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Avaliação das dificuldades de assistência de enfermagem no serviço de pré-hospitalar móvel

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RESUMO

AVALIAÇÃO DAS DIFICULDADES DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

Estudo de relato de experiência que objetivou identificar os problemas relacionados à gestão de recursos humanos e materiais que são obstáculos à Assistência de Enfermagem, bem como refletir sobre os procedimentos realizados pela equipe de enfermagem durante o atendimento. Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento pré-hospitalar pode ser definido como a assistência prestada em um primeiro nível de atenção aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, quando ocorrem fora do ambiente hospitalar, podendo acarretar seqüelas ou até mesmo a morte. . Palavras – chave: atendimento Pré- Hospitalar e Enfermagem.

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO---05 2 OBJETIVOS---06 2.1 Geral---06 2.2 Específicos---06 3 REVISÃO DE LITERATURA---07

3.1 Atendimentos pré- hospitalar móvel---07

3.2 A Enfermagem no atendimento pré- hospitalar---08

3.3 Fatores que podem influenciar na assistência de Enfermagem durante o atendimento pré- hospitalar---09

3.4 A interação da equipe de enfermagem---10

3.5 A gestão de recursos materiais e humanos---11

3.6 Capacitação de profissionais---12

4 METODOLOGIA---13

4.1 Tipo de estudo---13

4.2 Resultado e Analise dos dado---13

5 CONCLUSÃO---15

6 REFERÊNCIAS---16

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1 INTRODUÇÃO

Considerando o aumento do número de incidentes e da violência urbana, que tem contribuído para a sobrecarga nos serviços de urgência e emergência disponibilizados para o atendimento à população surge a necessidade de implantação do Serviço Pré- Hospitalar Móvel que procura chegar precocemente à vítima após ter ocorrido o agravo a sua saúde podendo ser de natureza clínica, traumática, cirúrgica, obstétrica e psiquiátrica realizando uma assistência qualificada na cena da ocorrência, podendo ser realizado em residência, avenidas, praças, shopping, Unidade Básica de Saúde e outros proporcionando atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS), com intuito de reduzir as taxas de comorbidade morbimortalidade.

A Política Nacional de Atendimento às Urgências propõe o cuidado integral às urgências e a integração dos serviços e do conceito ampliado de urgência, sendo estruturada em cinco eixos: Promoção da qualidade de vida, Organização em rede, Operação de centrais de regulação, Capacitação e Educação Continuada e Humanização a Atenção (MACHADO; SALVADOR; O’DWYER, 2011).

Nesse contexto, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi o primeiro componente da política a ser implantado, no qual o usuário possui acesso gratuito através do número telefônico 192, onde solicita o serviço de atendimento às urgências (O’DWYER; MATTOS, 2013 ).

As ações do Atendimento Pré- hospitalar Móvel (APHM), são divididas em Suporte Básico de Vida (SBV) que auxilia por meio de medidas conservadoras não invasivas, sendo promovidas pelo Técnico de Enfermagem e Condutor/Socorrista. Por atenderem casos de baixa complexidade, há maior quantidade dessas viaturas, haja vista que a maioria das solicitações de imediato necessitam deste tipo de assistência. O atendimento às vítimas de maior grau de complexidade são enviadas para as viaturas de Suporte Avançado de Vida ( SAV ), que funcionam como uma Unidade de Terapia Intensiva Móvel. Fonte?

Os componentes desse tipo de ambulância são compostos por um Médico, um Enfermeiro e um Condutor/ Socorrista. Esses profissionais devem ser habilitados pelos Núcleos de Educação em Urgências que tem como principal objetivo promover processo de revitalização e educação permanente para o adequado atendimento ás urgências. As características desta composição são: disposição, condicionamento físico, capacidade para trabalhar em equipe, iniciativa, pensamento ágil, autocontrole e equilíbrio emocional, ou seja: Conhecimento, Habilidade e Atitude. Fonte?

