PEGMATITOS
DA
,,DEL
.'.
REGIAO
DE
REI
I
MG
LLI
l[t
SAO
JOAO
rNsrtruro
DEcEoctÊ¡¡c¡ts
UNIvERSIDADE
oe sÃo
PAULoPEGMATITOS
DA
huÚ*
DEL
REGIAO
DE
REI
.
MG
SAO
JOAO
RICARDO FRANCESCONI
I
e,"t'orEcA
?
w)
î\m\N[\il\N\\\frfi\iÑ[rrrtililN
gffimsra
u,uilõî?ii,,:i:ïåï,'
)6-¿/
INSTITUTo
DEGEocIÊNcIIs
UNIvERSIDADE
oe sÄo
PAULo1972
I.
RESUMO
2.
INTRODUç.ã.o
ETODOLOGIA
4.
TRABALHOS
PRÉVIOS
5.
GEOLOGIA
5.
I.
ÀSPECTO.S GEOGR.6,F'ICOSE
GEOMORT.OIóGIGOS5.
Z.
GEOI,OGIA5.?.1. Generalidades
5.2.2. Rochas do Co=rplexo Granito
_Gnái
s sico
5.2.3.
Anf
iUólio xistoe e
anf
ibolitoe
5.Z.4.Xistos
5.2.5.
Quartzito's e rnica xistog
5.2.6.
Quartzitos _ Série Itacolorni
5.2.?. l.ilito
s5.2.8. Calcários
5,2.9.
Intrusivas Básicas
5.2.lO.A1uviões
S.Z.LI.p"gmatitos
.trNIIDtrGE GEB,I$,IL
-1-4
6.
MINERALOGIA
DOS6
to
6.
I.
GEITTERALTDA.DES6.
z.
DESCRIçÃO DOSPEcMATrros
6.2.1.
Mina da Serra
6.2.2.
p.gmatitos da Volta
Minas Brasil
tz
l5
l5
PE
GMATITOS
IT
20
z5
27
z9
3l
32 33 34 34
Gr ande
-37
37
6. 2.
3.
Mina
do6.2.4.
Gar
irnpo
6.2.5.
Garirnpo
6.2.6.
Garimpo
6. Z.
?.
Gar
irnpo
6.2.-8.
Mina
do6.3.
ESTI'Do
DAs FR¿'çÕEScRj.Nul,oMÉrn-rces
6.4.
DESCRTçÃo Dos MTNERATS6.4.
l.
Columbita
-T
antalita
6.4.2.
Alv¿rolita
6. 4.
3. Ix
i o I i t a6.4.4.
Cassiterita
6.4.5.
]|t,4-icrotita
6.4.6.
Pir.
ocIoro
6.4.7.
S amar
skita
6.4"8.
Zircão
6.4.9. Cyttolita
6,4.lO.
Xenotirrra
6.4.11.
Mo¡azita
6.4 " 12.
Magnetita
6.4.13"
Ilrn enit
a6.4.14.
Hernatita e
Goethita
6.4.15.
Gr
anadas
6.4.16.
B er
i l o6.4.17.
Espodumênio
6.4.18.
Gahnita
6.4.19.
Mus
covita
6,4.20.
Bityira
6.4.21
. Lepidolira
6.4.22.
Rutilo
6.4.23.
Brookita
6.4.24.
Epidoto
6.4.25.
Estaurolita
.6.4.26.
Turrnalina
6.5.
AssccIAÇÄo
ENTRE MINERAISPaiol
do Cascalho preto
Socêgo
da Fazenda Olaria
do Mato Virgern
C
avalo do Buraco
11
7. TREND
ST]RT'ACE
ANALYSIS
?.
t.
APRESENTAçÃO7.2.
Á,REA ESCoI.FTIDAE
PARÂMETRoS7.3.
TANTAIJTA
7.4.
CASS.TTERITA7.5.
ILMENTTA E MAGNETITA8.
