• Nenhum resultado encontrado

Compilação de dados da composição nutricional dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas do Brasil conforme a metodologia FAO/INFOODS / Compilation of nutritional composition data of fruits of six species of Myrtaceae natives of Brazil according to

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Compilação de dados da composição nutricional dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas do Brasil conforme a metodologia FAO/INFOODS / Compilation of nutritional composition data of fruits of six species of Myrtaceae natives of Brazil according to "

Copied!
17
0
0

Texto

(1)

Compilação de dados da composição nutricional dos frutos de seis espécies de

Myrtaceae nativas do Brasil conforme a metodologia FAO/INFOODS

Compilation of nutritional composition data of fruits of six species of

Myrtaceae natives of Brazil according to FAO/INFOODS methodology

DOI:10.34117/bjdv6n8-704

Recebimento dos originais: 30/07/2020 Aceitação para publicação: 31/08/2020

Francisca Jéssica Costa Tavares

Mestra em Ciências Naturais pela Universidade Estadual do Ceará Instituição: Universidade Estadual do Ceará

Endereço: Av. Dr. Silas Munguba, 1700 - Itaperi, Fortaleza - CE, Brasil Email: jessika_te10@hotmail.com

Ricardo Elesbão Alves

Doutor em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Lavras Instituição: Embrapa Alimentos e Territórios

Endereço: Rua Cincinato Pinto, 348 – Centro, Maceió – AL, Brasil Email: ricardo.alves@embrapa.br

Eliseu Marlônio Pereira de Lucena

Pós-Doutor em Botânica Aplicada pela Texas A&M University Instituição: Universidade Estadual do Ceará

Endereço: Av. Dr. Silas Munguba, 1700 - Itaperi, Fortaleza - CE, Brasil Email: eliseu.lucena@uece.br

RESUMO

O território brasileiro possui uma grande diversidade de fauna e flora, os quais possuem uma complexidade de substâncias com potencial funcional. A população vem consumindo frutas e vegetais que trazem benefícios à saúde e ajudam a prevenir doenças. A família Myrtaceae é uma família importante por apresentar espécies frutíferas, que contém compostos bioativos importantes. O objetivo da pesquisa foi compilar os dados da composição nutricional dos frutos das espécies

Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks., Eugenia stipitata Mac Vaugh, Eugenia uniflora L., Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg., Psidium acutangulum DC e Psidium guajava L.,

conforme a metodologia FAO/INFOODS. Foi realizado um estudo de revisão sistemática, quantitativa de dados secundários. A pesquisa foi dividida em cinco etapas: definição das espécies; levantamento bibliográfico; análise dos dados; utilização do Archival database; e utilização do Reference database. Entre os resultados foi possível observar que os carboidratos totais, fibras dietéticas e proteínas possuem valores maiores que as cinzas e os lipídeos. Entre os minerais, o potássio está presente em maior quantidade em todas as espécies. Entre as vitaminas, a vitamina C é a mais analisada estando em maior quantidade nos frutos de Psidium guajava L. Conclui-se que existem poucas publicações sobre composição nutricional dos frutos das espécies estudadas e que alguns alimentos ainda não são comtemplados pelas tabelas brasileiras de composição de alimentos. Palavras-chave: Eugenia, Myrciaria, Psidium.

(2)

ABSTRACT

The Brazilian territory has a great diversity of fauna and flora, which have a complex of substances with functional potential. The population has been eating fruits and vegetables that bring health benefits and help prevent disease. The Myrtaceae family is an important family for presenting fruit species, which contains important bioactive compounds. The objective of the research was to compile the data of the nutritional composition of fruits of Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex BDJacks., Eugenia stipitata Mac Vaugh, Eugenia uniflora L., Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg.,

Psidium acutangulum DC and Psidium guajava L., according to FAO/INFOODS methodology. A

systematic and quantitative review of secondary data was performed. The research was divided into five stages: species definition; bibliographic survey; data analysis; use of the Archival database; and use of the Reference database. Among the results it was possible to observe that total carbohydrates, dietary fibers and proteins have values higher than ashes and lipids. Among the minerals, potassium is present in greater quantity in all species. Among the vitamins, C vitamin is the most analyzed, being higher in the fruits of Psidium guajava L. It is concluded that there are few publications on the nutritional composition of the fruits of the species studied and that some foods are not yet contemplated by the Brazilian tables of composition of food.

Keywords: Eugenia, Myrciaria, Psidium.

1 INTRODUÇÃO

O território brasileiro possui uma extensão de 8,5 milhões de Km2, possuindo climas variando de tropical a temperado e condições edáficas propícias ao cultivo de frutas. O país é o terceiro maior produtor mundial de frutas e é também uma das regiões com maior diversidade biológica do mundo, tornando a produção de frutas uma das principais atividades do agronegócio (VIRGOLIN et al., 2017). Devido a grande diversidade brasileira, a fauna e a flora têm sido investigadas, devido a sua complexidade de substâncias químicas. Espécies de frutas nativas brasileiras têm sido estudadas, devido ao seu potencial funcional e por serem uma fonte promissora de novas moléculas bioativas (LAZARINI et al., 2016).

Dietas ricas em frutas e vegetais são benéficas à saúde em longo prazo da população e ajudam na prevenção de inúmeras doenças não transmissíveis. As frutas, atualmente, são consumidas como fontes de vitaminas, minerais e fibras e não somente como alimento agradável ao gosto popular (CHANG et al., 2018). A análise de dados físicos, físico-químicos, minerais e os parâmetros nutricionais dos alimentos têm sido utilizados como ferramenta útil para identificar a qualidade e selecionar genótipos que a interação com o meio ambiente seja mais favorável e eficiente, visto que são de grande interesse ao setor de processamento industrial e ao setor farmacêutico, o qual está aumentando o uso de frutos, por suas diversas propriedades farmacológicas (FREITAS et al., 2016). A família Myrtaceae é uma das famílias mais importantes por apresentarem diversas espécies frutíferas. No geral, a família possui 121 gêneros e 3.800 a 5.800 espécies, ocorrendo, principalmente, nas regiões tropicais e subtropicais do mundo (SERAGLIO et al., 2018). O gênero Eugenia possui

(3)

uma variedade de frutos com alto teor de compostos bioativos (NICÁCIO et al., 2017). O gênero

Psidium compreende cerca de 150 espécies de árvores e arbustos, dos quais apenas 20 espécies

produzem frutos comestíveis (SABER et al., 2018). Os gêneros Psidium e Myrciaria têm sido amplamente estudados em relação as suas propriedades fitoquímicas. Algumas atividades biológicas relatadas, sobre espécies desses gêneros, são antiparasitária, antibacteriano e anti-inflamatório (ROJAS-GARBANZO et al., 2018).

Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks. popularmente conhecida como

pitomba da baía, é um arbusto medindo entre 7 a 10 m, possui fruta resistente, laranja ou amarela, subglobóide, com polpa doce e aromática (MITRA et al., 2012). Os frutos possuem compostos fenólicos e antocianinas com importante atividade antioxidante (AMORIM; ALVES, 2012).

De acordo com Souza-Adaime et al. (2017), Eugenia stipitata Mac Vaugh é um arbusto, bastante ramificado, nativa da Amazônia, popularmente conhecida como araçá-boi. O fruto é uma baga globosa, com a polpa interligada as sementes, possui casca fina de coloração amarela, a polpa é suculenta com sabor agridoce (SOUZA et al., 2018). Segundo Baldini et al. (2017), a espécie é rica em terpenos, açúcares solúveis, vitamina C e carotenoides.

Eugenia uniflora L. é uma espécie nativa do Brasil, popularmente conhecida como pitanga ou

cereja brasileira, com frutos apresentando uma variedade de cores (vermelho, laranja e roxo) dependendo do perfil químico (BORGES et al., 2016), com formato globóide possuindo de oito a dez sulcos longitudinais (CHANG et al., 2018). Os frutos são ricos em vitamina C, vitamina A, riboflavina, niacina e apresentam um alto teor de carboidratos (MIGUES et al., 2018).

A espécie Myciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. é nativa do Brasil, do bioma Mata atlântica. Possui frutos, popularmente, conhecidos como jabuticaba, é uma pequena fruta, possuindo casca de cor roxa escura, polpa branca com uma consistência gelatinosa, sabor doce e sementes variando de uma a quatro (NEVES et al., 2018). A composição nutricional desses frutos é caracterizada pelo alto teor de carboidratos, principalmente, glicose e frutose, fibra dietética, minerais como ferro, cálcio e fósforo, vitaminas, e compostos bioativos como acido ascórbico, carotenoides, glicosídeos e compostos fenólicos (MORALES et al., 2016).

De acordo com Ramos et al. (2015), a espécie Psidium acutangulum DC, popularmente conhecida como araçá-pera, é um exótico tipo de goiaba, o qual é uma fonte de fibra alimentar antioxidante. É um arbusto, variando entre 7 a 15 m, mais resistente que a goiaba. O fruto é amarelo com polpa branca-translúcida, com o sabor mais ácido que o fruto de Psidium guajava L. (MITRA et al., 2012).

A espécie Psidium guajava L. possui frutos conhecidos como goiaba, consistindo em um fruto carnoso do tipo baga com um mesocarpo contendo inúmeras sementes endurecidas, a polpa possui

(4)

um sabor doce-acidulada (MENEZES et al., 2016). Os frutos de P. guajava são uma rica fonte de vitamina C, vitamina A, cálcio, fósforo, ácido pantotênico, riboflavina, tiamina e niacina (MISHRA et al., 2017).

O objetivo da pesquisa foi compilar os dados da composição nutricional dos frutos das espécies Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks., Eugenia stipitata Mac Vaugh,

Eugenia uniflora L., Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg., Psidium acutangulum DC e Psidium guajava L conforme a metodologia FAO/INFOODS.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizado um estudo de revisão sistemática, quantitativa de dados secundários. A revisão é dita sistemática, pois foi dotada de metodologia padronizada de busca bibliográfica, com procedimentos específicos, seleção e análise de dados bem delineados e definidos. Possui uma característica quantitativa de fontes de dados secundários, pois os dados foram mensurados em números mediante compilação de valores já registrados (CHALMERS; ALTMAN, 1995).

O estudo foi realizado baseado na metodologia preconizada pela FAO/INFOODS, a qual desenvolveu orientações e instrumentos para obter dados harmonizados de composição de alimentos (ENE-OBONG; SCHONFELDT, 2013). Desse modo, a pesquisa foi dividida em cinco etapas. A primeira etapa consistiu na definição das espécies a serem trabalhadas. Foram escolhidas seis espécies frutíferas nativas do Brasil pertencentes ao a família Myrtaceae, que foram as espécies Eugenia

luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks., Eugenia stipitata Mac Vaugh, Eugenia uniflora L., Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg., Psidium acutangulum DC e Psidium guajava L.

A segunda etapa consistiu em um levantamento bibliográfico sobre os dados nutricionais (composição centesimal, minerais e vitaminas) dos frutos de cada espécie. Foram utilizados artigos, teses e dissertações entre os anos 2000 e 2019. As palavras-chave usadas para a busca das informações foram o nome popular e científico de cada espécie, “composição nutricional”, “composição centesimal”, “macronutrientes”, “micronutrientes”, “vitaminas” e “compostos fenólicos”. Durante o levantamento dos dados também foram utilizados tabelas de composição de alimentos, que foram a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO e Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TBCA.

A terceira etapa consistiu na realização da análise dos dados quanto aos critérios de inclusão e exclusão, avaliando a qualidade dos dados de composição nutricional disponíveis nas publicações. Os dados passaram por avaliação conforme as recomendações da FAO/INFOODS (2012). Os critérios para a inclusão dos dados nutricionais foram: alimentos cultivados em território nacional, metodologia clara e coerente com os procedimentos de análise nutricional preconizadas pela

(5)

FAO/INFOODS e descrição completa da espécie avaliada. Os critérios para a exclusão dos dados foram: método de análise ausente ou inadequado, informação insuficiente da metodologia empregada e descrição inadequada dos alimentos.

A quarta e a quinta etapa consistiram na utilização da ferramenta Excel para a compilação de dados, disponível na plataforma online FAO/INFOODS, denominada Compilation Tool. A quarta etapa consistiu na utilização do Archival database, o qual é a primeira ferramenta para a compilação dos dados, onde os alimentos selecionados recebem descrições para serem identificados e onde são inseridos dados originais de fontes de dados.

A quinta etapa consistiu na utilização do Reference database, o qual é um conjunto completo de dados rigorosamente analisados em que todos os valores devem ser convertidos em unidades padrão e os nutrientes são expressos de maneira uniforme. Os dados de alimentos do Archival database foram copiadas para Reference database, onde os valores foram agregados para calcular, posteriormente, os valores médios de cada dado de composição. Após a etapa do Compilation Tool, os resultados foram expressos em tabelas referentes às médias e desvios-padrão da composição nutricional das espécies estudadas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados foram obtidos através da compilação de dados publicados em outros trabalhos. Na Tabela 1 pode-se observar a quantidade de publicações encontradas sobre composição de alimentos para todas as espécies estudadas e a quantidade de publicações que foram compiladas após a análise dos critérios de qualidade.

