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Análise da Práticas das Pessoas numa Organização sob a Perspectiva da Teoria da Actividade

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Academic year: 2020

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Análise da Práticas das Pessoas numa Organização sob a Perspectiva

da Teoria da Actividade

António Gonçalves 1, Marielba Zacarias2, Pedro Sousa3 1) IPS, Setúbal, Portugal

Antonio.goncalves@estsetunal.ips.pt

2) UAlg, Algarve, Portugal

mzacarias @ualg.pt

3) IST, Lisboa, Portugal

Pedro.sousa @dei.ist.utl.pt

RESUMO

Este artigo apresenta a Teoria da Actividade como referencial das práticas das pessoas numa organização. De acordo com tal teoria, o trabalho das pessoas numa organização é mediada por artefactos tecnológicos ou psicológicos. O facto de se considerar o artefacto como mediador traz algumas implicações, tais como esperar que o mesmo não seja o objecto da atenção, mas o meio pelo qual a pessoa pode actuar. Por sua vez, a análise dos artefactos deve ser questionada em conjunto com as pessoas. Isto é, o que é que as pessoas em conjunto com os artefactos podem fazer numa organização. Neste contexto, é apresentado o conceito de actividade, considerada como unidade de análise mínima de uma prática humana. Por sua vez, através de um conjunto de actividades articuladas, é possível obter-se uma descrição sistémica da organização. A partir do sistema de actividades é possível analisar o contributo dos artefactos tecnológicos no trabalho realizado pelas pessoas na organização.

Palavras-chave: teoria da actividade, acções, operações, actividade, orientação, artefactos,

tecnologia, sistemas ontológicos, sistemas teológicos

1. Introdução

Com base na sua compreensão, a maioria das pessoas consideram os artefactos tecnológicos (e.g. uma máquina ATM), bastante diferentes dos artefactos de negócios (e.g. processos de negócio). Tal distinção leva a abordagens muito diferentes na concepção dos sistemas de informação que suportam cada um destes tipo de sistemas (Dietz, 2003). Em geral, a abordagem escolhida para o desenvolvimento dos artefactos tecnológicos baseia-se numa noção de sistemas teológicos, ou seja, uma definição que se preocupa com a função e o comportamento externo de um sistema, desconectado de sua construção e operação. Por outro lado, o desenvolvimento de artefactos de negócio, baseia-se numa noção ontológica, o que significa que se preocupa com a construção e operação do sistema (Bunge, 1977) (Dietz, 2006).

Estudos feitos demonstram que existem evidências consideráveis que sugerem que a taxa de implementação nas organizações de artefactos tecnológicos, tem sido muito reduzida (Rodrigues & Bowers, 1996a; 1996b). Em particular, os artefactos tecnológicos são construídos para suportar a sequência das tarefas funcionais, tais como o armazenamento da informação mas não as normas, crenças, motivações e a responsabilidade de tomar decisões. Tais aspectos dizem respeito a pessoas que exercem as funções nos processos. É nossa convicção de que associar

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uma abordagem ontológica ao desenvolvimento/adaptação dos artefactos técnicos é benéfica. Tal significa que deve ser tido em conta na modelação do artefacto o sistema social onde o artefacto é inserido.

Pelo atrás exposto, é visível que a Teoria da Actividade tem muito a oferecer porque incorpora noções de intencionalidade, a história, a mediação, a motivação, a compreensão, a comunicação, a cultura e o contexto. Esta abordagem permite compreender o ambiente em que os artefactos tecnológicos estão envolvidos e assim contribuir para a sua adequação ao trabalho realizado pelas pessoas na organização.

Este artigo está organizado da seguinte forma: (1) na secção 2 são enunciados os princípios da Teoria da Actividade; (2) na secção 3 é apresentado o modelo sistemático elaborado por Engeström, no qual é possível fazer-se a análise de várias relações dentro da estrutura da actividade; (3) na secção 4 são revistas as diversas abordagens e princípios que pretendem auxiliar a descrição do trabalho realizado pelas pessoas através do uso da Teoria da Actividade, nomeadamente a Activity Analysis and Development (ActAD) (Korpela, 1997), Activity

CheckList (Victor Kaptelinin, B. A. Nardi, & Macaulay, 1999), design of constructive learning environments (CLE) (Jonassen & Rohrer-Murphy, 1999) e a abordagem de Martins & Daltrini

(Martins & Daltrini, 1999); (4) na secção 5 são aplicados os conceitos apresentados pela Teoria da Actividade num estudo de caso. O resultado obtido será a descrição sob a forma de um sistema de actividade das actividades que descrevem a organização e serve de base para a análise desta; (4) por fim, na secção 6 são apresentadas as nossas conclusões e trabalhos futuros.

