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Aula 07

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Academic year: 2021

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AULA 07 – – CONTABILIDADE PARA CONTABILIDADE PARA INICIANTES INICIANTES –– 2013 – Teoria e Questões Comentadas

2013 – Teoria e Questões Comentadas S

SUUMMÁÁRRIIOO PPÁÁGGIINNAA

1 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

1 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 22

1

1..1 1 EEssttrruuttuurra a dda a DD..RR..E E sseegguunnddo o a a LLeei i ddaas s SS..AA.. 44 1.1.1

1.1.1 Faturamento Faturamento e e Receita Receita Bruta Bruta de de Vendas Vendas e e Serviços Serviços 55 1.1.2

1.1.2 Deduções Deduções da da Receita Receita Bruta Bruta de de Vendas Vendas 77 1

1..11..22..1 1 DDeevvoolluuççõõees s e e vveennddaas s ccaanncceellaaddaass 88 1.1.2.2

1.1.2.2 Abatimentos Abatimentos concedidos concedidos e e descontos descontos incondicionais incondicionais 99 1.1.2.3

1.1.2.3 Tributos Tributos sobre sobre a a venda venda 1111 1

1..11..3 3 RReecceeiitta a LLííqquuiidda a dde e VVeennddaas s – – RR..LL..VV 1166 1

1..11..4 4 CCuusstto o ddaas s mmeerrccaaddoorriiaass//pprroodduuttooss//sseerrvviiççooss 1166 1

1..11..5 5 RReessuullttaaddo o ooppeerraacciioonnaal l bbrruutto o ((lluuccrro o bbrruuttoo, , sse e ppoossiittiivvoo)) 1188 1

1..11..6 6 DDeessppeessaas s e e rreecceeiittaas s ooppeerraacciioonnaaiiss 1188 1

1..11..66..1 1 DDeessppeessaas s ccoommeerrcciiaaiiss 1199 1

1..11..66..2 2 DDeessppeessaas s ggeerraaiis s e e aaddmmiinniissttrraattiivvaass 2200 1

1..11..66..3 3 DDeessppeessaas s e e RReecceeiittaas s ffiinnaanncceeiirraass 2200 1

1..11..66..4 R4 Reessuullttaaddo no neeggaattiivvo/o/ppoossiittiivvo do de ee eqquuiivvaallêênncciia pa paattrriimmoonniiaall 2211 1

1..11..66..5 5 VVaarriiaaççõõees s mmoonneettáárriiaas s ppaassssiivvaass//aattiivvaass 2211 1

1..11..66..6 6 RReecceeiittaas s dde e AAlluugguueell 2211 1

1..11..66..77 DDiivviiddeennddooss 2222

1

1..11..7 7 RReessuullttaaddo o ooppeerraacciioonnaal l llííqquuiiddoo 2222 1.

1.1.1.8 O8 Ouutrtras as ddesesppesesas as e ree receceititas (as (ananttigigamamenentete, n, nãoão-o-oppereraaciciononaiais)s) 2323 1

1..11..9 9 RReessuullttaaddo o aannttees s ddo o IIR R e e CCSSLLL L ((LLAAIIRR)) 2266 1

1..11..99..1 1 PPrroovviissãão o ppaarra a IImmppoosstto o dde e RReennddaa 2299 1

1..11..110 0 PPaarrttiicciippaaççõõees s nno o rreessuullttaaddoo 3311 1

1..11..111 1 LLuuccrro o LLííqquuiiddo o ppoor r AAççããoo 3366 1

1ª ª sséérriie e dde e eexxeerrccíícciiooss!! 3377 2 Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA)

2 Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) 5050 2

2..1 1 SSaallddo o do do iinníícciio o ddo o eexxeerrccíícciioo 5522 2

2..2 2 AAjjuussttees s dde e eexxeerrccíícciioos s aanntteerriioorreess 5522 2

2..22..1 1 RReettiiffiiccaaççãão o dde e eerrrrooss 5533 2

2..22..2 2 MMuuddaannçça a dde e ccrriittéérriioos s ccoonnttáábbeeiiss 5544 2

2..3 3 RReevveerrssãão o dde e rreesseerrvvaass 5544 2

2..4 4 LLuuccrro o oou u PPrreejjuuíízzo o ddo o EExxeerrccíícciioo 5555 2

2..5 5 DDeessttiinnaaççãão o ddo o lluuccrroo 5566 2.6

2.6 Dividendos Dividendos 5656

2

2..66..1 1 LLuuccrro o LLííqquuiiddo o AAjjuussttaaddoo 5588 Ú

Úllttiimma a sséérriie e dde e eexxeerrccíícciiooss!! 6611 LISTA DE EXERCÍCIOS COMENTADOS

LISTA DE EXERCÍCIOS COMENTADOS 8282

GABARITOS

(2)
(3)

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Oi, gente! Nesta aula 07, aprenderemos as particularidades relacionadas à Oi, gente! Nesta aula 07, aprenderemos as particularidades relacionadas à Demonstração do Resultado do Exercício e à Demonstração de Lucros e Demonstração do Resultado do Exercício e à Demonstração de Lucros e Pr

Prejejuíuízos zos AcAcumumululadados, os, amambabas s imimpoportrtanantítíssissimamas s papara ra a a resresololuçução ão dede provas.

provas.

O “esquema” da aula será bastante direto. Inicialmente, eu apresentarei a O “esquema” da aula será bastante direto. Inicialmente, eu apresentarei a estrutura geral e, em seguida, “destrincharemos” os significados de cada estrutura geral e, em seguida, “destrincharemos” os significados de cada item das demonstrações.

item das demonstrações. E

Essppeerro o qquue e eesstteejjaam m ttooddooss ccoolaladdoos s na na ccadadeieirara, , ””sese acabando” de estudar,

acabando” de estudar, assim como o Zé Luis! Rsrs..assim como o Zé Luis! Rsrs..

Bons estudos e vamos começar! Bons estudos e vamos começar!

Pessoal, antes de mais nada, a Demonstração do Resultado do Pessoal, antes de mais nada, a Demonstração do Resultado do Exercício é um

Exercício é um relatóriorelatório (tal qual o balanço patrimonial) que (tal qual o balanço patrimonial) que apresenta, de maneira resumida, as informações relativas aos apresenta, de maneira resumida, as informações relativas aos fatos contábeis que aumentam ou diminuem o patrimônio da empresa. Em fatos contábeis que aumentam ou diminuem o patrimônio da empresa. Em outra palavras, a DRE demonstra, de maneira sintética,

outra palavras, a DRE demonstra, de maneira sintética, todos os créditostodos os créditos e

e dédébibitotos s rerececebibidodos s pepela la cocontnta a de de ApApururaçação ão do do ReResusultltadado o dodo Exercício – ARE

Exercício – ARE -, conhecida na Aula 03. -, conhecida na Aula 03.

