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Embrapa Monitoramento por Satélite RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITE

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Academic year: 2021

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Embrapa Monitoramento por Satélite

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA MONITORAMENTO POR SATÉLITE

Equipe de Avaliação

Sérgio Gomes Tôsto —

sergio.tosto@embrapa.br

Fabio Enrique Torresan —

fabio.toressan@.embrapa.br

Flávia Bussaglia Fiorini —

flavia.fiorini@embrapa.br

André Luiz dos Santos Furtado — andre.furtado@embrapa.br Claudio Bragantini — claudio.bragantini@embrapa.br Cristina Criscuolo — cristina.crisculo@embrapa.br Luciane Dourado — luciane.dourado@embrapa.br

Gustavo Bayma Siqueira da Silva — gustavo.bayma@embrapa.br

(2)

Sumário

INTRODUÇÃO GERAL ... 3

1. Identificação da tecnologia ... 4

2. Identificação dos impactos na cadeia produtiva ... 5

3. Avaliação dos impactos econômicos ... 6

4. Avaliação dos impactos sociais ... 6

5. Avaliação dos impactos ambientais ... Erro! Indicador não definido. 6. Avaliação dos impactos sobre conhecimento, capacitação e político-institucionais ... 22

7. Custos da tecnologia (em reais) ... 24

8. Ação social ... 24

(3)

INTRODUÇÃO GERAL

A Embrapa Monitoramento por Satélite atua na geração de conhecimentos, tecnologias e inovações geoespaciais para a agropecuária. É sua missão oferecer soluções baseadas em geotecnologias para o desenvolvimento sustentável da agricultura, contribuindo, assim, para o reconhecimento do Brasil como potência agrícola e ambiental. Zoneamentos, mapeamentos e monitoramentos do uso e da cobertura das terras, além de indicadores de sustentabilidade e competitividade, são alguns dos produtos desenvolvidos com o objetivo de auxiliar em processos de tomada de decisão e na elaboração de políticas públicas para os setores agrícola e ambiental. Nesse contexto nasceu o projeto do Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Maranhão.

O zoneamento ecológico-econômico (ZEE) é um instrumento para planejar e ordenar o território, harmonizando as relações econômicas, sociais e ambientais. Demanda um efetivo esforço de compartilhamento institucional, voltado para a integração das ações e políticas públicas territoriais, bem como a articulação com a sociedade civil, integrando seus interesses em torno de um pacto pela gestão do território. Nos últimos anos, o ZEE tem sido a proposta do governo brasileiro para apoiar as decisões de planejamento do desenvolvimento e do uso do território nacional em bases sustentáveis, e tornou-se um programa do Plano Plurianual (PPA) do governo federal, gerenciado pelo Ministério do Meio Ambiente e com execução descentralizada por diversos órgãos federais e estaduais.

O ZEE deve obedecer os critérios definidos pelo Decreto Presidencial nº 7.378, de 1º de dezembro de 2010, e considerar, ainda, o Decreto Presidencial nº 4.297, de 10 de julho de 2002, alterado pelo Decreto Presidencial nº 6.288, de 6 de dezembro de 2007, que rege o zoneamento ecológico-econômico do Brasil. A sua execução deve seguir as diretrizes metodológicas publicadas pela Coordenação do Programa Zoneamento Ecológico-Econômico.

Segundo Brasil (2006), os procedimentos operacionais específicos de um projeto de ZEE variam em função de diferentes escalas, porém é apresentada uma estrutura com padrões básicos de execução e com objetivos gerais e específicos.

Objetivos gerais do Projeto ZEE Brasil:

• Subsidiar a elaboração de macropolíticas territoriais, orientando os tomadores de decisão para a adoção de políticas convergentes com as diretrizes de planejamento estratégico do País.

• Instituir e montar um banco de dados com informações ambientais e socioeconômicas, necessárias ao planejamento macrorregional.

• Apoiar os empreendimentos federais no que concerne à implantação de políticas setoriais e à infraestrutura conexa.

• Fornecer aos estados e municípios diagnósticos gerais e uma perspectiva global sobre a realidade do País, bem como as diretrizes gerais do ZEE propostas pelo governo federal.

Objetivos específicos do Projeto ZEE Brasil:

• Avaliar os componentes dos sistemas ambientais naturais quanto às suas potencialidades e limitações atuais e às tendências de desenvolvimento socioeconômico.

• Incentivar estudos qualitativos e quantitativos sobre os recursos naturais e sociais disponíveis em cada sistema e subsistema ambiental para aumentar a capacidade de análise dos projetos.

• Elaborar bases para os modelos ambientais (naturais e antrópicos) e os cenários exploratórios quanto aos impactos ambientais e sociais prognosticados.

(4)

• Contribuir para definir políticas de desenvolvimento com base na sustentabilidade e nas potencialidades

=ambientais e sociais.

• Elaborar diagnósticos ambientais e prognósticos de impactos positivos e negativos necessários para orientar estudos de empreendimentos projetados segundo os modelos e cenários alternativos apresentados.

Até o ano de 2014, o Estado do Maranhão não dispunha de um ZEE concluído segundo os critérios legais e as diretrizes metodológicas estabelecidas. A assinatura do Contrato de Prestação de Serviços de Pesquisa entre a Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no âmbito de um projeto de zoneamento na escala cartográfica de referência de 1:1.000.000, que originou o projeto denominado de Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Maranhão, ocorreu em 4 de fevereiro de 2013.

A proposta aprovada de execução física e orçamentária para a elaboração do macrozoneamento ecológico-econômico pela equipe da Embrapa Monitoramento por Satélite teve apoio da Embrapa Cocais (São Luís, MA), de outras Unidades da Embrapa, secretarias do Estado do Maranhão, entidades de planejamento, organizações civis, empresas públicas e privadas, além da própria Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Essa articulação institucional permitiu à Coordenação ter uma indicação dos atores do estado e dos respectivos acervos técnicos. As instituições e organizações envolvidas puderam colaborar por meio da participação nas consultas públicas previstas para os polos de desenvolvimento social e econômico no território, da análise e proposição de alternativas de uso sustentável do território estudado, além de contribuir com dados e informações, auxiliando na definição das diretrizes das ações do Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Maranhão.

