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ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO FINAL DE GRAMÁTICA E REDAÇÃO

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Academic year: 2021

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ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO FINAL DE GRAMÁTICA E REDAÇÃO

Nome: __________________________________ Nº____Série: 2a. ____

Data: ___ / ___ / 16 Professores: Bruno e Thais

Nota: ______________

Este roteiro avaliará os seguintes conteúdos gramaticais: substantivos, adjetivos, artigos,

numerais, pronomes, verbos, advérbios, preposições, conjunções e interjeições.

Além disso, haverá uma produção de uma dissertação.

Redação:

Leia os textos seguintes e reflita sobre as questões por eles propostas.

Texto 1

Texto 2

Considerar a telenovela um produto cultural alienante é um tremendo preconceito da universidade. Quem acha que novela aliena está na verdade chamando o povo de débil mental. Bobagem imaginar que alguém é induzido a pensar que a vida é um mar de rosas só por causa de um enredo açucarado. A telenovela brasileira é um produto cultural de alta qualidade técnica, e algumas delas são verdadeiras obras de arte.

Ela é educativa no sentido de levantar certas discussões para um público relativamente pouco informado. Na década de 70, os autores faziam isso de maneira mais sutil. Nos dias atuais, sem a censura, as discussões podem ser mais abertas.

O problema não está no que a novela transmite, mas na maneira como o assunto é debatido. O que precisa mudar com a máxima urgência é essa situação em que os educadores ignoram a existência da novela. As novelas estão aí, fazem um sucesso danado e mexem com a cabeça da moçada. Eu diria até que alienam menos que os telejornais.

Como a novela é considerada um subproduto, as pessoas preferem dizer que foram a um concerto de música clássica a dizer que ficaram em casa vendo novela, como na verdade gostariam. A pessoa pode até ter dormido durante o concerto, mas acha que é mais chique. Uma bobagem, porque a telenovela é o grande produto cultural brasileiro, maior que a literatura e a música.

(2)

Texto 3

Não vejo novelas. A última que me prendeu ao sofá foi escrita pelo Dias Gomes, que era um craque. Hoje, 15 segundos de novela bastam para me matar de tédio. Os mesmos personagens, o mesmo enredo, as mesmas caretas, as mesmas frases idiotas, as mesmas cenas toscas, a mesma história chata.

As novelas são ridículas. Há um provérbio – que dizem ser francês – que assegura que “o ridículo mata”.

(Roberto Gomes. Gazeta do Povo, 16.08.2009.)

Texto 4

A dramatização e a representação da vida conquistaram – não por acaso – o privilégio do melhor horário noturno, pois mexem com mecanismos mentais muito fortes e decisivos. A telenovela não é uma imposição forçada nem um mecanismo de fuga. Não se confunde com o sono, com o uso da droga ou do álcool nem tenta escapar das obrigações sociais; ao contrário, o grande público busca, pela telenovela, entrar inteiramente no social, no conhecimento e no domínio das regras da sociedade.

J.S.R. Goodlad, autor dessa tese, afirma que o motivo de se assistir às telenovelas é que por meio delas as pessoas podem ordenar e organizar sua vivência social segundo o que é permitido na sociedade, ou seja, de acordo com o “comportamento social adequado”.

Se o drama, segundo ele, assumiu anteriormente a função social através dos mitos, dos contos populares e dos rituais, é a telenovela que hoje atua como método de controle social.

Diante de uma vida problemática e sem esperanças, da necessidade de ganhar dinheiro, de ter uma casa ou um negócio próprio, de encontrar um companheiro, diante das exigências do trabalho, das contas a pagar e dos compromissos, a esfera emotiva das pessoas retrai-se. A vida que a televisão mostra é então, para o homem e para a mulher, uma verdadeira troca, com vantagens, de sua vida real. (...) Ela é o alimento espiritual desse corpo cansado, sugado e exaurido pelo trabalho industrial na linha de montagem, pelo trabalho burocrático no banco ou na repartição, pelo trabalho enfadonho dos escritórios e das lojas.

(Ciro Marcondes Filho, Televisão: a vida pelo vídeo.) Com base nas informações e reflexões apresentadas nos textos de apoio e em seus próprios conhecimentos, elabore uma dissertação argumentativa, em prosa e em norma padrão, sobre o seguinte tema: a telenovela brasileira: conscientização ou alienação?

