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CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES UNIT CURSO DE NUTRIÇÃO JEFFERSON SANTOS LIMA NATÁLIA MEIRELES ARAUJO VINICIUS JOSÉ ALVES GUEDES FAUSTO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES – UNIT CURSO DE NUTRIÇÃO

JEFFERSON SANTOS LIMA NATÁLIA MEIRELES ARAUJO VINICIUS JOSÉ ALVES GUEDES FAUSTO

A IMPORTÂNCIA DA PROTEÍNA NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DE PACIENTES QUEIMADOS: REVISÃO INTEGRATIVA

MACEIÓ/AL 2020

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JEFFERSON SANTOS LIMA NATÁLIA MEIRELES ARAUJO VINICIUS JOSÉ ALVES GUEDES FAUSTO

A IMPORTÂNCIA DA PROTEÍNA NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DE PACIENTES QUEIMADOS: REVISÃO INTEGRATIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Nutrição.

Orientadora: Prof.ª Sybelle de Araújo Cavalcante

MACEIÓ/AL 2020

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por todos os livramentos e conquistas a nós concebidos.

Aos professores, que além de compartilhar seus conhecimentos e contribuir para a nossa formação profissional foram inúmeras vezes nosso sustento dentro da faculdade, dando o apoio que precisávamos.

A nossa orientadora, professora e coordenadora Sybelle de Araújo Cavalcante, pelos seus incentivos, correções e tranquilidade transmitida nesse período final de graduação.

Às nossas famílias, que sempre nos apoiaram, vibraram e sofreram juntos em toda a nossa caminhada.

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A IMPORTÂNCIA DA PROTEÍNA NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DE PACIENTES QUEIMADOS: REVISÃO INTEGRATIVA

THE IMPORTANCE OF PROTEIN IN THE BURNING PATIENT HEALING PROCESS: INTEGRATIVE REVIEW

LA IMPORTANCIA DE LA PROTEÍNA EN EL PROCESO DE CURACIÓN DE PACIENTES EN CURSO: REVISIÓN INTEGRATIVA

Jefferson Santos Lima¹ Natália Meireles Araujo¹ Vinicius José Alves Guedes Fausto¹ Sybelle de Araújo Cavalcante²

RESUMO

Introdução: As proteínas são constituídas por aminoácidos que por sua vez são formados por

cadeias peptídicas. É um dos principais nutrientes recomendado para pacientes críticos, visto que está relacionado com a cicatrização de feridas, manutenção da função imunológica e da massa muscular. Objetivo: Demonstrar a importância das proteínas no tratamento de cicatrização em pacientes queimados. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura a qual foi realizada por meio de uma busca bibliográfica dos últimos vinte anos, nos idiomas português, espanhol e inglês nas seguintes plataformas virtuais: Scientific Electronic Library Oline (SciELO), PubMed e Literatura Latinoamericana y del Caribe em la Ciências de la Salude (LILACS). Resultados: Após o procedimento metodológico utilizando as associações dos termos nas bases de dados foram encontrados 611 artigos. Destes foram selecionados 54 artigos e somente 7 foram considerados de acordo com o objetivo do estudo. Conclusão: Os estudos relatam quantidades eficazes da proteína que causa efeito positivo na melhora no estado nutricional, no entanto se faz necessários mais estudos que especifiquem as recomendações nutricionais e o período de intervenção eficientes para melhora da cicatrização em pacientes queimados.

Palavras chave: Queimaduras. Cicatrização. Nutrientes. Aminoácidos.

¹Acadêmico do curso de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL. jefferson_lima_2@hotmail.com

¹Acadêmica do curso de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL. meirelesnutrii@gmail.com

¹Acadêmico do curso de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL. viniciusfaustonutri@hotmail.com

²Docente do curso de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL. sybelle_araujo@al.unit.br

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ABSTRACT

Introduction: Proteins are made up of amino acids which in turn are formed by peptide chains. It is

one of the main nutrients recommended for critical patients, since it is related to wound healing, maintenance of immune function and muscle mass. Objective: To demonstrate the importance of proteins in the treatment of healing in burn patients. Methods: This is an integrative literature review which was carried out through a bibliographic search of the last twenty years, in Portuguese, Spanish and English on the following virtual platforms: Scientific Electronic Library Oline (SciELO) , PubMed and Latin American Literature and the Caribbean in Health Sciences (LILACS). Results: After the methodological procedure using the associations of terms in the databases, 611 articles were found. Of these, 54 articles were selected and only 7 were considered according to the objective of the study. Conclusion: Studies report effective amounts of protein that have a positive effect on improving nutritional status, however further studies are needed to specify the nutritional recommendations and the effective intervention period for improving healing in burn patients.

