Gestão por Competências
1 Professora: Zeila Susan Keli Silva – 2º semestre 2012
Contexto
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Economia globalizada; Mudanças contextuais;
Alto nível de complexidade do ambiente;
Descoberta da ineficiência dos modelos antigos de gestão. Competências fundamentais; Gestão de pessoas; Gestão do conhecimento; Mudanças na estrutura organizacional; Inovação; Custo de produção. Indicadores
As empresas demandam esforços para o realinhamento de suas práticas de gestão.
Nos últimos tempos três práticas na gestão de negócios influenciaram o comportamento e cultura empresarial, impactando por vez o gerenciamento de pessoas: - Desenvolvimento organizacional; - Qualidade total e - Reengenharia.
Desenvolvimento Organizacional
• Final dos anos de 1970 e início dos anos de1980 – os programas de desenvolvimento organizacional ancorados no planejamento estratégico foram amplamente adotados no Brasil.
• O grande ganho para as pessoas das empresas que adotaram esse modelo foi a possibilidade de participação.
• Participação das pessoas na definição de suas missões setoriais, objetivos e metas de trabalho.
• Melhor compreensão do negócio pelos gerentes das diversas áreas e possibilidades de nortear as decisões relativas ao aproveitamento das competências individuais.
Qualidade
• Início da década de 1980/auge nos anos 90.
• Surgimento da cultura participativa, gerando o envolvimento das pessoas nas decisões direcionadas a melhorias nos processos de trabalho.
• Ainda na década de 1980, o movimento da qualidade se inicia com a prática da formação dos Círculos de Controle de Qualidade, principalmente nas indústrias, onde o forte componente humano fazia a diferença (supervisores, gerentes, colaboradores).
• Problemas e dificuldades que antes tinham suas soluções sob a responsabilidade de supervisores, chefes imediatos, gerentes ou diretores, passaram a ser discutidos e implantados, agora com a participação dos empregados.
Qualidade
• Proliferaram as caixas de sugestões, as reuniões sistematizadas para a discussão de problemas e as pessoas tiveram seus espaços para contribuir.
• Descoberta do cliente como fonte de riqueza: adoção de práticas de qualidade total. O Japão, com sua economia em crescimento, foi nosso alvo de benchmarking.
• Identificação de indicadores de desempenho, servindo como padrão para a mensuração do desempenho individual e das equipes.
• Constatação da inutilidade de adotar medidas radicais de enxugamento de quadros como forma de reduzir custos e aumentar a produtividade.
Por que investir nas pessoas?
• Sem as pessoas, qualquer tecnologia, por mais necessária e inovadora que seja, não funciona.
• Pessoas tem o dom de fazer o sucesso ou fracasso de qualquer empresa.
• Pessoas tem necessidade de integrar seus sonhos a um projeto coletivo.
• Pessoas podem colocar seu talento a favor das organizações quando encontram ambiente para tal.
• Pessoas são leais àqueles que as respeitam, abrem oportunidades e as valorizam.
Ao optar pelo modelo de gestão de pessoas por competências, faz-se necessário revisar ou investir no realinhamento de quatro indicadores organizacionais:
• Definição do negócio; • Definição da missão;
• Definição da visão de futuro;
• Identificação dos valores organizacionais. 11
A base do modelo de competências
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Espaço que a organização pretende
ocupar em função das demandas
ambientais.
Definição dos desejos ou necessidades
que ela quer satisfazer quando o
usuário adquire seu produto ou serviço.
Função: Orientar o comportamento de
todos os colaboradores e expressar
seus valores.
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Visão restrita do negócio Visão ampliada do negócio
ALL – Trens ALL – Logística
CEMIG – Força e luz CEMIG – Energia
COPASA – Água e esgoto COPASA – Saneamento e
A base do modelo de competências
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Missão institucional
Dá significado ao negócio, define a razão da existência da empresa, indica os rumos para a excelência, revela sua essência. Orienta na tomada de decisões, na definição de objetivos e na formulação de estratégias.
Qual a missão da sua empresa? Ela deve responder algumas perguntas como:
- Fazer o quê? (Qual é o nosso negócio?); - Para quem? (Quem é o nosso cliente?); - Como? (Desafio, diferencial).
