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A Ética contábil na cooperativa de crédito

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DIRLEI STRAPASON

ÉTICA CONTÁBIL NA COOPERATIVA DE CRÉDITO

FLORIANÓPOLIS

2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ÉTICA CONTÁBIL NA COOPERATIVA DE CRÉDITO

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Dr. Sérgio Murilo Petri

FLORIANÓPOLIS

2015

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Dirlei Strapason

ÉTICA CONTÁBIL NA COOPERATIVA DE CRÉDITO

Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis, e aprovada em sua forma final pelo Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina.

___________________________ Professor Dr. Sérgio Murilo Petri

Orientador

Professores que compuseram a banca:

______________________________ Prof.(a) Dr.(a)... ______________________________ Prof.(a) Dr.(a)... FLORIANÓPOLIS 2015

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por estar sempre comigo me abençoando e atendendo aos meus pedidos, sempre me guiando e mostrando o caminho certo a seguir, para que eu não fraquejasse.

Aos meus pais Neivo Luiz Strapason e Margarete Meneghetti Strapason, pelo carinho, amor e compreensão que tiveram em todos esses anos.

A minha família, por compreenderem minha ausência, pelo apoio e incentivo que me deram a todo o momento.

Ao meu namorado Rodrigo Vian, pela paciência de ficar ao meu lado durante este tempo, pela força, apoio e incentivo que me deu desde o inicio, colaborando de todas as maneiras para que eu vencesse mais esta etapa.

As minhas amigas Denise, Mara e Jaiani, por todas as noites que estudamos juntas, agradeço por não me deixarem desistir, por terem me ensinado a ser mais confiante.

Agradeço a todos os professores em especial ao meu orientador Sergio Murilo Petri pela dedicação e atenção que dispuseram em todos esses anos, e a todos que de alguma forma me ajudaram e contribuíram para a conclusão dessa etapa.

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RESUMO

DIRLEI, Strapason. A Ética contábil na cooperativa de crédito. 60p. Monografia (Ciências Contábeis) – Departamento de Ciências Contábeis, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.

A ética para o exercício profissional Contábil aplicada às cooperativas de crédito é de suma importância, pois nos dias atuais no mundo dos negócios os profissionais contábeis se encontram constantemente em problemas éticos, principalmente nos meios empresariais e políticos. Para que estes problemas sejam resolvidos envolve pensamentos, decisões e ações tudo baseado nos princípios éticos, o profissional deve ter ética para não ser subordinado pelas organizações. Uma vez que a Ética no conceito filosófico a partir de Aristóteles passou a significar, a ciência da moral, o profissional deve ter ética no exercício da profissão e ética individual, pois é esta que direciona o comportamento do ser humano. O julgamento ético também vem das tradições e costumes, e observa-se também que a ética é muito mais que uma simples junção de direitos, limitações, punições e deveres. A atividade contabilista é uma prestação de serviços, é uma avaliação das informações de natureza econômica e financeira sobre o patrimônio da cooperativa. O profissional deve ter ética para desenvolver esta profissão com responsabilidade. A pesquisa alerta os profissionais contábeis sobre a importância de ser Ético, e utilizou-se como exemplo a Cooperativa de Crédito Celeiro Centro Oeste - Sicredi. A metodologia da pesquisa foi através de pesquisa bibliográfica, que se pesquisaram vantagens e desvantagens em ser um profissional ético. Para esta pesquisa o método utilizado foi o estudo de caso, com coleta de dados através da observação e pesquisa documental, que foram anotadas e depois descritas dentro desta pesquisa, o que foi considerado relevante para o alcance do objetivo deste trabalho. O principal resultado da pesquisa é compreender o que é ser um profissional ético e porque ser ético nessa profissão que é atentada para desvios todos os dias. A pesquisa mostra que não adianta fazer serviço errado achando que não será descoberto que quando se falta com ética na profissão Contábil o erro sempre aparecerá. Concluindo-se, que a Cooperativa de Crédito Celeiro Centro Oeste – Sicredi, por ao longo dos anos, sempre priorizou em suas relações a confiabilidade e o respeito, baseados na conduta ética, assim vem crescendo de tal maneira, que hoje é um dos destaques no mercado de Cooperativismo, e se mostra como exemplo a ser seguido por outras cooperativas.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Diferença entre Cooperativa de Credito e Bancos...31 Quadro 2- Pesquisas correlacionadas...36

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ISO - International Standard Organization

CFC – Conselho Federal de Contabilidade

IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

CAPES – Coordenação De Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior CEPC – Código de Ética Profissional do Contabilista

CRC - Conselho Regional de Contabilidade CVM - Comissão de Valores Mobiliários CUNA - Credit Union Nacional Association BACEN - Banco Central

NBC - Normas Brasileira de Contabilidade

ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...08 1.1. Tema e problema...10 1.2. Objetivos...11 1.2.1. Objetivos específicos...11 1.3. Justificativa...12 1.4. Metodologia da pesquisa...14 1.4.1. Enquadramento da pesquisa...14 1.4.2. Instrumentos utilizados...14 1.4.3. Procedimentos...15 1.5. Delimitação da pesquisa...15 1.6. Organização da pesquisa...16 2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA...17

2.1. Origem e evolução da contabilidade...17

2.2. Objeto, conceito e função da contabilidade...18

2.3. História da contabilidade no Brasil...20

2.4. Estrutura administrativa da categoria profissional...21

2.5. A ética contábil...21

2.5.1. Aspectos gerais da ética...22

2.5.2. Código de ética do contador...23

2.5.3. Ética aplicada à contabilidade...25

2.5.3.1. Penalidades impostas às infrações cometidas...27

2.6. Da ética contábil em cooperativas de crédito...28

2.6.1. Das cooperativas...28

2.6.2. Das cooperativas de crédito...29

2.6.3. Vantagens de ser um associado...30

2.6.4. Da ética contábil em cooperativas de crédito...32

2.7. Pesquisas similares...35

3. ANALISES E RESULTADOS...38

3.1. Apresentação dos dados...38

3.2. Análises e discussão dos dados...42

3.3. Análises dos resultados...44

4. CONCLUSÃO...46

REFERÊNCIAS...48

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1 INTRODUÇÃO

Para garantir o bem estar de seu grupo social o ser humano criou normas e regras, que são aceitos pelo homem do qual distingui seus valores e crenças sempre visando o bem comum. Após a aceitação coletiva dessas normas e regras elas passam a ser conhecidas como Moral.

Segundo Stukart (2003 p. 14), a ética vem do grego ETHOS, que significa estudo de caráter, para ele, “a ética não analisa o que o homem faz, como a psicologia e a sociologia, mas o que ele deveria fazer. É um juízo de valores, como virtude, justiça felicidade, e não um julgamento da realidade”.

Já a moral é normativa e, de acordo com Stukart (2003), “teve origem na Idade Média, originou-se do latim MORES e significa o conjunto de costumes normas e regras de uma sociedade”.

A Moral é considerada necessária para o bem da sociedade, é ela que define os direitos e deveres do homem para com o outro.

A ética abrange a moral, tudo que é certo ou errado, bem ou mal, ter dignidade e ser feliz, tudo isso é determinado pela cultura e valores dos membros que compõe uma sociedade. Nas relações em sociedade, moral e ética significam ordem. As atividades profissionais são uma forma de relação social e também possuem normas e regras que mostram os deveres e direitos do homem perante seu grupo profissional.

