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CONSUMO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS DE ALUNOS DOS CURSOS DE NUTRIÇÃO E EDUCAÇÃO FÍSICA DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO MINEIRO, UBERLÂNDIA, MINAS GERAIS

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CONSUMO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS DE ALUNOS DOS CURSOS DE NUTRIÇÃO E EDUCAÇÃO FÍSICA DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO

DO TRIÂNGULO MINEIRO, UBERLÂNDIA, MINAS GERAIS

FRANCO, Ana Carolina Santos (Nutrição – UNITRI, Correspondência, anacarolinasf25@hotmail.com) LUIZ, Sâmia Martins (Nutrição – UNITRI, samiamluiz@hotmail.com) MORSOLETTO, Regina Helena Cappeloza (Nutrição-Unitri, rmorsoletto@uol.com.br) SANTOS, Luciano Alex (Nutrição – Unitri, lucianoalexs@yahoo.com.br) MELLO, Anna Raquel de S. R. de (Nutrição – Untri, annaraquelsr@gmail.com)

RESUMO

Introdução: A busca por um corpo perfeito tem levado as pessoas a praticarem várias modalidades de atividades físicas, dentre elas musculação, corrida, muay thai, natação, ciclismo e outras, geralmente praticadas associadas de forma errônea ao consumo de suplementos nutricionais. Objetivos: Verificar o consumo de suplementos alimentares pelos os alunos dos cursos de Educação Física e Nutrição de um Centro Universitário do Triângulo Mineiro e identificar os mais utilizados e os responsáveis pela prescrição. Metodologia: A amostra foi composta por 150 alunos, sendo 75 alunos de graduação dos cursos de Nutrição e 75 alunos do curso de Educação Física do Centro Universitário do Triângulo, UNITRI, de ambos os sexos, maiores de 18 anos. Resultados: 74,67% dos alunos de Educação Física e 62,67% dos de Nutrição praticam atividade física 5 vezes por semana. A musculação (Nutrição) e o futebol (Educação Física) foram as atividades mais citadas. O sexo masculino apresentou o maior percentual de consumo de suplementos em ambos os cursos. Os suplementos mais utilizados, foram BCAA isoladamente; associado com maltodextrina; Whey Protein isolado e associado com BCAA e com maltodextrina (Nutrição) e Whey Protein isolado; BCAA associado com albumina; BCAA com Maltodextrina e a combinação de Whey Protein com BCAA (Educação Física) Conclusão:O comportamento dos alunos de ambos os cursos demonstrou semelhança quanto à frequência de atividade física diária, uso de suplementos e inclusive quanto ao profissional que indicou o uso de suplementos. A busca pela hipertrofia é o principal objetivo dos entrevistados dos dois cursos e o suplemento whey protein é o de maior interesse dos alunos de Educação Física, enquanto que o BCCA e a associação de BCAA com maltodextrina são os preferidos dos alunos de Nutrição. A prática de atividade física orientada por profissional habilitado e a prescrição de suplementos feita por nutricionista associada ao acompanhamento nutricional são fundamentais para o bom desempenho durante as atividades físicas.

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Palavras-chave: Suplemento Nutricional; atividade física, Whey Protein; branch chain amino Acids (BCAA)

1. INTRODUÇÃO

A busca por um corpo perfeito tem levado as pessoas a praticarem várias modalidades de atividades física, dentre elas musculação, corrida, muay

thai, natação, ciclismo e outras, geralmente praticadas associadas de forma errônea ao consumo de suplementos nutricionais(PIRES, 2011).

A prática de atividade física sempre será benéfica ao organismo quando executada regularmente, promovendo bem-estar, melhorando a auto estima, reduzindo o risco de desenvolver doenças cardiovasculares (SANTOS e cols., 2007).

Além disso, é uma prática que pode oferecer também, benefícios sobre o metabolismo como aumento de massa magra, redução da gordura corporal, aceleração do metabolismo e melhora do perfil lipídico (HIRSCHBRUCH e CARVALHO-J.R, 2008)

Normalmente os praticantes de atividade física querem alcançar seus objetivos a curto prazo e a utilização dos suplementos é empregada com o objetivo de atingir suas necessidades nutricionais mais rapidamente.

