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Código
Penal
(Não dispensa a consulta do Diário da República) Índice Notas ... 19 Código Penal ... 21 Decreto-Lei nº 48/95, de 15 de Março ... 21 I ... 25 Introdução ... 25 II ... 26 Parte geral ... 26 III ... 32 Parte especial ... 32 LIVRO I ... 35 Parte geral ... 35 TÍTULO I... 35 Da lei criminal ... 35 CAPÍTULO ÚNICO ... 35 Princípios gerais ... 35 Artigo 1º ... 35 Princípio da legalidade ... 35 Artigo 2º ... 36 Aplicação no tempo ... 36 Artigo 3º ... 36
Momento da prática do facto ... 36
Artigo 4º ... 36
Aplicação no espaço: princípio geral ... 36
Artigo 5º ... 36
Factos praticados fora do território português ... 36
Artigo 6º ... 38
Restrições à aplicação da lei portuguesa ... 38
Artigo 7º ... 39
Lugar da prática do facto ... 39
Artigo 8º ... 39
Aplicação subsidiária do Código Penal ... 39
Artigo 9º ... 39
Disposições especiais para jovens ... 39
TÍTULO II ... 39
Do facto ... 39
CAPÍTULO I ... 39
Pressupostos da punição ... 39
Artigo 10º ... 39
Comissão por acção e por omissão ... 39
Artigo 11º ... 39
Responsabilidade das pessoas singulares e colectivas ... 39
Artigo 12º ... 42
Actuação em nome de outrem... 42
Artigo 13º ... 42 Dolo e negligência ... 42 Artigo 14º ... 42 Dolo ... 42 Artigo 15º ... 42 Negligência ... 42 Artigo 16º ... 42
Erro sobre as circunstâncias do facto ... 42
Artigo 17º ... 43
Erro sobre a ilicitude ... 43
Artigo 18º ... 43
Agravação da pena pelo resultado ... 43
Artigo 19º ... 43
Artigo 20º ... 43
Inimputabilidade em razão de anomalia psíquica ... 43
CAPÍTULO II ... 43 Formas do crime ... 43 Artigo 21º ... 43 Actos preparatórios ... 43 Artigo 22º ... 43 Tentativa ... 43 Artigo 23º ... 43 Punibilidade da tentativa ... 43 Artigo 24º ... 44 Desistência ... 44 Artigo 25º ... 44
Desistência em caso de comparticipação ... 44
Artigo 26º ... 44 Autoria ... 44 Artigo 27º ... 44 Cumplicidade ... 44 Artigo 28º ... 44 Ilicitude na comparticipação ... 44 Artigo 29º ... 44 Culpa na comparticipação ... 44 Artigo 30º ... 44
Concurso de crimes e crime continuado ... 44
CAPÍTULO III ... 45
Causas que excluem a ilicitude e a culpa ... 45
Artigo 31º ... 45
Exclusão da ilicitude ... 45
Artigo 32º ... 45
Legítima defesa ... 45
Artigo 33º ... 45
Excesso de legítima defesa ... 45
Artigo 34º ... 45
Direito de necessidade ... 45
Artigo 35º ... 46
Estado de necessidade desculpante ... 46
Artigo 36º ... 46
Conflito de deveres ... 46
Artigo 37º ... 46
Obediência indevida desculpante ... 46
Artigo 38º ... 46
Consentimento ... 46
Artigo 39º ... 47
Consentimento presumido ... 47
TÍTULO III ... 47
Das consequências jurídicas do facto... 47
CAPÍTULO I ... 47
Disposição preliminar ... 47
Artigo 40º ... 47
Finalidades das penas e das medidas de segurança ... 47
CAPÍTULO II ... 47
Penas ... 47
SECÇÃO I ... 47
Penas de prisão, de multa e de proibição do exercício de profissão, função ou atividade ... 47
Artigo 41º ... 47
Duração e contagem dos prazos da pena de prisão ... 47
Artigo 42º ... 47
Execução da pena de prisão ... 47
Artigo 43.º ... 48
Artigo 44.º ... 49
Modificação das condições e revogação do regime de permanência na habitação ... 49
Artigo 45.º ... 50
Substituição da prisão por multa ... 50
Artigo 46.º ... 51
Proibição do exercício de profissão, função ou atividade ... 51
Artigo 47º ... 52
Pena de multa ... 52
Artigo 48º ... 52
Substituição da multa por trabalho ... 52
Artigo 49º ... 52
Conversão da multa não paga em prisão subsidiária ... 52
SECÇÃO II ... 53
Suspensão da execução da pena de prisão ... 53
Artigo 50º ... 53 Pressupostos e duração ... 53 Artigo 51º ... 54 Deveres ... 54 Artigo 52º ... 54 Regras de conduta ... 54 Artigo 53º ... 55
Suspensão com regime de prova ... 55
Artigo 54.º ... 56
Plano de reinserção social ... 56
Artigo 55º ... 57
Falta de cumprimento das condições da suspensão ... 57
Artigo 56º ... 57
Revogação da suspensão ... 57
Artigo 57º ... 58
Extinção da pena ... 58
SECÇÃO III... 58
Prestação de trabalho a favor da comunidade e admoestação ... 58
Artigo 59º ... 59
Suspensão provisória, revogação, extinção e substituição ... 59
Artigo 60º ... 61 Admoestação... 61 SECÇÃO IV ... 61 Liberdade condicional ... 61 Artigo 61º ... 61 Pressupostos e duração ... 61 Artigo 62º ... 62
Adaptação à liberdade condicional ... 62
Artigo 63º ... 62
Liberdade condicional em caso de execução sucessiva de várias penas ... 62
Artigo 64º ... 63
Regime da liberdade condicional ... 63
CAPÍTULO III ... 63
Penas acessórias e efeitos das penas ... 63
Artigo 65º ... 63
Princípios gerais ... 63
Artigo 66º ... 63
Proibição do exercício de função ... 63
Artigo 67º ... 64
Suspensão do exercício de função ... 64
Artigo 68º ... 64
Efeitos da proibição e da suspensão do exercício de função ... 64
Artigo 69º ... 64
Proibição de conduzir veículos com motor ... 64
Artigo 69.º-A ... 65
Artigo 69.º-B ... 65
Proibição do exercício de funções por crimes contra a autodeterminação sexual e a liberdade sexual ... 65
Artigo 69.º-C ... 66
Proibição de confiança de menores e inibição de responsabilidades parentais ... 66
CAPÍTULO IV ... 66
Escolha e medida da pena ... 66
SECÇÃO I ... 66
Regras gerais ... 66
Artigo 70º ... 66
Critério de escolha da pena ... 66
Artigo 71º ... 66
Determinação da medida da pena ... 66
Artigo 72º ... 66
Atenuação especial da pena ... 66
Artigo 73º ... 67
Termos da atenuação especial ... 67
Artigo 74º ... 67 Dispensa de pena ... 67 SECÇÃO II ... 68 Reincidência ... 68 Artigo 75º ... 68 Pressupostos ... 68 Artigo 76º ... 68 Efeitos ... 68 SECÇÃO III... 68
Punição do concurso de crimes e do crime continuado ... 68
Artigo 77º ... 68
Regras da punição do concurso... 68
Artigo 78º ... 68
Conhecimento superveniente do concurso ... 68
Artigo 79º ... 69
Punição do crime continuado ... 69
SECÇÃO IV ... 69 Desconto ... 69 Artigo 80º ... 69 Medidas processuais ... 69 Artigo 81º ... 70 Pena anterior ... 70 Artigo 82º ... 70
Medida processual ou pena sofridas no estrangeiro ... 70
CAPÍTULO V ... 70
Pena relativamente indeterminada ... 70
SECÇÃO I ... 70
Delinquentes por tendência ... 70
Artigo 83º ... 70
Pressupostos e efeitos ... 70
Artigo 84º ... 70
Outros casos de aplicação da pena ... 70
Artigo 85º ... 70 Restrições ... 70 SECÇÃO II ... 71 Alcoólicos e equiparados ... 71 Artigo 86º ... 71 Pressupostos e efeitos ... 71 Artigo 87º ... 71
Sentido da execução da pena ... 71
Artigo 88º ... 71
Abuso de estupefacientes ... 71
SECÇÃO III... 71
Artigo 89º ... 71
Plano de readaptação ... 71
Artigo 90º ... 71
Liberdade condicional e liberdade para prova ... 71
Capítulo VI ... 72
Pessoas Colectivas ... 72
Artigo 90.º-A ... 72
Penas aplicáveis às pessoas colectivas ... 72
Artigo 90.º-B ... 72
Pena de multa ... 72
Artigo 90.º-C ... 73
Admoestação... 73
Artigo 90.º-D ... 73
Caução de boa conduta ... 73
Artigo 90.º-E ... 73 Vigilância judiciária ... 73 Artigo 90.º-F ... 73 Pena de dissolução ... 73 Artigo 90.º-G ... 73 Injunção judiciária ... 73 Artigo 90.º-H ... 74