1. Identificação da tecnologia

1.1 Nome/título

Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Maranhão — MacroZEE do Maranhão

1.2 Objetivo estratégico do PDE/PDU Objetivo estratégico PDE / PDU

X Garantir a competitividade e a sustentabilidade da agricultura brasileira;

Atingir um novo patamar tecnológico competitivo em agroenergia e biocombustíveis;

Intensificar o desenvolvimento de tecnologias para o uso sustentável dos biomas e a integração produtiva das regiões brasileiras; Prospectar a biodiversidade para o desenvolvimento de produtos diferenciados e com alto valor agregado para a exploração de novos segmentos de mercado;

Contribuir para o avanço da fronteira do conhecimento e incorporar novas tecnologias, inclusive as emergentes; Não se aplica.

1.3. Descrição sucinta

O macrozoneamento ecológico-econômico (MacroZEE) é um instrumento para planejar e ordenar o território brasileiro, harmonizando as relações econômicas, sociais e ambientais. Nos últimos anos, o MacroZEE tem sido a proposta do governo brasileiro para apoiar as decisões de planejamento do desenvolvimento e do uso do território nacional em bases sustentáveis, e tornou-se um programa do Plano Plurianual (PPA) do governo federal, o Programa ZEE Brasil, gerenciado pelo Ministério do Meio Ambiente e com execução descentralizada por diversos órgãos federais e estaduais.

(5)

Seu processo de elaboração foi conduzido de forma participativa, levando em consideração critérios metodológicos, dados científicos e conhecimento local dos diversos participantes de reuniões e consultas públicas realizadas no nível estadual e tendo como base dados produzidos na escala 1:1.000.000, e foi executado em quatro fases de trabalho: o planejamento do projeto, o diagnóstico, o prognóstico e os subsídios à implementação.

A base de dados atual para o MacroZEE do Estado do Maranhão (MacroZEE-MA) contém mais de 300 mapas que abrangem os temas meio físico-biótico, atual uso das terras, aspectos jurídico-institucionais, vulnerabilidades e aspectos socioeconômicos, além dos mapas de zonas e subzonas.

Tendo como pano de fundo as potencialidades e vulnerabilidades diagnosticadas e os principais projetos públicos e privados, em andamento e previstos, que impactam o ordenamento territorial do Estado do Maranhão, foram construídos cenários alternativos e formuladas estratégias para alcançar os cenários desejados. Quatro zonas principais foram definidas, além das áreas urbanas e de corpos d'água. Os usos sustentáveis dos recursos naturais e do solo foram recomendados de forma consistente para todas as zonas, embora, de acordo com a sensibilidade e fragilidade de cada ambiente, seja também recomendada a adoção de manejos especiais e sistemas alternativos para o aproveitamento do potencial natural e uso da terra. Foram também definidas 14 subzonas utilizando procedimentos analíticos baseados em sistema de informações geográficas (SIG) e considerando as características ambientais, sociais e econômicas levantadas no diagnóstico do MacroZEE.

1.3 Ano de lançamento 2014

1.4 Ano de adoção

A tecnologia ainda está em fase adoção.

1.5 Abrangência

Estado do Maranhão

1.6 Beneficiários

Pesquisadores, governo e sociedade civil e gestores públicos envolvidos principalmente na formulação de políticas públicas estaduais.

2. Identificação dos impactos na cadeia produtiva

A proposta do MacroZEE-MA foi preparada a partir de análises da base de dados e de levantamentos feitos em campo em todo o estado buscando a integração de dados temáticos de forma a entender os processos dinâmicos da região. De um lado, os processos naturais, de outro, os processos sociais, que respondem à dinâmica econômica e a objetivos políticos. O MacroZEE-MA teve como foco manter as especificidades dessas lógicas distintas e, ao mesmo tempo, promover sua integração, buscando a elaboração de uma proposta de gestão do território baseada nos níveis de sustentabilidade e na legislação existente. Dessa forma, os possíveis impactos à cadeia produtiva foram considerados, sempre na busca de melhorias de processo e preservação das características já existentes. A proposta buscou delimitar, sempre na escala de 1:1.000.000, áreas tanto de expansão da agricultura como de preservação dos recursos naturais:

(6)

• Áreas de maior potencialidade social e menor vulnerabilidade ambiental, que abrangem áreas de uso agropecuário, industrial, mineração, agroflorestal e florestal, com os graus variáveis de ocupação e potencialidade social e de vulnerabilidade ambiental que caracterizam suas subzonas, que em geral, são áreas associadas, em diferentes níveis, às frentes de consolidação/expansão e conversão das áreas naturais para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, industriais, florestais e minerárias.

• Áreas de menor potencialidade social e maior vulnerabilidade ambiental, isto é, áreas com alto potencial dos recursos naturais, em muitos casos consideradas relevantes na conservação e preservação ambiental dada a sua vulnerabilidade natural, beleza cênica ou localização.

• Áreas caracterizadas por baixada litorânea, planície de deflação, áreas de dunas e áreas tabulares costeiras do Estado do Maranhão, complexos estuarinos, restingas, manguezais, praias, baías, ilhas, enseadas, dunas fixas e móveis, sistemas deltaicos, estuarinos e bacias lacustres. Essas seriam áreas com potencial social predominantemente baixo, caracterizadas por processos centenários de ocupação e uso por populações tradicionais (pescadores artesanais, quilombolas e comunidades indígenas), e várias delas são objeto de projetos e planos de desenvolvimento em andamento para o aproveitamento dos recursos naturais.

• Áreas institucionais, constituídas por áreas protegidas de uso restrito e controlado, previstas em lei e instituídas pela União, pelo estado ou municípios, com uso e restrições definidos por legislação específica.

3. Avaliação dos impactos econômicos Não se aplica.

4. Avaliação dos impactos sociais

A Unidade utilizou a metodologia Ambitec: ( X ) sim ( ) não.

Impactos sociais — Aspecto: Capacitação

Tipo de capacitação Fator de ponderação Coeficiente de alteração Escala Coeficiente de impacto

Local de curta duração 0,25 3,00 5 3,75

Oficial regular 0,20 3,00 5 3,00 Nível de capacitação Básico 0,10 3,00 5 1,50 Técnico 0,10 3,00 5 1,50 Superior 0,10 1,00 5 0,50 Coeficiente de impacto 14,00

Os impactos sociais relacionados ao tipo de capacitação e ao nível de capacitação obtiveram coeficientes de alteração altos e positivos, ou seja, este componente contribui de forma significativa para um impacto social alto, como demonstra o coeficiente de impacto parcial obtido.

