâmina.

3. Com uma segunda lâmina colocar o seu rebordo livre contra a superfície da

primeira, em frente à gota de sangue, formando um ângulo de 45°.

4. Realizar um movimento para trás de modo que entre em contato com a

gota de sangue, pressionando-a até que a gota se espalhe por toda a

borda da lâmina.

(35)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 35

6. Secar rapidamente ao ar, conservar em temperatura ambiente e identificar

com lápis na extremidade da lâmina sobre o próprio esfregaço, depois de

seco ao ar.

Observações

ƒ

É conveniente fazer vários esfregaços ao mesmo tempo.

ƒ

O esfregaço deve ser feito com sangue recém colhido sem anticoagulante.

ƒ

A lâmina tem que estar limpa e desengordurada.

ƒ

A gota de sangue não deve ser muito grande. Quanto maior for a gota,

mais espesso será o esfregaço.

ƒ

A distensão deve ser feita rapidamente, antes que comece a coagulação.

ƒ

Com uma gota de tamanho adequado, a distensão medirá mais ou menos

3 cm.

ƒ

A espessura da distensão está na dependência do ângulo formado pelas

duas lâminas, da pressão exercida e da velocidade da mesma.

ƒ

O esfregaço não deve cobrir toda a lâmina.

ƒ

O aspecto da distensão deve ser liso e nivelado, sem ondulações, poros ou

saliências.

ƒ

A ausência de cauda prejudica a pesquisa microscópica.

ƒ

A identificação pode ser feita diretamente na lâmina a lápis ou em etiquetas

de papel.

W

SANGUE

TOTAL

Indicado para hemograma completo (contagem global de hemácias, leucócitos,

plaquetas, determinação do hematócrito, VCM; HCM; CHCM, e dosagem de

hemoglobina), dosagem de pH e de metabólitos sangüíneos (glicose, corpos

cetônicos, ácido láctico, amônia), presença quantitativa de algum metal (chumbo,

zinco, manganês, molibdênio e cádmio). Utilizar sangue com EDTA.

Colher por punção venosa utilizando o frasco a vácuo ou puncionar a veia com

seringa e colher de 1,5 a 3 mL de sangue. Este procedimento deve demorar no

máximo 2 minutos. Tampar e homogeneizar por movimento pendular por no mínimo

30 segundos.

Para hemograma, leucograma, avaliação de plaquetas e pesquisa de

hematozoários, realizar esfregaço sangüíneo. Acondicionar os esfregaços em

temperatura ambiente.

(36)

W

ANTICOAGULANTES

EDTA (tampa roxa)

É comercializado em forma de sal di-potássico, di-sódico e tri-potássico, sendo os

dois últimos os mais utilizados. É o anticoagulante de eleição para hematologia, se

utiliza 1mg para 1mL de sangue ou 0,5 mL de solução a 1% para 5 mL de sangue

ou 0,1 mL de solução a 1% para 1 mL de sangue. A coagulação se evita pela

eliminação do cálcio do sangue.

HEPARINA (tampa azul-escuro)

É um anticoagulante natural. Não é o anticoagulante de eleição para hematologia.

Atua interferindo na conversão de protombina em trombina. É usado uma

concentração de 0,2 mL de heparina saturada por cada mL de sangue. Uma das

vantagens da heparina é que é excelente para determinações de perfis

bioquímicos. Embora as contagens 12 a 24 horas após a coleta possam ser feitas,

produzem sérios danos nos esfregaços o que faz totalmente inviável. O esfregaço

deve ser feito imediatamente. As alterações que ocorrem são: degeneração nuclear

dos neutrófilos, degeneração citoplasmática dos neutrófilos e monócitos.

CITRATO DE SÓDIO (tampa azul turquesa)

É o anticoagulante ideal para estudos de coagulação. Utiliza-se a concentração de

uma parte de citrato de sódio para 9 partes de sangue total. É imprescindível

manter a relação anticoagulante/sangue para realizar as provas de coagulação. Os

valores obtidos sem esta relação não têm nenhum valor diagnóstico. Atua quelando

o cálcio, formando um complexo com o mesmo e impedindo o processo de

coagulação.

FLUORETO (tampa cinza)

Similar ao citrato, recomendado especificamente para a dosagem de glicose, pois

inibe o processo de glicólise que ocorre nas hemácias, mantendo os níveis in vitro

deste metabólito por mais tempo.

