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Uso de plantas medicinais em uma comunidade rural do município de Sertão, Norte do Rio Grande do Sul / Use of medicinal plants in a rural community in the municipality of Sertão, North of Rio Grande do Sul

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761

Uso de plantas medicinais em uma comunidade rural do município de Sertão,

Norte do Rio Grande do Sul

Use of medicinal plants in a rural community in the municipality of Sertão, North

of Rio Grande do Sul

DOI:10.34117/bjdv6n11-014

Recebimento dos originais: 03/10/2020 Aceitação para publicação: 03/11/2020

Júlio Tagliari Balestrin

Graduando em Agronomia

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão

Endereço: Rodovia RS-135, Engenheiro Luiz Englert, Sertão, Rio Grande do Sul, Brasil E-mail: juliotbalestrin@gmail.com

Kaliandra Severina Mattei

Graduanda em Licenciatura em Ciência Biológicas

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão

Endereço: Rodovia RS-135, Engenheiro Luiz Englert, Sertão, Rio Grande do Sul, Brasil E-mail: kaliandramattei@gmail.com

Bruna Aparecida dos Santos

Graduanda em Licenciatura em Ciências Agrícolas

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão

Endereço: Rodovia RS-135, Engenheiro Luiz Englert, Sertão, Rio Grande do Sul, Brasil E-mail: bruna.santos44b@outlook.com

Laurita Klein Lamaison

Graduanda em Licenciatura em Ciências Agrícolas

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão

Endereço: Rodovia RS-135, Engenheiro Luiz Englert, Sertão, Rio Grande do Sul, Brasil E-mail: lauritalamaison@gmail.com

Juliana Assumpção Neitzke

Graduanda em Licenciatura em Ciências Agrícolas

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão

Endereço: Rodovia RS-135, Engenheiro Luiz Englert, Sertão, Rio Grande do Sul, Brasil E-mail: juliana92neitzke@gmail.com

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761

Juliana Marcia Rogalski

Doutora em Recursos Genéticos Vegetais

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão

Endereço: Rodovia RS-135, Engenheiro Luiz Englert, Sertão, Rio Grande do Sul, Brasil E-mail: juliana.rogalski@sertao.ifrs.edu.br

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761

RESUMO

O conhecimento sobre plantas medicinais representa, muitas vezes, o único recurso terapêutico de muitas comunidades. O presente estudo objetivou identificar as espécies de plantas medicinais utilizadas em uma comunidade rural do município de Sertão, região Norte do Rio Grande do Sul. Foi aplicado um questionário às famílias dos discentes do oitavo ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Linha Secco, localizada nesta comunidade, com questões referentes ao uso medicinal de plantas. Nove famílias participaram da pesquisa. Foram citadas ao todo 66 plantas medicinais. A espécie mais citada foi marcela (Achyrocline satureioides (Lam.) DC.) com 10,6%, seguida por: camomila (Matricaria spp.) e hortelã (Mentha spp.) com 9,1% cada; dente-de-leão (Taraxacum

officinale L.) com 7,6%; tansagem (Plantago spp.) mentruz (Coronopus didymus (L.) Sm.); amoreira

(Morus nigra L. e Rubus spp.) com 6,1% cada; carqueja (Baccharis trimera (Less.) DC.); espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek) e capim-cidereira (Cymbopogon citratus (DC) Stapf) com 4,5% cada. Dezesseis espécies foram citadas duas vezes (24,2%) e 36 espécies somente uma vez (54,5%). Dentre as espécies citadas 28 (42,4%) são nativas da região estudada, destas 13 arbóreas, 11 herbáceas, três lianas e um arbusto. A folha foi o órgão vegetal mais utilizado e o chá a principal forma de uso. Desta forma, percebe-se a importância das plantas medicinais para a comunidade estudada, visto a variabilidade de espécies citadas no questionário, e ainda, a relevância da conservação do conhecimento tradicional subsistente nessa comunidade rural, o qual se mostra útil e necessário no cotidiano das famílias que ali residem.