Impactos sociais — Aspecto: Oportunidade de emprego local qualificado

Origem do trabalhador

Fator de

p

onderação

Coeficiente de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Propriedade

0,25

3,00

5

3,75

Local

0,20

1,00

5

1,00

Município

0,15

3,00

5

2,25

Região

0,10

3,00

5

1,50

Qualificação para a atividade

Braçal

0,025

1,00

5

0,125

Braçal especializado

0,05

1,00

5

0,25

(7)

Técnico médio

0,10

1,00

5

0,50

Técnico superior

0,125

1,00

5

0,625

Coeficiente de impacto parcial

10,00

O impacto social quando analisamos o aspecto da "oportunidade de emprego local qualificado" mostra um coeficiente de impacto parcial considerado relativamente alto, o que indica que o MacroZEE contribui muito para aumentar a oferta de emprego local qualificado.

Impactos sociais — Aspecto: Oferta de emprego e condição do trabalhador

Condição do trabalhador

Fator de

p

onderação

Coeficiente de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Temporário

0,25

0

5

0

Permanente

0,25

1,00

5

1,25

Parceiro / Meeiro

0,25

0

5

0

Familiar

0,25

3,00

5

3,75

Coeficiente de impacto parcial 5,00

Considerando os aspectos "oferta de emprego" e "condição do trabalhador" em relação a trabalhos dos tipos temporário, permanente, parceiro/meeiro e familiar, observamos que a maior contribuição ocorre na condição de trabalhador familiar seguida pela condição do trabalhador permanente, e não há contribuição nas condições de trabalhadores temporários e parceiros/meeiros. A contribuição geral apresentou coeficiente de impacto parcial de magnitude razoável.

Impactos sociais — Aspecto: Qualidade do emprego

Legislação trabalhista

Fator de

p

onderação

Coeficiente de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Prevenção do trabalho

infantil

0,15

3,00

5

2,25

Jornada de trabalho < 44

h

0,15

0

5

0

Registro

0,15

1,00

5

0,75

Contribuição previdenciária

0,15

1,00

5

0,75

Benefícios

Auxílio moradia

0,10

0

5

0

Auxílio alimentação

0,10

0

5

0

Auxílio transporte

0,10

0

5

0

Auxílio saúde

0,10

0

5

0

Coeficiente de impacto parcial 3,80

A análise do aspecto "qualidade do emprego" mostra que o MacroZEE não causa impacto, exceto "prevenção do trabalho infantil", "contribuição previdenciária" e "registro".

Impactos sociais — Aspecto: Diversidade de fontes de renda

Diversidade de renda

Fator de

p

onderação

Coeficiente de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Agropecuária no

estabelecimento

0,25

1,00

5

1,25

Não agropecuária no

estabelecimento

0,25

1,00

5

1,25

Oportunidade de trabalho fora

0,15

1,00

5

0,75

(8)

do estabelecimento

Ramificação empresarial

0,20

1,00

5

1,00

Aplicações financeiras

0,15

0

5

0

Coeficiente de impacto parcial 4,30

A contribuição do MacroZEE-MA em relação a "diversidade de fontes de renda" tem impacto pequeno, haja vista os baixos valores dos coeficientes de alteração, que geram também um baixo coeficiente de impacto parcial.

Impactos sociais — Aspecto: Valor da propriedade

Variável de valor da

propriedade

p

onderação

Fator de

Coeficiente de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Investimento em benfeitorias

0,25

1,00

5

1,25

Conservação dos recursos

naturais

0,30

0

5

0

Preços de produtos e serviços

0,20

0

5

0

Conformidade com legislação

0,20

3,00

5

3,00

Infraestrutura /

p

olítica

tributária

,

etc.

0,05

1,00

5

0,25

Coeficiente de impacto parcial 4,50

Considerando o impacto sobre "valor da propriedade", o MacroZEE-MA apresenta coeficiente de impacto na ordem de 4,50 onde sobressai-se a conformidade com a legislação De forma que o o MacroZEE pode ser um importante aliado para a fiscalização do cumprimento das leis ambientais vigentes.

SAÚDE

Impactos sociais — Aspecto: Saúde ambiental e pessoal

Variável de saúde ambiental

e pessoal

p

onderação

Fator de

Coeficiente de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Focos de vetores de doenças

endêmicas

-0,20

-1,00

5

1,00

Emissão de poluentes

atmosféricos

-0,20

0

5

0

Emissão de poluentes hídricos

-0,20

0

5

0

Geração de contaminantes do

solo

-0,20

0

5

0

Dificuldade de acesso a

esporte e lazer

-0,20

0

5

0

Coeficiente de impacto parcial 1,00

O aspecto "saúde ambiental e pessoal" apresentou coeficiente de impacto muito baixo, o que demonstra que o MacroZEE-MA pode contribuir muito pouco para melhorar os aspectos relacionados a poluentes atmosféricos, poluentes hídricos, contaminantes de solo e acesso a esporte e lazer.

Impactos sociais — Aspecto: Segurança e saúde ocupacional

Exposição e periculosidade e

fatores de insalubridade

p

onderação

Fator de

Coeficiente

de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Periculosidade

-0,20

0

5

0

Ruído

-0,10

0

5

0

8

(9)

Vibração

-0,10

0

5

0

Calor / Frio

-0,10

-3,00

5

1,50

Umidade

-0,10

-1,00

5

0,50

Agentes biológicos

-0,20

-1,00

5

1,00

Coeficiente de impacto parcial 4,00

O aspecto "segurança e saúde ocupacional" apresentou impacto somente sob os aspectos "calor/frio", "umidade" e "agentes biológicos".

Impactos sociais — Aspecto: Segurança alimentar

Variável de segurança

alimentar

p

onderação

Fator de

Coeficiente de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Garantia da produção

0,40

1,00

1

0,40

Quantidade de alimento

0,30

3,00

1

0,90

Qualidade nutricional do

alimento

0,30

1,00

1

0,30

Coeficiente de impacto parcial 1,60

Para "segurança alimentar", o MacroZEE-MA apresentou coeficiente de impacto parcial médio, com destaque para a variável "quantidade de alimento".

