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A globalização dos mercados trouxe três conseqüências práticas: novas oportunidades, aumento da intensidade da competição e da incerteza

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Academic year: 2021

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A globalização dos mercados trouxe três

conseqüências práticas: novas

oportunidades, aumento da intensidade da

competição e da incerteza

Oportunidades importantes estão na

operação em escala global, com ganhos de

escala e escopo dificilmente disponíveis

(3)

Novas oportunidades surgem de inovações

tecnológicas e das mudanças nos

comportamentos de consumidores e da

sociedade em geral

Algumas delas podem ser muito atrativas

mesmo em nível local.

É facilmente perceptível que a intensidade da

competição vem aumentando: empresas globais

adquirem vantagens competitivas em razão da

escala de suas operações, e expandem suas

(4)

Essas novas forças aumentam a incerteza quanto à

trajetória dos mercados

A globalização vem passando por mutações cujos

desdobramentos são difíceis de prever

No início, a globalização foi impulsionada por inovações

nas tecnologias de informação e comunicação e pelo

fim da Guerra Fria. Sua maior inspiração vinha dos EUA, cujas universidades norte-americanas geraram as

teorias e as ferramentas que prepararam as empresas para operar de modo global. O mundo parecia pronto para a expansão sem limites da globalização dos

(5)

Hoje não se pode dizer que a globalização é um

fenômeno tão simples: às primeiras mudanças se

somaram outras que aumentaram sua

complexidade

Primeiro foi o crescimento de países

emergentes que começaram a se beneficiar da

globalização. A grande mudança é a importância

da China e da Índia na economia internacional, e

o ineditismo de suas formas de competir, que

(6)

A prosperidade asiática vem aumentando a

demanda por alimentos e commodities

industriais básicas, o que traz oportunidades

novas para países produtores como o Brasil, ao

mesmo tempo em que levanta questões

importantes sobre a viabilidade de atender a

essa demanda adicional de recursos naturais, e

sobre a própria sustentabilidade desse modelo.

Surgem gargalos potenciais por escassez de

(7)

Sabe-se também que esse processo está

apenas no começo, pois chineses têm algo

como 800 milhões de habitantes que

aguardam para ingressar no mercado de

consumo; os indianos têm perto de 500

milhões; e os demais países emergentes,

inclusive o Brasil, algumas outras centenas

de milhões

(8)

Outro movimento recente e rápido é a

expansão da União Européia, que já soma

27 países e atrai para a sua zona de

influência inúmeros outros

Europeus e chineses ocupam rapidamente

os espaços abertos pelo encolhimento do

antigo império soviético, no Leste Europeu

e na Ásia Central, e esse movimento ocorre

quase sem a presença de norte-americanos

(9)

Finalmente, os sinais de problemas com a

economia norte-americana, expostos pelos

déficits governamentais e do setor

externo, que se tornam insustentáveis em

um mundo em que a distribuição de poder

tende à multipolaridade

Surgem recentes formas de competir, para

aproveitar as novas oportunidades ou para

conviver de forma mais segura com as

(10)

Essas novas formas de competir

combinam decisões sobre a

abrangência da estratégia, que

pode ser local ou global, com

maneiras inéditas de

(11)

Negócios Globais e Locais

Muitos mercados permanecem locais. Alguns pelas razões

corretas, outros não. Com freqüência, isso ocorre porque é difícil existir neles operações suficientemente grandes e atrativas: a oferta é fragmentada, a rentabilidade é baixa e está

constantemente sob a pressão em função de guerras freqüentes de preços e dos preços praticados por concorrentes informais. Essas situações são instáveis, pois esses mercados estão

potencialmente sujeitos a um processo de concentração que pode ser disparado por descontinuidades, como mudanças tecnológicas ou na regulamentação, aceleração da demanda, crises agudas de rentabilidade ou iniciativas de concorrentes ousados e com grandes bolsos.

(12)

Negócios Globais e Locais

No entanto, existem mercados em que

os negócios locais são perfeitamente

sustentáveis e saudáveis. Entre eles,

estão os mercados protegidos por

barreiras naturais, como é o caso de

usinas geradoras de energia, empresas

de telefonia, fabricantes de cimento,

etc...

(13)

Negócios Globais e Locais

Outros mercados locais são sustentáveis em

função de arranjos institucionais e dimensões

suficientes para abrigar empresas e modelos de

elevada competitividade. É o caso do mercado

financeiro brasileiro, no qual as regras de

funcionamento são predominantemente locais,

existem concorrentes locais e globais, e as

competências necessárias para competir são

tipicamente globais

(14)

Negócios Globais e Locais

A competição em mercados globais é diferente

da competição em mercados locais. Empresas

globais têm mais possibilidades de ganhos de

escala e de escopo

Os primeiros decorrem de volumes de

produção elevados, e os demais são de dois

tipos: os específicos (relacionados a processos), e

os de caráter geral (como o acesso facilitado a

(15)

