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SOFT SKILLS Poderão mesmo mudar o mundo da formação?

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Academic year: 2021

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Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 8 ID: 85590656 31-03-2020 28 MARÇO | ABRIL 20

Poderão

mesmo mudar

o mundo da

formação?

‘SOFT SKILLS’

DESTAQUE

(2)

País: Portugal Period.: Bimestral

Âmbito: Economia, Negócios e.

Cores: Cor Área: 19,00 x 26,00 cm² Corte: 2 de 8 ID: 85590656 31-03-2020 29 MARÇO | ABRIL 20

P

ara este trabalho, procurámos sobretudo

perceber se a tendência para o predomínio das ‘soft skills’ sobre as ‘hard skills’ poderá le-var a mudanças no mundo da formação nos próximos anos. Isto tendo em conta que os especialistas que ouvimos, de 17 instituições, consideram logo à par-tida que esse predomínio é uma realidade (apenas uma pessoa não assumiu claramente tal opinião).

Deixamos a seguir cada uma das reflexões suscitadas pelas questões que colocámos.

Joana Paulo Oliveira

(Arrow Global/ Whitestar)

O desenvolvimento de ‘soft skills’ envolve uma maior complexidade face à aquisição de ‘hard skills’, não ape-nas em termos da metodologia utilizada para promover o desenvolvimento, mas também no que diz respeito à medição e à avaliação de sucesso, através do impacto no desempenho individual e da organização.

Desta forma, um maior foco nas ‘soft skills’ faz com que o mundo da formação e desenvolvimento tenha neces-sariamente de transformar-se.

Temos vindo a assistir a alterações substanciais do con-texto formativo nos últimos anos: novos ambientes, no-vas plataformas, nono-vas metodologias, e já existem práti-cas bastante inovadoras. Contudo, nos próximos anos assistiremos a alterações ainda mais substanciais, com a evolução tecnológica e a massificação da utilização de inteligência artificial e realidade aumentada a desem-penhar um papel bastante relevante.

A utilização da tecnologia permite uma crescente per-sonalização e adaptação dos momentos de aprendiza-gem aos estilos e ‘timings’ individuais, estando o atual contexto de formação cada vez mais longe da perspeti-va ‘one size fits all’.

Assistimos também a um maior foco na vertente expe-riencial, quer através de ambientes simulados (nomea-damente com a gamificação), quer pela oferta de oportu-nidades de desenvolvimento em contexto real (participa-ção em projetos multidisciplinares, por exemplo).

A tendência de predomínio das

‘soft skills’ sobre competências de

cariz mais técnico tem originado, ou

poderá originar, mudanças no mundo

da formação? É uma interrogação que

serve de ponto de partida para mais

de uma dezenas e meia de pequenas

reflexões sobre o desenvolvimento

de pessoas no mundo corporativo.

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Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 3 de 8

ID: 85590656 31-03-2020

Nélia de Jesus Vicente

(Big Experience)

As ‘soft skils’ são cada vez mais um bem muito procura-do nas organizações. As ‘hard skills’, relacionadas com as aprendizagens técnicas, são menos desafiantes no mundo de hoje. É muito mais fácil passar conhecimento e aprendizagem, temos todo um sistema criado a nível tec-nológico e mesmo comportamental para passar as ‘hard skills’. O que tanto se procura, conscientes do impacto que tem na cultura de uma organização, é «quem são» essas pessoas que trabalham, convivem e riem connosco. Quando se treina ‘soft skills’ na formação, há todo um campo que tem de ser trabalhado. A própria pessoa em primeiro lugar, as que a rodeiam e o sistema – organização – em que colaboram. E aqui, se os propósito da pessoa e da organização forem distantes, irá haver bloqueios que será preciso «remover».

Tudo isto já está a mudar o mundo da formação.

Artur Félix (Blink Consulting)

A formação formal, especialmente no domínio das ‘soft skills’, tem vindo a dar lugar à formação através de ex-periências no local de trabalho ou fora do local de tra-balho, e com outros que tenham os mesmos interesses e/ ou desafios. Quem trabalha no desenvolvimento de ‘soft skills’ tem hoje que conceber abordagens que com-binem estes diferentes momentos e estas diferentes for-mas de aprendizagem.