Deve-se considerar que a prática de atividade física é uma grande aliada na redução do risco de algumas doenças principalmente cardíacas, além de melhorar o bem-estar psicológico, a auto estima 2008), e a disposição para as atividades diárias (RIBEIRO, NASCIMENTO e LIBERALI, 2008).

De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Nutrição, a CFN nº 390 de 2006, o nutricionista é o profissional habilitado para realizar a prescrição de suplementos alimentares, devendo respeitar os níveis máximos de segurança regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). No entanto, muitas vezes são indicados por instrutores de academias, educadores físicos, iniciativa própria e amigos (BRASIL, 2006).

O suplemento nutricional é considerado o consumo de nutrientes, com horário estabelecido e com objetivos bem definidos e que é maior a ingestão

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diária recomendada e com isso produz os efeitos esperados, mas também outros colaterais(HIRSCHBRUCH e CARVALHO- J.R, 2008).

O objetivo deste estudo foi verificar o consumo de suplementos alimentares pelos os alunos dos cursos de Educação Física e Nutrição de um Centro Universitário do Triângulo Mineiro, assim como descrever os mais utilizados e os responsáveis pela prescrição.

2. METODOLOGIA

A presente pesquisa foi realizada com alunos de graduação dos cursos de Nutrição e Educação Física do Centro Universitário do Triângulo, UNITRI.

A amostra é composta por 150 indivíduos, de ambos os sexos, maiores de 18 anos, que estavam presentes no Campus no momento da aplicação do questionário, sendo que, 75 alunos são do curso de Educação Física e 75 alunos do curso de Nutrição.

A coleta de dados ocorreu nos dias 01 e 02 de março de 2016 no Campus do Centro Universitário do Triângulo - UNITRI, das 18:00 às 21:00 horas.

Os alunos foram abordados de forma aleatória e os que aceitaram participar da pesquisa responderam um questionário (ANEXO 1), composto por 13 questões sobre a prática de atividade física e o consumo de suplementos alimentares.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram desta pesquisa, 150 alunos, sendo 75 (50%) do curso de Nutrição e 75 (50%), do curso de Educação Física; com idade média de 25 anos e 7 meses para os alunos de Nutrição de ambos os sexos e desvio padrão (DP) de 5 anos e 9 meses para o sexo masculino e 7 anos e 4 meses para o feminino. A idade média para os alunos de educação Física foi 25 anos

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e 1 mês com DP de 6 anos e 6 meses; enquanto o sexo feminino apresentou uma idade média de 23 anos e 3 meses com DP de 5 anos e 2 meses.

Dos entrevistados do curso de Nutrição 58,67% são estudantes; 4% secretárias; 2,67% atendentes; 2,67% operadores de caixa; 2,67% professores; 2,67% vendedores, e os demais com outras profissões variadas todos com 1,33%.

Em relação aos entrevistados do curso de Educação Física 36% são estudantes; 8% atendente de telemarketing; 6,67% autônomos; 6,67% estagiários; 6,67% vendedores; 4% atendente geral; 4% operadores de caixa; 2,67% estagiários de academias; 2,67% personal training; 2,67% professores e os demais com profissões variadas todos 1, 33%.

Os resultados mostraram que 74,67% dos alunos de Educação Física e 62,67% dos de Nutrição praticam atividade física.

Quanto à frequência desta atividade física, os alunos do curso de Nutrição, em sua maioria, praticam cinco vezes por semana (48,95%), com predominância do sexo masculino (60%) e o feminino com 45,95%, conforme descrito na tabela 1.

Tabela 1. Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos alunos, do curso de Nutrição, com relação à questão “quantas vezes, por semana, você pratica atividades física? ”, De acordo com o gênero e resultados totais. Respostas Masc Masc Fem Fem Total Total

Frq % Frq % Frq % 02 vezes 00 0,00 05 13,51 05 10,64 03 vezes 00 0,00 11 29,73 11 23,40 05 vezes 06 60,00 17 45,95 23 48,95 07 vezes 03 30,00 03 8,11 06 12,76 Sem respostas 01 10,00 01 2,70 02 4,25 Total 10 100,00 37 100,00 47 100,00

Para os de Educação Física, descritos na tabela 2, a frequência de prática de atividade física de maior incidência também é de cinco dias com 41,70% sendo que o sexo masculino é o que apresenta maior porcentagem nesta categoria com 51,35% e o feminino com 21,05%.