Tabela 1. Quantidade de publicações encontradas e compiladas dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas do Brasil.

Espécies Publicações

encontradas

Publicações compiladas

Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks 1 1

Eugenia stipitata Mac Vaugh 8 5

Eugenia uniflora L. 16 7

Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. 11 4

Psidium acuntagulum DC 2 1

Psidium guajava L. 13 7

Na Tabela 2 podem-se observar as publicações compiladas para cada espécie estudada. Todas as referências utilizadas estão dentro dos critérios de inclusão, que foram alimentos cultivados em território nacional, metodologia clara e coerente com os procedimentos de análise nutricional preconizadas pela FAO/INFOODS e descrição completa da espécie avaliada.

(6)

Na Tabela 3 estão os valores da média e desvio-padrão da composição centesimal das espécies estudadas. Pode-se observar que os frutos de Psidium acutangulum DC apresentam mais calorias (67,75±n.d Kcal) e mais proteínas (3,29±n.d g). Os frutos que apresentam menos calorias são os de

E. stipitata (21,82±n.d Kcal) e E. uniflora (39,0±2,82 Kcal). Os frutos de Eugenia stipitata Mac

Vaugh apresentam mais umidade (90,82±3,03%), os frutos de Psidium guajava L. possuem uma maior quantidade de lipídeos (0,45±0,09 g), fibra dietética (6,74±0,90 g) e cinzas (0,42±0,08 g) e os frutos de Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. apresentam maior quantidade de carboidrato total (15,3±0 g).

Tabela 2. Publicações compiladas dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas do Brasil.

Espécies Publicações compiladas

Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks Reynestson et al. (2008)

Eugenia stipitata Mac Vaugh

Virgolin; Seixas; Janzantti (2017) Baldini et al. (2017) Neri-Numa et al. (2013) Canuto et al. (2010) Rogez et al. (2004) Eugenia uniflora L. Schmidt et al. (2018) TBCA (2017) Borges et al. (2016) Rodrigues et al. (2016) Batista et al. (2014) TACO (2011)

Hoffmann-Ribani; Huber; Rodriguez-Amaya (2009)

Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg.

Schmidt et al. (2018) TBCA (2017) TACO (2011) Reynestson et al. (2008)

Psidium acuntagulum DC Ramos (2013)

Psidium guajava L. Santos et al. (2017) TBCA (2017) Menezes et al. (2016) Abreu et al. (2012) TACO (2011) Araújo; Menezes (2010)

Hoffmann-Ribani; Huber; Rodriguez-Amaya (2009)

Tabela 3. Composição centesimal em 100 g de polpa in natura em base úmida dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas do Brasil: Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks. (El), Eugenia stipitata Mac Vaugh (Es),

Eugenia uniflora L. (Eu), Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. (Mc), Psidium acutangulum DC (Pa) e Psidium guajava

L. (Pg). Espécies Descrição do alimento Calorias (Kcal) Umidade (%) Proteína (g) Lipídeos (g) Carboidrato total (g) Fibra dietética (g) Cinzas (g) El Pitomba-da-baía - - - - Es Araçá-boi 21,82±n.d 90,82±3,03 0,70±n.d 0,11±0,07 6,17±n.d 4,81±n.d 0,21±0,02 Eu Pitanga 39,0±2,82 87,04±1,78 0,87±0,03 0,2±0 9,92±0,58 2,93±0,56 0,31±0,09 Mc Jabuticaba 59,5±2,12 83,6±n.d 0,61±0,01 0,11±0,02 15,3±0 2,3±0 0,38±0,03 Pa Araçá-pêra 67,75±n.d - 3,29±n.d 0,2±n.d 13,2±n.d 3,15±n.d 0,8±n.d Pg Goiaba-branca 44,56±8,25 86,23±2,02 0,82±0,07 0,45±0,09 11,09±2,26 6,74±0,90 0,42±0,08 n.d – não determinado.

(7)

Cardoso et al. (2011) ao estudarem frutos de Eugenia dysenterica DC. observaram que a composição centesimal era constituída por 0,63 g de proteínas, 0,57 g de lipídeos, 0,18 g de cinzas, 1,51 g de fibras dietéticas, 5,54 g de carboidratos e 29,83 Kcal de valor energético em 100 g de polpa. Ao estudarem a espécie Eugenia uvalha Cambess, Gonçalves et al. (2016) descreveram a composição centesimal dos frutos contendo 89,34% de umidade, 1,07 g de proteínas, 0,58 g de lipídeos, 8,71 g de carboidrato total, 0,32 g de cinzas e 0,05 g de fibras dietéticas.

Oliveira et al. (2018) analisaram frutos de Myrciaria floribunda (H. West ex Willd) e observaram a presença de 1,89 g de cinzas, 2,43 g de lipídeos, 4,78 g de proteínas e 90, 89 g de carboidrato total em 100 g de polpa em base seca. Segundo Inada et al. (2015), os frutos de Myrciaria

jaboticaba possuem 90,7% de umidade, 3,2 g de cinzas, 0,2 g de lipídeos, 3,5 g de proteínas e 36

Kcal de valor energético em 100 g de polpa.

A composição centesimal dos frutos de Psidium guinnensis Sw. localizados no sul de Minas Gerais-Brasil, segundo Damiani et al. (2011), contém 80,41% de umidade, 1,87 g de proteínas, 0,33 g de lipídeos, 16,95 g de carboidratos totais, 4,82 de fibras dietéticas, 0,44 g de cinzas e 78,25 Kcal de valor energético em 100 g de polpa. Damiani et al. (2012) estudaram os frutos da mesma espécie, porém localizados em Goiânia-Brasil e observaram que eles são compostos por 34,45% de umidade, 0,24 g de cinzas, 0,91 g de proteínas, 0,18 g de lipídeos, 69,97 g de carboidrato total, 285,04 Kcal de valor energético e 1.18 g de fibras dietéticas em 100 g de polpa.

Na Tabela 4 observam-se os valores médios e desvios-padrões dos macronutrientes. Os frutos de Eugenia uniflora L. possuem mais cálcio (16,97±1,05 mg) e sódio (3,0±1,41 mg), os frutos de

Psidium acuntangum possui maior quantidade de magnésio (74,43±n.d mg) e potássio (1.444,44±n.d

mg) e os frutos de Psidium guajava apresentam mais fósforo (16,1±0,14 mg). O sódio não aparece nos frutos de Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. e Psidium guajava L. Nos frutos de E. stipitata o magnésio aparece em menos quantidade (2,52±n.d mg). É possível observar que entre os macrominerais apresentados aquele que está em maior quantidade em todas as espécies é o potássio.

