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Proposta de um plano de gestão sustentável para as empresas do setor madeireiro da região Fronteira Noroeste do estado do Rio Grande do Sul

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Administração

Curso de Administração

PROPOSTA DE UM PLANO DE GESTÃO SUSTENTÁVEL PARA AS

EMPRESAS DO SETOR MADEIREIRO DA REGIÃO FRONTEIRA

NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Documento Sistematizador do TCC

LOIANE ESTER NIKODEM

Professor Orientador: Ariosto Sparemberger

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“Quando a última árvore cair derrubada; quando o último rio for envenenado;

quando o último peixe for pescado, só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come.” (Índios Amazônicos).

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, pela vida, pela força para persistir em todos os momentos desta caminhada.

Aos meus pais e as minhas irmãs, pelos ensinamentos, pelas boas conversas de incentivos, por acreditarem nos meus sonhos e pelo amor incondicional, família vocês são o meu alicerce da felicidade e do sucesso.

Ao meu noivo Maiquel, obrigada por estar do meu lado nos momentos de preocupação, pelo amor e o apoio na conclusão de mais esta etapa em minha vida, você é muito especial para mim.

Ao orientador Professor e Doutor Ariosto Sparemberger pela excelente orientação e principalmente pela disposição, dedicação e por compartilhar comigo todo seu conhecimento.

A todos os colegas e professores da Unijuí que trilharam comigo esse caminho, em especial a minha amiga Bianca que desde o primeiro dia de aula esteve ao meu lado participando da busca continuada da aprendizagem. Agradeço aos proprietários das duas madeireiras entrevistadas, pela disponibilidade e ao interesse demonstrado.

A todas as pessoas que, de forma direta ou indireta, acreditaram na concretização deste sonho e torcem por mim.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES QUADROS:

Quadro 01 – Declaração de princípios da indústria para o desenvolvimento

sustentável...27

Quadro 02 – Paradigma cartesiano versus paradigma da sustentabilidade ...28

Quadro 03 – Benefícios para uma empresa que obteve a certificação ISO 14001...36

Quadro 04 – Plano de Gestão Sustentável ...63

ANEXOS: Anexo A – LEI Nº 6.938, DE 31 de Agosto de 1981...75

Anexo B – Fotos da empresa “A”...84

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SUMÁRIO INDICE DE APÊNDICES...7 RESUMO EXPANDIDO...8 INTRODUÇÃO ... 11 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 13 1.1 Apresentação do tema ... 13

1.2 Problema ou questão de estudo...15

1.3 Objetivos ... 16

1.3.1 Objetivo Geral ... 17

1.3.2 Objetivos Específicos ... 17

1.4 Justificativa ... 17

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 20

2.1 Gestão Ambiental Empresarial ... 20

2.2 Desenvolvimento Ambiental Sustentável ... 25

2.3 Gestão Sustentável nas empresas ... 30

2.4 Responsabilidade Social Empresarial ... 32

2.5 Certificação ISO 14001 ... 34

3 METODOLOGIA ... 38

3.1 Classificação do estudo ... 38

3.2 Sujeitos da pesquisa e Universo amostral ... 41

3.3 Coleta de dados ... 41

3.4 Análise e interpretação de dados ... 43

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA ... 44

4.1 Caracterização do Setor Madeireiro ... 44

4.1.1 Caracterização da organização “A” ... 45

4.1.2 Caracterização da organização “B” ... 46

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4.2.1 Gestão Ambiental Empresarial ... 47

4.2.2 Certificação ISO 14001 ... 49

4.2.3 Gerenciamento dos Impactos... 50

4.2.4 Relacionamento com a sociedade ... 52

4.3 Plano de gestão sustentável ... 53

CONCLUSÃO ... 68

REFERÊNCIAS ... 71

ANEXOS ... 74

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ÍNDICE DE APÊNDICES

Apêndice A: Roteiro de perguntas utilizado para entrevista com os

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RESUMO EXPANDIDO

Resumo

Este trabalho analisa o setor madeireiro da região noroeste do Rio Grande do Sul. Investiga qual a importância que as organizações dão para o tema da sustentabilidade, diagnostica o atual estágio do uso das práticas da sustentabilidade nas empresas e se as mesmas contribuem para um desenvolvimento sustentável. Este estudo, parte do pressuposto de que as organizações devem estar desenvolvendo a preservação do meio ambiente, sendo determinante para o destino do planeta fazendo da sustentabilidade uma preocupação mundial. Com os resultados obtidos através das entrevistas realizadas com as duas empresas do setor madeireiro, foi possível a elaboração um plano de Gestão Sustentável, abordando o Tripé da sustentabilidade que é Ambiental, Social e Econômica.

Palavras-chaves: Setor Madeireiro; Sustentabilidade; Plano de Gestão Sustentável.

Introdução

A gestão ambiental é a forma pela qual a organização se mobiliza, interna e externamente, para a conquista da qualidade ambiental desejada, consistindo em um conjunto de medidas que visa ter controle sobre o impacto ambiental de sua atividade (Kraemer e Tinoco, 2004).

A palavra Sustentabilidade definida a partir de ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Gradativamente as organizações possuem uma maior responsabilidade em manter o planeta que vivemos, preservando-o para as futuras gerações, nossos filhos e netos.

De acordo com Fulgencio (2007), Gestão Sustentável é um modelo que visa manter o crescimento das organizações levando em consideração as variáveis éticas, sociais, políticas, sempre respeitando o meio ambiente, sem perder o foco financeiro do negócio, atuando com pró-atividade e de maneira responsável.

Com foco neste olhar, o presente estudo teve por objetivo geral de propor a criação de um plano de Gestão Sustentável para as organizações da região Fronteira Noroeste do estado do RS, a fim de gerar um diferencial competitivo no mercado madeireiro.

Metodologia

A pesquisa teve a seguinte classificação: quanto à abordagem, classificou-se como qualitativa, quanto a natureza foi aplicada e referente aos objetivos foi exploratória e descritiva. Já em relação aos procedimentos técnicos; classificou-se como bibliográfica, estudo de caso e pesquisa de campo.

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situação em profundo entendimento e uma das técnicas utilizadas é a entrevista individual em profundidade. É aplicada, pois agrega conhecimentos e ajuda a desenvolver soluções potenciais aos problemas humanos. Para Gil (1999), a pesquisa exploratória é a busca da maior familiaridade com o tema, do mesmo modo, para Vergara (1998), a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Com relação aos procedimentos técnicos, fez-se o uso de pesquisa bibliográfica com material já publicado, também realizou-se o estudo de caso, sendo possível analisar de que forma são realizados os processos de produção e a pesquisa de campo, buscando informações e conhecimento para que sejam oferecidas sugestões de melhorias a fim de que as organizações implantem um plano de gestão sustentável.

Os dados primários foram coletados através das entrevistas em profundidade, foram feitas através de um roteiro de perguntas semi-estruturadas com respostas abertas juntamente com os proprietários das organizações. Os dados secundários de métodos bibliográficos e documentais foram investigados em livros, revistas e artigos pelos quais se pode adquirir um embasamento teórico de autores delimitando o tema estudado. Após estas etapas, foi realizada a interpretação dos dados.

Resultados

Constatou-se que as organizações estudadas não estão atuando no sentido de explorar possíveis vantagens e benefícios que podem ser obtidos a partir do desenvolvimento da sustentabilidade em sua organização.