A contabilidade tem seu código de ética por meio da responsabilidade que assume com a sociedade. Algumas das atividades que demonstram tais responsabilidades são controles das variações de patrimônio, ou seja, apresentação correta do patrimônio de uma empresa, a elaboração de informações físicas, financeiras e econômicas referente a este patrimônio, que auxilia na gestão empresarial e para as informações ao fisco.

A profissão contábil tem as atividades normatizadas à disposição do usuário particular e coletivo e com isso, além de estar ligada em normas e princípios legais, também deve ver os valores profissionais éticos que acompanham o crescimento da vida social, para ser relevante na área do conhecimento.

Conforme, Cañas-Quirós, (1998);

Quando se limita o conceito de ética corporativa a um norteador do comportamento humano no trabalho, ela pode ser compreendida como um

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conjunto de valores e normas que possibilitam saber distinguir não só o bem e o mal, o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o lícito e o ilícito, o conveniente e o inconveniente, mas também o honesto e o desonesto no cotidiano da organização. Desse modo, a ética fornece os princípios que determinam quais comportamentos serão considerados aceitáveis ou inadmissíveis no ambiente de trabalho, mas a concepção atual de ética corporativa extrapola essa visão disciplinar/comportamental.

No mundo globalizado, com o avanço da tecnologia, a rapidez e a força com que as informações são dissipadas pela internet, pelas mídias e pelas redes sociais, todo cuidado é pouco para que qualquer situação, ou atitude impensada de um funcionário ou colaborador, pode ser mal interpretada pela sociedade, e as consequências disto podem ser enormes e ocasionar prejuízos para as empresas, tanto financeiros quanto de imagem.

Lembrando que, nas cooperativas, a concorrência é sempre mais acirrada, e a observação que as pessoas têm sobre elas é mais intensificada, pois as atividades envolvem diretamente o dinheiro, sonhos e investimentos das pessoas, portanto, o cuidado com os princípios éticos deve ser redobrado, afinal a conduta ética de uma empresa é o reflexo da conduta de seus profissionais.

A profissão cabe promover, segundo Grumer (1994, p. 44), o “[...] reconhecimento de que há responsabilidade perante a sociedade como um todo [...]”, afirmando como a ética é importante na pratica profissional.

Sá, (2001, p. 129) afirma que é:

Pela profissão que o individuo se destaca e se realiza plenamente, provando sua capacidade, habilidade, sabedoria e inteligência, comprovando sua personalidade para vencer obstáculos, através do exercício profissional, consegue o homem elevar seu nível moral. É na profissão que o homem pode ser útil a sua comunidade e nela se destacar, na pratica desta solidariedade orgânica.

Nos últimos 04 anos foram relatados muitos casos de violação ao código de ética dentro das empresas, isso prejudica a credibilidade da instituição financeira, e faz a sociedade perder a confiança e respeito pela mesma. Podemos citar aqui, a última crise ocorrida em meados de 2007 nos Estados Unidos que se deu inicialmente no mercado imobiliário, e logo após se estendeu a outros produtos financeiros, atingindo até outras regiões e países, e também aos escândalos nacionais envolvendo a política brasileira e a que, até então, era considerada a nossa maior empresa, a Petrobras. Esses casos, sempre sendo precedidos por informações contábeis inverídicas, que acabou dando uma falsa realidade, em base de dados distorcidos.

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O procedimento e prática da ética, assim como o comportamento, mudanças e relacionamentos do homem com o mundo, seus costumes e valores, devem ser estudados para garantir a qualificação profissional que a sociedade espera.

Neste trabalho será dada ênfase, a ética contábil nas cooperativas de credito, tendo como base a, Cooperativa de Livre Admissão de Associados Celeiro Centro Oeste – Sicredi Celeiro Centro Oeste, sua conceptualização perante a sociedade está sempre em expansão.

1.1 TEMA E PROBLEMA

Com as mudanças constantes nos mercados, sendo eles financeiros ou não, as cooperativas e profissionais se sentem na obrigação de mudar suas estratégias de negócios e investir para se manterem competitivos no mercado, e a exigência de conduta e princípios éticos tornou-se um fator importantíssimo para que as empresas e cooperativas consigam se destacar e assim sobreviver.

Deparamo-nos com a ética em todos os setores, sejam no esporte, nas empresas, nos negócios. Mas são constantes as queixas referente a falta de ética no nosso dia-a-dia.

Conforme expõe Lisboa (2007), “o profissional da contabilidade enfrenta inúmeros dilemas éticos no cotidiano do exercício da profissão”. Os quais são advindos de crises de valores, conflitos de interesses e desvio de conduta do profissional.

Para se destacar no meio de tanta injustiça o profissional deve utilizar da melhor forma, o seu conhecimento e caráter.

No decorrer deste trabalho, será destacada a importância e a necessidade do que, o mercado exige para que as cooperativas e contadores se atentem aos seus códigos de Ética. Iremos basear este trabalho a Cooperativa de Crédito Celeiro Centro Oeste- Sicredi, pois o cooperativismo é um movimento mundial, baseado em um ideal, concretizado em princípios, que esta em fase de grande expansão, e que a cada dia gera mais interesse por parte da população.

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O cooperativismo de crédito é uma alternativa de solução econômica financeira para a sociedade, e entre as inúmeras vantagens, pode-se citar que o principal benefício é o fato de ser uma sociedade coletiva, em que o participante é o dono do negócio e recebe tratamento adequado por isso.

Outra vantagem é que o exercício da cooperativa tem a função de reduzir custos e movimentar a circulação de recursos dentro da região, vale lembrar que, existe a regulação pelo Banco Central desde a constituição até o funcionamento, assim os gestores de uma cooperativa de crédito estão sujeitos às mesmas regras dos gestores do sistema financeiro, regras rígidas por se tratar da administração de recursos de terceiros.

Como a cooperativa de crédito também é gerida por seres humanos, e estes estão sujeitos a falhas de caráter, e em todos os instantes vemos ou ouvimos casos de profissionais que agiram com antiética, prejudicando muitas vezes não só a instituição a qual trabalha, mas como milhares e milhares de usuários que acreditavam na seriedade da instituição, no meio de tanta corrupção, desonestidade e inversão de valores, destaca-se neste trabalho a problemática: Qual a importância da conduta ética do contador na Cooperativa de Crédito?

1.2 OBJETIVO

Evidenciar a ética nas relações do profissional contábil com a Cooperativa de Crédito, baseada no Celeiro Centro Oeste – Sicredi.

1.2.1 Objetivos específicos

Especificamente, veremos neste trabalho:

 Elaborar um checklist por meio de Código de ética da profissão contábil  Propor um controle interno com o propósito de inibir a falta de ética do profissional contábil.

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 Evidenciar a importância das relações éticas entre colaboradores e contadores com a cooperativa.

1.3 JUSTIFICATIVA

O cooperativismo não visa lucros, os direitos e deveres de todos são iguais e o resultado alcançado é repartido entre os cooperados, de acordo com a respectiva participação nas operações e atividades. Existem cooperativas dos mais diversos ramos: consumo, crédito, agropecuária, saúde, trabalho, educação e outros.

Conforme cita Pinheiro (2008, p. 09), “a Sociedade Cooperativa é a união de pessoas com interesses comuns, que buscam satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais por meio de uma cooperativa organizada economicamente e de forma democrática”.

