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JOSELI DA COSTA MOURA ALFONSO

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Academic year: 2021

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FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS FUNORTE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE – ICS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ORTODONTIA

PREVALÊNCIA DE AGENESIA DENTÁRIA EM UMA AMOSTRA DE

PACIENTES QUE PROCURARAM TRATAMENTO EM UMA

ESCOLA DE ORTODONTIA NA ZONA LESTE

CIDADE DE SÃO PAULO

JOSELI DA COSTA MOURA ALFONSO

SÃO PAULO-SP 2013

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JOSELI DA COSTA MOURA ALFONSO

PREVALÊNCIA DE AGENESIA DENTÁRIA EM UMA AMOSTRA DE

PACIENTES QUE PROCURARAM TRATAMENTO EM UMA

ESCOLA DE ORTODONTIA NA ZONA LESTE

CIDADE DE SÃO PAULO

Monografia apresentada ao Programa de Especialização

em Ortodontia do Instituto de Ciências da Saúde- FUNORTE/ SOEBRAS, núcleo Tatuapé, como parte dos requisitos

para obtenção do título de Especialista em Ortodontia

Orientadora: Profa. Rosa Carrieri Rossi

SÃO PAULO

2013

Alfonso, Joseli da Costa Moura

PREVALÊNCIA DE AGENESIA DENTÁRIA EM UMA AMOSTRA DE PACIENTES TRATADOS EM UMA ESCOLA DE ORTODONTIA DE SÃO PAULO

Monografia – Instituto de Ciências da Saúde – FUNORTE Núcleo São Paulo, Tatuapé

Orientadora: Profa. Rosa Carrieri Rossi

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DEDICATÓRIA

Ao meu Pai,

No meu caminho não houve obstáculo que você não tenha me ensinado a superar. Seus exemplos de amor, respeito e dignidade são a base da vida feliz que vivo. Eternamente grata....

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AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus pela saúde e força para cumprir esta maravilhosa jornada que é a vida.

Aos Professores Dr., Nelson José Rossi, Dra. Rosa Carrieri Rossi e Dr. Nelson José Carrieri Rossi meu muito obrigado por vocês terem colaborado para o enriquecimento dos meus conhecimentos ortodônticos.

A todos que acreditaram em mim.

Agradeço também a todos os pacientes que participaram conosco e a todos os funcionários desta instituição.

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Certeza

De tudo ficaram três coisas: A certeza que estamos sempre começando. A certeza de que precisamos continuar. A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar. Portanto devemos: fazer da interrupção um caminho novo,

da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro.

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RESUMO

A agenesia consiste na ausência de um ou mais elementos dentários, interferindo no comprometimento estético, funcional e psicossocial dos pacientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de agenesias dentárias com relação ao gênero e grupos dentários em pacientes de idades entre 7 a 50 anos, no período de 1996 a 2012 da SBOOM (Sociedade Brasileira de Ortodontia e Ortopedia dos Maxilares),na cidade de São Paulo. Um total de 594 documentações ortodônticas do arquivo da SBOOM foi examinado. Nos casos em que era difícil distinguir entre extrações prévias ou agenesia, a história dental anterior foi avaliada através das fichas de anamnese. Após os critérios de exclusão, 524 constituíram a amostra. Os terceiros molares não foram incluídos nos estudos.Os resultados foram submetidos a análise estatística usando o Teste Qui- quadrado. Foi detectada uma associação estatisticamente significativa com gênero e assim confirmando relatos sobre maior prevalência de agenesias dentárias no gênero feminino. Os dentes mais comumentes ausentes foram os incisivos laterais superiores (32,4%), seguidos dos segundos pré-molares superiores (27%). A maioria dos pacientes avaliados apresentou ausência de apenas 1 dente (3,7%). Conclui-se que os pacientes ortodônticos apresentaram uma prevalência de agenesia de 6,2%. A ocorrência de agenesia esteve associada ao gênero, sendo o genero feminino o mais prevalente.

Palavras chave: Prevalência. Agenesia. Ortodontia.

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ABSTRACT

Agenesis consists in the absence of one or more dental elements, interfering in the committal esthetical, functional and psychosocial of the patients. The objective of this study was to evaluate the prevalence of tooth agenesis regarding gender and dental groups in patients aged between 7 and 50 years in the period of 1996 until 2012 of the SBOOM (Brazilian Society of Orthodontics and Orthopedics) in the city of Sao Paulo. A total of 594 orthodontic documentation of the SBOOM file were examined. In cases where it was difficult to distinguish between previous extractions or agenesis, the previous dental history was assessed through anamnese records. After the exclusion criteria, 524 constituted the sample. The third molars were not included in the studies and the results were analyzed using the statistically test of chi-square. It was detected an significant statistically association with gender, thus confirming reports of higher prevalence of tooth agenesis in females. The most common missing teeth were the upper lateral incisors (32.4%), followed by upper second premolars (27%). The majority of patients showed an absence of only one tooth (3.7%). It was concluded that orthodontic patients had a prevalence of agenesis of 6.2%. The occurrence of agenesis was associated with the gender, being the female gender the most prevalent.

Keywords: Prevalence. Agenesis. Orthodontics

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Estudo de etiologia da agenesia dentária... 04

Tabela 2 – Estudo de prevalência de agenesia dentaria... 16

Tabela 3 – Estudo de associações da agenesia dentária com outras anomalias..21

Tabela 4 – Prevalência de agenesia dentária... 27

Tabela 5 – Prevalência de agenesia dentária em cada faixa etária... 27

Tabela 6 – Prevalência de agenesia dentária segundo gêneros... 29

Tabela 7 – Distribuição dos dentes segundo os grupos dentários... 29

Tabela 8 – Prevalência de agenesia dentária segundo os grupos dentários... 30

LISTA DE GRÁFICO Gráfico 1 – Distribuição dos pacientes quanto ao tipo de agenesia... 28

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LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS

AXIN2 – Axis Inhibiton Protein 2 DNA – Acido desoxirribonucleico EDA – Ectodysplasin – A

IRF6 – Interferon regulatory Factor 6 MMPs – Matrix Metalloproteinase MMP1 – Matrix Metalloproteinase 1 MNP20 – Matrix Metalloproteinase 20 MSX1 – Mascle Segment Homeobox 1 PAX9 – Paired Box Gene 9

CI – Canino Inferior CS – Canino Superior

ICI – Incisivo Central Inferior ICS – Incisivo Central Superior ILI – Incisivo Lateral Inferior ILS – Incisivo Lateral Superior 1MI – Primeiro Molar Inferior 1MS – Primeiro Molar Superior 2MI – Segundo Molar inferior 2MS – Segundo Molar Superior 1PMI – Primeiro Pré-molar Inferior 1PMS – Primeiro Pré-Molar Superior 2PMI – Segundo Pré-Molar Inferior 2PMS – Segundo Pré-Molar Superior

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SUMÁRIO

RESUMO... VII ABSTRACT... VIII

1 INTRODUÇÃO... 01

2 REVISÃO DE LITERATURA... 02

2.1 Etiologia da agenesia dental... 02

2.2 Prevalência da agenesia dental... 06

2.3 Associações da agenesias dentárias com outras anomalias... 18

3 PROPOSIÇÃO ... 24 4 MATERIAL E MÉTODO... 25 5 RESULTADOS... 27 6 DISCUSSÃO... 32 7 CONCLUSÃO... 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 35 XI

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1 – INTRODUÇÃO

A agenesia dentária é uma anomalia de desenvolvimento relativamente comum na população humana. Caracteriza-se pela ausência congênita de um ou mais dentes decíduos ou permanentes VASTARDIS (2000).

O termo hipodontia é usado para descrever agenesias de um ou seis dentes e anadontia para ausência completa de dentes ARTE (2001).

O terceiro molar representa o dente mais afetado por esta anomalia, tendo uma prevalência que varia de 14,6% COSTA et al. (2007). a 20,7% LYNHAM (1999). Excluindo os terceiros molares a prevalência de agenesia dentária equivale aproximadamente 4,3% a 7,8% GRIECO et al. (2007).

A influência de fatores genéticos na etiologia da agenesia dentária representa tema de grande importância na ortodontia, um vez que a agenesia dentária é um fator de desenvolvimento das maloclusões. Quanto maior a contribuição genética na origem de uma anomalia, menor a possibilidade de preveni-la e, como regra, pior o prognóstico de tratamento ortodôntico, ortopédico MOSSEY (1999).