O estudo realizado proporciona um conhecimento mais amplo sobre a realidade do tema da sustentabilidade, constatando-se que as empresas estudadas apresentam pouca preocupação ambiental, além de no seu planejamento estratégico, não envolverem tópicos abordando a sustentabilidade e o meio ambiente. Do mesmo modo, evidenciou-se que as organizações estudadas deixam de envolver seus colaboradores no tema da sustentabilidade, não proporcionando a integração da empresa com o seu papel de responsabilidade social.

A partir dos resultados das entrevistas realizadas com os gestores das empresas, e do aporte teórico em relação à gestão sustentável, foi possível a elaboração de um plano de Gestão Sustentável.

O plano de gestão sustentável contempla os elementos essenciais que formam o tripé da sustentabilidade (Ambiental, Social, Econômica). Apresentando as práticas empresariais sustentáveis, e os ganhos gerados como, por exemplo, a melhoria na imagem da empresa junto aos consumidores e comunidade em geral. Também implantando a sustentabilidade dentro das organizações, gera-se um ganho econômico com a redução dos custos, obtidos através da reciclagem, reutilização da água, reaproveitamento de sobras de matéria-prima e medidas de economia de energia elétrica, dessa forma implantando a sustentabilidade dentro das organizações.

A prática de uma gestão sustentável pode melhorar as condições ambientais do planeta, pois, os empresários possuem filhos e netos que viverão num mundo melhor ou pior, dependendo do que for feito na atualidade. Uma empresa

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consciência ambiental, muitas pessoas tem satisfação de trabalhar em empresas sustentáveis.

Com base nos pontos citados, evidencia-se que os objetivos desse trabalho foram cumpridos. Também a partir das entrevistas, houve a construção de um plano de gestão sustentável que pode ser aplicado em qualquer organização do setor madeireiro, visando o desenvolvimento da organização junto com os seus clientes e toda a comunidade, proporcionando benefícios e vantagens competitivas.

Conclusão

Este estudo buscou a realização de um plano de gestão sustentável para o setor madeireiro, no qual abordou o referencial teóricos, informando as diversas ideias de autores sobre os temas da sustentabilidade empresarial, responsabilidade social, a ISO 14001 que aborda assuntos sobre o meio ambiente, a gestão ambiental empresarial e por fim o desenvolvimento sustentável.

Portanto, pode-se concluir que as organizações estudadas encontram-se ainda distante, no que se refere à aplicabilidade das práticas ambientais.

Os objetivos desse trabalho foram cumpridos, o que permitiu através da análise dos dados coletados, formar um conhecimento mais amplo e aprofundado sobre o tema da sustentabilidade, bem como a realização do diagnósticos das empresas com a atenção reservada para este tema, observando a sua realidade, foi realizada a construção de um plano de gestão sustentável para as empresas do setor madeireiro.

Referências

COOPER, Donald R; SCHINDLER, Pâmela S. Métodos de pesquisa em

Administração. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

FULGENCIO, Paulo Cesar. Glossário Vade Mecum. Rio de janeiro: Mauad X, 2007. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira; TINOCO, João Eduardo Prudêncio

-Contabilidade e Gestão Ambiental. São Paulo: Atlas, 2004.

VERGARA, Sylvia Constant; Projetos e Relatórios de Pesquisa em

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INTRODUÇÂO

A sustentabilidade está relacionada ao desenvolvimento econômico sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente e racional para que eles se mantenham no futuro. Conforme Daft (2010), explica que a sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações.

Atualmente existem empresas que geram a insustentabilidade no seu processo produtivo, o que direta ou indiretamente tem afetado as condições do meio ambiente, a qualidade dos recursos naturais, a segurança e o bem-estar das atividades socioeconômicas. As consequências dessas ações de degradação ambiental pode levar ao esgotamento dos recursos naturais, a incapacidade da natureza em absorver a carga de resíduos, a poluição dos solos, dos recursos hídricos e da atmosfera, causando o aquecimento global e às mudanças climáticas.

É importante por parte dos gestores, entender que a adoção de soluções sustentáveis e ecologicamente responsáveis são cruciais, não apenas para melhorar a imagem de suas empresas, como também para aumentar a competitividade e rentabilidade dos negócios.

Neste sentido, este estudo aborda a temática da gestão sustentável focando em especial o setor madeireiro da região Fronteira Noroeste de Estado do Rio Grande do Sul.

O presente trabalho está estruturado em quatro partes. A primeira refere-se à contextualização do estudo, onde o tema e as questões de estudo são apresentados. Os objetivos gerais e específicos são definidos seguidos da justificativa sobre a importância que se dará esse estudo.

A segunda parte apresenta o referencial teórico onde se apresenta conceitos visando entender e fundamentar o mencionado estudo. No referencial teórico aborda-se a teoria sobre gestão ambiental empresarial, a importância do envolvimento das empresas com a questão sustentável, o desenvolvimento sustentável, a gestão sustentável nas empresas. Também evidencia a

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gestão ambiental.

O terceiro capítulo enfatiza os procedimentos metodológicos que foram realizados no estudo, ou seja, a classificação do tipo de pesquisa realizada, o universo amostral, e por final a coleta e análise dos dados.

No quarto capítulo, apresentam-se os resultados das análises desenvolvidas com base na entrevista realizada. Buscou-se analisar os dados da pesquisa qualitativa confrontando com as ideias dos autores sobre o assunto exposto. Também esta parte do estudo apresenta a caracterização do setor madeireiro e a sugestão de um plano de gestão sustentável para as organizações do setor madeireiro elaborado pela acadêmica.

Por fim, segue a conclusão, as referências bibliográficas dos autores citados no estudo e o apêndice que detalha na íntegra as perguntas da entrevista realizada com os gestores das organizações.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

O ambiente em que as organizações estão inseridas, está se tornando cada vez mais competitivo. Atingir o desenvolvimento sustentável através da busca constante do equilíbrio entre a produção e a conservação do meio ambiente, está sendo para algumas empresas um dos seus maiores desafios. As empresas devem estar dispostas a rever os seus processos produtivos, e minimizar os impactos causados ao meio ambiente. Este trabalho aborda a temática da sustentabilidade.

O capítulo aborda a delimitação do tema, a formulação da questão de estudo, a definição dos objetivos geral e específicos e a justificativa para realização deste trabalho.

1.1 Apresentação do tema

O atual momento de competitividade e mudança no qual as empresas estão passando, estão levando as mesmas a adotar um conjunto de ações para manter-se e ficar competitivas no mercado. A gestão sustentável que no passado não era visto com um desafio e nem era observado pela empresa, tal como, investir em produção limpa, dar a correta destinação aos resíduos era visto como custo desnecessário para a sua organização.

No contexto atual aconteceram mudanças positivas, desenvolver a sustentabilidade no meio empresarial, está tornando-se uma oportunidade, pois empresas que fazem questão de investir em seus meios de produção que viabilizem um crescimento saudável, sem danificar o meio ambiente, criam uma imagem positiva perante os seus consumidores e fornecedores, gerando um diferencial competitivo dos demais concorrentes.

Segundo Donaire (1999, o conceito de desenvolvimento sustentável, que atende ás necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações atenderem ás suas, é a palavra de ordem da comissão do meio ambiente da ONU. Dessa forma as organizações devem desenvolver um compromisso com o

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meio ambiente, implantando práticas de gestão sustentável dentro das organizações.

Para Souza (2000), a relação entre o crescimento econômico com a natureza vem apresentando conflitos desde tempos remotos, mas recentemente, durante o século XX esses conflitos atingiram grandes dimensões no qual poderiam colocar em risco a sustentabilidade da vida na terra. Pois neste período ocorram grandes intensificações da industrialização; explosão demográfica; produção e consumo em massa; urbanização entre outras, gerando assim, a degradação dos recursos naturais renováveis e não renováveis, a poluição na água, no solo e no ar vem causando risco de desastres ambientais.