Key words: Burns. Wound Healing. Nutrients. Amino Acid.

RESUMEN

Introducción: las proteínas están formadas por aminoácidos que a su vez están formados por

cadenas peptídicas. Es uno de los principales nutrientes recomendados para pacientes críticos, ya que está relacionado con la cicatrización de heridas, el mantenimiento de la función inmune y la masa muscular. Objetivo: demostrar la importancia de las proteínas en el tratamiento de la curación en pacientes con quemaduras. Métodos: Esta es una revisión de literatura integradora que se realizó a través de una búsqueda bibliográfica de los últimos veinte años, en portugués, español e inglés en las siguientes plataformas virtuales: Biblioteca Electrónica Científica Oline (SciELO), PubMed y Literatura Latinoamericana y el Caribe en Ciencias de la Salud (LILACS). Resultados: Después del procedimiento metodológico utilizando las asociaciones de términos en las bases de datos, se encontraron 611 artículos. De estos, se seleccionaron 54 artículos y solo 7 se consideraron de acuerdo con el objetivo del estudio. Conclusión: los estudios informan cantidades efectivas de proteínas que tienen un efecto positivo en la mejora del estado nutricional, sin embargo, se necesitan más estudios para especificar las recomendaciones nutricionales y el período de intervención efectivo para mejorar la curación en pacientes con quemaduras.

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LISTA DE SIGLAS

AL- Ácido Lático DM – Diabetes Mellitus DRN – Doença Renal Crônica DVC – Doença Cardiovascular GLN- Glutamina

ICR – Insuficiência Renal Crônica IMC – Índice de Massa Corporal L-ARG – Arginina

NE – Nutrição Enteral OL- Óleo de Linhaça OM- Óleo de Milho ON- Óxido Nítrico PA – Pressão Arterial PIS- Proteína Isolada as Soja PTN – Proteína

SCT – Superfície Corpórea Total UTI- Unidade de Terapia Intensiva

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 9 2. MÉTODOS ... 10 3. RESULTADOS... 10 4. DISCUSSÃO ... 15 5. CONCLUSÃO ... 17 REFERÊNCIAS ... 17

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1 INTRODUÇÃO

Em situações de elevada resposta inflamatória sistêmica pode haver uma perda acelerada da proteína muscular e visceral, sendo esta utilizada de forma muito rápida. Isso é resultado da essencialidade que este macronutriente tem para pacientes críticos em processo de cicatrização de feridas, manutenção de massa magra e função imunológica (TOLEDO et al., 2015; CARPENEDO et al., 2016).

Em casos de desnutrição fica evidente que a oferta energética e proteica, deve ser aumentada, embora existam controvérsias em relação aporte proteico que deve ser oferecido. Um processo de cicatrização adequado e em menor tempo possível está ligado ao aumento do aporte calórico e proteico, evitando assim a lipólise proeminente, catabolismo proteico intenso e desnutrição instalada em pacientes queimados (SERRA et al., 2011; ROSSEAU et al., 2013; HALL, et al., 2012).

Durante a cicatrização, em caso de insuficiente aporte energético, as reservas proteicas funcionam como fonte energética. E a recomendação está aumentada devido ao catabolismo proteico, perda urinária, neoglicogênese e ao processo de cicatrização, com o objetivo de garantir um balanço nitrogenado positivo ou minimizar seu déficit (DIAS et al., 2009).

Desse modo para ocorrer uma recuperação tecidual de pacientes em estado crítico, que detém um metabolísmo e constante variação levando o paciente a um risco de desnutrição, se faz necessário uma resposta generalizada conveniente a esse mecanismo natural que estimula através de mobilização energética a função imune a fim de revigorar os tecidos danificados (OLIVEIRA et al., 2010).

Um paciente queimado necessita de um aporte proteico bem planejado. A quantidade de proteína requerida por um paciente queimado vai depender da área atingida pela queimadura, podendo variar de 1 a 2 g/kg/dia, até 3 a 4 g/kg/dia se a queimadura for extensa (SILVA et al., 2012).

Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar a importância das proteínas no tratamento de cicatrização em pacientes queimados.