Tabela 4. Macrominerais em 100 g de polpa in natura em base úmida dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas do Brasil: Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks. (El), Eugenia stipitata Mac Vaugh (Es), Eugenia

uniflora L. (Eu), Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. (Mc), Psidium acutangulum DC (Pa) e Psidium guajava L. (Pg).

Espécies Descrição do alimento Ca (mg) Mg (mg) P (mg) K (mg) Na (mg)

El Pitomba-da-baía - - - - - Es Araçá-boi 5,72±n.d 2,52±n.d 7,4±n.d 27,84±n.d 1,64±n.d Eu Pitanga 16,97±1,05 13,07±2,57 14,5±2,12 202±n.d 3,0±1,41 Mc Jabuticaba 8,17±0,25 17,9±0,14 14,8±0,28 130±0 - Pa Araçá-pêra Tr 74,43±n.d - 1.444,44±n.d Tr Pg Goiaba-branca 4,72±0,39 6,97±0,04 16,1±0,14 217±n.d -

(8)

Na Tabela 5 observam-se os microminerais em seus valores médios e desvios-padrões. Os frutos de P. acuntangulum apresentam maior quantidade de ferro (1,64±n.d mg), cobre (0,60±n.d mg) e manganês (1,0±n.d mg), o zinco esteve em maior quantidade nos frutos de M. cauliflora (0,29±0,01 mg). O mineral selênio só esteve presente nos frutos de P. guajava (0,0004±n.d mg). Os frutos de E.

stipitata apresentaram apenas ferro e zinco. Os frutos que possuem a menor quantidade de manganês

são os das espécies E. uniflora e P. guajava.

Tabela 5. Microminerais em 100 g de polpa in natura em base úmida dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas do Brasil: Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks. (El), Eugenia stipitata Mac Vaugh (Es), Eugenia

uniflora L. (Eu), Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. (Mc), Psidium acutangulum DC (Pa) e Psidium guajava L. (Pg).

Espécies Descrição do alimento Fe (mg) Zn (mg) Cu (mg) Se (mg) Mn (mg)

El Pitomba-da-baía - - - - - Es Araçá-boi 0,155±n.d 0,18±n.d - - - Eu Pitanga 0,37±0,03 0,3±0,14 0,08±0 - 0,00026±n.d Mc Jabuticaba 0,1±0 0,29±0,01 0,07±0,01 - 0,3±0 Pa Araçá-pêra 1,64±n.d Tr 0,60±n.d - 1,0±n.d Pg Goiaba-branca 0,18±0,02 0,18±0,02 0,04±0,01 0,0004±n.d 0,00008±n.d n.d – não determinado. Tr – traços.

Guedes et al. (2015), estudaram os frutos de E. dysenterica e observaram a quantidade de minerais presente neles, descreveram que em 100 g de fruto tinham 75,53 mg de fósforo, 767,27 mg de potássio, 27,16 mg de cálcio, 20,37 mg de magnésio, 0,76 mg de zinco, 0,91 mg de ferro, 0,41 mg de manganês e 0,27 mg de cobre. De acordo com Ribeiro et al. (2015), os frutos de Myrciaria dubia possui 348 mg de cálcio, 95 mg de magnésio, 3,5 mg de zinco, 17,7 mg de ferro, 1,4 mg de manganês, 0,5 mg de cobre, 192 mg de fósforo e 1.930 mg de potássio em 100 g de amostra seca de frutos cultivados em ambiente seco. Os frutos da mesma espécie cultivados em ambiente alagado possui 220 mg de cálcio, 58,3 mg de magnésio, 3,2 mg de zinco, 14 mg de ferro, 11 mg de manganês, 0,3 mg de cobre, 98 mg de fósforo e 1.170 mg de potássio em 100 g de amostra seca.

Segundo Inada et al. (2015), os frutos de M. jaboticaba possui 67,4 mg de cálcio, 32,8 mg de ferro, 176,6 mg de fósforo, 1978,5 mg de potássio, 153,6 mg de sódio, 2,3 mg de manganês, 187,9 mg de magnésio, 3,1 mg de zinco, 1,8 mg de cobre e 3,4 mg de selênio em 100 g de polpa. Para Damiani et al. (2011), os frutos de P. guinnensis possui 485 mg de cálcio, 292 mg de magnésio, 2,72 mg de zinco, 5,48 mg de ferro, 3,2 mg de cobre e 97,5 mg de fósforo por Kg de polpa.

Na Tabela 6 podem-se observar os valores médios e desvios-padrões das vitaminas presentes nos frutos estudados. A vitamina A esteve presente nos frutos de E. uniflora (0,145±0,012 mg), M.

cauliflora (0,6±n.d mg) e P. guajava (0,034±n.d mg), sendo maior na primeira espécie. A tiamina

(vitamina B1) apresentou maior quantidade nos frutos de M. cauliflora (0,06±0 mg). A vitamina B2

(riboflavina) esteve presente nos frutos de E. uniflora e M. cauliflora, sendo maior na espécie E.

(9)

piridoxina (vitamina B6) foi observada nos frutos de E. uniflora, M. cauliflora e P. guajava. A

vitamina C, presente na maioria dos frutos em estudo, esteve em maior quantidade na espécie P.

guajava (98,45±1,060 mg). A vitamina E foi observada nos frutos de P. guajava com o valor de

0,0004 mg. Não foi possível quantificar nenhuma vitamina entre os trabalhos compilados de P.

acutangulum e nos frutos de E. stipitata foi possível quantificar apenas vitamina C.

Tabela 6. Vitaminas em 100 g de polpa in natura em base úmida dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas do Brasil: Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks. (El), Eugenia stipitata Mac Vaugh (Es), Eugenia

uniflora L. (Eu), Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. (Mc), Psidium acutangulum DC (Pa) e Psidium guajava L. (Pg).

Espécie s Descrição do alimento Vitamina A-Retinol (mg) Vitamin a B1 -tiamina (mg) Vitamina B2 -riboflavin a (mg) Vitamin a B3 -niacina (mg) Vitamina B6 -piridoxina (mg) Vitamina C (mg) Vitamina E-alfa-tocoferol (mg) El Pitomba-da-baía - - - - Es Araçá-boi - - - 0,2±n.d - Eu Pitanga 0,145±0,01 2 0,03±0 0,1±0 0,01±n.d 1,79±n.d 24,9±0 - Mc Jabuticab a 0,6±n.d 0,06±0 0,03±n.d - 1,77±n.d 16,2±0 - Pa Araçá-pêra - - - - Pg Goiaba-branca 0,034±n.d - - - 0,045±0,02 1 98,45±1,06 0 0,0004±n. d n.d – não determinado.