Fatos contábeis, que aumentam ou diminuem o patrimônio da empresa, Fatos contábeis, que aumentam ou diminuem o patrimônio da empresa, sã

são o aqaquueleles es dodos s ququaiais s dedecocorrrrem em do do rerecoconhnhececimimenento to de de rerececeititas as ouou despesas em contas de resultado. Sendo assim, a D.R.E. nada mais é que despesas em contas de resultado. Sendo assim, a D.R.E. nada mais é que uma demonstração que consolida os saldos finais das contas de resultado uma demonstração que consolida os saldos finais das contas de resultado num determinado período de tempo (ao término do exercício), donde se num determinado período de tempo (ao término do exercício), donde se extrai o resultado líquido destas alterações, ou seja, os lucros ou prejuízos extrai o resultado líquido destas alterações, ou seja, os lucros ou prejuízos do período.

do período.

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1 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 1 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

(4)

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Em razão de sua importância, qual seja, apurar o resultado líquido das Em razão de sua importância, qual seja, apurar o resultado líquido das atividades da entidade num determinado período de tempo,

atividades da entidade num determinado período de tempo, a preparaçãoa preparação e apresentação da D.R.E é obrigatória para as companhias.

e apresentação da D.R.E é obrigatória para as companhias. Obvia

Obviamente, tal mente, tal qual o qual o balabalanço nço patripatrimoniamonial, l, a D.R.E a D.R.E possui uma possui uma estruestruturatura pa

padrdrononizizadada, a, quque e dedeve ve ser ser segseguiuida da à à ririscasca, , papara ra quque e a a fifinanalilidadade de dada d

deemmononssttrraaççããoo, , mmaarrccaadda a ppelela a pprroodduuççãão o dde e iinnfforormmaaççõeões s úútteieis s ee compreensíveis para os usuários, não fique prejudicada.

compreensíveis para os usuários, não fique prejudicada.

A Lei nº 6.404/76 apresenta, em seu artigo 187, uma estrutura básica para A Lei nº 6.404/76 apresenta, em seu artigo 187, uma estrutura básica para a apresentação das informações contábeis na D.R.E,

a apresentação das informações contábeis na D.R.E, transcrito a seguir:transcrito a seguir:

 Art. 187. A demonstração do resultado do exercíc

 Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:io discriminará: I

I - - a a rerececeitita a brbrututa a dadas s vevendndas as e e seservrviçiçosos, , as as dededuduççõeões s dadas s vevendndasas, , osos abatimentos e os impostos;

abatimentos e os impostos; II -

II - a receita líquida das vendas e serviçoa receita líquida das vendas e serviços, o s, o custcusto das o das mercmercadoriaadorias e s e serviserviçosços vendidos e o lucro bruto;

vendidos e o lucro bruto; II

III I - - as as desdespepesasas s cocom m as as vevendndasas, , as as dedespspesesas as fifinanancnceieiraras, s, dededuduzizidadas s dadass receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras d

receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras d espesas operacionais;espesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

imposto; VI

VI – – as as parparticticipaipaçõeções s de de debdebêntênturesures, , empempregaregadosdos, , adadminminististradradoreores s e e parpartestes benef

beneficiáriciárias, mesmo na ias, mesmo na forma de forma de instrinstrumentoumentos s finanfinanceirceiros, e os, e de de instiinstituiçõtuições es ouou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

social.

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e

realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

a essas receitas e rendimentos.

Rapazi

Rapaziada! Cumada! Cumpre evidpre evidenciar quenciar que as e as alínalíneas “a” e “b”eas “a” e “b”, do § 1º, fazem, do § 1º, fazem alusão expressa ao

alusão expressa ao princípio da competênciaprincípio da competência, exaustivamente estudado, exaustivamente estudado ����� ������ �����

(5)

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ao longo do nosso curso e sob o qual se pauta a apuração do lucro econômico do período. Ou seja, na D.R.E. só são lançadas as receitas e despesas do exercício em questão. Receitas ou Despesas eventualmente não apuradas em exercícios anteriores, devem ser lançadas na Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, como veremos em tópico específico desta aula.

Vejam a estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício, segundo a Lei das S.A., no quadro abaixo:

Faturamento Bruto (-) IPI faturado

(=) Receita bruta de vendas e serviços (-) devoluções e vendas canceladas

(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais (-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços

− ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep

(=) Receita líquida de vendas e serviços

(-) Custo das mercadorias vendidas e dos serviços prestados

(=) Resultado operacional bruto (Lucro bruto - LB, quando positivo) (-) Despesas operacionais

- Despesas comerciais

- Despesas gerais e administrativas - Despesas financeiras

- Resultado negativo de equivalência patrimonial - Variações monetárias passivas

(+) Receitas operacionais

+ Receitas financeiras

+ Resultado positivo de equivalência patrimonial + Variações monetárias ativas

+ Receitas de aluguel

+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo)

(=) Resultado operacional líquido (lucro operacional líquido, se positivo) (-) Outras despesas (antigamente, despesas não operacionais)

(+) Outra Receitas (antigamente, receitas não operacionais)

(=) Resultado antes do imposto de renda e contribuição social (LAIR) (-) Contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL)

(-) Provisão para imposto de renda (IR)

(=) Lucro líquido antes das participações (-) Participações:

− debenturistas − empregados − administradores

− titulares de partes beneficiárias

− contribuição para fundos de assistência e previdência social dos empregados

(=) Lucro líquido do exercício (÷) número de ações do capital social

(=) Lucro líquido por ação

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(6)

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Beleza, galera! Agora que temos a estrutura da D.R.E, vamos compreender o que significa cada um daqueles itens presentes na demonstração. Vamos nessa!

Faturamento e Receita Bruta de Vendas e Serviços se referem, basicamente, à mesma coisa: totalizam as receitas auferidas pela entidade, em razão de sua atividade, decorrentes das vendas e serviços prestados no período, de acordo com o regime de competência.

Vejam que eu pintei de uma cor diferente os campos do Faturamento Bruto e do IPI faturado. Isto se deu no sentido de evidenciar que eles não foram previstos pela Lei das S.A., porém, segundo o Manual de Contabilidade Societária – FIPECAFI/USP –, esta adaptação da D.R.E. é a melhor opção, para demonstrar as diferenças existentes entre o faturamento bruto e a receita bruta de vendas.

A única diferença existente se dá em razão de que, no faturamento bruto, além da receita bruta de vendas está incluído, também, o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI - incidente na operação de venda, o qual deverá ser repassado ao governo pela entidade vendedora. Vamos relembrar a parte inicial da D.R.E.:

Faturamento Bruto (-) IPI faturado

(=) Receita bruta de vendas e serviços (...)

Vejam que, para a contabilidade, o “IPI faturado” não é considerado uma receita propriamente dita, mas, sim, um valor cuja alíquota incide sobre a receita de vendas e que deverá ser recolhido aos cofres públicos (ou compensado com créditos decorrentes da aquisição de insumos em que, também, haja incidência de IPI).