Gramática:

Texto para a próxima questão:

A identidade e a diferença: o poder de definir

Fixar uma determinada identidade como a norma é uma das formas privilegiadas de hierarquização das identidades e das diferenças. A normalização é um dos processos mais sutis pelos quais o poder se manifesta no campo da identidade e da diferença. Normalizar significa eleger - arbitrariamente - uma identidade específica como o parâmetro em relação ao qual as outras identidades são avaliadas e hierarquizadas. Normalizar significa atribuir a essa identidade todas as características positivas possíveis, em relação às quais as outras identidades só podem ser avaliadas de forma negativa. A identidade normal é "natural", desejável, única. A força da identidade normal é tal que ela nem sequer é vista como uma identidade, mas simplesmente como a identidade. Paradoxalmente, são as outras identidades que são marcadas como tais. Numa sociedade em que impera a supremacia branca, por exemplo, "ser branco" não é considerado uma identidade étnica ou racial. Num mundo governado pela hegemonia cultural estadunidense, "étnica" é a música ou a comida dos outros países. É a sexualidade homossexual que é "sexualizada", não a heterossexual. A força homogeneizadora da identidade normal é diretamente proporcional à sua invisibilidade.

SILVA, Tomaz Tadeu. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, Tomaz Tadeu (org. e trad.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais.

Petrópolis: Vozes, 2000. p. 73-75. http://ead.ucs.br/orientador/turmaA/Acervo/web_F/web_H/file.2007-09-10.5492799236.pdf

(3)

1. (UFJF) Leia o fragmento a seguir:

“A força da identidade normal é tal que ela nem sequer é vista como uma identidade, mas simplesmente como a identidade”.

No trecho destacado, qual é o efeito de sentido determinado pelo uso dos artigos indefinido e definido acima negritados?

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 2. (UNICAMP)

Nessa tirinha da famosa Mafalda do argentino Quino, o humor é construído fundamentalmente por um produtivo jogo de referência.

a) Explicite como o termo ‘estrangeiro’ é entendido pela personagem Mafalda e pelo personagem Manolito. ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ b) Identifique duas palavras que, nessa tirinha, contribuem para a construção desse jogo de referência,

explicando o papel delas.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ Texto para a próxima questão:

Os diferentes

Descobriu-se na Oceania, mais precisamente na ilha de Ossevaolep, um povo primitivo, que anda de cabeça para baixo e tem vida organizada.

(4)

não perde tempo, entretanto, em refutar a visão normal do mundo. E o que eles dizem com os pés dá a impressão de serem coisas aladas, cheias de sabedoria.

Uma comissão de cientistas europeus e americanos estuda a linguagem desses homens e mulheres, não tendo chegado ainda a conclusões publicáveis. Alguns professores tentaram imitar esses nativos e foram recolhidos ao hospital da ilha. Os cabecences-para-baixo, como foram denominados à falta de melhor classificação, têm vida longa e desconhecem a gripe e a depressão.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 150) 3. (UFRJ) No texto II, há diversos sintagmas nominais - construções com núcleo substantivo acompanhado ou não de termos com função adjetiva - que caracterizam o "povo primitivo".

a) Retire do texto dois desses sintagmas.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ b) A caracterização normalmente atribuída a um povo primitivo como não evoluído não se confirma no texto. Justifique essa afirmativa, utilizando os sintagmas escolhidos no item a.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 4. (UNESP)

Na morte dos rios

Desde que no Alto Sertão um rio seca, a vegetação em volta, embora de unhas, embora sabres, intratável e agressiva, faz alto à beira daquele leito tumba. Faz alto à agressão nata: jamais ocupa o rio de ossos areia, de areia múmia.

(João Cabral de Melo Neto) João Cabral de Melo Neto pretendeu criar uma linguagem para seus poemas que se afastasse um pouco da linguagem usual, por meio de pequenos desvios. Para isso, empregou, às vezes, palavras fora das classes morfológicas a que pertencem.

a) Transcreva os fragmentos em que isso acontece.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________

(5)

b) Identifique a classe original das palavras e a classe em que João Cabral as utilizou em seu poema.

________________________________________________________________________________________ 5. (UNESP) Nos fragmentos do poema, há vários verbos empregados na 2ª pessoa do modo imperativo, pressupondo o sujeito tu.

a) Transcreva esses verbos.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ b) Reescreva os verbos transcritos de modo a pressupor o sujeito você.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________

6. (FUVEST) Leia o excerto, observando as diferentes formas verbais.

