O que é e pra quê
serve o Jato de
Índice:
Índice --- pg 02 Introdução --- pg 03 Os Estados Físicos da Matéria --- pg 04 O que é Plasma? --- pg 05 Os primórdios do controle sobre o plasma --- pg 08 O domínio total do plasma --- pg 09 Aplicações do Jato de Plasma --- pg 10 O Eletrocautério --- pg 12 O Ultrassom Dessecante --- pg 13 Finalidades Terapêuticas --- pg 14 Conclusão --- pg 15 Bônus: New Skin --- pg 16
Introdução:
De tempos em tempos a Estética sofre a invasão de novas tecnologias, que chegam prometendo resultados incríveis. Junto destas inovações, outras tecnologias paralelas acabam pegando carona e aproveitando-se do momento de marketing propício para inserirem-se no mercado, mesmo que suas características sejam diferentes.
E com o Jato de Plasma não foi diferente! Mas, afinal: o que é e para quê serve esta tecnologia? E mais: quem são, como funcionam e pra quê servem as técnicas similares? Qual delas é a mais eficiente?
Os Estados Físicos da Matéria
Para poder entender bem o que é e para quê serve o Jato de Plasma, inicialmente, precisamos entender o que é o plasma propriamente dito.
Para isso, precisaremos relembrar os estados da matéria, que aprendemos nas primeiras aulas de física na escola. A matéria subdivide-se em estados de vibração molecular, também
conhecidos como estados físicos da matéria.
Quando as moléculas têm muita força de adesão e poucas energias vibracionais entre si, elas se encontram no estado sólido. Quando essa energia de movimentação molecular sobe, mas ainda existem forças de interação e adesão entre as moléculas, a matéria passa para o estado líquido. E quando o aumento da energia de movimentação molecular acaba por fim vencendo as forças de adesão, a matéria muda para o estado gasoso.
O que é o plasma?
Atualmente, a ciência estuda mais um estado físico da matéria, que seria o quarto. Afinal, a energia de movimentação pode continuar aumentando, mas agora ela deixa de atuar no nível molecular e passa a agir no nível atômico.
Um átomo tem sua região central carregada por cargas positivas e neutras, os pósitrons e os nêutrons. Circulando em seu entorno estão os elétrons - que têm carga negativa.
Quando é colocada energia dentro desse sistema, os elétrons acabam saindo da sua órbita convencional, e geram uma condição energética chamada de plasma.
O que é o plasma?
Para ficar bem claro: o plasma está para o gás, assim como o gás está para a água.
Ou seja: o plasma seria o próximo estado físico da matéria depois da forma gasosa. Assim, possui energia vibracional maior que a do gás, juntamente com uma força de atração molecular menor. Estima-se que 99% da matéria do universo esteja no estado de plasma, rarefeito no plasma intergalático e estelar.
O que é o plasma?
Apesar de parecer um conceito relativamente novo, o ser humano interage com este estado da matéria há muito tempo. Na verdade... desde a Pré-História!
Afinal, a ciência considera o fogo como uma forma de emanação de plasma térmico, e o domínio do fogo foi o primeiro grande salto tecnológico da Humanidade em seus primeiros dias.
Mas o plasma não precisa ser obrigatoriamente “quente”. Ele também pode ser obtido através de emanações “frias” mas, para isso, é necessário controlar diferentes variáveis como pressão, correntes elétricas e campos magnéticos.
E não se engane: mesmo o “plasma frio” atinge temperaturas de várias centenas de graus Celsius!
Os primórdios do controle sobre o plasma
Em um primeiro momento, o plasma manifestava-se somente em sistemas fechados. Nesta versão, os gases estimulados formam ondas luminosas quando encontram um elemento que feche o sistema, como, por exemplo, quando a mão toca uma esfera de luz.O domínio total do plasma
A evolução sobre o entendimento do plasma possibilitou o controle das diferenças de potencial elétrico, fazendo com que sistemas abertos também pudessem emanar jato de plasma. Porém, isso só acontece sob uma condição: a ponteira precisa obrigatoriamente estar próxima à pele.