Cardoso et al. (2011) observaram a presença de 34,11 mg de vitamina C em polpa de frutos de E. dysenterica. Para Ribeiro et al. (2016), os frutos de M. dubia possui 13.756,79 mg de vitamina C em 100 g de polpa em base seca. Segundo Oliveira et al. (2018), os frutos de M. floribunda possui 46,88 mg de ácido ascórbico em 100g de fruto fresco. De acordo com Damiani et al. (2011), os frutos de P. guinnensis 142,5 µg por grama de polpa.

Na Tabela 7 podem-se observar os valores médios e os desvios-padrões dos compostos fenólicos presentes nos frutos estudados. Foi possível observar a presença de ácido gálico e ácido clorogênico nos frutos de M. cauliflora e P. guajava, sendo maior em P. gujava (7,28±n.d mg para ácido gálico e 4,17±n.d mg para ácido clorogênico). Os frutos de E. luschnathiana, E. uniflora, M.

cauliflora e P. guajava apresentaram quantidades de ácido elágico, sendo maior nos frutos de P. guajava (15,44±n.d mg). Não foram observados trabalhos publicados com valores de catequina e

epicatequina para os frutos em estudo, apesar de outros frutos da família Myrtaceae apresentarem esses compostos fenólicos. Os frutos das espécies E. luschnathiana e M. cauliflora apresentaram os compostos rutina e a quercetrina, sendo que a maior quantidade dos dois compostos esteve presente em M. cauliflora (0,21±n.d mg para a rutina e 0,11±n.d mg para a quercetrina). Entre os trabalhos compilados, apenas os frutos de M. cauliflora apresentou isoquercetrina (0,86±n.d mg). A quercetina esteve presente em todos os frutos estudados, exceto em P. acutangulum, sendo possível observar as

(10)

maiores quantidades em M. cauliflora (5,21±n.d mg) e E. stipitata (5,16±n.d mg). O composto fenólico foi observado em E. stipitata (3,70±n.d mg), E.

uniflora (0,4±n.d mg) e M. cauliflora (0,03±n.d mg).

Tabela 7. Compostos fenólicos em 100 g de polpa in natura em base seca dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas do Brasil: Eugenia luschnathiana (O. Berg) Klotzsch ex B.D.Jacks. (El), Eugenia stipitata Mac Vaugh (Es), Eugenia uniflora L. (Eu), Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. (Mc), Psidium acutangulum DC (Pa) e Psidium guajava L. (Pg).

Espéci es Descrição do alimento Ácido gálico (mg) Catequina (mg) Ácido clorogênico (mg) Ácido elágico (mg) Epicatequina (mg) Rutina (mg) Quercetri na (mg) Isoquercetri na (mg) Querceti na (mg) Kaempfer ol (mg) El Pitomba-da-baía - - - 0,40±n.d - 0,18±n .d 0,07±n.d - 0,04±n.d - Es Araçá-boi - - - 5,16±n.d 3,70±n.d Eu Pitanga - - - 0,59±n.d - - - - 0,10±n.d 0,4±n.d Mc Jabuticaba 4,16±n .d - 0,19±n.d 9,4±n.d - 0,21±n .d 0,11±n.d 0,86±n.d 5,21±n.d 0,03±n.d Pa Araçá-pêra - - - - Pg Goiaba-branca 7,28±n .d - 4,17±n.d 15,44±n.d - - - - 1,2±n.d - n.d – não determinado.

Donado-Pestna, Belchior, Genovese (2015), estudaram os frutos de Eugenia dysenterica DC. e observaram 7,37 μg/mL de derivados de quercetina, 2,92 μg/mL de derivados de kaempferol e 4,92 μg/mL de ácido elágico livre. Texeira et al. (2015), pesquisaram os compostos fenólicos dos frutos de Eugenia brasilienses Lam. e observaram a presença de 26,28 mg/100 g de quercetina coincidindo com o composto presente nos frutos de E.

uniflora, mas também observaram a presença de 3,46 mg/100 g de myricetina, 2,87 mg/100 g de catequina e 2,64 mg/100 g de epicatequina.

Segundo Oliveira et al. (2018), os frutos de Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.) O. Berg possuem 78,56 mg/100 g de rutina, 5,45 mg/g de ácido gálico e 2,21 mg/g de ácido elágico. Esses compostos também foram encontrados na compilação dos frutos de M. cauliflora. Bataglion et al. (2015), estudaram os frutos de Myrciaria dubia e observaram a presença de 0,739 mg/100 g de ácido gálico e 2,934 mg/100 g de quercetina, os quais também foram encontrados em M. cauliflora, mas também encontraram 10,0 mg/100 g de myricetina e 0,316 mg/100 g de luteolina.

De acordo com Lima et al. (2019), os frutos de polpa vermelha de P. guajava L. cv. Pedro Sato apresentaram 4,1576 mg/g de ácido gálico, 7,547 mg/g de ácido elágico, 0,0149 mg/g de ácido clorogênico, 0,0304 mg/g de catequina, 0,0312 mg/g de epicatequina e 0,1920 mg/g de quercetina. Além

(11)

desses compostos foram identificados e quantificados outros como ácido ferúlico, ácido vanílico, apigenina e myricetina. Nunes et al. (2016) também estudaram os frutos de polpa vermelha de P.

guajava L. cv. Pedro e observaram menos compostos que os autores anteriores, entre os compostos

quantificados estão 7,0 mg/100 g de quercetina e 4,3 mg/100 g de ácido gálico. Pereira et al. (2018), ao estudarem os frutos de Psidium cattleianum amarelo observaram a presença de 72,05 mg/100 g de epicatequina, 29,77 mg/100 g de ácido gálico, 0,2 mg/100 g de quercetina em polpa fresca e 12,1 mg/100 g de ácido clorogênico e 381,8 mg/100 g de ácido elágico em extrato dos frutos. Não foi encontrado trabalho relatando a presença dos compostos fenólicos compilados na presente pesquisa em frutos de P. acutangulum, porém Ramos et al. (2015) observaram a presença de outros compostos nestes frutos como o ácido cítrico, ácido málico, ácido madecassico, ácido guavenoico, ácido asiático, entre outros.

4 CONCLUSÕES

É possível observar que existem poucas publicações sobre composição nutricional, sendo assim, as tabelas de composição brasileiras servem de grande suporte para consulta sobre os nutrientes de diversos tipos de alimentos, no entanto, alguns alimentos ainda não são contemplados por essas tabelas.

Muitos estudos não puderam ser incluídos porque os frutos estudados não eram coletados em regiões do Brasil e pela ausência de caracterização metodológica adequada.

Dos frutos analisados os que tiveram maior relevância em relação à contribuição nutricional foram os frutos de Eugenia uniflora L., por apresentarem altos valores de sódio e potássio, os frutos de Psidium guajava L., por possuírem altos valores de vitamina C e os frutos de Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg., por apresentarem mais compostos fenólicos, entre os compostos compilados, consequentemente maior atividade antioxidante.

