Introdução
“Light Amplification by Stimulated Emission of Radition”. Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação.
Introdução
Em 1900 o físico alemão Max Planck apresentou uma explanação do motivo pelo qual as cores de um corpo quente reluzente mudam com a temperatura.
Propôs que a radiação seria não apenas uma série de ondas mas, ao mesmo tempo, uma corrente de partículas (“fótons”).
Em 1917, Einstein tinha esboçado os princípios básicos para a produção da radiação laser como parte da teoria quântica.
Os primeiros lasers médicos, desenvolvidos nas décadas de 1960 e 1970, eram usados para destruição tecidual e coagulação.
Introdução
Produção de um feixe de radiação que difere
da luz comum nos seguintes aspectos:
Monocromaticidade: comprimento de onda
específico único e portanto tem uma
frequência definida.
Introdução
Coerência temporal: possui uma mesma fase
– os picos e as depressões dos campos
elétricos e magnéticos ocorrem ao mesmo
tempo.
Colimação:
como
consequência
da
coerência
espacial
os
raios
lasers
permanecem em um feixe paralelo. A
energia é propagada em distâncias muito
longas.
Introdução
Três ondas estão correndo na mesma direção
(coerência espacial) e no mesmo ritmo
Introdução
Quando o laser interage com a matéria, os
efeitos são os mesmo que qualquer outra
radiação
eletromagnética
reflexão,
Principios dos Lasers
Quando recebe energia, como por aquecimento, os
elétrons mais externos ocupam camadas mais altas;
Quando estão excitados, apresentam tendência a
retornarem ao estado mais baixo;
Princípios do Laser
Um grande número de átomos com
elétrons no estado excitado pode levar
à amplificação desde que um fóton
libere um segundo e esses dois possam
Tipos de Laser
Laser de Hélio-Neônio (He-Ne)
-
Hélio 90% e Neônio 10%
-
Laser de baixa-média potência
- Excitação desses átomos, libera fóton de
comprimento de onda = 632,8 nm
- Emissão contínua
- Vermelho
- Destaque em lesões superficiais
(Penetração de 1-2mm)
Tipos de Laser
Laser de Arseneto de Gálio e Alumínio (As-Ga)
- Diodo ligado a um circuito polarizado –
componente
com
2
terminais
que
permite
passagem de corrente em um único sentido
-
Cp de onda variável:
-
658nm
-
670nm
-
830nm
-
904nm
- Emissão pulsada ou contínua
- Infravermelho (invisível)
- Destaque em lesões profundas articular e muscular
(penetração
2-4mm
)
Efeitos da radiação Laser
nos tecidos
Laser pode:
Ser refletido na superfície;
Penetrar nos tecidos em proporções que
dependem:
Do comprimento da onda;
Da natureza da superfície do tecido;
Efeitos da radiação Laser
nos tecidos
Após entrar nos tecidos, a radiação é
espalhada por:
divergência
reflexão
refração
absorção
Absorção nos Tecidos
As
radiações
visíveis
são
fortemente
absorvidas pela hemoglobina e melanina,
enquanto o infravermelho é fortemente
absorvido pela água.
Tipos diferentes de células tem fotoaceptores
diferentes em suas membranas por isso,
um comprimento de onda diferente pode ter
diferentes efeitos sobre células específicas.
Usos terapêuticos
Cicatrização tecidual
Comprimentos
de
onda
até
870nm
estimulam macrófagos a liberar fatores que
estimulam a proliferação de fibroblastos;
Comprimentos de onda ≥ 880 nm inibem
essa ação.
É recomendável para úlceras tróficas, pois a
Usos terapêuticos
Controle da dor
Utilização nas dores de origem:
Musculoesquelética;
Neurogênica;
1- O laser tem uma ação anti-inflamatória aliviando dores e diminuindo os edemas, colaborando no tratamento ósteoarticulares;
2- Reduz o excesso de acido lático (que é o causador da fadiga muscular) melhorando as condições durante e após os exercícios;
3- Promove a renovação celular;
4- Melhora a atividade das células da pele e a comunicação intracelular.
Aumenta a penetração de Ca+2 na
membrana do citoplasma, produzindo a
ativação celular;
Aumenta a temperatura corporal de
forma mais rápida melhorando o fluxo
sanguíneo nas extremidades.