Proibição de celebrar contratos ... 74
Artigo 90.º-I ... 74
Privação do direito a subsídios, subvenções ou incentivos ... 74
Artigo 90.º-J ... 74
Interdição do exercício de actividade... 74
Artigo 90.º-L ... 74
Encerramento de estabelecimento ... 74
Artigo 90.º-M ... 75
Publicidade da decisão condenatória ... 75
CAPÍTULO VII ... 75
Medidas de segurança ... 75
SECÇÃO I ... 75
Internamento de inimputáveis ... 75
Artigo 91º ... 75
Pressupostos e duração mínima ... 75
Artigo 92º ... 75
Cessação e prorrogação do internamento ... 75
Artigo 93º ... 75
Revisão da situação do internado ... 75
Artigo 94º ... 76
Liberdade para prova ... 76
Artigo 95º ... 76
Revogação da liberdade para prova ... 76
Artigo 96º ... 76
Reexame da medida de internamento ... 76
Artigo 97º ... 76
Inimputáveis estrangeiros ... 76
SECÇÃO II ... 76
Suspensão da execução do internamento ... 76
Artigo 98º ... 76
Pressupostos e regime ... 76
SECÇÃO III... 77
Execução da pena e da medida de segurança privativas da liberdade ... 77
Artigo 99º ... 77
Regime ... 77
SECÇÃO IV ... 77
Medidas de segurança não privativas da liberdade ... 77
Artigo 100º ... 77
Artigo 101º ... 77
Cassação do título e interdição da concessão do título de condução de veículo com motor ... 77
Artigo 102º ... 78
Aplicação de regras de conduta ... 78
Artigo 103º ... 78
Extinção das medidas... 78
CAPÍTULO VIII ... 78
Internamento de imputáveis portadores de anomalia psíquica ... 78
Artigo 104º ... 79
Anomalia psíquica anterior ... 79
Artigo 105º ... 79
Anomalia psíquica posterior ... 79
Artigo 106º ... 79
Anomalia psíquica posterior sem perigosidade... 79
Artigo 107º ... 79
Revisão da situação ... 79
Artigo 108º ... 79
Simulação de anomalia psíquica ... 79
CAPÍTULO IX ... 79
Perda de instrumentos, produtos e vantagens ... 79
Artigo 109º ... 80
Perda de instrumentos ... 80
Artigo 110º ... 80
Perda de produtos e vantagens ... 80
Artigo 111º ... 81
Instrumentos, produtos ou vantagens pertencentes a terceiro ... 81
Artigo 112º ... 82
Pagamento diferido ou a prestações e atenuação ... 82
Artigo 112.º-A ... 82
Pagamento de valor declarado perdido a favor do Estado ... 82
TÍTULO IV ... 82
Queixa e acusação particular ... 82
Artigo 113º ... 82
Titulares do direito de queixa ... 82
Artigo 114º ... 83
Extensão dos efeitos da queixa ... 83
Artigo 115º ... 83
Extinção do direito de queixa ... 83
Artigo 116º ... 84
Renúncia e desistência da queixa ... 84
Artigo 117º ... 84
Acusação particular... 84
TÍTULO V ... 85
Extinção da responsabilidade criminal ... 85
CAPÍTULO I ... 85
Prescrição do procedimento criminal ... 85
Artigo 118º ... 85 Prazos de prescrição... 85 Artigo 119º ... 87 Início do prazo ... 87 Artigo 120º ... 87 Suspensão da prescrição ... 87 Artigo 121º ... 88 Interrupção da prescrição ... 88 CAPÍTULO II ... 89
Prescrição das penas e das medidas de segurança ... 89
Artigo 122º ... 89
Prazos de prescrição das penas ... 89
Artigo 123º ... 89
Artigo 124º ... 89
Prazos de prescrição das medidas de segurança ... 89
Artigo 125º ... 89
Suspensão da prescrição ... 89
Artigo 126º ... 90
Interrupção da prescrição ... 90
CAPÍTULO III ... 90
Outras causas de extinção ... 90
Artigo 127º ... 90
Morte, amnistia, perdão genérico, indulto e extinção ... 90
Artigo 128º ... 90
Efeitos ... 90
TÍTULO VI ... 91
Indemnização de perdas e danos por crime ... 91
Artigo 129º ... 91
Responsabilidade civil emergente de crime ... 91
Artigo 130º ... 91
Indemnização do lesado ... 91
LIVRO II ... 92
Parte especial ... 92
TÍTULO I... 92
Dos crimes contra as pessoas ... 92
CAPÍTULO I ... 92
Dos crimes contra a vida ... 92
Artigo 131º ... 92 Homicídio ... 92 Artigo 132º ... 92 Homicídio qualificado ... 92 Artigo 133º ... 94 Homicídio privilegiado ... 94 Artigo 134º ... 94
Homicídio a pedido da vítima ... 94
Artigo 135º ... 94
Incitamento ou ajuda ao suicídio ... 94
Artigo 136º ... 95
Infanticídio ... 95
Artigo 137º ... 95
Homicídio por negligência ... 95
Artigo 138º ... 95
Exposição ou abandono ... 95
Artigo 139º ... 95
Propaganda do suicídio ... 95
CAPÍTULO II ... 95
Dos crimes contra a vida intra-uterina ... 95
Artigo 140º ... 95
Aborto ... 95
Artigo 141º ... 95
Aborto agravado ... 95
Artigo 142º ... 96
Interrupção da gravidez não punível ... 96
CAPÍTULO III ... 97
Dos crimes contra a integridade física ... 97
Artigo 143º ... 97
Ofensa à integridade física simples ... 97
Artigo 144º ... 97
Ofensa à integridade física grave ... 97
Artigo 144.º-A ... 98
Mutilação genital feminina ... 98
Artigo 145º ... 98
Artigo 146º ... 98
Ofensa à integridade física privilegiada ... 98
Artigo 147º ... 99
Agravação pelo resultado ... 99
Artigo 148º ... 99
Ofensa à integridade física por negligência ... 99
Artigo 149º ... 99
Consentimento ... 99
Artigo 150º ... 100
Intervenções e tratamentos médico-cirúrgicos ... 100
Artigo 151º ... 100 Participação em rixa... 100 Artigo 152º ... 100 Violência doméstica ... 100 Artigo 152.º-A ... 101 Maus tratos... 101 Artigo 152.º-B ... 102
Violação de regras de segurança ... 102
CAPÍTULO IV ... 102
Dos crimes contra a liberdade pessoal ... 102
Artigo 153º ... 102 Ameaça ... 102 Artigo 154º ... 103 Coacção ... 103 Artigo 154.º-A ... 103 Perseguição ... 103 Artigo 154.º-B ... 103 Casamento forçado ... 103 Artigo 154.º-C ... 104 Atos preparatórios ... 104 Artigo 155º ... 104 Agravação ... 104 Artigo 156º ... 105
Intervenções e tratamentos médico-cirúrgicos arbitrários ... 105
Artigo 157º ... 105 Dever de esclarecimento ... 105 Artigo 158º ... 105 Sequestro ... 105 Artigo 159º ... 106 Escravidão... 106 Artigo 160.º ... 106 Tráfico de pessoas ... 106 Artigo 161º ... 108 Rapto ... 108 Artigo 162º ... 108 Tomada de reféns ... 108 CAPÍTULO V ... 109
Dos crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual ... 109
SECÇÃO I ... 109
Crimes contra a liberdade sexual ... 109
Artigo 163º ... 109
Coacção sexual ... 109
Artigo 164º ... 109
Violação ... 109
Artigo 165º ... 110
Abuso sexual de pessoa incapaz de resistência ... 110
Artigo 166º ... 110
Abuso sexual de pessoa internada ... 110
Artigo 167º ... 111
Artigo 168º ... 111
Procriação artificial não consentida ... 111
Artigo 169º ... 111
Lenocínio ... 111
Artigo 170.º ... 112
Importunação sexual ... 112
SECÇÃO II ... 112
Crimes contra a autodeterminação sexual ... 112
Artigo 171.º ... 112
Abuso sexual de crianças ... 112
Artigo 172.º ... 113
Abuso sexual de menores dependentes ... 113
Artigo 173.º ... 114
Actos sexuais com adolescentes ... 114
Artigo 174.º ... 114
Recurso à prostituição de menores ... 114
Artigo 175.º ... 115
Lenocínio de menores ... 115
Artigo 176.º ... 116
Pornografia de menores ... 116
Artigo 176.º-A ... 117
Aliciamento de menores para fins sexuais ... 117
SECÇÃO III... 117 Disposições comuns ... 117 Artigo 177º ... 117 Agravação ... 117 Artigo 178º ... 119 Queixa ... 119 Artigo 179º ... 120
Inibição do poder paternal e proibição do exercício de funções ... 120
CAPÍTULO VI ... 120
Dos crimes contra a honra ... 120
