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Academic year: 2021

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TÍTULO: ESTUDO ERGONÔMICO DA POSTURA SENTADA EM COLABORADORAS DE UMA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: FISIOTERAPIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE JAGUARIÚNA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): LUCIANE MIJAM BARÊA, TATIANI DE OLIVEIRA ALVES, THAÍS TADDEO AQUINO AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ERICA PASSOS BACIUK ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi comparar a percepção de colaboradoras de uma confecção, sobre sua postura no ambiente de trabalho e o grau de conforto, antes e após a implantação de cadeiras ergonômicas. Trata-se de um estudo de caso com seis colaboradoras de uma pequena empresa de roupa íntima, com idade entre 20 e 50 anos que trabalham no processo produtivo de costura, na postura sentada. Foi possível verificar a redução da dor e do cansaço, na percepção de colaboradoras de uma confecção, após a implantação de cadeiras ergonômicas. Assim como o grau de conforto nas suas atividades de vida diária e sua postura no ambiente de trabalho.

Palavras-chave: ergonomia; pequena empresa; postura sentada; fisioterapia; saúde do trabalhador.

2. INTRODUÇÃO

Com a globalização e o desenvolvimento desenfreado do mundo capitalista tem-se notado uma elevada dependência do ser humano por serviços e bens de consumo. Provavelmente para justificar o notável crescimento industrial dos últimos anos, e como conseqüência, o aumento dos processos fabris.

A alta demanda de empregabilidade, associada às exigências cada vez maiores para a produtividade, faz com que muitos postos de trabalho sejam criados, sem o devido cuidado, por parte das empresas, para a segurança e saúde do trabalhador, principalmente em se tratando das micro e pequenas empresas (LAMPERT, 2005).

Neste contexto, observa-se um crescimento no número de Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho – DORT, que podem ser ocasionadas por esforços repetitivos, posturas, transporte ou manuseio manual de materiais efetuados de forma inadequados, que chegam aos serviços públicos de saúde de forma subnotificada, como exemplo dores lombares,

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tenossinovites, entre outras (GUELFI, 2001), podendo tornar-se um problema de saúde pública que merece atenção e fiscalização adequadas.

Dentre as estratégias utilizadas para prevenção destas disfunções destaca-se a intervenção ergonômica. Esta intervenção é desenvolvida por uma equipe multiprofissional composta por médico, engenheiro, enfermeiro, fisioterapeuta, técnico de segurança do trabalho, entre outros, variando de acordo com o interesse e a demanda da empresa (BOOKMAN, 2005).

A Ergonomia é conceituada como um conjunto de ciências e tecnologias que visam melhorar a adaptação do homem em seu ambiente de trabalho, basicamente procurando adaptar as condições de trabalho às características do ser humano, ajudando na administração da produção e diminuindo a incidência de problemas relacionados à saúde ocupacional (WISNER, 2007). Sua classificação depende das fases em que ela é utilizada. A ergonomia de concepção é compreendida pela aplicação de normas e especificações ergonômicas em projetos de ferramentas e postos de trabalho, antes de sua implantação. A ergonomia de correção abrange um estudo ergonômico após a implantação do posto de trabalho, efetuando modificações de situações de trabalho já existentes. Há também a ergonomia de arranjo físico, que é a melhoria de seqüências e fluxos de produção, através da mudança de layout das plantas industriais (IIDA, 2005).

As indústrias de confecção geram alta demanda de postos de trabalho, sendo compostos de mão de obra especializada, nas quais as funções exercidas são minuciosas e os trabalhos repetitivos. Grande parte dos colaboradores permanece em postura sentada, muitas vezes de forma inadequada.

A postura sentada, neste segmento, apresenta-se como uma das principais características para o surgimento de disfunções músculo - esqueléticas, elevando o índice de absenteísmo, insatisfações com o trabalho e afastamentos nas empresas (BARBOSA, 2002).

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Comparar a percepção de colaboradoras de uma confecção, sobre sua postura no ambiente de trabalho e o grau de conforto, antes e após a implantação de cadeiras ergonômicas.

4. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de caso com colaboradoras de uma pequena empresa de confecção.

Foram estudadas colaboradoras de uma empresa de confecção de roupa íntima, em um município no interior do Estado de São Paulo.

As colaboradoras, mulheres com idade entre 20 e 50 anos que trabalham no processo produtivo de costura, na postura sentada, foram convidadas para participar voluntariamente na própria empresa e no respectivo posto de trabalho.

Nesta pesquisa não houve critérios de exclusão.

5. DESENVOLVIMENTO

As participantes que concordaram em participar da pesquisa de forma voluntária, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, responderam a um questionário, previamente elaborado, sobre aspectos relacionados ao trabalho e possíveis desconfortos e ao questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares.

Foi realizada a troca das cadeiras previamente utilizadas no referido posto de trabalho por cadeiras ergonômicas.