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Definir a visão de futuro é pensar em “como queremos ser vistos pelos usuários, fornecedores, parceiros e pessoal interno”.
A visão de futuro serve como norteadora de ações para alcançar a excelência.
A visão deve ser compartilhada por todos da organização.
A base do modelo de competências
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Visão
Visão de futuro ou visão estratégica é algo que pode ser pensado como um cenário ou como uma intuição, um sonho, uma vidência, acima dos objetivos específicos de uma empresa e que lhe serve de guia.
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Valores
Normas, princípios ou padrões sociais aceitos por um grupo, uma instituição ou uma sociedade.
Orientam a conduta das pessoas em uma organização. Definem os padrões de comportamento e contribuem para o estabelecimento da cultura interna.
A base do modelo de competências
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Valores
Exemplos:Ambiente saudável Felicidade
Amizade Harmonia Amor Honestidade Coerência Humildade Conhecimento Inovação Cooperação Lealdade Criatividade Liberdade Experiência Lucro
19 do negócio.
Visão: Estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência em produtos e serviços automobilísticos.
Valores
Satisfação do cliente
Ele é a razão da existência de qualquer negócio. Valorização e respeito às pessoas
São as pessoas o grande diferencial que torna tudo possível. Atuar como parte integrante do Grupo Fiat
Juntos nossa marca fica muito mais forte. Responsabilidade social
É a única forma de crescer em uma sociedade mais justa. Respeito ao Meio Ambiente
É isso que nos dá a perspectiva do amanhã.
Gestão por Competências
• Conceito:
um programa sistematizado e desenvolvido no sentido de definir perfis profissionais que proporcionem maior produtividade e adequação ao negócio, identificando pontos de excelência e os pontos de carência, suprindo lacunas e agregando conhecimento, tendo por base certos critérios objetivamente mensuráveis.• As empresas precisam se equipar com talentos e competências para poder acompanhar a forte mudança e evolução.
• É uma questão de sobrevivência e de sucesso.
• Gerir competências e alcançar resultados significativos por meio delas.
• Essa nova maneira de olhar o funcionamento das empresas tem levado os gestores a repensarem o papel das pessoas no processo de trabalho, colocando-as como ativos realmente valiosos. São as pessoas que geram efetivamente o diferencial competitivo que toda organização busca em suas estratégias, sobrepondo-se, por exemplo, aos recursos financeiros e tecnológicos.
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Gestão por Competências
A Gestão de Competências contribui para o suporte e progresso da estratégia empresarial por meio de indicadores de performance de seus
profissionais. Consequentemente, as organizações e seus colaboradores estabelecem um processo de retroalimentação, facilitando sobremaneira o alcance constante dos resultados.
• Dentro do atual cenário, a gestão de competências atua como uma ferramenta de desenvolvimento dos saberes críticos para o sucesso de uma organização: o saber, traduzido em conhecimento; o saber fazer, conhecido como habilidade; e o saber ser, conviver e agir, que leva às atitudes, contribuindo para a formação de lideranças e para o fortalecimento da imagem organizacional.
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Gestão por Competências
25 organizacionais Competências humanas contidos nos produtos, serviços, processos e ferramentas Cultura e Valores Resultado do negócio CHA Resultado individual
Fonte: Gestão do Conhecimento nas empresas brasileiras e seu impacto no desempenho do negócio, IAG/PUC-Rio, E. S. Leite, 2004
• São inúmeros os resultados da implantação de um Modelo de Gestão de Competências: desde facilitar o entendimento, a organização e a disseminação dos conhecimentos até incentivar a integração entre os setores da estrutura organizacional.
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Gestão por Competências
• Ao adotar um Modelo de Gestão de Competências, a organização precisa deixar claro para seus colaboradores como alinhar seu desempenho pessoal aos objetivos estratégicos da organização. 27 Objetivos Organizacionais De se mpe nh o
• Vincular processos de gestão de pessoas (entrevistas, avaliações, treinamento,
coaching e remuneração, etc.) à visão, à
missão, aos valores e à cultura da empresa. • Identificar as habilidades necessárias para
que a organização cresça.
• Comunicar os comportamentos valorizados. • Esclarecer o foco da liderança.