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2 MÉTODOS

O presente artigo trata-se de uma revisão integrativa da literatura a qual foi realizada por meio de busca bibliográfica dos últimos vinte anos, nos idiomas português, espanhol e inglês, nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Oline (SciELO), PubMed e Literatura Latinoamericana y del Caribe em la Ciências de la Salude (LILACS), entre os meses de fevereiro e março de 2020.

Para guiar a busca destes artigos foi elaborada uma pergunta norteadora: Qual a importância da proteína para o processo de cicatrização de queimaduras? Os descritores “burns”, “protein”, “wound healing”, “nutrients”, “amino acid”, “glutamine” e “arginine” foram utilizados para essa busca. Como estratégia de pesquisa foi inserido o operador booleano “AND” e “OR” em todos descritores da seguinte forma: “burns” AND “protein” AND “wound healing, “burns” AND “nutrientes” OR “protein” OR “amino acid” e “glutamine” AND “arginine” AND “burns”.

Durante a seleção dos artigos, foram seguidas as seguintes etapas metodológicas: Inicialmente foram selecionados artigos nas bases de dados utilizando os descritores acima citados, após a seleção foram analisados os títulos e resumos. Posteriormente, foi feita a leitura na integra dos artigos disponibilizados gratuitamente.

Como critérios de inclusão foram selecionados apenas artigos disponíveis na íntegra diretamente relacionados ao objetivo do estudo realizados apenas com seres humanos queimados de qualquer faixa etária. Como critérios de exclusão foram descartadas teses, dissertações, artigos os quais não estavam de acordo com o objetivo do estudo, assim como pesquisas não realizadas exclusivamente com seres humanos.

3 RESULTADOS

Após o procedimento metodológico utilizando as associações dos termos nas bases de dados foram encontrados 620 artigos. Destes foram selecionados 55 artigos e somente 7 foram considerados de acordo com o objetivo do estudo, conforme figura 1, abaixo:

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Figura 1 – Fluxograma da busca e seleção dos artigos.

Fonte: Autores, 2020.

Na presente pesquisa nota-se que os artigos que analisaram os aminoácidos no processo da recuperação do paciente queimado (ZHOU et al., 2004; PENG et al., 2004; YAN et al., 2007) sofrem um espaçamento temporal de 13 anos, o que sugerem dois fatores: o tema em questão está sendo pouco estudado ou estão sendo publicados nas bases de dados poucos artigos gratuitos na integra. Deste modo no quadro 1 são apresentados os artigos selecionados, destacando autor e ano de publicação, objetivo, metodologia aplicada, público/amostra e principais resultados.

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12 Quadro 1. Síntese dos estudos selecionados para produção da revisão integrativa

Autor/Ano Objetivo Metodologia Público/Amostra Resultados

ZHOU et al., 2004

Avaliar os efeitos dos dipeptídeos de glutamina na permeabilidade do intestino e endotoxina plasmática após escarotomia em pacientes com queimaduras graves.

Estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado.

30 Pacientes com queimaduras graves foram divididos em dois grupos. Grupo

teste que recebeu NP com suplementação de glutamina e Grupo

controle que não recebeu a suplementação, a NP foi administrada

nos dois grupos por 12 dias. Foram observados nesse estudo o tempo de cicatrização, taxa de infecção, tempo de internamento, glutamina plasmática

e permeabilidade intestinal. .

30 Pacientes Queimados graves livres de lesão respiratória, DM, doença

hepática e DRC (Não foi informado o sexo

dos pacientes)

O grupo teste que recebeu glutamina demonstraram um tempo de cicatrização significativamente menor, além de

reduzir a infecção por bactérias e fungos, diminuiu a ocorrência de falência de múltiplos órgãos, mortalidade e permeabilidade intestinal, quando comparado com o grupo

controle. PENG et al., 2004 Observar os efeitos farmacológicos dos grânulos de glutamina fornecidos oralmente no metabolismo proteico em pacientes gravemente queimados.

Estudo clínico controlado randomizado duplo-cego.

Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois. Grupo (Gln, n = 25) que foi fornecido 0,5g/kg/dia de glutamina e Grupo controle (B, n = 23)

que recebeu placebo 0,5g/ kg/dia de glicina, sendo administrados durante 14

dias. Foram avaliados glutamina e proteínas plasmáticas, tempo de cicatrização, taxa de nitrogênio e

tempo de internamento.