Tabela 2. Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos alunos, do curso de Educação Física, com relação à questão “quantas vezes, por

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semana, você pratica atividades física? ”, de acordo com o gênero e resultados totais.

Respostas Masc Masc Fem Fem Total Total Frq % Frq % Frq % 02 vezes 04 10,81 06 31,58 10 17,86 03 vezes 09 24,33 07 36,85 16 28,57 05 vezes 19 51,35 04 21,05 23 41,07 07 vezes 05 13,51 02 10,52 07 12,50 Total 37 100,00 19 100,00 56 100,00

Em pesquisa desenvolvida por Costa e cols (2013), os resultados encontrados apontaram que 43,2% dos entrevistados de nove academias de duas cidades do Vale do Aço, Minas Gerais, praticam atividade física 5 vezes por semana.

Em relação ao tipo de atividade física, a presente pesquisa apontou que 69,57% dos alunos de Nutrição praticam musculação, enquanto os de Educação Física 50% praticam esta modalidade, sendo ela a que representa a maior incidência de ambos os cursos. A modalidade futebol é praticada por 13,51% dos alunos de Educação Física do sexo masculino.

Quanto ao uso de suplementos, observou-se que os alunos do curso de Nutrição do sexo masculino fazem mais uso de suplementos (58,33%) do que o feminino (26,98%), conforme tabela 3.

Tabela 3. Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos alunos, do curso de Nutrição, com relação à questão “você faz uso de suplementos alimentares? ”. De acordo com o gênero e resultados totais.

Respostas Masc Masc Fem Fem Total Total

Frq % Frq % Frq %

Sim 07 58,33 17 26,98 24 32,00

Não 05 41,67 46 73,02 51 68,00

Total 12 100,00 63 100,00 75 100,00

Os alunos de Educação Física também apresentaram um perfil semelhante com 31,82% do sexo masculino e 19,35% do feminino que fazem uso de suplementos, demonstrados pela tabela 4.

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Tabela 4. Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos alunos, do curso de Educação Física, com à questão “você faz uso de suplementos alimentares? ”. De acordo com o gênero e resultados totais.

Respostas Masc Masc Fem Fem Total Total Frq % Frq % Frq % Sim 14 31,82 06 19,35 20 26,67 Não 30 68,18 25 80,65 55 73,33 Total 44 100,00 31 100,00 75 100,00

Pesquisa realizada por Miarka e cols (2007), na Universidade do Paraná, apontou que 26,31% dos alunos do curso de Educação Física faziam uso de suplementos nutricionais.

Assim como os dados da presente pesquisa, outras têm apontado que a maioria dos usuários de suplementos nutricionais pertence ao sexo masculino. (SILVEIRA e cols., 2011; COSTA e cols, 2013).

Os suplementos de maior consumo entre os alunos do curso de Nutrição são o branch chain amino Acids (BCAA) e a associação de BCAA com maltodextrina, ambos com 16,67% respectivamente. O consumo de Whey Protein e a associação de Whey Protein com BCAA e com maltodextrina representam 12,50% respectivamente.

Muitas outras combinações diversificadas foram mencionadas pelos entrevistados com predominância de 4,17% em cada uma delas. Um achado interessante é que nestas combinações de suplementos o Whey Protein é citado em todas.

Em relação aos alunos do curso de Educação Física, há predominância do uso de Whey Protein com 25% na sua totalidade, sendo que destes, 50% são do sexo feminino, mostrando uma preferência por este tipo de suplemento. Em seguida, encontram-se a combinação de BCAA com albumina, a combinação de BCAA com Maltodextrina, e a combinação de Whey Protein com BCAA com 10% respectivamente. Outras combinações foram mencionadas totalizando 5% em cada uma delas.

Outras pesquisas também têm apontado o Whey Protein como o mais mencionado em relação ao uso (COSTA e cols., 2013)

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Estudos têm mostrado que homens utilizam mais suplementos alimentares quando comparados com mulheres e atribuem a tal achado ao fato de que homens tendem ingerir estes suplementos de forma mais regular, como forma de manter seus objetivos. Enquanto que as mulheres fazem uso de forma mais ocasional, já que seus objetivos são mais imediatistas. (HIRSCHBRUCH e CARVALHO-J.R, 2008; ARAÚJO e SOARES, 1999; ARAÚJO e cols, 2002: OLIVER e cols, 2008; RONSEN e cols, 2009).