AGRADECIMENTOS

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES (Código Financeiro 001) pela concessão da Bolsa de Mestrado à primeira autora.

REFERÊNCIAS

ABREU, J.R.; SANTOS, C.D.; ABREU, C.M.P.; CORREA, A.D.; LIMA, L.C.O. Sugar fractionation and pectin content during the ripening of guava cv. Pedro Sato. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.32, n.1, p.156-162, 2012.

(12)

AMORIM, B.S.; ALVES, M. Myrtaceae from lowland Atlantic Forest areas in the State of Pernambuco, Northeastern Brazil. Phytotaxa, Auckland, v.40, n.1, p.33–54, 2012.

ARAÚJO, E.M.; MENEZES, H.C. Estudo de fibras alimentares em frutas e hortaliças para uso em nutrição enteral ou oral. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.30, n.1, p.42-47, 2010. BALDINI, T.; NERI-NUMA, I.A.; SACRAMENTO, C.K.; SCHMIELE, M.; BOLINI, H.M.A.; PASTORE, G.M.; BICAS, J.L. Elaboration and Characterization of Apple Nectars Supplemented with Araçá-boi (Eugenia stipitata Mac Vaugh—Myrtaceae). Beverages, Manhattan, v.3, n.4, p.59-71, 2017.

BATAGLION, G.A.; SILVA, F.M.A.; EBERLIN, M.N.; KOOLEN, H.H.F. Determination of the phenolic composition from Brazilian tropical fruits by UHPLC–MS/MS. Food Chemistry, Oxford, v.180, p.280-287, 2015.

BATISTA, A.D.; FONSECA, A.A.O.; COSTA, M.A.P.C; BITTENCOURT, N.S. Caracterização física, físico-química e química de frutos de pitangueiras oriundas de Cinco Municípios Baianos. Magistra, Cruz das Almas, v.26, n.3, p.393-402, 2014.

BORGES, K.C., BEZERRA, M.D.F., ROCHA, M.P., SILVA, E.S.D., FUJITA, A., GENOVESE, M.I., PINTO-CORREIA, R.T. Fresh and Spray Dried Pitanga (Eugenia uniflora) and Jambolan (Syzygium cumini) Pulps are Natural Sources of Bioactive Compounds with Functional Attributes. Journal of Probiotics & Health, Tokyo, v.4, n.2, p.1-8, 2016.

CANUTO, G.A.B.; XAVIER, A.A.O.; NEVES, L.C.; BENASSI, M.T. Caracterização físico-química de polpas de frutos da Amazônia e sua correlação com a atividade anti-radical livre. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.32, n.4, p.1196-1205, 2010.

CARDOSO, L.M.; MARTINO, H.S.D.; MOREIRA, A.V.B.; RIBEIRO, S.M.R.; SANTANA, H.M.P. Cagaita (Eugenia dysenterica DC.) of the Cerrado of Minas Gerais, Brazil: Physical and chemical characterization, carotenoids and vitamins. Food Research International, Campinas, v.44, n.7, p.2151-2154, 2011.

CHALMERS, I.; ALTMAN, D. Systematic reviews. London: BMJ Publishing Group, 1995, 117p. CHANG, S.K.; ALASALVAR, C.; SHAHIDI, F. Superfruits: phytochemicals, antioxidant efficacies, and health effects – A comprehensive review. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, Massachusetts, p.1-25, 2018.

(13)

DAMIANI, C.; SILVA, F.A.; ASQUIERI, E.R.; LAGE, M.E.; VILAS-BOAS, E.V.B. Antioxidant potential of Psidium guinnensis Sw. jam during storage. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v.2, n.1, p.90-98, 2012.

DAMIANI, C.; VILAS-BOAS, E.V. B.; ASQUIERI, E.R.; LAGE, M.E.; OLIVEIRA, R.A.; SILVA, F.A.; PINTO, D.M.; RODRIGUES, L.J.; SILVA, E.P.; PAULA, N.R.F. Characterization of fruits from the savanna: Araça (Psidium guinnensis Sw.) and Marolo (Annona crassiflora Mart.). Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v.31, n.3, p.723-729, 2011.

DONADO-PESTANA, C.M.; BELCHIOR, T.; GENOVESE, M.I. Phenolic compounds from cagaita (Eugenia dysenterica DC.) fruit prevent body weight and fat mass gain induced by a fat, high-sucrose diet. Food Research International, Campinas, v.77, p.177-185, 2015.

ENE-OBONG, H.N.; SANUSI, R.A.; UDENTA, E.A.; WILLIAMS, I.O.; ANIGO, K.M.; CHIBUZO, E.C.; ALIYU, H.S.; EKPE, O.O.; DAVIDSON, G.I. Data collection and assessment of commonly consumed foods and recipes in six geo-political zones in Nigeria: Important for the development of a National Food Composition Database and Dietary Assessment. Food Chemistry, Oxford, v.140, n.3, p.539-546, 2013.

FAO/INFOODS. FAO/INFOODS Guidelines for checking food composition data prior to the publication of a user table/database-version 1.0. Rome: FAO, 2012. Disponível em:<http://www.fao.org/fileadmin/templates/food_composition/documents/pdf/Guidelines_data_ch ecking2012.pdf>. Acesso em: 15 out. 2018.

FREITAS, C.A.B.; SILVA, A.S.; ALVES, C.N.; NASCIMENTO, W.M.O.; LOPES, A.S.; LIMA, M.O.; MULLER, R.C.S. Characterization of the fruit pulp of camu-camu (Myrciaria dubia) of seven different genotypes and their rankings using statistical methods PCA and HCA. Journal of the Brazilian Chemical Society, Campinas, v.27, n.10, p.1838-1846, 2016.

GONÇALVES, C.A.A.; SOUZA, J.R.; CAMPAGNOL, P.C.B.; JARDIM, F.B.B. Physicochemical characterization of the fruit of Eugenia uvalha Cambess at different stages of development. Global Science and Technology, Goiânia, v.9, n.3, p.180-184, 2016.

GUEDES, M.N.S.; RUFINI, J.C.M.; MARQUES, T.R.; MELO, J.O.F.; RAMOS, M.C.P.; VIOL, R.E. Minerals and phenolic compounds of cagaita fruits at different maturation stages (Eugenia

(14)

HOFFMANN-RIBANI, R.; HUBER, L.S.; RODRIGUEZ-AMAYA, D.B. Flavonols in fresh and processed Brazilian fruits. Journal of Food Composition and Analysis, Maryland, v.22, n.4, p.263-268, 2009.