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• Focalizar atenção no comportamento orientado para o cliente (qualidade).
• Eliminar as lacunas (hiatos/gaps) de competências. • Desenvolver vantagens competitivas individuais e
da empresa.
• Identificar critérios de seleção para entrevistas e admissão de funcionários
.
Objetivos da Gestão por Competências
• Guiar as decisões de promoção – reconhecimentoe recompensa.
• Facilitar o fluxo de pessoas através das áreas de negócio e das fronteiras globais.
• Estruturar os tópicos discutidos em uma avaliação de desempenho.
• Desenvolver a cultura de feedback 360 graus. • Planejar processos de sucessão.
• Orientar os gerentes quanto à estratégia e à cultura corporativas.
• Encorajar a cooperação transfuncional. 31
Empresa Competente
EmpresaCompetente • Processos de trabalho e gestão
eficazes e integrados;
• Valor agregado em seus
produtos ou serviços percebidos pelos outros;
• Administração financeira que permita
investimentos em inovação;
Competente • Oferta permanente de diferencial
aos seus clientes;
• Comprometimento e envolvimento
dos colaboradores no seu
desenvolvimento;
• Reconhecimento de sua
excelência no ambiente interno e externo.
Competências genéricas para a área gerencial
• Resolução de problemas • Comunicação verbal e escrita • Formação de equipes • Sensibilidade • Criatividade • Aceitação de riscos • Planejamento e organização • Capacidade de análise e síntese • Energia • Conhecimento técnico • Decisão • Autonomia • Ética • Iniciativa • Adaptabilidade • Tolerância ao stress • Delegação • Habilidade negocial• Uso da autoridade com responsabilidade
muitos recursos • Fazer o que sabe • Aprender depressa
• Ter espírito de decisão • Administrar equipes com
eficácia
• Criar um clima propício ao desenvolvimento
• Ter sensibilidade • Conhecer-se
• Apresentar bom
relacionamento
• Manter o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal • Formar uma equipe de
talentos
• Saber lidar com colaboradores quando apresentam problemas • Estabelecer boas
As novas competências pessoais de
Stephen Covey
• Aprender a aprender;
• Comunicação e colaboração;
• Raciocínio criativo e resolução de problemas; • Conhecimento tecnológico;
• Conhecimento de negócios globais; • Desenvolvimento da liderança;
• Autogerenciamento da carreira;
eficazes
Ser proativo: ter responsabilidade e iniciativa, antecipar-se aos problemas;
Ter em mente o objetivo final: focar nas metas e resultados, ter o objeto em mente;
Primeiro o primeiro: em primeiro lugar, o mais importante, estabelecer prioridades;Sete hábitos das pessoas mais
eficazes
Pensamento do tipo ganhar/ganhar comrespeito mútuo e benefícios mútuos: pensar sempre em vencer/vencer. Princípio da liderança interpessoal;
Procurar primeiro compreender para depois ser compreendido: compreensão recíproca;
Sinergia: saber ultrapassar conflitos e criar cooperação. Sinergizar é um princípio de cooperação criativa;
Promover a renovação constante: significa mudar e mudar sempre para melhorar continuamente. Princípio de auto renovação equilibrada.Teoria da competição baseada em
competências
• Lançamento de produtos core (essenciais) – acesso ao mercado diversificado.
• Conhecimento gerencial e a capacidade de aprendizagem nas organizações: motores da mudança estratégica.
• As competências são dinâmicas: mudanças.
• As competências são sistêmicas: sistemas abertos.
• As competências são cognitivas: identificar as competências adequadas.
• As competências são holísticas: sistema multidimensional.
Referências
• CARBONE, Pedro Paulo e colaboradores. Gestão por competências e
gestão do conhecimento. 2 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
• DUTRA, Joel Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2004.
• DUTRA, Joel Souza; FLEURY, Maria Tereza Leme; RUAS, Roberto (orgs.)
Competências: conceitos, métodos e experiências. São Paulo: Atlas,
2008.
• DUTRA, Joel Souza. Gestão por Competências. São Paulo: Gente, 2001. • GRAMIGNA, Maria Rita. Modelo de Competências e Gestão dos
Talentos. 2 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.