Queimados Graves livres de lesão respiratória, DRC e

DCV

(29 do sexo masculino e 19 do sexo feminino)

O grupo glutamina teve melhor desempenho na síntese de proteínas e aboliram a proteólise quando comparados ao

grupo controle.

A cicatrização também foi mais rápida e os dias de internamento foram mais curtos no grupo Glutamina do

que no grupo controle (12 dias vs 17 dias, P < 0.05).

Investigar os efeitos da suplementação dietética de L-arginina (L-Arg)

Estudo prospectivo randomizado cego, controlado.

Queimados sem lesão respiratória e distúrbios

intestinais

Os grupos suplementados com arginina (400-200mg) teve aumento do fluxo sanguíneo da mucosa gástrica e no índice

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13

YAN et al., 2007

em pacientes gravemente queimados.

Os 47 Pacientes foram divididos aleatoriamente em 3 grupos: Grupo 1, que recebeu 400mg/kg/dia de L-Arg na

NE, Grupo 2 com 200 mg/kg/dia de L-Arg e Grupo 3 que não recebeu nenhuma suplementação na NE. Sendo

administrados durante 3 dias. Foram observados conteúdo sérico de ON e AL, pressão arterial média, índice de oxigenação e fluxo sanguíneo da

mucosa gástrica.

(40 do sexo masculino e 7 do sexo feminino)

ácido lático no sangue, quando comparados ao grupo controle, sugerindo que a L-arginina melhorou a perfusão sanguínea dos órgãos vitais, promoveu o metabolismo e o transporte de oxigênio e melhorou o status da oxigenação.

VIJFHUIZE et al., 2010

Avaliar a ingestão nutricional em pacientes

pediátricos queimados, com ênfase na ingestão nutricional requerida vs

recebida, dieta da enfermaria e adesão às

instruções do nutricionista.

Estudo clínico randomizado.

Os pacientes foram divididos em dois grupos. Grupo 1 com queimaduras < 20% da SCT, que recebeu 1,5g/kg/dia

de PTN, sendo acompanhados por 3 dias consecutivos e Grupo 2 com queimaduras ≥ 20% da SCT, que recebeu 3g/kg/dia de PTN, sendo

acompanhados até 35 dias. Foram avaliados as necessidades nutricionais, ingestão e prescrições

alimentares.

40 Crianças queimadas (Não foi informado o sexo

dos pacientes)

A suplementação proteica em excesso foi observada em 24 dos 29 pacientes do grupo 1 e em 6 dos 11 pacientes do

grupo 2.

A ingestão calórica inadequada foi observada em 19 de 29 pacientes e em 9 de 11 pacientes nos grupos 1 e 2,

respectivamente.

Baixo cumprimento das prescrições dietéticas (170 de 211 dias), resultando na anorexia devido a lesão por

queimadura. VARON et al., 2017 Avaliar a viabilidade e segurança do fornecimento da nutrição enteral em pacientes gravemente queimados sob o Protocolo de Suporte Nutricional à Queimadura.

Estudo clínico randomizado.

Foram avaliados 33 pacientes com uma média de sete viagens a sala de

cirurgia. Divididos em Grupo Protocolo com 17 pacientes recebendo

alimentação enteral intraoperatória e Grupo padrão com 16 pacientes que não receberam NE intraoperatória. Foram avaliados a ingestão de PTN e

calorias diárias recomendadas, complicações como infeções e mortalidade, tempo de internamento e

33 Adultos Queimados (Sexo masculino)

O grupo de protocolo que estava com a alimentação intraoperatória alcançaram suas necessidades calóricas

(98,06%) e proteicas (98,4%) em menos dias em comparação com (70,6% e 73,2%) do grupo padrão. O tempo para atingir a taxa de alimentação foi em média de 3 dias antes no grupo protocolo em comparação com o

padrão (3,35 vs 6,18 dias, P=0,008).

Os dias de internamento e de UTI foram menores no grupo protocolo em comparação com o padrão (50 a 53 dias e 49

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14 dias na UTI. BABAJAFARI et al., 2018 Avaliar a proteina e os alimentos funcionais sobre o catabolismo muscular, função hepática, lipídios e açúcar no sangue em pacientes queimados.

Ensaio clínico randomizado duplo cego

Os participantes foram divididos em: Grupo A (25) que recebeu a Proteina isolada de soja + OL, Grupo B (24) que

recebeu a Proteina isolada de soja + OM e Grupo Controle (24) que recebeu

Farinha de trigo + OM. Todos receberam esses nutrientes em forma

de lanche por 3 semanas. Foram avaliados os marcadores de catabolismo muscular, função hepática

e perfil lipídico.