(10)

GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO

Impactos sociais — Aspecto: Dedicação e perfil do responsável

Variável de dedicação do

responsável

p

onderação

Fator de

Coeficiente

de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Capacitação dirigida à atividade

0,20

1,00

5

1,00

Horas de permanência no

estabelecimento

0,20

0

5

0

Engajamento familiar

0,15

1,00

5

0,75

Uso de sistema contábil

0,15

0

55

0

Modelo formal de planejamento

0,15

1,00

5

0,75

Sistema de certificação /

r

otulagem

0,15

3,00

5

2,25

Coeficiente de impacto parcial 4,80

Para o aspecto "dedicação e perfil do responsável", o coeficiente de impacto parcial pode ser considerado razoável, com destaque para "sistema de certificação / rotulagem", que alcançou o maior coeficiente de alteração.

Impactos sociais — Aspecto: Condição de comercialização

Variável de comercialização

Fator de

p

onderação

Coeficiente

de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Venda direta

/ antecipada /

cooperada

0,20

1,00

5

1,00

Processamento local

0,15

1,00

5

0,75

Armazenamento local

0,15

1,00

5

0,75

Transporte próprio

0,10

0

5

0

Programada /

m

arca própria

0,15

0

5

0

Encadeamento com produtos/

atividades/ serviços anteriores

0,15

3,00

5

2,25

Cooperação com outros produtores

locais

0,10

0

5

0

Coeficiente de impacto parcial 4,80

Para o aspecto "condição de comercialização", a variável que alcançou coeficiente de alteração mais alto foi "encadeamento com produtos/atividades/serviços anteriores".

Impactos sociais — Aspecto: Disposição de resíduos

Variável de tratamento de resíduos

domésticos

Fator de

p

onderação

Coeficiente

de

a

lteração

Escala

Coeficiente

de

i

mpacto

Coleta seletiva

0,20

0

5

0

Compostagem/reaproveitamento

0,20

1,00

5

1,00

Disposição sanitária

0,20

1,00

5

1,00

Variável de tratamento de resíduos da produção

Reaproveitamento

0,20

1,00

5

1,00

Destinação ou tratamento final

0,20

0

5

0

Coeficiente de impacto parcial 3,00

Impactos sociais — Aspecto: Relacionamento institucional

Variável de alcance

institucional

p

onderação

Fator de

Coeficiente de

a

lteração

Escala

Coeficiente de

i

mpacto

Utilização de assistência

0,20

3,00

5

3,00

10

(11)

técnica

Associativismo /

Cooperativismo

0,20

1,00

5

1,00

Filiação tecnológica

nominal

0,15

0

5

0

Utilização de assessoria

legal/ vistoria

0,15

1,00

5

0,75

Variável de capacitação contínua

Gerente

0,15

0

5

0

Empregados

especializados

0,15

0

5

0

Coeficiente de impacto parcial 4,80

O índice geral de impacto social da tecnologia alcançou um índice na ordem de 5,66

considerado como muito bom pois, mostra que a tecnologia tem um impacto nas principais

questões sociais do estado do maranhão podendo assim, vir a se transformar como uma

excelente ferramente para a gestão de polítiocas sociais para o estado, beneficiando a

sociedade como um todo e principalmente as comunidades mais carentes do ponto de vista

social.

5. Avaliação de impactos ambientais

5.1. Avaliação dos impactos ambientais

A Unidade utilizou a metodologia Ambitec: ( X ) sim ( ) não.

5.1.1. Eficiência Tecnológica

O aspecto de Eficiência Tecnológica refere-se à contribuição da tecnologia para a sustentabilidade da atividade agropecuária a montante do processo produtivo, representado pela redução da dependência do uso de insumos, sejam estes insumos tecnológicos ou naturais. Os indicadores de eficiência tecnológica são: (I) uso de agroquímicos, (II) uso de energia, e (III) uso de recursos naturais.

I) Uso de agroquímicos

Para este indicador, consideram-se dois grupos de componentes para avaliação no sistema AMBITEC-AGRO: uso de pesticidas e uso de fertilizantes. Para os pesticidas são avaliados três

(12)

componentes descritivos da alteração do seu uso devido à inovação tecnológica em avaliação, quais sejam: i) a frequência, ii) a variedade de ingredientes ativos, e iii) a toxicidade dos produtos. Já para os fertilizantes são avaliados os seguinte componentes: i) NPK hidrossolúvel, ii) calagem, e iii) micronutrientes necessários em consequência da tecnologia em avaliação.

Com a efetiva implantação das diretrizes e recomendações do MZEE espera-se que haja uma moderada diminuição em todos estes componentes, já que o mesmo considera os potenciais, as limitações e restrições ao uso convencional dos recursos naturais apresentados para cada zona e subzona. De forma consistente, os usos sustentáveis dos recursos naturais e do solo são recomendados para todas as zonas, embora, de acordo com a sensibilidade e fragilidade de cada ambiente, seja também recomendada a adoção de manejos especiais e sistemas alternativos para o aproveitamento do potencial natural e uso da terra.

Sendo assim, as atividades agropecuárias no Estado devem se concentrar na Zona I (Consolidação e expansão dos sistemas sustentáveis de produção), que apresentam áreas de maior potencialidade social e menor vulnerabilidade ambiental. Em geral, são áreas associadas, em diferentes níveis, às frentes de consolidação/expansão e conversão das áreas naturais para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, industriais, florestais e minerárias.

Tabela 1. Matriz de ponderação dos componentes do indicador de uso de agroquímicos

Uso de Agroquímicos

Pesticidas Fertilizantes Averiguação

fatores de ponderação Freqüência ingredientes ativos Variedade de Toxicidade hidrossolúvel NPK Calagem Micronutrientes

Fatores de ponderação k -0,1 -0,1 -0,1 -0,5 -0,1 -0,1 -1 Esc al a m áxi m a = p on tu

al efeito Sem Marcar com X

Pontual 5 -1 -1 -1 -1 -1 -1 Local - Entorno - Coeficiente de impacto = (coeficientes de alteração * fatores de ponderação) 0,5 0,5 0,5 2,5 -0,5 -0,5

5,0

II) Uso de energia

Para o indicador uso de energia são considerados os seguinte componentes: a) combustíveis fósseis (óleo combustível/carvão mineral, diesel, gasolina, gás); b)biomassa (álcool, lenha/carvão vegetal, bagaço de cana, restos vegetais); e, c) eletricidade.

Para o componente óleo combustível/carvão mineral considera-se que a tecnologia não terá nenhum efeito, já que o óleo combustível é de uso muito restrito, sendo aplicado somente para geração de calor em operações agroindustriais de grande porte. Do mesmo modo, não terá nenhum efeito sobre o uso de carvão mineral, pois também é de uso muito restrito e regionalizado no sul do país.