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(7)

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Esta diferenciação se faz necessária em razão da característica de “imposto por fora” do IPI. Diz-se “por fora”, pois o IPI tem por base de cálculo o preço de venda (o valor da nota fiscal) e, após sua apuração, o valor apurado deverá ser somado ao valor da venda (cobrado “por fora”) para que seja encontrado o valor total a ser pago pelo cliente na aquisição do bem (o faturamento bruto)

Por outro lado, o ICMS, apesar de possuir a mesma base de cálculo do IPI (a receita bruta), já está incluído no preço de venda (no valor da nota fiscal) e, por esta razão, não se faz necessário qualquer tipo de “adição”. Por isso, o ICMS é conhecido como um imposto “por dentro”  (que já está “dentro” do preço de venda constante da nota fiscal).

Vamos esclarecer: digamos que a Zé Louis  S.A, em sua fábrica de

sapatos, realize a venda de 1000 pares de calçados ao preço de R$ 100.000,00, à vista. Vamos assumir, ainda, que esta venda está sujeita a incidência de ICMS (17%) e IPI (10%) sobre o valor da nota e o custo das mercadorias vendidas seja de R$ 60.000,00.

Até aqui, tranquilo. Como o  ICMS integra o preço de venda, o imposto, calculado pela aplicação da alíquota de 17% sobre a venda,  já está incluído no valor da operação, de R$ 100.000,00.

O IPI, ao contrário, por não integrar a receita bruta, é calculado por meio da aplicação da alíquota de 10% sobre o valor de venda, e cobrado adicionalmente do cliente. Vejamos a memória de cálculo dos impostos incidentes sobre a venda de calçados da empresa do Zé:

Valor da nota fiscal de venda dos sapatos = R$ 100.000,00

ICMS de 17% sobre as vendas (incluído no preço) = R$ 17.000,00

IPI de 10% sobre as vendas (adicional) = R$ 10.000,00

Faturamento bruto (Receita de vendas + IPI) = R$ 110.000,00

(8)

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O lançamento pelo reconhecimento desta operação ficaria, assim:

Portanto, após esta contabilização, a primeira parte da D.R.E da Zé  Louis

S.A. (considerando, unicamente, a venda do exemplo anterior), ficaria assim:

Faturamento Bruto 110.000

(-) IPI faturado 10.000

(=) Receita bruta de vendas e serviços 100.000

(...)

Agora que temos a receita bruta de vendas, vamos partir para as deduções.

São consideradas “deduções” da receita bruta de vendas todos aqueles valores que “reduzem” a receita auferida pela entidade, e que estão vinculados ao momento da venda.

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Lançamento a – Reconhecimento do faturamento bruto

D Caixa 110.000

C a Faturamento Bruto (conta de resultado) 110.000

Lançamento b – ICMS sobre vendas

D ICMS sobre vendas (conta de resultado) 17.000

C a ICMS a recolher 17.000

Lançamento c – IPI sobre vendas

D IPI sobre vendas (conta de resultado) 10.000

C a IPI a recolher 10.000

Lançamento d – Custo das Mercadorias Vendidas D C.M.V – Custo das mercadorias vendidas (resultado) 60.000

C a Estoques (ativo circ) 60.000

(9)

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Na estrutura da D.R.E. apresentada como modelo, as deduções de vendas são todos aqueles valores deduzidos da Receita Bruta de Vendas e que resultarão na Receita Líquida de Vendas, como abaixo:

Receita bruta de vendas e serviços Deduções da Receita

Bruta

(-) devoluções e vendas canceladas

(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais (-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços

− ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep

(=) Receita líquida de vendas e serviços (...)

Resta-nos, então, descobrir o que cada um destes itens, separadamente, significam.

Apesar de estarem sob a mesma rubrica, devoluções e vendas canceladas diferem entre si.

Devolução é o ato de devolver um produto, após a sua aquisição, por diversos motivos: defeito de fabricação, insatisfação com o bem, arrependimento na compra, entre outros. Na devolução, portanto, a venda é concretizada, a nota fiscal é emitida e o bem é retirado pelo cliente, porém, em momento posterior (horas ou dias depois) o cliente retorna com a intenção de devolver a mercadoria.

Já nas vendas canceladas, a venda chega a ser concretizada e a nota fiscal emitida para o cliente, contudo, o bem não é retirado do estabelecimento. Ou seja, enquanto ainda dentro da “loja”, o cliente desiste da compra, e a nota fiscal é cancelada.

O lançamento para reconhecimento das devoluções ou vendas canceladas deverá ser a débito do resultado (como despesa) e a crédito de disponibilidades (pela devolução dos recursos ao cliente) ou de contas a

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(10)

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receber (pela extinção do direito a receber decorrente da venda cancelada). Assim:

No caso específico das devoluções de vendas, a entidade também precisará reverter o Custo da Mercadoria Vendida, bem como lançar, novamente, os itens recebidos em devolução no estoque. O lançamento, portanto, ficaria:

Lançamento – devolução de vendas - mercadorias D Estoques

C a C.M.V – Custo das mercadorias vendidas (estorno de resultado) (valor)

Abatimentos  são reduções no preço de venda de um bem a fim de evitar a devolução pelos clientes! Assim, o abatimento é um fato que ocorre em momento posterior à venda e, em geral, decorre de problemas constatados com a mercadoria.

Com isso, para evitar a perda integral da venda, a companhia abate (reduz) um valor determinado do preço de venda original, devolvendo-o (ou deixando de exigi-lo) ao cliente.

Importa ressaltar que, como o abatimento ocorre em momento posterior à venda, o valor de emissão da nota fiscal não se altera e, como resultado, todos os tributos incidentes sobre a venda, cuja base de cálculo foi o valor da nota fiscal ou a receita bruta, serão mantidos, ainda que, posteriormente, a entidade conceda o abatimento. O lançamento é o seguinte:

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Lançamento – devolução ou vendas canceladas D Devolução (vendas canceladas)

C a Disponibilidades (ou contas a receber) (valor)

(11)

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Descontos incondicionais (também chamados de

Comerciais), por outro lado, são descontos concedidos aos clientes no momento da venda, e que não estão sujeitos a qualquer condição futura. Em outras palavras, o desconto é concedido ao cliente em de se tratar de uma data promocional, em que as mercadorias sejam vendidas a um preço menor, ou por outro motivo que importe em desconto  “na hora da venda”.

Nestes casos, a nota fiscal sai com o preço de venda normal, porém, em seu corpo é aposta a informação do desconto incondicional oferecido ao contribuinte e, por fim, deverá constar o valor com desconto que deverá ser pago pelo cliente.

Vejam que, nos descontos incondicionais, a receita é reconhecida com base no preço de venda original mas, posteriormente, ajustada ao desconto conferido ao cliente, donde se depreende a receita líquida.

