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17 - Audiência Preliminar - Grupo 3 - Tribunal de Comarca do Alentejo Litoral

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Academic year: 2021

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Odemira

-Processo:º 679/2012TVCODM Acção Processo Ordinário N/ Refrência: 123456 Data: 20/03/2012 Autor: Alfredo Costa e Belmira Monte

Réu: Carlos Rio, Duarte Lago e Eduardo Prado

ACTA DE AUDIÊNCIA PRELIMINAR

Data:

20/03/2012

Local:

Tribunal de Comarca do Alentejo Litoral Odemira – 1ª Secção

Magistrados Judiciais:

Carlos Cajada, Dina Matos e José Caria

Oficial de Justiça:

Sandra Tavares

Mandatários dos autores:

Maria Zulmira, José Pinto Amaral

Mandatários dos réus:

Beatriz Prates, Maria Leonor Costa

Presentes: Todas as pessoas para a audiência convocadas.

Declarada aberta a audiência preliminar pelas 10.00 horas, foi tentada conciliação das partes, a qual não se mostrou possível, uma vez que ambas mantêm as posições afirmadas.

Não sendo possível a conciliação, procedeu-se então à delimitação dos termos do litígio, o que se fez a partir da discussão da selecção da matéria de facto abaixo indicada.

DESPACHO SANEADOR

O Tribunal é competente

.

Não há nulidades que invalidem todo o processado.

As partes têm personalidade e capacidade judiciárias e são legítimas.

(2)

Odemira

-Ao abrigo do disposto no artº 315º, nº 1, do Código de Processo Civil, fixamos o valor da causa em 185.000,00€ ( Cento e oitenta e cinco mil euros).

Questões prévias

Os AA. vieram pedir a condenação do RR. no pagamento do montante de 150.000,00€ (cento e cinquenta mil euros), por danos patrimoniais e não patrimoniais provocados por um incêndio alegadamente provocado pelos RR. de que resultou a destruição de pastagens numa extensão de duzentos hectares (no valor de dez mil euros); de cinquenta e quatro sobreiros ( no valor unitário de quinhentos euros); de vinte e dois sobreiros (no valor unitário de setecentos euros); de quarenta e cinco ovelhas ( a duzentos euros cada uma); de vinte e duas cabras ( a duzentos euros cada uma); de sessenta galinhas ( a quinze euros cada uma); de duas vacas ( a dois mil euros cada uma) e a destruição de uma vedação, mangueiras, sistema de rega por aspersão e uma construção rural para a recolha de animais no valor global de catorze mil euros.

Contestou o R. Carlos Rio, por impugnação, afirmando que desconhece por completo a razão pela qual foi originado o incêndio uma vez que não se encontrava no local e que houvera celebrado com os RR. Duarte Lago e Eduardo Prado um contrato de empreitada para a limpeza do seu terreno, em obediência ao disposto no D. L. nº 156/2004 de 30 de Junho. Que nos termos daquele contrato os RR. Duarte e Eduardo não actuavam sob a sua ordem e direcção mas antes em cumprimento do contrato de empreitada com aqueles celebrado.

Que além do mais o tractor em causa estava equipado com disposição de retenção de faúlhas e dispositivo tapa-chamas no tubo de escape e aponta a hipótese de acto criminoso ou natural para a deflagração do incêndio uma vez que fazia muito calor tendo a temperatura atingido o valor de 37ºC.

Em Reconvenção, o R. Carlos Rio pede para que seja absolvido do pedido declarando que devem os artigos impugnados serem considerados por provados e que deve ser julgada procedente a excepção peremptória invocada, concluindo-se pela improcedência do pedido, uma vez que o direito à indemnização se encontra prescrito nos termos do nº 1 do artº 498º do Código Civil. Pede a condenação dos AA. no pagamento do valor de 35.000,00 euros na sequência do incêndio que lhe destruiu a carrinha de marca Ford Transit com a matrícula 35-35-DM, de sua pertença conforme documentou nos autos.

(3)

Odemira

-Replicaram os AA. invocando para tanto que não deve prescrever o direito à indemnização, conquanto a base legal aplicável ao caso concreto é a prevista no nº 3 do artº 498º do Código Civil e não o nº 1 do mesmo artigo conforme invocado pelos RR. em sede de Contestação. Propugnam pela aplicação do disposto no artº 118º, nº 1, alínea b) do Código Penal em que o prazo prescricional é de dez anos, razão pela qual entendem que esta condição se não verificou, prazo aliás interrompido com a citação dos RR. para a presente acção.

Concluem pela improcedência da excepção peremptória por não provada e também pela improcedência da Reconvenção, absolvendo-se os AA. reconvindos do pedido reconvencional.

Uma vez que não é possível conhecer desde já o mérito da causa, impõe-se portanto a fixação da matéria de facto tida como provada e a elaboração dos factos da relação material controvertida que constituirão a base instrutória.

II.

FACTOS ASSENTES

A)

Que o A. Alfredo Costa é proprietário do prédio rústico denominado de Várzea de Baixo, situado na Freguesia de Santa Maria, Concelho de Odemira, descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o nº 842/19970218 e inscrito na matriz sob o artigo nº 8, da Secção “H” da já citada Freguesia, neste Concelho (Doc. 1 da P.I.).

B)

Que a A. Belmira Monte é proprietária de um prédio misto denominado Várzea de Cima, situado na Freguesia de Santa Maria, Concelho de Odemira, descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o nº 847/19970218 e inscrito na matriz predial sob o artigo nº 35 urbano e nº 9, Secção “H” rústico da já citada Freguesia, neste Concelho (Doc. 2 da P.I.).