Os gestores devem entender que a adoção de soluções sustentáveis e ecologicamente responsáveis são de fundamental importância, não apenas para melhorar a imagem de suas empresas, como também para aumentar a competitividade e rentabilidade dos negócios.

Na medida em que os consumidores vão se conscientizando da necessidade de preservar o meio ambiente, a opinião pública começa a pressionar o meio empresarial precisa buscar meios de desenvolver em sua organização atividades econômicas de maneira mais racional.

Segundo pesquisa realizada pela revista National Geographic em 2010, que investigou hábitos de 17 mil consumidores em 17 países, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking de consumo sustentável. Atrás apenas da Índia, o País apresenta bons índices no uso de materiais renováveis em suas construções e no emprego extensivo de biocombustíveis.

Numa sociedade empresarial em constante crescimento, a sustentabilidade tornou-se um fator chave para tornar a sua empresa competitiva aos demais, com base nos dados do IBGE censo 2010 o Brasil tem cerca de 999,1 mil de empresas que entraram no mercado, com uma taxa de entrada de (22,1%) maior que o ano anterior.

Com o crescimento da inserção das empresas no mercado oferecendo seus produtos, o nível de exigência perante o consumidor aumenta, pois o mesmo tem mais oferta e várias opções de compra, dessa forma as empresas precisam adaptar-se e oferecer um diferencial para conquistar ainda mais os adaptar-seus clientes.

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A partir do momento em que a empresa coloca no mercado um produto que demonstra à preocupação com a preservação do meio ambiente, esta empresa juntamente com seu produto, passa a se tornar uma referência no meio empresarial. O próprio mercado consumidor passa a selecionar os produtos que consome em função da responsabilidade social das empresas que os produzem.

Dessa forma, cada vez mais as organizações devem ajustar as atividades da empresa ao pensamento sustentável, pois torna-se uma questão de sobrevivência e competitividade. As empresas devem adaptar-se ou alterar as suas estruturas organizacionais aos modelos de sustentabilidade. Estas mudanças como consequências geram a otimização dos processos, além de possibilitar a expansão no mercado e vantagens competitivas em relação aos concorrentes.

Para que se possa evidenciar de maneira mais pontual esta temática, o presente trabalho investiga duas organizações da Região Noroeste a fim de entender de que forma estão tratando deste assunto e também das suas ações e preocupações relacionadas a questão da sustentabilidade.

Nesse sentido surge o interesse na elaboração de um plano de Gestão Sustentável a partir das constatações feitas em duas empresa do setor madeireiro da região Fronteira Noroeste do Estado do RS.

1.2 Problema ou Questão de estudo

No cenário atual, a sociedade esta se tornando cada vez mais competitiva, as organizações buscam através de modelos de gestão, uma diferenciação perante as demais. Ter diferenciais significa mais do que oferecer bons produtos e um atendimento de referência, significa preocupar-se com a organização como um todo, e os impactos da mesma na sociedade, no meio ambiente onde está inserida e também às gerações futuras.

A população está observando e dando importância aos problemas ambientais, ao acompanhar o noticiário, percebe-se que as mudanças climáticas estão acontecendo com mais frequências pelo mundo inteiro, devido a degradação do meio ambiente, os invernos estão tornando-se mais rigorosos (temporais) e o

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verão com temperaturas insuportáveis, provocando períodos de secas intensas. Isso faz com que os consumidores sejam mais conscientes e exigentes no que diz a respeito de cuidar da mãe natureza.

Cabem às empresas, em especial, aquelas que não evoluíram no processo da sustentabilidade, participar na mudança deste cenário negativo, no qual devem promover um elo de integração entre homem, organização e o ambiente em que vive e que seja praticada a sustentabilidade. Segundo o autor Dias (2009), para que aconteça um equilíbrio dinâmico da sustentabilidade existem três dimensões: Econômico – Social – Ambiental.

No ponto de vista econômico, a sustentabilidade prevê que as empresas têm que ser economicamente viáveis. Em termos sociais, a empresa deve satisfazer aos requisitos de proporcionar as melhores condições de trabalho aos seus colaboradores, além disso, é necessário que a organização participe ativamente dos eventos socioculturais.

No ponto de vista ambiental, a organização deve adotar uma produção mais limpa, rever os seus processos produtivos para que sejam minimizados os impactos gerados, reduzir o consumo de água, energia, o aproveitamento de resíduos, entre outras ações.

Diante da importância focada ao tema da sustentabilidade que a gestão ambiental provoca nas organizações, formulou-se a seguinte questão de estudo:

Que proposta de plano de Gestão Sustentável pode ser aplicado para as empresas do setor madeireiro da região Noroeste do Rio Grande do Sul?

1.3 Objetivos

Para concretizar os resultados almejados neste estudo, foram definidos o objetivo geral e os objetivos específicos.

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1.3.1 Objetivo Geral

A finalidade deste trabalho é a criação de um plano de Gestão Sustentável para as organizações do setor madeireiro da região Fronteira Noroeste do Estado do RS, para atuar de maneira competitiva no mercado.

1.3.2 Objetivos Específicos

 Aprofundar o conhecimento sobre tema da sustentabilidade;

 Evidenciar a importância do controle de gestão ambiental.

 Diagnosticar o atual estágio do uso das práticas da sustentabilidade das empresas do setor madeireiro da região noroeste do Rio Grande do Sul.

1.4 Justificativa

As organizações de todas as áreas de atuação estão cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar um desempenho ambientalmente correto, controlando e minimizando os impactos de seus processos produtivos, de seus produtos ou serviços.

Conforme Donaire (1999, p.28), ”entre as diferentes variáveis que afetam o ambiente dos negócios, a preocupação ecológica da sociedade tem ganho um destaque significativo em face de sua relevância para a qualidade de vida das populações”.

Constata-se que a gestão ambiental surgiu da necessidade do ser humano (empresário) organiza melhor suas diversas formas de se relacionar com o meio ambiente. Essa atividade pode se definida em administrar o uso dos recursos naturais, por meio de ações ou medidas econômicas, investimentos com a finalidade de manter ou recuperar a qualidade dos recursos e o desenvolvimento social.

Segundo Donaire (1999, p.28), “o conceito de desenvolvimento sustentável, atende ás necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras

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gerações atenderem ás suas, é a palavra de ordem da comissão do meio ambiente da ONU”.

Dessa forma cada vez mais a sustentabilidade está sendo discutida pela população, pelos governantes e no meio empresarial, principalmente a preocupação com o nosso amanhã que é constante por isso temos que fazer a nossa parte hoje para evitar futuros problemas.

Conforme SEBRAE (2012), a sustentabilidade também pode ser definida como a capacidade do ser humano interagir com o mundo em que vive, preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras.

Para que isso possa ancontecer é de extrema importância que as empresas apliquem uma gestão sustentável, que é ter o cuidado nas suas atividades produtivas em utilizar de maneira racional os recursos naturais, incluindo fontes de energia, renováveis ou não. A gestão ambiental visa o uso de práticas que garantam a conservação e preservação da biodiversidade, a reciclagem das matérias-primas e a redução do impacto ambiental das atividades humanas sobre os recursos naturais.