É importante lembrar que a Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte faz uma observação sobre o uso abusivo de suplementos, assim como de drogas de efeito ergogênico e puramente estético. (NÓBREGA e cols, 2003)

Em relação aos gastos mensais com o uso de suplementos, a pesquisa apontou que 75% dos alunos de Nutrição gastam entre R$200,00 a R$400,00, sendo que 88,24% do sexo feminino e 42,86% do masculino concentram seus gastos nesta faixa de valores. Os entrevistados deste curso (16,66%) gastam mensalmente com o uso de suplementos na faixa de R$401,00 a R$600,00. Nas faixas entre R$601,00 a R$800,00 e mais de R$800,00 encontramos apenas 4,17% respectivamente. Apenas alunos do sexo masculino relataram gastos acima de R$800,00 por mês.

Os alunos de Educação Física concentram seus gastos na faixa de R$200 a R$400,00 por mês, com 92,86% do sexo masculino e 100% do feminino. Apenas 7,15% do sexo masculino gasta mais de R$800,00.

Toda atividade física tem um objetivo e nesta pesquisa os resultados demonstraram que para os alunos do curso de Nutrição a hipertrofia é a busca principal do sexo masculino (71,44%), seguida pela perda de gordura em 14,28%, ganho de peso em 14,28%. A hipertrofia também é o principal objetivo do sexo feminino em 41,19%, seguida de perda de gordura em 29,41%, associação de hipertrofia com perda de gordura em 11,76%, associação de hipertrofia com ganho de peso em 11,76% também e apenas 5,88% para ganho de peso, demonstrados pela tabela 5.

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Tabela 5. Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos alunos, do curso de Nutrição, com relação à questão “qual é o seu objetivo com o uso de suplementos? ”, de acordo com o gênero e resultados totais.

Respostas Masc Masc Fem Fem Total Total Frq % Frq % Frq % Hipertrofia 05 71,44 07 41,19 12 50,00 Perda gordura 01 14,28 05 29,41 06 25,00 Ganho peso 01 14,28 01 5,88 02 8,33 Hipert perda de gordura 00 0,00 02 11,76 02 8,33 HIpert e ganho de peso 00 0,00 02 11,76 02 8,33

Total 07 100,00 17 100,00 24 100,00

Na tabela 6 estão demonstrados os objetivos do uso de suplementos dos alunos do curso de Educação Física, que fica evidente ser a hipertrofia o principal motivo deste uso, tanto no sexo masculino (78,58%) quanto no feminino (83,33%).

Tabela 6. Distribuição de frequências e porcentagens de respostas dos alunos, do curso de Educação Física, com relação à questão “qual é o seu objetivo com o uso de suplementos? ”, de acordo com o gênero e resultados totais.

Respostas Masc Masc Fem Fem Total Total Frq % Frq % Frq % Hipertrofia 11 78,58 05 83,33 16 80,00 Hipert perda de gordura 01 7,14 00 0,00 01 5,00 Hipert outro 01 7,14 01 16,67 02 10,00 Outros 01 7,14 00 0,00 01 5,00

Total 14 100,00 06 100,00 20 100,00

Quanto ao questionamento em relação à obtenção de resultados esperados, os alunos do curso de Nutrição afirmaram que 42,86% do sexo masculino obtiveram resultados parciais e 57,14% não obtiveram nenhum resultado esperado. O sexo feminino obteve resultados parciais em 23,53% e 76,47% não obtiveram nenhum resultado. Já em relação aos alunos do curso de Educação Física, 20% declararam que conseguiram os resultados esperados parcialmente e a maior parte, 80% não conseguiu.

O item que investiga se os entrevistados realizam um acompanhamento com nutricionista, os dados estão demonstrados pelo gráfico 1.

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Gráfico 1 - Distribuição de porcentagens de respostas dos alunos, do curso de Nutrição e Educação Física com relação à questão “você faz acompanhamento com nutricionista? ”. De acordo com o gênero e resultados totais.

Como pode ser observado, os alunos dos cursos de Nutrição e Educação Física, a grande maioria não faz acompanhamento com nutricionista. Uma reflexão que pode ser feita é que o uso de suplemento de forma indiscriminada sem orientação de um nutricionista pode ter contribuído para que os participantes da pesquisa não tenham alcançado seus objetivos conforme esperado por cada um deles.