Palavras-chave: Etnobotânica, Medicina Popular, Plantas Úteis. ABSTRACT

The knowledge about medicinal plants is often the only therapeutic resource for many communities. The present study aimed to identify the species of medicinal plants used in a rural community in the municipality of Sertão, in the northern region of Rio Grande do Sul. A questionnaire was applied to the families of the eighth-grade students of the Linha Secco Municipal Elementary School, located in this community, with questions regarding the medicinal use of plants. Nine families participated in the survey. A total of 66 medicinal plants were cited. The most mentioned species was marcela (Achyrocline satureioides (Lam.) DC.) with 10.6%, followed by: chamomile (Matricaria spp.) and mint (Mentha spp.) with 9.1% each; dandelion (Taraxacum officinale L.) with 7.6%; broadleaf plantain (Plantago spp.), lesser swine cress (Coronopus didymus (L.) Sm.) and mulberry (Morus nigra L. and

Rubus spp.) with 6.1% each; carqueja (Baccharis trimera (Less.) DC.), espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek) and lemon grass (Cymbopogon citratus (DC) Stapf) with 4.5% each. Sixteen

species were mentioned twice (24.2%) and 36 species only once (54.5%). Among the species mentioned 28 (42.4%) are native to the studied region, of these 13 arboreal, 11 herbaceous, three lianas and one shrub. The leaf was the most used vegetable organ and tea the main form of use. In this way, the importance of medicinal plants for the studied community is perceived, in view of the variability of species mentioned in the questionnaire, and also, the relevance of the preservation of traditional knowledge subsisting in this rural community, which proves to be useful and necessary in the everyday life of the families who live there.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761

1 INTRODUÇÃO

A etnobotânica é a ciência que se preocupa em estudar as relações existentes entre as plantas e o ser humano, buscando entender como as pessoas classificam, manejam e utilizam esses vegetais enquanto recursos (ROCHA et al., 2015). As populações tradicionais possuem uma interação muito forte com o meio a sua volta e, portanto, são detentoras de conhecimentos milenares que são repassados de geração para geração (MARTIN, 1995).

O uso de plantas no tratamento e na cura de enfermidades é tão antigo quanto à espécie humana. Registros históricos datam a utilização de espécies vegetais, como forma de medicamento, nas primeiras civilizações formadas, sendo uma das práticas mais remotas de cura, prevenção e tratamento de doenças (FIRMO et al., 2011).

No Brasil, o uso de plantas medicinais no tratamento de enfermidades tem influências das culturas indígena, africana e europeia (MARTINS et al., 2000). Desta forma, percebe-se que a utilização de plantas como forma terapêutica transpassa gerações, acompanhando o homem através dos tempos, fazendo parte de sua cultura.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), plantas medicinais são todas aquelas que contêm, em um ou mais de seus órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com propósitos terapêuticos ou que sejam precursoras de semissíntese químico-farmacêutica. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, 65% a 80% da população depende exclusivamente das plantas medicinais para os cuidados básicos de saúde e aproximadamente 85% da medicina tradicional envolve o uso de plantas ou extratos dessas (BRASIL, 2006). Sob essa perspectiva, as populações residentes no meio rural fazem intenso uso de plantas medicinais em seu cotidiano, pois estão em contato direto com a natureza e a flora medicinal, além de estarem afastadas dos recursos médicos e do meio urbano. Assim, conhecer as plantas medicinais utilizadas pelas comunidades rurais se torna importante, já que os moradores rurais possuem ampla experiência de interação com o ecossistema que os rodeia. Deste modo, o conhecimento etnobotânico se soma ao conhecimento tradicional, possibilitando às comunidades uma melhor aplicabilidade dos produtos naturais, ao passo que permite o desenvolvimento científico da área fitoterápica (BRITO et al., 2017; CARNEIRO et al., 2016; FIRMO et al., 2011).

Tendo em vista a importância dos saberes tradicionais para as populações rurais, entende-se a necessidade da conservação desses conhecimentos, os quais podem encontrar ameaças para sua perpetuação dentre as novas gerações, uma vez que as influências externas ao meio rural podem diminuir o repasse dos saberes locais dentre os novos membros da comunidade (CARNEIRO et al.,

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761 2016). Desta forma, reitera-se a relevância de se conhecer as plantas medicinais utilizadas pelas comunidades rurais, visando à conservação dos conhecimentos tradicionais e da flora medicinal.