Por exemplo: se o Zé Luis vai numa loja de departamentos e descobre que, se levar 3 peças de camisas de uma mesma marca, receberá descontos de 30% sobre o valor total, a nota fiscal emitida pela empresa, na concretização da compra, seria assim:

Valor da nota fiscal de venda das camisas = R$ 300,00

Desconto de 30% sobre 3 peças adquirias = R$ 90,00

Valor líquido a ser pago pelo Zé Luis = R$ 210,00

Na contabilidade da loja de departamentos o lançamento realizado deverá reconhecer a receita bruta (no preço de venda original das 3 peças do

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Lançamento – abatimentos concedidos D Abatimentos (resultado)

(12)

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item), os descontos incondicionais concedidos e os recursos obtidos pela venda. Percebam abaixo:

Como os descontos incondicionais são informados em nota fiscal, os tributos a serem recolhidos terão por base de cálculo os valores líquidos recebidos pela entidade. Em outras palavras, os descontos comerciais reduzem a base de cálculo dos tributos incidentes sobre a operação de venda.

Pessoal, preciso evidenciar que, além dos descontos incondicionais (que não se sujeitam a qualquer condição futura) existem os descontos condicionais (ou financeiros) estes, sim, dependentes do implemento de uma condição futura.

Os melhores exemplos de descontos condicionais são aqueles concedidos aos clientes quando do pagamento de duplicatas. Por exemplo, se e o cliente pagar uma duplicata, com pontualidade, ele faz jus ao desconto de 10% sobre o valor do título. Vejam que este desconto depende da condição futura de pagar com pontualidade . Além disso,

estes descontos se dão em momento posterior ao da venda, e, como bem vimos ao longo das aulas, devem ser reconhecidos como despesas a título de descontos passivos  pela entidade. Na DRE, estão inseridos dentre as “despesas financeiras”. Os tributos incidentes sobre a venda não são afetados pelos descontos financeiros!

Os tributos incidentes sobre a venda são aqueles cuja base de cálculo é o valor de venda da mercadoria ou serviço, constante da nota fiscal, sendo

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Lançamento – Receita de vendas para o Zé Luis

D Caixa 210

D Descontos incondicionais 90

C a Receita de vendas 300

(13)

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este o caso do ISS e do ICMS. As contribuições para o PIS/PASEP e a Cofins, por outro lado, têm como base de cálculo o faturamento bruto da entidade.

Regra geral, a estrutura de lançamento, para reconhecimento dos tributos incidentes sobre a venda, é a débito da conta “Tributo (nome) sobre a venda” de resultado e a crédito de “Tributo (nome) a recolher” -de passivo.

Veremos, então, rápidas explicações sobre os tributos incidentes sobre a venda (bem como demonstração de seus lançamentos) a fim de procedermos à devida fixação e explanação do conteúdo.

• ICMS

O Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre  prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciam no exterior – ICMS – é um imposto de competência Estadual, cujo fato

gerador é a venda de mercadorias ou a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

O ICMS é um imposto “por dentro”, ou seja, ele está inserido no preço constante da nota fiscal, e, por esta razão, integra a sua própria base de cálculo. Vale ressaltar, ainda, que a base de cálculo do ICMS é o preço da nota fiscal deduzidos de eventuais descontos incondicionais concedidos no momento da venda, bem como de devoluções e cancelamentos de vendas promovidas pelos clientes.

Por exemplo: digamos que a Zé Louis S.A. efetue a venda de 30 pares de

sapatos ao preço total de R$ 3.000,00. concedendo descontos incondicionais de R$ 200,00. Por se tratar de uma venda de “mercadorias”,

(14)

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esta operação está sujeita à incidência de ICMS, à alíquota de 17% (alíquota padrão) sobre a nota fiscal. O custo das mercadorias vendidas – CMV – é de R$ 2.000,00.

Com isso, a nota fiscal seria emitida da seguinte maneira:

Preço de venda “cheio” de 30 pares de sapatos = R$ 3.000,00

Descontos incondicionais concedidos = R$ 200,00

Preço líquido a ser recebido pela Zé Louis S.A. = R$ 2.800,00

ICMS de 17% sobre as vendas = R$ 476,00

E o lançamento pelo reconhecimento da operação, seria:

• PIS/PASEP e Cofins

As contribuições para o PIS/PASEP e para o financiamento da seguridade social – Cofins -, são tributos incidentes sobre o “faturamento” da entidade (nos termos das Leis nº 10.637/02 e 10.833/03, respectivamente), qual seja, sobre a receita auferida com a venda de mercadorias e serviços.

Por esta razão, eventuais descontos incondicionais concedidos,  bem como devoluções e cancelamentos de vendas, deverão ser reduzidas

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Lançamento a – Reconhecimento da receita

D Caixa 2.800

D Descontos incondicionais 200

C a Receita de Vendas 3.000

Lançamento b – ICMS sobre vendas

D ICMS sobre vendas (conta de resultado) 476

C a ICMS a recolher 476

Lançamento c – Custo das Mercadorias Vendidas D C.M.V – Custo das mercadorias vendidas (resultado) 2.000

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da base de cálculo destas contribuições. Outros impostos incidentes sobre a operação de venda (ICMS e ISS, principalmente), não reduzem a base de cálculo das contribuições, nem as contribuições reduzem a base de cálculo de outros impostos.

As alíquotas de PIS/PASEP e Cofins incidentes sobre o faturamento dependem de a entidade estar sujeita aos regimes cumulativo ou não-cumulativo de tais contribuições. No regime não-cumulativo, as alíquotas são de 0,65% e 3,00%, respectivamente, para o PIS/PASEP e Cofins. Neste caso, a entidade não poderá “recuperar” o PIS/PASEP ou o Cofins incidentes sobre suas compras!

No regime não-cumulativo, as alíquotas são de 1,65% (PIS) e 7,6% (Cofins). Pelo regime não-cumulativo, as empresas podem escriturar a  “Recuperação” do PIS/Cofins incidentes sobre suas compras, tal como

ocorre com o ICMS e com o IPI, permitindo sua compensação com o  “PIS/Cofins a Recolher”, decorrentes das vendas.

Nós veremos na aula 09 – operações com mercadorias, que a sistemática não-cumulativa é importante para as empresas optantes pelo regime de tributação pelo Lucro Real, pois, elas podem aproveitar as contribuições pagas na aquisição de insumos, compensando-as com tributos a serem pagos decorrentes da operação de venda.

É importante utilizarmos a nomenclatura constante da Lei da instituição das referidas contribuições, por isso, deve-se considerar que o PIS/PASEP e a Cofins incidem sobre o faturamento da entidade. Contudo, ao mesmo tempo, o aluno deve estar ciente de que, por faturamento, deve-se considerar a receita bruta de vendas.

Para o lançamento, é necessário que seja apurado o faturamento da empresa, geralmente, ao final de cada mês, para que possam ser calculadas as contribuições devidas. Por exemplo: seja uma empresa que

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vendeu mercadorias no valor de R$ 1.000,00, num mês qualquer e, destas vendas, R$ 200,00 foram devolvidas e R$ 100,00 foram concedidos como descontos incondicionais. Neste caso, a memória de cálculo das contribuições seriam as seguintes:

Faturamento (receita bruta de vendas) = R$ 1.000

Devoluções = (R$ 200)

Descontos incondicionais = (R$ 100)

Base de cálculo para o PIS/PASEP e Cofins = R$ 700

Cofins a recolher (7,6% - regime não cumulativo) = R$ 53,20 PIS/PASEP a recolher (1,65% - regime não cumulativo) = R$ 11,65

Legal! O lançamento para reconhecimento destas contribuições, incidentes sobre o faturamento, seria assim:

• ISS

Povo!  O Imposto sobre Serviços de qualquer natureza – ISS – é um

imposto de competência privativa dos municípios, e incide sobre a prestação dos serviços relacionados em rol taxativo, constante da Lei Complementar nº 116/2003.