Artigo 180º ... 120 Difamação ... 120 Artigo 181º ... 121 Injúria ... 121 Artigo 182º ... 121 Equiparação ... 121 Artigo 183º ... 121 Publicidade e calúnia ... 121 Artigo 184º ... 121 Agravação ... 121 Artigo 185º ... 121
Ofensa à memória de pessoa falecida ... 121
Artigo 186º ... 122
Dispensa de pena ... 122
Artigo 187º ... 122
Ofensa a organismo, serviço ou pessoa colectiva ... 122
Artigo 188º ... 122
Procedimento criminal ... 122
Artigo 189º ... 122
Conhecimento público da sentença condenatória ... 122
CAPÍTULO VII ... 123
Dos crimes contra a reserva da vida privada ... 123
Artigo 190º ... 123
Violação de domicílio ou perturbação da vida privada ... 123
Artigo 191º ... 123
Introdução em lugar vedado ao público ... 123
Artigo 192º ... 123
Artigo 193º ... 124
Devassa por meio de informática ... 124
Artigo 194º ... 124
Violação de correspondência ou de telecomunicações ... 124
Artigo 195º ... 124
Violação de segredo ... 124
Artigo 196º ... 124
Aproveitamento indevido de segredo ... 124
Artigo 197º ... 124
Agravação ... 124
Artigo 198º ... 124
Queixa ... 124
CAPÍTULO VIII ... 125
Dos crimes contra outros bens jurídicos pessoais ... 125
Artigo 199º ... 125
Gravações e fotografias ilícitas ... 125
Artigo 200º ... 125
Omissão de auxílio... 125
Artigo 201º ... 125
Subtracção às garantias do Estado de direito Português ... 125
TÍTULO II ... 125
Dos crimes contra o património ... 125
CAPÍTULO I ... 125
Disposição preliminar ... 125
Artigo 202º ... 125
Definições legais ... 125
CAPÍTULO II ... 126
Dos crimes contra a propriedade ... 126
Artigo 203º ... 126 Furto... 126 Artigo 204º ... 126 Furto qualificado ... 126 Artigo 205º ... 129 Abuso de confiança ... 129 Artigo 206º ... 130 Restituição ou reparação ... 130 Artigo 207º ... 130 Acusação particular... 130 Artigo 208º ... 131
Furto de uso de veículo ... 131
Artigo 209.º ... 131
Apropriação ilegítima em caso de acessão ou de coisa ou animal achados ... 131
Artigo 210º ... 132
Roubo ... 132
Artigo 211º ... 132
Violência depois da subtracção ... 132
Artigo 212º ... 132
Dano... 132
Artigo 213º ... 133
Dano qualificado ... 133
Artigo 214º ... 135
Dano com violência ... 135
Artigo 215º ... 135
Usurpação de coisa imóvel ... 135
Artigo 216º ... 135
Alteração de marcos... 135
CAPÍTULO III ... 135
Dos crimes contra o património em geral ... 135
Artigo 217º ... 135
Artigo 218º ... 136
Burla qualificada ... 136
Artigo 219º ... 136
Burla relativa a seguros ... 136
Artigo 220º ... 137
Burla para obtenção de alimentos, bebidas ou serviços ... 137
Artigo 221º ... 137
Burla informática e nas comunicações... 137
Artigo 222º ... 137
Burla relativa a trabalho ou emprego ... 137
Artigo 223º ... 138
Extorsão ... 138
Artigo 224º ... 138
Infidelidade ... 138
Artigo 225º ... 139
Abuso de cartão de garantia ou de crédito ... 139
Artigo 226º ... 139
Usura ... 139
CAPÍTULO IV ... 139
Dos crimes contra direitos patrimoniais... 139
Artigo 227º ... 139 Insolvência dolosa ... 139 Artigo 227º-A ... 141 Frustração de créditos ... 141 Artigo 228º ... 141 Insolvência negligente ... 141 Artigo 229º ... 142 Favorecimento de credores ... 142 Artigo 229º-A ... 142 Agravação ... 142 Artigo 230º ... 142 Perturbação de arrematações... 142 Artigo 231º ... 142 Receptação ... 142 Artigo 232º ... 143 Auxílio material ... 143 Artigo 233º ... 144
Âmbito do objecto da receptação ... 144
CAPÍTULO V ... 144
Dos crimes contra o sector público ou cooperativo agravados pela qualidade do agente ... 144
Artigo 234º ... 144
Apropriação ilegítima ... 144
Artigo 235º ... 144
Administração danosa ... 144
TÍTULO III ... 144
Dos crimes contra a paz, identidade cultural e integridade pessoal ... 144
CAPÍTULO I ... 144
Dos crimes contra a paz ... 144
Artigo 236º ... 144
Incitamento à guerra ... 144
Artigo 237º ... 145
Aliciamento de forças armadas ... 145
Artigo 238º ... 145
Recrutamento de mercenários ... 145
CAPÍTULO II ... 145
Dos crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal ... 145
Artigo 239º ... 145
Genocídio ... 145
Título III ... 146
Artigo 240º ... 146
Discriminação e incitamento ao ódio e à violência ... 146
Artigo 241º ... 148
Crimes de guerra contra civis ... 148
Artigo 242º ... 148
Destruição de monumentos ... 148
Artigo 243º ... 148
Tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos ... 148
Artigo 244º ... 149
Tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos graves ... 149
Artigo 245º ... 149 Omissão de denúncia ... 149 CAPÍTULO III ... 149 Disposição comum ... 149 Artigo 246º ... 149 Incapacidades ... 149 TÍTULO IV ... 150
Dos crimes contra a vida em sociedade ... 150
CAPÍTULO I ... 150
Dos crimes contra a família, os sentimentos religiosos e o respeito devido aos mortos ... 150
SECÇÃO I ... 150
Dos crimes contra a família ... 150
Artigo 247º ... 150
Bigamia ... 150
Artigo 248º ... 150
Falsificação de estado civil ... 150
Artigo 249º ... 150
Subtracção de menor ... 150
Artigo 250º ... 151
Violação da obrigação de alimentos ... 151
SECÇÃO II ... 152
Dos crimes contra sentimentos religiosos ... 152
Artigo 251º ... 152
Ultraje por motivo de crença religiosa ... 152
Artigo 252º ... 152
Impedimento, perturbação ou ultraje a acto de culto ... 152
SECÇÃO III... 152
Dos crimes contra o respeito devido aos mortos ... 152
Artigo 253º ... 152
Impedimento ou perturbação de cerimónia fúnebre ... 152
Artigo 254º ... 152
Profanação de cadáver ou de lugar fúnebre ... 152
CAPÍTULO II ... 152
Dos crimes de falsificação ... 152
SECÇÃO I ... 152 Disposição preliminar ... 152 Artigo 255º ... 152 Definições legais ... 152 SECÇÃO II ... 154 Falsificação de documentos ... 154 Artigo 256º ... 154
Falsificação ou contrafacção de documentos ... 154
Artigo 257º ... 155
Falsificação praticada por funcionário ... 155
Artigo 258º ... 155
Falsificação de notação técnica ... 155
Artigo 259º ... 155
Danificação ou subtracção de documento e notação técnica ... 155
Artigo 260º ... 155
Artigo 261º ... 156
Uso de documento de identificação ou de viagem alheio ... 156
SECÇÃO III... 156
Falsificação de moeda, título de crédito e valor selado ... 156
Artigo 262º ... 156
Contrafacção de moeda ... 156
Artigo 263º ... 156
Depreciação do valor de moeda metálica ... 156
Artigo 264º ... 157
Passagem de moeda falsa de concerto com o falsificador ... 157
Artigo 265º ... 157
Passagem de moeda falsa ... 157
Artigo 266º ... 157
Aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação ... 157
Artigo 267º ... 158
Títulos equiparados a moeda ... 158
Artigo 268º ... 158
Contrafacção de valores selados ... 158
SECÇÃO IV ... 159
Falsificação de cunhos, pesos e objectos análogos ... 159
Artigo 269º ... 159
Contrafacção de selos, cunhos, marcas ou chancelas ... 159
Artigo 270º ... 159
Pesos e medidas falsos ... 159
SECÇÃO V ... 159
Disposição comum ... 159
Artigo 271º ... 159
Actos preparatórios ... 159
CAPÍTULO III ... 160
Dos crimes de perigo comum ... 160
Artigo 272º ... 160
Incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas ... 160