2. Teoria da Actividade

2.1. Introdução

A Teoria da Actividade é entendida como uma formação sistémica, colectiva, com uma estrutura que tem como finalidade promover a mediação. Para além disso, leva em conta a interacção entre os participantes no contexto sociocultural em que actuam.

O interesse da sua aplicação na informática, como ferramenta analítica, surge sobretudo a partir dos anos 90, expresso em diversas publicações, sob os temas de interface Homen-Máquina e trabalho cooperativo (Bodker, 1990) (A. Nardi, 1996) (Redmiles, 2002) (V. Kaptelinin & B. Nardi, 2006).

Fazendo um breve percurso histórico desta teoria, podemos afirmar que a mesma conheceu a sua origem no início do século XX, quando a psicologia na Rússia, em particular, assim como na Europa, em geral, se movia entre escolas antagónicas que procuravam oferecer explicações parciais para alguns fenómenos – era a crise da psicologia (M. E. Cole, John-Steiner, Scribner, & Souberman, 1978). Esta situação motivou Lev Vygotsky (1896-1934) que começou a procurar, então, uma abordagem que possibilitasse a descrição e a explicação das funções psicológicas superiores. Na sua perspectiva, essa abordagem deveria incluir três grandes linhas orientadoras:

1. A identificação dos mecanismos cerebrais subjacentes a uma determinada função; 2. A explicação detalhada da sua história ao longo do seu desenvolvimento, com o

objectivo de estabelecer as relações entre formas simples e complexas do que aparentava ser o mesmo comportamento;

3. A especificação do contexto social em que se deu o desenvolvimento do comportamento (M. E. Cole, John-Steiner, Scribner, & Souberman, 1978).

Vygotsky tentava reformular a psicologia, com base na teoria Marxista, para poder entender o relacionamento intrincado entre indivíduos e o seu contexto social. Acabou, então, por

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desenvolver três aspectos que acabaram por se assumir como a base da futura teoria da actividade.

Em primeiro lugar, Vigotsky defendeu que o comportamento humano podia ser visto de duas formas (Veer & Valsiner, 1993):

 Actos inferiores naturais que se desenvolveram no curso da evolução e que eram compartilhados com animais superiores;

 Actos instrumentais artificiais que evoluíram ao longo da história humana.

Como exemplo desses dois tipos de comportamento temos a memória natural e a memória artificial. Na memória natural, a ligação entre os eventos ocorre por reflexo condicionado, ao passo que na memória artificial, ela ocorre porque existe um terceiro elemento entre os eventos, que tem a função de fazer lembrar algo, o que consiste num artefacto social projectado para dominar e, consequentemente, melhorar o processo psicológico natural.

Para Vygotsky, os exemplos de signos eram as palavras, os números, os recursos mnemotécnicos, os sistemas de escrita, os diagramas, os mapas e as plantas (Veer & Valsiner, 1993). Considerava, também, que o ser humano é quem decide que estímulos podem servir como meios de operar sobre outros estímulos, dos quais citava os estímulos-meios

(stimuly-sredstvy) ou signos e os estímulos-objectos (Veer & Valsiner, 1993). Ao longo da história da

Humanidade, os homens têm inventado um conjunto de instrumentos culturais que podem ser considerados estímulos-meios ou signos. Foi com a ajuda desses signos que acabaram por dominar os seus próprios processos psicológicos e melhoraram o seu desempenho.

Em segundo lugar, Vigotsky referia que a unidade de análise era a acção orientada para uma meta, mediada por ferramentas culturais e signos (Vygotskiǐ & M. Cole, 1978). A mediação por outros seres humanos e as relações sociais foram incluídas mais tarde por Leontiev, quando inseriu a divisão de trabalho no modelo de Vygotsky (Engeström, Miettinen, & Punamäki-Gitai, 1999).

Finalmente, para Vigotsky, a definição de constructos psicológicos foi estendida para sistemas inteiros de constructos teóricos desenhados para manter as relações conceituais entre mente, actividade e objecto externo no mundo, onde a actividade humana ocorre.

2.2. A Estrutura da Actividade

É costume pensar-se que a teoria histórico-cultural se tenha desenvolvido com base em três autores: Vygotsky, Leont‟ev e Luria. Todavia, Luria juntou-se a Vygotsky por volta de 1930 e, mais tarde, a Leont‟ev (Veer & Valsiner, 2001). Depois da morte de Vygotsky, em 1934, Leont‟ev e Luria continuaram a desenvolver estudos que examinavam a complexa relação entre indivíduos e ambiente social e, ainda, o modo como a interacção entre indivíduo e ambiente influenciava a formação do pensamento individual.