(13)

Para o uso de biomassa proveniente de lenha e carvão vegetal, espera-se que ocorra uma moderada diminuição, acompanhando a tendência observada no período entre 2006 e 2010, onde as atividades do extrativismo vegetal tiveram desempenho negativo (CMPEV = -0,26%) no nível estadual e em todas as mesorregiões do Estado do Maranhão. Esses resultados evidenciam a exaustão dos recursos florestais ocorrida na primeira metade da década passada, visto que a taxa de crescimento do carvão vegetal foi negativa, da ordem de -0,42%, enquanto a TCP de madeira em tora foi de -0,35%, a de lenha foi de -0,15% e a de amêndoas de babaçu foi de -0,11%.

Por outro lado, para todos os outros componentes de alteração da variável uso de energia (diesel, gasolina, gás, álcool, bagaço de cana, restos vegetais e eletricidade, supõe-se que ocorra um moderado aumento em seu uso, principalmente na Zona I (Consolidação e expansão dos sistemas sustentáveis de produção), em função da intensificação da produção agropecuária e consequentemente um aumento da demanda de transporte desta produção para os centros consumidores.

O mesmo vale para as áreas urbanas, constituídas por áreas compreendidas no perímetro urbano dos municípios com as maiores densidades populacionais do Estado do Maranhão, onde o uso destes tipos de energia tendem a ter uma demanda crescente nos próximos anos.

Tabela 2. Matriz de ponderação dos componentes do indicador de uso de energia

Uso de Energia

Combustíveis Fósseis Biomassa

Eletricidade Averiguação fatores de ponderação Óleo combustível/

carvão mineral Diesel Gasolina Gás Álcool Lenha/ Carvão Vegetal de cana Bagaço vegetais Restos

Fatores de ponderação k -0,1 -0,1 -0,1 -0,1 -0,075 -0,075 -0,075 -0,075 -03 -1 Esc al a m áxi m a = p on tu

al efeito Sem Marcar com X X

Pontual 5 0 1 1 1 1 -1 1 1 1 Local - Entorno - Coeficiente de impacto = (coeficientes de alteração * fatores de ponderação) 0,5 1,5 1,5 1,5 1,125 1,125 -0,375 -1,125 -1,5

-3,8

III) Uso de recursos naturais

Nesse indicador avalia-se a necessidade imposta pela tecnologia do uso de água para irrigação, água para processamento e solo para plantio. No caso do uso de água para irrigação, o Macrozoneamento proposto indica áreas em que a demanda hídrica dos solos e das culturas é menor do que outras e que desta forma, indica áreas em que as atividades agropecuárias devem ser priorizadas para uma maior sustentabilidade no uso de recursos hídricos. Portanto, espera-se uma grande diminuição neste componente.

O uso de água para processamento relaciona-se principalmente às atividades de pós-colheita e processamento da produção. O Macrozoneamento não teria um impacto muito grande neste componente, pois trata-se de um processo inerente à atividade de processamento, mas mesmo assim

(14)

espera-se uma moderada diminuição no uso de água para processamento, através da adoção de boas práticas para melhorar a sustentabilidade de tais atividades.

Para o uso do solo para plantio (em termos de área para plantio), a aplicação do Macrozoneamento pode resultar em uma grande diminuição desta área, já que são indicadas áreas onde os solos apresentam uma maior produtividade e aptidão agrícola, onde as atividades agropecuárias devem ser incentivadas como forma de se aumentar a produtividade. Por outro lado, o Macrozoneamento também indica as áreas que apresentam maior vulnerabilidade de acordo com vários fatores, tais como a geologia, pedologia, relevo e cobertura vegetal. Nestas áreas a produtividade seria bem menor, não apresentando aptidão para as atividades agropecuárias.

Tabela 3. Matriz de ponderação dos componentes do indicador de uso de recursos naturais

Figura 1. Representação gráfica da avaliação dos indicadores de eficiência tecnológica.

5.1.2. Conservação Ambiental

O aspecto conservação ambiental abrange a contaminação do ambiente pelos resíduos gerados pela atividade produtiva agropecuária e a depauperação dos habitats naturais e da diversidade biológica devido à adoção da tecnologia. Esses impactos são avaliados por indicadores de emissão de poluentes

Uso de Recursos Naturais

Recurso Natural Averiguação

fatores de ponderação Água para

irrigação processamento Água para plantio (área) Solo para

Fatores de ponderação k -0,3 -0,3 -0,4 -1 Esc al a m áxi m a = p on tu

al efeito Sem Marcar com X

Pontual 5 -3 -1 -3 Local - Entorno - Coeficiente de impacto = (coeficientes de alteração * fatores de ponderação) 4,5 1,5 6

12,0

14

(15)

relacionados com comprometimento potencial da qualidade ambiental dos seguintes compartimentos: IV) atmosfera, V) capacidade produtiva do solo, VI) água e pela perda de VII) biodiversidade.

IV) Atmosfera

Os componentes para avaliação do indicador de impacto ambiental sobre qualidade da atmosfera referem-se à emissão de i) gases de efeito estufa, ii) material particulado/fumaça, iii) odores e iv) ruídos.

Quanto aos gases de efeito estufa, com a efetiva implantação das diretrizes do Macrozoneamento espera-se que ocorra uma moderada redução deste componente, destacando entre estas diretrizes aquelas que contribuem para a compensação da emissão desses gases, tais como:

 Estimular o manejo sustentado dos recursos naturais com recuperação de áreas degradadas, de preservação permanente (matas ciliares e de encostas) e de reserva legal, incluindo o aproveitamento alternativo da vegetação secundária.

 Adoção de políticas públicas compensatórias visando à manutenção dos recursos vegetais remanescentes, evitando a sua conversão para sistemas agropecuários extensivos.

 Incentivo ao pagamento por serviços ambientais para manter os remanescentes de vegetação nativa.

 Quando a conservação for necessária (por exemplo, áreas de alto valor para conservação), recomenda-se a adoção de políticas públicas compensatórias visando à manutenção dos recursos vegetais remanescentes, evitando a sua conversão para sistemas agropecuários.

Para os componentes material particulado, fumaça, odores e ruídos, o Macrozoneamento não teria um impacto direto (sem efeito) significativo, pois trata-se de um processo inerente às atividades agropecuárias, o que demandaria soluções tecnológicas específicas para cada caso.