O ISS é um tributo incidente sobre a venda e, como tal, deve vir destacado em nota fiscal (como o ICMS). Assim, a cada prestação de serviços realizada, a entidade fica obrigada a repassar aos cofres municipais o montante referente ao ISS, cujo limite máximo da alíquota é de 5% do valor do serviço, constantes da nota fiscal.

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Lançamento a – PIS/PASEP sobre faturamento D PIS/PASEP sobre faturamento (despesa)

C a PIS/PASEP a recolher R$ 11,65

Lançamento b – Cofins sobre faturamento D Cofins sobre faturamento (despesa)

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Notem que, como o ISS é um imposto sobre serviços, é pouco provável que a vendas sejam “devolvidas” pelos clientes. Contudo, é bem possível que sejam concedidos descontos incondicionais, que deverão ser deduzidos da base de cálculo do imposto.

O lançamento é realizado nos moldes do ICMS, porém, a nomenclatura das contas, por óbvio, é diferente. Vejam:

Muito bem, pessoal! Após todas as deduções sobre a Receita Bruta de Vendas nós chegamos à Receita Líquida de Vendas. Para melhor ilustrar este ponto, vamos imaginar uma situação hipotética ocorrida com a Zé

Louis S.A.

Digamos que, no exercício de 20X1, a entidade do Zé tenha realizado vendas de mercadorias no valor de R$ 100.000,00, sujeitas aos seguintes tributos: IPI – 10%; ICMS – 17%; PIS/PASEP – 1,65%; Cofins – 7,6%. Além disso, foram realizadas devoluções pelos clientes, no valor de R$ 10.000,00, e concedidos descontos incondicionais de R$ 5.000,00 sobre as vendas. A Demonstração do Resultado do Exercício, até a R.L.V da Zé Louis S.A., seria assim:

Faturamento Bruto R$ 110.000,00

(-) IPI faturado (R$ 10.000,00)

(=) Receita bruta de vendas e serviços R$ 100.000,00

(-) devoluções e vendas canceladas

(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais (-) ICMS sobre vendas

(-) PIS/PASEP sobre vendas (-) Cofins sobre vendas

(R$ 10.000,00) (R$ 5.000,00) (R$ 14.450.00) (R$ 1.402,50) (R$ 6.460,00) Base de Cálculo R$ 85.000

(=) Receita líquida de vendas e serviços 62.687,50

(...)

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Lançamento – ISS sobre vendas D ISS sobre vendas (conta de resultado)

C a ISS a recolher (valor)

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Após a Receita Líquida de Vendas, o próximo passo a ser seguido na D.R.E é o que diz respeito à dedução, da R.L.V., dos valores referentes ao custo das mercadorias vendidas – CMV, custo dos produtos vendidos – CPV, e custo do serviços prestado – CSP.

Pra não permitir que esta “sopa de letrinhas” embaralhe a cabeça de

vocês, vou explicá-las a seguir:

Custo das Mercadorias Vendidas – CMV:  representa, justamente, o custo das mercadorias vendidas pela entidade, registrados nos estoques da companhia. Existe uma fórmula, bastante simples, para apurarmos custo das mercadorias vendidas:

CMV = Ei + Compras – Ef 

Onde, Ei = estoque inicial do exercício social; Compras  = compras de mercadorias no período; Ef  = estoque final do exercício social (todos os valores em R$).

Na aula 09 traçaremos algumas considerações bem mais apuradas em relação ao custo da mercadorias vendidas. Por hora, a memorização desta fórmula é suficiente (poderemos utilizá-la em alguns exercícios).

Custo dos Produtos Vendidos – CPV: O custo dos produtos vendidos é apurado apenas em entidades industriais, que, através dos processos de industrialização, transformam matérias primas em produtos finais. O controle apurado deste custo é objeto da contabilidade de custos e, portanto, não será abordado em nosso curso.

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(19)

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Custo dos Serviços Prestados – CSP: Os principais custos existentes na prestação de serviços decorrem da mão de obra utilizada pela entidade, para o fornecimento dos serviços, e dos custos indiretos, associados à prestação. Na aula 09 também traçaremos algumas linhas gerais sobre estes custos.

O resultado operacional bruto, denominado de lucro bruto, caso positivo, é dado pela receita líquida de vendas – RLV – deduzida dos custos das mercadorias vendidas (e/ou serviços prestados, produtos vendidos).

Para ilustrar este ponto da matéria, vamos dar continuidade ao exemplo da Zé Louis S.A. Imaginemos, então, ao final do exercício, a Zé Louis S.A.

apresente os seguintes dados:

Estoque inicial de sapatos do período : 40.000

Compras do Período : 50.000

Estoque final de sapatos do período : 60.000

CMV = Ei + Compras – Ef : 30.000

A continuação da D.R.E. ficaria assim:

Faturamento Bruto R$ 110.000,00

(-) IPI faturado (R$ 10.000,00)

Receita bruta de vendas e serviços R$ 100.000,00

(-) devoluções e vendas canceladas

(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais (-) ICMS sobre vendas

(-) PIS/PASEP sobre vendas (-) Cofins sobre vendas

(R$ 10.000,00) (R$ 5.000,00) (R$ 14.450.00) (R$ 1.402,50) (R$ 6.460,00)

(=) Receita líquida de vendas e serviços 62.687,50

(-) CMV – Custo das mercadorias vendidas (R$ 30.000,00)

(=) Resultado operacional bruto (lucro bruto) R$ 32.687,50

(...)

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(20)

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A próxima etapa necessária à correta apuração do lucro líquido, com base na Demonstração do Resultado do Exercício, é a  redução, do resultado operacional bruto, das despesas operacionais, e a adição das receitas operacionais para que, enfim, encontremos o Lucro Operacional Líquido. Na D.R.E., estas despesas e receitas se apresentam da seguinte maneira: (...)

(=) Resultado operacional bruto (Lucro bruto - LB, quando positivo) (-) Despesas operacionais

- Despesas comerciais

- Despesas gerais e administrativas - Despesas financeiras

- Resultado negativo de equivalência patrimonial - Variações monetárias passivas

(+) Receitas operacionais + Receitas financeiras

+ Resultado positivo de equivalência patrimonial + Variações monetárias ativas

+ Receitas de aluguel

+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo)

(=) Resultado operacional líquido (lucro operacional líquido, se positivo) (...)

Despesas e Receitas operacionais são aquelas que decorrem das atividades normais da empresa  e que possuem como características a habitualidade e permanência. Estas características são bastante importantes e, regra geral, são suficientes para a classificação das despesas e receitas em operacionais ou não.