Estudos relacionados a biologia molecular, tem demonstrado que dois genes estão particularmente envolvidos com o fenótipo de agenesia dentária em humanos: MSX1 e PAX9 FRAZIER-BROWES et al. (2002) e GARIB et al. (2010).

Os indivíduos que possuem mutações nas regiões codificadoras do PAX9 são mais sujeitos a ter ausentes os primeiros e segundos molares superiores, e os segundos molares inferiores. Por sua vez, aqueles que possuem defeitos no MSX1 têm mais frequentemente ausentes os primeiros e segundos pré-molares superiores, e os segundos pré-molares inferiores FABER (2006).

Sendo a prevalência das agenesias dentária muito variável nas diversas populações estudadas, a determinação de sua prevalência individualizada para as diversas populações mostra-se de grande importância para o diagnóstico e plano de tratamento ortodôntico GRIECO et al. (2007).

O Objetivo deste estudo foi avaliar, por meio de radiografias panorâmicas, fichas clínicas e modelos de gesso do acervo de documentações de pacientes da escola de pós-graduação em Ortodontia da SBOOM (Sociedade Brasileira de Ortodontia e Ortopedia dos Maxilares), a prevalência de agenesia dentária, buscando relacionar esta prevalência aos gêneros e grupos dentários.

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2.1 - Etiologia da agenesia dental

ARTE, S.; NIEMINEN, P.; APAJALAHTI, S.; THESLEFF, I. PIRINENS.

(2001) relatou que as agenesias não sindrômicas podem ser causadas por

diferentes mutação de genes. Foi realizado um estudo em que descreveram e analisaram a herança e as características fenotípicas da agenesia em onze famílias com agenesias de incisivos e pré-molares num total de 214 indivíduos finlandeses não sindrômicos da Universidade de Helsinki. As onze famílias indicam um traço autossômico dominante com penetrância de 97%. A prevalência da agenesia em parentesco de primeiro grau foi de 39% e de segundo grau foi de 36%. A maxila foi mais acometida com 59% e a mandíbula com 55%. Os segundos pré-molares inferiores foram os mais ausentes com 47% seguidos dos segundos pré-molares superiores com 30%, dos incisivos laterais superiores com 17% e incisivos centrais inferiores com 4,2% e concluíram que as onze famílias finlandeses coletadas para um estudo de ligação genética no pré-molar e no incisivo para agenesia familiar, possuem uma transmissão autossômica dominante.

PERES (2004) O objetivo do estudo foi analisar a associação existente entre os polimorfimos na região promotora desse gene PAX9 e a agenesia dental de terceiros molares, segundos pré- molares e incisivos laterais. A amostra foi composta pelo DNA genômico de 50 indivíduos afetados e 50 indivíduos controle, com idade acima de 16 anos, para os três primeiros marcadores. Com o objetivo de aumentar a amostra, a análise de polimorfismos no gene PAX9 foi realizada utilizando-se o DNA genômico de 100 indivíduos afetados e 100 indivíduos controles. Após a obtenção e extração do DNA, as regiões de interesse foram amplificadas por reação em cadeia da polimerase (PCR) e os polimorfismos foram analisados por digestão com enzima de restrição. Os géis foram corados pelo nitrato de prata. A análise estatística foi realizada através das Simulações de Monte Carlo (programa clump) e teste Qui-quadrado ao nível de significância de 5%. O programa Arlequim foi utilizado para verificar combinações de haplótipos no

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gene PAX9. As análises mostraram que o polimorfismo da região promotora do PAX9 está associado com a agenesia dental, podendo ser considerado marcador genético para a agenesia.

CAMILLERI (2005) realizou um estudo pela Universidade Médica e Odontológica de Malta em que foram analisados os registros de 26 indivíduos, 18 do gênero feminino e 8 do gênero masculino, com a transposição de canino com o primeiro pré-molar superior, juntamente com 160 indivíduos que possuíam um canino deslocado por palatino para determinar o padrão de agenesia dentária nestes casos e compara-los com semelhantes amostras relatadas na literatura. Uma forte associação foi encontrada entre transposição de canino e de primeiro pré-molar superior com agenesias de incisivo lateral com uma prevalência de 20% e de segundo pré-molar com uma prevalência de 24%. Em relação às associações dos pacientes que possuíam somente o canino deslocado por palatino as prevalências de ausências dentárias foram mais fracas apresentando agenesia de incisivos laterais com uma prevalência de 5% e de terceiros molares com uma prevalência de 27,5%. Por meio de estudo molecular ainda foi concluído que a implicação dos genes MSX1 ou PAX9 não foram fortemente evidenciadas.

PINHO et al. (2010) relatou que a observação de que certos padrões de agene-sia dentária que ocorrem mais frequentemente em indivíduos de uma mesma família podem sugerir a existência de fatores genéticos predisponentes. O objetivo deste estudo foi buscar as mutações nos genes MSX1 e PAX9 e investigar possíveis associações com o fenótipo de agenesia dos incisivos laterais superiores em 12 famílias portuguesas num total de 52 indivíduos. A amostra foi composta de 23 indivíduos do gênero masculino e 29 indivíduos do gênero feminino, com uma faixa etária de 10 a 75 anos. Foi selecionado um grupo controle com amostras de DNA de 91 indivíduos portugueses selecionados ao acaso. Não foram encontradas alterações nucleotídicas nas regiões codificantes do gene MSX1, porém, no gene PAX9 foi encontrado polimorfismo de algumas proteínas. O estudo concluiu que apesar de ter sido encontrado polimorfismos no PAX9, a frequência desses polimorfismos na população estudada comparada com o grupo controle, não foram estatisticamente significativas, sugerindo assim que os genes MSX1 e o PAX9 não

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foram causadores de agenesias na população estudada e que mais estudos genéticos precisam ser aprimorados.

KUCLER et.al. (2010) relataram que existe variações ocorridas em alguns genes específicos fundamentais para a formação do dente podem contribuir para a agenesia dentária congênita e os MMPs são os genes com potencial para alterações dentárias durante a embriogênese. O objetivo deste estudo foi investigar a possível associação entre MMP1 e MMP20 e agenesia dentária de 167 famílias de duas populações diferentes: 116 do Brasil e 51 da Turquia. Todos os indivíduos possuíam pelo menos um dente congenitamente ausente e os DNAs foram obtidos de amostras de sangue ou saliva. Do total de 116 pacientes brasileiros estudados, 71 possuíam agenesias isoladas e 45 possuíam casos nas famílias, sendo 74 gêneros femininos e 42 dos gêneros masculinos, 41 casos apresentavam história na família positiva para a agenesia dentária e 16 casos foram associados com outras alterações de desenvolvimento dentário, tais como hipoplasia de esmalte, alteração de forma do incisivo lateral superior e microdontia. Os resultados do estudo mostraram que a associação entre agenesia dentária e genes MNP1 e MNP20 foram encontrados em famílias brasileiras, concluindo que esses genes são viáveis para alterações dentárias, e as diferentes manifestações nas duas famílias estudadas pode ser explicada justamente pela diferença étnica.

Tabela 1 – Etiologia da agenesia dental

AUTORES ANO OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADOS

ARTE 2001 Analisaram as características fenotípicas da agenesia Onze famílias (214 indivíduos finlan-deses) com agen-esias de incisivos e prémolares.Univer-sidade de Helsink Ligação genética no pré-molar e incisivo para agenesia familiar, possuem uma transmissão autossômica dominante. PERES 2004 Analisaram a associação exis-tente entre os DNA genômico de 100 indivíduos afe-tados e 100 indiví-O gene PAX9 pode ser considerado

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poli-morfismos na re-gião promotora do gene PAX9 e a agenesia de 3 M; 2 PM e I.

duos controle marcador

genético para agenesia CAMILLERI 2005 Estudaram a relação de trans-posição do C com 1PMS e do C deslocado para palatino. 26 indivíduos com transposição de C com o 1PMS; e 160 indivíduos que pos-suíam C deslocado para palatino e com-para-las com seme-lhantes amostras re-latadas na literatura. Forte associação entre transposição de C e de 1PMS com agenesia de ILS e de 2PMS e 3M. PINHO et al. 2010 Estudaram as mu-tações no genes PAX9 e MSX1 e investigaram pos-síveis associações com agenesia do ILS. 12 famílias por-tuguesas (52 in-divíduos). Os genes MSX1 e PAX9 não foram os causadores de agenesias na pó-pulação estudada KUCLER 2010 Investigaram a possível associa-ção entre MNP1 e MNP20 e agenesia dentária 167 famílias sendo 116 do Brasil, e 51 da Turquia. Todos os indivíduos possuíam pelo menos um dente congenitamente ausente. Associação entre agenesia e gene MNP1 e MNP20 foram encontradas em famílias Brasileiras.