Leont‟ev postulava que a actividade humana é sempre social e cooperativa, portanto colectiva, ocorrendo dentro de uma divisão de trabalho (Leont'ev, 1978). A actividade colectiva está ligada ao objecto e ao motivo, sobre o qual os membros da comunidade (individualmente) não estão frequentemente conscientes. O conceito de objecto já está inserido no conceito da actividade, por iss,o não há actividade sem objecto. Uma coisa, ou um fenómeno, podem tornar-se num objecto da actividade à medida que satisfazem a necessidade humana.

Um sistema de actividade produz acções e é realizado por meio das acções. Não obstante, a actividade não pode ser reduzida às acções, que são temporárias e têm começo e fim claramente determinados, ao passo que os sistemas de actividade se desenvolvem como um processo socio-histórico.

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As acções individuais estão ligadas às metas (goals), mais ou menos conscientes (Leont'ev, 1978) as quais, por sua vez, estão ligadas às acções específicas e não podem explicar a emergência das acções. Ao contrário, à medida que alguém age, novas metas são formuladas ou revistas as anteriores. As operações dependem das condições em que as acções são realizadas. Para consolidar a sua asserção, Leont‟ev recorreu a uma situação concreta: aprender a conduzir (Leont'ev, 1978):

“Initially every operation, such as shifting gears, is formed as an action subordinated specifically to this goal and has its own conscious 'orientation basis'. Subsequently this action is included in another action, ... for example, changing the speed of the car. Now shifting gears becomes one of the methods for attaining the goal, the operation that effects the change in speed, and shifting gears now ceased to be accomplished as a specific goal-oriented process: Its goal is not isolated. For the consciousness of the driver, shifting gears in normal circumstances is as if it did not exist. He does something else:

He moves the car from a place, climbs steep grades, drives the car fast, stops at a given place, etc. Actually this operation [of shifting gears] may, as is known, be removed entirely from the activity of the driver and be carried out automatically. Generally, the fate of the operation sooner or later becomes the function of the machine.”

Por conseguinte, somos levados a concluir que as acções são cadeias de operações e todas as operações são acções quando são primeiramente executadas, porque nessas primeiras ocorrências são realizadas de forma consciente.

Retomando o exemplo dado por Leont‟ev e, particularizando, na acção de inverter a marcha do automóvel, são necessárias as seguintes operações:

1. tirar o pé direito do acelerador; 2. colocar o pé esquerdo na embraiagem; 3. colocar o pé direito no travão até parar; 4. mudar a velocidade;

5. tirar o pé direito do travão; 6. colocar o pé direito no acelerador; 7. tirar o pé esquerdo da embraiagem.

Essas operações podem ser relacionadas a comportamentos de rotina, executados automaticamente, sem o mesmo nível de consciência presente na acção de conduzir numa estrada.

Com a prática, as acções tornam-se operações, portanto passíveis de serem realizadas por uma máquina, ou seja, torna-se possível a sua automatização.

A distinção entre actividade, acção e operação torna-se, assim, a base do modelo para a Teoria da Actividade, na qual a actividade consiste numa hierarquia de acções direccionadas a metas usadas para concretizar um objecto (um motivo).

Neste contexto, Leont‟ev propôs três níveis de estrutura para uma actividade (Leont'ev, 1978), como se representa na Tabela a seguir.

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NÍVEL ORIENTADA PARA COMPOSIÇÃO REALIZADA POR Actividade Objectos que

satisfaçam uma necessidade ou desejo (motivo)

São compostas por acções Comunidade

Acção Só pode ser compreendida no contexto da actividade a que pertence

Dirigidas para uma meta e executadas de forma consciente

São compostas por outras acções ou operações Indivíduo ou grupo Operação Só podem ser descritas depois de realizadas Condições instrumentais

São iniciadas por situações bem específicas do ambiente

Indivíduo ou máquina automática

Tabela 1. Níveis hierárquicos de uma actividade segundo Leont‟ev (1981:255) Fazendo a leitura da Tabela 1, temos:

(1) no primeiro nível, a actividade colectiva é orientada para o objecto;

(2) no segundo nível, as acções do indivíduo ou do grupo são orientadas por metas e revelam as etapas para a realização da actividade;

(3) no terceiro nível, as operações automáticas são orientadas pelas condições instrumentais da actividade.