Chegou. Pôs a cuia no chão, escorou-a com pedras, matou a sede de família. Em seguida acocorou-se, remexeu o aió, tirou o fuzil, acendeu as raízes de macambira, soprou-as, inchando as bochechas cavadas. Uma labareda tremeu, elevou-se, tingiu-lhe o rosto queimado, a barba ruiva, os olhos azuis. Minutos depois o preá torcia-se e chiava no espeto de alecrim.

Eram todos felizes. Sinha Vitória vestiria uma saia larga de ramagens. A cara murcha de sinha Vitória remoçaria (...).

A fazenda renasceria - e ele, Fabiano, seria o vaqueiro, para bem dizer seria dono daquele mundo. (Graciliano Ramos, "Vidas secas") a) Considerando que no primeiro parágrafo predomina o pretérito perfeito, justifique o emprego do imperfeito em "O PREÁ TORCIA-SE E CHIAVA NO ESPETO DE ALECRIM".

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________

(6)

b) Explique o efeito de sentido produzido no excerto pelo emprego do futuro do pretérito.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ Texto para a próxima questão:

A classe

A eliminação gradual da classe média brasileira, um processo que começou há anos, mas que de uns tempos para cá assumiu proporções catastróficas, a ponto de a classe média brasileira ser hoje classificada pelas Nações Unidas como uma espécie em extinção, junto com o mico-rosa e a foca-focinho-verde, está preocupando autoridades e conservacionistas nacionais. Estudam-se medidas para acabar com o massacre indiscriminado que vão desde o estabelecimento de cotas anuais - só uma determinada parcela da classe média poderia ser abatida durante uma temporada - até a criação de santuários onde, livre de impostos extorsivos e protegida de contracheques criminosos e custos predatórios, a classe média brasileira se reproduziria até recuperar sua antiga

força 2numérica, e numerária. Uma espécie de reserva de mercado. A tentativa de recriar a classe média brasileira

em laboratório, como se sabe, não deu certo. Os protótipos, assim que conseguiram algum dinheiro, fretaram um avião para Disneyworld.

A preservação natural da classe média brasileira evitaria coisas constrangedoras como a recente reunião da classe realizada em São Paulo, à qual, de vários pontos do Brasil, compareceram dezessete pessoas. As outras cinco não conseguiram crédito para a passagem. A reunião teve de ser transferida do Morumbi para a mesa de uma pizzaria, e ninguém pediu vinho. Uma proposta para que a classe fizesse greve nacional para chamar a atenção do país para a sua crescente insignificância foi rejeitada sob a alegação de que ninguém iria notar. Fizeram uma coleta para financiar a eleição de representantes da classe média na Assembleia Constituinte, mas acabaram devolvendo os 10 cruzeiros. A única resolução aprovada foi a de que, para evitar a perseguição, todos se despojassem de sinais ostensivos de serem da classe média, como carro pequeno etc., e passassem a viver como pobres. Aí não seria rebaixamento social, seria disfarce. No fim os garçons se cotizaram e deram uma gorjeta para os integrantes da mesa.

Cenas lamentáveis têm ocorrido também com ex-membros da classe média que, passando para uma classe inferior, não sabem como se comportar e são alvo de desprezo de pobres tradicionais, que os chamam de "novos pobres".

- Viu aquela ali? Quis fazer caneca de lata de óleo e não sabe nem abrir um buraco com prego. - E usa lata de óleo de milho.

- Metida a pouca coisa...

- Já viram ela num ônibus? Não sabe empurrar a borboleta com a anca enquanto briga com o cobrador. - E não conta o troco!

- 3Berço é berço, minha filha.

Alguns pobres menos preconceituosos ainda tentam ajudar os novos pobres a evitar suas gafes. - Olhe, não leve a mal...

- O quê?

- É o seu jeito de falar. - Diga-me.

- Você às vezes usa o 1pronome oblíquo muito certo.

(7)

- Aqui na vila, pronome oblíquo certo pega mal. - Sei.

- E outra coisa... - O quê?

- Os seus discos.

- O toca-discos foi a única coisa que eu consegui salvar quando me despejaram. - Eu sei. Mas Julio Iglesias?!