No século XXI, os padrões convencionais e éticos fogem totalmente do tradicional, e existe constantemente a inversão de valores, e assim, acaba prevalecendo à manipulação das pessoas, que bens matérias devem ser alcançados a qualquer custo, a pratica e cultivo das relações éticas são excluídos. O sucesso material passou a ser influencia para o sucesso social, a sociedade prestigia quem consegue esses bens.

Os desvios éticos podem representar grande fonte de prejuízos às empresas e instituições financeiras. Nesse sentido, conforme conceitua Cohen (2003), “que se a ética pode contribuir para maximizar os resultados da empresa, a falta dela pode comprometer consideravelmente o seu desempenho”.

Conforme Pedroso (2007), “especificamente na área financeira, ser percebido pelos clientes como uma empresa ética é fundamental para consolidar uma relação de confiança nos negócios, pois a natureza dessa atividade potencializa as consequências negativas dos comportamentos antiéticos”.

Nesse ramo, a falta de ética representa virtual fonte de risco, que pode comprometer a sobrevivência da instituição, do mercado e até mesmo da sociedade. O setor bancário é um dos que mais sofre e responde aos efeitos da globalização.

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O cenário de atuação dessas organizações é de competitividade acirrada, disputa feroz pelos mercados, demanda crescente por escala operacional. A pressão constante para cumprimento de metas e obtenção de resultados é algo habitual no ambiente de trabalho dessas organizações. Além desses fatores, nos últimos anos, multiplicaram-se os escândalos envolvendo a falta de ética na gestão de instituições financeiras, os quais prejudicaram milhões de investidores pelo mundo e a própria economia mundial.

Portanto, este trabalho tem o intuito principal, de evidenciar e conscientizar os profissionais contábeis da importância de se utilizar a ética na sua profissão, e perante a sociedade. O profissional contábil esta sempre no meio de pessoas com interesses conflitantes, com isso é necessário que ele saiba o impacto de suas decisões sobre a sociedade em geral.

Segundo Kant (2000, p. 168 a 172), “não existe bondade natural. Somos egoístas, ambiciosos, destrutivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais matamos, mentimos, roubamos, sendo necessário o dever, da obrigação, para nos tornarmos seres morais”.

De acordo com Fortes (2002, p. 108):

Os contabilistas, como classe profissional, caracterizam pela natureza e homogeneidade do trabalho executado, habilidades técnicas e habilitação legal exigido para seu exercício da atividade contábil. Portanto, os profissionais da contabilidade representam um grupo especifico com especialização no conhecimento da sua área, sendo uma força viva na sociedade, vinculada a uma grande responsabilidade econômica e social, sobre tudo na mensuração controle e gestão do patrimônio das pessoas e entidades.

Como o crescimento da busca pelas cooperativas de crédito tem se intensificado nacionalmente, em função de suas vantagens e facilidades, na cidade de São Gabriel do Oeste - MS e região, essa crescente demanda pode ser observada a passos largos, pelo aumento considerável de associados, na Cooperativa de Crédito Celeiro Centro Oeste - Sicredi, pois ela tem de certa maneira, instigado o interesse da população por seus diversos tipos de negócios mais atrativos, em comparação ao mercado financeiro tradicional.

Levando-se em conta o crescimento da área de abrangência, e de atuação da cooperativa, este trabalho tem o interesse de tornar publico, o conceito de ética, e a importância da ética contábil nas cooperativas de crédito, como também a necessidade de se ter profissionais contábeis éticos atuando dentro da cooperativa.

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1.4 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capitulo veremos, os procedimentos que foram adotados para o levantamento das informações e respostas aos objetivos propostos.

1.4.1 Enquadramento da pesquisa

Para realização desta pesquisa, utilizou-se de pressupostos principais da pesquisa qualitativa, pois na busca por informações, observou-se o funcionamento da empresa analisada, com o intuito de levantar, interpretar e demonstrar dados e fatos, sem instituir qualquer conceito que seja. É também descritiva, pois descrevem normas e conceitos, sem altera-los.

Considera-se também uma pesquisa exploratória, que segundo Gil (1991, p. 17), “visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses, envolvendo assim levantamento bibliográfico”.

1.4.2 Instrumentos Utilizados

Os instrumentos utilizados foram pesquisa bibliográfica feitas em classificação regional, através de livros, periódicos, material disponibilizado na internet, Regulamento de Gestão do Código de Conduta Sicredi, disponibilizados aos colaboradores internos. Lembrando que existem regras contra vazamento de informações e para preservar a imagem da cooperativa e dos envolvidos, não teve aplicação de questionários e realização de entrevista, referente à falta de ética na cooperativa.

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1.4.3 Procedimentos

Para esta pesquisa o método utilizado foi o estudo de caso, com coleta de dados através da observação e pesquisa documental em livros e no código de conduta Sicredi, em sites da internet que se assimilam com o trabalho citado, como também no site do próprio Sicredi, que foi a maior base de dados. Através da pesquisa documental foram anotados os dados, tabulados especificamente em relevância para o trabalho, e depois descritos dentro desta pesquisa, o que foi considerado importante para o alcance do objetivo deste trabalho.

A pesquisa é bibliográfica, que segundo Vergara (2004, p. 48), “é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicados em livros, jornais, redes eletrônicas, material acessível ao publico em geral”.

Segundo o mesmo autor, quanto aos fins, “não tem hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e buscar mais informação sobre determinado assunto de estudo” (VERGARA 2004, p. 45).

Contudo, pode-se analisar o tema com novo foco e chegarmos a conclusões especifica.

1.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Atualmente por causa da rápida globalização fica cada vez mais necessário um profissional da área contábil, que influencie nas organizações de forma correta e equilibrada, se dedicando ao seu trabalho com honra e ética para não cometer erros que possam denegrir a imagem do contador que é a peça chave para a sobrevivência das empresas.

A fim de explorar melhor o tema em estudo, é necessário delimitá-lo, portanto, o trabalho em estudo irá descrever a ética na profissão Contábil, seu conceito, surgimento e benefícios perante uma Cooperativa de Crédito. A limitação principal desta pesquisa se refere principalmente, ao fato de não termos acesso a documentos que comprovassem situações de falta de ética, tanto por parte da cooperativa como dos associados.

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Essas informações não são publicadas pelo Sicredi devido à política de segurança da informação, para que não sejam usadas para denegrir a imagem dos envolvidos. Portanto não foi possível realizar uma investigação aprofundada do tema Ética Contábil na Cooperativa de Crédito com casos concretos, tornando esta pesquisa meramente bibliográfica, limitando ao tema de forma genérica.

Considerando-se a relevância e a complexidade do setor financeiro, a realização de pesquisas científicas sobre ética em cooperativas não é fato comum.

1.6 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA

A presente pesquisa foi dividida em 4 (quatro) capítulos:

No capitulo 1 (um) temos a introdução, onde mostra o assunto a ser abordado, o tema e problema, mostrando a pergunta de pesquisa, os objetivos gerais e específicos, a justificativa pelo qual o trabalho foi realizado, metodologia que foi utilizada para fazer a pesquisa, as limitações da pesquisa e por fim a organização da pesquisa, que mostra como a pesquisa esta organizada dentro do trabalho.

No capítulo 2 (dois), a fundamentação teórica, que apresenta a fundamentação da teoria do assunto abordado.

No capítulo 3 (três), apresenta-se analises e resultados encontrados, como apresentação dos dados, a análise e discussão dos dados e a análise dos resultados.