Assim, como esse Serviço de atendimento móvel de urgência tem como objetivo levar uma assistência descentralizada, rápida e eficiente até o local do pedido de socorro, questiona-se como é realizada a Assistência de Enfermagem no Atendimento Pré- Hospitalar Móvel? Portanto, objetivou-se com esse estudo descrever a assistência de enfermagem no atendimento pré- hospitalar móvel de um serviço no Município de...visto que a Enfermagem tem

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um papel fundamental no Serviço Móvel de Urgência (SAMU) ao atuar na gerência, como na assistência as vítimas decorrentes de incidentes de qualquer natureza.

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Descrever e refletir sobre as dificuldades no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel na assistência de enfermagem no município de...

3 REVISÃO DE LITERATURA

Devido ao elevado número de acidentes e violência urbana e o déficit na rede assistencial que leva a sobrecarga ao serviço de urgência e emergência disponibilizado a população, surge à necessidade de implantação do serviço de atendimento pré-hospitalar móvel (BUENO; BERNARDES, 2010). Assim, contribuindo positivamente na diminuição das taxas de morbidade e mortalidade desse perfil de clientela.

3.1 Atendimentos pré- hospitalar móvel (APHM ).

O serviço de atendimento pré- hospitalar móvel busca chegar precocemente á vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde, e envolve todas as ações que ocorrem antes da chegada ao ambiente hospitalar. Podendo haver dois tipos de atendimento, que conforme a Portaria Nº 2048/ GM (2006 )

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Pode ser chamado de atendimento pré- hospitalar móvel primário quando o pedido de socorro for oriundo de um cidadão ou de atendimento pré- hospitalar secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado. Fonte??? O APH é realizado através de duas modalidades: o suporte básico de vida (SBV), que se caracteriza por não realizar manobras invasivas e o suporte avançado de vida (SAV), que possibilitam procedimentos invasivos de suporte ventilatório e circulatório. Fonte??? O Serviço Móvel de Urgência ( SAMU ) foi implantado no Brasil em 2003, e se caracteriza como um serviço gratuito criado para prestar atendimento médico pré-hospitalar, a depender da situação, podendo o paciente encontrar-se em domicílio, via pública ou unidade básica de saúde ( BRENO; BERNARDES, 2010 ).

Portanto, assistência qualificada na cena do acidente, o transporte e a chegada precoce ao hospital é fundamental para que a vítima chegue ao hospital com vida. 3.2 A Enfermagem no atendimento pré- hospitalar

O tipo de trabalho desenvolvido pela equipe enfermagem no Atendimento Pré-Hospitalar é uma prática nova para os padrões da enfermagem tradicional, no Brasil a atividade do enfermeiro no pré-hospitalar, na assistência direta, vem se desenvolvendo a partir da década de 90, com o início das unidades de suporte avançado, a partir de então o enfermeiro é participante ativo da equipe de atendimento pré-hospitalar e assume em conjunto com a equipe a responsabilidade pela assistência prestada as vítimas. (THOMAZ-2000)

Atualmente, no Brasil, o atendimento pré-hospitalar está estruturado em duas modalidades: o Suporte Básico à Vida (SBV) e o Suporte Avançado à Vida (SAV). O SBV consiste na preservação da vida, sem manobras invasivas, em que o atendimento é realizado por pessoas treinadas em primeiros socorros e atuam sob supervisão médica. Já o SAV, tem como características manobras invasivas, de maior complexidade e, por este motivo, esse atendimento é realizado exclusivamente por médico e enfermeira (o). Assim, a atuação da enfermagem está justamente relacionada à assistência direta ao paciente grave sob risco de morte. (RAMOS-2005).

Em 2002, através Portaria nº 2048 do Ministério da Saúde, de 05 de novembro de 2002, que regulamenta e normatiza o APH, são definidas as funções do Enfermeiro, o perfil desse profissional bem como de toda a equipe que deve atuar nesse serviço. Nessa Portaria os enfermeiros de Atendimento Pré-Hospitalar possuem as seguintes atribuições: (MACHADO-2007)

Supervisionar e avaliar as ações de enfermagem da equipe no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel;

 Executar prescrições médicas por telemedicina;

 Prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a pacientes graves e com risco de vida, que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;

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 Prestar a assistência de enfermagem à gestante, a parturiente e ao recém nato; Realizar partos sem distócia;

 Participar nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde em urgências, particularmente nos programas de educação continuada;

 Fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão;

 Subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento de recursos humanos para as necessidades de educação continuada da equipe;

 Obedecer a Lei do Exercício Profissional e o Código de Ética de Enfermagem; Conhecer equipamentos e realizar manobras de extração manual de vítimas. (PORTARIA Nº 2048

DE 5 NOVEMBRO, 2002.).