Ao praticar uma gestão sustentável, é fundamental observar a váriavel ambiental no planejamento empresarial, e quando bem aplicada, permite a redução de custos diretos - pela diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos naturais cada vez mais escassos, como água e energia - e de custos indiretos - representados por punições e indenizações relacionadas a danos ao meio ambiente ou à saúde de funcionários e da população.

A realização do Trabalho de Conclusão de Curso é de grande importância, pois através dele que os acadêmicos podem tornar visíveis os estudos e teorias passados no decorrer do curso. Também proporciona a oportunidade de elaborar um estudo específico em diversas áreas do conhecimento e este trabalho em especial, está voltado para o assunto da sustentabilidade, tema que investiga estudo e aprofundamento.

Para as empresas, o estudo é de grande valor, pois até o presente momento não tinham sido objeto de estudo de um trabalho de conclusão de curso, dessa forma possibilitou a troca de conhecimentos teóricos e práticos para o seu

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melhoramento como um todo, além disso, foi proposto um plano de Gestão Sustentável.

Para o curso de Administração, o estudo se faz de grande importância por se tratar de um tema não muito explorado, o que possibilitou a efetivação de propostas para um plano ideal de gestão sustentável para as organizações deste segmento de trabalho, o madeireiro.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico aborda conceitos a partir de diversos autores sobre assuntos relacionados ao tema de estudo facilitando assim a compreensão do leitor. Ao decorrer deste capítulo serão apresentados os temas de gestão ambiental empresarial, desenvolvimento sustentável, gestão sustentável nas empresas, responsabilidade social empresarial e certificação ISO 14001.

2.1 Gestão Ambiental Empresarial

A evolução histórica da sustentabilidade sobre as discussão mundial a respeito das questões ambientais é recente, menos de cinco décadas, segundo Leal (2009), o que representa muito pouco tempo de reflexão e entendimento completo dos problemas ambientais globais e um período mais curto ainda para a verificação da eficácia de ações voltadas para a mitigação dos impactos socioambientais.

O mesmo autor relata que no final dos anos 60, um grupo formado por cientistas, intelectuais e empresários, denominado Clube de Roma, discutia a tese da incompatibilidade entre o modelo de desenvolvimento vigente e o meio ambiente. Se os países subdesenvolvidos passassem a adotar níveis de consumo dos recursos naturais semelhantes aos dos países desenvolvidos.

Como resultado desses estudos, em 1971, foi publicado o relatório dos cientistas Dennis e Donella Meadows, chamado Limites do Crescimento, constataram que se a continuação de um crescimento elevado da economia mundial abalaria com certeza os fundamentos naturais da vida, e se fossem mantidos os níveis de industrialização, poluição, produção de alimentos e exploração dos recursos naturais, os limites do crescimento seriam atingidos em menos de ce m anos.

Conforme os dados da pesquisa realizada por Leal (2009), descreve que a Organização das Nações Unidas – ONU – organizou, em 1972, em Estocolmo, Suécia, a I Conferência Internacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento, onde

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oficializou a preocupação internacional com o meio ambiente e a necessidade de implementação de políticas públicas de meio ambiente em todos os países do mundo.

Em 1977, na cidade de Tbilisi, na Geórgia, ex-URSS, segundo Leal (2009), foi organizada a I Conferência Mundial de Educação Ambiental, vista como um manifesto em prol da restauração da Terra, como o intuito de garantir a sobrevivência de todas as espécies, pois à industrialização era capitalista, sendo um grande vilão da degradação do meio ambiente.

Dessa forma buscou-se criar uma nova ordem econômica mundial, para obter assim um maior equilíbrio entre as dimensões econômica, social e ambiental, foi realizado em 1987, no documento Nosso Futuro Comum (Relatório da Comissão Brundtland), o conceito de Desenvolvimento Sustentável, a criação de um novo paradigma de desenvolvimento no qual as necessidades do presente são atendidas, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades, consumir e produzir de forma consciente, sem agredir o meio ambiente.

Segundo Leal (2009), após a Conferência de Estocolmo foi organizada pela ONU a II Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992, conhecida como Rio-92 ou ECO-Rio-92, e que se tornou uma referência em relação à construção de acordos ambientais internacionais.

O objetivo principal da Rio-92 foi buscar meios de conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra. Neste encontro elaboraram-se vários documentos oficiais tais como: A Carta da Terra, aprovada posteriormente pela ONU em 2002; as Convenções Internacionais de Mudanças Climáticas, de Biodiversidade e de Desertificação; a Declaração de Princípios sobre Florestas e a Agenda 21, principal documento da Rio-92 e que serve de base para que cada país, estado, município e/ou instituição elabore seu projeto de preservação para o meio ambiente.

Percebe-se que foram realizadas várias conferências e acordos internacionais realizados, visando a promover o caráter de urgência na implementação do modelo de sustentabilidade em escala mundial, onde os países assumiram o compromisso

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de melhorar a qualidade de vida do planeta. Dessa forma as empresas, os governos e a sociedade civil organizada, são peças fundamentais para o sucesso deste processo, os mesmos devem atuar conjuntamente a fim de encontrar o ponto de equilíbrio entre as dimensões econômica, social e ambiental em todas as suas iniciativas e atividades de modo a garantir o bem estar da sociedade e o futuro do próprio planeta.

O último encontro abordando a importância do cuidado com o meio ambiente foi realizado a Rio+20, no qual mobilizou todos os países a participar, mais uma vez da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em junho de 2012, aconteceu hà 20 anos após a Eco92, no qual realizou um balanço do que o mundo fez até agora, promoveu avanços nas discussões sobre desenvolvimento sustentável, economia verde, combate à pobreza e governança global.

A gestão ambiental empresarial ao longo da história da nossa sociedade tem recebido cada vez mais atenção em nível nacional e internacional, também está presente não somente nos discursos e relatórios publicados pelas organizações, mas em seus sistemas de gestão, processos e normas internas (CALIXTO, 2007).

A gestão ambiental vem ganhando espaço nas instituições públicas e privadas. Por meio desta temática é possível gerar mobilizações das organizações para se adequar à elevação de um meio ambiente ecologicamente equilibrado (SPAREMBERGER, 2012).

Segundo Kraemer e Tinoco (2004, p. 109), gestão ambiental “é a forma pela qual a organização se mobiliza, interna e externamente, para a conquista da qualidade ambiental desejada. Ela consiste em um conjunto de medidas que visam ter controle sobre o impacto ambiental de uma atividade”.

Segundo Donarie (1996), diversas iniciativas realizadas pelas empresas podem contribuir para melhorar as atividades e reduzir os maiores impactos ambientais provocados.

Para Quezada e Pierre, apud Valverde(2005), a gestão ambiental empresarial é entendida como um conjunto de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais que levam em consideração a saúde e a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente por meio da eliminação de impactos e danos ambientais decorrentes de planejamento, implementação, operação, ampliação da estrutura da

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empresa ou dos seus processos internos, incluindo todas as fases do ciclo de vida do produto.

Segundo Kraemer e Tinoco (2004, p. 119), os benefícios da gestão ambiental são: “A introdução de práticas ambientais pode, por um lado implicar a redução de custos, por meio da melhoria da eficiência dos processos, redução de consumos (matéria-prima, água, energia), minimização do tratamento de resíduos.”

Donaire(1999), relata 16 princípios para realizar uma gestão ambiental, sob a visão das organizações para que dessa forma seja atingido o desenvolvimento sustentável, são eles:

 Prioridade Organizacional: desenvolver na empresa políticas, programas e práticas no desenvolvimento das operações que sejam adequadas ao meio ambiente inserido, e tornar a questão ambiental sua prioridade de trabalho.  Gestão Integrada: integrar as políticas, programas e práticas ambientais

intensamente em todos os processos e no negócio da organização.