Tabela 4. Matriz de ponderação dos componentes do indicador atmosfera

Atmosfera Tipo de poluente Averiguação fatores de ponderação Gases de

efeito estufa Material particulado/ fumaça Odores Ruídos

Fatores de ponderação k -0,4 -0,4 -0,1 -0,1 -1 Esc al a m áxi m a = pont ua l Sem

efeito Marcar com X X X X

Pontual 1 Local 2 Entorno 5 -1 0 0 0 Coeficiente de impacto = (coeficientes de alteração * fatores de ponderação) 2,0 0 0 0

2,0

15

(16)

V) Capacidade produtiva do solo

O indicador de contribuição da inovação tecnológica agropecuária para a conservação ambiental relativa à qualidade do solo no AMBITEC-AGRO é representado por alteração na capacidade produtiva, avaliada pelos componentes erosão, perda de matéria orgânica e de nutrientes, e compactação.

A efetiva implantação do Macrozoneamento e suas diretrizes podem resultar em uma grande diminuição dos processos erosivos da perda de matéria orgânica e de nutrientes e da compactação. Para que isto se concretize, as atividades agropecuárias no Estado devem se concentrar na Zona I (Consolidação e expansão dos sistemas sustentáveis de produção), que apresentam áreas de maior potencialidade social e menor vulnerabilidade ambiental. Em geral, são áreas associadas, em diferentes níveis, às frentes de consolidação/expansão e conversão das áreas naturais para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, industriais, florestais e minerárias.

O Macrozoneamento também indica as áreas que apresentam maior vulnerabilidade de acordo com vários fatores, tais como a geologia, pedologia, relevo e cobertura vegetal. Nestas áreas a capacidade produtiva dos solos seria bem menor, não apresentando aptidão para as atividades agropecuárias.

Tabela 5. Matriz de ponderação dos componentes do indicador capacidade produtiva do solo

Capacidade produtiva do solo

Variável de qualidade do solo

Averiguação fatores de ponderação Erosão Perda de matéria orgânica nutrientes Perda de Compactação

Fatores de ponderação k -0,25 -0,25 -0,25 -0,25 -1 Esc al a m áxi m a = p on tu

al efeito Sem Marcar com X

Pontual 1 -3 -3 -3 -3 Local 2 Entorno 5 Coeficiente de impacto = (coeficientes de alteração * fatores de ponderação) 3,75 3,75 3,25 3,25

15,0

VI) Qualidade da água

Os componentes considerados para a avaliação dos impactos sobre a qualidade da água são a demanda bioquímica de oxigênio, a turbidez, a presença de espuma/óleo/materiais flotantes, e a sedimentação/assoreamento de corpos d’água.

As bacias hidrográficas do Maranhão são de grandes dimensões e seus rios são permanentes, com expressivo volume de água durante o ano (FEITOSA; ALMEIDA, 2002). Apesar dessa grande malha

16

(17)

hídrica, o fornecimento de água com qualidade não é garantido, em decorrência das inúmeras agressões ao meio ambiente, pois na maioria dos municípios não há condições satisfatórias de abastecimento e saneamento básico (MARANHÃO, 2009). Segundo a ANA (2010), 74% das sedes municipais são abastecidas exclusivamente por mananciais subterrâneos (poços), 21% são abastecidas por águas superficiais e os 5% restantes são abastecidos tanto por mananciais superficiais como subterrâneos.

Quanto à demanda bioquímica de oxigênio (DBO), entre as 48 estações da ANA/CPRM no Estado do Maranhão, 34 apresentam demanda bioquímica de oxigênio (DBO) insuficiente (de 2,57 mg/L a 4,95 mg/L) para atender à classe 2 (CPRM, 2013).

Quanto à turbidez, a potabilidade exige valores inferiores a uma unidade e nenhuma estação apresenta esse valor. Os rios monitorados apresentam, em média, turbidez inferior a 40 UNT, havendo registros de turbidez superior em apenas sete estações (CPRM, 2013).

Sendo assim, os rios podem ser incluídos na classe 2, ou seja, um simples tratamento permitirá a distribuição para consumo humano e outros tipos de uso, sem grandes restrições.

O Macrozoneamento Ecológico Econômico do Estado, após ter diagnosticado as potencialidades e vulnerabilidades sociais e ambientais e os principais projetos públicos e privados, em andamento e previstos, que impactarão o ordenamento territorial do Estado do Maranhão, foram construídos cenários alternativos e formuladas estratégias para alcançar o cenários desejados.

Para vislumbrar um Maranhão desenvolvido e sustentável, cenário selecionado como desejado, foram formuladas as estratégias que orientaram o delineamento de zonas e subzonas e a formulação de diretrizes gerais e específicas. As estratégias estão delineadas com indicação das principais ações necessárias para sua implementação e o respectivo horizonte de início, estabelecido em imediato, médio prazo e longo prazo. Embora algumas dessas estratégias aparentemente não tenham rebatimento explícito na questão do ordenamento territorial, sua implementação é condição sine qua non para que o estado caminhe na direção do cenário almejado.

Entre as estratégias e ações relacionadas aos recursos hídricos e que poderão resultar em impactos sobre a qualidade das águas, destacam-se as seguintes:

 Incentivo à formação dos comitês de bacias hidrográficas: envolvendo a priorização das bacias hidrográficas, a identificação dos atores em cada bacia e a elaboração de planos de bacia participativos;

 Fiscalização do cumprimento da legislação ambiental, observando o Código Florestal, áreas especiais protegidas, e com desenvolvimento de serviços de apoio ao produtor rural, como a assistência técnica: envolve a articulação entre órgãos licenciadores, financiadores e de assistência técnica;

 Investimento na melhoria dos serviços públicos, com destaque para os serviços de saneamento;

 Estimular o manejo sustentado dos recursos naturais com recuperação de áreas degradadas, de preservação permanente (matas ciliares e de encostas) e de reserva legal, incluindo o aproveitamento alternativo da vegetação secundária;

(18)

 Adoção de políticas públicas compensatórias visando à manutenção dos recursos vegetais remanescentes, evitando a sua conversão para sistemas agropecuários extensivos;

 O pagamento por serviços ambientais deve ser incentivado para manter os remanescentes de vegetação nativa;

 Utilizar os recursos hídricos disponíveis de forma planejada e equilibrada em prol do desenvolvimento energético e para oferta da água potável para a população e para a produção sustentável dos alimentos.