O capítulo 4 (quatro) se encontra a conclusão, referências e demais anexos.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nos tópicos abaixo são apresentados alguns conceitos básicos sobre o assunto, origem e evolução da contabilidade, a história da contabilidade desde seu surgimento até os dias de hoje, seus fundamentos legais a estrutura administrativa, ética contábil e seus aspectos gerais, a ética e o código de ética aplicada ao contador, as penalidades que os contadores podem sofrer caso não sigam corretamente esses códigos.

2.1 ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE

Com os primórdios da civilização a humanidade passou a se organizar, buscando formas de facilitar sua vida e, principalmente, as relações sociais.

Segundo SÁ, (2008, p. 21). “Para que se compreenda a Contabilidade, pois, como ramo importante do saber humano que é necessário se faz remontar a suas profundas origens.” Assim, a semente da contabilidade está associada às primeiras manifestações humanas de proteção da posse.

Desta maneira, conforme Iudicibus (2007), “com o desenvolvimento econômico da humanidade e a evolução das relações comerciais emergiu os primeiros preceitos daquilo que hoje se denomina contabilidade”.

A evolução das relações econômicas e comerciais levou os homens a pensar sobre as possibilidades de perdas e ganhos nestas transações e a partir daí fomentou a contabilidade, que segundo Zanluca (2009, p. 06):

A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as principais cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade. A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a. C.

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O homem antigo anotava suas informações “contábeis” de forma rudimentar em paredes de grutas, em pedras, pedaços de osso, para depois evoluir para o papel.

De acordo com as necessidades sociais e econômicas terem aumentado, ocorreu à evolução da contabilidade, impulsionada principalmente pelas trocas comerciais que levaram à necessidade das anotações dos direitos e obrigações que permeavam a permuta de mercadorias. Sobre a evolução e origem da contabilidade explica Iudícibus (2007, p. 16) que:

É assim, fácil de entender, passando por cima da Antiguidade, por que a Contabilidade teve seu florescer, como disciplina adulta e completa, nas cidades italianas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa e outras. Estas cidades e outras da Europa fervilhavam de atividade mercantil, econômica e cultural, momento a partir do século XIII até o início do século XVII. Representaram o que de mais avançado poderia existir, na época, em termos de empreendimentos comerciais e industriais incipientes. Foi nesse período, obviamente, que Pacioli escreveu seu famoso Tractatus de coputis et scripturi, provavelmente o primeiro a dar uma exposição completa e com muitos detalhes, ainda hoje atual, da Contabilidade.

Assim, a primeira escola de contabilidade surgiu na Itália, onde a corrente da Escola Italiana de Contabilidade se formou baseado principalmente nos estudos de Frei Luca Pacioli (IUDICIBUS, 2007).

2.2 OBJETO, CONCEITO E FUNÇÃO DA CONTABILIDADE.

A contabilidade constitui em um desenvolvimento de categoria profissional que se concretiza por meio da análise patrimonial da empresa. A contabilidade visa fornecer informação e segurança para as empresas, no decorrer da tomada de decisões com base em seus desempenhos financeiras, ou seja, é a prática profissional que fornece relatórios e demonstrações financeiras, entre outros, para que as empresas possam tomar suas decisões com base na realidade contábil de seus negócios.

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Para Oliveira (2005, p. 1) a contabilidade é “uma ciência social que desenvolveu processos próprios com a finalidade de estudar e controlar os fatos que podem afetar as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de uma entidade”.

A contabilidade caracteriza-se como uma ciência que tem seu objeto próprio concretizado no patrimônio das entidades em que atua o contador, neste sentido, explica Franco (1999, p. 21) que “O patrimônio é o objeto da contabilidade, isto é, sobre ele se exercem as funções contábeis, para alcance de suas finalidades”.

Ou seja, a contabilidade é uma ciência que tem por objetivo principal conhecer a realidade patrimonial da empresa, transformando essa investigação em conhecimento, o qual servirá de base para que os gerenciadores tomem as decisões adequadas a aperfeiçoarem as organizações em que atuam. Na visão de Marion (2008, p. 28) tem-se que:

A contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações uteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o passar do tempo, o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna obrigatória para a maioria das empresas.

Assim sendo Peres Jr.(1999, p. 14) diz que, “o contador faz o controle patrimonial da organização, um sistema de informações, cujo método de trabalhar, consiste, simplificadamente, em coletar, processar e transmitir dados sobre a situação econômica financeira de uma entidade”.

Do conceito de contabilidade pode-se abstrair que ela tem uma função essencial para as empresas, tanto por que dão suporte informacional para a tomada de decisões e também, devido à obrigação legal de apresentar seus livros contábeis nos termos das leis.

A respeito da função da contabilidade explica Iudícibus (2007, p. 53) que:

Todas as informações contábeis são passada de forma organizada, dentro de uma estrutura em um esquema de planejamento contábil, desta forma o objetivo da contabilidade é fornecer uma estrutura econômica, financeira ou física informações para tomada de decisões, visando satisfazer seu usuário e de forma preventiva fazer inferência as tendências futuras.

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As informações contábeis têm a função de suporte para a cooperativa traçar suas metas, missão e visão e, tão logo, alcançar seus objetivos organizacionais. O objetivo a que se presta a contabilidade é de relevante função dentro da cooperativa, assim sobre o objetivo da contabilidade ensina Iudícibus (2007, p. 53):

O objetivo da contabilidade pode ser estabelecido como sendo de fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira, e subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade objeto da contabilidade.

Portanto, observa-se que a contabilidade é a ciência que tem atuação prática fundamental dentro do cotidiano da cooperativa sendo, essencial para o seu desenvolvimento organizacional.

2.3 HISTÓRIA DA CONTABILIDADE NO BRASIL

No Brasil a história da contabilidade remonta aos meados de 1770 quando foi concebida a primeira regulamentação que tratou da profissão contábil no país.

Em 1870, foi realizada a primeira regulamentação da profissão contábil de fato realizada pelo Brasil, que se configurou no Decreto Imperial 4475, por meio do qual, passa-se a reconhecer de forma oficial a Associação dos Guarda-Livros da Corte, sendo está à primeira profissão liberal regulamentada no país.

Afirma Pinto (2015, p. 25) “A primeira universidade a promover este curso foi a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo”.

O profissional da área contábil conta com fundamentação legal para o exercício de sua profissão, como visto, anteriormente, o Decreto-Lei 9.295/1946 criou o Conselho Federal e, em seguida os Regionais de contabilidade.

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2.4 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA CATEGORIA PROFISSIONAL

A profissão contábil tem em sua regulamentação a indicação de uma estrutura que regulamenta e fiscaliza a atuação profissional, e em primeira instância está o Conselho Federal de Contabilidade que é uma autarquia federal que orienta, normatiza e fiscaliza o exercício da profissão contábil, com o respaldo dos Conselhos Regionais de Contabilidade, sendo um CRC para cada Estado Federado.

Os Conselhos Regionais de Contabilidade auxiliam na fiscalização dos profissionais da área contábil e esses podem ser:

- Técnicos de Contabilidade: que têm formação de Ensino Médio e que não podem atuar como peritos e auditores contábeis;

- Contabilistas: com formação de Ensino Superior e podem atuar como peritos e auditores contábeis.