 Processo de Melhorias: melhoramento contínuo das políticas corporativas, considerando o desenvolvimento tecnológico, o conhecimento científico, as necessidades dos consumidores e os anseios da comunidade.

 Educação do pessoal: é necessário além de explicar a importância do meio ambiente, educar, treinar e motivar o pessoal, para que possam desempenhar suas tarefas de forma responsável.

 Prioridade de enfoque: Analisar as consequências ambientais antes de desenvolver uma nova atividade ou projeto.

 Produtos e Serviços: Criar e desenvolver produtos e serviços que não prejudicam o meio ambiente da mesma forma sejam seguros em sua utilização e consumo, eficientes no consumo de energia e de recursos naturais e que possam ser reciclados, reutilizados ou armazenados de forma correta.

 Orientação ao consumidor: educar e orientar os consumidores, distribuidores e o público em geral da correta forma de uso, transporte, armazenagem e descarte dos produtos produzidos.

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 Equipamentos e Operacionalização: desenvolver e operar equipamentos considerando o eficiente uso de água, energia e matérias-primas, uso sustentável dos recursos renováveis, a minimização dos impactos negativos ao ambiente e a geração de resíduos.

 Pesquisa: dirigir ou apoiar projetos de pesquisa que estudem os impactos ambientais das matérias-primas, produtos, processos, emissões e resíduos associados ao processo produtivo da empresa, visando à minimização de seus efeitos.

 Enfoque Preventivo: Alterar a manufatura e o uso de produtos e mesmo os processos produtivos, de maneira consistente na forma de prevenir as sérias e irreversíveis degradações do meio ambiente.

 Fornecedores e Subcontratados: Realizar e aplicar princípios ambientais da empresa junto dos subcontratados e fornecedores para que ocorra um melhoramento em suas atividades, seja criada uma extensão das normas utilizadas pela organização.

 Planos de Emergência: Desenvolver e manter, principalmente nas áreas de riscos, planos de emergência idealizados para poder ajudar na repercussão de eventuais acidentes.

 Transferência de Tecnologia: Contribuir na disseminação e transferência das tecnologias que ajude a preservar o meio ambiente.

 Contribuição ao Esforço Comum: Contribuir no desenvolvimento de políticas públicas e privadas, através de programas governamentais e iniciativas educacionais sob ótica da preservação do meio ambiente.

 Transparência de Atitude: Gerar clareza e dialogo com a comunidade que está inserida, respondendo a suas preocupações em relação aos grandes riscos e impactos das operações.

 Atendimento e Divulgação: Conduzir auditorias ambientais reguláveis para verificar se a organização está cumprindo com a legislação.

Todos os 16 princípios estão ligados entre a organização, meio ambiente e consumidor, gerando assim um elo de ligação e o atingindo o objetivo proposto, de uma organização desenvolver sustentabilidade em seu dia a dia.

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Segundo Dias (2009) o grau de envolvimento da empresa com a questão ambiental, poderá ter variações conforme o grau de importância que a mesma for desenvolvida, a dificuldade de obtenção de investimento necessário para mudar ou adaptar o seu processo produtivo ou a falta de conhecimento técnico-científico sobre a questão ambiental envolvida.

2.2 Desenvolvimento Ambiental Sustentável

As propostas de desenvolvimento sustentável estão baseadas na perspectiva de utilização atual dos recursos naturais desde que as mesmas sejam preservadas para as gerações futuras, conforme relata Dias (2009).

Para Daft (2010), a sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, porém sem comprometer o futuro das próximas gerações.

Conforme Donaire (1999, p.40), “o conceito de desenvolvimento sustentado tem três vertentes principais: crescimento econômico, equidade social e equilíbrio ecológico”.

Segundo Dias (1999), no ponto de vista econômico, a sustentabilidade prevê que as organizações têm que ser viáveis economicamente, ou seja, dar retorno ao investimento implantado; em termos sociais a empresa deve satisfazer aos requisitos de proporcionar adequadamente condições de trabalho aos seus empregados e ainda a alta gestão deve participar das atividades socioculturais com a comunidade em que vive; na visão ambiental, a empresa deve adotar uma produção mais limpa, ter uma postura de responsabilidade ambiental buscando a não contaminação de qualquer tipo de ambiente natural.

É necessário um equilíbrio entre estas três vertentes principais de modo que nenhuma delas alcance o grau máximo de suas reivindicações e nem o mínimo inaceitável.

Para Knod (2011), o desenvolvimento econômico deve estar presente nas empresas, sejam implantados sistemas organizacionais e de produção que tornem os bens naturais melhor valorizados, trocando a cultura descartável e do desperdício

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para que atividades como controle de resíduos, reciclagem, menor consumo se tornem palavras-chave de uma produção com preocupação ambiental.

É tempo de reposicionar o papel das empresas no desenvolvimento sustentável. Segundo Azevedo(2012), é preciso sair da postura defensiva que reage às ameaças e oportunidades e passar a planejar, agir influenciar ativamente a construção do cenário da sustentabilidade.

Donaire (1999), explica que o desenvolvimento da tecnologia deverá ser orientado pra metas de equilíbrio sempre com a natureza e o desenvolvimento da capacidade inovadora e o progresso será entendido como fruto de maior riqueza, benefício social equitativo e equilíbrio ecológico.

Na concepção de Bellen (2007, p. 22), o conceito de desenvolvimento sustentável “trata especificamente de uma nova maneira de a sociedade se relacionar com seu ambiente de forma a garantir a sua própria continuidade e a de seu meio externo”.

Para Dias (2009), o desenvolvimento sustentável no meio empresarial deve assumir com mais eficiências as suas formas de gestão da produção mais limpa e práticas identificadas com a ecoeficiência.

A ecoeficiência pode ser obtida através da união entre, o fornecimento de bens e serviços sustentáveis a preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas, e assim, promove a redução dos impactos ambientais e de consumo de recursos naturais. Uma empresa ecoeficiência é aquela que consegue produzir mais e melhor, com menores recursos e menores resíduos (Wikipédia. 2013).

Segundo Almeida (2002), a ecoeficiência exige que as empresas tracem estratégias de gestão ambiental preventiva, que integrem aspectos ambientais ao ciclo de vida de seus produtos e serviços, relacionando a excelência ambiental com a empresarial. Relata que a implementação da ecoeficiência, como instrumento de gestão na empresa, deve seguir algumas práticas básicas: 1 Redução do consumo de materiais com bens e serviços; 2 Redução do consumo de energia com bens e serviços; 3 Redução da emissão de substâncias tóxicas; Intensificação da reciclagem de materiais;5 Maximização do uso sustentável de recursos renováveis;6 Prolongamento da durabilidade dos produtos;7 Agregação de valor aos bens e serviços.

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Dias(2009), continua explicando que embora haja um crescimento perceptível da mobilização ao redor da sustentabilidade, ela ainda está mais focada no ambiente interno das empresas, voltada para os processos e produtos na forma de cuidar o desperdício e a degradação do meio ambiente.

Este acontecimento, a valorização da natureza e a preocupação em mante-la limpa e cuidada, é um grande avanço no ramo empresarial, tornando-se como marco o ano de 1992, na conferência Rio-92 no qual foi elaborada uma declaração de princípios da indústria para o desenvolvimento sustentável.

Quadro 1- Declaração de princípios da indústria para o desenvolvimento sustentável.