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BORUCHOV M, J.; D, D, S.; GREEN, L. J. (1971) os autores realizaram um estudo comparativo de 369 pares de gêmeos, totalizando 738 pacientes com idade de 5 a 18 anos. Do total da amostra de 738 pacientes, foram encontradas 42 agenesias dentárias representadas por 5,7%, sendo o gênero feminino o mais afetado com 6,1% e 5,3% para o gênero masculino. Em relação à localização os segundos pré-molares foram os mais ausentes com 55,7%, seguido dos incisivos centrais inferiores com 15,2% e dos incisivos laterais superiores com 13,9%. Em uma segunda parte do trabalho, foram analisados irmãos de 44 crianças que possuíam agenesias, totalizando 109 irmãos, com idade de 5 anos ou mais, todos pacientes da Universidade Estadual de Nova Iorque. Do total de 109 irmãos, 14 irmãos foram diagnosticados com agenesia representando 12,8%. Esses dados foram computados e comparados com a frequência de agenesia em uma amostra aleatória da população concluindo que não foi significativamente maior do que seria esperado.

ANTONIAZZI et al.(1999) estudaram a prevalência de agenesia de incisivos laterais e segundos pré-molares, por meio de radiografias panorâmicas que pertenciam ao arquivo de radiologia da Faculdade de Odontologia - UNESP, Campus de São José dos Campos. Foram selecionadas 503 radiografias panorâmicas sendo 236 do gênero masculino e 267 do gênero feminino. Pesquisou-se nas radiografias panorâmicas, agenesias de incisivos laterais superiores, incisivos laterais inferiores, segundo pré-molares superiores e segundos pré-molares inferiores. Foi concluído que a ordem decrescente de prevalência de agenesia foi; segundos pré-molares superiores (1,39%), segundos pré-molares inferiores (0,99%), incisivos laterais superiores (0,89%) e incisivos laterais inferiores (0,39%); não houve diferença estatística significante entre os gêneros, embora os indivíduos do gênero feminino tenham apresentado número maior de casos; houve predominância de agenesia na maxila (2,28%), comparada a mandíbula (1,38%).

CIAMPONI E FRASSEI (1999) avaliaram a prevalência de agenesias de dentes permanentes em um grupo de crianças, de ambos os sexos, na cidade de São Paulo. Foram avaliadas 580 radiografias panorâmicas de crianças submetidas

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a tratamento odontológico na clínica de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia Paulista. A porcentagem de crianças acometidas pela anomalia foi de 9,31%, excluindo-se os terceiros molares. Mostrou-se mais prevalente entre as meninas (56,99%) e na maxila (63,44%). As ausências dentárias mais frequentemente observadas foram as de incisivos laterais superiores (37,63%), seguidas da ausência de segundos pré-molares inferiores (19,35%). Não houve ausências de primeiros e segundos molares.

YAJAIRA, J.; LOAIZA, B.;GEORGINA, C. M. (2001) realizou uma investigação retrospectiva que determinou a prevalência de agenesias dentárias por meio de investigação clínica e radiográfica de pacientes de 5 a 14 anos, atendidos no serviço de Ortopedia Dentofacial na Universidade de Odontologia de Carabobo, Venezuela no período de 1993 a 2000. Foram selecionados 1254 radiografias panorâmicas onde foi possível identificar 52 casos de agenesias, o gênero feminino foi o mais afetado com 4,9% e o gênero masculino com 3,08%. O estudo concluiu que as agenesias simples e duplas foram as mais frequentes representando 50% e 38% respectivamente, o gênero feminino foi o mais afetado, as maiores ausências foram os incisivos laterais superiores e segundos pré-molares nos dois gêneros.

BACKMAN, B.; WAHLIN, B (2001) realizou um estudo com o objetivo de avaliar a prevalência de variações numéricas e morfológicas dos dentes permanentes de 739 crianças de 7anos de idade de Umea, norte da Suécia, dentre elas a agenesia dentária. Foram encontradas 55 crianças com agenesia dentárias sendo 31 do gênero feminino e 24 do gênero masculino, o gênero feminino foi o mais afetado com 8,4%. 90% das manifestações foram de um ou dois dentes ausentes. Os segundos pré-molares inferiores foram os dentes mais frequentemente ausentes.

CARVALHO E RODINI (2003) analisaram 942 documentações de pacientes que foram atendidos na Universidade do Sagrado Coração de Bauru com idade de 7 aos 19 anos de idade, após analisar as radiografias panorâmicas dessas documentações, selecionou-se 64 casos, 34 do gênero feminino e 30 do gênero

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masculino que apresentavam agenesia dentária e que foram comprovadas pelo exame clínico. Após analisar os resultados, observaram que 14,35% apresentavam agenesia dentária, sendo que a maior prevalência foi dos terceiros molares, seguidos dos segundos pré-molares superiores e dos incisivos laterais superiores. Além disso, os autores não encontraram associação entre a agenesia e os gêneros feminino e masculino.

SILVA, LUCA E LACERDA (2004), realizou uma pesquisa com o objetivo avaliar a prevalência de agenesia parcial congênita nos diferentes grupos dentários, a partir de uma análise de 400 radiografias panorâmicas, de pacientes com idade entre 9 e 18 anos, 256 do gênero feminino e 144 do gênero masculino, sem extrações dentárias prévias. Os autores identificaram uma prevalência de 29,5% (118 casos de agenesias) sendo maior no gênero feminino (69,5%). Foram encontrados 336 dentes ausentes de um total de 12.800 presentes nas 400 radiografias analisadas. Em ordem decrescente, os grupos dentários mais acometidos foram: terceiros molares superiores, terceiros molares inferiores, segundos pré-molares inferiores, segundos pré-molares superiores, incisivos laterais superiores, primeiros pré-molares superiores, incisivo lateral inferior, primeiro molar inferior e incisivo central inferior.

SILVA et al. (2004) foram analisadas 678 radiografias panorâmicas aleatórias pelo serviço de Radiologia da Faculdade de Odontologia da PUCRS, no período de 2000 a 2002 em pacientes de 6 a16 anos, para determinar a prevalência da agenesia dentária, quanto aos dentes afetados, à localização e a distribuição entre os gêneros. A ocorrência da agenesia foi observada em 17 casos (2,5%), não houve diferença significativa entre os gêneros, os incisivos laterais superiores seguidos dos pré-molares superiores foram os dentes mais ausentes e houve maior ocorrência das agenesias bilaterais (53%) do que unilaterais (47%). Este estudo permite considerar que a agenesia é a anomalia de desenvolvimento dentário frequente nas diferentes populações, sendo diagnóstico precoce de vital importância na prevenção de distúrbios maxilo-mandibulares.

POLDER et al. (2004) realizaram um meta-análise para avaliar a prevalência de agenesias dentárias nos três continentes quanto ao gênero,

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localização e dente mais afetado. A prevalência para ambos os gêneros foi mais alta na Europa (masculino 4,6% e feminino 6,3%) e na Austrália (masculino 5,5% e feminino 7,6%), do que nos leucodermas norte-americanos (masculino 3,2% e feminino 4,6%). O gênero feminino foi sempre o mais afetado, nos três continentes mencionados (1,37 vezes maior que o gênero masculino). O dente mais afetado foi: segundo pré-molar inferior, incisivo lateral superior e segundo pré-molar superior. A ocorrência de agenesia unilateral mostrou-se mais comum que a bilateral. Quando ocorre a bilateralidade, a agenesia mais comum é a do incisivo lateral superior. Na maioria dos pacientes, a agenesia foi encontrada (48%) em um dente ou dois dentes(35%). O conhecimento da idade de cada dente, bem como das características étnicas da população e suas possíveis variações constituem elementos essenciais para o estabelecimento de um correto e preciso diagnóstico.