Negócios Globais e Locais

Em operações globais, os processos operacionais

ganham configuração diferente, como sistemas

de logística para atender a dezenas de países

simultaneamente, e processos colaborativos

para desenvolvimento de produtos que integram

designers, especialistas de diversas áreas,

(16)

Negócios Globais e Locais

Por essas razões, é inadequado simplesmente

replicar práticas bem-sucedidas no mercado

interno quando se inicia a expansão para novos

mercados. É preciso definir as práticas que

precisam ser adaptadas à operação global e se

preparar para realizar essas transformações,

(17)

Negócios Globais e Locais

A transição de uma empresa local para global, na

maioria das vezes, requer investimentos

significativos, seja em capacidade produtiva e na

aquisição de competências, seja para satisfazer

requisitos mais exigentes de desempenho

operacional. Os riscos podem se tornar

temporariamente mais elevados, e é bem

provável que os retornos sobre os primeiros

(18)

Foco no Cliente

O breve histórico do pensamento estratégico moderno

demonstra que a preocupação predominante dos

planejadores de estratégia tem sido a estruturação da oferta e a concorrência

Kotler escreveu em 1994 que, “finalmente, nos anos 90,

após se preocuparem com outras prioridades nas

últimas décadas, as empresas podem estar prontas para reconhecer a importância crítica de estarem orientadas e dirigidas para o consumidor na condução de todas as suas atividades (...)”.

(19)

Foco no Cliente

A evolução da T.I. capacita as empresas a monitorar

comportamentos individuais de clientes em muitas atividades

Porém, a expectativa de Kotler de que as empresas se

orientem para os clientes não tem se confirmado. Ainda hoje, as estratégias que se baseiam em foco no cliente são menos freqüentes do que era de se esperar, apesar de toda a literatura que existe a respeito

Isso se explica talvez pelo fato de que os ganhos

prometidos por estratégias centradas em clientes são mais difíceis de quantificar a priori

(20)

Foco no Cliente

Existem duas formas principais de gerar foco em

clientes

A primeira é mais tradicional e está acessível a qualquer

empresa, pois requer apenas que se conheça os diversos segmentos de consumidores, seus comportamentos e atitudes com relação aos produtos da empresa e à

(21)

Foco no Cliente

A outra forma, o relacionamento individualizado com

clientes, foi viabilizada pelos avanços na T.I. e pelos progressos da própria estatística, que vem

desenvolvendo recentemente técnicas para lidar com grandes volumes de dados. Ela é baseada não em

pesquisas junto a amostras de clientes, mas sim na modelagem estatística de dados transacionais e

pessoais de cada cliente, para conhecer e prever suas atitudes e seus comportamentos com relação aos

(22)

Foco no Cliente

A busca por novos clientes é essencial na maior parte

dos negócios em que a venda é feita a clientes

individuais, porque as taxas de renovação da compra tendem a ficar entre 70% e 80%, na maior parte dos casos bem-sucedidos. Isso significa que o conjunto de clientes que comprou em um ano tende a decrescer

rapidamente ao longo do tempo, se não lhe for vendido outros produtos, ou se não houver novos clientes que substituam aqueles que deixarão de comprar

(23)

Foco no Cliente

Essa dinâmica tem de ser bem entendida e gerenciada,

para evitar dificuldades crônicas para crescer de forma sustentável

O impacto de melhorias na rentabilidade tende a ser

expressivo, porque, tipicamente, essa abordagem não leva a custos crescentes, uma vez que é desenhada para obter excelência no relacionamento ao longo do tempo, com melhorias pequenas, freqüentes e incrementais

(24)

Foco no Cliente

É importante observar que, da mesma forma que as

cadeias de valor flexíveis, as abordagens descritas não podem substituir uma visão estratégica mais

abrangente

Afinal, mudanças radicais em produtos (ou em seus

custos), em tecnologias, ou no grau de concentração da indústria, podem anular esses ganhos rapidamente.

Assim, as empresas que adotam essa abordagem continuam ainda precisando tratar de outras

considerações estratégicas, como qualquer outra empresa, além de gerenciar cuidadosamente a

(25)

Estratégias Chinesas

Cada vez mais as empresas brasileiras vão deparar com

players globais diferentes dos norte-americanos,

europeus e japoneses com os quais já convivemos há tempos, como as empresas chinesas.

Estas tendem a desenvolver vantagens competitivas

derivadas do modelo de desenvolvimento econômico chinês, que é centrado nas oportunidades trazidas pela globalização e na alta capacidade de poupança de sua economia. Esse modelo foi desenhado sob medida para explorar os pontos fortes do país

(26)

Estratégias Chinesas

Sua imensa poupança interna é usada para a expansão

acelerada da infra-estrutura: energia, estradas, portos, etc. com isso, aumenta-se o poder de barganha do

governo na atração de investimentos estrangeiros, que são direcionados para o aumento da capacidade de

produção industrial.

As companhias chinesas não têm essas facilidades:

elas sofrem as limitações de um mercado de capitais e de um sistema bancário ineficiente, e também com uma burocracia que decide quem recebe recursos e pode ter acesso ao mercado de ações.