Diante do exposto, o presente estudo objetivou identificar quais espécies de plantas medicinais são utilizadas em uma comunidade rural do município de Sertão, região Norte do Rio Grande do Sul, Brasil.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O município de Sertão (RS) possui uma área de 439 km² e conta com uma população de 6.294 habitantes, dos quais 2.907 residem no meio rural (46,18%). O município é essencialmente agrícola, sendo as principais fontes de renda voltadas à agricultura, com produções de soja, milho e trigo. Além disso, a pecuária detém expressiva participação na economia do município, sendo a avicultura, a produção leiteira e a suinocultura importantes atividades desenvolvidas pelos agricultores (SERTÃO, 2015).

O presente estudo foi realizado em 2016, com moradores de uma comunidade rural do município de Sertão, localizada nas coordenadas geográficas 27°58’06” S e 52°09'33" O, e a 584 metros de altitude, na região Norte do Rio Grande do Sul. O clima local é subtropical úmido (cfa), com chuvas bem distribuídas durante o ano, temperatura média anual de 18,3°C (RAMOS et al., 2009) e o solo classificado como Nitossolo Vermelho Distrófico (SANTOS et al., 2013). A vegetação natural da área de estudo é constituída por Floresta Ombrófila Mista (QUADROS & PILLAR, 2002).

A comunidade rural Linha Secco está situada a 12 km da sede do município de Sertão (RS). De acordo com o Plano Municipal de Educação (PNE), a localidade possui uma Escola Municipal que atende alunos da Educação Infantil até os anos finais do Ensino Fundamental, os quais se deslocam de comunidades vizinhas, caracterizando um grupo escolar plural, composto de diferentes realidades sociais e econômicas. A agropecuária é a principal fonte de renda das famílias dos estudantes e boa parte dos alunos está inclusa em programas de benefícios sociais que contribuem para a manutenção e êxito no espaço escolar (SERTÃO, 2015).

Para identificar as plantas utilizadas pela comunidade foi aplicado um questionário às famílias dos discentes, do oitavo ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Linha Secco, interior do município de Sertão (RS), com questões referentes ao uso medicinal das plantas. Nove famílias responderam o questionário disponibilizado.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761 O questionário constituía de pesquisa qualitativa, caracterizada por estudo exploratório e descritivo. A pesquisa qualitativa trabalha com interpretações das realidades sociais e com a entrevista em profundidade (ALVES-MAZZOTTI & GEWANDSZNAJDER, 1998).

Os dados obtidos foram analisados por meio de estatística descritiva, de modo a fornecer medidas sobre os resultados dessa amostra em relação ao uso de plantas medicinais, buscando compreender como as famílias da comunidade rural Linha Secco se relacionam com a flora medicinal.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos questionários, ao todo, foram citadas 66 plantas medicinais. Das plantas citadas, 22 espécies (31%) constam na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde, a qual contém 71 espécies.

Dentre as plantas citadas, 28 são nativas (42,4%) da região estudada, sendo 13 espécies arbóreas, 11 herbáceas, três lianas e um arbusto.

A espécie Achyrocline satureioides (Lam.) DC. (marcela) foi a mais citada nos questionários. Dezesseis espécies foram citadas duas vezes (24,2%) e 36 espécies somente uma vez (54,5%) (Tabela 1).

Tabela 1. Principais plantas medicinais utilizadas na comunidade Linha Secco, município de Sertão, região Norte do Rio Grande do Sul.

Nomes comuns Nomes científicos Famílias Frequência

Marcela Achyrocline satureioides (Lam.) DC. Asteraceae 10,6%

Camomila Matricaria spp. Asteraceae 9,1%

Hortelã Mentha spp. Lamiaceae 9,1%

Dente-de-leão Taraxacum officinale L. Asteraceae 7,6%

Tansagem Plantago spp. Plantaginaceae 6,1%

Menstruz Coronopus didymus (L.) Sm. Brassicaceae 6,1%

Amoreira Morus nigra L. e Rubus spp. Moraceae e Rosaceae 6,1%

Carqueja Baccharis trimera (Less.) DC. Asteraceae 4,5%

Espinheira-santa Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek Celastraceae 4,5%

Capim-cidreira Cymbopogon citratus (DC.) Stapf Poaceae 4,5%

Outras - - 31,8%

A folha foi o órgão vegetal mais utilizado e o chá a principal forma de uso. Também foram citadas as seguintes formas de uso: xaropes, saladas, pomadas, tinturas, emplastos, banhos e vaporização.