1. Promover a efetiva participação proativa do setor industrial, em conjunto com a sociedade, os parlamentares, o governo e organizações não governamentais no sentido de desenvolver e aperfeiçoar leis, regulamentos e padrões ambientais.

2. Exercer a liderança empresarial, junto à sociedade, em relação aos assuntos ambientais.

3. Incrementar a competitividade da indústria brasileira, respeitados os conceitos de desenvolvimento sustentável e o uso racional dos recursos naturais e de energia.

4. Promover a melhoria contínua e o aperfeiçoamento dos sistemas de gerenciamento ambiental, saúde e segurança do trabalho nas empresas.

5. Promover a monitoração e a avaliação dos processos e dos parâmetros ambientais nas empresas. Antecipar a análise e os estudos das questões que possam causar problemas ao meio ambiente e à saúde humana, bem como implementar ações apropriadas para proteger o meio ambiente.

6. Apoiar e reconhecer a importância do envolvimento contínuo e permanente dos trabalhadores e do comprometimento e o treinamento necessários com relação às questões ambientais.

7. Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias limpas, com o objetivo de reduzir ou eliminar impactos adversos ao meio ambiente e à saúde da comunidade.

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8. Estimular o relacionamento e as parcerias do setor privado com o governo e com a sociedade em geral, na busca do desenvolvimento sustentável, bem como na melhoria contínua dos processos de comunicação.

9. Estimular as lideranças empresariais a agir permanentemente junto à sociedade com relação aos assuntos ambientais.

10. Incentivar o desenvolvimento e o fornecimento de produtos e

serviços que não produzam impactos inadequados ao meio ambiente e à saúde da comunidade.

11. Promover a máxima divulgação e conhecimento da Agenda 21 e estimular sua implementação.

Fonte: Dias (2009, p.39) apud CNI (2002, p.24).

Além da elaboração desta declaração assumindo um compromisso com o meio ambiente, o autor relata “ainda falta muito para que as empresas se tornem agentes de um desenvolvimento sustentável, socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto” Dias (2009, p.38).

Para o autor Almeida (2002), diz que a ideia pra gerar desenvolvimento sustentável, são a integração e interação, propondo uma nova maneira de olhar e transformar o mundo, fundamentada no diálogo entre saberes e conhecimentos diversos. No mundo sustentável, uma atividade – a econômica, por exemplo – não pode ser pensada ou praticada em separado, porque tudo está inter-relacionado, em constante diálogo.

Abaixo se tem as diferenças entre o velho e o novo paradigma:

Quadro 2 – Paradigma cartesiano versus paradigma da sustentabilidade

Cartesiano Sustentável

Reducionista, mecanicista, tecnocêntrico.

Orgânico, holístico, participativo.

Fatos e valores não relacionados Fatos e valores fortemente relacionados Preceitos éticos desconectados das

práticas cotidianas

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Separação entre o objetivo e o subjetivo Interação entre o objetivo e o subjetivo Seres humanos e ecossistemas

separados, em uma relação de dominação.

Seres humanos inseparáveis dos ecossistemas, em uma relação de sinergia.

Conhecimento compartimentado e empírico

Conhecimento indivisível, empírico e intuitivo.

Relação linear de causa e efeito Relação não’linear de causa e efeito Natureza entendida como descontínua,

o todo formado pela soma das partes.

Natureza entendida como um conjunto de sistemas inter-relacionados, o todo maior que a soma das partes.

Bem-estar avaliado por relação de poder (dinheiro, influência, recursos).

Bem-estar avaliado pela qualidade das inter-relações entre os sistemas

ambientais e sociais

Ênfase na quantidade (renda per capita) Ênfase na qualidade (qualidade de vida)

Análise Síntese

Centralização de poder Descentralização de poder

Especialização Transdisciplinaridade

Ênfase na competição Ênfase na cooperação

Pouco ou nenhum limite tecnológico Limite tecnológico definido pela sustentabilidade

Fonte: Almeida (2002).

Os empresários neste novo papel, tornam-se mais aptos a compreender e participar das mudanças estruturais na relação de forças nas áreas ambiental, econômica e social.

Além disso, o desenvolvimento sustentável introduz uma dimensão ética e política que avalia o desenvolvimento como um processo de mudança social, com consequente a democratização do acesso aos recursos naturais e distribuição equitativa dos custos e benefícios do desenvolvimento.

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2.3 Gestão Sustentável nas Empresas

Observa-se que as organizações estão mais preocupadas em atingir e demonstrar um desempenho ambiental correto, realizando uma gestão sustentável controlando os impactos de seus processos produtivos de seus produtos ou serviços. Para Antunes (2009), o impacto ambiental é a consequência da intervenção humana sobre o meio ambiente, esta pode se tornar positivamente ou negativamente dependendo da qualidade da intervenção desenvolvida.

Dessa forma as organizações devem desenvolver atividades e produtos que não agridam o meio ambiente, e que possam ser reciclados ou reutilizados, a fim de contribuir para o desenvolvimento local e global que está em constante transformação, além de utilizar este diferencial pra se tornar mais competitiva no mercado em que atua.

Segundo Chiavenato (2004, p 128), “o sucesso de cada organização depende de sua capacidade de adequar-se continuamente as mudanças e transformações que ocorrem ao seu redor”.

De acordo com Fulgencio (2007), a gestão sustentável é um modelo que visa manter o crescimento das organizações levando em consideração as variáveis éticas, sociais, políticas, sempre respeitando o meio ambiente, em nenhum momento perder o foco financeiro dos negócios, atuando com pró-atividade e de maneira responsável. O autor continua a relatar que a Gestão Sustentável evita desperdícios de investimentos, recursos naturais e humanos.

Para Valle (1995, p.39), a gestão ambiental “é um conjunto de medidas e procedimentos bem definidos e adequadamente aplicados que visam a reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio ambiente”. Da mesma forma a compreensão do autor Valle, é que a gestão para ser eficaz, a empresa deve estar preocupada desde o projeto até a eliminação efetiva dos resíduos gerados, durante toda sua vida útil e a melhoria nos seus processos devem ser contínuos.

Segundo Sebrae (2012) o que tem sido verificado é que as empresas que cuidam de seus passivos ambientais (riscos ao meio ambiente e à saúde pública) e têm práticas de gestão sustentável têm seus custos reduzidos por que: 1-

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consomem menos água, pelo uso racional; 2- consomem menos energia, pela redução do desperdício; 3- utilizam menos matéria-prima, pela racionalização de seu uso; 4 geram menos sobras e resíduos, pela adequação do uso de insumos; 5- reutilizam, reciclam ou vendem resíduos, quando possível; 6- gastam menos com controle de poluição.

Quando a empresa olha o todo, também encontra mais facilidade para lidar com riscos e gerar soluções para dilemas enfrentados pela sociedade atual. A inovação está ligada a essa tendência – e nem sempre significa criar o novo, fazer grandes descobertas, e sim implementar inovações incrementares visando resultados como a diminuição da quantidade de matéria-prima e energia por produtos, eliminação de substâncias tóxicas e aumento na vida útil.

A sustentabilidade empresarial tem a capacidade de mudar de forma positiva a imagem de uma empresa junto aos consumidores. Com o aumento dos problemas ambientais gerados pelo crescimento desordenado nas últimas décadas, os consumidores ficaram mais conscientes da importância da defesa do meio ambiente. Cada vez mais os consumidores vão buscar produtos e serviços de empresas sustentáveis

Segundo autor Sebrae (2012), no Brasil, mais de 60% se dizem dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis ou privilegiar empresas éticas.