3. Modelo Sistémico de Engeström

3.1. Introdução

Engeström partiu da base teórica de Vygotsky e aprofundou os seus estudos sobre a actividade mediada. Para ele, a evolução da actividade ocorre pelas várias formas de interacção entre organismo e meio ambiente (homem e sociedade) (Engeström, 1987). Para Engeström, a Teoria da Actividade considera a capacidade humana dos seguintes pontos de vista:

 Físico (como somos constituídos e que habilidades sensório-motoras temos);

 Cognitivo (como pensamos, como aprendemos e que habilidades cognitivas temos);

 Social (como nos relacionamos socialmente).

O autor propõe, então, um sistema de representação da actividade humana que abarca os vários componentes do sistema da actividade e as suas relações de conexão e interdependência.

Assim, o que distingue uma actividade da outra é o seu objecto.

Para Leont‟ev (Leont'ev, 1978), o objecto de uma actividade é o seu motivo real. Assim, o conceito de actividade está necessariamente ligado ao conceito de motivo. Sob as condições de divisão de trabalho, o indivíduo participa em actividades, mesmo sem estar integralmente consciente de seus objectos e motivos. As actividades são realizadas por acções direccionadas

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ao objecto, subordinadas aos motivos ou propósitos conscientes (Engeström, 1987) e são, normalmente, mediadas por instrumentos ou ferramentas ou signos. Engeström propôs, então, um modelo para representar a estrutura da actividade. A Figura 1 ilustra o modelo sistémico definido por Engeström. Ele demonstrou graficamente as relacções entre os elementos que constituem a actividade.

Ferramentas

Sujeito Objecto Resultado

Comunidade

Divisão

Trabalho Regras

Figura 1. Modelo Triangular da Teoria da Actividade, adaptado de (Engeström, 1987)

Como se pode verificar, o primeiro foco da análise do sistema de actividade é o ponto médio da face direita do triângulo (a produção de algum objecto), no qual se tem a actividade realizada/concretizada. Na produção de qualquer actividade temos: um sujeito, o objecto da actividade, as ferramentas usadas e as acções e operações que afectam o resultado (Engeström, 1987).

O modelo elaborado por Engeström (Figura 1) sugere a possibilidade de análise de várias relações dentro da estrutura triangular da actividade; no entanto, a tarefa principal é sempre entender o todo e não as suas conexões separadas (Engeström, 1987).

Especificando cada um dos elementos contidos no diagrama anterior:

Objectos: motivação. Esta componente reflecte a natureza da actividade humana, a qual permite o controlo do comportamento com vista à satisfação de objectivos identificados;

Sujeitos: participantes no processo. Componente que representa a natureza individual e social da actividade humana. Contempla a colaboração e a discussão para atingir um objectivo comum. O sujeito de qualquer actividade é o indivíduo ou grupo de indivíduos envolvidos na actividade e que age(m) orientado(s) pelo objecto ou motivo. O relacionamento do sujeito com o objecto ou motivo da actividade ocorre pelo uso de ferramentas. O(s) sujeito(s) de uma actividade forma(m) uma comunidade que partilha o mesmo objecto geral e que se constitui como uma comunidade distinta de outras. É essa componente que insere a análise da actividade investigada no contexto sociocultural no qual o(s) sujeito(s) opera(m);

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 Ferramentas: desempenham o papel de mediadores entre os sujeitos e os objectos. Podem ser conceptuais (com influência sobre o comportamento) e físicas (ligadas à manipulação de objectos). As ferramentas são os recursos usados para transformar o objecto e para se chegar a um resultado. Elas podem ser qualquer recurso usado durante o processo de transformação - martelos, computadores, modelos mentais, métodos, teorias. As ferramentas alteram e são, por sua vez, alteradas pela actividade, uma vez que medeiam as relações entre o sujeito e o objecto. As ferramentas físicas ou materiais são usadas para manipular o(s) objecto(s); as ferramentas psicológicas são usadas para influenciar o comportamento;

 Comunidade: Contexto social e cultural em que se desenvolve a actividade dos sujeitos. Importante no estudo da prática humana no contexto de uma organização. A comunidade é formada por todos os sujeitos que partilham um mesmo objecto;

 Regras, normas e sanções: fronteiras (regras e regulamentos) que afectam o sentido de desenvolvimento das actividades. As regras podem ser explícitas e implícitas (por exemplo, normas de comportamento social dentro de uma comunidade social específica). Regras, normas e sanções especificam e regulam, explícita e implicitamente, os procedimentos correctos previstos e as interacções aceitáveis entre os participantes dentro do sistema de actividade. São as regras que medeiam as relações entre os sujeitos e a comunidade;

 Divisão de trabalho: refere-se à atribuição de responsabilidades. Enquadramento do papel a desempenhar por cada sujeito no desenvolvimento de uma actividade em comunidade. Tanto a divisão horizontal de tarefas entre os membros da comunidade, quanto a divisão vertical de poder e status, medeiam a distribuição continuamente negociada das tarefas, da detenção de poder e das responsabilidades entre a comunidade e o objecto do sistema de actividade.