Artigo 273º ... 161 Energia nuclear ... 161 Artigo 274º ... 161 Incêndio florestal ... 161 Artigo 274.º-A ... 163 Regime sancionatório ... 163 Artigo 275.º ... 163 Actos preparatórios ... 163 Artigo 276º ... 164
Instrumentos de escuta telefónica ... 164
Artigo 277º ... 164
Infracção de regras de construção, dano em instalações e perturbação de serviços ... 164
Artigo 278º ... 165
Danos contra a natureza ... 165
Artigo 278.º-A ... 166
Violação de regras urbanísticas ... 166
Artigo 278.º-B ... 166
Dispensa ou atenuação da pena ... 166
Artigo 279º ... 167
Poluição ... 167
Artigo 279.º-A ... 169
Actividades perigosas para o ambiente ... 169
Artigo 280º ... 169
Poluição com perigo comum ... 169
Artigo 281º ... 170
Perigo relativo a animais ou vegetais ... 170
Artigo 282º ... 170
Artigo 283º ... 170
Propagação de doença, alteração de análise ou de receituário ... 170
Artigo 284º ... 171
Recusa de médico ... 171
Artigo 285º ... 171
Agravação pelo resultado ... 171
Artigo 286º ... 171
Atenuação especial e dispensa de pena ... 171
CAPÍTULO IV ... 171
Dos crimes contra a segurança das comunicações ... 171
Artigo 287º ... 171
Captura ou desvio de aeronave, navio, comboio ou veículo de transporte colectivo de passageiros ... 171
Artigo 288º ... 172
Atentado à segurança de transporte por ar, água ou caminho de ferro ... 172
Artigo 289º ... 172
Condução perigosa de meio de transporte por ar, água ou caminho de ferro ... 172
Artigo 290º ... 173
Atentado à segurança de transporte rodoviário ... 173
Artigo 291º ... 173
Condução perigosa de veículo rodoviário ... 173
Artigo 292º * ... 174
Condução de veículo em estado de embriaguez ou sob a influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas ... 174
Artigo 293º ... 174
Lançamento de projéctil contra veículo ... 174
Artigo 294º ... 175
Agravação, atenuação especial e dispensa de pena ... 175
CAPÍTULO V ... 175
Dos crimes contra a ordem e a tranquilidade públicas ... 175
SECÇÃO I ... 175
Dos crimes de anti-socialidade perigosa ... 175
Artigo 295º ... 175
Embriaguez e intoxicação ... 175
Artigo 296º ... 175
Utilização de menor na mendicidade ... 175
SECÇÃO II ... 175
Dos crimes contra a paz pública ... 175
Artigo 297º ... 175
Instigação pública a um crime ... 175
Artigo 298º ... 175
Apologia pública de um crime ... 175
Artigo 299º ... 176 Associação criminosa ... 176 Artigo 300º ... 176 Organizações terroristas ... 176 Artigo 301º ... 177 Terrorismo ... 177 Artigo 302º ... 177 Participação em motim ... 177 Artigo 303º ... 177
Participação em motim armado ... 177
Artigo 304º ... 178
Desobediência a ordem de dispersão de reunião pública ... 178
Artigo 305º ... 178
Ameaça com prática de crime ... 178
Artigo 306º ... 178
Abuso e simulação de sinais de perigo ... 178
SECÇÃO III... 178
Dos crimes contra sinais de identificação ... 178
Abuso de designação, sinal ou uniforme ... 178
TÍTULO V ... 178
Dos crimes contra o Estado... 178
CAPÍTULO I ... 178
Dos crimes contra a segurança do Estado ... 178
SECÇÃO I ... 178
Dos crimes contra a soberania nacional ... 178
SUBSECÇÃO I ... 178
Dos crimes contra a independência e a integridade nacionais ... 178
Artigo 308º ... 178
Traição a pátria ... 178
Artigo 309º ... 179
Serviço militar em forças armadas inimigas ... 179
Artigo 310º ... 179
Inteligências com o estrangeiro para provocar guerra ... 179
Artigo 311º ... 179
Prática de actos adequados a provocar guerra... 179
Artigo 312º ... 180
Inteligências com o estrangeiro para constranger o Estado Português ... 180
Artigo 313º ... 180
Ajuda a forças armadas inimigas ... 180
Artigo 314º ... 180
Campanha contra esforço de guerra ... 180
Artigo 315º ... 181
Sabotagem contra a defesa nacional ... 181
Artigo 316º ... 181
Violação do segredo de Estado ... 181
Artigo 317º ... 182
Espionagem... 182
Artigo 318º ... 183
Meios de prova de interesse nacional ... 183
Artigo 319º ... 183
Infedilidade diplomática ... 183
Artigo 320º ... 183
Usurpação de autoridade pública portuguesa ... 183
Artigo 321º ... 183
Entrega ilícita de pessoa a entidade estrangeira ... 183
SUBSECÇÃO II ... 183
Dos crimes contra Estados estrangeiros e organizações internacionais ... 183
Artigo 322º ... 183
Crimes contra pessoa que goze de protecção internacional ... 183
Artigo 323º ... 184
Ultraje de símbolos estrangeiros ... 184
Artigo 324º ... 184
Condições de punibilidade e de procedibilidade ... 184
SECÇÃO II ... 184
Dos crimes contra a realização do Estado de direito ... 184
Artigo 325º ... 184
Alteração violenta do Estado de direito ... 184
Artigo 326º ... 184
Incitamento à guerra civil ou à alteração violenta do Estado de direito ... 184
Artigo 327º ... 185
Atentado contra o Presidente da República ... 185
Artigo 328º ... 185
Ofensa à honra do Presidente da República ... 185
Artigo 329º ... 185
Sabotagem... 185
Artigo 330º ... 185
Incitamento à desobediência colectiva ... 185
Ligações com o estrangeiro ... 186
Artigo 332º ... 186
Ultraje de símbolos nacionais e regionais ... 186
Artigo 333º ... 186
Coacção contra órgãos constitucionais ... 186
Artigo 334º ... 186
Perturbação do funcionamento de órgão constitucional ... 186
Artigo 335º ... 186
Tráfico de influência ... 186
SECÇÃO III... 187
Dos crimes eleitorais ... 187
Artigo 336º ... 187
Falsificação do recenseamento eleitoral ... 187
Artigo 337º ... 187
Obstrução à inscrição de eleitor ... 187
Artigo 338º ... 188
Perturbação de assembleia eleitoral ... 188
Artigo 339º ... 188
Fraude em eleição ... 188
Artigo 340º ... 188
Coacção de eleitor ... 188
Artigo 341º ... 188
Fraude e corrupção de eleitor ... 188
Artigo 342º ... 189
Violação do segredo de escrutínio ... 189
Artigo 343º ... 189 Agravação ... 189 SECÇÃO IV ... 189 Disposições comuns ... 189 Artigo 344º ... 189 Actos preparatórios ... 189 Artigo 345º ... 189 Atenuação especial ... 189 Artigo 346º ... 189 Penas acessórias ... 189 CAPÍTULO II ... 189
Dos crimes contra a autoridade pública ... 189
SECÇÃO I ... 189
Da resistência, desobediência e falsas declarações à autoridade pública ... 189
Artigo 347º ... 189
Resistência e coacção sobre funcionário ... 189
Artigo 348º ... 190
Desobediência ... 190
Artigo 348.º-A ... 190
Falsas declarações ... 190
SECÇÃO II ... 191
Da tirada e evasão de presos e do não cumprimento de obrigações impostas por sentença criminal ... 191
Artigo 349º ... 191
Tirada de presos ... 191
Artigo 350º ... 191
Auxílio de funcionário à evasão ... 191
Artigo 351º ... 191
Negligência na guarda ... 191
Artigo 352º ... 191
Evasão ... 191
Artigo 353º ... 191
Violação de imposições, proibições ou interdições ... 191
Artigo 354º ... 191
Motim de presos ... 191
Da violação de providências públicas ... 192
Artigo 355º ... 192
Descaminho ou destruição de objectos colocados sob o poder público ... 192
Artigo 356º ... 192
Quebra de marcas e de selos ... 192
Artigo 357º ... 192
Arrancamento, destruição ou alteração de editais ... 192
SECÇÃO IV ... 192
Usurpação de funções ... 192
Artigo 358º ... 192