DISCUSSÕES
E
CONCLUSÕES
9.
AGRADECIMENTOS
IO.
BIB
LIOGRAFIA
-l11-76
TO
78
83
83
90
fNorcE
DAS
TLUsTRAç0Es
a, o,,
*or,
Lo calização da área
Mapa Geológico da Região de São João del Rei_MG
Distribuição
dos concentrados pesados segundo afração
granulornétricaMapa de localização dos pegrnatitos esbudados na
quadrícula de
Cassiterita
Histograrna dos concentrados da quadrícula de
Cas6iterita
Mapa geológico da quadrícula de
Cassiterita
Superfície de
grau
I
detantalita
Superfície de grau 4 de
tantalita
Superfície de grau 6 de tantalita Superfície de
grau
I
decassiterita
Superfície de grau 3 de
cassiterita
Superfície de grau 6 de
cassiterita
Superfície de grau 6 de
ilrnenita
Superfície d.e grau 6 de rnagnetita
l-
z-
3-
4-
5-
6-
8-
9-10
tt
TZ
t3
r4
l3
36
49
77
79
85
86 86 87 a7 88 88
I
z
3
4
5
.F'OTOGRAFIAS.
Aspecto da
rnorfologia a
sul d.e São João del ReiVista
de urna boçorocaMalha de pcços de pesquisa de pegrnatito caolinizado
Aspecto
parcial
de pegrnatito de Volta GrandeFotornicrografia
-
Microclfnio pertitizado,
lârninade
Adarnellito, próxirno
aorio Carandaí
Zzt-otornicrografia
-
Plagioclásio
saussuritizado eplagioclásio
secundário" Q:uartzod.iorito; Distrito
de
Emboabas
ZZFoto:rric r o gr âf.ia
-
Titanita
apr e s entand.o conto rnometarnfctico -
Quartzodiorito,
Mun, delbituruna
23Fotornicrografia
-
Textura do quartzo rnuscovitaxisto
-
Município deBonsucessc
237
l0
Fotornicrografia -
Aspectogeral
datextura
doqurr
tzito, itabiritico
daSerra
de Bo:sucessoFotornicrograf.ia
-
Substituição derninerais pré-exis
tentes
pcr
serpentina Serpentinito-
Mun. de RitápolisVista parcial
de unidade de concentração derninério
Municfpio de São Tiago
Pegrnatito
cotll
espcdurnênio-
Mun. de Nazareno Contato pegrnatito cortt rocha gnáissica-
Municfpioll
TZ
l3
T4
l5
t6
t7
l8
t9
zo
?r
zz
L4 t4
T7 T7
de
Nazareno
39Vista parcial
do garírnpo de MatoVirgern
-
Municf-pio
deCel.X.
Chaves
39Fotornicro
grafia
-
Ex soluç ão tantalitacolurnbita
-garirnpo Mato
Virgern
53I'otornicrografia
-
Idernanterior
-
garirnpcCasca-tho
Preto
53Fotornicrografia
-
Cassiterita
geminada-
FazendaOlaria
57Fotomicrografia
-
Cassiterita
gerninada-
VoltaGrande
S?Fotornicrografia
- Microlita
zoneada-
VoltaGrande
60Fotorricrografia
-
Turrnatina corn fraturarnento norrgreisenrr de
Volta
Grande
60Fotomicrografia
-
Ass,rciaçãotantalitarnicrolita
-garirnpo Mato
Virgern
75Fotornicrografia
-
Idernanterior
-
garirnpo CascalhoPreto
75?,8
7,8
l-
2-
3-
5-
6-
8-TABELA.S
Associação rnineralógica
a.s
trações gr anulornétricasDiagrarnas de pó de
tantalita, alvarolita
eixiolita
Diagramas de pó de
varlarnorfita
ecassiterita
Diagrarnas de pó de
rnicrolita,
djalrnaita, pirocloro
epandaíta
Diagramas de pó de
cyrtolita,
zir
cão eribeirita
Diagrarnas de pó de rno,-lazita e xenotirna
Tabela das associações
entte
os rníneraisTabela dos dados fornecidos ao co;nputador
para
ela_boração do tttrend surface analysisrl
Tabela dos coeficientes de
correlação
e scrnatotal
dos quadrados dos
valores
dos ¡esíd.uospara
as su_perfície
de 19 a 69 grau detantalita,
cassiterita,
iI
menita e rn agnetita
50 54 58
6T
64
66
I.