KIRZIOGLU et al. (2005) investigaram a associação das agenesias com outras anomalias, nos pacientes atendidos na clínica pediátrica da Universidade de Suleyman Demirel, Esparta, Turquia. Para este estudo, 192 pacientes na faixa etária de 1 a 18 anos, foram selecionados entre os pacientes atendidos no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2003. Exames radiográficos foram feitos para pesquisar as agenesias. Foram encontrados 503 dentes congenitamente ausentes em 192 pacientes sendo 93 do gênero masculino e 99 do gênero feminino, excluindo os terceiros molares. 12 (2,4%) destes dentes ausentes eram decíduos e 491 (97,6%) permanentes. A maior prevalência de agenesia foi observada no gênero feminino, no arco inferior e do lado direito, porém a diferença entre arcos não foi estatisticamente significante em ambos os gêneros. No presente estudo, a agenesia bilateral e a razão entre gênero feminino e gênero masculino nos pacientes estudados foram de 10:9, ou seja, o gênero feminino foi mais prevalente. Em muitos trabalhos, o dente mais afetado foi o incisivo lateral superior, seguido pelo segundo molar inferior ou segundo pré-molar superior, excluindo os terceiros pré-molares. O autor de modo diferente do que já foram reportados por outros autores, os dentes mais afetados foram os segundos pré-molares inferiores, seguido pelos incisivos laterais superiores. Similaridades ou diferenças entre os resultados encontrados nos estudos prévios

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de agenesias podem ser explicadas parcialmente pela metodologia aplicada, ou por fatores genéticos peculiares as diferentes etnias estudadas.

PINHO et al. (2005) avaliaram a prevalência e as manifestações clínicas da agenesia de incisivos laterais na população portuguesa. Estudaram 16771 radiografias panorâmicas obtidas entre 1993 e 2000 da Clínica de Dentística, do Instituto Superior de Ciências da Saúde-Norte, Portugal. Da amostra avaliada, confirmaram-se 219 casos de agenesia do incisivo lateral superior (1,3%), sendo que a prevalência foi maior no gênero feminino(59,8%). A agenesia desses dentes foi bilateral em 44,7%, unilateral no lado esquerdo em 21,9% e unilateral no lado direito em 33% dos pacientes. Entre aqueles portadores de agenesia unilateral, seu contralateral apresentou microdontia em 57,1% dos casos.

FEKONJA (2005) estudou a prevalência de agenesias em 212 pacientes tratados ortodonticamente, com média de idade de 12 anos e 7 meses, pertencentes a ambos os sexos. O autor avaliou a associação de agenesia com o dente atingido, o quadrante afetado e o tipo de má oclusão. A avaliação foi realizada por meio de entrevista, história clínica, estudo dos modelos e radiografia panorâmica. Como resultado, a frequência da agenesia foi de 11,3% no total da amostra, sendo maior que a prevalência da agenesia em outros estudos com crianças na mesma faixa etária. Os dentes mais atingidos pela agenesia foram os incisivos laterais superiores, seguidos dos pré-molares inferiores e superiores. O lado direito foi mais afetado (54,2%) do que o esquerdo (45,8%), em ambos os gêneros. Com relação ao número de dentes ausentes, 29,2% apresentaram agenesia de um dente e 58,5% de dois dentes; raramente houve casos com agenesias de três ou mais dentes.

FARIAS et al. (2006) realizaram um estudo com objetivo de avaliar a prevalência da agenesia dentária no gênero feminino. A amostra consistia de 1000 radiografias panorâmicas de pacientes do gênero feminino, leucodermas, entre 8 e 15 anos de idade, pertencentes ao arquivo de um consultório particular representativo da cidade de Goiânia. Os pacientes não apresentaram problemas sistêmicos nem fissura de lábio e/ou palato. Na amostra examinada encontrou-se

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79 pacientes (7,9%) com agenesias dentárias, totalizando 135 dentes ausentes, sendo excluída da amostra a agenesia de terceiros molares. Dos 135 dentes ausentes, 78(57,78%) ocorreram na maxila e 57(42,22%) na mandíbula, 119(88,15%) casos de unilateralidade e 16(11,85%) de bilateralidade. Ocorreu maior incidência de agenesia do incisivo lateral superior 41 (30,37%) dentes, segundo pré-molar superior 18(13,33%) dentes e nos demais elementos dentários 44(32,6%). Observou-se, portanto, que o incisivo lateral superior mostrou ser o grupo dentário com maior prevalência de agenesia, quando excluídos a agenesia de terceiros molares neste estudo.

CASTRO et al. (2006) realizaram um trabalho com exames clínicos e radiografias panorâmicas em 224 pacientes com idades entre 19 e 24 anos, entre a população acadêmica do curso de graduação em odontologia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP. Analisaram a ocorrência de agenesias e/ou inclusões dentais patológicas e classificaram segundo sexo, raça e dente envolvido. Dos pacientes avaliados 131 sexo feminino e 93 sexo masculino. Os resultados mostraram agenesia em 74 (33%)pacientes totalizando 157 ocorrências. Desses 59,46% sexo feminino e 40,54% do sexo masculino. Quanto à raça dos pacientes a agenesia manifestou-se em 33,15% caucasianos, em 33,33% orientais e em 28,57% afrodescendentes. Caucasianos apresentou agenesia de todos os tipos de dentes em que a alteração foi obsevada neste estudo. Nos orientais, observou-se agenesia somente em terceiros molares e primeiro pré-molar, e, nos afrodescendentes, apenas em terceiro molar. Analisando as 157 agenesias em ordem decrescente foram: terceiro molar inferior (70casos=44,58%), terceiro molar superior (63 casos=40,13%), primeiros pré-molares superiores (9 casos=5,73%), primeiros pré-molares inferiores (5 casos=3,18%), incisivos laterais superiores (4 casos=2,55%), segundos pré-molares superiores (3 casos= 1,91%), segundos pré-molares inferiores (2 casos=1,27%) e incisivo lateral inferior ( 1 caso=0,64%) Não se observou agenesia em caninos, incisivos centrais e primeiro e segundo molares em ambas as arcadas. O sexo feminino foi o mais afetado com 64,33% e o masculino com 35,67%.

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GRIECO (2006) avaliou a prevalência de agenesias dentárias nos pacientes que receberam tratamento junto aos cursos de pós-graduação em Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo. O material examinado constituiu-se de radiografias panorâmicas de 1.117 pacientes. A amostra foi estudada quanto à distribuição da prevalência de agenesias entre sexo, os grupos raciais, os quadrantes dentários e entre os diversos grupos dentários. Os resultados foram submetidos à análise estatística, usando o teste “t”de student, tendo sido verificado que a ocorrência de agenesia não esteve associada ao sexo, raça ou quadrante. A prevalência na amostra foi de 6,89%, excluindo os terceiros molares e analisando cada grupo de dentes, enquanto que as maiores prevalências foram verificadas para os segundos pré-molares inferiores (2,86%) e para os incisivos laterais superiores (1,88%). Adicionalmente, a prevalência de agenesias dos segundos pré-molares superiores equivaleu a 0,63% e contando os segundos pré-molares superiores e inferiores, a prevalência correspondeu a 3,49%.

ENDO et al. (2006) examinaram a prevalência e a distribuição de agenesias, na dentição permanente, em pacientes ortodônticos japoneses, comparando-as com os resultados de outros estudos. Os pacientes ortodônticos foram selecionados entre as idades de 5 a 15 anos, na clínica pediátrica do Hospital Universitário de Niigata, Japão. As agenesias foram diagnosticadas por meio de radiografias, estudo de modelos de gesso e dados de anamnese. Um total de 3.358 pacientes foram selecionados (1.453 do gênero masculino e 1905 do gênero feminino) Foram encontrados 286 pacientes (109 -7,5% do gênero masculino e 177-9,3% do gênero feminino) com agenesias na dentição permanentes excluindo o terceiro molar. A agenesia geral da amostra foi de 8,5% e não houve diferença estatística significante entre os gêneros. Um total de 696 dentes permanentes, excluindo os terceiros molares, estava faltando, ou seja, uma média de 2,4 dentes por pacientes. O paciente do gênero masculino revelara 271 dentes ausentes uma média de 2,5 por paciente, enquanto que os do gênero feminino exibiram 425 dentes ausentes com uma média de 2,4 por paciente, mostrando assim que não houve diferença estatística significativa no total dos dentes ausentes entre os gêneros. O número de dentes ausentes por paciente, estabelecido neste estudo, foi de 1 a 21 dentes. Os pacientes com agenesias de 1 ou 2 dentes ausentes

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equivaleram a 76,3%. Na oligodontia, que é definida como sendo a agenesia com número maior que 5 dentes ausentes, corresponderam 10,1% dos pacientes. O dente mais afetado nesta amostra foi o segundo pré-molar inferior, seguido pelo segundo pré-molar superior e do incisivo lateral inferior. A simetria mais encontrada foi na agenesia do segundo pré-molar inferior. A agenesia foi maior na mandíbula do que na maxila e a agenesia foi pouco maior do lado esquerdo que no direito. Portanto, os autores notaram que a população japonesa foi encontrada uma alta prevalência de agenesias, comparando-as com outras populações (8,5%).