W

SORO SANGUÍNEO

É a porção do sangue após a separação do coágulo. O soro puro é preferível para

exames. Colher de 5 a 10 mL de sangue de cada animal. Deixe o sangue coagular

em temperatura ambiente. Para coleta de soro utiliza-se frasco com tampa

vermelha ou amarela (fornecida pelo Instituto)

W

PLASMA

SANGUÍNEO

(37)

Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária 37

Centrifugação: para a completa separação da parte líquida do sangue (soro ou

plasma) das células, é necessária uma centrifugação a 3000 rpm, por um período

de 7 a 15 minutos, que pode ser em temperatura ambiente ou sob refrigeração,

conforme a exigência do exame.

COLETA DE SANGUE

Local mais indicado para coleta de sangue nos animais domésticos:

ƒ

Ruminantes: veia jugular, coccígea média e mamária.

ƒ

Eqüinos: veia jugular.

ƒ

Caninos e felinos: veia jugular, cefálica ou safena lateral e safena medial.

ƒ

Suínos: veia cava anterior, cefálica ou safena lateral.

W

PASSOS BÁSICOS PARA UMA BOA COLETA

ƒ

Verificar sempre, antes da coleta, a necessidade ou não de anticoagulante

e o anticoagulante a ser utilizado.

ƒ

Verificar se o exame exige um cuidado especial com o paciente ou com a

coleta.

ƒ

Exames em que a coleta precisa ser feita em tempos diferentes,

comuniquem ao proprietário e cumpra rigorosamente estes tempos.

ƒ

Verifique sempre o volume recomendado de material para realização de

cada exame e procure enviar uma quantidade maior que a necessária, para

possíveis repetições ou transtorno no transporte.

COLETA DE MATERIAIS DIVERSOS

W

COLETA DE FLUÍDOS SINOVIAL, PERITONIAL E PLEURAL

Colher o fluído com uma seringa plástica e passar cerca de 3 mL para o frasco de

tampa vermelha e cerca de 3 mL em frasco de tampa roxa. Manter em geladeira (2-

8°C). Realizar também um esfregaço fino (interrompido, sem cauda) e secá-lo ao

ar, colocá-lo em porta lâmina e manter a temperatura ambiente.

W

LÍQUOR (LCR)

Colher LCR com uma seringa plástica e passar cerca de 1-2 mL para o frasco de

tampa vermelha e cerca de 1-2 mL em frasco de tampa roxa. Manter em geladeira

(2 a 8°C). Realizar também um esfregaço fino (interrompido, sem cauda) e secá-lo

ao ar, colocá-lo em porta lâmina e manter a temperatura ambiente.

(38)

W

COLETA PARA UROANÁLISE

A urina deve ser colhida com a máxima assepsia. As amostras de urina destinadas

aos exames químico e microscópico devem ser colhidas em recipiente limpo e

estéril. Não utilizar conservador e remeter a urina para análise, no prazo máximo de

12 horas.

W

CÁLCULOS URINÁRIOS (coletor universal)

Colocar os cálculos em frasco limpo e seco. Manter a temperatura ambiente. Não é

necessário uso de conservantes.

W

COLETA DE FEZES PARA EXAME PARASITOLÓGICO (coletor universal)

Colher amostras de fezes frescas, não expostas ao sol. O ideal é coletar

diretamente do reto; caso não seja possível, coleta-se da porção que não entrou

em contato com o solo. A amostra deve ser coletada em recipiente apropriado. As

amostras podem ser destinadas a exames parasitológicos, bacteriológicos e

químicos.

Em caso de rebanho, pode-se fazer o O.P.G. (Ovos por Grama de Fezes), que é

um exame apenas quantitativo.

Refrigerar imediatamente (2 a 8°C). Nunca congelar amostras de fezes.

Quantidade: 10 a 20 g ou 10 a 20 mL.

(39)

Instituto Hermes Pardini X Anatomia Patológica 39

ANATOMIA PATOLÓGICA

(40)
(41)

Instituto Hermes Pardini X Anatomia Patológica 41

ANATOMIA PATOLÓGICA

Biópsia Simples

Comentários

Utilizada para diagnóstico anátomo-patológico geral.

Material

Diversos

Método

Anatomia Patológica convencional

Conservação para envio

Formol a 10% (uma parte de formaldeído para 9 partes de água)

Biópsia com coloração especial

Comentários

Utilizado em casos em que são necessárias colorações especiais. Por exemplo, quando a suspeita clínica é micose implica pesquisa de fungo (Grocott ou PAS), escabiose (Pesquisa de Sarcoptes - PAS), dentre outras.