Usurpação de funções ... 192
CAPÍTULO III ... 193
Dos crimes contra a realização da justiça ... 193
Artigo 359º ... 193
Falsidade de depoimento ou declaração... 193
Artigo 360º ... 193
Falsidade de testemunho, perícia, interpretação ou tradução ... 193
Artigo 361º ... 193 Agravação ... 193 Artigo 362º ... 194 Retractação ... 194 Artigo 363º ... 194 Suborno ... 194 Artigo 364º ... 194
Atenuação especial e dispensa da pena ... 194
Artigo 365º ... 194 Denúncia caluniosa ... 194 Artigo 366º ... 195 Simulação de crime ... 195 Artigo 367º ... 195 Favorecimento pessoal ... 195 Artigo 368º ... 195
Favorecimento pessoal praticado por funcionário ... 195
Artigo 368º-A ... 196
Branqueamento ... 196
Artigo 369º ... 197
Denegação de justiça e prevaricação ... 197
Artigo 370º ... 198
Prevaricação de advogado ou de solicitador ... 198
Artigo 371º ... 198
Violação de segredo de justiça ... 198
CAPÍTULO IV ... 198
Dos crimes cometidos no exercício de funções públicas ... 198
SECÇÃO I ... 198
Da corrupção ... 198
Artigo 372.º ... 198
Recebimento indevido de vantagem ... 198
Artigo 373.º ... 199 Corrupção passiva ... 199 Artigo 374.º ... 199 Corrupção activa ... 199 Artigo 374.º-A ... 200 Agravação ... 200 Artigo 374.º-B ... 201
Dispensa ou atenuação de pena ... 201
SECÇÃO II ... 202
Do peculato ... 202
Artigo 375º ... 202
Peculato ... 202
Peculato de uso ... 202
Artigo 376º ... 203
Peculato de uso ... 203
Artigo 377º ... 203
Participação económica em negócio ... 203
SECÇÃO III... 203
Do abuso de autoridade ... 203
Artigo 378º ... 203
Violação de domicílio por funcionário ... 203
Artigo 379º ... 203
Concussão ... 203
Artigo 380º ... 204
Emprego de força pública contra a execução da lei ou de ordem legítima ... 204
Artigo 381º ... 204
Recusa de cooperação ... 204
Artigo 382º ... 204
Abuso de poder ... 204
Artigo 382.º-A ... 204
Violação de regras urbanísticas por funcionário ... 204
SECÇÃO IV ... 204
Da violação de segredo ... 204
Artigo 383º ... 204
Violação de segredo por funcionário ... 204
Artigo 384º ... 205
Violação de segredo de correspondência ou de telecomunicações ... 205
SECÇÃO V ... 205 Do abandono de funções ... 205 Artigo 385º ... 205 Abandono de funções... 205 SECÇÃO VI ... 205 Disposição geral ... 205 Artigo 386º ... 205 Conceito de funcionário ... 205 TÍTULO VI ... 207
Dos crimes contra animais de companhia ... 207
Artigo 387.º ... 207
Maus tratos a animais de companhia ... 207
Artigo 388.º ... 207
Abandono de animais de companhia ... 207
Artigo 388.º-A ... 208
Penas acessórias ... 208
Artigo 389.º ... 208
Conceito de animal de companhia ... 208
Notas
I- O preâmbulo que antecede o Código Penal, e o texto do próprio Código, encontram-se actualizados, de acordo com:
Decreto-Lei nº 48/95, de 15 de Março (revê e republica o Código Penal); Lei nº 90/97, de 3 de Julho; Lei nº 65/98, de 2 de Setembro; Lei nº 7/2000, de 27 de Maio; Lei nº 77/2001, de 13 de Julho; Lei nº 97/2001, de 25 de Agosto; Lei nº 98/2001, de 25 de Agosto;
Lei nº 99/2001, de 25 de Agosto; Lei nº 100/2001, de 25 de Agosto; Lei nº 108/2001, de 28 de Novembro; Decreto-Lei nº 323/2001, de 17 de Dezembro; Decreto-Lei nº 38/2003, de 8 de Março; Lei nº 52/2003, de 22 de Agosto; Lei nº 100/2003, de 15 de Novembro; Decreto-Lei nº 53/2004, de 18 de Março;
Lei nº 11/2004, de 27 de Março (rectificada pela Declaração de Rectificação nº 45/2004, de 5-6); Lei nº 31/2004, de 22 de Julho,
Lei nº 5/2006, de 23 de Fevereiro; Lei nº 16/2007, de 17 de Abril;
Lei nº 59/2007, de 4 de Setembro (rectificada pela Declaração de Rectificação nº 102/2007, de 31-10);
Lei nº 61/2008, de 31 de Outubro, com início de vigência a 30 de Novembro de 2008; Lei n.º 32/2010, de 2 Setembro, com início de vigência a 1 de Março de 2011; Lei n.º 40/2010, de 3 de Setembro, com início de vigência a 3 de Outubro de 2010;
Lei n.º 4/2011, de 16 de Fevereiro, com início de vigência a 1 de Março de 2011, data do início de vigência da Lei n.º 32/2010, de 2 de Setembro, de acordo com o n.º 1 do artigo 3.º da Lei n.º 4/2011;
Lei n.º 56/2011, de 15 de Novembro, com início de vigência a 15 de Dezembro de 2011; Lei n.º 19/2013, de 21 de Fevereiro, com início de vigência a 23 de Março de 2013;
Lei n.º 60/2013, de 23 de Agosto, com início de vigência a 28 de Agosto de 2013 (rectificada pela Declaração de Retificação n.º 39/2013, de 4 de Outubro);
Lei Orgânica n.º 2/2014, de 6 de Agosto, com início de vigência a 5 de Setembro de 2014; Lei n.º 59/2014, de 26 de Agosto, com início de vigência a 31 de Agosto de 2014; Lei n.º 69/2014, de 29 de Agosto, com início de vigência a 1 de Outubro de 2014; Lei n.º 82/2014, de 30 de Dezembro, com início de vigência a 29 de Janeiro de 2015; Lei Orgânica n.º 1/2015, de 8 de Janeiro, com início de vigência a 9 de Janeiro de 2015; Lei n.º 30/2015, de 22 de Abril , com início de vigência a 27 de Abril de 2015;
Lei n.º 81/2015, de 3 de Agosto, com início de vigência a 8 de Agosto de 2015; Lei n.º 83/2015, de 5 de Agosto, com início de vigência a 4 de Setembro de 2015; Lei n.º 103/2015, de 24 de Agosto, com início de vigência a 23 de Setembro de 2015; Lei n.º 110/2015, de 26 de Agosto, com início de vigência a 31 de Agosto de 2015; Lei n.º 39/2016, de 19 de Dezembro, com início de vigência a 24 de Dezembro de 2016; Lei n.º 8/2017, de 3 de Março, com início de vigência a 1 de Maio de 2017;
Lei n.º 30/2017, de 30 de Maio, com início de vigência a 31 de Maio de 2017; Lei nº 83/2017, de 18 de Agosto, com início de vigência a 17 de Setembro de 2017; e Lei nº 94/2017, de 23 de Agosto, com início de vigência a 21 de Novembro de 2017. II- O artigo 12.º da Lei nº 94/2017, de 23 de Agosto, dispõe o seguinte:
«Artigo 12.º Disposição transitória
1 - O condenado em prisão por dias livres ou em regime de semidetenção, por sentença transitada em julgado, pode requerer ao tribunal a reabertura da audiência para que:
a) A prisão pelo tempo que faltar seja substituída por pena não privativa da liberdade, sempre que esta realizar de forma adequada e suficiente as finalidades da punição; ou
b) A prisão passe a ser cumprida, pelo tempo que faltar, no regime de permanência na habitação introduzido pela presente lei.
2 - À prisão em regime contínuo que resulte do incumprimento das obrigações de apresentação decorrentes da prisão por dias livres ou em regime de semidetenção pode aplicar-se o regime de permanência na habitação introduzido pela presente lei.
3 - Para efeito do disposto nos números anteriores, cada período correspondente a um fim de semana equivale a cinco dias de prisão contínua.»
Código Penal
Decreto-Lei nº 48/95, de 15 de Março
1. A tendência cada vez mais universalizante para a afirmação dos direitos do homem como princípio basilar das sociedades modernas, bem como o reforço da dimensão ética do Estado, imprimem à justiça o estatuto de primeiro garante da consolidação dos valores fundamentais reconhecidos pela comunidade, com especial destaque para a dignidade da pessoa humana.