MATUDA (2008) determinaram a prevalência de agenesia dentária em pacientes submetidos a tratamento em consultórios de ortodontia no município de Cacoal, RO com idade a partir dos 7 anos, no período de 2000 a 2005. Foram analisadas 300 radiografias panorâmicas, 87 do gênero masculino e 213 do gênero feminino. A agenesia foi encontrada em 4 (1,33%) dos prontuários estudados, sendo 1(0,33%) do gênero masculino e 3 (1%) do gênero feminino. Dos 4 pacientes com agenesia dentária, a faixa etária de maior percentual foi de 19 a 30 anos, e encontraram 8 dentes com agenesia. Dente com maior agenesia foi o incisivo lateral superior esquerdo, incisivo lateral superior direito. Um dos pacientes apresentou além da agenesia de incisivos laterais, ausência de um segundo molar esquerdo assim como outra paciente só apresentou agenesia dos dois segundos molares inferiores.

TEIXEIRA et al. (2008) estudaram a prevalência de anormalidades de desenvolvimento em pacientes em tratamento ortodôntico por meio da análise das radiografias panorâmicas de 66 pacientes (39 do gênero feminino e 27 do gênero masculino) com média de idade de 16,16% anos. Os autores diagnosticaram 273 alterações e apenas 5 radiografias não apresentaram nenhumas anormalidades, dentre essas alterações a agenesia estava presente em 40 (25,7%) dentes, sendo 80% de agenesia dos terceiros molares e 7,5% de pré-molares inferiores.

GOMES et al. (2009) foi avaliada a documentação ortodôntica de 203 pacientes brasileiros com idade entre 8 e 22 anos, apresentando agenesia de pelo

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menos um segundo pré-molar. Foi feito o registrado de: idade do paciente, sexo, etnia, histórico de extrações de dentes permanentes e presença de agenesias de outros dentes permanentes associados. A maior parte da amostra era composta pelo gênero feminino (66%). A agenesia de segundo pré-molares mostrou-se mais prevalente no arco inferior(61,5%) do que no superior (16,7%), enquanto 21,6% mostraram a agenesia em ambos os arcos. Os valores percentuais obtidos para agenesia tanto unilateral quanto bilateral, foram semelhantes(50%) no arco dentário superior, enquanto que no arco dentário inferior, 60% da amostra apresentaram agenesia unilateral. A maioria dos pacientes (45,3%) apresentou agenesias de apenas 1 segundo pré-molar. Observou-se uma alta prevalência de agenesia de outros dentes permanentes associada à agenesia de segundos pré-molares, principalmente dos incisivos laterais superiores (16%) e dos terceiros molares (48%). A agenesia dos segundos pré-molares foi mais prevalente no sexo feminino, no arco inferior do lado esquerdo e mostrou-se frequentemente associada a outras agenesias de dentes permanentes.

BORBA. (2010) estudaram a prevalência das agenesias dentárias em pacientes com idade entre 7 e 16 anos, do Município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no período de 2005 a 007. Foram analisadas 1500 radiografias panorâmicas, 750 do gênero masculino e 750 do gênero feminino, por um único operador. Os dados das amostras foram analisados estatisticamente pelos testes qui-quadrado, t-Student. Análise de variância com nível de significância de 5%, sendo encontrada a presença de agenesia em 40,6% dos pacientes. Foi demonstrado não haver influência do gênero. O dente que apresentou maior frequência foi o terceiro molar, seguido pelo segundo pré-molar inferior, incisivo lateral superior e primeiro pré-molar superior. A localização mais frequente ocorreu na mandíbula, no quadrante inferior direito, não existindo diferença estatisticamente significante em relação aos demais quadrantes.

GOMES et al. (2010) o objetivo deste estudo retrospectivo determinar a prevalência de agenesias e anomalias dentárias associadas em pacientes submetidos a tratamento ortodôntico em Brasília no período de 1998 a 2000 com idades entre 10 e 15,7 anos, de dezesseis consultórios ortodônticos. Foram feitos registros de 1.049 pacientes ortodônticos (507 do gênero masculino 542 do gênero

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feminino), Um teste do qui-quadrado foi utilizado para determinar a diferença na prevalência de agenesias entre os gêneros. A prevalência de agenesia foi de 6,3% (39,4% do gênero masculino e 60,6% do gênero feminino), sem diferença estatisticamente significativa entre os gêneros. Um caso de oligodontia foi observado. O incisivo lateral superior foi o dente mais frequentemente ausente, seguido pelo segundo pré-molar inferior. Todos os casos de agenesia, exceto um, foram associados a pelo menos outra anomalia dentária. As anomalias foram: dentes decíduos retidos (30,3%), erupção ectópica do canino (25,8%), taurodontia (21,2%) e incisivos laterais superiores conóides (16,7%).

KIM, N. Y.; BAEK, S. H. (2011) determinou a prevalência da agenesia dos dentes permanentes em pacientes ortodônticos coreanos, verificando se a mesma estava associada ao tipo de clínica odontológica, sexo do paciente ou o tipo de má oclusão. Ao longo de um período de 5 anos foram avaliadas 3.055 pacientes com idades entre 9 e 30 anos (idade média 15,1 anos) pertencentes a dois consultórios ortodônticos separados geograficamente: 1479 de um Hospital Universitário e 1576 de uma clínica particular. A agenesia foi diagnosticada através de radiografias panorâmicas, exame clínico e modelos de gesso. Os resultados mostraram que a prevalência de agenesia, excluindo os terceiros molares, foi de 11,3% e não houve associação significativa com o tipo de clínica, sexo ou padrão de má oclusão. Os dentes mais frequentemente ausentes foram os segundos pré-molares inferiores (44,2%), seguido pelos incisivos laterais inferiores (36,6%) e segundos pré-molares superiores (34,0%), Em ambos os sexos, 86,0% dos pacientes com agenesia apresentaram ausência de um ou dois dentes.

CARVALHO, S.; MESQUITA, P AFONSO, A. (2011) determinaram a prevalência de anomalias de número na dentição de uma população portuguesa, através da análise de radiografias panorâmicas de pacientes que frequentaram a clínica da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, e posteriormente, compararam os resultados obtidos com os dados anteriormente publicados. Obteve-se uma prevalência de agenesias dentárias na dentição definitiva de 12,33% incluindo os terceiros molares e de 6,47% excluindo os terceiros molares. Com relação aos dentes supranumerários, a prevalência

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encontrada foi de 0,72% em ambas as dentições. Os autores ressaltam que, no que diz respeito à prevalência de agenesias, o valor obtido neste estudo é aproximadamente igual ao valor obtido em estudos anteriores. Verifica-se igualmente que excluindo os terceiros molares, os dentes que mais frequentemente se encontram ausentes são os incisivos laterais superiores e os segundos pré-molares inferiores, em concordância com os resultados obtidos anteriormente. Concluíram que o gênero feminino foi o mais afetado o que, mais uma vez está de acordo com os dados obtidos anteriormente.