C)

Que o R. Carlos Rio é proprietário de um prédio urbano ( e não misto conforme é dito no artº 3º da P.I.) denominado Vale da Batata, situado na Freguesia de Santa Maria, Concelho de Odemira, descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o

(4)

Odemira

-nº 145/20010528 e inscrito na matriz sob o artº 3526 da já citada Freguesia, neste Concelho(Doc. 3 da P.I.).

D)

Que no dia 19 de Junho de 2006 pelas 14.00 horas ocorreu um incêndio nos prédios anteriormente descritos, pois assim é público e notório ( estes factos não carecem de prova nem alegação).

E)

Que os RR. Duarte Lago e Eduardo Prado se encontravam com os seus tractores a proceder ao corte de matos e alargamento de acessos na propriedade do R. Carlos Rio (Artº 6º da P.I e artº 3º, 4, 10º e 11º da Contestação).

F)

Que o tractor agrícola de marca Case IH com a matrícula 53-53-SP é pertença do R. Carlos Rio (Doc. 4. Da P.I.).

G)

O veículo automóvel de marca Ford Transit com a matrícula 35-35-DM, era propriedade do R. Carlos Rio ( Doc. Nº 2 da Contestação).

H)

Que foi celebrado contrato de empreitada entre o R. Carlos Rio e os RR. Duarte Lago e Eduardo Prado para limpeza do prédio já identificado na alínea C) da matéria assente.

I)

Que morreram quarente e cinco ovelhas

J)

Que morreram vinte e duas cabras.

L)

Que morreram sessenta galinhas.

M)

(5)

Odemira

-O)

Foi destruída uma vedação, mangueiras, sistema de rega por aspersão e uma construção destinada a recolha de animais.

III.

BASE INSTRUTÓRIA

Mostram-se ainda controvertidos com interesse para a decisão da causa os seguintes factos:

1) O tractor de marca Case IH com a matrícula 53-53-SP, estava ou não dotado do sistema de retenção de faúlhas e dispositivo de tapa-chamas no tubo de escape? 2) O terreno onde alegadamente se iniciou o incêndio possui inúmeras pedras ou é

de textura predominantemente arenosa?

3) Foi dado cumprimento ao nº 2 do artº 8º e artº 24º do Dec. Lei 142/2006 de 27 de Julho?

4) Esses animais encontravam-se registados no Ministério da Agricultura?

5) Em virtude do incêndio sub iudice¸ foram destruídos uma vedação, mangueiras, um sistema de rega por aspersão e uma construção destinada a recolha de animais?

6) Qual o valor dos bens indicados em 6)?

7) Quais os danos causados na carrinha com a matrícula 35-35-DM?

8) Tais danos foram causados pela conduta dos AA. ou foi a mesma consumida pelas chamas?

9) Existe relatório da corporação de bombeiros que combateram o incêndio ? 10) Qual foi, efectivamente, a área ardida?

11) Os terrenos dos AA. Encontravam-se limpos de acordo com o preceituado no D/Lei nº. 156/2004 de 30.06?

12) Os réus possuíam seguro de responsabilidade civil para a execução dos trabalhos?

Exmo Sr(s).

Dra. Maria Zulmira Dr. José Pinto Amaral 1250 134 Lisboa

(6)

Odemira

-Processo: 679/2012TVCODM Acção de Processo Ordinário NºReferência 123456 Autores:- Alfredo Costa e Belmira Monte

Réus:- Carlos Rio, Duarte Lago e Eduardo Prado

Assunto: AUDIÊNCIA PRELIMINAR- ART 155 CPC

Fica, desde modo, notificado, relativamente ao processo em epígrafe, do

despacho proferido, de que se junta cópia, de que foi designado o dia

22-03-2012, às 20H30, para audiência preliminar.

Em caso de impedimento e mediante prévio acordo com os restantes

Mandatários, poderá, no prazo de 5 dias propor datas alterativas.

Lisboa, 05 de Fevereiro de 2012

O Oficial de Justiça,

Sandra Tavares

Exmo Sr(s).

Dra. Beatriz Prates Dra. Leonor Costa

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Odemira

-Processo: 679/2012TVCODM Acção de Processo Ordinário NºReferência 123456 Autores:- Alfredo Costa e Belmira Monte

Réus:- Carlos Rio, Duarte Lago e Eduardo Prado

Assunto:- AUDIÊNCIA PRELIMINAR- ART 155 CPC

Fica, desde modo, notificado, relativamente ao processo em epígrafe, do

despacho proferido, de que se junta cópia, de que foi designado o dia

22-03-2012, às 20H30, para audiência preliminar.

Em caso de impedimento e mediante prévio acordo com os restantes

Mandatários, poderá, no prazo de 5 dias propor datas alterativas.

Lisboa, 05 de Fevereiro de 2012

O Oficial de Justiça,

Sandra Tavares

679/2012TVCODM

(8)

Odemira

-Para a realização da audiência preliminar, nos termos e para os fins constantes do Artigo 508 A do CPC, nº 1 e 2 , designo, sem prejuízo do art. 155, nº 1, do CPC, o próximo dia 22 de Março de 2012 pelas 20H30.

1- Tentativa de conciliação nos termos do art. 509 do CPC. No caso de não resultar:

2- Discussão sobra a posição das partes, com vista à delimitação dos termos do litígio;

3- Debate com vista à selecção da matéria de facto relevante para a decisão da causa;

4- Indicação dos meios de prova.

Os Juízes de Direito,

Carlos Cajada Dina Matos

José Caria O, ds

Referências

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