A marcela é a planta medicinal símbolo do Rio Grande do Sul, com tradição de coleta na Sexta-feira Santa antes do nascer do sol. É uma planta herbácea nativa do Brasil de aproximadamente 1 m de altura; caule, ramos e folhas cobertos por tricomas esbranquiçados; folhas lineares com largura de até

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761 1,5 cm e 10 a 15 cm de comprimento; flores em número de 5 a 10, reunidas em inflorescência do tipo capítulo, de coloração amarelo-clara; e estes estão reunidos nos ápices dos ramos. Fruto do tipo aquênio de aproximadamente 0,5 cm (LORENZI, 2000).

A infusão das inflorescências da marcela foi citada como uma excelente forma de combater problemas estomacais. As partes aéreas da marcela produzem um chá aromático e amargo (MORS et al., 2000). A infusão das inflorescências da marcela é popularmente empregada como sedativa, anti-inflamatória, antiespasmódica e contra desordens intestinais, epilepsia, reumatismo, nevralgias, dores articulares e musculares e para o tratamento de doenças respiratórias (LORENZI, 2000; MORS et al., 2000; LORENZI; MATOS, 2002).

As camomilas são comumente encontradas em regiões temperadas da Europa, Ásia e América, e também no norte e sul da África (MIRAJ & ALESAEIDI, 2016). As plantas possuem muitos caules ramificados, glabrosos e frondosos (SINGH et al., 2011). As flores são radialmente simétricas e as folhas são repetidamente divididas em segmentos que são estreitamente lineares (SHARIFI-RAD et al., 2018).

O chá das inflorescências de camomila (Matricaria spp.) foi relatado como calmante, além do uso no alívio de problemas de pele e olhos por meio de compressas. As plantas de camomilas possuem muitos metabólitos secundários de natureza química variada (KAZEMI, 2014). Plantas pertencentes a esse gênero demonstraram a presença de componentes como compostos voláteis, sesquiterpenos e compostos fenólicos como flavonoides e cumarinas (SHARIFI-RAD et al., 2018). É usada para aliviar casos de flatulência, cólica, histeria, febre intermitente e distúrbios do estômago (TYIHAK et al., 1962). Possui ação anti-inflamatória, antisséptica e antiespasmódica (MERICLI, 1990).

O chá das folhas de hortelã (Mentha spp.) foi citado contra problemas de estômago, ação calmante, antivermífugo e alívio dos sintomas de gripe. São utilizadas no tratamento de distúrbios biliares, dispepsia, enterite, gastrite, cólica intestinal e espasmos do ducto biliar, vesícula biliar e trato gastrointestinal (MCKAY & BLUMBERG, 2006). Devido às suas propriedades antissépticas, podem ser úteis no alívio da dor de dente e no tratamento de cáries (ADEL et al., 2015). As espécies de hortelã são ervas aromáticas originárias da Ásia, rasteiras, formando touceiras ramificadas. Possuem alturas variadas, de 15 cm até um metro de altura, folhas verdes, ovaladas, rugosas e aromáticas.

O dente-de-leão é uma planta nativa da Europa e Ásia, sul e sudeste do Brasil (CORRÊA, 1984). As folhas apresentam-se dispostas em roseta, oblongas ou lanceoladas, muito polimórficas, segmentadas ou lobadas desiguais e apresentam látex branco (PANIZZA, 1996).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761 O dente-de-leão (Taraxacum officinale L.) foi citado como digestivo a partir da fervura das inflorescências ou raízes e consumo das folhas em salada. Possui efeito diurético e é muito indicado para tratar transtornos hepáticos (TESKE & TRENTIN, 1997). Além disso, apresenta propriedades levemente laxantes, estimulantes da secreção de suco gástrico, além de atividade colerética, colagoga, depurativa, antirreumática, antiescorbútica, podendo ser utilizado contra prisão de ventre, moléstias da pele do rosto, acidoses, cefaleias, icterícia e distúrbios de ácido úrico (PANIZZA, 1996; TESKE & TRENTINI, 1997). A infusão das raízes frescas pode ser utilizada para o tratamento de cálculos biliares, estados iniciais de cirrose hepática e hepatite (RIBEIRO et al., 2004).