Para Engeström (Engeström, 1987), a Teoria da Actividade é um referencial importante para entender a totalidade do trabalho humano e sua praxis, pois a actividade não pode ser entendida ou analisada fora do contexto em que ocorre. Dessa forma, ao analisar-se a actividade humana, devemos levar em consideração não só as acções dos indivíduos, mas também quem está envolvido, quais são os seus motivos e metas, que resultados ou produtos se originam, quais as regras e procedimentos (normas) que existem e a comunidade onde a actividade ocorre.

A actividade é, então, uma forma específica da existência societária dos homens e consiste na mudança intencional da realidade natural e social (Davydov, 1999).

3.2. Sistemas de Actividades

Cenários concretos que representam situações reais podem ser representados, segundo o diagrama de Engeström, através de uma interligação de actividades que podem ser especificadas através de uma colecção de diagramas de actividades.

A este conjunto de actividades ligadas, designamos por sistema de actividades e descrevem o fluxo de actividades realizadas através de setas que indicam a ligação entre as actividades, na qual uma dada actividade utiliza o resultado produzido pela actividade anterior como sendo o seu objecto de atenção.

A Figura 2 apresenta um exemplo de aplicação dos diagramas de Engeström resultante do estudo do recrutamento realizado numa organização e que originou a construção de um sistema de actividades. Um exemplo fornecido por Engeström pode ser encontrado em Engeström, 2000).

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Figura 2. Exemplo de Sistemas de Actividades

O sistema de Actividades que descreve o recrutamento numa organização é constituído por três actividades: “pedido do cliente”, “gestão da oportunidade” e “recurso”. O resultado de uma actividade será utilizado como o objecto da actividade seguinte. Assim temos: a oportunidade resultante da actividade “pedido do cliente” que será o objecto da atenção na actividade “gestão oportunidade”. Por sua vez a contratação de um novo recurso resulta como sendo o foco da actividade “recurso”. Por fim, quando o sujeito (indivíduo, grupo, organização, comunidade) se dirige em direcção ao objecto da actividade acaba por ser exposto a variados factores, que permitem a mediação e que podem assumir a forma de ferramentas, divisão de trabalho, divisões de conhecimento, normas sociais ou regras organizacionais.

4. Revisão dos Métodos para Descrever um Sistema de Actividades

Na literatura, são diversas as abordagens e princípios que pretendem auxiliar a descrição do trabalho realizado pelas pessoas através do uso da Teoria da Actividade. Entre as diversas propostas destacam-se os princípios enumerados por Engeström (Engeström, 1993), a Activity

Analysis and Development (ActAD) (Korpela, 1997), Activity CheckList (Victor Kaptelinin et

al., 1999), “design of constructive learning environments” (CLE) (Jonassen & Rohrer-Murphy, 1999) e a abordagem de Martins & Daltrini (Martins & Daltrini, 1999). Cada abordagem pretende propor um método que permita focar alguns aspectos do trabalho das pessoas e resolver algum problema. A seguir, será apresentado uma breve descrição de cada uma das abordagens.

4.1. ActAD

Korpela (REF) , afirma que a sua abordagem se destina ao desenvolvimento de Sistemas de Informação. A Actividade AD fornece um enquadramento que permite examinar aspectos socioculturais que podem influenciar o desenvolvimento de um Sistema de Informação. A abordagem é composta por um conjunto de passos que o utilizador deve seguir para alcançar o resultado esperado. A saber: o primeiro passo orienta os participantes na análise dos elementos da actividade que está a ser suportada pelo sistema, fornecendo checklists orientadoras para obter esses elementos. No segundo passo as actividades em redor são analisadas e apresentadas

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de um modo gráfico. Os diagramas derivam dos diagramas de actividades apresentados por Engeström (REF). O terceiro passo do método foca-se na análise do desenvolvimento da actividade central, a qual é dividida em „História‟, „Problemas‟ e „Potencial‟. Uma breve lista de questões é sobre como obter cada factor é fornecida. Na quarta etapa, a necessidade de novas ferramentas está para ser desenvolvida, e os processos para serem melhorados, com base nas informações obtidas previamente. A etapa final da abordagem envolve a divulgação de resultados, avaliando o processo, retomando a análise do problema da terceira etapa. Como limitação da Actividade AD é apresentado a falta de notação com que, neste método, se documentam as etapas 3, 4 e 5.