Mecanismos de ação
Para que a radiação produza algum efeito no corpo
humano é necessário que ela seja absorvida.
Para grande absorção :
Incidência deve ser sempre perpendicular
Pele isenta de barreiras (suor, cremes, etc) A radiação varia de pessoa para pessoa.
Nunca ultrapassa a
Ações e Efeitos
1. Efeito Primário ou Direto
Efeitos Bioquímicos
liberação de histamina, serotonina, bradicinina
síntese protéica e de ATP
Efeito Bioelétrico
manutenção do potencial de membrana
Efeitos Bioenergéticos
Normaliza desigualdades do bioplasma :
melhora do nível físico
Ações e Efeitos
2. Efeitos Secundários
Estímulo à microcirculação – induz
vasodilatação
Histamina : aumento do fluxo sanguíneo
Estímulo trófico celular
Síntese de ATP: células entram
em mitose
Bactericida, inibindo o crescimento
bacteriano
3. Efeitos terapêuticos
Efeitos Analgésico e Anti-inflamatório Manutenção do potencial de membrana
Aumenta os níveis de prostaglandinas: reduz receptores da dor.
Efeito antiedematoso
Ação fibrinolítica : edema duro Efeito cicatrizante
Formação de novos vasos: cicatrização rápida Aumento de fibroblastos > fibras colágenas
4. Efeito fotobiológico
Quanto maior a potência da emissão > maior contraste luminoso > maiores efeitos da radiação > resultados mais breves
Formas de aplicação
Aplicação por pontos
distância de 1 cm de um ponto a outro
Aplicação por zona
realizado com laser Hélio – Neônio pelo fato de ser visível;
Aplicação por varredura
Dosimetria
1. A saída média de potência em miliwatts é
geralmente fixa;
2. Quando dividida pela área do feixe, dá a densidade
de potência ou irradiância em mW/cm²;
3. Quando multiplicada pelo número de segundos
durante os quais o tratamento é aplicado, dá o número de J/cm² ou densidade de energia.
Exemplo:
1. Potencia media = 10 mW 2. Área do feixe = 0,125 cm²
A densidade de potencia é = 10/0,125 = 80 mW/cm² 3. Se a aplicação dura 50 s, então
80 mW/cm² x 50 s = 4000 mJ/cm² =4 J/cm²
Tempo
Tempo = densidade de energia (J/cm²) x tamanho da área (cm²) potência de emissão (W)
Parâmetros da dosagem
1.
Efeito analgésico: 2 a 4 J/cm²
2.
Efeito anti - inflamatório: 1 a 3 J/cm²
3.Efeito cicatrizante: 3 a 6 J/cm²
4.
Efeito circulatório: 1 a 3 J/cm²
5.
Agudo: Doses baixas (1 a 3 J/cm²)
6.
Subagudo: Doses médias (2 a 4 J/cm²)
7.Crônico: Doses altas (3 a 7 J/cm²)
Indicações
Lesões sem ruptura parcial de fibras Lesões com ruptura total de fibras
Traumatismos articulares e com lesões nervosas Artrite reumatoide
Artrose
Queimaduras
Indicações
Hemorroidas Furunculose Herpes simples Úlceras dérmicas
Pós-operatório de cirurgia plástica Esclerodermia
Flacidez, rugas, celulite
Distúrbios neurológicos periféricos
Contra-indicações
Irritação cutânea
Tratamento do tórax em pacientes cardíacos que
têm marca-passo
Olhos
Tumor maligno ou câncer
Tireóide e glândulas endócrinas
Epilepsia.
Gestantes
Casos de febre, doença infecciosa, certas
doenças do sangue, ou hemorragia
Placas epifisárias em crianças (afeta crescimento
Cuidados e precauções
Usar óculos de proteção especial (terapeuta e
paciente)
Afastar do ambiente objetos refletores (espelhos,
metais)
Ter cuidado com a dosagem Nunca ultrapassar o tempo limite
Pele do paciente deve sempre estar limpa, sem cremes,
óleos, ou secreções
Testar a caneta antes da aplicação
Referências
• LOW, j.; REED, A. Eletroterapia Explicada: Princípios e