De acordo com Monteiro e Chacon (2015, p.03):

A classe contábil brasileira é representada em instância superior pelo Conselho Federal de Contabilidade, e nos estados, pelos Conselhos Regionais de Contabilidade, configurando assim o Sistema CFC/CRC’s. Estes órgãos são responsáveis pela adequação de seus profissionais dentro de uma conduta ética condizente com o conteúdo do Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC. São também suas atribuições a fiscalização e o registro dos profissionais contábeis.

No decorrer da história da contabilidade a evolução e reconhecimento foram gradativos, e resultou no desenvolvimento e reconhecimento desta importante ciência.

2.5 A ÉTICA CONTÁBIL

No presente capítulo passa-se a tratar da ética contábil, para tanto, primeiramente se explicará sobre os aspectos gerais da ética, para em seguida, tratar do Código de ética do contador, da ética aplicada à contabilidade, em especial, das penalidades impostas às infrações cometidas.

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2.5.1 Aspectos gerais da ética

A ética é um termo muito utilizado no cotidiano das pessoas, mas que tem uma explicação bastante complexa, como bem explicita Valls (1993, p. 9). "A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta".

No cotidiano a ética é, por vezes, confundida com a moral, no entanto, a moral é um conceito bastante subjetivo, e a ética tem uma característica mais objetiva, sendo compreendida como um ramo da filosofia que trata do estudo do comportamento humano, como explica Lisboa et. al. (1997) que “o objeto da ética é a realização do comportamento humano, sendo que, seu objetivo seria o estabelecimento de níveis de convivência aceitáveis entre os indivíduos na sociedade”.

Para Vásquez (1990, p. 15):

A Ética é a investigação ou explicação de um tipo de experiência humana ou forma do comportamento dos homens, o da moral, considerando, porém, na sua totalidade e diversidade [...] o valor da Ética como teoria está naquilo que explica e não no fato de prescrever o recomendar com vistas à situação concreta [...]. A Ética parte do fato da existência da moral, isto é, toma como ponto de partida a diversidade de morais no tempo com seus respectivos valores, princípios e normas.

A raiz etimológica do termo ética advém da expressão grega ethikós, sendo recebida pela língua portuguesa por meio da palavra latina ethicu. Significando assim, segundo o Dicionário Aurélio (AURÉLIO ON LINE, 2015) como: “1 Parte da Filosofia que estuda os fundamentos da moral; 2 Conjunto de regras de conduta”.

Sobre o conceito de ética Cassarro (1992, p. 1) afirma que

A ética é uma questão cultural, entendendo-se por “cultura” uma programação mental coletiva que distingue, pelas atitudes e comportamentos, os membros de uma categoria dos membros de outra. Se for uma questão cultural, reduz-se que toda e qualquer cultura, todo e qualquer grupamento humano apenas terá condições de operar em harmonia, visando o atendimento de objetivos comuns, se houver um código de ética, um código de conduta, quer formalizado ou não. Nos grupamentos humanos, a sociedade é uma realidade espontânea e moral, pela qual os homens nascem e existem, dependentes uns dos outros, com a obrigação de se ajudarem mutuamente na luta pela vida.

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Assim sendo, a ação ética consiste em saber conviver dentro da sociedade respeitando os valores gerais nos mais diversos campos de atuação do agir humano.

2.5.2 Código de ética do contador

O profissional da área contábil deve ter um conjunto de habilidade e conhecimento, ou seja, ter habilidade referente à profissão, domínio técnico e conhecimento da tecnologia que o auxilia e assim, desempenhar o seu trabalho na ética, pois é ela que passa a confiança na profissão e nos serviços por eles prestados.

Os códigos de ética representam o conjunto de elementos que caracterizam o comportamento das pessoas dentro de um grupo social, assim sendo, o Código de ética do contador é um conjunto de normas que sistematiza o agir ético dos profissionais da área contábil.

Segundo Lisboa (1997) existe quatro responsabilidades especiais dos Contabilistas para com a sociedade e a entidade onde este mantém vínculo. Por primeiro pode-se dizer da Competência, que é fazer treinamentos constantes de forma a estar sempre atualizado perante os dispositivos legais e elaborar relatórios com a máxima clareza. O segundo, que é o Sigilo, é nas operações financeira que se torna ainda mais importante, por manter, com os seus funcionários o sigilo das informações da entidade e não usar destas informações para proveito próprio. O terceiro que é a Integridade, que é abster-se de conflitos, recusar presentes ou qualquer tipo de situação que influencie suas ações de forma a prejudicar a entidade bem como comunicar todas as informações relevantes a administração. O quarto, mas não menos importante é a Objetividade, que o profissional contábil deve ser claro e objetivo na linguagem de forma a proporcionar maior entendimento dos relatórios aos seus usuários.

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Apesar desses quatro itens, serem de uma importância inegável, é possível perceber que alguns deles, nem sempre são seguidos seja por displicência ou até mesmo por algum tipo de coação de colegas de trabalho ou pelo próprio gerente da empresa, estes fatos podem causar inúmeros e sérios problemas, pois as informações geradas pelo profissional contábil serão transmitidas aos seus inúmeros usuários conforme descreve o Conselho Federal de Contabilidade (2003, p. 21).

 ao empresário contratante dos trabalhos, informações que poderão leva-lo a tomar decisões prejudiciais à empresa;

 aos sócios, acionistas ou proprietários, prejuízos na avaliação de seus patrimônios;

 aos credores ou fornecedores de créditos, prejuízos pelo eventual não-recebimento de seus direitos;

 ao País, pelo não-recebimento de impostos, o que causará danos a todos de maneira geral.

Além do Código de ética do contador, ainda existe dentro da estrutura do Conselho Regional de Contabilidade entidades que atuam na fiscalização da atuação dos profissionais da área contábil, sendo que como determina Alves et. al. (2015, p. 59):

A função dessas entidades é a de proteger a sociedade de maus profissionais que exercem funções de relevante interesse público. Por esse motivo, fiscalizam as atividades de seus membros por meio de um Código de Ética profissional.

É obrigatória a obediência ao Código de Ética do contador independentemente da categoria, ou seja, tanto técnicos quanto contadores, devem respeitar o Código (item V do artigo 11º, da Resolução 803/96), in verbis (CFC, Código de Ética, 2015):

Art. 11 O Profissional da Contabilidade deve, com relação à classe, observar as seguintes normas de conduta: (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)

I – prestar seu concurso moral, intelectual e material, salvo circunstâncias especiais que justifiquem a sua recusa;

II – zelar pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições;

III – aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa recusa;

IV – acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a honorários profissionais;

V – zelar pelo cumprimento deste Código;

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VII – representar perante os órgãos competentes sobre irregularidades comprovadamente ocorridas na administração de entidade da classe contábil;

VIII – jamais utilizar-se de posição ocupada na direção de entidades de classe em benefício próprio ou para proveito pessoal.

O Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC é formado por um conjunto de regras de conduta que são de cumprimento obrigatório pelos contabilistas no exercício profissional e nas relações com os clientes, demais profissionais e a sociedade em geral.

Sobre o Código de Ética explicam Borges e Medeiros (2015, p. 09):

A estrutura básica do código elenca uma série de deveres e proibições (artigos 2º, 3º, 5º, 8º, 9º, 10º e 11º) que abarcam relações com os pares e com o conglomerado, ou seja, a própria classe. A resolução traz 43 deveres e obrigações que são impostas aos profissionais, e quando descumpridas, podem resultar em penalidades que vão do aspecto administrativo e pecuniário, à suspensão do direto de exercer a profissão.

