Pela primeira vez em sua história, o Internacional de Porto Alegre foi rebai-xado à Série B do Campeonato Brasi-leiro. E, diferentemente do que acon-teceu com outros clubes na mesma situação, não houve no Beira-Rio um colapso financeiro que tenha resultado em uma profunda crise. Se há um fator em comum com seus colegas de que-da é a manutenção do poder.
O atual vice-presidente de futebol, Fernando Carvalho, assumiu o coman-do coman-do Inter em 2002, ano que o time lutou para não ser rebaixado. Desde então, o clube foi reformulado e se consagrou com dois títulos da Copa Libertadores. Ainda que tenha aconte-cido quebras internas, o mesmo grupo político se manteve no poder com Vi-torio Píffero e Giovanni Luigi.
Inter cai após 14 anos com o
mesmo grupo político
POR DUDA LOPES
B O L E T I M
NÚMERO DO DIA
EDIÇÃO • 652 SEGUNDA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2016
Internacional não conseguiu vencer o Fluminense e irá disputar a Série B do Campeonato Brasileiro em 2017. O presidente do clube, Vitorio Piffero, garantiu que
não tentará mais manobras no STJD para tentar se salvar do rebaixamento do torneio deste ano.
O F E R E C I M E N T O
400mil
Dólares em premiação
garantiram Botafogo e
Atlético Paranaense ao
se classificarem para a
primeira fase da Copa
Libertadores de 2017.
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M E G A F O T O
F E C H A PA R C E R I A S
Corinthians e Flamengo fecharam uma parceria com a megafoto para a temporada de 2017.
A startup brasileira fornecerá imagens em 360º de todos os jogos em casa das duas equipes.
As imagens ficarão disponíveis nas redes sociais dos times logo após o término das partidas.
A informação foi divulgada no jornal “O Globo”, e os times já aparecem como clientes da empresa.
S A M S U N G L A N Ç A
C A M PA N H A
A Samsung lançou nova campanha digital usando a imagem de atletas patrocinados pela marca. Com o conceito “Explore, Descubra e Viva”, os relatos contam com a hashtag “ConectaMeuMundo.
A campanha demonstra como o auxílio da tecnologia vai além dos treinos e está inserida no dia a dia desses esportistas. A campanha é parte da plataforma Samsung Conecta, lançada neste semestre.
N F L E M L S
A P O S TA M E M R V
A NFL (liga de futebol americano) e a MLS (liga de futebol) anunciaram que irão veicular as melhores jogadas de algumas partidas no formato de realidade virtual graças a um acordo com Voke, uma empresa de adquirida recentemente pela Intel.
““Através desta parceria vamos transportar os torcedores ao coração das ações durante toda a temporada”, afirmou James Carwana, diretor geral da Intel Sports.
No sábado, o candidato da situação, Pedro Affatato, foi derro-tado por Marcelo Medeiros nas eleições do clube. Medeiros fez parte do “Movimento Inter Grande”, liderado por Carvalho em 2002, mas que se distanciou nos últimos anos.
No futebol brasileiro recente, glórias em campo seguraram
nomes poderosos do futebol, com gestão que culminaram no rebaixamento do time após anos de poder. Foi assim com o Co-rinthians de Alberto Dualib ou com o Vasco de Eurico Miranda.
A peculiaridade do Inter é a estabilidade financeira. Com Piffe-ro, a dívida do clube caiu em quase R$ 60 milhões. As receitas pularam de R$ 253 milhões para R$ 331 milhões.
O Inter, que em 2006 chegou a ter o segundo faturamento do Brasil, hoje está apenas entre os seis primeiros. Se não é o clube de vanguarda de outrora, está longe de viver um caos de gestão. Por outro lado, o clube cansou de errar em questões de campo e até de imagem. A ideia de diretoria pouco preparada ficou ex-plícita neste fim de ano, quando o clube usou diversos recursos para evitar a Série B. E até o acidente com a Chapecoense foi usado com fim político, com desastrosa declaração de Fernando Carvalho, criticado até por seus próprios torcedores.
Em campo, as falhas também foram visíveis. Excessivas trocas de técnicos, com nomes questionáveis, e saída de jogadores, sem reposição à altura, prejudicaram o ano. Lesões e ambiente publicamente ruim também complicaram.
No fim do primeiro turno, Carvalho voltou à direção do clube e proclamou seu grupo político de “Swat colorada”, que viria para salvar o time neste ano. A empáfia parece ter coroado a queda da equipe. Dentro e fora de campo.
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“Já é dezembro.” “2016 passou vo-ando.” “É quase Natal.” Duvido que o leitor não tenha ouvido essas frases tradicionais de fim de ano.
Fim de ano é tempo também de avaliações sobre a temporada e as pers-pectivas para a próxima.
Contra toda a expectativa, o Rio 2016 foi um sucesso. É certo que o plano de legado é duvidoso e a baía de Guanabara continua poluída. O Brasil, porém, mostrou capacidade de contagiar o público. Vários patrocina-dores aproveitaram o embalo e
desen-volveram cases de sucesso.