Com a efetiva implantação destas diretrizes e ações, espera-se uma moderada diminuição nos valores dos componentes considerados para a avaliação dos impactos sobre a qualidade da água, resultando em melhorias ambientais.

Tabela 6. Matriz de ponderação dos componentes do indicador qualidade da água

Qualidade da água

Variável de qualidade da água Averiguação

fatores de ponderação Demanda bioquímica

de oxigênio Turbidez materiais flutuantes Espuma/ óleo/ Assoreamento Sedimento/

Fatores de ponderação k -0,25 -0,25 -0,25 -0,25 -1 Esc al a m áxi m a = p on tu

al efeito Sem Marcar com X

Pontual 1 Local 2 Entorno 5 -1 -1 -1 -1 Coeficiente de impacto = (coeficientes de alteração * fatores de ponderação) 1,25 1,25 1,25 1,25

5,0

VII) Biodiversidade

A localização geográfica associada à ocorrência de três biomas diferentes contribui para que o estado tenha rica diversidade biológica e de paisagens. Apesar disso, o Maranhão é o estado da Amazônia Legal que apresenta o menor grau de ocupação do espaço com áreas protegidas, além de apresentar alto grau de desmatamento e fragmentação florestal. A quantidade de espécies ameaçadas, raras e endêmicas, nos mais variados grupos de animais e plantas, atesta a importância biológica da região não só para o Estado do Maranhão, mas para o País como um todo. Foram identificadas 49 áreas prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade, que abrangem uma área total de cerca de 16.758.383 ha.

No âmbito do AMBITEC-AGRO três componentes são considerados neste indicador, quais sejam: perdas de vegetação nativa, de corredores de fauna, e de espécies e variedades caboclas. O Macrozoneamento define diretrizes que podem contribuir para uma moderada redução destas perdas, ou seja, o impacto é positivo para a maioria das questões relacionadas à biodiversidade. Entre estas diretrizes destacam-se as seguintes:

(19)

 Deve-se estimular o manejo sustentado dos recursos naturais com recuperação de áreas degradadas, de preservação permanente (matas ciliares e de encostas) e de reserva legal, incluindo o aproveitamento alternativo da vegetação secundária;

 Recomenda-se a adoção de políticas públicas compensatórias visando à manutenção dos recursos vegetais remanescentes, evitando a sua conversão para sistemas agropecuários extensivos;

 O pagamento por serviços ambientais deve ser incentivado para manter os remanescentes de vegetação nativa;

 A criação de novas unidades de conservação de proteção integral, bem como o fortalecimento das áreas protegidas existentes, inclusive por meio de corredores ecológicos deve ser incentivada para garantir a proteção da biodiversidade, mitigar os efeitos das mudanças climáticas, garantir a segurança do patrimônio genético, e manter um ambiente ecologicamente equilibrado;

 Quando a conservação for necessária (por exemplo, áreas de alto valor para conservação), recomenda-se a adoção de políticas públicas compensatórias visando à manutenção dos recursos vegetais remanescentes, evitando a sua conversão para sistemas agropecuários.

Tabela 7. Matriz de ponderação dos componentes do indicador biodiversidade

Biodiversidade Variável de biodiversidade Averiguação fatores de ponderação Perda de

vegetação nativa Perda de corredores de fauna variedades caboclas Perda de espécies/

Fatores de ponderação k -0,4 -0,3 -0,3 -1 Esc al a m áxi m a = p on tu

al efeito Sem Marcar com X

Pontual 1 Local 2 Entorno 5 -1 -1 -1 Coeficiente de impacto = (coeficientes de alteração * fatores de ponderação) 2 1,5 1,5

5,0

19

(20)

Figura 2. Representação gráfica da avaliação dos indicadores de conservação ambiental.

VIII) Variáveis de recuperação ambiental

O aspecto de Recuperação Ambiental refere-se à efetiva contribuição da inovação tecnológica para promover a recuperação da qualidade ambiental e dos ecossistemas, por melhoria das condições ou propriedades de compartimentos ambientais ou estoque de recursos. Assim, avalia-se a contribuição da inovação tecnológica para a efetiva recuperação de solos degradados (física, química e biologicamente), ecossistemas degradados, áreas de preservação permanente e da Reserva Legal.

O Macrozoneamento sendo efetivamente aplicado irá contribuir moderadamente para a recuperação de solos e ecossistemas degradados e para a adequação ambiental das propriedades através da recuperação de áreas de preservação permanentes e das Reservas Legais. Isto se devidamente cumpridas as diretrizes e recomendação contidas para cada tipo de Zona mapeada, em especial aquelas que já foram citadas para o componente anterior (biodiversidade).

Tabela 8. Matriz de ponderação dos componentes do indicador de Recuperação Ambiental

Recuperação Ambiental

Variável de recuperação ambiental

Averiguação fatores de ponderação Solos

degradados Ecossistemas degradados Áreas de preservação permanente Reserva legal

Fatores de ponderação k 0,4 0,4 0,1 0,1 1 Esc al a m áxi m a = pont ua

l efeito Sem Marcar com X

Pontual 1

(21)

Local 2

Entorno 5 1 1 1 1

Coeficiente de impacto = (coeficientes de alteração *

fatores de ponderação) 2 2 0,5 0,5

5,0

Figura 3. Representação gráfica da avaliação dos indicadores recuperação ambiental.

5.2. Análise integrada dos impactos ambientais

A análise integrada de todos os aspectos e componentes ambientais mostra que o Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Maranhão tem grande potencial de proporcionar mudanças bastante positivas no cenário atual, e resultou num valor de 6,93 pontos positivos para o índice de impacto ambiental da inovação tecnológica agropecuária.

Entre os indicadores de eficiência tecnológica destaca-se a redução da demanda de abertura de novas áreas para atividades agropecuárias, já que a indicação de áreas mais aptas e menos vulneráveis pode incrementar a produtividade e, ao mesmo tempo, reduzir o uso de recursos naturais (solo, água). O uso de energia destaca-se como impacto negativo, situação inerente ao incremento de produtividade e à expansão de determinadas atividades econômicas.

Para os indicadores de conservação da qualidade ambiental, os impactos positivos mais significativos ocorrem sobre a qualidade do solo, seguidos pela qualidade da água e biodiversidade. Isso decorre da indicação de áreas mais aptas para as atividades produtivas e também pela indicação de áreas vulneráveis (onde tais atividades devem ser evitadas). A recuperação de áreas degradadas, adequação legal das propriedades rurais, aplicação de mecanismo compensatórios para conservação de áreas de preservação permanente e de reserva legal são uma constante entre as diretrizes e recomendações do macrozoneamento.