‘SOFT SKILLS’ MAIS IMPORTANTES

Pedimos aos especialistas que nos ajudassem também a perceber quais são as ‘soft skills’ mais importantes no mundo corporativo, já no presente e também a pensar no futuro.

Bem destacadas, surgem seis ‘soft skills’: - Inteligência Emocional (a mais referida) - Comunicação

- Criatividade

- Resolução de Problemas - Trabalho em Equipa - Pensamento Crítico

Depois, a um nível de importância que podemos considerar como intermédio, surgem outras seis: - Adaptabilidade - Flexibilidade - Colaboração - Inovação - Empreendedorismo - Liderança

Foram ainda referidas muitas outras ‘soft skills’, de forma, digamos assim, marginal (se bem que seja de considerar o facto de algumas eventualmente se sobreporem, pela proximidade de conceitos). Vejamos:

- Agilidade - Aprendizagem - Atitude - Crescimento - Definição de Objetivos - Design Thinking - Empatia - Ética - Gestão da Complexidade - Gestão de Emoções - Gestão de Pessoas - Gestão de Tempo - Influência - Iniciativa - Integridade - Inspiração - Inteligência Cultural - Lealdade - Motivação - Organização do Trabalho - Ownership - Persuasão - Positividade - Produtividade - Reaprender - Resiliência - Self Leadership - Sinergias - Storytelling - Valores de Vida

Importa assinalar que a enumeração e a ordenação de todas estas ‘soft skills’ não pretende, de forma nenhuma, assumir um carácter científico, mas sim apontar algumas tendências, a partir da opinião dos especialistas com quem falámos.

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País: Portugal Period.: Bimestral

Âmbito: Economia, Negócios e.

Cores: Cor

Área: 19,00 x 24,95 cm² Corte: 4 de 8

ID: 85590656 31-03-2020

Cátia Silva (CEGOC)

Mais do que o desenvolvimento de ‘soft skills’, a transformação digital está a transformar o mundo da formação. Organizações e seus parceiros estão a ser diariamente desafiados para encontrar novas formas de promover o desenvolvimento de ‘soft skills’, atra-vés de abordagens personalizadas, digitais, e que tragam de facto resultados ao nível da melhoria da performance individual e coletiva no seio das organi-zações. Foi com esta finalidade que o Grupo CEGOS, representado em Portugal pela CEGOC, desenvolveu recentemente a abordagem 4REAL.

Cláudia Beirão (Elevus)

As ‘soft skills’ são por definição os atributos pessoais de cada indivíduo, assim como os traços da perso-nalidade, as capacidades sociais e de comunicação necessárias para o sucesso no trabalho. Estas com-petências pessoais caracterizam a forma como um indivíduo interage no relacionamento com os colegas dentro e fora do ambiente de trabalho. Envolvem as emoções e as intuições, ambas responsáveis pela capacidade de se expressar e interpretar os senti-mentos de outra pessoa. Daí que são mais difíceis de aprender, pelo menos numa formação tradicional, e por isso são também mais difíceis de medir e avaliar. Mas, apesar de ser mais difícil, não é impossível. Na realidade, o ser humano é um animal de hábitos, e

como tal para trabalhar algumas ‘soft skills’ não che-ga uma formação tradicional, é necessário investir em programas de treino regulares e periódicos – por exemplo, ‘coaching’ – para desenvolver novas habili-dades e competências por forma a alavancar a perfor-mance e obter os resultados esperados. O ‘coaching’ é um processo deliberado que utiliza conversas fo-cadas para criar um ambiente de crescimento indivi-dual, uma ação intencional e uma melhoria sustenta-da. Assim sendo, há que identificar primeiramente as ‘soft skills’ que são fundamentais para a organização e posteriormente recorrer a um programa de ‘coa-ching’ capaz de dar resposta e de treinar essas mes-mas competências.

