DRENAGEM DE TALVEGUES
Prof. Josué Souza de Gois
DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES
E OBRAS DE TERRA
M a t e r i a l e x t r a í d o e a d p t a d o d a A u l a d o P r o f . C a r l o s Yu k i o S u z u k i
Bueiro ovoide de concreto S = 4,00m² Rodovia Carvalho Pinto
Dreno de talvegue – S = 3,00m²
Interior da galeria BSCC – S = 3,00m x 3,00m Pode-se notar o recalque ocorrido na galeria devido a não remoção do solo sob a mesma
Os bueiros podem ser classificados como:
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
QUANTO À FORMA QUANTO À NATUREZA
Tubulares Rígidos de concreto Celulares Flexíveis de concreto Ovoides Flexíveis metálicos
Os bueiros podem ser dimensionados como
vertedores, canais ou orifícios. O tipo de
dimensionamento varia em função da obra, poder ou não trabalhar com carga hidráulica a montante.
A carga hidráulica é função: • Período de retorno;
• Classe da rodovia e; • Custos de implantação.
A metodologia proposta para bueiros funcionando com carga hidráulica a montante é baseada nas equações da dinâmica do movimento uniforme para condutos sob pressão.
Pode-se também utilizar o método apresentado na
Circular nº 5 Hydraulic Design of Highway Culverts,
do Bureau of Public Roads – USA (2005).
Neste caso o bueiro pode ou não ter carga a montante.
Bueiro funcionando como orifício: baseado no
Teorema de Bernoulli e na Equação da Continuidade. Este método não considera as condições do corpo do
bueiro, como a rugosidade das paredes, o
comprimento e a declividade.
Na Circular nº 5 - Hydraulic Design of Highway Culverts, do Bureau of Public Roads – USA (2005) classificou o funcionamento de bueiros quanto ao fluxo,em dois tipos:
• Com controle de entrada e; • Com controle de saída
Funcionamento como canais:
• Regime crítico;
• Regime super e subcrítico (Equação da
Continuidade e de Manning).
Funcionamento como vertedores;
Funcionamento como orifícios (BPR – Circular nº 5)
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Bueiros dimensionamento orifício canais
Pode-se trabalhar com carga hidráulica a montante?
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Orifício Canal Carga hidráulica a montante ? SIM NÃOBueiro funciona como orifício quando:
Hw
≥1,2D ou Hw ≥1,2H – D = diâmetro e H =
altura do bueiro.
(Manual de Drenagem de Rodovias - DNIT - 2006)
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A vazão depende de sua carga a montante, ou seja, da diferença de cotas dos níveis d’água na entrada e na saída do conduto, da forma e das dimensões da entrada.
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
𝑍1 + 𝑃1 𝛾 + 𝑣12 2𝑔 = 𝑍2 + 𝑃2 𝛾 + 𝑣22 2𝑔 𝑃1 = 𝑃2 , 𝑣1 = 0 , ℎ = 𝑍1- 𝑍2 𝑣 = 2𝑔ℎ Q= 𝐶𝑣 ∙ 𝐶𝑐 ∙ 𝐴 2𝑔ℎ Q= 𝐴 2𝑔ℎ𝐶𝑣 = 0,97 𝑎 0,98 – Redução da Viscosidade do Líquido 𝐶𝑐 = 0,62 𝑎 0,64 – Contração do Orifício - Weissbach
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
𝐻=𝐻𝑣 + 𝐻𝑒 + 𝐻𝑓 𝐻𝑣 = 𝑣2
2𝑔 - velocidade média da água no corpo do bueiro
Funcionamento como orifício
• Com controle de entrada
Energia consumida da água represada a montante
𝐻𝑒 = 𝑘𝑒 ∙ 𝑣2
2𝑔- perda de carga na entrada – função da geometria da boca
𝐻𝑓 = 2∙𝑔∙𝑛2∙𝐼
𝑅ℎ1,33 ∙ 𝑣2
2𝑔 - atrito ao longo do bueiro
H = 1 + 𝑘𝑒 + 2∙𝑔∙𝑛2∙𝐼
𝑅ℎ1,33 ∙ 𝑣2 2𝑔
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
Coeficiente de perdas em entradas de estruturas - ke Fonte: Manual de Drenagem de Rodovias - DNIT - 2006DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
Velocidades máximas admissíveis para água
Profundidade da carga hidráulica a montante para bueiros em células de concreto, com controle de entrada
Profundidade da carga hidráulica a montante para
bueiros de tubo de
concreto, com controle de entrada
CÁLCULO DO NÍVEL DE MÁXIMA
ENCHENTE EM PONTES
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
ETAPAS PARA DEFINIÇÃO DO NAmáx EM UMA PONTE 1. Estudo hidrológico – Vazão afluente (Qafluente)
2. Características da seção transversal do canal – batimetria; 3. Cálculo da curva-chave (cota x vazão);
4. A partir da Qafluente, define-se o NAmáx;
5. Como o NAmáx determina-se a cota de assentamento da ponte;
6. Deixar borda livre igual a 1,0m para T = 100anos (DERSA/DER – IP-DE-H00/002)
A verificação da linha
d’água de travessias a serem
projetadas para a vazão de projeto pode ser elaborada
por meio da Equação de Manning, associada à
Equação da Continuidade, quando as seções
transversais são prismáticas.