As empresas deverão ser capazes de atender às necessidades das gerações futuras considerando a escassez de recursos naturais, relacionando o aumento da população e o crescimento da classe média, que tende a consumir mais produtos e exigir melhor qualidade de vida.

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2.4 Responsabilidade social empresarial

A tomada de consciência do problema ambiental ocorreu na segunda metade do século XX aonde se deu o inicio a movimentos globais, no qual ocorreram vários encontros, conferências, tratados e acordos envolvendo vários países do mundo. Os objetivos destes encontros desenvolvidos foram com o intuito de formular uma nova estratégia de desenvolvimento que valorize a natureza, não a trate somente um depositário dos restos industriais, mas parte integrante e necessária do progresso da humanidade, conforme relata o autor Dias (2009).

Na ideia do autor Dias (2009, p.22), em seu texto explica que “nos países em desenvolvimento, a degradação dos recursos assumiu dimensões mais trágicas, devido à necessidade de exploração da natureza para garantir a sobrevivência de suas populações”.

A sustentabilidade exige uma postura preventiva, de modo a maximizar os aspectos positivos e minimizar os impactos e os efeitos negativos de qualquer empreendimento.

A responsabilidade social empresarial tornou-se um fator de competitividade para os negócios. Antigamente o que identificava uma empresa competitiva era basicamente o preço de seus produtos, em seguida veio exigência da qualidade, mas ainda focada nos produtos e serviços. Hoje, as empresas devem investir no permanente aperfeiçoamento de suas relações com todos os públicos dos quais dependem e com os quais se relacionam: clientes, fornecedores, empregados, parceiros e colaboradores. Isso inclui também a comunidade em seu redor, o governo, sem perder de vista a sociedade em geral, que construímos a cada dia.

Atualmente fabricar produtos ou prestar serviços que não degradem o meio ambiente, promover ações de inclusão social e participar do desenvolvimento da comunidade de que fazem parte, entre outras iniciativas, são diferenciais cada vez mais importantes para as empresas na conquista de novos consumidores ou clientes.

Diante desta situação, para Valle (1995), é fundamental que a responsabilidade ambiental empresarial deve iniciar com os seus funcionários, no qual a identificação dos problemas ambientais gerados pela atividade produtiva da

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empresa deve ser bem percebida por todos os funcionários, dessa forma facilitará na sua participação da solução dos problemas juntamente com o envolvimento dos gestores.

Todo empreendimento socialmente responsável deve estabelecer um diálogo com seus fornecedores, sendo transparente em suas ações, cumprindo os contratos estabelecidos, contribuindo para seu desenvolvimento e incentivando os fornecedores para que também assumam compromissos de responsabilidade social.

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking de consumo sustentável, o primeiro colocado é a Índia, o País apresenta bons índices no uso de materiais renováveis em suas construções e no emprego extensivo de biocombustíveis, segundo resultado da pesquisa realizada pela revista National Geographic (2010).

A conquista de novos consumidores é constante através da demonstração de responsabilidade social, pois os consumidores atualmente estão cada vez mais consciente e bem informado a respeito dos efeitos ambientais e processos produtivos ecologicamente saudáveis. Dessa forma estão dispostos a pagar mais carro por marcas associadas a uma atitude positiva em relação à proteção do meio ambiente conforme a abordagem do Sebrae (2012).

Percebe-se que a responsabilidade social ambiental está crescendo continuamente, e os consumidores estão atentos e acompanhando cada atitude que a empresa desenvolve.

Segundo Sebrae (2012), muitas micro e pequenas empresas já contribuem para a melhoria das comunidades nas quais estão presentes. Mas esta deve ser uma postura sistemática, para enraizar valores como a solidariedade em nosso meio social. E, nesse aspecto, o poder dos pequenos negócios é inigualável. Eles reúnem cerca de 45% dos trabalhadores do país e são importantes agentes econômicos em aproximadamente 80% dos municípios brasileiros.

O autor Dias (2009), demonstra os resultados de uma pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) junto com os empresários brasileiros, melhorar a imagem diante a sociedade (16%) e atender ao consumidor com preocupações ambientais (15%) ocuparam, respectivamente, a 4ª e a 5ª posição na preocupação dos empresários.

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2.5 Certificação ISO 14001

A ISO – International Organization for Standardization, tradução em português é Organização Internacional para Padronização, é uma federação mundial não governamental, situada na Suíça, fundada em 1947, da qual participam cerca de 100 países, tem o propósito de propor normas que representem o consenso dos países envolvidos para homogeneizar métodos, medidas, materiais e seu uso, conforme autor Morreira (2006).

As normas técnicas são documentos de uso voluntário, utilizados como importantes referências para o mercado, podem estabelecer requisitos de qualidade, de desempenho, de segurança.

Segundo Valle (1995 p.13), “A obtenção da certificação ambiental por uma empresa e as condições para sua manutenção dependerão, inequivocamente, da participação consciente de seus funcionários e fornecedores”. É através do envolvimento do funcionário que pode ser detectados erros operacionais que podem ser os geradores dos piores impactos ambientais.

O autor Morreira (2006), explica que a ISO 14000 divide-se em dois grupos de normas: O primeiro grupo aborda as normas direcionadas para a avaliação do produto, a ISO 14000, no quais abordam a rotulagem ambiental; ciclo de vida do produto; aspectos ambientais em normas de produtos. O segundo grupo, avaliam a organização, ISO 14001, que abordam os temas do sistema de gestão ambiental; desempenho ambiental e auditoria ambiental.

Para Furniel (2011), relata que a implantação da ISO 14001 para a região contribui para fortalecer o conceito de sustentabilidade. As empresas passaram a ter atitudes, iniciativas que contemplam tanto a qualidade ambiental quanto a responsabilidade social corporativa, além da segurança e da saúde ocupacional.

Para que uma empresa obtenha a certificação ambiental, é necessário cumprir três exigências: ter implantado um sistema de gestão ambiental; cumprir a legislação ambiental aplicável; assumir um compromisso com a melhoria contínua de seu desempenho ambiental (VALLE, 1995).

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Para obter a certificação de um modelo de gestão ambiental, Dias (2009, p. 60), “a empresa deve implementar ferramentas para monitorar atividades, produtos ou serviços que podem interagir com o meio ambiente; e desenvolver programas ambientais que promovam redução ou eliminação do impacto eventualmente produzido”.

Segundo autor Valle (1995, p. 105) “A norma ISO 14001 não exige que a empresa publique uma Declaração Ambiental divulgando informações relacionadas com sua situação ambiental. Entretanto informações relevantes devem ser prestadas a terceiros, se solicitadas”.

Segundo Morreira (2006), a certificação ambiental é a garantia de que a organização aonde o consumidor realiza as suas compras, atende a todos os requisitos de uma norma internacional que ela resolveu adotar para as suas atividades, produtos e serviços.

Furniel (2011), destaca que no Brasil, já foram registradas mais de seis mil certificações em ISO 14001, apesar de ser o começo da conscientização que devemos cuidar da natureza, antes era visto uma pratica somente adotada pelas multinacionais e grandes corporações, hoje são as micro, pequenas e médias empresas que buscam obtê-la.

É importante a aplicação da ISO 14001, conforme autor Furniel (2011), pois contribui para o desenvolvimento sustentável que é hoje, vital nas grandes empresas e mesmo as micro e pequenas estão cada vez mais preocupadas com o assunto. O compromisso das empresas em relação a sustentabilidade está aumentando. A maior parte das pesquisas científicas demonstra a influência de ações humanas nas mudanças globais no meio ambiente.