Ciente de que ao Estado cumpre construir os mecanismos que garantam a liberdade dos cidadãos, o programa do Governo para a justiça, no capítulo do combate à criminalidade, elegeu como objectivos fundamentais a segurança dos cidadãos, a prevenção e repressão do crime e a recuperação do delinquente como forma de defesa social.
Um sistema penal moderno e integrado não se esgota naturalmente na legislação penal. Num primeiro plano há que destacar a importância da prevenção criminal nas suas múltiplas vertentes: a operacionalidade e articulação das forças de segurança e, sobretudo, a eliminação de factores de marginalidade através da promoção da melhoria das condições económicas, sociais e culturais das populações e da criação de mecanismos de integração das minorias.
Paralelamente, o combate à criminalidade não pode deixar de assentar numa investigação rápida e eficaz e numa resposta atempada dos tribunais.
Na verdade, mais do que a moldura penal abstractamente cominada na lei, é a concretização da sanção que traduz a medida da violação dos valores pressupostos na norma, funcionando, assim, como referência para a comunidade.
Finalmente, a execução da pena revelará a capacidade ressocializadora do sistema com vista a prevenir a prática de novos crimes.
2. Não sendo o único instrumento de combate à criminalidade, o Código Penal deve constituir o repositório dos valores fundamentais da comunidade. As molduras penais mais não são, afinal, do que a tradução dessa hierarquia de valores, onde reside a própria legitimação do direito penal.
O Código Penal de 1982 permanece válido na sua essência. A experiência da sua aplicação ao longo de mais de uma década tem demonstrado, contudo, a necessidade de várias alterações com vista não só a ajustá-lo melhor à realidade mutável do fenómeno criminal como também aos seus próprios objectivos iniciais, salvaguardando-se toda a filosofia que presidiu à sua elaboração e que permite afirmá-lo como um código de raiz democrática inserido nos parâmetros de um Estado de direito.
Entre os vários propósitos que justificam a revisão destaca-se a necessidade de corrigir o desequilíbrio entre as penas previstas para os crimes contra as pessoas e os crimes contra o património, propondo-se uma substancial agravação para as primeiras. Assume-se ainda a importância de reorganizar o sistema global de penas para a pequena e média criminalidade com vista a permitir, por um lado, um adequado recurso às medidas alternativas às penas curtas de prisão, cujos efeitos criminógenos são pacificamente reconhecidos, e, por outro, concentrar esforços no combate à grande criminalidade.
3. Na parte geral, manteve-se intocada a matéria relativa à construção do conceito de crime (artigos 1º a 39º), devidamente consolidada na doutrina e na jurisprudência, introduzindo-se, contudo, alterações significativas no domínio das sanções criminais.
Neste plano, onde se revela a essência do projecto de política criminal, o Código insere-se no movimento de reforma internacional que reconheceu particular impulso na década de 70 e é pacificamente aceite nos países que comungam de um mesmo património político-criminal e nos quais nos inserimos.
Assim, na sequência de recomendações do Conselho da Europa nesse sentido, privilegia-se a aplicação de penas alternativas às penas curtas de prisão, com particular destaque para o trabalho a favor da comunidade e a pena de multa.
Longe de se romper com a nossa tradição, as alterações ora introduzidas pretendem dinamizar o recurso à vasta panóplia de medidas alternativas consagradas, dotando os mecanismos já consagrados de maior eficácia e eliminando algumas limitações intrínsecas, de modo a ultrapassar as resistências que se têm verificado no âmbito da sua aplicação.
A pena de prisão - reacção criminal por excelência - apenas deve lograr aplicação quando todas as restantes medidas se revelem inadequadas, face às necessidades de reprovação e prevenção.
tipos legais de crime sancionados unicamente com pena de multa. Na verdade, esta surge normalmente em alternativa à pena de prisão. Por outro lado, em normativo algum se impõe de forma absoluta a aplicação de uma ou outra medida: relega-se sempre para o papel concretizador da jurisprudência a eleição de medida - detentiva ou não - que melhor se adeque às particularidades do caso concreto, de acordo com critérios objectivados na própria lei. Necessidade, proporcionalidade e adequação são os princípios orientadores que devem presidir à determinação da pena aplicável à violação de um bem jurídico fundamental.
De destacar, a este propósito, a inovação constante do artigo 40º ao consagrar que a finalidade a prosseguir com as penas e medidas de segurança é «a protecção dos bens jurídicos e a reintegração do agente na sociedade».
Sem pretender invadir um domínio que à doutrina pertence - a questão dogmática do fim das penas -, não prescinde o legislador de oferecer aos tribunais critérios seguros e objectivos de individualização da pena, quer na escolha, quer na dosimetria, sempre no pressuposto irrenunciável, de matriz constitucional, de que em caso algum a pena pode ultrapassar a culpa.
Na mesma linha, o artigo 43º sublinha que a execução da pena de prisão, servindo a defesa da sociedade e prevenindo a prática de crimes, deve orientar-se no sentido de reintegração social do recluso, preparando-o para conduzir a sua vida de modo socialmente responsável, sem cometer crimes.
Aos magistrados judiciais e do Ministério Público caberá, pois, um papel decisivo na implementação da filosofia que anima o Código porquanto é no momento da concretização da pena que os desideratos de prevenção geral e especial e de reintegração ganham pleno sentido.
4. Devendo a pena de prisão ser reservada para situações de maior gravidade e que mais alarme social provocam, designadamente a criminalidade violenta e ou organizada, bem como a acentuada inclinação para a prática de crimes revelada por certos agentes, necessário se torna conferir às medidas alternativas a eficácia que lhes tem faltado.
Não raro, a suspensão da execução da pena tem-se assumido como a verdadeira pena alternativa, em detrimento de outras medidas, designadamente da pena de multa, gerando-se a ideia de uma «quase absolvição», ou de impunidade do delinquente primário, com descrédito para a justiça penal.
Impõe-se, pois, devolver à pena de multa a efectividade que lhe cabe. A dignificação da multa enquanto medida punitiva e dissuasora passa por um significativo aumento, quer na duração em dias - de 300 dias passa para 360, sendo elevada para 900 em caso de concurso -, quer no montante máximo diário que se eleva de 10 000$ para 100 000$.
O abandono da indesejável prescrição cumulativa das penas de prisão e multa na parte especial, por uma solução de alternatividade, levou a um agravamento do limite máximo geral fixado para a pena de multa de 360 para 600 dias, correspondentes a prisão até 5 anos, de modo a responder à pequena e média criminalidade patrimonial.
Finalmente, e sem prejuízo de o condenado poder solicitar a substituição da multa por dias de trabalho em caso de impossibilidade não culposa de pagamento, a execução da pena de multa deixa de poder ser objecto de suspensão, reforçando-se assim a sua credibilidade e eficácia.
A elasticidade agora conferida à pena de multa permite configurá-la como verdadeira alternativa aos casos em que a pena de prisão se apresenta desproporcionada, designadamente pelos efeitos colaterais que pode desencadear, comportando, porém, um sacrifício mesmo para os economicamente mais favorecidos, com efeitos suficientemente dissuasores.
5. Ainda no plano das medidas alternativas, há que sublinhar significativas modificações nos institutos do regime de prova e do trabalho a favor da comunidade.
O regime de prova, descaracterizado como pena autónoma de substituição, passa a ser configurado como modalidade da suspensão da execução da pena ao lado da suspensão pura e simples e da suspensão com deveres ou regras de conduta, acentuando a vertente ressocializadora e responsabilizante da suspensão da execução da pena de prisão.
Na mesma linha, procedeu-se ao alargamento dos pressupostos da prestação de trabalho a favor da comunidade, elevando-se para 1 ano o máximo de pena de prisão que pode substituir, realçando-se as virtualidades do plano individual de readaptação.
No capítulo relativo às penas acessórias e efeitos das penas há que assinalar a inovação da consagração expressa no texto do Código Penal da proibição de conduzir. Por outro lado, e agora no âmbito das medidas de segurança não privativas da liberdade, passa a regular-se autonomamente tanto a cassação da licença de condução de veículo automóvel como a interdição da concessão de licença.
6. Outro domínio particularmente carecido de intervenção, por imperativos constitucionais de legalidade e proporcionalidade, é o das medidas de segurança.
Numa perspectiva de maximização da tutela da liberdade e segurança dos cidadãos, procedeu-se a uma definição mais rigorosa dos pressupostos de aplicação das medidas e ao estabelecimento de limites tendencialmente inultrapassáveis.