Uma vez inserido no atendimento pré-hospitalar, o enfermeiro prevê necessidades da vítima, define prioridades, inicia intervenções e reavalia o estado geral para, a partir daí, transportar a vítima para o tratamento definitivo. Para que se garanta a eficácia na assistência e se diminuam as probabilidades de erros, existem protocolos de atendimentos a serem seguidos pelos enfermeiros, os quais conferem independência e interdependência a esses profissionais. (VARGAS-2006).

Segundo Thomaz e Lima (2000), os desempenhos das funções podem ser definidos em três fases distintas:

1º Fase – Antes do atendimento – O enfermeiro deve se preparar organizando um cheklist que inclui: checagem e reposição do material padronizado dentro do veículo de emergência; manutenção da padronização dos kits de atendimento, acesso venoso, vias aéreas, procedimento cirúrgico e de infusão venosa em neonato; checagem e reposição da caixa de medicamentos portátil do tipo “multi-box”; verificação do funcionamento de equipamentos (oxímetro de pulso, monitor-desfibrilador e ventilador); verificação do volume de oxigênio existente no cilindro.

2º Fase – Durante o atendimento – Acessar a vítima com segurança; avaliar a cena (obtendo informações pertinentes para o atendimento); colher a história da vítima quando possível; realizar também a triagem para o atendimento, em caso de acidente com múltiplas vítimas; realizar a avaliação primária, isto é, determinar se existe risco imediato a vida da vítima; realizar avaliação secundária (pesquisa abrangente e detalhada do corpo da vítima); estabelecer prioridades para o atendimento; estabilizar a vítima se possível antes do transporte; prestar cuidados intensivos; auxiliando nos procedimentos de mais complexidade técnica; assegurar a manutenção do cuidado e evolução de todos os sinais e sintomas; prover um transporte de forma eficiente e segura a unidade hospitalar; e passar as informações a respeito do caso a equipe da sala de emergência.

3º Fase – Após o atendimento – Fazer a reposição do material utilizado na ocorrência; recarregar equipamentos que necessitam de bateria; limpar e desinfetar equipamentos; limpar o veículo de emergência; providenciar reposição de oxigênio, se necessário, registrar a ocorrência em impresso próprio; e fazer relatório em livro de ocorrência de enfermagem. Atualmente, devido ao crescimento da população brasileira, o índice nos serviços prestados pelo

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atendimento pré- hospitalar aumentaram. A Enfermagem um papel fundamental dentro desse tipo de serviço, por promover uma assistência de diferenciada da realizada no atendimento

intra-hospitalar, conforme afirmam (Fernandes, et.al 2012,)

... “esse tipo de assistência exige muito da equipe de enfermagem, tendo em vista que muitas vezes os profissionais terão que executar suas atividades em diferentes ambientes com certa rapidez a agilidade, com o objetivo de salvar vidas do paciente e/ou evitar sequelas.” (FERNANDES, ET.AL 2012,, p96)

A enfermagem tem uma relação direta com as vítimas acometidas de incidentes de qualquer natureza, já que atua com maior frequência nesse tipo de atendimento, fator necessário para qualificação desses profissionais.

3.3 A interação da equipe de Enfermagem

No cotidiano do serviço de APH, o trabalho desenvolvido caracteriza-se por ações em conjunto conforme os saberes e práticas específicas de cada membro da equipe. Podendo estar envolvido nesse atendimento outros atores como agentes de trânsito, bombeiros militares e policiais militares. ( Pereira; Lima 2009, p. 324 )

Em síntese, todos devem saber o que fazer conhecer a sequência do atendimento, pois a equipe se organiza conforme as diferentes situações que se apresentam e é necessário estar preparado para assumir qualquer posição durante o atendimento.