Aplicações do jato de plasma
Este estado da matéria é altamente energético, podendo interagir com o tecido cutâneo de diferentes formas, dependendo da intensidade de energia depositada.
Quando a intensidade é baixa, como em varredura, ele apresenta uma atividade séptica interessante, sendo indicado para o tratamento terapêutico da acne, por exemplo.
Com o aumento do depósito de energia, gera-se uma resposta inflamatória que estimula a produção de colágeno - responsável por combater a flacidez e as rugas - e que é bastante indicado para protocolos de rejuvenescimento.
Aplicações do jato de plasma
Com grande carga de depósito pontual de energia, ele desenvolve ainda uma atividade ablativa, que pode chegar até o nível de carbonização de algumas formações cutâneas como acrocódons, nevos e xantelasmas.
A pele que recebe essa alta carga energética apresenta retração, o que justifica a indicação do jato de plasma para a famosa blefaroplastia não-cirúrgica.
Outros aparelhos no mercado desenvolvem atividades similares, mas com outras formas de emanação de energia.
O eletrocautério
No caso do eletrocautério, a corrente elétrica é disparada diretamente na superfície, gerando uma queimadura superficial controlada.
Dependendo da intensidade da corrente, teremos uma indução inflamatória até a destruição das alterações cutâneas.
O ultrassom dessecante
Já o ultrassom dessecante tem proposta semelhante. Ele converte a energia elétrica dentro do sistema e transmite a vibração através das ponteiras metálicas.
Assim, em contato com a pele, promove grande vibração da molécula de água, podendo gerar respostas inflamatórias, abrasão e até destruição das formações cutâneas.
Finalidades Terapêuticas
As finalidades terapêuticas de jato de plasma, do eletrocautério e do ultrassom dessecante são
as mesmas.
Clinicamente, observa-se até uma maior capacidade de destruição pontual nas técnicas de eletrocautério e ultrassom.
Porém, o jato de plasma permite maior controle do depósito energético, o que garante uma maior precisão na aplicação das técnicas e procedimentos.
Conclusão
As propostas de tratamento com estas técnicas são recentes, portanto, ainda não temos estudos comparativos sobre a eficácia das mesmas.
Pelo apelo publicitário, todos estes aparelhos são vendidos como sendo jato de plasma. Porém, a partir deste e-book, pudemos entender que as formas de emanação energética do eletrocautério e do ultrassom dessecante são bem diferentes da emanação de jato de plasma. E por fim, deixamos as perguntas:
Qual é a técnica que você está utilizando? Como estão os resultados de antes x depois? Quais são as suas principais dúvidas?
Bônus: New Skin - eletrocautério
Sobre o autor:
Formado em Farmácia, pós-graduado em Marketing e MBA em Cosmetologia, Rafael Ferreira é mestre em Ciências da Saúde; doutor em Medicina Celular e Molecular pela Faculdade de Medicina do ABC e professor universitário. É responsável pela clínica DermaBlue. Formado em Farmácia, ele se especializou dentro da área de Cosmetologia e Estética. Fez estágio internacional na Itália para aprender um pouco mais sobre cosméticos naturais e, durante o curso, foi convidado para desenvolver pesquisas clínicas para o Instituto Mezzo de
Cosmetologia e Estética e coordenar o comitê científico do Congresso Internacional da Consulfarma, importante evento do setor.
Rafael também é pesquisador convidado para realização de estudo com as empresas IBRAMED, HTM, FISMATEK, DMC, ELETROBEL, VR Medical e Mezzo Dermocosméticos. Militante pela moralização e
profissionalização da área da Estética, foi convidado para apresentar o programa ‘Descomplique Estética’, do Portal Negócio Estética, site considerado referência no meio profissional. Atualmente, concilia a vida acadêmica com a prática e se destaca no mercado ministrando cursos dentro da área de Cosmetologia e Estética,
Créditos e Copyright:
Texto:
Dr. Rafael Ferreira
Edição, diagramação, revisão e texto adicional:
Alexandre Bertolazi
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