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Entrevistas de moradores e familiares das comunidades sobre a localização e existência de um local onde se faziam enterros de escravos.

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Academic year: 2021

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4.3.3 Programa de Monitoramento Arqueológico

O Programa de Monitoramento Arqueológico, conforme consta no Plano Básico Ambiental prevê a catalogação de amostras nas áreas de construção da Estrada Parque, para que essas informações possam ser preservadas e divulgadas posteriormente.

Relato Mensal de Atividades

Neste período de acordo com os objetivos apontados:

• Entrevistas de moradores e familiares das comunidades sobre a localização e existência de um local onde se faziam enterros de escravos.

• Levantamento da localização e ocupação indígena na região e seus vestígios, que também inclui locais de enterros indígenas.

• Entrevistas com descendentes comprovados, com relatos e documentos disponíveis. • Localização e registro de patrimônios históricos e culturais com representatividade na

região.

• Localização e análise de zoopassagens inferiores.

• Deslocamentos, que se fizerem pertinentes, para coleta de informações, ao longo de todo o trajeto que envolve a Estrada Parque de Visconde de Mauá, acompanhada de equipamentos e pessoal especializado.

• Pesquisas em outras localidades e/ou entidades que disponham de informações relevantes ao monitoramento arqueológico.

• Relatórios mensais dando ciência do desenvolvimento das metas estipuladas.

Indicadores Ambientais:

• Relatos com forte indicadores da existência de um local que foi durante uma época reservado para enterros de escravos, e descritos por moradores como ainda sendo um local cercados de muitas estórias, passadas de geração para geração por moradores e seus familiares.

• Descendentes dos índios Puris, que ocuparam essa região, ainda são encontrados no local, e, conforme relatos dispõem de informações pertinentes que dariam formato à indícios de sítios arqueológicos indígenas.

• Vestígios de arquitetura/povoamento do início da colonização são bases para o preparo de pesquisas. Esse item pode ser mais amplo do que presentemente se indica.

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Foi coletado, durante as pesquisas, relatos que na região existia um local de muitas estórias que tinha sido em outras épocas lugar de enterro de escravos. Local esse que gerou e gera ainda hoje muito respeito e “estórias de assombração” dos moradores vizinhos. Apesar de ser uma região em que se plantou eucaliptos em quase sua totalidade, foi dividida em lotes, essa área nunca foi mexida, permanecendo intocada pelos habitantes e coberta de mato denso. É conhecida como a “Mata do Cemitério”.

Apesar de não se ter registro formal que comprove, até o momento, alguns fatos indicam alguma realidade local, que necessita uma busca maior de dados bibliográficos condizentes, até para se avaliar a dimensão do terreno no seu todo e o número de indivíduos enterrados. Os vestígios encontrados nas primeiras horas de uma caminhada são algumas pedras dispostas, uma ao lado de outra, em um determinado local. Não foi verificado até o momento, outras formações semelhantes em outras partes.

Há algumas covas, ou melhor, depressões no terreno, que deverão ser melhor observadas em outras oportunidades próximas.

A ajuda de mateiros, criados próximos ao sítio, como seus familiares, dará sentido aos relatos que envolvem o terreno. Foi de real utilidade, apesar de só estarem disponíveis em determinados dias e horários, o que dificulta uma investigação mais demorada pelo anoitecer.

O local parece ser de dimensões maiores e de vegetação densa, sem a penetração dos raios solares, necessitando ser verificado seu real tamanho junto aos registros de terras, o que dificulta o trabalho de orientação.

Fotos do local presumido como “Cemitério de Escravos”

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Foto 52 – Vista lateral do terreno explorado

Índios Puris:

O registro de ocupação de índios na região é fartamente documentada e registrada, em especial dos índios Puris ou Coroados, como também são conhecidos por esse termo, cuja atribuição foi dada pelos portugueses a indígenas de grupos de filiações linguísticas e regiões geográficas diversas, por usarem um tipo de coroas de plumas na cabeça.

Foram os primeiros habitantes do Vale do Paraíba, conforme bibliografias possuíam os seguintes aspectos físicos: baixos ou de estatura mediana, robustos, largos, achatados, pescoço curto e grosso, formas arredondadas, pés largos e dedos grandes, pele macia de cor parda-escura, cabelo comprido liso de cor negra, sem cabelo nas axilas e peito, rosto largo, testa estreita, nariz curto, olhos pequenos, boca pequena e dentes claros.

Temos ainda nos dias de hoje, diversos descendentes entre os habitantes da região. Tivemos contato através de entrevistas com moradores de Visconde de Mauá, como Sra. Carminha, moradora no Lote 10 e outros, que comprovadamente com parentesco de índios Puris, se colocaram disponíveis para fotos e relatos pessoais.