Atualmente as empresas têm diversos ganhos econômicos com a promoção do desenvolvimento sustentável em sua organização. Em uma época na qual o governo brasileiro está cada dia mais preocupado com o meio ambiente, desenvolver um sistema de gestão ambiental resulta em escapar de multas impostas por órgãos voltados à proteção da natureza, como o IBAMA, a empresas que violam o direito ambiental.

Conforme LEI Nº 6.938 de 31 DE AGOSTO DE 1981 art. 2º, a Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação

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da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.

Percebe-se que a sociedade civil tem priorizado empresas preocupadas com a questão ambiental. Empresas que incorrem em violações sistemáticas ao meio ambiente têm a imagem prejudicada junto ao público, o que pode prejudicar da imagem e consequente diminuição de vendas.

Os benefícios resultantes da certificação podem rapidamente superar o capital investido, segundo autor Ferolla (2012), a primeira empresa a obter esta certificação no País foi a Bahia Sul Celulose, localizada no Sul da Bahia, em Mucuri, seu setor é de papel e celulose.

Quadro 3 – Benefícios para uma empresa que obteve a certificação ISO 14001

Benefícios para uma empresa que obteve a certificação ISO 14001

 Garantia de melhor desempenho ambiental;

 Redução de desperdícios;

 Prevenção de riscos (acidentes ambientais, multas, ações judiciais, etc);

 Homogeneização da forma de gerenciamento ambiental em toda a empresa, especialmente quando suas

unidades são dispersas

geograficamente;

 Possibilidade de demonstrar consciência ambiental ao mercado;

 Possibilidade de obtenção de financiamentos às taxas menores;  Possibilidade de reduzir custos de

seguro;

 Aumento da produtividade;  Aumento da competitividade;

 Melhor aproveitamento dos recursos naturais;

 Melhoria da imagem junto às partes interessadas;

 Livre acesso ao mercado internacional.

Fonte: Furella (2012)

Embora apresenta-se a descrição da ISO 14001, que aborda a gestão ambiental, salienta-se que há outras normas relacionadas com a questão ambiental, entre elas estão: a ISO 1400 fala das normas ambientais; ISO 14031 aborda das normas sobre a avaliação do desempenho ambiental; ISO 14010 refere-se a

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auditorias ambientais; ISO 14020 menciona as normas sobre a rotulagem ambiental; ISO 14040 explica das normas de análise do ciclo de vida do produto; entre outras.

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3 METODOLOGIA

Apresenta-se a proposta de metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho. Neste tópico descreve-se a classificação do estudo, sujeitos da pesquisa, coleta, análise e interpretação dos dados coletados.

Segundo os autores Cooper e Schindler (2011) a pesquisa em administração é um procedimento de planejamento, aquisição, análise e disseminação dos dados coletados. Organizar ideias e informações de modo que possa proporcionar meios para que a organização estabeleça processos para tomada de decisão.

3.1 Classificação do estudo

O processo de pesquisa envolve a teoria e a realidade. Existem vários tipos de pesquisas e cada uma delas possui um objetivo específico.

Conforme Páuda (2004), a pesquisa é uma atividade voltada na resolução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação da realidade, é a atividade que vai nos permitir elaborar um conhecimento, que auxilie na compreensão da realidade e nos oriente em nossas ações.

O presente estudo de acordo com os objetivos propostos foi tratado quanto aos fins exploratório e descritivo, pelo fato de buscar a desenvolver um plano de gestão sustentável para as empresas do noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa exploratória possibilitou aprofundar o conhecimento sobre tema, pois cada vez mais as organizações devem ajustar as atividades da empresa ao pensamento sustentável, pois torna-se uma questão de sobrevivência e competitividade, buscar a familiaridade com o assunto e ao mesmo tempo compreende-lo melhor.

Por meio dos dados de contexto exploratório segundo Cooper e Schindler (2011), o pesquisador pode desenvolver conceitos de forma mais clara, estabelecem meios, desenvolvem significados operacionais e melhoram o projeto da pesquisa

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final. Na área de investigação as pesquisas exploratórias auxiliam à compreender e definir problemas que são enfrentados pelas organizações.

Segundo Gil (1999, p.43), “as pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explicito ou a construir hipóteses”. Para Vergara (1998, p. 47), a pesquisa exploratória “é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado”.

Os meio utilizados para a realização da pesquisa exploratória envolveu levantamentos bibliográficos, que consistiram nas bases teóricas que serviram para confrontar as informações obtidas na pesquisa realizada por meio das entrevistas. A pesquisa foi exploratória, já que visa entender melhor o tema da sustentabilidade no âmbito empresarial, explorando dessa forma com mais profundidade este assunto.

Segundo Vergara (1998), a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Neste sentido o presente estudo também é de natureza descritiva pois permite a descrição dos fatores, observados, registrado e analisados. Com isso foi possível realizar a interpretação das percepções e expectativas dos gestores em relação ao tema em estudo.

Quanto à abordagem, a pesquisa é qualitativa. Segundo Cooper e Schindler (2011), este tipo de estudo visa atingir uma situação em profundo entendimento, e uma das técnicas utilizadas na pesquisa qualitativa é a entrevista individual em profundidade.

De acordo com Bauer e Gaskell (2008), toda pesquisa que for realizada através de entrevista é um processo social, se torna uma interação de duas vias e que as palavras são o principal meio de troca das informações. Essa troca é rica em interação de ideias e significados, onde várias realidades são exploradas e desenvolvidas.

De acordo com Vergara (1998), classifica-se quanto aos meios em pesquisa bibliográfica, documental, estudo de caso e pesquisa de campo.

Para a realização deste trabalho acadêmico, quanto aos meios, o estudo é bibliográfico, no qual a pesquisadora buscou informações através de referencias teóricas baseadas em documentos publicados por diversos autores, bem como artigos, pesquisa virtual sobre o tema da sustentabilidade.

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A pesquisa bibliográfica abrange todo o referencial teórico já tornado público em relação ao tema de estudo, como publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, meios de comunicação orais e audiovisuais (Lakatos; Marconi, 2002).

Segundo Gil (1999, p. 65), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.

Silva e Menezes (2001), destacam que a pesquisa bibliográfica contribuirá para obter informações sobre a situação atual do tema ou problema pesquisado, conhecer publicações existentes sobre o tema e os aspectos que já foram abordados, verificar as opiniões similares e diferentes a respeito do tema ou de aspectos relacionados ao tema ou ao problema de pesquisa.

Além disso, a presente pesquisa possui o estudo de caso, para que seja possível analisar de que forma está sendo realizados os processos de produção, visando identificar qual o estágio do uso de praticas sustentáveis nas empresas, com a pesquisa de campo, foram oferecida sugestões de melhorias para que a organização implante um plano de gestão sustentável.

De acordo com Gil (1991), o estudo de caso é caracterizado pelo estudo exaustivo e em profundidade de poucos objetos, de forma a permitir conhecimento amplo e específico do mesmo.

Foi considerada pesquisa de campo sendo que se constitui em uma investigação realizada no local, ou seja, nas duas madeireiras de pequeno porte, localizada na fronteira noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. No qual realizou-se uma entrevista com os gestores da empresa de maneira investigativa, se o mesmo possui um sistema de gestão sustentável em sua organização, qual o seu entendimento e suas praticas sobre o assunto da sustentabilidade.

Conforme Vergara (1998), a pesquisa de campo é “a investigação empírica realizada no local onde ocorre um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo, podendo incluir entrevistas, aplicação de questionários, observações participantes ou não”.

Referências

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