As ações do SAMU são realizadas por equipes de SBV e SAV, no qual as equipes de suporte básico de vida são compostas por técnicos de enfermagem e condutores/ socorristas que realizam medidas não invasivas que correspondem a abordagem inicial à vítima, procedimentos de imobilização e transporte. As equipes de SAV são compostas por médico, enfermeiro, condutor/ socorristas, que executam procedimentos invasivos de suporte ventilatório e circulatório, e administração de drogas, se caracterizando como transporte medicalizado. Portanto, ressalta-se a importância do trabalho integrado, que garanta a qualidade e agilidade na assistência prestada às vítimas. Sendo necessária uma sintonia, um entendimento entre os membros da equipe, que transcende a relação hierárquica e é acima de tudo um trabalho sincronizadoc

3.4 A gestão de recursos materiais e humanos

No serviço de APH o Enfermeiro dentre suas competências e atribuições estão a de supervisionar e avaliar ações da equipe de enfermagem, executar prescrições médicas por telemedicina, prestar cuidados de enfermagem a pacientes graves e a capacidade de tomar decisões imediatas. Tendo a gerência e supervisão como atividades primordiais, devido ao grau de complexidade das ações que são peculiares desse serviço ( BUENO; BERNARDES, 2010 ).

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O Enfermeiro como supervisor/ gerente deve como facilitador da busca de resultados que valorizem seu trabalho e da sua equipe, buscando obter uma visão ampla dos recursos materiais e humanos necessários para oferecer uma assistência de qualidade. Assim, confirmaram Bueno, Bernardes ( 2010, p. 51 )“Cabe destacar a importância do controle realizado pelos profissionais no que se refere ao gerenciamento dos recursos materiais, já que o produto final do trabalho é assistência e ela não pode sofrer interrupções, seja pela falta ou

pela má qualidade de determinado material...”

As demandas no serviço APH aumentaram em atendimentos urgentes e não urgentes, em um cenário de recursos precários. Assim, relatam O’ Dwyer; Matos ( 2013): p??? ...a alta exigência de trabalho psíquico produz identificações, alianças, fantasias e estratégias de defesa contra o sofrimento que, se potencializadas pelas desfavoráveis conduções materiais,

terão impacto na qualidade do atendimento.

Desta forma, conforme Machado, et.al ( 2011, p.523 )” Os SAMU são compostos por centrais reguladoras e por um conjunto de ambulâncias, e requerem profissionais qualificados e equipamentos adequados para atendimentos às urgências”.

A supervisão é um aspecto administrativo que utiliza como força motivadora a integração e coordenação dos recursos humanos e materiais que contribui para prestar uma assistência de forma eficiente. Fonte????

No APHM o enfermeiro supervisor desempenha essa função à distância por estarem distantes das viaturas na maior parte do tempo, assim para que haja uma supervisão de qualidade é necessário haver supervisores qualificados, disponibilidade de recursos humanos e facilidade de recursos materiais, incluindo uma forma de comunicação rápida e eficaz. Segundo Bernardes et.al ( 2009, p. 80 ), “ o que impossibilita o desenvolvimento de programas de supervisão em enfermagem é a falta de estrutura, falta de recursos humanos e materiais adequados”. 3.5 Capacitações de profissionais

No APH a assistência às vítimas acometidas por qualquer agravo à sua saúde inicia-se com o acionamento da equipe de atendimento pela Central de Regulação, onde o médico regulador informa a natureza da ocorrência e o operador de frota despacha, dependendo do caso uma Unidade de Suporte de Vida ou uma Unidade de Suporte Avançado de Vida. As equipes de suporte básico de vida realizam atividades assistenciais independente de terem sido delegadas ou supervisionadas pela enfermeira. Ressaltam Pereira; Lima ( 2009, p.323 ) Na atuação dos auxiliares de enfermagem no APH, pode-se identificar um espaço de autonomia relativa... A existência de alguns protocolos e diretrizes de atendimento, instrumentalizando o profissional no momento da avaliação da situação e do paciente são importantes ferramentas....

Além do conhecimento teórico para o atendimento é necessário o treinamento prático, a fim de dominar as técnicas que são utilizados nesse tipo de atividade, quando os socorristas não estão capacitados o atendimento é prejudicado.