Material

Diversos

Método

Anatomia patológica usando colorações histoquímicas para pesquisa de agentes etiológicos, depósitos metabólicos, dentre outros

Conservação para envio

Formol a 10% (uma parte de formaldeído para 9 partes de água)

Citologia de Punção de Líquidos - Anatomia

Comentários

O exame visa diagnosticar processos inflamatórios agudos ou crônicos, patologias benignas, bem como, lesões pré-malignas ou malignas dos sítios anatômicos acima descritos ou provenientes de metástase de outros órgãos. A interpretação dos esfregaços baseia-se em aspectos morfológicos previamente conhecidos. Alguns aspectos morfológicos de graduação das lesões dependem, até certo ponto, de interpretação subjetiva. Sua maior limitação é não proporcionar a visualização da arquitetura do tecido alterado, como ocorre no exame histopatológico. Os métodos de colheita são: punção aspirativa, impressões (claps ou imprints) e esmagamento (squash).

Material

Materiais diversos: punção de mama, líquido ascítico, líquido sinovial, líquido pleural, líquido pericárdio, punções de coleções superficiais, cistos e nódulos

Método

Microscopia convencional

Conservação para envio

ƒ Lâmina: colocar imediatamente após a coleta em álcool a 95° (comercial). Enviar no máximo três lâminas.

(42)

Observação

O envio do líquido é preferencial e este material deve ser enviado depois de misturado e homogeneizado com álcool etílico, volume a volume. Desta forma, tem-se material de melhor qualidade para exame.

Peça Cirúrgica Radical Simples

Comentários

Amostragem de uma área/órgão com 3,0 cm ou mais de diâmetro

Material

Diversos

Método

Anatomia Patológica convencional

Conservação para envio

Formol a 10% (uma parte de formaldeído para 9 partes de água)

Imunohistoquímica

Comentários

A imunohistoquímica representa um conjunto de procedimentos que utilizam anticorpos (policlonais ou monoclonais) como reagentes de grande especificidade para a detecção de antígenos que marcam estruturas teciduais e celulares.

Numa época onde o diagnóstico preciso determina o tratamento e o prognóstico das neoplasias, o uso da imunohistoquímica se faz indispensável.

Sendo a imunohistoquímica um conjunto de métodos de detecção de antígeno em cortes histológicos altamente dependente do processo de fixação, o mesmo deve ser realizado de forma bem criteriosa. A fixação é o princípio da preservação antigênica. Para que haja reação antígeno-anticorpo durante a reação imunohistoquímica, a fixação adequada se faz necessária. O tempo de fixação, o volume do fixador, as dimensões dos fragmentos devem ser adequados para que se tenha boa penetração no tecido. A quantidade de fixador deverá ser de 20 a 50 vezes maior do que o fragmento. O tempo ideal para uma boa fixação é de 12 a 24 horas com solução de formalina 10% tamponada.

Material

Material processado e incluído em bloco de parafina ou tecido fixado formalina 10% tamponada: ƒ Formaldeído (solução 35-40%) 100 mL ƒ Fosfato de sódio monobásico monohidratado P.A. (NaH2PO4H2O) 4,0 g

ƒ Fosfato de sódio dibásico anidro P.A. (Na2HPO4) 6,0 g

ƒ Água destilada 900 mL

Tempo de liberação do resultado

Em geral, as reações são complexas e levam cerca de sete (07) dias para terem seu laudo final emitido.

Resultados – tipo de laudo

O laudo emitido explicita os anticorpos usados e apresenta o resultado documentado em microfotografias coloridas, chamando atenção para a positividade ou não da reação, sua intensidade e sua localização no tecido e nas células neoplásicas, de forma que o médico veterinário solicitante terá clara noção do que representa a reação descrita em relação ao conjunto de células neoplásicas amostrada.

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Instituto Hermes Pardini X Anatomia Patológica 43

Lúpus Eritematoso - Imunofluorescência em tecido

Comentários

Vantagem do teste: não requer o uso de reagente espécie-específico.

Material

Pele

Condições

Álcool etílico a 70%

Painéis de Imunohistoquímica para Tumores Indiferenciados

Método

Reação imunoenzimática para caracterização do imunofenótipo de células malignas

Material

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Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia 45

BACTERIOLOGIA

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Referências

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