As informações sobre a real ocupação dos índios Puris na Vila Visconde de Mauá e seus vestígios, estão sendo apuradas, pois são diversas as diretrizes dessa história, como a origem de um cemitério indígena da existência de uma pequena aldeia (eles eram nômades); e usavam Visconde de Mauá só como área de caça, etc...

Patrimônio Arquitetônico: Galpões:

Com o desenvolver das pesquisas na Vila de Visconde de Mauá, alguns moradores foram localizados e, estão sendo uma fonte de informações históricas e culturais, e estão dispostos a fornecerem documentos particulares inestimáveis para um dimensionamento arqueológico necessário da História da Colonização da região, como também uma parcela da História do Brasil.

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No início da ocupação e formação da Vila de Visconde de Mauá, foram criados sistemas, em épocas diferentes, de moradias para seduzir imigrantes trazidos pelo Governo Federal, algumas eram moradias pequenas em lotes, já determinados e foram também construídos galpões.

Ainda pode-se encontrar dois galpões originais, na Vila de Visconde de Mauá:

O primeiro ainda serve de lar para uma família que está desde o início. Hoje o patriarca é o Sr. Zéana - 70 anos, cuja memória contribuiu com uma entrevista.

Foto 53 - Sr. Zéana Foto 54 – Galpão

Os materiais ainda são originais, com pouquíssima alteração, o madeirame do telhado, como as telhas de zinco são originais. Ele relatou que esse galpão a princípio era o local de máquinas para se cortar toda a madeira usada na construção das casas, etc..

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Foto 55 – Cozinha

Foto 56 - Telhado

O segundo galpão, situado no centro de Visconde de Mauá pertence ao comerciante Sr. Fernando Quirino, descendente direto de uma das famílias mineiras, que se estabeleceram numa leva de ocupação da região, encontra-se em estado lastimável, precisando de uma reforma, antes que a fachada se perca. O que foi prometido pelo Sr. Fernando o mais logo possível.

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Foto 57

Foto 58

Este galpão depois foi desocupado pelas famílias mineiras foi cedido para posto de saúde do local.

Ainda temos registro de uma estrutura que teria sido um grande galpão, na entrada da Vila de Mauá, conhecido como “SEDE”, que não resistiu ao tempo, mas cujo alicerce se mantém intacto, porém está dividido entre dois lotes, com moradores locais que construíram suas casas ao lado.

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Foto 59

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Foto 61

Foto 62

Sedes de Fazendas Centenárias e Casas Simples:

Ainda com a preocupação de se resgatar o patrimônio histórico que envolve a arquitetura que cerca todo o colonialismo, utilizamos como guias pessoas cujo passado está atrelado as fazendas originais que com a morte de seus proprietários mor, foram divididas entre inúmeros filhos, que por sua vez dividiram de novo com o passar dos anos por morte ou outro motivo, no que originaram hoje os lotes da parte urbana da região.

Em busca dessas relíquias que resistem ainda um pouco ao tempo, percorremos caminhos, que muitas vezes estavam a casa sede, na parte de Minas Gerais, mas a totalidade das terras não. Enfim, para um registro fiel ao tempo não se deve desprezar tais informações, que compõem um somatório de dados importantes de interpretação temporal.

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Fotos 63 e 64- Fachada da Fazenda do Sr. Azarias Moreira da Silva (Antiga Fazenda dos Paulistas)

Foto 65– Calabouço – Fazenda do Sr. Azarias Moreira da Silva (Antiga Fazenda dos Paulistas) Estruturas amostras da parede de sustentação, ainda originais.

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Foto 66- Calabouço – Fazenda do Sr. Azarias Moreira da Silva (Antiga Fazenda dos Paulistas) Estruturas amostras da parede de sustentação, ainda originais.

Registramos também uma típica casa, que por estar tomada de cupins, em breve será desfeita, quando somente serão reaproveitados os materiais em bom estado, pertence a Sra. Ana Maria Ribeiro – 75 anos, no bairro que chamam de “Capelinha”, em sentido de Pedra Selada.

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Foto 67 –

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Após análise, nos locais destinados às zoopassagens, nada foi constatado que se justificasse um levantamento arqueológico no terreno.

Zoopassagens verificadas e analisadas: E-130 (próximo do Bar Ponto de Pergunta) E-190

E-290 (após obra de emergência) E-355 (cortina 11)

Foto 69

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Foto 71

Foto 72

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Foto 74

Referências

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