INADA, K.O.P.; OLIVEIRA, A.A.; REVOREDO, T.B.; MARTINS, A.B.N.; LACERDA, E.C.Q.; FREIRE, A.S.; BRAZ, B.F.; SANTELLI, R.E.; TORRES, A.G.; PERRONE, D.; MONTEIRO, M.C. Screening of the chemical composition and occurring antioxidants in jabuticaba (Myrciaria

jaboticaba) and jussara (Euterpe edulis) fruits and their fractions. Journal of Functional Foods,

Wageningen, v.17, p.422-433, 2015.

LAZARINI, J.G.; FRANCHIN, M.; INFANTE, J.; PASCHOAL, J.A.R.; FREIRES, I.A.; ALENCAR, S.M.; ROSALEN, P.L. Anti-inflammatory activity and polyphenolic profile of the hydroalcoholic seed extract of Eugenia leitonii , an unexplored Brazilian native fruit. Journal of Functional Foods, Wageningen, v.26, p.249-257, 2016.

LIMA, R.S.; FERREIRA, S.R.S.; VITALI, L.; BLOCK, J.M. May the superfruit red guava and its processing waste be a potential ingredient in functional foods? Food Research International, Campinas, v.115, p.451-459, 2019.

MENEZES, P.E.; DORNELLES, L.L.; FOGAÇA, A.O.; BOLIGON, A.A.; ATHAYDE, M.L.; BERTAGNOLLI, S.M.M. Composição centesimal, compostos bioativos, atividade antioxidante e caracterização fenólica da polpa de goiaba. Disciplinarum Scientia, Santa Maria, v.17, n.2, p.205-217, 2016.

MIGUES, I.; BAENAS, N.; GIRONÉS-VALAPLANA, A.; CESIO, M.V.; HEINZEN, H.; MORENO, D.A. Phenolic Profiling and Antioxidant Capacity of Eugenia uniflora L. (Pitanga) Samples Collected in Different Uruguayan Locations. Foods, Switzerland, v.7, n.5, p.67-79, 2018. MISHRA, K.K.; PATHAK, S.; CHAUDHARY, M. Effect of pre harvest spraying of nutrients and bagging with different colours of polythene on physico-chemical quality of rainy season guava (Psidium guajava L.) fruits cv. L-49. International Journal of Current Microbiology and Applied Sciences, Tamilnadu, v.6, n.9, p.3797-3807, 2017.

MITRA, S.K.; IRENAEUS, T.K.S.; GURUNG, M.R.; PATHAK, P.K. Taxonomy and importance of Myrtaceae. Acta Horticulturae, Leuven, n.959, p.23-34, 2012.

MORALES, P.; BARROS, L.; DIAS, M.I.; SANTOS-BUELGA, C.; FERREIRA, I.C.F.R.; ASQUIERI, E.R.; BERRIOS, J.J. Non-fermented and fermented jabuticaba (Myrciaria cauliflora

(15)

Mart.) pomaces as valuable sources of functional ingredients. Food Chemistry, Oxford, v.208, p.220-227, 2016.

NERI-NUMA, I.A.; CARVALHO-SILVA, L.B.; MORALES, J.P.; MALTA, L.G.; MURAMOTO, M.T.; FERREIRA, J.E.M.; CARVALHO, J.E.; RUIZ, A.L.T.G.; MAROSTICA-JÚNIOR, M.R.; PASTORE, G.M. Evaluation of the antioxidant, antiproliferative and antimutagenic potential of araçá-boi fruit (Eugenia stipitata Mc Vaugh — Myrtaceae) of the Brazilian Amazon Forest. Food Research International, Campinas, v.50, n.1, p.70-76, 2013.

NEVES, N.A.; STRINGHETA, P.C.; GÓMEZ-ALONSO, S.; HERMOSÍN-GUTIÉRREZ, I. Flavonols and ellagic acid derivatives in peels of different species of jabuticaba (Plinia spp.) identified by HPLC-DAD-ESI/MS. Food Chemistry, Oxford, v.252, p.61-71, 2018.

NICÁCIO, A.E., ROTTA, E.M., BOENIG, J.S., BARIZÃO, E.O., KIMURA, E., VISENTAINER, J.S., MALDANER, L. Antioxidant activity and determination of phenolic compounds from Eugenia

involucrata DC. Fruits by UHPLC-MS/MS. Food Analytical Methods, Burgos, v.10, n.8,

p.2718-2728, 2017.

NUNES, J.C.; LAGO, M.G.; CASTELO-BRANCO, V.N.; OLIVEIRA, F.R.; TORRES, A.G.; PERRONE, D.; MONTEIRO, N. Effect of drying method on volatile compounds, phenolic profile and antioxidant capacity of guava powders. Food Chemistry, Oxford, v.197, p.881-890, 2016. OLIVEIRA, L.M.; PORTE, A.; GODOY, R.L.O.; SOUZA, M.C.; PACHECO, S.; SANTIAGO, M.C.P.A.; GOUVEA, A.C.M.S.; NASCIMENTO, L.S.M.; BORGUINI, R.G. Chemical characterization of Myrciaria floribunda (H. West ex Willd) fruit. Food Chemistry, Oxford, v.248, p.247-252, 2018.

PEREIRA, E.S.; VINHOLES, J.; FRANZON, R.C.; DALMAZO, G.; VIZZOTTO, M.; NORA, L.

Psidium cattleianum fruits: A review on its composition and bioactivity. Food Chemistry, Oxford,

v.258, p.95-103, 2018.

RAMOS, A.S. Estudo químico e avaliação dos potenciais antioxidante e nutricional de frutos de araçá-pera (Psidium acutangulum DC). 2013. 84f. Dissertação (Mestrado em Química), Universidade Federal do Amazonas, 2013.

RAMOS, A.S.; SOUZA, R.O.S.; BOLETI, A.P.A.; BRUGINSKI, E.R.D.; LIMA, E.S.; CAMPOS, F.R.; MACHADO, M.B. Chemical characterization and antioxidant capacity of the araçá-pera (Psidium acutangulum): An exotic Amazon fruit. Food Research International, Campinas, v.75, p.315-327, 2015.

(16)

REYNERTSON, K.A.; YANG, H.; JIANG, B.; BASILE, M.J.; KENNELLY, E.J. Quantitative analysis of antiradical phenolic constituents from fourteen edible Myrtaceae fruits. Food Chemistry, Oxford, v.109, n.4, p.883-890, 2008.

RIBEIRO, P.F.A.; STRINGHETA, P.C.; OLIVEIRA, E.B.; MENDONÇA, A.C.; SANTANA, H.M.P. Teor de vitamina C, β-caroteno e minerais em camu-camu cultivado em diferentes ambientes. Ciência Rural, Santa Maria, v.46, n.3, p.567-572, 2015.

