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Aula 18 - 04 05 12 - Consignação em Pagamento, Pagamanento com Sub-rogação e Imputação ao Pagamento

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(1)

Prof. Me. Rafael Amorim de Amorim

Aula 18 - 04/05/12

(2)

Conceito: Conceito:

a)

a) Está à Está à disposição do devedor disposição do devedor (consignante) (consignante) quando há obstáculo quando há obstáculo para o adimplemento

para o adimplemento;; b)

b) Advém o obstáculo do próprio credor (consignatário) ou de outras Advém o obstáculo do próprio credor (consignatário) ou de outras circunstâncias;

circunstâncias; c)

c) O devedor busca realizar o O devedor busca realizar o depósito judicial da coisa devidadepósito judicial da coisa devida ( (ouou em em estabelecimento bancário

estabelecimento bancário);); d)

d) O devedor evita a mora, O devedor evita a mora, liberando-se da obrigaçãoliberando-se da obrigação; ; e)

e) É uma É uma forma de extinção das obrigaçõesforma de extinção das obrigações, consistindo em um , consistindo em um pagamento indireto da prestação pactuada.

pagamento indireto da prestação pactuada. - Arts. 334 a 345 CC e 890 a 900 do CPC. - Arts. 334 a 345 CC e 890 a 900 do CPC.

Consignação em Pagamento

Consignação em Pagamento

(3)

Hipóteses (Art. 335): Hipóteses (Art. 335):

a)

a) se o credor:se o credor: i) não puder receber; ii) i) não puder receber; ii) sem justa causa, sem justa causa, recusar-se a recusar-se a receber;

receber; ouou iii) recursar-se a dar quitação iii) recursar-se a dar quitação na devida forma;na devida forma; b)

b) se o credor: se o credor: i) não for receber; ii) nem mandar receber a coisa i) não for receber; ii) nem mandar receber a coisa (no (no lugar, tempo e condição devidos);

lugar, tempo e condição devidos);

Consignação em Pagamento

Consignação em Pagamento

c)

c) se o credor for:se o credor for: i) incapaz de receber; ii) for i) incapaz de receber; ii) for

desconhecido; iii) declarado ausente; iv) ou residir em desconhecido; iii) declarado ausente; iv) ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;

lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;

d) se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente d) se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;

receber o objeto do pagamento;

e) se pender litígio sobre o objeto do pagamento. e) se pender litígio sobre o objeto do pagamento.

Art. 344. Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação

consignação, , mas,mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento.” tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento.”

(4)

Requisitos (Art. 335): Requisitos (Art. 335):

“Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento.”

é válido o pagamento.” a) Pessoas:

a) Pessoas: a consignação deve ser feita pelo devedor (ou representante) em face a consignação deve ser feita pelo devedor (ou representante) em face do alegado credor, sob pena de não ser considerada válida;

do alegado credor, sob pena de não ser considerada válida; b) Objeto:

b) Objeto: o pagamento deve ser feito na integralidade;o pagamento deve ser feito na integralidade; c) Modo:

c) Modo: deve ser cumprida conforme pactuada deve ser cumprida conforme pactuada (Art. 336 - (Art. 336 - “O depósito requerer-“O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento [em regra, as dívidas são quesíveis e adimplidas no se-á no lugar do pagamento [em regra, as dívidas são quesíveis e adimplidas no domicílio do devedor]

domicílio do devedor], cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da , cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.”);

dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.”);

d) Tempo:

d) Tempo: deve ser observado o que foi avençado (Art. 345. deve ser observado o que foi avençado (Art. 345. Se a dívida se vencer, Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderá pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação

qualquer deles requerer a consignação.).)

Consignação em Pagamento

Consignação em Pagamento

(5)

Possibilidade de Levantamento do Depósito: Possibilidade de Levantamento do Depósito:

a) Antes da Aceitação ou Impugnação do Depósito pelo Credor: a) Antes da Aceitação ou Impugnação do Depósito pelo Credor:

“Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar,

impugnar, poderá o devedor requerer o levantamentopoderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas , pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito.”

despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito.”