4.2. MDOA

Mwanza apresenta a abordagem MDOA, com base nos diagramas de Engeström e destina-se a contribuir para as fases iniciais de desenvolvimento de um sistemas de informação. Pretende contribuir para o suporte aos requisitos nas fases de captura, análise e desenho, focando-se na interacção homem-computador. O método consiste em 6 etapas e 4 ferramentas. A etapa 1 analisa a situação em causa. Para essa etapa, a primeira ferramenta é fornecida – o „modelo oito passos‟. Trata-se de uma lista de oito questões que norteiam a análise da actividade e os seus componentes. A etapa 2 envolve a modelação da situação, utilizando as informações obtidas na etapa 1 com o modelo de sistema de actividade de Engeström. De seguida, a etapa 3 decompõe a actividade para reduzir a complexidade. A ferramenta “notação actividade” é fornecida para ajudar nesta fase. Esta ferramenta fornece seis "sub-triângulos", que podem ser analisados de modo a decompor a actividade. A etapa 4 é auxiliada por uma terceira ferramenta, formada por seis perguntas gerais, que podem ser usadas para gerar uma ampla gama de questões de pesquisa para analisar a interacção e os relacionamentos dentro e entre os componentes de cada sub-triângulo. Essa ferramenta levanta também a presença de conflitos dentro e entre os componentes. Na etapa 5 as questões de investigação geradas são utilizadas na recolha de dados, por exemplo, entrevistas, questionários ou observação. Finalmente, a etapa 6 envolve interpretação e comunicação dos resultados. Para isso, uma quarta ferramenta é fornecida - o esquema de mapeamento de processos operacionais. Esta ferramenta apresenta os resultados da etapa 4 em forma de ilustração, com clara indicação visual das questões de pesquisa geradas, bem como as áreas de conflito que se tornam evidentes, facilitando a compreensão do processo, bem como os resultados. A contribuição desta abordagem é o desenvolvimento de sub-triângulos como outras unidades de análise.

4.3.

CheckList

A Actividade de Checklist foi desenvolvida por Kaptelinin (Victor Kaptelinin et al., 1999) e visa permitir a identificação dos factores contextuais que podem influenciar o uso da tecnologia informática no contexto da vida real, assim como para detectar potenciais áreas de problemas que os analistas possam endereçar. A Checklist tem dois focus - desenho e avaliação de sistemas de informação e, por isso, existem duas versões ligeiramente diferentes. Ambas as versões da Checklist consistem em quatro colunas, baseadas nos quatro princípios da TA. Os cabeçalhos das colunas são: Meios-fins (que dizem respeito à estrutura hierárquica), Ambiente (relacionados ao alcance do objecto), Aprendizagem/cognição / articulação (relacionada à internalização / externalização), e Desenvolvimento (em homenagem ao princípio da TA correspondente). No princípio da mediação é dito para permear as quatro colunas. Dentro de cada coluna, são listados entre 5 a 13 itens para orientar a análise. O analista é aconselhado a gerar as suas próprias questões com base nos itens listados, e um quadro de perguntas de amostra é fornecido. A principal fraqueza percebida com a lista de verificação é a utilização repetida do “jargão” da actividade teórica. A lista também é puramente textual, e descrita num alto nível de abstracção.

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4.4. AAC

A abordagem de Jonassen & Rohrer-Murphy (1999) é um método para o desenho de ambientes de aprendizagem construtivos (AAC). Existem 6 etapas na abordagem, cada uma dividida num número de sub-etapas. Cada sub-etapa fornece exemplos de perguntas a serem feitas e acções a serem tomadas. A primeira etapa orienta o analista na análise dos objectivos do sujeito para determinar o objectivo da actividade que o AAC apoia. Na segunda etapa, cada componente do sistema de actividade é examinado. A terceira etapa baseia-se, principalmente, no princípio da estrutura hierárquica, e conduz à decomposição das actividades do sujeito em acções e operações. A quarta etapa envolve o levantamento das ferramentas e outros meios de mediação que têm sido e podem ser utilizados nos AAC. A quinta etapa analisa o contexto, e as sub-etapas que vão orientar a análise da comunidade, regras e divisão do trabalho presente na actividade. Por fim, a etapa 6 analisa a interacção e as regras para as relações que existem dentro e entre os componentes do sistema de actividade.