RODRIGUES, A.C.; ZOLA, F.G.; OLIVEIRA, B.D.; SACRAMENTO, N.T.B.; SILVA, E.R.; BERTOLDI, M.C.; TAYLOR, J.G.; PINTO, U.M. Quorum Quenching and Microbial Control through Phenolic Extract of Eugenia Uniflora Fruits. Journal of Food Science, Raleigh, v.81, n.10, p.2538-2544, 2016.

ROGEZ, H.; BUXANT, R.; MIGNOLET, E.; SOUZA, J.N.S.; SILVA, E.M; LARONDELLE, Y. Chemical composition of the pulp of three typical Amazonian fruits: araçá-boi (Eugenia stipitata), bacuri (Platonia insignis) and cupuaçu (Theobroma grandiflorum). European Food Research and Technology, Dresden, v.218, n.4, p.380-384, 2004.

ROJAS-GARBANZO, C.; WINTER, J.; MONTERO, M.L.; ZIMMERMANN, B.F.; SCHIEBER, A. Characterization of phytochemicals in Costa Rican guava (Psidium friedrichsthalianum -Nied.) fruit and stability of main compounds during juice processing - (U)HPLC-DAD-ESI-TQD-MSn. Journal of Food Composition and Analysis, Maryland, v.75, p.26-42, 2019.

SABER, F.R.; ABDELBARY, G.A.; SALAMA, M.M.; SALEH, D.O.; FATHY, M.M.; SOLIMAN, F.M. UPLC/QTOF/MS profiling of two Psidium species and the in vivo hepatoprotective activity of their nano-formulated liposomes. Food Research International, Campinas, v.105, p.1029-1038, 2018.

SANTOS, W.N.L.; SAUTHIER, M.C.S.; SANTOS, A.M.P.; SANTANA, D.A.; AZEVEDO, R.S.A.; CALDAS, J.C. Simultaneous determination of 13 phenolic bioactive compounds in guava (Psidium

guajava L.) by HPLC-PAD with evaluation using PCA and Neural Network Analysis (NNA).

Microchemical Journal, Louisiana, v.133, p.583-592, 2017.

SCHMIDT, H.O.; ROCKETT, F.C.; PAGNO, C.H.; POSSA, J.; ASSIS, R.Q.; OLIVEIRA, V.R.; SILVA, V.L.; FLORES, S.H.; RIOS, A.O. Vitamines, bioactive compounds diversity of seven fruit species from South Brazil. Journal of the Science of Food and Agriculture, Davis, v.99, n.2, p.1-25, 2018.

(17)

SERAGLIO, S.K.T.; MCHULZ, M.; NEHRING, P.; BETTA, F.D.; VALESE, A.C.; DAGUER, H.; GONZAGA, L.V.; FETT, R.; COSTA, A.C.O. Nutritional and bioactive potential of Myrtaceae fruits during ripening. Food Chemistry, Oxford, v.239, p.649-656, 2018.

SOUZA, R.S.; SILVA, S.S.; LOSS, R.A.; SOUZA, R.S.; GUEDES, S.F. Avaliação físico-química do fruto araçá-boi (Eugenia stipitata MacVaugh) cultivado na mesorregião do Sudoeste Mato-Grossense. Revista Destaques Acadêmicos, Lajeado, v.10, n.3, p.157-169, 2018.

SOUZA-ADAIME, M.S.M.; JESUS-BARROS, C.R.; SOUSA, M.S.M.; DEUS, E.G.; STRIKIS, P.C.; ADAIME, R. Eugenia stipitata McVaugh (Myrtaceae): food resource for frugivorous flies in the state of Amapá, Brazil. Biotemas, Florianópolis, v.30, n.4, p.129-133, 2017.

TACO - Tabela brasileira de composição de alimentos. 4. ed. rev. e ampl. Campinas: NEPA-UNICAMP, 2011. 161p.

TBCA - Tabela brasileira de composição de alimentos. Versão 6.0. São Paulo: FoRC/USP, 2017. Disponível em: <http://www.fcf.usp.br/tbca/>. Aceso em: 12 dez. 2018.

TEIXEIRA, L.L.; BERTOLDI, F.C.; LAJOLO, F.M.; HASSIMOTTO, N.M.A. Identification of Ellagitannins and Flavonoids from Eugenia brasilienses Lam. (Grumixama) by HPLC-ESI-MS/MS. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Columbus, v.63, n.22, p.5417-5427, 2015.

VIRGOLIN, L.B.; SEIXAS, F.R.F.; JANZANTTI, N.S. Composition, content of bioactive compounds, and antioxidant activity of fruit pulps from the Brazilian Amazon biome. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.52, n.10, p.933-941, 2017.

Imagem

Tabela 1. Quantidade de publicações encontradas e compiladas dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas do Brasil
Tabela 3. Composição centesimal em 100 g de polpa in natura em base úmida dos frutos de seis espécies de Myrtaceae  nativas  do  Brasil:  Eugenia  luschnathiana  (O
Tabela 4. Macrominerais em 100 g de polpa in natura em base úmida dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas  do Brasil: Eugenia luschnathiana (O
Tabela 5. Microminerais em 100 g de polpa in natura em base úmida dos frutos de seis espécies de Myrtaceae nativas  do Brasil: Eugenia luschnathiana (O
+3

Referências

Documentos relacionados

Dessa forma, existe uma grande variedade de métodos à disposição para uso nessa área funcional da gestão da biodiversidade pelas empresas, que vão desde a concepção do local

A principal contribuição desta Tese é a proposição, implementação e avaliação de meca- nismos auto-gerenciáveis (ou autonômicos) de tolerância a falhas, baseados em teoria de

113 Figura 37 – Modelo de dados criado dinamicamente pela ferramenta CERM ao cadastrar uma entidade (elaborado pelo autor).... 114 Figura 38 – Diagrama de Classe da ferramenta

Também foi possível verificar que a utilização do RHVT, dentro do contexto testado, se torna aparentemente superior ao novo conceito mundial de usinagem a seco, pois demonstra

A vida humana, qualquer que seja sua origem, apresenta-se-nos, antes de mais, como um fluxo de projeção colectivo, contínuo, transmissível, comum a toda a

I said to him: “My dear Fortunato, you are luckily met!. How remarkably well you are

violaceum (encoding for 13 tsr, 15 tar, 9 trg, and 4 tap), added to the multiple copies of the chemotaxis genes (four CheA, three CheB, two CheD, three CheR, three CheV, five CheY,

Escravos de ganho: [...] eram aqueles que viviam nas cidades e realizavam trabalhos temporários em troca de pagamento, que era revertido, parcial ou totalmente, para os