Ao serem indagados a respeito da indicação para o uso de suplementos alimentares, 50% dos alunos do curso de Nutrição apontaram o nutricionista, seguido da iniciativa própria (29,17%) e do instrutor de academia e vendedor da loja, ambos com 8,33%.

Os percentuais dos alunos do curso de Educação Física não foram muito diferentes do curso de Nutrição. A grande maioria (36%), afirmou ser do nutricionista a indicação. A iniciativa própria representou 25%, seguido do instrutor de academia (20%) e de amigos (10%). Interessante é o fato de que a maioria dos entrevistados não faz acompanhamento com nutricionista, no entanto a maior prevalência de indicação de uso de suplemento é feita por este profissional. 25 19,05 13,64 6,45 75 80,95 86,36 93,55 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % % %

Masculino % Feminino Masculino Feminino

Nutrição Educação física

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Tais resultados estão de acordo como os encontrados nos estudos de Silveira e cols. (2011), os quais revelaram que em relação à indicação, a maioria dos entrevistados afirmou ter sido orientada por profissional capacitado.

No entanto, em outras pesquisas verifica-se que pessoas tomam suplementos alimentares para que, em curto espaço de tempo, possam apresentar uma musculatura definida e julgam que isto é ser saudável. (BARRETO, 2003; LINHARES e LIMA, 2006)

Quanto à quantidade de refeições realizadas pelos alunos dos dois cursos, observou-se que a grande maioria dos alunos do curso de Nutrição realizam seis (36%) refeições diárias, seguidos de quatro refeições (28%). Já os alunos do curso de Educação Física, os que realizam quatro refeições por dia apresentam um percentual de 30,67%, cinco (22,67%) e seis (20%) sucessivamente.

Com o objetivo de verificar a existência ou não de diferenças, estatisticamente significantes, entre as idades dos alunos do curso de Nutrição e de Educação Física, foi aplicado o teste U de Mann-Whitney considerando-se os gêneros e o resultado total (SIEGEL, 1975). O nível de significância foi estabelecido em 0,05, em um teste bilateral. Os resultados estão demonstrados na tabela 7.

Tabela 7. Probabilidades encontradas, quando da aplicação do teste de Mann-Whitney aos valores de idades dos alunos do curso de Nutrição e de Educação Física, considerando-se os gêneros e o resultado total.

Variáveis analisadas Probabilidades

Masculino Nutrição x Educação Física 0,9520 Feminino Nutrição x Educação Física 0,1574

TOTAL Nutrição x Educação Física 0,5779

Fonte: Franco e cols., (2016)

De acordo com os resultados demonstrados na tabela 7, não foram encontradas, diferenças, estatisticamente significantes, entre os valores das variáveis analisadas.

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Do mesmo modo, com interesse em verificar a existência ou não de diferenças, estatisticamente significantes, entre as respostas dos alunos do curso de Nutrição e de Educação Física, em algumas questões, foi aplicado o teste do Qui-Quadrado (SIEGEL, 1975).

Entretanto, para que os resultados deste teste sejam estatisticamente significantes, os valores encontrados têm que ser superiores a 3,84, de acordo com a Tabela dos Valores Críticos do Qui-Quadrado (SIEGEL, 1975). O nível de significância foi estabelecido em 0,05, em um teste bilateral. Os resultados estão demonstrados na tabela 8.

Tabela 8. Valores do X2 encontrados, quando da aplicação do teste do Qui-Quadrado às questões “você é praticante de atividade física? ”, “ você faz uso de suplementos? ” e “ você faz acompanhamento com nutricionista?”

Questões Analisadas Valores do X2

Você é praticante de atividade física? 2,51

Você faz uso de suplementos? 0,51

Você faz acompanhamento com nutricionista? 2,52

De acordo com os resultados demonstrados na tabela 8, não foram encontradas, diferenças, estatisticamente significantes, entre os valores das variáveis analisadas. Portanto, quando consideradas questões relacionadas à prática de atividade física, uso de suplementos e se faz acompanhamento com nutricionista não existem diferenças estatísticamente significantes.