As espécies do gênero Plantago, conhecidas como tansagem, são ervas perenes da família amplamente distribuídas na Europa e na América. Mais de 256 espécies de Plantago já foram descritas na literatura (GALVEZ et al., 2005). São plantas que vegetam espontaneamente em áreas de pastagens, terrenos cultivados e em locais sombreados e úmidos (LORENZI & MATOS, 2002).

O uso da tansagem (Plantago spp.) foi relatado como anti-inflamatório (garganta, bexiga), no tratamento de feridas, por meio da fervura das folhas ou mesmo a própria folha ser colocada em cima da ferida. Suas folhas possuem propriedades antibacterianas (HOLETZ et al., 2002) e são utilizadas para o tratamento de doenças cutâneas, infecciosas, digestivas e respiratórias, no combate a tumores, no alívio da dor e redução de febres e como adstringente, purgativa e cicatrizante (SAMUELSEN, 2000). O chá das folhas é popularmente difundido para o tratamento de amigdalite, estomatite e faringite, e, externamente, indicado para tratar úlceras e feridas, ou, sob a forma de emplastro, como cicatrizante.

O mentruz é uma planta herbácea anual nativa da América, prostrada, de caule ramificado horizontalmente a partir do colo, crescendo cerca de 40 a 50 cm de comprimento, propagada via semente (GAZZIERO et al., 2015)

O uso das folhas do mentruz (Coronopus didymus (L.) Sm.) foi citado como forma de alívio de dores de contusões, a partir da tintura das folhas em álcool, ou saladas como anti-inflamatório. Serve para o tratamento nos casos de infecções e problemas respiratórios (BADKE, 2011). Pode ainda ser usado para o tratamento de feridas e luxações, além de vermífugo (LIMA et al., 2014).

O uso das folhas de amora foi relatado no alívio dos sintomas da menopausa e para diabetes. Entretanto, os participantes da pesquisa não diferenciaram no questionário as espécies de amora (Morus

nigra e Rubus spp.).

A amoreira-preta (Morus nigra L.) é uma árvore de 5 a 20 m de altura, originária da Ásia, com folhas bastante grossas (MORGAN, 1982). As raízes são utilizadas no tratamento de hipertensão

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761 arterial, reumatismo, problemas oculares e espasmos infantis. O fruto da amora é usado para doenças hepáticas e renais e suas folhas utilizadas para o tratamento de febre, dor de cabeça, beribéri, vômitos e dor estomacal causada pelo agente da cólera. Os ramos jovens da árvore são usados para o tratamento de hipertensão e paralisia de braços e pernas. O chá das folhas (decocto) é bastante utilizado pela população local para o tratamento de diabetes, colesterol, problemas cardiovasculares, obesidade e gota (OLIVEIRA et al., 2013).

Já as plantas do gênero Rubus são caracterizadas como arbustos escandentes com acúleos. No Brasil ocorrem sete espécies nativas de Rubus. Algumas espécies apresentam propriedades medicinais, sendo empregadas na fitoterapia popular (CARPANEZZI et al., 2019). As folhas de espécies de amora são usadas para adstringentes, atividades antidiarreicas, hipoglicêmicas e como agente anti-inflamatório da membrana mucosa da boca cavidade e garganta (BORKOWSKI et al., 1994).

A carqueja é uma planta nativa da América do Sul que apresenta ramos cilíndricos com até 1 m de comprimento (RABELO & COSTA, 2018). O chá das folhas de carqueja (Baccharis trimera (Less.) DC.) foi citado como digestivo e para emagrecer. Infusões e decocções desta planta são usadas para o tratamento de distúrbios gastrointestinais, hepáticos e renais, diabetes, reumatismo, má circulação sanguínea e processos inflamatórios, reumatismos e externamente, nos casos de ulceração da pele e feridas (SIMÕES-PIRES et al. 2005).

A espinheira-santa é um subarbusto nativo do sul do Brasil, ramificado desde a base, podendo atingir uma estatura de até 5 m. As folhas são congestas, coriáceas, glabras, com estípulas inconspícuas, com a margem inteira ou com espinhos em número de um a vários, distribuídos regular ou irregularmente no bordo, geralmente concentrados na metade apical de um ou de ambos os semilimbos (MARIOT & BARBIERI, 2006).

O chá das folhas da espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek) foi relatado como depurativo do sangue. É utilizada para o tratamento de gastrites e úlceras estomacais (LORENZI & MATOS, 2002).