Cláudia Vicente (Galileu)

As ‘soft skills’ são cada vez mais vistas como compe-tências que vão potenciar processos de inovação, mudança e crescimento na organização, pelo que o seu desenvolvimento é cada vez mais visto como es-sencial no mundo corporativo. Processos de transfor-mação digital, por exemplo, vão exigir capacidade de comunicação, capacidade de adaptação e capacida-de capacida-de inovação. O mundo da formação tem que estar preparado para esta crescente procura, apresentando metodologias e conteúdos que sejam adequadas às competências a desenvolver, mas também às realida-des das organizações e aos perfis dos profissionais, potenciando esse desenvolvimento.

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Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 5 de 8

ID: 85590656 31-03-2020

Paula Baptista (High Skills)

Existem cada vez mais no mercado problemas de pro-dutividade e de eficácia nas organizações, e não se de-vem a falta de competências técnicas, mas sim à falta das ‘soft skills’. Estas competências, devido à evolução da nossa sociedade, foram «esquecidas» com o decor-rer dos anos, o que leva a quebras grandes devido ao grau de responsabilidade e ao comprometimento dos colaboradores e dos líderes que gerem as organizações.

Mariza Moreira

(Incurso Capital Humano)

Já existem mudanças, como as novas formas metodo-lógicas de trabalhar a aprendizagem de competências mais humanas. Exemplo disto são os ‘teambuildings’ para o reforço das relações de equipa, as abordagens performativas e teatrais para a dramatização e a solu-ção de problemas reais, o ‘coaching’ para os processos de autodescoberta, a gamificação para o desenvolvi-mento de processos colaborativos…

Também a emergência de contextos não formais como alicerces da aprendizagem é outro impacto deste tra-balho mais orientado para as ‘soft skills’. Os ambientes de aprendizagem são agora mais sensitivos e relacio-nais e com menos mesas e cadeiras. Uma floresta pode ser mais relevante do que um auditório.

As soluções formativas tendem agora a apresentar-se mais como programas, integrando a dimensão técnica e comportamental e menos soluções pontuais, uma vez que a mudança de características pessoais requer esse trabalho de continuidade.

A formação profissional não está isolada do mundo empresarial. Pelo contrário, evolui de forma a capaci-tar as pessoas para responderem eficientemente aos desafios dos seus sectores. As mudanças do contexto laboral exigem que as abordagens de formação sejam adaptadas sempre com o objetivo de cumprir a função de responder às necessidades e aos desafios do capital humano das organizações. Se também ela não se adap-tar, não cumprirá a sua função.

Sara Sousa Brito (People Value)

O desafio será claramente este: como podemos desen-volver as ‘soft skills’ nas nossas equipas, sendo que nalgumas organizações estamos a falar de uma ver-dadeira disrupção na cultura, pois não terão sido até à data muito valorizadas (ou por vezes valorizadas e até presentes nos valores e na visão, mas não praticadas e nem presentes na cultura organizacional). Este vai ser o grande desafio dos próximos anos dos nossos recursos humanos.

Catarina J. Morgado

(PwC | PwC’s Academy)

A análise da PwC (XXIII Global CEO Survey) refere que 30% dos empregos estão potencialmente sujeitos à automação em meados da década de 2030 e que os trabalhadores com níveis mais baixos de educação serão os mais atingidos inicialmente. Acrescenta ain-da que os novos empregos irão exigir uma combina-ção de competências e habilidades de cariz compor-tamental, digital e técnico.

Acredito que ainda seja difícil a uma boa parte dos administradores e gestores, nomeadamente nas em-presas de menor dimensão, apostar no investimento em formação comportamental pura, no entanto vejo futuro no treino desta tríade. Quero com isto dizer que se o fator humano é o que nos distingue das má-quinas, quando falamos em ‘upskilling’ falamos no treino de uma tripla vertente: no desenvolvimento de bons técnicos, mas também profissionais mais ágeis digitalmente, flexíveis e capazes de acompanhar a velocidade dos nossos dias. Isto porque o que uma pessoa aprende hoje e no qual é tecnicamente boa não será certamente suficiente para continuar a con-seguir bons níveis de desempenho amanhã. Por isso, o gosto e a vontade de aprender são também críticos no sucesso dos profissionais atuais.