RESUMO
Este trabalho apresenta urn estudo da Provfncia
Pegrnatítica de São João del
Rei,
localizadaa
sudoeste do Estado deMinas Gerais.
É
apresentado urn m.apa geológico d.euma
âtea
de7
3300
krn-,
enl escalaI
:
200.000, efetuado sôbre base topográficade
I
:
50.000 e defotografias
aéreas deI
:
30" 000"As
seguintes unidadeslito-estratigráficas
forarnrnapeadas:
a) Série
Pré-vtinás:
Cornplexo Granito-Gnáissico (gnaisses, rnigrnatitos e rochasintrusivas
cornoadarnellito,
grano-diorito,
dioritos
e quartzodioritos);
anfibólioxistos
eanfibolitos;
existos.
b) Série Minas:
quartzitos
emica xistos.
c) Série
ltacolorni: quartzitos
(rnetaconglomeradose
rnetassiltitos).
d) f'orrnação
Carandai
filitos.
e) Forrnação
Barroso: calcários
e calcoxistos.f)
Intrusivas
Básicas.g) Pegrnatitos.
Internperismo intenso e profundo afeta as rochas da
região,
tornando escassos osafloramentos,
que quando encontrad.osforam objeto de observações cuidadosas, coletas de amostïâs ê
ês-h¡dos petrográficos.
Os pegrnatitos
ocorrern
encaixados ern rochas docornplexo Granito
Gnáissico,
em anfibólioxistos
e ern rochasgranl
ticas,
nurnafaixa
de 70 krn de comprimentopor
20 krn delargura,
que
corta
a região rnapeada de SIV para NE abrangendo os rnunicípiæde Nazareno,
Cassiterita,
SãoTiago, Ritápoüs,
São João del Rei,CeI. Xavier
Chaves e Rezende Costa.Forarn estudados pormenorizadarnente
oito
jazidasde pegmatitos que se encontravarn ern exploração na ocasião dos
tra
balhos de carnpo: Mina da
serra,
volta
Grande e MinasBrasil,
Mi-na do
Paiol,
GascalhoPreto,
socêgo, Matovirgern
e Mina docava-1o do Buraco.
-1-Dessas
jazidas
sãodescritas,
tanto quanto possfvel,o núrnero de corpos pegrnatfticos,
formato,
dirnensões e encaixantes.Foi feita
arnostragein dos concentrados de bateia de suasfrentes
deexploração e essas arnostras forarn objeto de estudo granulornétrico
e rnineralógico.
As
análises rnineralógicas constararn dedeterrnina-ção de algurnas propriedades
ffsicas,
propriedades ópticas ern gerale interpretação de difratograrnas e diagrarnas d.e pó ae
rninerais
in-dividuais e de
frações,
corroboradospor
análise espectrográficas (fluorescência deraios
Xnormal
epor
excitação radioscópica) ea-nálise
por
ativação de neutrons.São
descritos
os seguintesrninerais:
colurnbita-tantalita, alvarolita, ixiolita,
cassiterita,
rnicrolita, pirocloro,
sarnarskita,
zítcão,
cyrtolita,
xenotirna,
rrtortazíta,rnagnetita, iþnenita,
hernatita, goethita,
granada,berilo,
espodurnênio, gahnita, rnuscovita,bityita,
lepidolita,
rutilo,
brookita, epidoto, estaurolita
e turrnalina. É fornecida a associação rnineralógica dasvárias
ja zidas e das diferentes frações granulornétricas.A
quadrícula decassiterita foi
objeto d.e arnostragern sisternática dos pegrnatitos, conseguind.o-se, dos concentrados pesados daí
resultantes,
quatrofrações:
¡rtantalitarr,ttcassiteritat,
rriknenitatr, e rrrnagnetitatr.