(Luís Fernando Veríssimo - COMÉDIAS DA VIDA PÚBLICA - 17/07/85)

7. (PUC-RIO) a) Considerando o sistema de valores sociais presente no texto, explique por que, naquela vila, "pronome oblíquo certo pega mal" (ref.1).

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ b) Levando em conta o que preceitua a gramática tradicional, explique a razão por que, no trecho “Já viram ela num ônibus”, ocorre um desvio na utilização do pronome pessoal. Reescreva a frase utilizando o pronome corretamente.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 8. (UFSCar) AUTO-ESTIMA "Fiz a cirurgia com 16 anos. Não fiz pelas outras pessoas, fiz para me olhar no espelho e me sentir bem (...) Eu sinto como se o meu corpo tivesse absorvido o silicone, como se o peito fosse meu mesmo. E é: meu pai pagou e ele é meu." C. S., 17, sobre cirurgia plástica que fez nos seios, ontem na Folha.

(Folha de S. Paulo, 03.08.2004.)

Refletindo sobre o emprego dos pronomes possessivos em português, responda:

a) Como, no texto, pode ser definido o sentido de posse presente na expressão "como se o peito fosse meu mesmo"?

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________

(8)

b) E como pode ser definido o sentido de posse na expressão "E é: meu pai pagou e ele é meu"?

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Texto para a próxima questão:

Texto I

Estes índios são de cor baça, e cabelo corredio; têm o rosto amassado e algumas feições dele à maneira de chinês.

Pela maior parte são bem dispostos, rijos e de boa estatura; gente mui esforçada, e que estima pouco morrer, temerária na guerra, e de muito pouca consideração: são desagradecidos em grande maneira, e mui desumanos e cruéis, inclinados a pelejar, e vingativos por extremo. Vivem todos mui descansados sem terem outros pensamentos senão de comer, beber, e matar gente, e por isso engordam muito, mas com qualquer desgosto pelo conseguinte tornam a emagrecer, e muitas vezes pode deles tanto a imaginação que se algum deseja a morte, ou alguém lhe mete em cabeça que há de morrer tal dia ou tal noite não passa daquele termo que não morra. São mui inconstantes e mudáveis: creem de ligeiro tudo aquilo que lhes persuadem por dificultoso e impossível que seja, e com qualquer dissuasão facilmente o tornam logo a negar. São mui desonestos e dados à sensualidade, e assim se entregam aos vícios como se neles não houvera razão de homens: ainda que todavia em seu ajuntamento os machos e fêmeas têm o devido resguardo, e nisto mostram ter alguma vergonha.

GÂNDAVO, Pero de Magalhães. In Cronistas e viajantes. Literatura comentada. São Paulo: Abril Cultural, 1982, p. 33.

Texto II

Firmo, o atual amante de Rita Baiana, era um mulato pachola, delgado de corpo e ágil como um cabrito; capadócio de marca, pernóstico, só de maçadas e todo ele se quebrando nos seus movimentos de capoeira. Teria seus trinta e tantos anos, mas não parecia ter mais de vinte e poucos. (...)

Era oficial de torneiro; oficial perito e vadio; ganhava uma semana para gastar num dia; às vezes, porém, os dados ou a roleta multiplicavam-lhe o dinheiro, e então, ele fazia como naqueles últimos três meses: afogava-se numa boa pândega com a Rita Baiana. A Rita ou outra. "O que não faltava por aí eram saias para ajudar um homem a cuspir o cobre na boca do diabo!"

Nascera no Rio de Janeiro, na Corte; militara dos doze aos vinte anos em diversas maltas de capoeiras; chegara a decidir eleições nos tempos do voto indireto. Deixou nome em várias freguesias e mereceu abraços, presentes e palavras de gratidão de alguns importantes chefes de partido. Chamava a isso a sua época de paixão política; mas depois desgostou-se com o sistema de governo e renunciou às lutas eleitorais, pois não conseguira nunca o lugar de contínuo numa repartição pública - o seu ideal! - Setenta mil-réis mensais: trabalho das nove às três.