A partir de uma curva-chave para a seção, verifica-se
a cota correspondente à vazão afluente e a cota de
nível d’água máximo.
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
O nível de máxima enchente pode ser determinado
também com a utilização de sofwares de modelação
hidrodinâmica como o Cliv (POLI,2003) ou o HEC-HAS
(USACE
– 2010). Este último é mais indicado para
AUMENTO DA
EFICIÊNCIA DE
BUEIROS COM A
MELHORIA NO
DISPOSITIVO DE
ENTRADA
DRENAGEM - TOT - 2017
Aumento da capacidade de vazão
de bueiros
Entrada com mais eficiência hidráulica
Reduz a perda de energia
Melhor utilização da carga disponível
Entrada afunilada Seção de face alargada Garganta hidraulicamente eficiente Depressão ou degrau a montante Aumentar a carga na seção de garganta
AUMENTO DA CAPACIDADE DOS BUEIROS
Tipo de Melhoria
% de Aumento
Afunilamento lateral 25 a 40 Afunilamento lateral + degrau Até 100
RESULTADOS OBTIDOS
Entre diferentes tipos de melhorias de entrada
ANÁLISE COMPARATIVA
ANÁLISE COMPARATIVA
ESTUDO DE CASO
Finalidade: demonstrar as vantagens da utilização da melhoria
no dispositivo de entrada
CASO 1: BTCC: 2,50 X 2,50 BDCC: 3,00 X 3,00
Mais econômico com afunilamento lateral (4:1), exceto para pequenos comprimentos.
ANÁLISE COMPARATIVA
ESTUDO DE CASO
Comparativo entre diferentes tipos de reforço hidráulico CASO 1: Plataforma de aterro com altura de 2,00m
CASO 2: Plataforma de aterro com altura de 5,00m
OBS: Quanto maior a plataforma de aterro sobre um bueiro,
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
• Critério simplificado de seleção de bueiros em nível de
concepção de projeto, por meio de gráficos e planilhas, em função da análise de vazões (entre 2m³/s e 90m³/s), plataformas de aterro (variando entre 5 e 20m);
• Aumento de vazão de 20%, no afunilamento lateral e de 100%,
no afunilamento com degrau;
• O melhor tipo de melhoria é a combinação do Afunilamento
com a implantação de degrau ;
• Entrada com afunilamento lateral ou afunilamento + degrau se
mostrou muito vantajosa para o reforço de bueiro com capacidade insuficiente.
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
• Afunilamento lateral (taper 4:1 a 6:1) pode alcançar até 25% de
acréscimo na vazão dentro do mesmo dispositivo;
• Melhor desempenho hidráulico: taper 4:1;
• Com taper de entrada 4:1, 5:1 ou 6:1, o degrau com altura de
2,00m funciona melhor quando comparado ao de altura 1,00m;
• Quanto maior a altura de aterro maior o custo de reforço
convencional.
• Para plataformas de aterro mais altas com maiores volumes de escavação e maiores custos de execução o tunnel liner é mais vantajoso que a execução convencional.