As considerações feitas anteriormente também valem para os indicadores de recuperação ambiental.

(22)

Figura 4. Representação gráfica da avaliação integrada dos componentes de impacto ambiental.

Figura 5. Resumo geral da avaliação de impactos ambientais.

O índice geral dos impactos ambientais foi de 6,93 positivo o que pode ser considerado um

valor de excelente magnitude deixando claro que a tecnologia gerada em muito pode

contribuir para a geração de políticas públicas para o estado do Maranhão como um todo.

6. Avaliação dos impactos sobre conhecimento, capacitação e político-institucionais 6.1. Impacto sobre conhecimento

Indicadores Se aplica

(sim / não) Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Média Nível de geração de novos conhecimentos Sim 1 1 1 1

Grau de inovação das novas técnicas e métodos gerados Sim 1 1 1 1

Nível de intercâmbio de conhecimentos Sim 3 1 3 2,33

Diversidade dos conhecimentos aprendidos Sim 1 1 3 1,66

Patentes protegidas Não 0 0 0 0

Artigos técnico-científicos publicados em periódicos

indexados Sim 1 1 1 1

Teses desenvolvidas a partir da tecnologia Não 0 0 0 0

6.2. Impacto sobre capacitação

Indicadores Se aplica

(sim / não) Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Média Capacidade de se relacionar com o ambiente externo Sim 1 1 3 1,66

Capacidade de formar redes e de estabelecer

parcerias Sim 1 1 1 1

Capacidade de compartilhar equipamentos e

instalações Sim 1 1 1 1

Capacidade de socializar o conhecimento gerado Sim 3 1 3 2,33

Capacidade de trocar informações e dados

codificados Sim 3 1 3 2,33

Capacidade da equipe técnica Não 0 0 0 0

Capacidade de pessoas externas Sim 1 1 1 1

(23)

A capacidade de relacionamento com o ambiente externo e de trocar informações e dados codificados é elevada em decorrência dos meios de comunicação disponíveis (website e outras ferramentas). A formação de redes de comunicação e o estabelecimento de parcerias também têm impacto forte em decorrência do apoio para a elaboração de eventos. O potencial tecnológico da tecnologia permite avanços para outras áreas, com a participação de outras instituições e de outros grupos de pesquisadores de outras regiões. O conhecimento pode ser socializado usando ferramentas do website da tecnologia, componente essencial para a redução do custo de obtenção da informação de alta qualidade para a tomada de decisão. Isso tudo contribuiu para as capacidades da equipe técnica e a valorização do resultado do trabalho.

6.3. Impactos político-institucionais

Indicadores Se aplica

(sim / não) Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Média Mudanças organizacionais e no marco institucional Não 0 0 0 0

Mudanças na orientação de políticas públicas Sim 3 3 3 3

Relação de cooperação público-privada Sim 1 1 1 1

Melhora da imagem da instituição Sim 3 1 3 2,33

Capacidade de captar recursos Sim 1 1 1 1

Multifuncionalidade e interdisciplinaridade das

equipes Sim 1 1 3 1,66

Adoção de novos métodos de gestão de qualidade sim 3 0 1 1,33 As informações disponibilizadas podem servir de base para a geração de políticas públicas voltadas para a agropecuária. Elas podem ser utilizadas para a definição de estratégias voltadas para o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida da população do Estado do Maranhão, beneficiando os produtores rurais e o ambiente. A Embrapa Monitoramento por Satélite também beneficia-se da tecnologia. O conhecimento da distribuição espacial dos índices de qualidade dos solos e de suas relações pode auxiliar na otimização do manejo, minimizando os efeitos de degradação no ambiente e auxiliando na indicação do manejo que torne o solo mais produtivo não só de imediato, mas também no longo prazo.

Como resultados político-institucionais, o projeto foi apresentado para diversos visitantes de outras unidades da Embrapa e externos, tais como estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), representantes da Coordenadoria de Assistência Integral (Cati), representantes do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e em entrevista no Canal Rural.

(24)

7 . Custos da tecnologia (em reais) Ano Custos de

pessoal Outros custos Depreciação de capital administração Custos de Custos de transferência de tecnologia 2013 393.849,39 250.578,17 41.020,55 49.132,97 27.842,02

2014 427.873,15 35.260,92 22.006,47 6.913,91 3.917,8

8. Ação social

Tipo de ação: Educação e formação profissional externa; Meio ambiente e educação ambiental.

O MacroZEE-MA produziu mais de 200 planos de informações a respeito do estado e compôs uma base atualizada de dados geoespaciais que totaliza 13 GB. Essa base foi organizada em cinco grandes grupos: Físico-Biótico, Jurídico-Institucional, Socioeconômico, Uso da Terra e Vulnerabilidade. Para que o governo e as instituições envolvidas pudessem usufruir de toda a informação gerada, a Embrapa Monitoramento por Satélite promoveu uma capacitação que envolveu 20 potenciais usuários dos dados, vinculados aos órgãos estaduais ligados à promoção de políticas públicas estaduais. O objetivo da capacitação foi explicar como utilizar os dados em sistemas de informações geográficas gratuitos e como fazer a leitura adequada dos metadados dos arquivos. Todas as informações relacionadas ao desenvolvimento do MacroZEE-MA, incluindo os relatórios técnicos produzidos, estão disponíveis para livre acesso na internet, no endereço www.cnpm.embrapa.br/projetos/macrozee/.

9. Bibliografia

ANA. Agência Nacional de Águas. Ministério do Meio Ambiente. Atlas Brasil: abastecimento urbano de água: resultados por estado. Brasília, DF: ANA: ENGECORPS/COBRAPE, 2010. v. 2.

CPRM. Serviço Geológico do Brasil. Atlas Pluviométrico do Brasil. Disponível em:

<http://www.cprm.gov.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1351&sid=9>. Acesso em: 04 set. 2013.

FEITOSA, A. C.; ALMEIDA, E. P. A degradação ambiental do Rio Itapecuru na sede do Município de Codó-MA. Cadernos de Pesquisas, São Luís, v. 13, n. 1, p. 31-45, 2002.

MARANHÃO. Governo do Estado. Mapa de bacias hidrográficas. São Luís, MA: UEMA/NUGEO, 2009.

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