Despesas e Receitas eventuais, que não acontecem rotineiramente no curso de operação das empresas, são consideradas outras despesas (antigamente, despesas não-operacionais) ou outras receitas (antigamente, receitas não-operacionais), a serem estudadas em ponto específico da aula, mais adiante.

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(21)

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Despesas comerciais estão relacionadas aos setores comerciais das companhias. Em regra, sob estas despesas são lançados:

 Os salários e encargos (suportados pelo empregador) do

pessoal de marketing e vendas (área comercial);

 As comissões pagas aos vendedores;

 As ações de publicidades para a divulgação do negócio;

 As despesas com veículos, depreciação e aluguéis em relação

aos veículos e imóveis utilizados na área comercial, etc.

As despesas gerais e administrativas são aquelas originadas nas despesas da chamada “área meio” da empresa, quais sejam, as atividades de apoio: limpeza, segurança, finanças, sistemas informatizados, a própria contabilidade, entre outros. Alguns exemplos são:

 Os salários e encargos (suportados pelo empregador) do

pessoal da área meio;

 As despesas com veículos, depreciação e aluguéis em relação

aos veículos e imóveis utilizados pela área meio;

 Salários dos administradores da companhia; entre outros.

Despesas financeiras estão relacionadas, principalmente, ao pagamento de juros (decorrentes de empréstimos, financiamentos, atraso no pagamento de duplicatas, entre outros) e descontos condicionais concedidos (aqueles relativos ao desconto no recebimento

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1.1.6.1 Despesas comerciais

1.1.6.2 Despesas gerais e administrativas

(22)

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de duplicatas a receber, por exemplo, em razão da pontualidade do cliente).

As receitas financeiras, em situação inversa, se referem ao recebimento de juros de seus clientes, bem como aos descontos condicionais recebidos pela entidade, quando do pagamento de duplicatas de seus fornecedores.

Nesta rubrica da D.R.E. se inserem os resultados negativos  (despesa operacional) ou positivos (receita operacional) da aplicação do método da equivalência patrimonial, obtidos na avaliação dos investimentos em controladas, coligadas e sociedades do mesmo grupo econômico. Abordamos o M.E.P na Aula 04 do nosso curso e, em caso de dúvidas, sugiro que retornem e revejam este ponto da matéria.

Variações monetárias passivas (despesa operacional) decorrem das diminuições dos direitos de crédito e/ou aumento das obrigações da entidade, em razão das oscilações ocorridas com a taxa de câmbio ou índices econômicos, quando estes direitos e obrigações estiverem a eles indexados, nos termos dos contratos que lhes deram origem.

As variações monetárias ativas (receita operacional), por sua vez, decorrem dos aumentos dos direitos de crédito e/ou diminuição das obrigações da entidade, também, devido às oscilações da taxa de câmbio ou índices econômicos, nos termos dos contratos.

Como veem, receitas de aluguel se inserem como receitas operacionais, pois são habituais (ocorrem todo mês) e permanentes

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1.1.6.4 Resultado negativo/positivo de equivalência patrimonial

1.1.6.5 Variações monetárias passivas/ativas

(23)

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(enquanto durar o contrato de aluguel), ainda que o bem alugado esteja classificado no subgrupo ativo investimentos (que, por definição, se referem a bens não utilizados na operação da entidade).

Os dividendos recebidos pela entidade são classificados como receita operacional. Contudo, é sempre bom lembrar, que se reconhece a receita de dividendos apenas nas distribuições de lucros recebidos de entidades avaliadas pelo método do custo!

Nos investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial, não há reconhecimento de receita quando do recebimento dos dividendos. Ocorre, tão somente, uma permutação entre o saldo do investimento e a conta caixa, pelo recebimento dos recursos.

O resultado operacional líquido, como visto, corresponde ao resultado operacional bruto (lucro bruto), deduzido das despesas operacionais e acrescido das receitas operacionais.

Dando sequência à demonstração do resultado do exercício da Zé Louis

S.A., vamos considerar que a companhia tenha apurado os seguintes resultados:

Despesas financeiras R$ 3.000,00

Despesa de aluguel (área administrativa) R$ 5.000,00

Receita de aluguel R$ 1.500,00

Dividendos recebidos (método do custo) R$ 800,00 Resultado positivo de equivalência patr. R$ 1.200,00

No D.R.E. as receitas e despesas operacionais, e o resultado operacional líquido (lucro operacional líquido) ficariam impactadas da seguinte forma:

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1.1.6.7 Dividendos

(24)

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Faturamento Bruto R$ 110.000,00

(-) IPI faturado (R$ 10.000,00)

Receita bruta de vendas e serviços R$ 100.000,00

(-) devoluções e vendas canceladas (R$ 10.000,00)

(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais (R$ 5.000,00)

(-) ICMS sobre vendas (R$ 14.450.00)

(-) PIS/PASEP sobre vendas (R$ 1.402,50)

(-) Cofins sobre vendas (R$ 6.460,00)

(=) Receita líquida de vendas e serviços 62.687,50

(-) CMV – Custo das mercadorias vendidas (R$ 30.000,00)

(=) Resultado operacional bruto (lucro bruto) R$ 32.687,50

(-) Despesas operacionais

- Despesas comerciais

-- Despesas gerais e administrativas (R$ 5.000,00)

- Despesas financeiras (R$ 3.000,00)

- Resultado negativo de equivalência patrimonial

-- Variações monetárias passivas

-(+) Receitas operacionais

+ Receitas financeiras

-+ Resultado positivo de equivalência patrimonial R$ 1.200,00

+ Variações monetárias ativas

-+ Receitas de aluguel R$ 1.500,00

+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo) R$ 800,00

(=) Resultado operacional líquido (lucro oper. líquido, se positivo) R$ 28.187,50 (...)

Beleza! Próximo ponto.

Classificam-se em outras despesas e outras receitas aquelas cujos eventos que dão ensejo ao seu reconhecimento sejam não habituais, eventuais e aleatórios. A redação do inciso IV do Art. 187 da Lei nº 6.404/76, regia que, até 2008, após o resultado operacional líquido seriam lançadas as despesas e receitas não operacionais. Vejam:

 Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: (...)

IV - o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; (Redação dada pela Lei nº 9.249, de 1995)

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(25)

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Contudo, com a edição da Medida Provisória nº 449/2008 (convertida na Lei nº 11.941/2008), a redação do inciso IV da Lei das S.A. foi alterada, momento em que as receitas e despesas não-operacionais suprimidas e renomeadas para outras despesas e outras receitas:

 Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: (...)

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Portanto, gente, atualmente, nos termos da Lei das S.A., não existem mais receitas e despesas não operacionais, mas, apenas, outras receitas e outras despesas!

Como vimos, são consideradas como outras despesas e outras receitas as decorrentes de fatos contábeis não habituais, eventuais e aleatórios. Em geral, este reconhecimento se deve às receitas e despesas em relação à alienação de bens do ativo não circulante, já que, o normal seria que estes bens permanecessem vinculados ao ativo da entidade.