Tabela 2: Estudo da prevalência da agenesia dentária

ANO AUTORES Nr. DE AMOSTRA IDADE ANOS PREVA LÊNCIA PREVALÊNCIA DENTE PREVALÊNCIA GÊNERO

1971 Boruchov 738 pacientes 5 - 18 5,7% 2PM; ICI; ILS Feminino

1999 Ciamponi 580 radiografias panorâmicas

5 - 15 9,31% ILS; 2PMI Feminino

2001 Yajaira 1254

radiografias panorâmicas

5 - 14 7,98% ILS; 2PM Feminino

2001 Backman 739 crianças 7 --- 2PMI Feminino

2004 Carvalho Rodini 942 radiografias panorâmicas 7 – 19 14,35 % 3M; 2PMS; ILS Não significante 2004 Silva, Luca e Lacerda 400 radiografias panorâmicas 9 - 18 29,5% 3MS; 3MI; 2PMI; 2PMS; ILS;PMS Feminino 2004 Silva 678 radiographias panorâmicas 6 - 16 2,5% ILS ; PMS Não Significante 2005 Kirzioglu 192 pacientes clínica pediátrica 1 - 18 --- 2PMS ; ILS Feminino 2005 Fekonja 212 pacientes ortodônticos 12 11,3% ILS ; PMI ; PMS ---

2006 Castro 224 pacientes 19 - 24 33% 3MI ; 3MS ;

1PMS ; 1PMI ;ILS

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2006 Grieco 1117 radiografias panorâmicas

--- 6,89% 2PMI; ILS Não

Significante

2006 Endo 3358 pacientes 5 - 15 8,5% 2PMI; 2PMI; ILI Não

Significante

2006 Farias 1000

radiografias panorâmicas

8 - 15 7,9% ILS; 2PMI;2PMS Feminino

2008 Matuda 300 radiografias panorâmicas A partir dos 7 anos 1,33% ILS ---

2008 Teixeira 66 pacientes Média

16,16 25,7% 3M; ILS --- 2010 Borba 1500 radiografias --- 40,6% 3M; 2PMI; ILS;1PMS Não Significante 2010 Gomes 1049 pacientes ortodônticos 10 – 15,7 6,3% ILS; 2PMI 2011 Kim 1479 pacientes ortodônticos

9 - 30 11,3% 2PMI; ILI; 2PMS Não

Significante

2011 Carvalho Faculdade de

Medicina Porto

6,47% ILS, 2PMI feminino

A tabela 2 mostra os estudos de prevalência de agenesia dentária presentes na revisão de literatura deste trabalho e sua relação com o grupo dentário e gênero. Verificamos que a prevalência de agenesia dentária variou de 0,29% a 11,3% com média de 6,2%, considerando os trabalhos que não incluíram os terceiros molares em sua pesquisa.

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PECK, S.; PECK, L.; KATAJA, M. (1996) realizaram um estudo no qual examinaram pacientes com anomalia de irrupção ectópica do canino por palatino, com os objetivos de determinar a frequência e o padrão de associação com a agenesia de outros dentes, além de verificar a ocorrência de microdontia do incisivo lateral superior. Foi utilizada uma amostra de 58 pacientes ortodônticos, não sindrômicos, leucodermas e todos com irrupção ectópica do canino superior para palatino, uni ou bilateralmente. Radiografias panorâmicas foram utilizadas para identificar agenesias de dentes permanentes, excluindo os terceiros molares. A média de idade dos pacientes era de 14,2 anos. Para a amostra com irrupção ectópica do canino para palatino foi observado um aumento na prevalência de agenesias de outros dentes, comparativamente a população em geral. Além disso, a prevalência da microdontia do incisivo lateral superior, também se mostrou aumentada. Os resultados apontaram novas evidências para um relacionamento biológico entre a irrupção ectópica do canino para palatino e a redução no número e no tamanho dos dentes. Estes resultados foram consistentes com a hipótese de que agenesias dentárias, redução do tamanho dos dentes e irrupção ectópica do canino para palatino são três covariáveis de um complexo genético que frequentemente ocorre em conjunto.

BACCETTI (1998) realizou um estudo com o intuito de revelar os padrões entre sete tipos de anomalias dentais ( agenesia do segundo pré-molar, microdontia dos incisivos laterais superiores, infraoclusão de molares decíduos, supranumerários, hipoplasia de esmalte, erupção ectópica de primeiros molares e irrupção ectópica dos caninos superiores para palatino). O estudo foi realizado em jovens com idade entre 7 a 14 anos não tratados ortodonticamente. O grupo controle constou de 1.000 pacientes selecionados aleatoriamente dos arquivos da Universidade de Florença. O grupo experimental foi dividido em sete subgrupos, com 100 pacientes em cada um, com as anomalias dentárias previamente relatadas. Os pacientes que pertenciam a um dos sete subgrupos não participaram, concomitantemente, de nenhum dos outros seis subgrupos. O objetivo da investigação foi buscar mais evidências para fundamentar a existência de uma associação recíproca, significante, entre os diferentes tipos de anomalias dentárias. Comparou-se a prevalência de anomalias dentárias nos subgrupos

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experimentais e controle. Uma associação recíproca, significante, foi encontrada entre cinco das anomalias ( agenesia do segundo pré-molar, microdontia dos incisivos laterais superiores, infra-oclusão de molares decíduos, hipoplasia de esmalte e irrupção ectópica dos caninos superiores para palatino), sugerindo uma genética comum para estas condições. Os dentes supranumerários pareceram ter uma etiologia separada de todas as outras anomalias dentárias examinadas. A existência de associações entre diferentes anomalias dentárias é clinicamente relevante, assim como o diagnóstico prematuro de uma anomalia, talvez indique um aumento de risco para outras anomalias.

SCARPIM et al. (2006) avaliaram a prevalência de anomalias dentárias em pacientes submetidos a tratamento ortodôntico na clínica de Ortodontia da PUCRS e em mais duas clínicas particulares da cidade de Curitiba. Foram analisadas 766 radiografias panorâmicas de indivíduos com idade entre 4 a 30 anos sendo, 466 do gênero feminino (60,8%) e 300 do gênero masculino (39,2%). Do total, 323 não encontraram anomalias dentárias representando (42,1%) enquanto que em 443 (57,8%), foram encontradas 1415 anomalias. Dentre as anomalias estudadas, dentes não irrompidos e agenesias tiveram maiores ocorrências com 18,7% e 3,32% respectivamente. Quanto ao local de ocorrência, o segundo quadrante e o canino inferior direito foram os mais comprometidos com 0,21% e 16,8% respectivamente. O estudo sugere que os locais de maiores ocorrências citados acima estejam relacionados às agenesias e a impactação de caninos e concluem que o conhecimento da prevalência de anomalias dentárias em radiografias panorâmicas é fundamental para o correto tratamento.

DAGAARD, S.; CHRISTENSEN, J.;KAJAER, I. (2010) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a maturidade dentária do canino inferior com agenesia do segundo pré-molar inferior em crianças de 8 a 14 anos, O estudo foi realizado no Departamento de Ortodontia na Universidade de Copenhagen na Dinamarca. Da amostra total de 2847 radiografias, 83 foram selecionadas com agenesias sendo que 27 meninas apresentavam agenesia do segundo pré-molar inferior e 17 de ambos os pré-molares inferiores e 31 meninos apresentavam agenesias de segundo pré-molar inferior e 8 de ambos os pré-molares inferiores, e em cada uma

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das 83 radiografias panorâmicas, foi avaliado também a maturidade dental de todos os pré-molares, caninos e segundo molares inferiores. Foi observado que apenas nas agenesias unilaterais de segundo pré-molar inferior, que há um atraso na erupção dos caninos nos dois gêneros(feminino e masculino), com um maior atraso nas meninas, porém não significativo(p=0,009%). Em relação ao atraso na erupção do segundo molar, não foi significativo em meninos (p=0,98%), mas sim nas meninas (p=0,04%). As diferenças no atraso para erupção do canino em relação ao segundo molar são significativas tanto para meninas quanto para meninos e concluem que os resultados demonstram um considerável atraso na maturação do dente canino predominantemente em meninas quando há agenesia de segundos pré-molares.

MARIANO et al. (2012) o objetivo deste estudo foi investigar a existência de uma associação de má oclusão de classe II divisão 2 com algumas anomalias do desenvolvimento dentário. Recorrendo aos registros ortodônticos iniciais, foram examinadas 137 más oclusões de classe II divisão 2. Para cada paciente, foi determinada a presença das seguintes anomalias do desenvolvimento dentário: inclusão dentária, agenesia dentária, microdontia do incisivo lateral superior, transposições dentárias e dentes supranumerários. Em 57,7% dos pacientes foi diagnosticada a presença de pelo menos uma das anomalias dentárias estudadas. Na amostra total foram determinadas prevalências de 20,4% de inclusão por palatino, 27,6% de agenesia do terceiro molar, 9,5% do incisivo lateral superior, 37,0% de agenesia dentária total e 13,9% de microdontia do incisivo lateral superior. Nenhum paciente exibia transposições ou dentes supranumerários. Da comparação dos resultados obtidos com estudos de prevalência na população geral das anomalias dentárias avaliadas é possível concluir que existe uma forte associação da inclusão canina maxilar por palatino, da agenesia dentária e da microdontia do incisivo lateral superior com a má oclusão de classe II divisão 2.