O ano também vai ser lembrado pela invasão das redes sociais. Teve Twitter na NFL, Facebook no NBB, Instagram com Copa América e to-das, sem exceção, em ações de intera-ção durante o Rio 2016.
A profissionalização também mos-trou força, com a propagação de dias corporativos com o Corinthians, o Vasco, a CBV e o NBB.
A Caixa monopolizou as atenções do futebol. Algo positivo, por garantir patrocínio a muitas equipes. Ou
nega-tivo, por gerar incerteza no mercado. Parecia um furacão, mas a Dryworld se transformou num fiasco. Flumi-nense, Santa Cruz, Atlético-MG, Goiás... A insatisfação é geral.
Para encerrar o ano, nada mexeu mais com o esporte do que a tragédia do voo da Chapecoense. A comoção geral serviu para algumas demons-trações de grandeza raras no futebol. Que elas sejam renovadas em 2017 também nos bons momentos.
Fim de ano é época de
balanço e perspectivas
A Iaaf anunciou a reestruturação da Liga Dia-mante, o que inclui um aumento na premiação total para US$ 3,2 milhões
.O novo sistema fará sua estreia na próxima temporada, na qual os atletas irão receber pontos em função dos resultados obtidos nas 12 primeiras etapas da Liga Diamante. Os que tiverem melhor classificação passarão a dispu-tar as duas etapas finais, em Zurique e Bruxe-las, onde haverá prêmios de US$ 100 mil em cada uma das 32 provas do programa.
“Depois de sete temporadas que estabele-cemos a Liga Diamante, como nosso primeiro circuito, é importante avaliar o impacto e con-truir o futuro. Essas decisões são o primeiro
passo para aumentar o atrativo da série”, afir-mou Sebastian Coe, presidente da Iaaf.
O campeão de cada disputa irá receber US$ 50 mil. O vice, US$ 20 mil. O medalhista de bronze ficará com US$ 10 mil.
Anteriormente, os atletas acumulavam pon-tos a cada etapa e ganhavam o prêmio da tem-porada. “A temporada é agora uma corrida para chegar à decisão, com ganhadores coroa-dos como campeões da Liga Diamante”, con-tou a Iaaf, em comunicado.
Para obter a internacionalização ainda maior do campeonato, haverá pela primeira vez uma etapa na África, em Rabat, no Marrocos, que irá substituir Nova York, que deixou o circuito.
Com premiação milionária, Liga
Diamante busca popularização
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POR REDAÇÃO
O P I N I Ã O
POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de conteúdo da Máquina do Esporte
A Chapecoense foi convidada pelo Barcelona para jogar o Tro-féu Joan Gamper, torneio de pré-temporada europeia que será disputado na segunda quinzena de agosto. Assim, o clube catalão poderá fazer uma homenagem às vítimas do voo que matou 71 pes-soas nas proximidades de Medel-lín, na Colômbia.
A ideia do Barcelona é con-centrar as homenagens do
fute-bol mundial ao time catarinense. Uma série de ações para a equipe brasileira será divulgada nos próx-imos meses, conforme o torneio se aproxima, no próximo ano.
O presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, já aceitou o convite. O dirigente confirmou a presença do time em entrevista à rádio espan-hola RAC1. “Será um privilégio e um prazer muito grande ir jogar na Europa”, afirmou o mandatário.
O Troféu Joan Gamper é dis-putado desde 1966, normalmente no Camp Nou, estádio do Barce-lona. Times brasileiros como Fla-mengo e Vasco já participaram do evento. O último convidado foi o Santos, em partida que ficou mar-cada pela goleada dos catalães. Na ocasião, os brasileiros perderam por 8 a 0 na Espanha.
O Barcelona já fez outras hom-enagens à Chapecoense. No dia seguinte à tragédia, o time fez um minuto de silêncio antes de um treino. Na partida contra o Real Madrid, os jogadores de ambos os times posaram diante da mensa-gem “Força, Chapecoense”.
No último fim de semana, houve mais lembranças ao time. Todas as equipes que entraram em campo no Campeonato Brasileiro fizeram referências ao clube catarinense.
O hino dividido entre as camisas dos times foi usado também em uma homenagem feita pela Globo, antes da transmissão.
POR REDAÇÃO
Chapecoense jogará partida
amistosa com Barcelona
O Atlético de Madrid anunciou na sexta-feira (dia 9) que o Grupo Wanda dará nome à nova arena da equipe, que deixará o estádio Vicente Calderón.
O Wanda Metropolitano terá um total de 67 mil assentos, aumentando a capacidade da arena atu-al, que é de 54.907 cadeiras. A área VIP, gerida pela CenterplateISG, será ampliada para 7.000 lugares.
O valor seria de € 10 milhões por temporada. Não é a primeira vez que o Atlético de Madrid recorre à venda dos naming rights ao seu principal parceiro comercial. O conglomerado do magnata Wang Jianlin já deu nome à Cidade Esportiva do time, com a ingestão de € 15 milhões. O Grupo Wanda é também dono de 20% do time.