Após deduzidas as outras despesas, e adicionadas as outras receitas ao lucro operacional líquido, chegamos ao resultado antes do Imposto de Renda – IR e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL -que, se positivo, é chamado por Lucro antes do IR e CSLL, ou, apenas, LAIR.

(...)

(=) Resultado operacional líquido (lucro operacional líquido, se positivo) (-) Outras despesas (antigamente, despesas não operacionais)

(+) Outra Receitas (antigamente, receitas não operacionais)

(=) Resultado antes do imposto de renda e contribuição social (LAIR) (...)

Beleza. Vamos, então, continuar com a D.R.E. da Zé Louis  S.A.?

Admitamos que, no curso da operação do exercício de 20X1, a Cia. do Zé tenha alienado, por R$ 15.000,00, um imóvel classificado no imobilizado,

(26)

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cujo valor contábil na data da venda era de R$ 12.000,00. O lançamento desta operação, como já estudamos em aulas anteriores, seria assim:

Notem que, nesta operação, a Zé Louis S.A. apurou ganho de capital no valor de R$ 3.000,00, que irá impactar o LAIR na D.R.E. quando lançarmos as outras despesas e outras receitas da operação.

Vejamos, então, como ficaria a D.R.E.:

Faturamento Bruto R$ 110.000,00

(-) IPI faturado (R$ 10.000,00)

Receita bruta de vendas e serviços R$ 100.000,00

(-) devoluções e vendas canceladas (R$ 10.000,00)

(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais (R$ 5.000,00)

(-) ICMS sobre vendas (R$ 14.450.00)

(-) PIS/PASEP sobre vendas (R$ 1.402,50)

(-) Cofins sobre vendas (R$ 6.460,00)

(=) Receita líquida de vendas e serviços 62.687,50

(-) CMV – Custo das mercadorias vendidas (R$ 30.000,00)

(=) Resultado operacional bruto (lucro bruto) R$ 32.687,50

(-) Despesas operacionais

- Despesas comerciais

-- Despesas gerais e administrativas (R$ 5.000,00)

- Despesas financeiras (R$ 3.000,00)

- Resultado negativo de equivalência patrimonial

-- Variações monetárias passivas

-(+) Receitas operacionais

+ Receitas financeiras

-+ Resultado positivo de equivalência patrimonial R$ 1.200,00

+ Variações monetárias ativas

-+ Receitas de aluguel R$ 1.500,00

+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo) R$ 800,00

(=) Resultado operacional líquido (lucro oper. líquido, se positivo) R$ 28.187,50 (-) Outras despesas (antigamente, despesas não operacionais)

(+) Outra Receitas (antigamente, receitas não operacionais) (R$ 12.000,00)R$ 15.000,00

(=) Resultado antes do IR e CSLL (LAIR) R$ 31.187,50

(...)

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Lançamento a – Receita pela alienação do imóvel D Caixa

C a Outras receitas (alienação de bem do imobilizado) R$ 15.000 Lançamento b – Despesa pela alienação do imóvel

D Outras despesas (alienação de bem do imobilizado)

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Tá tomando forma a nossa demonstração do resultado.tomando forma a nossa demonstração do resultado. Next!Next!

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Este ponto é importante, pois, é depois do LAIR - Lucro Antes do IR eLAIR - Lucro Antes do IR e d

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CSLL, tributos de competência privativa da União.

Vamos supor que, a partir do LAIR, a Zé Louis S.A. tenha encontrado IR e Vamos supor que, a partir do LAIR, a Zé Louis S.A. tenha encontrado IR e CSLL devidos no valor de R$ 10.000,00 e R$ 6.000,00, respectivamente. A CSLL devidos no valor de R$ 10.000,00 e R$ 6.000,00, respectivamente. A D.R.E. tomaria a seguinte forma:

D.R.E. tomaria a seguinte forma: (...)

(...)

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(-) Contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL)líquido (CSLL) (-) Provisão para imposto de renda (IR)

(-) Provisão para imposto de renda (IR) (R$ 10.000,00)(R$ 10.000,00)(R$ 6.000,00)(R$ 6.000,00) ((==) ) LLuuccrro o llííqquuiiddo o aannttees s ddaas s ppaarrttiicciippaaççõõeess RR$ $ 1155..118877,,5500 (...)

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Pessoal, preciso fazer algumas considerações sobre este ponto da matéria. Pessoal, preciso fazer algumas considerações sobre este ponto da matéria. Em primeiro lugar, a apuração do imposto de renda a pagar depende da Em primeiro lugar, a apuração do imposto de renda a pagar depende da sis

sistemátemátictica a de de tritributbutaçãação o adoadotadtada a pelpela a ententidaidade, de, ququal al sejseja: a: regregimime e dede Lucro Real, Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado.

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contabilidade avançada, abarcando ada, abarcando vorazmente vorazmente a legislação a legislação tributária, nãtributária, nãoo sendo escopo do nosso curso.

sendo escopo do nosso curso.

Contudo, a fim de traçar um panorama geral acerca do assunto, vou Contudo, a fim de traçar um panorama geral acerca do assunto, vou apresentar algumas linhas gerais sobre o tema, para que vocês não fiquem apresentar algumas linhas gerais sobre o tema, para que vocês não fiquem  “a ver navios”... heheh.

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O Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/99) obriga que os O Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/99) obriga que os ccoonnttrriibbuuiinnttees s qquue e ppoossssuuaam m rreecceeiitta a bbrruutta a aannuuaal l ssuuppeerriioor r a a RR$$ 48.

48.000000.000.000,00 ,00 (no (no ano ano antanterierior), or), que que desdesenvenvolvolvam am algalgumaumas s atiatividvidadesades específicas (por exemplo, instituições financeiras) ou que tenham auferido específicas (por exemplo, instituições financeiras) ou que tenham auferido lucros no exterior, apurem o IR

lucros no exterior, apurem o IR e a CSLL pelo regime do Lucro Ree a CSLL pelo regime do Lucro Real.al.