Essas frações forarn obtidas no separador eletro
rnagnético e
eletrostático
do DNPM e corrl elasfoi feito
urn estudoestatfstico do
tipo
rttrend. surface analysisrt.Encontraraln -se tendências de zonas rnais
favorá
-veis
a concentração detantalita
ecassiterita
erncertas
áreas eu
-rna
distribuição
ao acaso de magnetita eilrnenita.
Esses dadosfo
-rarn interpretados corn ar¡xllio de rnapearnento geológico, elaborado ern escala
I :
30.000 e apresentado na escala 1:
60" O0O, quepode-rá
ser de grandeutilidade
parafuturas
prospecçõesna
âreaestuda-da.
Os pegrnatitos são do
tipo
ácido s cornplexo
s.
Apresentarn zonearnento não
distinto
ernbora sejarn bern evidentesseus estágios rnagrnático e
hidroterrnal.
Possuern idade pré-carnbriana e
são forrnados a profundidades pouco superiores que 7 krn.-
-3-Corpos de dirnensões
li¡nitadas
de granitos e granodioritos,
j¡rt¡usivos
ern rochas gnJiss,icas eanfibolíticas, forarn
relacionados cotrr o rnagÍra que deu
origern
aos pegmatitos.Estes,
na grandemaioria,
são cortados atuaknentepela erosão ao
nlvel
da zona demaio¡
atividade das soluçõeshidro-terrnais,
gradando para níveis rnaispróximos
das fontespegrnatíti-cas,
sendo ausentes os defluorita
e derninerais
gemas.É possível reconhecer as diferentes fases da
evolu-ção geoquúnica dos pegrnatito s da
região,
conforme os conceitos deO
distrito
pegmatftico de São João d.el Reiconstitui-se atualmente na
rnaior
fonte derninérios
de tântalo que o pafs pos-sui.
Até
a descoberta d.os depósitos decassiterita
doTerritório
Fe-deral
de Rondônia,proveio
daquelesítio
a quase totalidade do esta-nho produzido pelo
Brasil.
Muito
ernbora a descoberta decassiterita
na regiãotenha
atraido
a atenção devários
pesquisadores, a grandernaioria
se deteve ern estudos dos concentrados de algurnas
jazidas,
ou
ern rnétodos delavra
e beneficiarnento ou ainda discutindo problérnâBâ-tinentes a
rnetalurgia
dos concentrados estanfferos.Da mesrna
forma,
os trabalhos existentessóbre
ageologia da
proríncia,
outratam
departicularidades
de algrrrnasja-zidas,
sem entretanto encaixá-las no contextogeral
etirar
conclu-sões amplas, ou estudam sòrnente as relações
litológico-estratigra-ficas,
não entrando em consideração sôbre a existência dos pegrna-tito s.
O
distrito
pegmatftico,
objeto destetrabalho,
loða-liza-se
a sudeste do Estado de MinasGerais,
abrangendo umadeze-na de municfpios que tern como centro regional são João d,el Rei. (
fig. l).
A
faixa
na qual estão contidos os pegntatitos exten-de-se
por
aproxirnadarnente 80quilômetros,
indo desde o municfpiode
rtutinga
até as proxirnidades de Lagôa Dourada, segundo direçãoNE,
concordante corn aestrutura
regional,
ocupando urna átea aprgximada de 2.000 quilôrnetros quadrados.