73 Pacientes queimados livres de lesão respiratória,

IRC e hepática. (Não foi informado o sexo

dos pacientes)

Na 3ª semana foi observado que os grupos de tratamento tiveram menor perda de peso e IMC comparados com o grupo controle reduzindo o catabolismo muscular. (Todos

p<0,01)

Balanço de nitrogênio (p=0,008) e creatinina sérica (p=0,005) aumentaram significativamente nos grupos da proteina isolada de soja em comparação ao grupo controle.

TRAMONTI et al., 2018 Descrever e analisar os resultados da implementação de um protocolo de suporte nutricional para pacientes pediátricos queimados internados em unidade de terapia intensiva nas primeiras 6

semanas.

Estudo Analítico, prospectivo, observacional e longitudinal.

18 Pacientes pediátricos queimados internados na UTI do Hospital

Garrahan, foram analisados semanalmente por 6 semanas, através de um protocolo de suporte nutricional,

sendo avaliados parâmetros de hipermetabolismo.

Crianças e adolescentes queimados

(6 do sexo feminino e 12 do sexo masculino)

Foi observado que os parâmetros de hipermetabolismo retornaram ao normal 4-6 semana após a hospitalização.

10 pacientes alcançaram uma ingestão aceitável de proteina na 2ª semana que foi aumentada semanalmente.

O requerimento energético foi alcançado na 2ª semana enquanto o objetivo médio de proteina apenas na 6ª semana, havendo uma realização tardia da ingestão de

proteínas devido a limitações clínicas.

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15

4 DISCUSSÃO

Zhou et al. (2004) observaram em seu estudo, a melhora da cicatrização de feridas, na permeabilidade intestinal, redução dos custos de internação hospitalar e melhorias nos marcadores nutricionais e inflamatórios com a suplementação de glutamina via parenteral (0,5g/kg/dia), corroborando com esse estudo, Peng et al. (2004) ressaltaram a importância da glutamina na promoção da síntese proteica e na melhora do sistema imunológico, mostrando que o nível plasmático de glutamina diminui significativamente em pacientes gravemente queimados. E demonstraram que é necessário oferecer 30-40g (0,5g/kg/dia) de glutamina para reduzir o catabolismo proteico, prevenir a depleção de glutamina e reduzir o tempo de internação hospitalar. Confirmando seu efeito significativo Pattanshetti et al. (2009) em seu estudo clínico, relataram uma redução na infecção sanguínea por bactérias e diminuição da permanência hospitalar em pacientes que foram suplementados via enteral com 0,5g/kg/dia de glutamina.

A glutamina exerce efeito benéfico na função imune através da produção de linfócitos T e B, e imunoglobulina A (IgA), e constitui-se fonte energética importante para todas as células do sistema imunológico. Nos enterócitos, mantém a integridade intestinal, prevenindo a atrofia da mucosa, além de atenuar a apoptose celular, sendo considerada um aminoácido condicionalmente essencial durante uma inflamação sistêmica (ROSINA et al., 2011).

Em se tratando da proteína isolada de soja, Babajafari et al. (2018), relataram que se faz necessário mais estudos sobre seu efeito nos pacientes queimados, porem observaram que a mesma é rica em aminoácidos de cadeia ramificada, como a leucina que pode estimular a síntese de proteínas musculares e também é fonte de arginina que é um aminoácido que se torna essencial durante períodos de estresse fisiológico, pois está envolvida na formação de colágeno, reparo de tecidos e cicatrização de feridas. Mcrae (2016), em sua revisão sobre os benefícios da arginina, verificou uma redução da taxa de infeção e no tempo de permanência hospitalar em pacientes cirúrgicos, no entanto esses resultados positivos devem ser considerados com cautela, pois foi observado heterogeneidade nos grupos das metas-analises.

Quanto a arginina, um outro aminoácido avaliado no estudo, Yan et al. (2007) observaram que após a suplementação enteral de arginina na faixa de 200 a 400mg/kg/dia o nível de oxigenação no sangue melhorou, corrigindo a hipoxemia e houve diminuição no nível sérico de óxido nítrico que é aumentado em pacientes queimados, trazendo malefícios como diminuição do débito

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cardíaco, promovendo a vasoconstrição, reduzindo o suprimento de sangue/oxigênio aos órgãos, aumentando a liberação de citocinas pró-inflamatórias e a taxa de mortalidade. Na mesma perspectiva Guo et al. (2009), observaram 30 pacientes gravemente queimados com suporte nutricional durante 14 dias, e os resultados apontaram que o grupo que estava recebendo nutrição enteral enriquecida com arginina melhorou efetivamente o seu estado nutricional e a função imune celular.