Falando no mundo da formação propriamente dito, vejo a responsabilidade no desenho dos programas de formação, de forma a incluírem também o treino das ditas ‘soft skills’, isto é, o treino da agilidade, da criatividade, da inteligência emocional, etc; deverão encontrar-se embebidos nos programas ditos mais técnicos. Por outro lado, quando nos solicitam um programa, por exemplo de liderança, este não inci-de em exclusivo no treino inci-de competências compor-tamentais, inclui também a exposição a tendências recentes, ao seu impacto na organização e como as mesmas estão a ser experienciadas pelas equipas. E, por último, fomentando sempre uma cultura de aprendizagem, de ‘feedback’ e de responsabilização dos indivíduos nesse processo.

Ana Carmo (Scopphu)

A Scopphu tem vindo a apostar em formações de ‘soft skills’, até porque se já há tantos cursos de ‘hard skills’, porque não ajudar também as pessoas a melhorarem as suas competências pessoais e interpessoais? O mercado de trabalho está atento a esta tendência e a maioria das empresas com que trabalhamos pro-cura (e valoriza) mais do que competências técnicas. Além disso, a motivação, o desempenho e a felicidade dos colaboradores contribuem para o sucesso ime-diato de cada organização.

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País: Portugal Period.: Bimestral

Âmbito: Economia, Negócios e.

Cores: Cor

Área: 18,93 x 8,23 cm² Corte: 6 de 8

ID: 85590656 31-03-2020

Para que isso aconteça, é importante que os colabo-radores saiam da zona de conforto e participem em formações que se adaptam, de forma personalizada, às necessidades individuais de cada equipa.

Renata Milhano (SGS Portugal)

As organizações, cientes da importância que as ‘soft skills’ dos seus profissionais assumem na qualidade da entrega ao cliente final, bem como no desempenho do trabalho diário, têm apostado no desenvolvimento das mesmas.

O mundo atual da formação já está relativamente des-perto para esta nova exigência de mercado. A cres-cente procura obriga a um repensar dos planos de formação e à necessidade de lhes serem inculcados dinamismos que dantes não lhes eram exigidos. E se a

ESPECIALISTAS

- Joana Paulo Oliveira, Talent & Development Lead Southern Europe, Arrow Global/ Whitestar - Nélia de Jesus Vicente, Partner, Big Experience

- Artur Félix, Partner, Blink Consulting

- Cátia Silva, Head of Open Courses Business Development e Multimodal Learning & Development Advisor, CEGOC

- Cláudia Beirão, Chief Executive Officer (CEO) & Founder, Elevus - Cláudia Vicente, Diretora, Galileu

- Paula Baptista, Consultora Estratégica de Formação, High Skills - Mariza Moreira, Coordenadora Pedagógica, Incurso Capital Humano - Sara Sousa Brito, Diretora, People Value

- Catarina J. Morgado, Senior Manager, PwC | PwC’s Academy - Ana Carmo, Founder & CEO, Scopphu

- Renata Milhano, Human Resources & Legal Coordinator, SGS Portugal - Nuno Matos de Sousa, Partner, SHL Portugal

- Sofia Calheiros, Partner, Sofia Calheiros & Associates

- José Morais Barbosa, Diretor da Unidade de Negócio de Formação e Consultoria, Talenter - Ana Gandrita, Assessora da Direção Geral, Vantagem+

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Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 7 de 8

ID: 85590656 31-03-2020

nível do ensino secundário e superior os currículos es-colares estão robustecidos com ‘hard skills’, repensar a capacitação dos estudantes a nível comportamental é essencial. Está deste modo aberta a janela para que as entidades formadoras possam dar resposta a esta ten-dência de aposta na formação comportamental.

Nuno Matos de Sousa (SHL Portugal)

O «mundo da formação» tem como propósito dar resposta às necessidades reais de desenvolvimento de competências importantes para a eficácia do de-sempenho profissional. Assim, qualquer alteração das exigências feitas aos profissionais deverá ser refletida na oferta formativa existente. Um exemplo claro dessa relação é o conteúdo dos cursos que abordam a área da liderança, em que atualmente exploram de forma mais exaustiva a importância de o líder estabelecer relações colaborativas e construtivas com outras áreas da organização (‘entreprise leadership’), de modo a contribuir efetivamente para os objetivos globais e não apenas para os da sua equipa. Cabe ao «mundo da formação» continuar a aprender e a inovar formas de desenvolver as ‘soft skills’ dos profissionais, dado que estas são cruciais para o sucesso individual e co-letivo na era digital.