As cadeiras ergonômicas adquiridas pela empresa são da marca NEWFLEX, modelo CL 020 – Cadeira Ergonômica para Costureira, classificação: Cadeira Giratória Operacional – Tipo B.

Não houve qualquer outra intervenção por partes dos pesquisadores no referido posto de trabalho.

Após quatro semanas, as participantes responderam aos questionários finais, previamente elaborados.

Os dados coletados foram registrados em planilha utilizando o software Excel, sendo realizada análise estatística descritiva.

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6. RESULTADOS

Os resultados sobre a frequência de dor e cansaço ao longo do dia de trabalho são apresentados nas figuras 1 e 2 respectivamente. Observa-se diminuição da frequência de queixas após a mudança das cadeiras.

Figura 1: Frequência de dor ao longo do dia de trabalho, antes e após a troca das cadeiras.

Figura 2: Frequência de cansaço ao longo do dia de trabalho 0 1 2 3 4 5 6

Nunca Algumas Vezes Frequentemente Muito Frequentemente Sempre Inicial Final 0 1 2 3 4 5 6

Nunca Algumas Vezes Frequentemente Muito Frequentemente

Sempre Inicial Final

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Quando questionadas sobre em que medida a dor e o cansaço impedem a realização das atividades de vida diária são apresentados nas figuras 3 e 4 respectivamente. Observa-se diminuição da frequência de queixas após a mudança das cadeiras.

Figura 3: Medida em que a dor impede a realização das atividades diárias

Figura 4: Medida em que o cansaço impede a realização das atividades diárias

Quando questionadas sobre a influência da dor e do cansaço sobre sua qualidade de vida, no primeiro aspecto não houve diferença, já a resposta sobre o cansaço é apresentada na figura 5. Observa-se diminuição da frequência da queixa após a mudança das cadeiras.

0 1 2 3 4 5 6

Nada Muito pouco Mais ou Menos Bastante Extremamente Inicial Final 0 1 2 3 4 5 6

Nada Muito pouco Mais ou Menos Bastante Extremamente Inicial Final

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Figura 5: Medida em que o cansaço influencia sua Qualidade de vida

Quando questionadas sobre como elas avaliam sua cadeira de trabalho, todas responderam ser desconfortáveis antes e excelente após a troca das mesmas. A avaliação que as colaboradoras têm de sua postura no trabalho é apresentada na figura 6. Observa-se que as mesmas avaliaram melhora da postura no trabalho após a mudança das cadeiras.

Figura 6: Auto avaliação da postura no trabalho 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

Nada Muito pouco Mais ou Menos Bastante Extremamente Inicial Final 0 1 2 3 4 5 6

Excelente Boa Regular Desconfortável Muito desconfortável Inicial Final

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o presente estudo foi possível verificar a redução da dor e do cansaço, na percepção de colaboradoras de uma confecção, após a implantação de cadeiras ergonômicas. Assim como o grau de conforto nas suas atividades de vida diária e sua postura no ambiente de trabalho.

8. FONTES CONSULTADAS

AMBROSI, D. Compreendendo o Trabalho da Costureira: Um Enfoque para a Postura Sentada. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 29, n. 109, p. 11-19, 2004.

BARBOSA, M, SANTOS, R; TREZZA, M; A vida do trabalhador antes e após a sessão por esforço repetitivo (LER) e doença osteomuscular relacionada ao trabalho (DORT). Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v.60, n. 491, p. 6, 2007.

KROEMER, K. H. E; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. 327, p 36.

DE PAULA, A. J. F., Avaliação de Risco Ergonômico em Indústria de Confecção através do Método de Análise Postural Ovaco Working Posture Analysing System – OWAS, CONGRESSO INTERNACIONAL DE PESQUISA DE DESING, Bauru, v. 5, 2005.

GUELFI, M. H. Relação entre as lesões por esforços repetitivos – L.E.R. e a organização do trabalho. 2001. Trabalho de Conclusão de Curso

(Especialização em Saúde Pública) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2001.

LAMPERT, I. A influência de um programa de cinesioterapia laboral para qualidade de vida dos funcionários do hospital São Vicente de Paulo. Fisiobrasil. Ano 10, n. 77, 2006.

MENDES, R. Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995.

IIDA, I. Ergonomia: Projeto e Produção. 2ª Ed, p. 14 e 15. São Paulo, Editora Edgard Blucher, 2005.

NR 17. NORMA REGULAMENTADORA 17. Ministério do Trabalho. Disponível em:

http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEFBAD7064803/nr_ 17.pdf Acesso em: 08/04/2014

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PINHEIRO, A. P. Validação de Questionário Nórdico e Sintomas

Osteomusculares como Medida de morbidade. Revista Saúde Pública. 2002. Rev. Saúde Pública, 36(3): 307-12 2002.

TALBERT, F. Análise de Riscos Biomecânicos Presentes na Atividade Laboral de Costureiras Industriais. Minas Gerais; Caratinga, 2006.

Referências

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