Portanto, o Código de Ética contam com deveres e proibições que o contador deve respeitar no exercício de sua atuação profissional, sendo que determinadas essas normas podem gerar penalidades para aqueles que as infringir.

2.5.3 Ética aplicada à contabilidade

Atualmente, diante do acirrado universo competitivo, o profissional da área da contabilidade têm que se atentar para as exigências éticas, visto que, uma forma de se destacar no mercado é ter seu nome associado ao comportamento ético no exercício profissional. Sobre a atuação ética explica Shinzaki et. al. (2005, p. 63):

A ética é a maneira pela qual se pode verificar se as regras morais de uma sociedade estão corretas ou não, ou seja, é por meio da análise feita pela ética que se pode confirmar um costume como sendo correto ou não. É muito importante que cada indivíduo desenvolva uma consciência ética, que lhe permita questionar as regras morais impostas pela sociedade, verificar se as mesmas não foram criadas para atender aos interesses de um segmento da sociedade.

A ação ética deve se efetivar, nos mais diferentes campos da atuação humana, especialmente, no âmbito profissional, pois um pequeno deslize no agir

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ético pode condenar o futuro profissional do indivíduo. Isso dentro da área contábil é ainda mais relevante, pois se trata com valores, credibilidade e fidelidade, logo qualquer deslize ético pode abalar a carreira do profissional da área contábil.

A esse respeito ensina Jacomino (2000, p. 28):

Hoje, mais do que nunca, a atitude dos profissionais em relação as questões éticas pode ser a diferença entre o seu sucesso e o seu fracasso. Basta um deslize, uma escorregadela, e pronto. A imagem do profissional ganha, no mercado, a mancha vermelha da desconfiança.

A atuação ética do profissional da contabilidade engloba o compromisso em estar atualizado nos assuntos técnicos que envolvem sua atuação, o respeito com seus colegas de profissão, a ação pautada no respeito e integridade com os demais, e principalmente com o sigilo em relação às informações que obtêm junto aos clientes, entre outros.

No que concerne à ética profissional afirma Shinzaki et. al. (2005, p. 67):

Em síntese, a profissão é o exercício habitual de uma tarefa. Uma vez escolhida a profissão, o indivíduo se compromete com todo o agregado de deveres éticos pertinentes à classe profissional à qual passa a pertencer. O primeiro dever ético em qualquer ramo de atividade diz respeito à capacidade do profissional, indispensável para o desempenho eficaz de suas tarefas. Um segundo complexo de deveres está relacionado à conduta a ser seguida. Este conjunto – capacidade e conduta– será responsável pelo conceito do profissional perante seus clientes, seu grupo, seus colegas, a sociedade, o estado, sua família e sua própria consciência.

Além da verdade, a ética na atuação do profissional da contabilidade é ainda mais importante em virtude da necessidade que as pessoas têm de confiar no profissional que irá analisar sua vida econômica, e que por outro lado não pode se deixar levar pela tentação que a profissão pode lhe oferecer como bem comentam Monteiro e Chacon (2015, p. 11):

O profissional contábil desempenha função relevante na análise e aperfeiçoamento da ética na profissão, pois está sempre as voltas com dilemas éticos, devendo exercer nestes casos seu papel de profissional independente. É consideravelmente normal o contabilista ser tentado a se utilizar de práticas indevidas no exercício de sua profissão. Criar falsas receitas, esconder participações em outras empresas, desaparecer com dívidas, etc., quer sejam ou não solicitados pelos donos ou administradores das empresas, e esses são apenas alguns exemplos dessas práticas indevidas que ferem nitidamente os princípios éticos da profissão.

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Em geral, as profissões têm códigos de ética os quais devem ser seguidos pelos conjuntos de pessoas que atuam em determinadas classes de exercícios profissionais.

No âmbito de atuação do profissional da área contábil o código que estabelece as premissas éticas de seu exercício profissional é a Resolução 803/96, conhecida como o Código de Ética Profissional da Contabilidade, sobre o qual foi falado no tópico anterior.

2.5.3.1 Penalidades Impostas às Infrações Cometidas

Como visto anteriormente o Código de Ética estabelece os padrões morais de conduta dos profissionais da contabilidade, objetivando regularizar as relações entre os membros da profissão contábil, e entre estes e a sociedade em geral.

Aqueles profissionais que agem desrespeitando as normas estabelecidas no Código de Ética do contador sofrem penalidades previamente dispostas que podem ser desde multa até a suspensão do registro profissional.

A transgressão aos deveres e obrigações dispostos nos artigos do Código de ética, de acordo com a gravidade da conduta, pode gerar a aplicação de uma penalidade, que conforme o artigo 12 do referido Código, pode ser:

I – advertência reservada; II – censura reservada; III – censura pública.

Na aplicação das penalidades descritas no Código de Ética contabilista podem ser consideradas atenuantes e agravantes das penas as seguintes situações (CFC, Código de Ética, 2015):

Atenuantes: ação desenvolvida em defesa de prerrogativa profissional, ausência de punição ética anterior e prestação de relevantes serviços à

Contabilidade.

Agravantes: ação cometida que resulte em ato que denigra publicamente a imagem do Profissional da Contabilidade e punição ética anterior transitada em julgado.

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No julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética cabe originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética e Disciplina, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze dias para o Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina, conforme o próprio o CFC.

Além das punições descritas no Código de Ética, o Profissional da Contabilidade poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade, quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão.

Como se pode observar, a transgressão às normas éticas descritas no Código de Ética contabilista pode gerar uma série de penalidades ao profissional as quais mancham sua confiabilidade profissional.

2.6 DA ÉTICA CONTÁBIL EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO

No capítulo que vinda o presente estudo, aborda-se o tema da ética contábil em cooperativas de crédito, momento em que se expõe sobre as cooperativas em geral, trata-se da ética contábil, por fim, apresentam-se dados da ética contábil na cooperativa de crédito Sicredi.

2.6.1 Das cooperativas

As transformações sociais, em especial o processo de globalização, levou a sociedade a se organizar a fim de se fortalecer e sobreviver no mundo altamente competitivo, e neste contexto que surgiram as cooperativas.

O cooperativismo é um instrumento de organização econômica da sociedade. Criado na Europa no século XIX caracteriza-se como uma forma de

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ajuda mútua por meio da cooperação e da parceria. Hoje, quase 200 anos depois, este modelo está cada vez mais forte. Tendo como base a associação voluntária de pessoas em torno de um objetivo comum, as cooperativas reúnem milhões de pessoas ao redor do mundo em projetos que geram renda, oportunidade de trabalho e promovem o desenvolvimento regional (SICREDI, 2015a).

O cooperativismo tem alguns princípios, os quais são (SICREDI, 2015b):

- Adesão voluntária e livre; - Autonomia e independência; - Interesse pela comunidade; - Gestão democrática;

- Educação, formação e informação; - Participação econômica;

- Intercooperação.

Existem diferentes tipos de cooperativas, sendo que no trabalho ora apresentado será tratado especificamente, das cooperativas de crédito, que despontam na realidade econômica mundial.

2.6.2 Das cooperativas de crédito

Entre diversos tipos de associações cooperativas estão às cooperativas de crédito. Criadas para oferecer soluções financeiras de acordo com as necessidades dos associados, elas são um importante instrumento de incentivo para o desenvolvimento econômico e social, isto porque utilizam seus ativos para financiar os próprios associados, mantendo os recursos nas comunidades onde eles foram gerados(SICREDI, 2015c).