Sofia Calheiros

(Sofia Calheiros & Associates)

Acredito que no curto prazo as competências ‘hard’ continuarão a ser fundamentais. Enquanto a inteligên-cia artifiinteligên-cial se desenvolve, continuaremos a necessi-tar de ‘expertise’ técnica dos humanos.

A mudança, a grande mudança que espero no mundo da «formação», é vir a ter que desenhar metodologias e temas para não-humanos.

José Morais Barbosa (Talenter)

Nos últimos anos, o mundo da formação tem vindo já a sofrer bastantes mudanças, sendo a maior delas o (re)-centrar da importância da pessoa como raiz de todo o processo formativo. Hoje, a figura do formador tem vindo a perder importância face à figura do facilitador, cujo papel não é já o de debitar conhecimento mas o de facilitar processos de tomada de decisão, conduzin-do os formanconduzin-dos a criarem as suas próprias soluções de compromisso. Neste novo paradigma, uma mesma formação, quando facilitada para pessoas com valores, culturas, histórias de vida e níveis de maturidade dis-tintos, tem resultados completamente dispares. Hoje, com exceção das soluções de formação

orien-tadas para o mercado das tecnologias da informa-ção – onde as ‘hard skills’ continuam a ter um peso substancialmente superior ao das ‘soft skills’ –, as academias de formação têm de se reinventar, sob pena de virem a enfrentar sérios desafios de susten-tabilidade e sobrevivência. Neste novo contexto, as novas metodologias de facilitação – como são exem-plos os casos do ‘design thinking’, do ‘storytelling’, do Lego Serious Play ou do Points of You, entre outros – têm vindo a ganhar importância no desenho de solu-ções de formação impactantes nas pessoas e no negó-cio das organizações.

Ana Gandrita (Vantagem+)

A tendência de predomínio das ‘soft skills’ tem vindo a intensificar-se ao longo dos últimos anos e, consequen-temente, a moldar o mundo da formação ao criar a ne-cessidade de se apostar cada vez mais em metodologias ativas que trabalhem as competências pessoais e sociais de cada indivíduo.

Com o avanço da digitalização, prevê-se que as profis-sões sofram alterações profundas, passando por uma reinvenção constante não só do posto de trabalho mas também das funções exercidas por cada um de nós. De acordo com o Fórum Económico Mundial, até 2030 mui-tas das competências que os funcionários trazem para as empresas, hoje, terão mudado. De facto, vários estu-dos revelam que, até essa altura, entre 75% a 85% das profissões mais procuradas ainda não existiam hoje. Perante este contexto, por um lado é preciso reforçar as competências digitais da força de trabalho para que as pessoas tirem o máximo de valor da tecnologia, e por isso fará cada vez mais sentido para as empresas apos-tarem no desenvolvimento das ‘soft skills’ dos seus co-laboradores, uma vez que estas são transversais a qual-quer função e não podem ser automatizadas nem cor-rem o risco de ser extintas com o avanço da robótica. Na era da máquina, aquilo que nos diferencia, tanto a nível pessoal como a nível profissional, é a nossa capacidade de sermos humanos.

Jorge Pereira

(ZONAVERDE Consultoria e Formação)

O predomínio das ‘soft skills’ já se está a verificar, pois os empregadores cada vez dão mais importância às com-petências comportamentais em detrimento das compe-tências técnicas (aumenta a procura de formação para ‘soft skills’ e mantém-se a procura de ‘hard skills’). A procura de temas como «aumentar a motivação», «me-lhorar a comunicação» ou «trabalhar em equipa», entre outros, já é uma realidade, e a tendência será para au-mentar.

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País: Portugal Period.: Bimestral

Âmbito: Economia, Negócios e.

Cores: Cor Área: 4,22 x 1,30 cm² Corte: 8 de 8

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