Importante observar que o LAIR apurado por meio da D.R.E não Importante observar que o LAIR apurado por meio da D.R.E não é a base de cálculo do IR nem da CSLL a pagar pelo regime do é a base de cálculo do IR nem da CSLL a pagar pelo regime do lucro real. Segundo manda a legislação tributária, o LAIR deverá sofrer lucro real. Segundo manda a legislação tributária, o LAIR deverá sofrer aju

ajustestes s (ad(adiçõições es e e deddeduçõuções) para que es) para que sejseja a apuapuradrado o oo lucro fiscallucro fiscal, ou, ou sseejjaa, , aa bbasase e de de cácálclcuulo lo ddo o imimpopossto to dde e rerennda da e e da da CCSLSLL L pepelala sistemática do Lucro Real.

sistemática do Lucro Real. O regime de tributação pelo

O regime de tributação pelo Lucro PresumidoLucro Presumido é um regime mais simples, é um regime mais simples, e menos exigente em relação à contabilidade da entidade. Isto porque, e menos exigente em relação à contabilidade da entidade. Isto porque, nele

nele se presume o lucro auferidose presume o lucro auferido, trimestralmente. Com isso, quando da, trimestralmente. Com isso, quando da aappuurraaççãão o ddoo IIR R e e CCSSLLL L a a ppaaggaarr,, cocom m babase se no no LuLucrcro o PrPresesumumidido,o, dispe

dispensa-snsa-se e o o controle das controle das despedespesas sas incorriincorridasdas. Só podem optar por. Só podem optar por este regime as empresas não obrigadas ao Lucro Real.

este regime as empresas não obrigadas ao Lucro Real. A presunção do

A presunção do lucro lucro aufeauferidorido se dá por meio da aplicação de alíquotas se dá por meio da aplicação de alíquotas (percentuais) sobre a receita bruta (esta, sim, deve estar devidamente (percentuais) sobre a receita bruta (esta, sim, deve estar devidamente documentada e registrada) excluídas as vendas canceladas, as devoluções documentada e registrada) excluídas as vendas canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos. Os percentuais variam de vendas e os descontos incondicionais concedidos. Os percentuais variam

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de acordo a atividade desenvolvida pela empresa, e com o tributo (IR e de acordo a atividade desenvolvida pela empresa, e com o tributo (IR e CSLL). Por exemplo, para a apuração da

CSLL). Por exemplo, para a apuração da base de cálculo do imposto debase de cálculo do imposto de renda,

renda, a legislação presume um lucro de 32% da receita bruta para as a legislação presume um lucro de 32% da receita bruta para as em

emprpresesas as prpresestatadodoraras s dde e seservrviçiço. o. Já Já papara ra as as ememprpresesas as cocomemercrciaiaisis,, revendedoras de mercadorias, o lucro presumido é

revendedoras de mercadorias, o lucro presumido é de 8% da receita bruta.de 8% da receita bruta. A

A babase se de de cácálclcululo o da da CSCSLLLL, por outro lado, é obtida por meio de, por outro lado, é obtida por meio de pe

percercentntuauais is um um popoucuco o didifefererentntes: es: papara ra as as prprestestadadorores es de de serserviviçosços, , aa presun

presunção do ção do lucro, tamblucro, também, é ém, é de 32% de 32% da receita bruta ajustadda receita bruta ajustada, mas a, mas dede 12% para as pessoas jurídicas em geral.

12% para as pessoas jurídicas em geral.

Portanto, as empresas optantes pelo regime do lucro presumido têm como Portanto, as empresas optantes pelo regime do lucro presumido têm como ba

base de se de cácálculculo do lo do IR e IR e da CSLda CSLL L (e(eququivivalalenente ao te ao LALAIR)IR), , o o prprododututo o dada aplicação da alíquota de lucro presumido sobre a receita bruta ajustada da aplicação da alíquota de lucro presumido sobre a receita bruta ajustada da entidade. Por exemplo, uma agência de viagens (prestadora de serviço) entidade. Por exemplo, uma agência de viagens (prestadora de serviço) qu

que e tetenhnha a auauferferidido o rereceiceita ta de de R$ R$ 10100.0.000000,0,00 0 (v(vamamos os dedescscononsisidederararr devoluções, cancelamentos e descontos incondicionais) no 1º trimestre de devoluções, cancelamentos e descontos incondicionais) no 1º trimestre de 20X1, fica sujeita ao pagamento do imposto de renda e contribuição social 20X1, fica sujeita ao pagamento do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, sobre a base de cálculo de R$ 32.000,00 (32% de R$ sobre o lucro líquido, sobre a base de cálculo de R$ 32.000,00 (32% de R$ 100.000), seu lucro presumido. Sobre esta base de cálculo são lançadas as 100.000), seu lucro presumido. Sobre esta base de cálculo são lançadas as alíq

alíquotas específicauotas específicas s dodo Imposto de Renda (15% + adicional de 10%Imposto de Renda (15% + adicional de 10% sobre a parcela do lucro que superar R$ 60.000 no trimestre),

sobre a parcela do lucro que superar R$ 60.000 no trimestre), e da e da CSLL (9%). A memória de cálculo dos tributos ficaria assim:

CSLL (9%). A memória de cálculo dos tributos ficaria assim: R

Reecceeiitta a bbrruutta a 11º º ttrriim m 2200XX1 1 ((pprreessttaaççãão o dde e sseerrvviiççooss)) RR$ $ 110000..000000 LLuuccrro o pprreessuummiiddo o ((3322% % x x rreecceeiitta a bbrruuttaa)) RR$ $ 3322..000000 IIRRPPJ J – – 1155% % ((1155% % x x lluuccrro o pprreessuummiiddoo)) RR$ $ 44..880000 IIRRPPJ J – – aaddiicciioonnaal l 1100% % ((lluuccrro o ttrriimmeessttrraal l nnãão o eexxcceeddeeu u 6600..000000)) --C

CSSLLL L – – 99% % ((99% % x x lluuccrro o pprreessuummiiddoo)) RR$ $ 22..888800 Por último, o

Por último, o Lucro ArbitradoLucro Arbitrado é a modalidade de apuração da base de é a modalidade de apuração da base de cálcul

cálculo o dos tributodos tributos s a pagar menos a pagar menos complcomplexa. Nele também se exa. Nele também se dispdispensa aensa a escrituração de todas as despesas do contribuinte. Além disso,

escrituração de todas as despesas do contribuinte. Além disso, pode serpode ser ����� ������ �����

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adotado pelo próprio contribuinte quando este conhecer a sua receita bruta.

Contudo, a característica principal do Lucro Arbitrado é a sua utilização por parte da autoridade tributária, em processo de fiscalização, e sua utilização decorre da inobservância de algumas obrigações acessórias por parte do sujeito passivo, como, por exemplo, a evidência de fraude na escrituração de livros comerciais e fiscais, ou, quando o contribuinte deixa de apresentar estes livros à fiscalização, entre outros. Com isso, o auditor fiscal poderá desconsiderar qualquer outro regime de tributação ao qual o contribuinte se sujeita (seja Lucro Real ou Presumido) e aplicar as regras atinentes ao Lucro Arbitrado a afim de arbitrar os tributos devidos.

Para a apuração do Lucro Arbitrado são utilizadas as mesmas alíquotas de apuração da base de cálculo no regime do Lucro Presumido, porém, acrescidas de 20%.

O imposto de renda apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real deverá ser reconhecido, no encerramento do exercício, por meio da constituição de uma Provisão para Imposto de Renda. Esta, inclusive, é a determinação da Receita Federal.

Contudo, a constituição de uma provisão, ao término do exercício, calculada sobre base “sólida”, qual seja, o lucro fiscal efetivo do período, contraria a natureza de incerteza inerente às provisões.

O que acontece é que, a boa prática contábil, recomenda que as pessoas  jurídicas contabilizem a provisão do IRPJ mensalmente, por meio de

estimativas ou pelo levantamento de balanços intermediários. É

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