MARINELLI et al. (2012) investigou a recorrência na dentição permanente de anomalias dentárias da dentição decídua. Uma amostra de 189 indivíduos (100 do gênero masculino e 89 do gênero feminino) com anomalias de dentes decíduos (dentes com agenesia, dentes supranumerários, dentes geminados e dentes

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fundidos). Foi selecionado e re-analisados 14 pacientes com média de idade de 11 nos e 2 meses, com ausência congênita do incisivo lateral superior. Dos 14 pacientes, 12 apresentavam agenesia bilateral. O lateral decíduo foi extraído para estimular a erupção mesial do canino permanente adjacente ao central, evitando perda óssea na região de lateral, o que normalmente ocorre com a esfoliação dentária. Após a esfoliação do canino decíduo, o permanente foi movido distalmente para abrir espaço para instalação de um implante. A quantidade de osso definida pelo volume da crista óssea foi identificada no início do tratamento, quando a média dos pacientes era de 13,02 anos, no final 15,5 anos e no momento do implante 18,67 anos. Os resultados mostraram que houve aumento da perda óssea alveolar do início do tratamento (0,26mm2) para o final do tratamento (1,92 mm2) e do final até o período em que foi realizado o implante (3,77mm2) e foi observado um aumento de 9,4 graus na inclinação vestibular dos incisivos. Os autores concluíram que para prevenir atrofia óssea, o tratamento ortodôntico com abertura de espaço não deve ser iniciado antes dos 13 anos de idade, ou seja, antes do término do crescimento facial.

Tabela 3 – Associações da agenesia dentária com outras

anomalias

AUTORES ANO OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADOS

PECK 1999 Estudaram a fre-quência e o padrão de as-sociação de pa-cientes, com irru-pção ectópica de C por palatino e age-nesia e microdontia do ILS 58 pacientes orto-dônticos com irru-pção ectópica do C para palatino. São três cova-riáveis de um com-plexo genético que frequente-mente ocorre em conjunto. BACCETTI 1998 Realizou um estudo com o intuito de re-velar padrões entre sete

100 pacientes dos arquivos da

Universidade de

Uma associação recíproca signifi-cante foi encon-trada em cinco

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tipos de ano-malias (agenesia do 2PM, microdontia do ILS, infraoclusão de molares decíduos, supranumerários, hipoplasia de es-malte, erupção ectópica de 1M e irrupção ectópica de CS para palatino Florença. anomalias( agene-sia de 2PM, micro-dontia do ILS, in-fraoclusão de mo-lares decíduos hipoplasia de es-malte e irrupção ectópica dos CS para palatino), su-gerindo uma ge-nética comum para estas condições. O dente supranume-rário parece ter uma etiologia separada de todas as outras anoma-lias examinadas. SCARPIM et al. 2006 Avaliaram a prevalência de anomalias dentarias. 766 radiografias panorâmicas da clinica de ortodontia da PUCRS e mais duas clinicas par-ticulares da cidade de Curitiba. Foram encontradas 1415 anomalias. Dentes não irrompidos e agenesias tiveram as maiores ocorrências. DAUGAARD et al. 2010 Avaliaram a matu-ridade dentária do CI com agenesia do 2PMI. Foi obser-vada também a maturidade dental de todos os PM, C e 2MI. Departamento de ortodontia na Universidade Copenhagen-Dinamarca.Das 1847 radiografias 83 foram selecionadas. Demonstraram um considerável atra-so na maturação do dente C predo-minantemente em meninas quando a agenesia de

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2PM. MARIANO et al. 2012 Associação de maloclusão de classe II divisão 2 com algumas anomalias de desenvolvimento dentário 137 maloclusão de classe II divisão 2. Forte associação da inclusão canina maxilar por pala-tino, da agenesia dentária e da mi-crodontia do ILS com maloclusão de classe II com divisão 2. MARINELLI et al. 2012 Investigou a recor-rência na dentição permanente de ano-malias dentarias da dentição decídua. 189 indivíduos com anomalias de dentes decíduos (agenesia, supranumerários, geminados e fun-didos). Reanalisa-dos depois 14 pa-cientes com idade de 11 anos com agenesia de ILS. Houve um aumento da perda óssea alveolar e um aumento na inclinação vesti-bular dos incisivos. Para previnir a atrofia óssea o tratamento ortodôntico com abertura de espaço não deve ser ini-ciado antes do termino do crês-cimento facial (13 anos).

3 – PROPOSIÇÃO

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1 – Avaliar a prevalência de agenesias dentárias na dentição permanente em pacientes ortodônticos não-sindrômicos com idade de 7 a 50 anos, da SBOOM- Sociedade Brasileira de Ortodontia e Ortopedia dos Maxilares, na zona Leste, na cidade de São Paulo

2 – Avaliar a prevalência de agenesia dentária de acordo com os gêneros (feminino e masculino).

3 – Avaliar a prevalência de agenesia dentária de acordo com os grupos dentário.

4 - MATERIAL E MÉTODO

Estudo clínico transversal randomizado duplo-cego, realizado em pacientes que procuraram o serviço de ortodontia de uma escola de pós-graduação em

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ortodontia SBOOM (Sociedade Brasileira de Ortodontia e Ortopedia dos Maxilares) na cidade de São Paulo no período de 1996 a 2011.

4. 1 - Material

Para realização deste estudo, foram examinadas aleatoriamente documentação ortodôntica de 594 pacientes (p) que compreendiam fichas clínicas com os dados pessoais, anamnese, radiografias panorâmicas, telerradiografias norma lateral, modelos e fotos. Todas as radiografias que foram utilizadas foram obtidas anteriormente, com a finalidade de diagnóstico e planejamento ortodôntico destes pacientes.

Critérios de inclusão da amostra (n)

Pacientes com bom estado de saúde geral

Pacientes que tinham todos os dados pessoais coletados na ficha de anamnese e exame clínico.

Pacientes do gênero feminino, gênero masculino sem restrições de idade. Critérios de exclusão da amostra (n)

Pacientes que já haviam se submetido a tratamento ortodôntico. Pacientes com doenças sistêmicas.

Todos os casos de extração prévia ou perda do dente permanente por qualquer motivo.

Após os critérios de exclusão, dos 594 pacientes que constituíram a amostra (p) foram excluídos 69 pacientes. Temos então 524 pacientes amostra (n), sendo 314 do gênero feminino e 210 do gênero masculino com idades entre 7 a 50 anos.

Terceiros molares superiores e inferiores não foram considerados, devido à idade inicial dos indivíduos serem 7 anos seguindo os dados do trabalho de Grieco

et. al. (2007).

Para que pudéssemos identificar o paciente e analisar os dados obtidos neste trabalho de maneira padronizada, desenvolvemos uma planilha que continha todos os dados do paciente. Cada paciente recebeu um número, foi desenvolvido um banco de dados eletrônico com o programa Excel para catalogar os dados. Os resultados de caracterização da amostra, segundo o gênero e presença de agenesia dentária foram analisadas através de estatística descritiva, e a correlação

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entre gênero e presença de agenesia foram avaliados através do teste qui-quadrado.

4. 2- Método

Cada documentação ortodôntica foi analisada por um grupo de 6 pesquisadoras. Dados como nome, idade, gênero, presença ou não de agenesia e identificação do dente envolvido na agenesia foram coletados na tabela realizada no programa Microsoft Excel versão 1.8. Diagnóstico de agenesia dentária foi realizado através do exame da radiografia panorâmica, complementada pelos dados da anamnese e nos pacientes mais jovens, considerou-se agenesia quando não existia sinal de formação de cripta do elemento dental visível na radiografia panorâmica. Dos 524 pacientes que constituíram a amostra (n) 37(6,2%) apresentaram agenesia dentária de pelo menos 1 dente permanente, totalizando 50 agenesias. Foi então avaliada a prevalência de agenesia segundo o gênero ( feminino ou masculino) e segundo o grupo dentário. Foi utilizado o teste qui-quadrado para análise estatística dos dados. Os resultados foram considerados significativamente diferentes quando o valor foi p<0,05

5 - RESULTADOS

Os dados obtidos estão em forma de tabelas.

Tabela 4: Prevalência de agenesia dentária

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594 37 6,2

A prevalência de agenesia na amostra (n=594) foi de 6,2% ( 37 casos) do total do grupo (Tabela 4).