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Segundo vários autores Chavalia et.al ( 2008 ); Pereira; Lima ( 2013 ); Machado, O’Dwyer ( 2010 ) relatam a importância da capacitação para os profissionais que atuam no APH, por atuarem num serviço que lidam com o inesperado em situações inesperadas em que necessitam prestar uma assistência continua e fazer as adaptações necessárias, tornando o atendimento ágil e rápido.

Considerando o grau de desprofissionalização, a falta de formação e educação continuada dos trabalhadores das urgências. A Portaria Nº 2048/ GM, de 05 novembro, de 2002, que normatiza esse serviço, estabelece a criação, organização e implantação de Núcleos de Educação em Urgência (NEU ) com objetivo de capacitar esses profissionais resultando em uma qualidade de

assistência.Para Bueno, Bernardes ( 2010, p.47 )

A qualidade das equipes e a experiência prévia na área de urgência/ emergência são fatores primordiais que estão diretamente relacionados ao sucesso do atendimento, enfatizando a importância de cursos específicos para as equipes de resgate pré- hospitalar. Portanto, é necessário que se realize uma educação permanente em saúde entre os profissionais de enfermagem que atuam diretamente com essa clientela baseadas também em uma supervisão de Enfermagem só será eficaz se estiver baseada em protocolos e rotinas previamente acordadas.

4.1 Tipos de estudo

Trata-se de um estudo com abordagem predominantemente qualitativa, e de caráter descritivo, por objetivar descobrir, classificar e interpretar os fatos como ocorreram no cotidiano. 4.2 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS

Após recolher todos os materiais e realizado um leitura detalhada de todas as entrevistas, foram feitos três categorias qualitativas da atuação do Enfermeiro em ambiente pré-hospitalar. As respectivas categorias tem um enfoque em conhecimento do serviço, dificuldades em

trabalho e conhecimento científico.

5 CONCLUSÃO

O serviço de atendimento pré-hospitalar é uma área de trabalho, que produz um produto, tendo como final a prestação de cuidados aos clientes em estado crítico, para manter a própria via. Deste modo, o cuidado ao cliente, é resultado do empenho e sincronismo de toda uma equipe de trabalho que compreende de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e resgatistas.

A maioria dos enfermeiros entrevistados trabalham em serviço pré-hospitalar de empresas públicas e privadas assim como outras atividades não exploradas na hora da entrevista, mais isso é notório no primeiro encontro, tendo como seqüência longas jornadas de trabalho e a

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O enfermeiro que atua em ambiente pré-hospitalar possui um ambiente de trabalho que causa desgaste emocional e físico muito grande podendo gerar estresse. A valorização do procedimento técnico, essencial neste momento crítico foi observada em detrimento profissional, devida o baixo conhecimento técnico do enfermeiro, tentando este adaptar-se com o objetivo de não prejudicar o atendimento na tentativa de salvar a vida. Constatou-se que os cuidados de enfermagem dispensados regularmente às vítimas, no ambiente pré-hospitalar, fazem parte dos propostos de atendimento ITLS/PHTLS que incluem procedimentos obrigatórios de imobilização e prevenção do agravante. Com isso foi constatado que não existe nenhum critério para exercer o atendimento pré-hospitalar, tal fato seria entendido se o profissional fosse capacitado no seu local de trabalho ou da obrigatoriedade da especialização.

O enfermeiro que atua no ambiente pré-hospitalar desenvolve habilidades e competência no cuidado ao paciente clínico e politraumatizado, mais também é preparado para enfrentar desafios que são encontrados diariamente nas ruas. Os conhecimentos agregados nas ruas, de atendimento pré-hospitalar e salvamento, proporcionam ao Enfermeiro qualidades ímpares no atendimento aos acidentes, pois a sua atuação e de toda a equipe fará a diferença para o

melhor prognóstico da vítima.