4. CONCLUSÃO

O comportamento dos alunos de ambos os cursos demonstrou semelhança quanto à frequência de atividade física diária, uso de suplementos e inclusive quanto ao profissional que indicou o uso de suplementos. A busca pela hipertrofia é o principal objetivo dos entrevistados dos dois cursos e o suplemento whey protein é o de maior interesse dos alunos de Educação Física, enquanto que o BCCA e a associação de BCAA com maltodextrina são os preferidos dos alunos de Nutrição. Os custos mensais com suplementos dos dois cursos ficam na faixa de R$200,00 – R$400,00.

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Há necessidade da presença do nutricionista na prescrição destes suplementos de modo que os objetivos possam ser alcançados com segurança, já que o uso indiscriminado pode causar danos hepáticos e renais. Além disso, deve-se considerar o acompanhamento nutricional com este profissional, já que apenas ter a prescrição não é suficiente para garantir que os objetivos sejam alcançados. A prática de atividade física orientada por profissional habilitado e a prescrição de suplementos feita por nutricionista associada ao acompanhamento nutricional são fundamentais para o bom desempenho durante as atividades físicas.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO e cols. Utilização de suplemento alimentar e anabolizante por praticantes de musculação nas academias de Goiânia-Goiás. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v.10, n.3, p.13-18, 2002.

ARAÚJO, A.C.M; SOARES, Y.N. Perfil de utilização de repositores proteicos nas academias de Belém, Pará. Revista de Nutrição, Campinas, v. 13, n. I, p.5-19, 1999.

BARRETO, S.M.G. Esporte e Saúde. Revista Eletrônica de Ciências. São

Carlos, n. 22, 2003. Disponível em:

http://www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_22/esportesaude.html.Acesso em abr., 2015.

BRASIL. Conselho Federal de Nutricionista. Resolução CFN n° 390/2006. Regulamenta a prescrição dietética de suplementos nutricionais pelo nutricionista e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 27/10/2006, Seção 1, p. 104 – 105, 2006.

COSTA e cols. Prevalência do uso de suplementos alimentares entre praticantes de atividade física em academias de duas cidades do vale do aço/MG: Fatores associados. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 7. n. 41. p.287-299, 2013.

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HIRSCHBRUCH, M.D.; CARVALHO, J. R. Nutrição esportiva: uma visão prática. 2ª edição. Manole. 2008.

LINHARES, T.C., LIMA, RM. Prevalência do uso de suplementos alimentares por praticantes de musculação nas academias de Campos dos Goytacazes-RJ, Brasil. Vértices. Campos dos Goytacazes-RJ, v. 8, n. 1/3, 2006.

MIARKA, B. et al. Características da Suplementação Alimentar por Amostra Representativa de Acadêmicos da Área de Educação Física. Movimento & Percepção, espírito Santo do Pinhal, SP. v. 8, n. 11, 2007.

NÓBREGA e Cols. Sociedade Brasileira de Medicina no Esporte (SBME). Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 9, n. 2, p. 43-46, 2003.

OLIVER, e cols. Statistical analysis of the consumpiton of nutritional and dietary supplements in gyms. Archivos Latinoamricanos de Nutrición, Guatemala, v.58, n.3, p.221-227, 2008.

PIRES, N.A. A avaliação do uso de suplemento esportivo e conhecimento de nutrição por praticantes de ciclismo indoor em academias de cinco regiões da cidade de Belo Horizonte-MG. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. v. 5. n. 27. p. 251-265, 2011.

RIBEIRO e cols. Comparação da alteração da composição corporal de mulheres de 18 a 32 anos praticantes de ciclismo indoor e atividades no minitramolim. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo, v. 2, n. 7, p. 81-89, 2008.

RONSEN e cols. Supplements use in nutritional habits in Norwegian elite athletes. Scnadianvian Journal of Medicine &Science in Sport, Copenhagen, v.9, n.9, p/28-35, 2009.

SANTOS, L.B.; FISCHER, L.M. Efeitos do treinamento de musculação e o intervalo ativo na composição corporal em mulheres de 18 a 35 anos. TCC especialização em fisiologia do exercício e prescrição do exercício. UGF. Florianópolis, 2007.

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SIEGEL, S. Estatística não-paramétrica, para as ciências do comportamento. Trad. Alfredo Alves de Farias. Ed. McGraw-Hill do Brasil. São Paulo, 1975. 350 p

SILVEIRA e cols.. O consumo de suplementos alimentares em academias de ginástica na cidade de Brasília-DF. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 5. n. 25. p. 05-13, 2011.

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