(9)

Texto III

É necessário ascender do humanismo do trabalho ao humanismo do ócio. Isto nos é agora permitido graças ao nível de tecnologia e de escolaridade difusa que atingimos: aquele direito ao ócio, gozado pelos aristocratas e pelos grandes herdeiros do Renascimento, mas que sempre permaneceu utópico para os operários industriais, é finalmente realizável pelos executivos, empresários e dirigentes, pelos profissionais liberais e por todos os envolvidos em criação na nossa sociedade pós-industrial. Com a condição de que eles não só se conscientizem, mas também se disponham a lutar alegremente contra os burocratas e contra os hiperativos alienados. E que se deem conta de que a contraposição entre o trabalho e o ócio, ou entre o trabalho e o lazer, só faz sentido em relação às velhas tarefas executivas. Sendo assim, eles devem se empenhar na saudável, e agora realística, tentativa de combinar o trabalho com o estudo e com a diversão, fazendo destas atividades uma síntese inovadora e fecunda.

DE MASI, Domenico. A economia do ócio. Rio de Janeiro: Sextante, 2001, p. 14-15.

9. (PUC-RIO)

a) No texto 2, as ações e ambições de Firmo representam um padrão de comportamento reconhecível em nossa cultura. Explique a crítica social implícita na descrição de seu interesse pela política.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ b) Observe os usos de "mui" e "muito" nos seguintes exemplos do texto 1: "mui esforçada", "mui desumanos", "mui descansados", "mui inconstantes", "mui desonestos" e engordam muito. Comparando esses usos, identifique em que contextos morfossintáticos cada um deles é empregado.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ c) "COM A CONDIÇÃO DE QUE ELES não só se conscientizem, mas também se disponham a lutar alegremente contra os burocratas e contra os hiperativos alienados." Substitua o elemento coesivo destacado no fragmento anterior, mantendo o mesmo sentido e sem fazer qualquer outra alteração no período.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________

(10)

d) "É necessário ascender do humanismo do trabalho ao humanismo do ócio."

Mantendo a impessoalização presente no período acima, reescreva-o ligando suas orações com o conectivo QUE.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 10. Leia o primeiro parágrafo do texto:

"Não tenho nenhuma receita, nenhum facilitador para se entender a vida: ela é confusão mesmo."

LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004. pp 177-78

a) Que conjunção ou locução conjuntiva poderia substituir os dois pontos sem que o sentido fosse alterado? ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ b) Que valor semântico, ou seja, que significado apresentam tanto os dois pontos quanto a conjunção/locução conjuntiva que os substitui?

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 11. (FGV) Reorganize as ideias do texto a seguir, em apenas um parágrafo. Deixe claras as relações entre elas, servindo-se de conectivos que reduzam o trecho a poucos períodos.

A mulher enfrenta sérios obstáculos no mercado de trabalho. A mulher negra é duas vezes discriminada. Pesquisa do IBGE: 84,5% das mulheres negras brasileiras são chefes de família. Ganham até três salários mínimos. Os homens brancos chegam a ganhar até quatro vezes mais que as mulheres negras, nas mesmas atividades.

(Adaptado de "Marginalidade à flor da pele". ISTO É)

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________

(11)

Texto para a próxima questão:

Natal

Jesus nasceu! Na abóbada infinita Soam cânticos vivos de alegria; E toda a vida universal palpita Dentro daquela pobre estrebaria...

Não houve sedas, nem cetins, nem rendas No berço humilde em que nasceu Jesus... Mas os pobres trouxeram oferendas Para quem tinha de morrer na Cruz. Sobre a palha, risonho, e iluminado Pelo luar dos olhos de Maria,

Vede o Menino-Deus, que está cercado Dos animais da pobre estrebaria. Não nasceu entre pompas reluzentes; Na humildade e na paz deste lugar,

Assim que abriu os olhos inocentes, Foi para os pobres seu primeiro olhar. No entanto, os reis da terra, pecadores, Seguindo a estrela que ao presepe os guia, Vêm cobrir de perfumes e de flores

O chão daquela pobre estrebaria. Sobem hinos de amor ao céu profundo; Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal! Sobre esta palha está quem salva o mundo, Quem ama os fracos, quem perdoa o Mal! Natal! Natal! Em toda Natureza

Há sorrisos e cantos, neste dia...

Salve, Deus da Humildade e da Pobreza, Nascido numa pobre estrebaria!

OLAVO BILAC In: BUENO, Alexei (org.). Olavo Bilac: obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. 12. (UERJ) Observe os seguintes empregos da preposição “de”: “Dos animais” (v. 12) e “de flores” (v. 19). Em cada caso, ela indica uma relação de sentido diferente.

Cite os valores semânticos dessa preposição nos exemplos citados. Reescreva, ainda, cada construção, substituindo o “de” por outra preposição de sentido equivalente.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________

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