4.5. Martins & Daltrini

A abordagem de Martins & Daltrini (1999) destina-se ao levantamento de requisitos de uma organização com vista ao desenvolvimento de sistemas de informação. Existem três etapas. A primeira etapa é identificar as actividades a serem apoiadas pelo sistema de destino. A segunda etapa é identificar os componentes do sistema de actividade pertencentes a cada actividade, com base no modelo de sistema de actividade de Engeström. A terceira etapa é decompor cada actividade em acções e operações, com base no princípio da estrutura hierárquica da actividade. Tal é feito com o auxílio de uma tabela com três colunas: actividade, acção e operação. A lista de acções e operações obtidas podem ser usadas para extrair os requisitos para o sistema alvo. Esta abordagem concentra-se, sobretudo, no princípio da estrutura hierárquica da actividade. Esta, fornece pouco apoio na identificação de actividades e possui pouca orientação para identificar os componentes do sistema da actividade.

5. Construção de um Sistema de Actividades Aplicado a um Estudo de Caso

5.1. Descrição do Estudo de Caso

Vamos aplicar os conceitos apresentados pela Teoria de Actividade num exemplo que descreve o trabalho realizado numa empresa. Este, é uma adaptação do exemplo apresentado por Diez (Dietz, 2006). Aplica-se a seguinte exposição:

Uma pessoa pode tornar-se membro do clube de ténis, enviando um pedido de inscrição (e.g. por carta, fax, email). Neste pedido, é necessário mencionar os seus dados, nomeadamente o nome e apelido, data de nascimento, sexo, número de telefone e morada. O administrador do Clube, esvazia diariamente os diferentes meios pelo qual os pedidos podem ser enviados e verifica se as informações prestadas estão completas. Caso não estejam, telefona, envia um email ou fax para o remetente, a fim de completar os dados. Se um pedido está completo, ele atribui-lhe um número de entrada e uma data, regista o pedido no livro de registo de pedidos, e arquiva o pedido.Todas as quartas-feiras à noite, o administrador leva os pedidos recolhidas a secretária do clube. Leva também o registo de membro com ele. Se a secretária decidir que um candidato se irá tornar membro do clube, coloca um selo de „novo membro‟, sobre o pedido e escreve a data. Esta data é a data de início da adesão. De seguida, ela entrega o pedido ao administrador, a fim de adicionar o novo membro do clube ao registo de membros. O registo de membro é um livro com linhas numeradas. Cada novo membro é inserido numa nova linha. O número da linha é o número de sócio, através do qual o novo membro é referenciado na administração. De seguida, a secretária calcula a taxa de adesão que o novo membro tem de pagar para o restante do ano. Ela encontra o montante anual a pagar, conforme decidido em

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assembleia geral, num papel guardado na gaveta da sua secretária. De seguida, pede ao administrador para anotar a quantia no registo de membro. Se a secretária não permitir que um candidato se torne membro (por exemplo, porque o candidato é muito jovem ou porque o número máximo de membros foi atingido), o administrador envia uma resposta na qual explica a razão do candidato não poder (ainda) ser membro do clube. Quando todos os pedidos são processados, o administrador leva as pedidos e o registo de membro e prepara as facturas a enviar a todos os novos membros, para o pagamento da primeira taxa, enviando-as por correio. Os pagamentos devem ser realizados através de transferências bancárias. Assim que o pagamento é recebido, o administrador imprime um cartão de membro no qual são mencionados o número de inscrição, a data de início, o nome, a data de nascimento e a morada. O cartão é então enviado para o novo membro por correio.

5.2. Passos Para a Construção de um Sistema de Actividades

Neste artigo é proposta a construção de um sistema de actividades através da realização de três etapas. O método constitui uma adaptação da proposta feita por Martins (Martins & Daltrini, 1999):

1. Dividir o problema em actividades realizadas no contexto do problema; 2. Modelar o contexto de cada Actividade;

3. Descrever a Estrutura Hierárquica da Actividade. 4. Articular as Actividades num sistema

1) Na divisão do problema em actividades de interesse deve ser encontrada as respostas as seguintes perguntas:

1. Quais são as actividades que interessam no contexto? 2. Porque é que esta actividade está a ser realizada? 3. Quais são os objectivos desta actividade?