Devido ao crescente interêsse
por rninerais
tantalf-feros,
irnpulsionado ern grande parte pelo avanço tecnológico dain-dústria
aeronáutica,tornou-se
conveniente urn conhecirnento maisamplo das condições de
ocorrência
e gânese dos pegmatitos do dis-trito,
bern corno ascorrelações
com outrosdistritos
conhecidos oua se cor¡hecer.
Do ponto de
vista
econôrnico, as conclusões sôbre aorigern dos pegrnatitos, obtidas através do estudo
rnineralógico
dafração pesada, das observações de carnpo e da análise de tend.ências
revelada
por
computador, poderãoser
irnportantes na prospecção2.
TNTRODUçÃ,O
-4-
-5-de novos pegrnatitos da área estudada.
Urn ponto ao qual se dleu rnuita irnportância durante
os trabalhos de carnpo,
foi
oreferente
à arnostrageûr da fração pe-sada dos pegrnatitos ern
exploração.
Grand.eparte
deles são d.o tipocornplexo
e,
em assirn sendo, sua composição rnineralógica variad.ependendo da zona ern que se está trabalhando.
Por
ocasião da amostragem, todos os cuid.adosfo
-ram
tornados para gue a fração coletada representassefieþnente
ocorPo' visto que,
cornraras
exceções, alavra
se dápor
d.esrnontehidraúüco,
ficando a descoberto apenas afrente
atacada, r¡rascarando o restante do corpo e dificultando grandernente urna
melhor
corï1-preensão da zona arnostrada.
Os dados obtidos perrnitern
caracterizar
a provfnciapegmatftica, contribuir para
sua gênese e para prospecção de novasocorrências
na
ârea.cipalrnente tudos mais
tica,
paraco s.
Este trabalho não encerra o estudo da
região.
prin-do ponto de
vista rnineralógico,
é necessário efetuares-porrnenorizados com
vistas
acontribuir
de ma¡reira enfácorn o geoquirnismo fundamental dos processos pegrnalít!
A
confecção do rnapa geológico (f.ig" Z) se fez necessário
emvista
das grand.es discord.âncias existentes entre mapas d.evários
autorese
até, ern trabalhos d.e épocas diferentes d.o rnesïïro autor.
O propósito da
carta
geológica apresentad.a,foi
o deverificar
as relações existentes entre os pegrrì.atitos e as encaixanbs.Ern
virtude
da escala eûL que o Erapa é apresentado,seria necessário urn detalharnento geológico da
região,
corn o3.
I.
AÀ4OSTRAGEMA
amostragem de pegrnatitos ern exploraçãofoi
feita
nasfrentes
detrabalho,
obtendo-se erntôrno
de urn quilograma d.econ-centrado de
bateiar
eu€ representasse estatisticarnente ocorpo. o
núrnero de arnostras d.e bateia
por
corpo amostradovariou
ertr
fun-ção das dirnensões e geometria d.os rnesrnos. Nos casos ern que
ha
-via
concentração dotipo
ttsluicingrnalaiotr,
obteve-setarnbérnarnos-tras,
na sua saida aintervalos
regulares.Arnostroü-s€ na fase
iniciar
desta pesquisavários
pegmatitos
queocorrern
ern cortes deestradas,
ao longo d.eribeirões
ecórregos e corno corpos
aflorantes.
Neste casoretirou-se
ur¡r.apcr-ção que
variou
de 200a
1000 Kg de pegrnatitoalterado,
dependendo da concentração. Esternaterial foi
posteriorrnentebateado,
afirnè
se obter o concentrado pesado, conhecendo-se assirn o
teor
de rninerais
pesados, eût grarnaspor
tonelada de pegmatito.Ern alguns casos,
obteve-se,
corn sucesso, de peque+aprofundidaderarnostras de pegrnatitos
retiradas
atrado
ernlocais
assinalados no nÌaPa Geológico da Quadrfcula de
Cassiterita
cornoves-tfgios
de pegrnatitos. Esses vestfgios consistem ernforrnigueiros,
nas quais se observou a presença de
argila
branca e plaquetasmili
-méiricas
d.emuscovita. Existe
na região umaforrniga
denorninad.acorreição,
quetraz material
de atél0
rn de profundidade,fato
êsse que auxiliou bastante a prospecção de novos pegrnatitos. Ern algunsdestes
casos, entretanto,
a arnostragern a tradomostrou-se
inócuapelo fato da sondagern não
atingir
o pegrnatito ou de o mesrno ser d.edimensões reduzidas ou ainda de atitude desfavoráve1.