O capim cidreira é nativo da Ásia, África e Américas. É uma grama alta e perene de crescimento rápido com tufo de folhas perfumadas com limão de os rizomas anulados e pouco ramificados. Cresce a uma altura de 1 m e largura de 5 a 10 mm. Possui atividade antidiabética, inflamatória, anti-hipertensiva e propriedades antioxidantes (LAWAL et al., 2017). O chá das folhas de capim-cidreira (Cymbopogon citratus (DC.) Stapf) foi citado como calmante e para diminuir a pressão arterial.

Todos os participantes do questionário relataram o uso da erva-mate (Ilex paraguariensis A.St.-Hil.) diariamente. Porém, nenhum identificou a erva-mate como planta medicinal, o que se deve

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761 possivelmente ao fato de fazer parte das tradições gaúchas, como chimarrão. Assim sendo, foi a planta medicinal mais utilizada. A erva-mate é uma árvore nativa da região sul do Brasil, a qual apresenta propriedades medicinais, melhorando o sistema imunológico e protegendo contra infecções e doenças cardíacas. Apresentando ainda propriedades antioxidantes, que induzem a redução dos níveis de colesterol LDL e efeitos antimutagênicos. Além de capacidade anti-inflamatória em doenças crônicas e do metabolismo lipídico (BRACESCO et al., 2011).

Os moradores da comunidade Linha Secco, interior de Sertão (RS), fazem um intenso uso de plantas medicinais em seu cotidiano, o que é evidenciado pelos resultados visto que nove famílias citaram 66 espécies com uso medicinal. Dentre essas, 36 espécies (54,5%) foram citadas uma única vez, mostrando que o conhecimento acerca das plantas medicinais é bastante diversificado dentro do grupo pesquisado, o que reforça a importância do levantamento e do compartilhamento, especialmente por instituições de ensino, dos saberes locais.

O distanciamento filogenético encontrado entre as espécies vegetais citadas está intimamente ligado às diferenças químicas entre elas (KAPLAN et al., 1994). Os diferentes usos citados também mostram um amplo uso das espécies. Uma única espécie vegetal é capaz de produzir centenas de substâncias em razão da ampla variabilidade estrutural do seu metabolismo (GOTTLIEB & BORIN, 2012).

A literatura valida cientificamente às propriedades medicinais das principais plantas citadas nesse estudo, sendo que algumas já integram a Lista de Espécies Medicinais de Interesse do Sistema Único de Saúde. Assim, entende-se que o conhecimento tradicional, perpassado entre as gerações, consolida-se como uma importante ferramenta para a identificação, valoração e conservação das plantas e do conhecimento medicinal.

O registro do saber tradicional é indispensável, uma vez que informações sobre o uso empírico das plantas encontram-se em ameaça de desaparecimento. Portanto, esses conhecimentos precisam ser resgatados, valorados e conservados. Nesse sentido, a ciência deve buscar a unificação do progresso com aquilo que a natureza oferece, promovendo a manutenção dos saberes tradicionais, ao passo que alavanca o desenvolvimento científico na área, contribuindo para o bem-estar das comunidades e dos ecossistemas que as cercam.

4 CONCLUSÕES

O grande número de espécies citadas revela a importância das plantas para a medicina popular da comunidade estudada, e ainda, mostra que há uma grande disponibilidade de plantas com potencial

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761 medicinal na região do estudo. Além disso, muitos usos populares coincidiram com as indicações de uso encontradas na literatura.

Ademais, considerando que algumas das plantas citadas já integram a base de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), e ainda, possuem uma literatura que embasa cientificamente suas propriedades medicinais, entende-se que o conhecimento tradicional, subsistente nessa comunidade rural, é útil e necessário para a saúde das famílias que ali residem.

Assim, torna-se possível constatar que a conservação das espécies nativas da região aliada à manutenção dos saberes populares, e ainda, os estudos etnobotânicos e a troca de experiências entre os membros da comunidade, são elementos fundamentais para a construção do conhecimento sustentável.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 11, p.84391-84405, nov. 2020. ISSN 2525-8761

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Tabela 1. Principais plantas medicinais utilizadas na comunidade Linha Secco, município de Sertão, região Norte do Rio  Grande do Sul

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