2) Na modelação de cada actividade deve ser encontrada as respostas as seguintes perguntas: 1. Quem é que (sujeito) possui a responsável por esta actividade?

2. Por que meios (ferramentas) o sujeito executa esta actividade?

3. Quais são as regras culturais, regras ou normas que envolvidas nesta actividade? 4. Quem é responsável porque, nesta actividade?

5. Qual é o ambiente (comunidade) em que esta actividade é conduzida?

3) Na descrição da Estrutura Hierárquica da Actividade, devem ser identificados os seguintes aspectos:

1. Quais são as acções que fazem parte da actividade?

2. Para cada acção deve ser identificada a forma como estas são operacionalizas, pela descrição do conjunto de operações associadas

4) Para articular as actividades será necessário identificar como as actividades estão relacionadas, o que pode ser feito de dois modos:

1. O resultado de uma actividade é o objecto de atenção de uma outra

2. O resultado de uma actividade é utilizado como uma ferramenta de uma outra

5.3. Diagrama de Actividades

A

Figura 3 apresenta um exemplo de apresentação, sob a forma de diagramas de Engeström, do case de estudo a partir dos passos descritos na secção anterior.

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Figura 3. Sistemas de Actividades de Engeström para o Clube de Ténis

O sistema de Actividades que descreve o recrutamento numa organização é constituído por três actividades: “GESTÃO DE INSCRIÇÃO DOS SÓCIOS”, “GESTÃO DE PAGAMENTO DE QUOTAS” e “DETERMINAÇÃO DO VALOR DAS QUOTAS”. Da análise verifica-se que se pode obter uma sequência de actividades. Para tal, o resultado de uma actividade será utilizado como o objecto da actividade seguinte. Por vezes o resultado de uma actividade poderá ser utilizado como ferramenta de outras actividades. É o caso do valor de quota que será utilizada como ferramenta das actividades de pagamento de quotas.

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6. Discussão e Conclusão

Este artigo abordou a descrição do trabalho realizado numa organização, centrado na noção de actividade. Para tal, adoptou-se o uso de uma abordagem proposta por Engeström para descrever o trabalho colectivo. O uso dos diagramas de Engeström, para descrever um sistema de actividades, oferece uma representação visual com os elementos chaves que permitem a análise das práticas humanas e propor melhorias com conceitos partilhados por todos os participantes.

Segundo a Teoria da Actividade, as pessoas agem sobre o mundo de um modo colectivo. Uma actividade tem na sua génese a interacção individual com o foro social. As acções e operações, numa actividade, são mediadas por vários mecanismos, tais como ferramentas (linguagens, software, estratégias), as regras sociais e os procedimentos organizacionais. Os sistemas de actividades caracterizam-se por incoerências, inconsistências e conflitos. Estes podem ser utilizados como um meio de aprendizagem quer individual quer colectivo.

A apresentação explícita de um sistema de actividades, possibilita um melhor acompanhamento das tarefas que as pessoas realizam na organização, através da sua divisão em acções e operações num contexto mínimo designado por actividades.

Para tal, foi aplicado a um estudo de caso no qual se procurou modelar o trabalho realizado pelas pessoas na organização.

O uso dos Diagramas de Engeström fez emergir alguns problemas relacionados com a dificuldade com a busca do que seria um objecto em cada actividade, pelo facto de sermos levados a escolher somente os objectos que são partilhados pela comunidade.

Como conclusão, podemos afirmar que o problema abordado neste artigo prende-se com a integração organizacional de análise do trabalho realizado pelas pessoas, segundo uma interpretação dos temas centrais da Teoria da Actividade. Nesta teoria, a actividade é uma unidade que oferece um contexto mínimo para a compreensão de um conjunto de acções que cooperam sobre um ou mais objectos, transformando-os num resultado.

Como trabalho futuro será feita uma interpretação dos princípios da Teoria de Actividade sob a forma de um conjunto de directrizes, as quais serão aplicadas no desenvolvimento de uma proposta de um enquadramento analítico. Esta proposta analítica servirá de base para o desenvolvimento de um método destinado à melhoria do trabalho das pessoas, através da captura do trabalho das pessoas por via do método que facilita a construção de um sistema de Actividades, tendo como base o modelo sistémico de Engeström.

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Tabela 1. Níveis hierárquicos de uma actividade segundo Leont‟ev (1981:255)
Figura 1. Modelo Triangular da Teoria da Actividade, adaptado de (Engeström, 1987)
Figura 2. Exemplo de Sistemas de Actividades
Figura 3. Sistemas de Actividades de Engeström para o Clube de Ténis

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