3.2.
TRATAÀdENTO DAS AMOSTRA,SAs
arnostras de concentrados derninerais
pesados forarnsubrnetidas a dois processos
principais:
No
prirneiro caso,
os concentradossofreram o
seguintetratarnento:
a) separação
por
brornofórrniob)
separação da rnagnetita corn irnã na rnão3-METODOLOGIA
-6--7
-c)
separaião ele trornagnétic a na Usina de Separação doDNPM situada na Estação de Nazar:eno, que
perrnite
a obtenção dasfrações : rnagnetita-rnaghemita,
iknenita
e tantalita -colurnbita.d) separação
eletrostática
do re slduoanterior
para ob-tenção das frações:
cassiterita,
rnicrolita
eareia
qwa;l.tzoza,.Após alguns ensaios
prelirninares
que consistern ÍLe-va
-riação
das consta-nteselétricas
e welocidade dacorreia
dossepara-d.ores eletrornrgnJti.o
"
eeletrostáticos,
o tratamento do iternc
ad-quire rrma boa r
eprodutibilidade,
servindo de basepara
a awaliação econ6rnica do pegrnatito.Corn objetiwos de estudos
mineralógicos, partes
dasa
-rnostras de bateia
forarn
subrnetidas a separações rnais cuidadosasern
laboratório.
Estas separações obedecerarn a seguinte sequência:a) análise gr
anulornétrica,
subdividindo as amostras nasseguintes frações
:)16
mesh,
16-30rnesh,
30-60rnesh,
60-100
e(
IOO rnesh.b)
separaçãogravirnétrica
corn brornofórrnio de cadau-rna das frações anteriore s.
c)
separação rnagnética cornirnã
de rnão pararetirada
de rnagnetita, rnaghernita e intercrescirnentos rnagnetita
-
iknenita.
d) exarne dornaterial
sob lup a corn aumentos variandoð,e
!2
a 60X e separação rnanu-visual dosrninerais
para exarnesrni
ner a1ógico s.
3.3.
ESTUDOSA seguir
sãodescritas
as técnicas usadas no estudorni-neralógico:
Difração de
raios
X -
forarn usadospara
a identificaçãodos
rninerais,
diagrarnas aepó,
(rnétoao fotográfico) obtidos ern cârnaras do
tipo
Debye- Scherer,
rnodeloBuerger
de 114,6 rnrn dediâmetro
(AzaroÍf
eBuerger,
1958).Foi
tarnb érn usado urnapare
-lho de difração rnarca
Norelco,
provido de goníôrnetro e detector decintilação para obtenção de difratograrnas.
Medidas de lndices de
refração,
ca'râtere
sinal ópticos,pleocroisrno e outras propriedades ópticas forarn tornadas a
partir
de rnontagens sedirnentoló gic a s quando a
granulornetria eta
adequa-da. Conf eccionar a.In - s e tarnbérn lárninas delgadas e secções polidas òs
grãos
rnaiores,
tr ern corno das arrìostras de rochas e de núcleosinal-/
-8
-terados de pegrnatitos. Os índices de
refração forarn
d.etermi.:rados,por
irnersão.orrt au*llio del¡ateria
Cargille,
sérieM,
scb contr6led.e
refratômetro
tipo Abey.Para deterrninação de pêso específico d.e alguns
rnine
_rais utilizou-se
de picnôrnetro del0
crn3 e balança analítica(
cornprecisão de 0,0005 g)"
3.
4.