Tabela 5: Prevalência de agenesia dentária em cada faixa etária

IDADE PREVALÊNCIA (%) 11 16,2 12 10,8 13 10,8 17 8,1 18 8,1 7 5,4 9 5,4 10 5,4 19 5,4 21 5,4 14 2,7

15

2,7

29

2,7

35

2,7

50

2,7

Os pacientes que apresentavam agenesia estavam na faixa etária de 7 a 50 anos. A faixa etária que mais prevaleceu foi dos 9 aos 19 anos (Tabela 5).

(38)

De acordo com a gráfico 1:

93% da amostra não apresentavam agenesias.

4,4% ( 23 pacientes) apresentavam agenesia de 1 dente. 1,9% ( 10 pacientes) apresentavam agenesia de 2 dentes. 0,2% ( 1 paciente) apresentou agenesia de 3 dentes. 0,4% ( 2 pacientes) apresentavam agenesia de 4 dentes. 0,2% ( 1 paciente) apresentou agenesia de 14 dentes

Tabela 6: Prevalência de agenesia dentária segundo os

gêneros.

(39)

Gênero N Pacientes % (n) absoluto (n) relativo

F 314 60% 29 9,2%

M 210 40% 8 3,8%

Total 524 100% 37 6,2%

A tabela 6 mostra a prevalência de agenesia entre o gênero feminino e o gênero masculino, quando os resultados foram submetidos à análise estatística através do Teste Qui-Quadrado. Foi considerada diferença estatística significativa quando p< 0,05. Na amostragem aqui avaliada p= 0,018, indicando haver uma correlação entre o gênero feminino e o gênero masculino.

:

Tabela 7: Distribuição de dentes segundo os grupos dentários.

Grupos Dentários Maxila – Dentes Mandíbula - Dentes

Incisivo Central 11,21 31,41 Incisivo Lateral 12,22 32,42 Canino 13,23 33,43 1 Pré-molar 14,24 34,44 2 Pré-molar 15,25 35,45 1 Molar 16,26 36,46 2 molar 17,27 37,47

Para uma melhor compreensão, a tabela 7 mostra a distribuição dos dentes segundo os grupos dentários.

Tabela 8: Prevalência de agenesia dentária segundo os grupos

dentários.

(40)

Grupos Dentários Número de dentes com agenesia (n) absoluto

Número de dentes com agenesia (n) relativo CS /CI 0 0% 1MS 1 2,7% 2 MS 1 2,7% ICI 1 2,7% 1 PMI 1 2,7% 2MI 1 2,7% ICS 2 5,4% 1MI 2 5,4% 1PMS 3 8,1% ILI 8 21,6% 2PMI 8 21,6% 2PMS 10 27% ILS 12 32,4% TOTAL 50 100%

A tabela 8 apresenta a prevalência da agenesia dentária segundo os grupos dentários sendo possível observar que a agenesia foi mais prevalente no grupo dentário referente ao ILS seguido dos 2 PM. Os 37 indivíduos (6,2%) com agenesia totalizaram 50 dentes ausentes congenitamente.

A amostra não apresentou nenhuma agenesia nos seguintes grupos dentários: caninos superiores e caninos inferiores. O grupo dos primeiros pré-molares superiores e inferiores, incisivo central superior, incisivo central inferior, primeiros molares superiores e inferiores, segundos molares superiores e inferiores apresentaram baixa prevalência.

Houve na amostra a presença de um caso em que a paciente (gênero feminino, 21 anos) apresentou agenesia de 14 dentes.

Observando o comportamento dos diversos grupos e tendo como referência o número total de agenesias 50 dentes (100%), foi verificada maior prevalência de agenesia dentária no grupo dos incisivos laterais superiores 12 dentes (32,4%), seguido do grupo dos segundos pré-molares superiores 10 dentes (27%) e do

(41)

grupo dos incisivos laterais inferiores 8 dentes (21,6%) e do grupo dos segundos pré-molares superiores 8 dentes (21,6%).

6 – DISCUSSÃO

Esta pesquisa teve como objetivo mostrar a prevalência de agenesia dentária para cada dente e também procurou relacionar esta prevalência com os diferentes gêneros. Estudos populacionais mostram que a prevalência de agenesia

(42)

difere entre as dentições decídua e permanente, tipo de dente e grupos raciais variando de 0,03% a 10,1% em vários grupos populacionais MATTEUWS et.al. (2004), em dentição permanente. A prevalência de agenesia dentária excluindo os terceiros molares, na amostra estudada, foi de 6,2% estando de acordo com os valores encontrados na literatura, média de 7%. CARVALHO et al. (2011)(6,47%), GRIECO et al. (2006) (6,89%), FARIAS et al. (2006) (7,9%), YAJAIRA et al. (2001) (7,98%), GOMES et al (2010) (6,3%). Por outro lado a prevalência de agenesia na amostra estudada foi mais baixa que difere de outros autores que relataram uma agenesia dentária mais alta, CIAMPONI et. al.(1999) (9,31%), FEKONJA et al. (2005) (11,3%), KIM et al. (2011) (11,3%).

O dente que apresentou maior prevalência de agenesia dentária foi o ILS(32,4%) estando de acordo com os trabalhos de CIAMPONI et al. (1999), YAJAIRA et al. (2001), SILVA et al. (2004), FENKOJA (2005), FARIAS et al. (2006), MATUDA et al. (2008), GOMES et al. (2010); seguido pelo 2PMS (27%) estando de acordo, apenas com o trabalho de SILVA et al. (2004), o que difere do resultado de todos os outros autores da literatura citados neste trabalho que relatam uma prevalência de agenesianos 2PMI.

Na amostra de 524 pacientes, as agenesias foram mais frequentes, no gênero feminino (314 pacientes), quando comparadas ao gênero masculino (210 pacientes) representando 60% e40% respectivamente com idades entre 7 a 50 anos. Tivemos uma distribuição de gêneros satisfatória, possibilitando eficiência na comparação estatística deste aspecto. O número absoluto e o proporcional a amostra, apresentaram-se maiores para o gênero feminino, que foi coerente com a maioria dos trabalhos estudados, CIAMPONI et. al. (1999), BOROUCHV et al. (1971), YAJAIRA et al. (2001), BACKMAN et al. (2001), SILVA, LUCA E LACERDA (2004), KIRZIOGLU et al. (2005), CASTRO et al.(2006), FARIAS (2006) e discordante com o de SILVA et al. (2004) que reportaram uma prevalência maior em indivíduos do gênero masculino, mas não estatisticamente diferentes.

Das radiografias panorâmicas (n= 524) observadas à ocorrência de agenesias dentárias de número foi detectada em 6,2% (37 casos), ou seja, 92,8% da amostra não apresentaram agenesia dentária. A ausência de 1 dente foi verificada em 3,7% dos indivíduos, a ausência de 2 dentes em 1,9% dos indivíduos, a ausência de 3 dentes em 0,7% dos indivíduos, a ausência de 4

(43)

dentes em 0,8% dos indivíduos e a ausência de 9 dentes em 0,2% ( apenas uma paciente e não sindrômica).

Na avaliação da diferença de agenesias entre os grupos dentários, tivemos uma maior prevalência em ordem decrescente: incisivos laterais superiores, segundos pré-molares superiores e segundos pré-molares inferiores.

No entanto, há grande divergência científica a respeito de qual destes dentes teria maior prevalência de agenesias.

Um outro aspecto relevante é a possível relação entre as más oclusões e as anomalias dentárias congênitas, KIRZIOGLU et al. (2005), obsevaram que há uma tendência para os casos de classe III, estarem associados com anomalias congênitas, dentre elas a agenesia do incisivo lateral superior. O sexo feminino foi

mais prevalente por ser maior a amostra em quase todas as pesquisas

7 – CONCLUSÃO

Os resultados que obtivemos neste estudo nos permite concluir que: 1. A prevalência de agenesia dentária em dentes permanentes foi de 6,2%, com maior frequência a ausência de apenas de 1 dente (3,7%) em pacientes com idades entre 7 a 50 anos, da SBOOM (Sociedade Brasileira de Ortodontia e Ortopedia dos Maxilares), na cidade de São Paulo.

(44)

2. Houve influência do dimorfismo sexual na incidência da agenesia, sendo esta encontrada com maior frequência no gênero feminino do que no gênero masculino.

3. A agenesia dentária dos incisivos laterais superiores (32,4%) foi a mais frequente, seguida pelos segundos pré-molares superiores (27%).

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