Consignação em Pagamento

Consignação em Pagamento

b) Depois da Aceitação ou Impugnação do Depósito b) Depois da Aceitação ou Impugnação do Depósito - O depósito só poderá ser levantado se houver a - O depósito só poderá ser levantado se houver a anuência do credor

anuência do credor, que, nesse caso, perderá a , que, nesse caso, perderá a

preferência e a garantia que lhe cabiam sobre a coisa preferência e a garantia que lhe cabiam sobre a coisa consignada (os fiadores e codevedores que não tenham consignada (os fiadores e codevedores que não tenham anuído serão liberados) – Art. 340.

anuído serão liberados) – Art. 340.

c) Depois de Julgado Procedente o Depósito c) Depois de Julgado Procedente o Depósito

“Art. 339. [...] o devedor já não poderá levantá-lo, Art. 339. [...] o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores.”

(6)

Consignação de Coisa Certa (art. 341): Consignação de Coisa Certa (art. 341):

Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada.

recebê-la, sob pena de ser depositada.

Obs.: conforme art. 891 do CPC, o devedor poderá ajuizar a ação no foro em Obs.: conforme art. 891 do CPC, o devedor poderá ajuizar a ação no foro em que se encontra a coisa devida.

que se encontra a coisa devida.

Consignação de Coisa Incerta (art. 342): Consignação de Coisa Incerta (art. 342):

Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente.

como no artigo antecedente.

Consignação em Pagamento

Consignação em Pagamento

(7)

Despesas Processuais Despesas Processuais

a) As despesas com o depósito, quando julgado a) As despesas com o depósito, quando julgado

procedente, correrão à conta do credor; procedente, correrão à conta do credor;

b) As despesas com o depósito, quando julgado b) As despesas com o depósito, quando julgado

improcedente, correrão à conta do devedor. improcedente, correrão à conta do devedor.

Consignação em Pagamento

(8)

Consignação Extrajudicial Consignação Extrajudicial

Art. 890. [...] poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a Art. 890. [...] poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.

consignação da quantia ou da coisa devida. § 1

§ 1oo Tratando-se de Tratando-se de obrigação em dinheiroobrigação em dinheiro, poderá o devedor ou terceiro optar pelo , poderá o devedor ou terceiro optar pelo depósito da quantia devida, em

depósito da quantia devida, em estabelecimento bancárioestabelecimento bancário, oficial onde houver, situado , oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, em conta com correção monetária,

no lugar do pagamento, em conta com correção monetária, cientificando-se o credor por cientificando-se o credor por carta com aviso de recepção, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação carta com aviso de recepção, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa

de recusa..

§ 2

§ 2oo Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior,Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior, sem a manifestação de recusa, sem a manifestação de recusa, reputar-se-á o devedor liberado da obrigação,

reputar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia ficando à disposição do credor a quantia depositada.

depositada.

Consignação Judicial Consignação Judicial § 3

§ 3oo Ocorrendo a recusa, Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, o o devedor ou terceiro poderá propor, dentro de 30 (trinta) dias, a

devedor ou terceiro poderá propor, dentro de 30 (trinta) dias, a ação de consignaçãoação de consignação, , instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa.

instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa. § 4

§ 4oo Não proposta a ação no prazo do parágrafo anterior, ficará sem efeito o depósito, Não proposta a ação no prazo do parágrafo anterior, ficará sem efeito o depósito,

podendo levantá-lo o depositante. podendo levantá-lo o depositante.

Consignação em Pagamento

Consignação em Pagamento

(9)

I - Consiste no pagamento da dívida por terceiro, com a consequente I - Consiste no pagamento da dívida por terceiro, com a consequente substituição de sujeitos na relação jurídica obrigacional originária: sai substituição de sujeitos na relação jurídica obrigacional originária: sai o credor originário e entre o terceiro que pagou a dívida.

o credor originário e entre o terceiro que pagou a dívida. II - A sub-rogação

II - A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida,

privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o contra o devedor principal e os fiadores (Art. 349).

devedor principal e os fiadores (Art. 349).