De acordo com Pinheiro (2008, p. 07):

Cooperativas de crédito são instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedade cooperativa, tendo por objeto a prestação de serviços financeiros aos associados, como concessão de crédito, captação de depósitos à vista e a prazo, cheques, prestação de serviços de cobrança, de custódia, de recebimentos e pagamentos por conta de terceiros sob convênio com instituições financeiras públicas e privadas e de

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correspondente no País, além de outras operações específicas e atribuições estabelecidas na legislação em vigor.

2.6.3 Vantagens de ser um associado

A Cooperativa de Credito Sicredi é uma instituição que trabalha de forma democrática, visando o crescimento dos seus associados. Quem faz parte de uma cooperativa tem mais de 300 produtos disponíveis para sua utilização e conforto, possui o direito de votar e decidir o rumo que a cooperativa pode tomar. Sicredi (2015e).

Cada vez que o associado utiliza um produto ou serviço ajuda a fortalecer a economia local desenvolvendo seu município, pois os recursos são reinvestidos nos municípios onde a cooperativa esta presente. Seu diferencial em relação a bancos são os preços justos, autonomia, educação, informação em cooperativismo e interesse pela comunidade.

Conforme Pinho (1966), “um de seus pontos positivos é a distribuição do resultado econômico das suas atividades após o encerramento do exercício, que se realiza de maneira direta, democrática e com benefícios a todos, baseados na proporção da utilização dos serviços na cooperativa”.

No quadro 01, apresenta-se uma comparação das principais diferenças entre as Cooperativas de Créditos e Bancos, lembrando que a cooperativa de crédito vive basicamente de ter os recursos e emprestá-los sempre com os menores custos do mercado visando o bem da sociedade que ela esta inserida.

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Quadro 1: Diferenças entre Cooperativas de Credito e Banco

Fonte: livro “O Cooperativismo de Crédito ontem, hoje e amanhã”, de Ênio Meinen e Márcio Port http://cooperativismodecredito.coop.br/cooperativismo/diferencas-entre-cooperativas-e-bancos. Acessado em: 10/05/2015.

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2.6.4 Da ética contábil em cooperativas de crédito

Como visto, as cooperativas de crédito surgiram da união de forças da sociedade a fim de sobreviverem dentro do ambiente altamente competitivo trazido pelo advento do processo de globalização.

Pressupõe-se que diante deste quadro, existe grande tendência à relação de disputa e competição acirrada e, tão logo, distanciamento da ética e moralidade nas relações de mercado.

Perante este mercado predador, a responsabilidade do profissional contábil se torna ainda maior, tanto em empresas comuns quanto nas instituições financeiras.

De acordo com o site do BACEN (2010, p. 2):

O profissional habilitado, responsável pela contabilidade, deve conduzir a escrituração dos padrões exigidos, com observância dos princípios fundamentais de contabilidade, atentando, inclusive, à ética profissional e ao sigilo bancário, cabendo ao Banco Central providenciar comunicação ao órgão competente, sempre que forem comprovadas irregularidades, para que sejam aplicadas as medidas cabíveis.

No entanto, os princípios das cooperativas de crédito e, principalmente, a ética que o profissional da área contábil exerce na sua profissão, também deve ser seguida nesta área de atuação. Ainda mais quando se referem que os clientes da cooperativa são os associados, e estes os donos da instituição.

De acordo com Código de Ética Profissional do Contabilista (2008, p. 3) este tem como objetivo “fixar a forma pela qual se deve conduzir os contabilistas, quando no exercício profissional”.

Frente a tantas situações diferentes e desafiantes, que acontecem no dia a dia do seu trabalho, o profissional de contábil, necessita de muita segurança e firmeza, pois qualquer deslize poderá acarretar na falência de uma entidade e em consequência, o desemprego de muitas pessoas, sem falar na imagem do profissional e da instituição que será denegrida.

Dentro do mercado financeiro tudo gira em torno da credibilidade, e uma instituição ética passa mais credibilidade para seus associados e para sociedade,

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por isso as instituições exigem que seus funcionários sigam estes conceitos e diretrizes. É primordial ter ética em tudo que se faz dentro da instituição.

As cooperativas de crédito devem estar presentes de forma transparente, e buscando sempre contribuir para o desenvolvimento comunitário praticando a cidadania e responsabilidade social. Pois a atuação baseada em princípios éticos e a busca por qualidade nas relações são manifestações de responsabilidade que a empresa deve ter.

Diferentes problemas podem ser enfrentados pelo profissional contábil no dia a dia de seu trabalho, e alguns deles precisam de atenção, fiscalização e supervisão constantes para que não ocorram dentro das instituições financeiras, principalmente pelo fato, de o ativo principal ser o capital de terceiros.

Esses problemas são a fraude, negligência ou a corrupção. Segundo Silva (2010, p. 11):

Negligência é a atitude ou ato cometido por um profissional resultante de descuido ou displicência por parte do mesmo. Fraude é o ato de se utilizar artimanhas com a intenção de prejudicar outrem. Corrupção são atos ou atitudes praticados por um profissional em função do seu cargo para se valer de interesses próprios ou de outros.

A negligência pode ser definida como o ato de se omitir, de agir de forma desleixada, e desatenciosa, pode causar vários danos a Cooperativa e seus associados, e em consequência a processos judiciais se esses danos não puderem ser compensados ou estornados a pessoa ou instituição que foi a prejudica em determinada situação.

A fraude tem como definição do dicionário (Aurélio on line, 2015):

Ação e/ou comportamento que, sendo desonesto e ardiloso, tem a intenção de enganar ou ludibriar alguém, De modo a não cumprir determinada

obrigação ou dever. Ação de falsificar qualquer coisa (produtos, documentos, marcas, etc.).

Conforme Sá (2005, p. 19) afirma que “a fraude é um ato doloso, cometido de forma premeditada, planejado, com a finalidade de obter proveito com o prejuízo de terceiros”.

E Soares (2005, p. 77) define fraude como “logro, engano, dolo, abuso de confiança, contrabando, manobra enganosa para enganar alguém; obtenção de

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vantagens de forma ilícita. É o acontecimento ilícito proveniente de ato(s) de agente: funcionário, particular, operadores de direito, terceiro, etc., visando a obter vantagens pouco regulares e ilegais”.

Conforme o item 11.1.4 da NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, o termo fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. A fraude pode ser caracterizada por:

a) manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a modificar os registros de ativos, passivos e resultados;

b) apropriação indébita de ativos;

c) supressão ou omissão de transações nos registros contábeis; d) registro de transações sem comprovação; e

e) aplicação de práticas contábeis indevidas.

Ainda conforme NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, o termo erro refere-se a ato não intencional na elaboração de registros e demonstrações contábeis, que resulte em incorreções deles, consistente em:

a) erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações contábeis;

b) aplicação incorreta das normas contábeis; c) interpretação errada das variações patrimoniais.

Nas cooperativas de crédito, a mensuração e o controle do risco operacional, devem ser processos contínuos que visam evitar a exposição do sistema cooperativista de crédito e buscando maximizar o seu valor, sendo necessária a supervisão efetiva para que não haja a fraude interna, que é o risco de perda por atos realizados com a intenção de fraudar, de subtrair propriedade alheia ou de infringir regras, leis ou políticas internas, envolvendo pelo menos um empregado da cooperativa; e nem mesmo a fraude externa - risco de perda por atos realizados por pessoas que não pertencem à cooperativa.