(27)

Estratégias Chinesas

Entretanto, vivem em um ambiente de altíssima

competição entre si, com multinacionais e

estatais, e beneficiam-se da enxurrada de

inovações e competências trazidas ao país pelas

multinacionais.

Impulsionadas pelo crescimento do país, têm

integrado as economias asiáticas, por meio de

cadeias de suprimento que usam

matérias-primas, componentes, mão de obra e tecnologia

de toda a Ásia

(28)

Estratégias Chinesas

Esse processo é facilitado pelas

importantes comunidades

empresariais chinesas que vivem em

Taiwan, Hong Kong e Cingapura e nas

Filipinas, Tailândia, no Vietnã e

Malásia, onde os chineses formam

importantes e ativas minorias

(29)

Estratégias Chinesas

Ao competirem no exterior, as empresas

chinesas usam as vantagens competitivas

decorrentes desse modelo.

A escala de produção de empresas chinesas

pode ser impressionante. As notícias recentes

são da proliferação de fábricas de tecnologia

média, como em papel e petroquímica, que são

enormes e em número impressionante.

(30)

Estratégias Chinesas

As empresas chinesas não atuam mais somente

como fabricantes para empresas

norte-americanas e européias, e muitas já entram em

novos mercados externos por conta própria.

Essa forma de penetrar mercados deve ser vista

como uma etapa intermediária na evolução

dessas empresas, mas ainda é a forma

(31)

Estratégias Chinesas

A experiência mostra que o crescimento das

importações chinesas vem em grande parte das

respostas competitivas inadequadas das empresas locais, que são provocadas por não entenderem

suficientemente como funcionam as estratégias baseadas em ganhos de escala.

Encontrava-se empresas assustadas com a concorrência

chinesa, que tinham processos produtivos deficientes, operando com apenas 70% e até 50% da capacidade ocupada, e elevados custos administrativos. Sem dúvida, essas empresas não têm a menor chance de sucesso

(32)

Estratégias Chinesas

Outras empresas recuavam para nichos, em que

vendiam produtos de maior valor agregado e com variedade de itens

É possível desenvolver respostas mais eficientes do que

estas.

Em primeiro lugar, é preciso estabilizar a produção no

(33)

Estratégias Chinesas

Além de manter os ganhos de escala nos processos

produtivos, é essencial reduzir os custos fixos aos menores níveis possíveis, sem nenhum traço de complacência

É claro que as empresas brasileiras têm problemas

com insumos, transportes, impostos e altos gastos com mão de obra qualificada, que constituem o cerne do

custo Brasil. Em parte, essas desvantagens podem ser compensadas pelas melhorias já referidas, e com o

aumento de eficiência onde é mais difícil para os importadores

(34)

Estratégias Chinesas

No final, a experiência mostra que

é possível encontrar uma luz no fim

do túnel, mas não se devem

esperar tempos fáceis, quando se

começa a competir com

(35)

Estratégias Indianas

Entre a independência em 1947 e o ano de 1991, a Índia

adotou políticas econômicas inspiradas por políticos trabalhistas e socialistas ingleses, que eram baseadas na crença de que um Estado forte deveria liderar o

desenvolvimento, em uma economia fechada e crescendo pela substituição de importações.

A Constituição baniu o regime de castas, mas na

prática muito das discriminações permanece,

principalmente em função do modelo econômico

descrito, que resulta sempre em forte concentração de renda e facilita a manutenção de privilégios

(36)

Estratégias Indianas

Essas fragilidades fazem que a Índia, apesar do

excelente desempenho econômico das últimas duas décadas, alcance crescimento menor do que o chinês, tenha menor potencial de crescimento no longo prazo, e não consiga tirar da pobreza um grande número de pessoas a cada ano. No entanto, a Índia consegue

disponibilizar para suas empresas importantes trunfos competitivos

(37)

Estratégias Indianas

Em primeiro lugar, existe uma classe média com

cerca de 200 milhões de pessoas, fluentes em

inglês e muito bem educadas. Essas pessoas

trabalham nos setores em que a combinação de

uma boa formação educacional com o

(38)

Estratégias Indianas

O crescimento econômico tem se encarregado

de levar a prosperidade a outros setores, como o

têxtil e o automobilístico. Nesses setores as

regulamentações governamentais foram

eliminadas, e vem surgindo empresas com

cultura e competência globais, livres dos maus

hábitos das empresas nascidas em economias

fechadas e dependentes das benesses do poder

público.

(39)

Estratégias Indianas

As empresas indianas podem ser competidores

formidáveis nos setores em que mão de obra

técnica de bom nível e grandes volumes de

produção são fatores competitivos decisivos. Ao

mesmo tempo, elas têm custos de mão de obra

especializada inferiores aos brasileiros, ao

menos nos nossos estados de maior poder

aquisitivo

(40)

Estratégias Indianas

Competir com elas requer

competências globais em toda a

cadeia de valor, o que é necessário

para competir com as japonesas,

norte-americanas e européias. E

muita atenção aos custos

Referências

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