ANÁ.T.TSES QUÍÌ\4ICASNas determinações quantitativas d.e
Nb,
Ta, Sn,
Ti,
Fee
Ba,
foramutilizados vários
processos: espectroscopia d.e raios Xfluorescentes, fluorescência
de raiosX
corn excitação radiosc6pi_ca e análise
pcr
ativação.No
prirneiro
caso as dosagens deNb,
Ta, Sn,
Ti
e Fedos concentrados
minerais forarn
executadas pelo rn6tod.ornisto
deuniforrnização do coeficiente de absorção e de padrão
interno.
Co_mo
rnaterial
uniforrnizante eûtpregou-se BaC0, e cotno padrãoin
_terno urna
mistura
de CuO e MoOr.As
arnostrjs
forarnpreviarnen-te
secasa
llOoC por uñrahora,
ápós o que forarn rnisturadas na seguinte
proporção: 0,5
g dearnostra, 5,5
g de BaCOr, 0,I
g de C,lrOe 0,
I
g de Mo0r.Utilizou-se
as seguintesraias analíticas:
TaLor,
NbKor,TiKor,
SnLor,
corn ern.prego adequado de radiações paracorrigir
oef eito .rnatr íz .
O equiparnento usado
foi
o espectrógrafophilips,
tipoPW
l31
0 deI
KW,
detector decintilação
ecristal
analizad.or deLiF.
Outro
processo de que se lançou mãopara
a obtençãode anáüses
foi
o da fluorescôncia deraios
X
com excitação radiosc6pica.
A
metodologia seguidafoi
a de dupladiluição
corn padrõessintéticos,
emprega:rdo-seH"80,
comodiluente,
As fontes d.e excitação
consistiram
doselernentå
.år""ot."
Ary\zLl. F"55,
corndetel
tor
especialOrtec
deSi/Li
ern equipamento rnulticanal Nothern dol.
E. .A..Foi
ainda ernpregada a A:rálisepor
Ativação de Neutronso
equiparnento de contagern de radiação ut*izad.ofoi
o
rnesrrÌo Multicanal
Nothern,
só que neste caso o detector consistiu de umcristal
deGe/Lí.
3.5.
OUTROSAchou-se conveniente descrever os proced.irnentos
emá
todos de levantarnento geolJgico, bern corno os gue nortearam o
es-tudo do rrtrend surface anarysisrt nos seus respectivos capítulos
vi
-sandofacilitar
leitores
com eventuais interesses dirigid.os.-O
prirneiro trabalho
sôbre a geologia daregião
deSão João del Rei
foi
publicadopor Erichsen
(1929') er:r que esteau
-tor
classifica
as rochas da região corno pertencentesa
várias
ida-des: Arqueano (gnaisses,
xistos cristalinos
egranitos),
Algonquia-no Série Minas (rnica
xistos
ecalcários),
Carnbriano-
Série
Lavras (quartzitos earenitos
conglorneráticos) e não descrirninado(quartzi-tos e
xistos).
Rolff
(t9+s,
1947,I95?,
1953e
1957) t.rata de aspectos
particulares
de pegrnatitos ern fase de pesquisatais
corno:forrna,
dirnensões e cubagern dos coïpos derninério,
exceçãofeita
aos trabalhos de 1952
e
I95? ern que o autorfaz
considerações sôbre
a geologia da região.Guirnarães (t948) apresenta alguns aspectos rninera
lógicos,
bern corno sôbre aforrna,
tarnanho e orientação dos corPospegrnatfticos de Volta Grande, classificando-os corno
Pré-denovia
-nos.