A arginina é um aminoácido classificado como semiessencial, tornando-se essencial no paciente queimado pois sua demanda aumenta em situações de estresse, é precursora da prolina e possui papel importante na síntese da hidroxiprolina e, consequentemente, do colágeno, exerce papel na síntese proteica, como substrato para o ciclo de ureia e produção de óxido nítrico pelas células endoteliais vasculares que regula a pressão sanguínea e perfusão tecidual, se tornando benéfico após o trauma devido ao hipercatabolismo (SOUZA et al., 2015).

Como enfatizaram Fernandes et al. (2009), devido a redução do sistema imunológico e da cobertura cutânea que o queimado sofre após o trauma, ocorre também uma perda de água causando um desequilíbrio na regulação do pH cutâneo, deixando o mesmo mais suscetível a infecções graves no local da lesão térmica, causada por microrganismos invasivos. No estudo de Varon et al. (2017), foi evidenciado que a porcentagem total das necessidades calóricas e proteicas no grupo protocolo que teve a nutrição enteral precoce foram atingidas na metade do número de dias em comparação com o grupo padrão (3,4 vs 6,2 dias), o que contribuiu para a redução das taxas de infecção e dias de UTI. Concomitante a esse estudo Gottschlich et al. (2002) observaram em sua pesquisa que o grupo que recebeu a alimentação enteral precoce reduziu a perda calórica e a degradação de proteínas.

Vijfhuize et al. (2010), demonstram a importância de atender as necessidades nutricionais dos pacientes queimados, devendo ser determinadas no início do internamento de acordo com a extensão da lesão térmica e os fatores individuais para evitar a ingestão inadequada de proteínas e carboidratos e comprometer a recuperação do paciente. Em seu estudo uma minoria recebeu excesso de alimentação, o que pode levar a hiperglicemia, esteatose hepática e anormalidades renais, chamando atenção também para o acompanhamento diário do consumo alimentar para prevenir possíveis complicações e alterações que se corrigidas no início favorecem na melhora da evolução do paciente (SERRA et al., 2011).

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Tromonti et al. (2018), ressaltaram a importância do uso do protocolo da Clinical Practice Guidelines (CPGs) de suporte nutricional que tem como característica a ingestão de proteínas de 3 g/kg/ dia para crianças e 1,5-2 g/kg/dia para adolescentes, para aumentar o sucesso da recuperação do paciente queimado, tendo em vista que o mesmo tem por objetivo assegurar as necessidades energéticas e proteicas necessárias para o mecanismo fisiológico e minimizar as consequências do trauma como a perda de peso, reavaliar as evoluções nas fases de hipercatabolismo a fim de estabelecer a recuperação do paciente, pois o fornecimento nutricional inadequado compromete a reparação e reconstrução dos tecidos (ZAROS, 2008). Acerca dessa temática, Wei et al. (2015), compararam em sua pesquisa pacientes críticos que receberam diferentes ingestões calóricas e demonstraram que a mortalidade foi menor e a recuperação física foi mais rápida naqueles que receberam ingestão nutricional adequada. Todavia, se faz necessário uma recomendação específica de proteínas para a recuperação do paciente queimado.

5 CONCLUSÃO

A importância do aporte adequado de proteínas em pacientes queimados é evidente. As alterações fisiopatológicas que ocorrem após a queimadura, como a perda de nitrogênio, desnutrição, predisposição a infecções e hipermetabolismo não dispensa o aporte deste macronutriente para amenizar a resposta metabólica. Os estudos sugerem que um suporte nutricional eficiente com reposição de aminoácidos como a glutamina e arginina reduz o risco de infecções, acelera o processo de cicatrização e melhora o quadro clínico do paciente queimado, diminuindo o tempo de internação. Os estudos relatam quantidades eficazes da proteína que causa efeito positivo na melhora no estado nutricional, no entanto se faz necessários mais estudos que especifiquem as recomendações nutricionais e o período de intervenção eficientes para melhora da cicatrização em pacientes queimados.

REFERÊNCIAS

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