7. A parte especial foi igualmente objecto de importantes modificações, desde logo no plano sistemático.
Assim, é de assinalar a deslocação dos crimes sexuais do capítulo relativo aos crimes contra valores e interesses da vida em sociedade para o título dos crimes contra as pessoas, onde constituem um capítulo autónomo, sob a epígrafe «Dos crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual», abandonando-se a concepção moralista («sentimentos gerais de moralidade»), em favor da liberdade e autodeterminação sexuais, bens eminentemente pessoais.
Também no domínio dos crimes contra a integridade física optou-se por uma sistemática mais coerente, operando-se uma considerável simplificação: fazer incidir critérios de agravação e de privilégio sobre a base de existência de um crime de ofensa à integridade física simples. De referir ainda a consagração de um tipo de ofensa à integridade física qualificado por circunstâncias que revelam especial censurabilidade ou perversidade do agente, a exemplo do que sucede no homicídio.
Igualmente as normas relativas ao crime de furto, e, por via reflexa, a generalidade dos preceitos relativos à criminalidade patrimonial, foram objecto de significativas modificações.
A mais importante alteração reside no abandono do modelo vigente de recurso a conceitos indeterminados ou de cláusulas gerais de valor enquanto critérios de agravamento ou privilégio, de modo a obviar as dificuldades que têm sido reveladas pela jurisprudência e a que o legislador não se pode manter alheio. Nesta conformidade, e sem regressar contudo ao velho modelo de escalões de valor patrimonial prefixado, optou-se por uma definição quantificada de conceitos como valor elevado, consideravelmente elevado e diminuto, enquanto fundamentos de qualificação ou privilégio.
Desta forma, pretende-se potenciar uma maior segurança e justiça nas decisões.
Outro capítulo objecto de alterações de relevo é o dos crimes contra o Estado. A descriminalização de algumas infracções contra a segurança do Estado e contra a autoridade pública reside na consideração de que num Estado de direito democrático estabilizado a tutela penal deve restringir-se a atentados que impliquem o recurso indevido a violência ou formas análogas de actuação.
Optou-se por deixar fora do Código Penal a punição de muitas condutas cuja dignidade penal é hoje já pacífica e consensual, mas que razões de técnica legislativa aconselham que constituam objecto de legislação extravagante. É o que sucede, para além das condutas que devam ser imputadas às pessoas colectivas enquanto tais, em matérias como a criminalidade informática, o branqueamento de capitais ou os atentados contra a integridade e identidade genéticas.
Por fim, cumpre assinalar um conjunto significativo, se bem que limitado, de propostas de neocriminalização, resultante quer da revelação de novos bens jurídico-penais ou de novas modalidades de agressão ou perigo, quer de compromissos internacionais assumidos ou em vias de o serem por Portugal. Como exemplos de neocriminalização destacamos: a propaganda do suicídio (artigo 139º), a perturbação da paz e do sossego (artigo 190º, nº 2), a burla informática (artigo 221º), o abuso de cartão de garantia ou de crédito (artigo 225º), a tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos (artigos 243º e 244º), os instrumentos de escuta telefónica (artigo 276º), os danos contra a natureza (artigo 278º), a poluição (artigo 279º).
8. É, porém, no plano das molduras penais que se registam as modificações mais relevantes, no sentido do reforço da tutela dos bens jurídicos pessoais em confronto com os patrimoniais. Não se justificando um abrandamento da punição dos últimos, optou-se por um claro agravamento nos primeiros.
Assim, o máximo da pena do homicídio qualificado passa de 20 para 25 anos e a ofensa à integridade física grave passa a ser punida com pena de prisão de 2 a 10 anos, a qual pode ser substancialmente agravada quando o crime tenha sido praticado em circunstâncias susceptíveis de revelar especial censurabilidade ou perversidade do agente.
Face à elevada sinistralidade rodoviária, entendeu-se conveniente agravar a pena do homicídio negligente, cujo máximo pode atingir os 5 anos, em caso de negligência grosseira.
Operou-se, ainda, um alargamento na tutela de bens jurídicos fundamentais como a vida e a integridade física no âmbito do crime de dano. A pena do ora consagrado crime de dano com violência pode elevar-se até 16 anos.
Os crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual foram objecto de particular atenção, especialmente quando praticados contra menor.
Nessa conformidade, o crime sexual praticado contra menor é objecto de uma dupla agravação: por um lado a que resulta de elevação geral das molduras penais dos crimes de violação e coacção sexual, quer no limite mínimo, quer no máximo; e, por outro, a agravação estabelecida para
os casos em que tais crimes sejam praticados contra menor de 14 anos. Donde resulta que o crime praticado contra menor de 14 anos é sempre punido mais severamente que o crime praticado contra um adulto, atenta a especial vulnerabilidade da vítima.
Uma outra nota que acentua a protecção do menor é a possibilidade de o Ministério Público, sempre que especiais razões de interesse público o justifiquem, poder desencadear a acção penal quando a vítima for menor de 12 anos.
Ainda numa perspectiva de reforço da tutela dos bens jurídicos pessoais, alteraram-se os pressupostos de concessão da liberdade condicional. Com efeito, nos casos de condenação em pena superior a 5 anos, por crimes contra as pessoas ou crimes de perigo comum, a liberdade condicional só poderá ser concedida após o cumprimento de dois terços da pena. A gravidade dos crimes e o alarme social que provocam justificam um maior rigor em sede de execução da pena de prisão.
Finalmente, de entre a legislação revogada destaca-se o nº 1 do artigo 28º do Decreto-Lei nº 85-C/75, de 26 de Fevereiro.
No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 1º da Lei nº 35/94, de 15 de Setembro, rectificada pela Declaração de rectificação nº 17/94, de 13 de Dezembro, e nos termos da alínea b) do nº 1 do artigo 201º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1º O Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei nº 400/82, de 23 de Setembro, é revisto e publicado em anexo.
Art. 2º - 1 - São revogadas as disposições legais avulsas que prevêem ou punem factos incriminados pelo Código Penal.
2 - São revogadas as seguintes disposições:
a) O nº 1 do artigo 28º do Decreto-Lei nº 85-C/75, de 26 de Fevereiro; b) O artigo 190º do Decreto-Lei nº 314/78, de 27 de Outubro;
c) O Decreto-Lei nº 65/84, de 24 de Fevereiro; d) O Decreto-Lei nº 101-A/88, de 26 de Março;
e) Os artigos 2º, 4º, nº 2, alínea a), e 5º, nº 1, do Decreto-Lei nº 124/90, de 14 de Abril. 3 - São também revogadas as disposições legais que em legislação penal avulsa proíbem ou restringem a substituição da pena de prisão por multa ou a suspensão da pena de prisão.
Art. 3º Consideram-se efectuadas para as correspondentes disposições do Código Penal, cujo texto se publica em anexo, as remissões feitas para norma do Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei nº 400/82, de 23 de Setembro.
Art. 4º Para efeito do disposto no Código Penal, considera-se arma qualquer instrumento, ainda que de aplicação definida, que seja utilizado como meio de agressão ou que possa ser utilizado para tal fim.
Art. 5º Nunca será fixada prisão subsidiária às penas de multa em quantia previstas em legislação avulsa.
Art. 6º - 1 - Enquanto vigorarem normas que prevejam penas cumulativas de prisão e multa, sempre que a pena de prisão for substituída por multa será aplicada uma só pena equivalente à soma da multa directamente imposta e da que resultar da substituição da prisão.
2 - É aplicável o regime previsto no artigo 49º do Código Penal à multa única resultante do que dispõe o número anterior, sempre que se tratar de multas em tempo.
Art. 7º Enquanto vigorarem normas que prevejam cumulativamente penas de prisão e multa, a suspensão da execução da pena de prisão decretada pelo tribunal não abrange a pena de multa.
Art. 8º Se for aplicada pena de multa em quantia ou de prisão e multa em quantia e o desconto a que se refere o artigo 80º do Código Penal dever incidir sobre a pena de multa, efectuar-se-á o desconto que parecer equitativo.
Art. 9º Aos crimes previstos em legislação avulsa e puníveis com pena de prisão não superior a 6 meses e multa é aplicável o regime relativo à dispensa de pena, se verificados os demais pressupostos exigidos pelo artigo 74º do Código Penal.
Art. 10º Nos processos instaurados até 31 de Dezembro de 1987, a prescrição do procedimento criminal suspende-se durante o tempo em que o procedimento criminal esteja pendente, a partir da notificação do despacho de pronúncia ou equivalente, salvo no caso de processo de ausentes.