Dentre as várias atividades que o enfermeiro deve realizar no atendimento pré-hospitalar, encontra-se o que deve ser feito antes, durante e após o atendimento. Antes do atendimento, o enfermeiro deve organizar o seu equipamento de proteção individual, realizar o check-list, preparando e verificando os equipamentos, materiais e medicações para a atividade afim. Os equipamentos são todos portáteis, o que facilita muito na hora do atendimento, tanto os materiais quanto as medicações são condicionadas em mochilas padronizadas em cores. O estudo contribuiu para o fortalecimento do atendimento pré-hospitalar feito pelo Enfermeiro, em especial aplicado aos pacientes politraumatizados, tornando-os mais eficientes pela diminuição das seqüelas deles decorrentes. Fica clara que a especialização para atuação assim como conhecimento dos protocolos são fundamental tanto para exercer na área e dar aos pacientes atendidos a possibilidade do treinamento definitivo. Ficou claro que mesmo com a publicação da referida portaria que regula o APH, a área ainda tem muito que ser fiscalizada,

principalmente no campo de conhecimento.

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7 ANEXOS

APÊNDICE 1– TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIMENTO Título do Projeto: AVALIAÇÃO DAS DIFICULDADES NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

Responsável pelo projeto: Rosely kely de Silva Gomes

Eu_________________________________________________, abaixo assinado, declaro ter pleno conhecimento do que segue: 1) Fui informado, de forma clara e objetiva, que a pesquisa intitulada “Atuação da Enfermagem no Atendimento Pré Hospitalar” irá analisar no discurso do enfermeiro, o conhecimento sobre o atendimento pré-hospitalar; 2) Sei que nesta pesquisa serão realizados questionários comprobatórios do efetivo conhecimento quanto a prática do atendimento pré-hospitalar; 3) Estou ciente que não é obrigatória a minha participação nesta pesquisa, caso me sinta constrangido(a) antes e durante a realização da mesma, posso me retirar, pois os dados coletados não serão utilizados a favos ou contra mim, sendo sigilosos e somente de interesse científico; 4) Poderei saber através desta pesquisa, o nível do conhecimento dos enfermeiros quanto o atendimento pré-hospitalar realizados por eles; 5) Sei que os materiais utilizados para coleta de dados serão armazenados por tempo indeterminado como garantia do trabalho; 6) Sei que o pesquisador manterá em caráter confidencial todas as respostas que comprometam a minha privacidade; 7) Receberei informações atualizadas durante o estudo, ainda que isto possa afetar a minha vontade em continuar dele participando; 8) Estas informações poderão ser obtidas através de Rosely kely de Silva Gomes no telefone: (85) 88299957; 9) Foi-me esclarecido que o resultado da pesquisa somente será divulgado com o objetivo científico, mantendo-se a minha identidade em sigilo. Declaro, ainda que recebi cópia

do presente Termo de Consentimento.

Fortaleza,________de___________________de 2014.

Pesquisador:_______________________________________________

(nome e CPF)

Sujeito da Pesquisa/Representante Legal:

_____________________________________________

(nome e CPF)

APÊNDICE 2 - QUESTIONÁRIO USADO COMO FORMA DE ENTREVISTA INSTRUMENTO DE PESQUISA

(13)

Nome: Idade:

Sexo: Quanto tempo de formado?

Tem especialização? Qual?

1- Já participou de algum treinamento sobre atendimento pré-hospitalar? Onde? 2- Os enfermeiros do APH onde você trabalha realizam educação permanente? 3- As instituições oferecem algum tipo de recurso para que sejam criados dados estatísticos

sobre APH? Qual?

4- É seguido na instituição, algum tipo de protocolo referente aos cuidados ao paciente que

necessitam de APH?

5- Se existe, você está de acordo com estes protocolos? É satisfatório?

6- Você incluiria algo a mais neste protocolo?

7- O protocolo é bem recebido pela equipe de enfermagem? Há supervisão contínua desta equipe, para que então seja constatada a execução dos cuidados contidos no protocolo? 8- Há algum método para avaliação da eficácia deste protocolo? Quem avalia? 9- A equipe de enfermagem tem ciência das complicações passíveis a estes pacientes através

de um cuidado mal assistido?

10- Quais seriam as suas ações de enfermagem, independente do protocolo instituído, frente a um paciente politraumatizado? Quais os cuidados que você adotaria?

Referências

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