Conforme Klinke (2004);

Dentre as ações corruptas que envolvem instituições financeiras, pode-se caracterizar aquelas que possuem impacto direto no patrimônio da empresa, como os atos de desvio de recursos promovidos por funcionários, ou mesmo de agentes externos capazes de burlar os sistemas de gestão financeira em benefício próprio. Existem também aqueles que não possuem impacto direto, mas que utilizam a empresa como parte de um esquema de corrupção para a realização de crimes de lavagem de dinheiro. Embora este último possa não causar danos diretos ao patrimônio, geram danos à

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sociedade por seus crimes antecedentes e ainda impactam negativamente na imagem da organização, caso esses esquemas venham a público.

Ferreira (2008), explica que;

a fraude e a corrupção perturbam o desenvolvimento em todas as suas dimensões. O desvio de fundos de projetos de desenvolvimento mediante fraude, corrupção, conluio e coerção ou obstrução (doravante denominados coletivamente “fraude e corrupção” debilitam a capacidade dos governos, dos doadores e do Banco Mundial de atingir as metas de redução da pobreza, atração de investimentos e incentivo à boa governança).

A corrupção, conforme Soares (2008), “na sua essência, é a sedução ou a tentativa de sedução procurando envolver terceiro(s) na busca dolosa e solidária de uma vantagem mútua, contornando as respectivas normas e obrigações morais próprias da esfera específica onde opera: o campo financeiro, político, policial ou judiciário”.

É prática corrupta oferecer, dar, receber ou solicitar, direta ou indiretamente, qualquer coisa de valor para influenciar de maneira imprópria as ações de outra parte.

Para tentar impedir que situações irregulares como desvio de dinheiro, balanços fraudulentos demonstrações inverídicas e tantas outras atitudes repreensíveis aconteçam, existe o Código de Ética Profissional do Contabilista, e este deve ser aplicado junto aos códigos de éticas de cada instituição, para que procedimentos e outras ações conjuntas, visam ter o mínimo de problemas.

A ética contábil deve estar constantemente presente nas relações das cooperativas de crédito, principalmente, para garantir a lisura das transações e por ser um meio propício a elevada competitividade, lembrando sempre, que a cooperativa é feita de associados, ou seja, um grupo de pessoas que tem direitos em relação a ela.

2.7 PESQUISAS SIMILARES

Tanto a ética como a contabilidade e o cooperativismo, são temas abrangentes e de suma importância na atual sociedade, por isso abaixo, cita-se alguns artigos similares:

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Quadro 2: Pesquisas correlacionadas

Autor (ano) Objetivo Resultado Instrumento de

Pesquisa ou Observações Hudson de Azevedo,

Márcia Martins Mendes de Luca,

Allan Pinheiro Holanda, Vera Maria Rodrigues Ponte,

Sandra Maria dos Santos.

Ano de 2014

Verificar o grau de adesão às

recomendações do IBGC pelas empresas listadas na

BM&FBovespa quanto aos assuntos que devem compor um código de conduta empresarial. O setor Utilidade pública (regulado) apresenta “maior” grau de adesão, enquanto o setor Consumo cíclico (não regulado) ficou na segunda posição, com grau “médio-alto” Coletados os dados disponíveis nos websites das 166 empresas. Foram aplicados testes estatísticos Edzana Roberta F. da C. Vieira Lucena, Clayton Levy Lima de Melo,

Paulo Roberto Barbosa Lustosa,

César Augusto Tibúrcio Silva.

Ano 2013

Analisar a tendência de os profissionais

contábeis denunciarem atos questionáveis aos seus superiores.

A análise mostrou que não houve consenso sobre a influência do gênero e da idade sobre ética. Independente de gênero e idade, os respondentes são éticos. Questionário e pesquisas.

Martha dos Santos Azevedo Pereira, Claudio Parisi, Vilma Geni Slomski, Ronaldo Frois de Carvalho.Ano de 2012. http://congressocfc.org. br/anais/index.html Conhecer as principais percepções de alunos concluintes de um curso de Ciências Contábeis de uma Instituição de Ensino Superior (IES) da cidade de São Paulo, sobre competências profissionais requeridas e já desenvolvidas, procurando identificar limitações e

capacidades que podem impactar o desempenho destes estudantes diante dos desafios da profissão contábil. Conclui-se que o perfil do profissional exigido pelas empresas, está centrado em qualificações tácitas ou sociais e também nas habilidades cognitivas e comportamentais do profissional. Conclui-se também que, o perfil Profissional exigido vai além da posse e aprendizagem dos saberes disciplinares ou técnico-profissionais. Realizou-se uma pesquisa descritiva - quantitativa e os dados foram coletados por meio de questionário com perguntas fechadas aplicados aos alunos concluintes,

cursando 8º.

FONTE: O autor

Para evidenciar a importância dos códigos de conduta e ética, o trabalho de Azevedo, De Luca, Holanda, Ponte e Santos (2014), evidencia que as empresas que se preocupam com a imagem delas perante a sociedade, devem introduzir e seguir regiamente seu código de conduta ética. Um dos itens principais exigidos das

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empresas listadas na Bolsa de Valores é que a governança corporativa parta de princípio de que todos os envolvidos na organização devem se comprometer a seguir as políticas definidas pela corporação.

No trabalho de Lucena, Melo, Lustosa, e Silva (2015), monstra a importância da ética profissional dando ênfase a questão da ética contábil, evidenciando a importância de denunciar atos questionáveis ou tendências que possam ocasionar prejuízos as empresas e sociedade em geral.

Conforme a pesquisa de Pereira, Parisi, Carvalho e Slomski (2013), evidencia as competências profissionais dos alunos de Ciências Contábeis, onde constatou-se primeiramente a capacidade de comprometer-se e dedicar-se a organização em que estão inseridos cumprindo as exigências de um bom profissional contábil com ética e seriedade.

(38)

3 ANALISES E RESULTADOS

Neste item irá se expor a apresentação dos dados, análise e discussão dos dados e também a análise dos resultados.

3.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS

Para deixar mais claro a importância da ética contábil na Cooperativa de Crédito Celeiro Centro Oeste - Sicredi vale destacar aqui novamente, a necessidade de operações fidedignas, pois a cooperativa é formada por cotas partes (o seu capital social) e a qualquer momento pode ser admitido um novo sócio. Há ainda as ocasiões da saída de algum associado. Assim, é realmente necessária uma assessoria contábil bem próxima, para acompanhar essas alterações.

Conforme Silva (2010, p. 10):

A escrituração contábil de uma sociedade cooperativa prevê a criação obrigatória de Fundos de Reserva, com a finalidade de cobrir possíveis perdas em um exercício, em se tratando dos atos cooperados.

Havendo perdas nos resultados de atos não cooperados e não havendo reserva legal suficiente para cobrir essas perdas, o saldo será rateado entre os associados.

Essas são apenas algumas das particularidades de uma cooperativa. Portanto, essas instituições não são tão livres de burocracia quanto se possa imaginar. É aí que a ética contábil entra: para fazer com que a cooperativa cumpra seu papel perante a sociedade e esteja totalmente legalizada e dentro das regras de sua especificidade.

Outro importante papel da contabilidade é agir como a gestora de informações, contribuindo com indicadores para que se chegue a uma boa gestão, indicando formas de reduzir impostos ou melhorar os resultados da cooperativa. E mesmo para fornecer periodicamente os resultados da cooperativa dentro do seu setor de atuação.

Referências

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