Pagamento com Sub-Rogação

Pagamento com Sub-Rogação

III - Efeitos do Pagamento com Sub-rogação: III - Efeitos do Pagamento com Sub-rogação: a)

a) LiberatórioLiberatório, devido à extinção do débito em , devido à extinção do débito em relação ao devedor originário;

relação ao devedor originário; b)

b) TranslativoTranslativo, devido à transferência da relação , devido à transferência da relação obrigacional para o novo credor.

(10)

Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor do (rol

Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor do (rol

taxativo / numerus clausus):

taxativo / numerus clausus):

I - credor que paga a dívida do devedor comum;

I - credor que paga a dívida do devedor comum;

II - adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem

II - adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem

como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de

como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de

direito sobre imóvel;

direito sobre imóvel;

III - terceiro interessado (p. ex. fiador, devedor solidário), que paga a dívida

III - terceiro interessado (p. ex. fiador, devedor solidário), que paga a dívida

pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.

pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.

Atenção: o sub-rogado legal não poderá exercer os direitos e as ações do

Atenção: o sub-rogado legal não poderá exercer os direitos e as ações do

credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o

credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o

devedor (Art. 350).

devedor (Art. 350).

Sub-Rogação Legal

Sub-Rogação Legal

(11)

- Sub-rogação é convencional

- Sub-rogação é convencional nas seguintes hipóteses nas seguintes hipóteses (Art. 347)

(Art. 347)::

a) o

a) o credor recebe o pagamento de terceiro e credor recebe o pagamento de terceiro e

expressamente lhe transfere todos os seus direitos

expressamente lhe transfere todos os seus direitos;;

Obs.:

Obs.: Na hipótese do inciso I do artigo Na hipótese do inciso I do artigo

antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão

antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão

do crédito (Art. 348).

do crédito (Art. 348).

b)

b) terceira pessoa empresta ao devedor a quantia terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida

precisa para solver a dívida, sob a condição expressa , sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor

de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor

satisfeito.

satisfeito.

Pagamento com Sub-Rogação

Pagamento com Sub-Rogação

Atenção: O

Atenção: O credor originário, só em parte reembolsado, terá credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado

preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens , na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever (art. 351).

(12)

Regra Geral

Regra Geral:: A A pessoa obrigada por dois ou mais débitos pessoa obrigada por dois ou mais débitos da da mesma natureza, a um só credor:

mesma natureza, a um só credor: a) Tem o

a) Tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamentodireito de indicar a qual deles oferece pagamento, , se todos forem líquidos e vencidos. (art. 352)

se todos forem líquidos e vencidos. (art. 352)

b) Se não indicar qual das dívidas quer imputar o pagamento, b) Se não indicar qual das dívidas quer imputar o pagamento, o o

credor ao dar a quitação fará a indicação.

credor ao dar a quitação fará a indicação. (nesta hipótese, (nesta hipótese, aceitando a quitação, o devedor não terá direito a reclamar aceitando a quitação, o devedor não terá direito a reclamar

contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele

cometido violência ou dolo.) cometido violência ou dolo.)

Imputação do Pagamento

Imputação do Pagamento

(13)

Atenção

Atenção (art. 355): (art. 355): Se o devedor não fizer a Se o devedor não fizer a indicação

indicação do art. 352, do art. 352, e a quitação for omissa e a quitação for omissa quanto à imputação:

quanto à imputação: a)

a) Esta Esta se fará nas dívidas líquidas e vencidasse fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar;

em primeiro lugar; b)

b) Se as Se as dívidas forem todas líquidas e dívidas forem todas líquidas e vencidas

vencidas ao mesmo tempo, ao mesmo tempo, a imputação far-se-a imputação far-se-á na mais onerosa.

á na mais onerosa.

Imputação do Pagamento

Imputação do Pagamento

-

- Havendo capital e juros,Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos,

juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.

(14)

“Quanto maior a dificuldade, tanto maior o

mérito em superá-la.” (H W Beecher)

Obrigado

Referências

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