Art. 11º Nos processos instaurados até 31 de Dezembro de 1987, a prescrição do procedimento criminal interrompe-se:
a) Com a notificação para as primeiras declarações para comparência ou interrogatório do agente, como arguido, na instrução preparatória;
b) Com a prisão;
c) Com a notificação do despacho de pronúncia ou equivalente; d) Com a marcação do dia para o julgamento no processo de ausentes.
Art. 12º O disposto no nº 4 do artigo 61º apenas se aplica às penas por crimes cometidos após a entrada em vigor do Código Penal.
Art. 13º O Código Penal revisto e o presente decreto-lei entram em vigor em 1 de Outubro de 1995.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 5 de Janeiro de 1995. - Aníbal António Cavaco Silva - Álvaro José Brilhante Laborinho Lúcio.
Promulgado em 17 de Fevereiro de 1995. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 20 de Fevereiro de 1995.
O Primeiro-Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.
CÓDIGO PENAL I
Introdução
1. O presente Código Penal baseia-se fundamentalmente nos projectos elaborados em 1963 («Parte geral») e em 1966 («Parte especial»), da autoria de Eduardo Correia.
Aquele texto («Parte geral»), correspondendo a uma visão unitária, coerente, marcadamente humanista e em muitos aspectos profundamente inovadora, foi saudado pelos mais proeminentes cultores da ciência do direito penal nacional e estrangeira. Destes salientem-se, a título exemplificativo, os nomes de Hans-Heinrich Jescheck, presidente da Associação Internacional de Direito Penal, Marc Ancel, presidente da Sociedade Internacional de Defesa Social, e Pierre Canat. Pena foi que não tivesse sido mais rápida a aprovação desse projecto, pois muitas das suas disposições teriam um carácter altamente precursor - relativamente ao direito alemão e a outros projectos estrangeiros -, colocando-nos assim, como escrevia Canat, «à la pointe même du progrès».
Cumpre desde já dizer que, contrariamente àquilo que poderá parecer, mercê de menos reflectida, o diploma, quer na forma, quer no conteúdo das suas prescrições, não se afasta do que verdadeiramente de vivo há na tradição jurídico-penal portuguesa, antes justamente o consagra. E isso mesmo parece ter sido compreendido e aceite pelas várias comissões de revisão que sobre o projecto tiveram oportunidade de se pronunciar, em vários tempos e em diferentes enquadramentos políticos, mas sempre compostas por homens - do mais variado cariz político e profissional - que se preocuparam e se preocupam com as coisas do direito penal.
No entanto, e não obstante todo o esforço desenvolvido, o projecto inicial passou por várias vicissitudes, nunca tendo encontrado o espaço político necessário à sua consagração legal. A este facto não será estranho o fim e textura do próprio sistema punitivo do Código, que assenta, adianta-se, em coordenadas que mal caberiam nos quadros de uma compreensão marcadamente repressiva.
A necessidade de fazer uma adequação da legislação ordinária ao novo espírito legislativo resultante do 25 de Abril fez com que o último Governo provisório fomentasse a ideia de tornar o projecto em viva realidade normativa de que o País tanto carecia. Tal impulso não esmoreceu, bem ao contrário, na vigência do I Governo Constitucional. Neste espírito, foi constituída uma comissão revisora, cujo trabalho serviu de base à proposta de lei nº 117/I (Diário da Assembleia da República, suplemento ao nº 136, de 28 de Julho de 1977). Contudo, por razões da nossa história presente, bem conhecidas de todos, a Assembleia da República não apreciou a mencionada proposta de lei.
Na vigência do IV Governo Constitucional tentou-se decididamente realizar todo o plano arquitectural do ordenamento penal português. Novamente foi apresentada uma proposta de lei (relativa à «Parte geral») à Assembleia da República, absolutamente coincidente com a enviada pelo I Governo Constitucional. No que toca à «Parte especial», foi esta também revista no Ministério da
Justiça, resultando do seu trabalho um articulado que igualmente se enviou à Assembleia da República, sob a conveniente forma de proposta de lei.
Todavia, aquele não foi o momento propício da cena política portuguesa para se encontrar o mínimo de consenso sempre necessário às grandes empresas legislativas. Porém, exprima-se lateralmente, muitas das traves mestras de um movimento legislativo mais vasto foram então lançadas. Nesta esteira, publicaram-se dois diplomas legislativos de forte incidência prática e dogmática na estrutura global do sistema penal português: o da reforma da organização prisional (Decreto-Lei nº 265/79, de 1 de Agosto) e o direito de mera ordenação social (Decreto-Lei nº 232/79, de 24 de Julho). Integrando aquele movimento, apresentou-se ainda uma proposta de lei concernente à «legislação especial aplicável a jovens delinquentes dos 16 aos 21 anos».
Mas, se muito já foi feito, é indiscutível que falta consagrar o essencial, isto é, o Código Penal - partes geral e especial. Nisto se empenhou profundamente o actual Governo, que, depois de ter nomeado nova comissão de revisão, apresenta agora um diploma que, sem se afastar dos parâmetros dos projectos anteriores, sofre algumas importantes modificações que o tempo, a reflexão e as novas orientações doutrinais exigiam. Preparado está também o diploma sobre a recuperação social, condição essencial da realização da filosofia do Código Penal.
Não deixará de se recordar, por fim, que o Código, cuja vigência agora cessa, constituiu também, no seu tempo, um significativo avanço em relação à ciência criminal da época, o que terá contribuído para que ele conservasse, fundamentalmente, a sua estrutura inicial, a despeito das sucessivas alterações impostas por uma realidade criminológica em constante mutação.
II Parte geral
2. Um dos princípios basilares do diploma reside na compreensão de que toda a pena tem de ter como suporte axiológico-normativo uma culpa concreta. O princípio nulla poena sine culpa, combatido ultimamente em certos quadrantes do pensamento jurídico-penal, embora mais, ou quase exclusivamente, contra a vertente que considera a culpa como fundamento da pena, ganhou o voto unânime de todas as forças políticas representadas no Parlamento Alemão, quando se procedeu à apreciação dos grandes princípios orientadores da reforma daquele sistema penal. Acrescente-se que mesmo os autores que dão uma maior tónica à prevenção geral aceitam inequivocamente a culpa como limite de pena. E mais. Podemos dizer, sem querer entrar em pormenores, que ele corresponde, independentemente da perspectiva em que se coloque o investigador, a uma larga e profunda tradição cultural portuguesa e europeia.
No entanto, o atribuir-se à pena um conteúdo de reprovação ética não significa que se abandonem as finalidades da prevenção geral e especial nem, muito menos, que se sugira o alheamento da recuperação do delinquente. Quanto à prevenção geral, sabemos que não há verdadeira antinomia entre esta finalidade e a culpa, já que, através da mediação axiológica que o direito penal exige a todos os membros da comunidade jurídica, se ergue, deste modo, a barreira inibidora da pena. Contudo, a sua força dissuasora não nasce tanto da sua realidade heterónoma, mas antes da própria autonomia do agente, que sabe ser a definição daquela pena fruto da participação, num determinado momento histórico, de toda a comunidade, ainda que filtrada pelos órgãos constitucionalmente competentes.
A esta luz, não será, pois, difícil de ver que também a tónica da prevenção especial só pode ganhar sentido e eficácia se houver uma participação real, dialogante e efectiva do delinquente. E esta só se consegue fazendo apelo à sua total autonomia, liberdade e responsabilidade.
É, na verdade, da conjugação do papel interveniente das instâncias auxiliares da execução das penas privativas de liberdade e do responsável e autónomo empenhamento do delinquente que se poderão encontrar os meios mais adequados a evitar a reincidência.
Não se abandona o delinquente à pura expiação em situação de isolamento - cujos efeitos negativos estão cabalmente demonstrados - nem se permite que a administração penitenciária caia em estéreis omissões e empregue pedagogias por cujos valores o delinquente, muitas vezes, não se sente motivado nem, o que é mais grave, reconhece neles qualquer forma de comparticipação.
Sabe-se que, na essência, o equilíbrio entre estes dois vectores nem sempre é fácil de alcançar, a que se junta a rigidez das penas institucionais. No sentido de superar esta visão tradicional, o presente diploma consagra, articulada e coerentemente, um conjunto de medidas não institucionais que facilita e potencia, sobremaneira, aquele desejado encontro de vontades. Verifica-se a assunção conscienciosa daquilo a que a nova sociologia do comportamento designa por desdramatização do ritual e obrigam-se as instâncias de execução da pena privativa de liberdade a serem co-responsáveis no êxito ou fracasso reeducativo e ressocializador. Pensa-se ser esta uma das formas que mais