O rnesrno autor (1950) estudando
a
jazída de VoltaGrande e proxirnidades
forrnula várias
hipóteses paraexplicar
o apa recirnento dos pegrnatitos" Destetrabalho
consta ainda urna descri-ção dosrninerais
queocorreûl
nos pegmatitos da Volta Grande, s€-guindo ern linhasgerais,
o quejá dissera
ern Guirnarães (1948').Belezkij
(1956) apresenta rurr rnapa geológico de pa1te
da região pegmatíticae,
através de estudospetrográficos,
discu-te
aspectos genéticos, tectônicos e geocronológicos (halospleocrói-cos) das rochas da
região. Afirrna
que os anfibólioxistos tiverarn
duas
origens.
Urnprirneiro
grupo se forrnou apartir
de rochasba
-sálticas
eoutro
apartir
de urn sedirnento cornposto dernateriais
de-trfticos
e tufosvulcânicos.
Ainda apartir
das observaçõespetrogr{
ficas
observa queexistirarn
na regiãotrês
ciclos
de granitização:Huroniano, Penoqueano e Caledoniano. Considera os
pegnaatitos
deidade Penoqueana introduzidos ern
fraturas
Fluronianas.Afirrna
ain-da
existireñr
pegrnatitos pctássicos da idade Caledoniana que cortarnos considerados Penoqueanos. Ern seguida
diz
r¡a idade dos pegmatitos potássicos ¡á
foi
deterrninada peloProf.
Djalrna Guirnarães,co-rno sendo Caledoniar.a (375 rn. a. )tt.
4.
TRA.BALHOS
PRÉVIOS
-10-ll
-Ebert
(1956) apresenta urn rnapa geológico d.a região de são João del
Rei,
grupand.o as,rochas daregião
segundoforrnações, discutindo aspectos gen6ticos e eventos tectônicos
que
a-tuararn sôbre
elas. A
colunaestratigrâfica
apresentad.a pod.e ser resumida ern: Rochas de idade ttArcaicarr
(granitos,
trondhjemitos
emigmatitos).
tr'orrnação Barbacena(anfibolitos,
gnaisses,quartzi
-tos
e rochasbásicas)"
Forrnação Lafaiete (rnicaxistos,
quartzitos,ultrabasicos e carbonatos de rnangâres).
série
Minas(quartzitos
existos).
Formação Tiradentes(quartzitos).
Formaçãocarandaf
eBarroso
(filitos,
rnetagrauvacas ecalcários).
tr orrnação prad.os(metassiltitos),
tôdas de idade pré-Carnbriana"O rnesrno
autor
(1958) se detém na discussão daForrnação
Prados,
discordand.o das idéias de Leonardos(1940)
epropondo urna rnodificação na subdiwisão das unidades geológicas. Ao rnesrno ternpo
reclassifica
alitorogia
daquela forrnação.Dorr
et al
(I958) notrabalho
sôbre as jazidas dernanganês do Estado de Minas Gerais
discorre
ràpidamente sôbrealguns aspectos geológicos da região.
Ebert
(L963) discute a geologia da região edescre-ve arrFormação Lafaietelr situando-a estratigràficarnente ern
relã
-ção às outras forrnações presentes de rnodo análogo que enlEbert
(1956) e
trata
de aspectos tectônicos eestruturais
relacionados.Heinrich
(1959) e Qe6+) estudando os rnesmospeg-rnatitos
de Volta Grande, reconheceu neles duas gerações classificagdo-os colrro
pré-tectônicos
epós-tectônicos.
Osprirneiros
tern coræacessórios:
cassiterita,
colurnbita-emicrolita;
e os segundos:cas-siterita,
tantalita,
rnicrolita
e espcdumônio.Afirrna
que os do tipcseûr esPodurnênio não são zonados e os cotn espodurnênio d.ividen-se
em: (a) corn zonearnento
rudirnentar;
e (b) unidades não zonad.as detextura
e granulornetriadiferentes,
rrLas idêntica rnineralogia.Acredita Heinrich
que esteúltirno tipo
é resultantede injeções
interrornpidas
de rnúltipras gerações do rnagrnapegma-tftico.
Autores entre os quais se destacarn
Rolff
(t94Za,L948a, 1951, r952a
e
t959);
paiva
(L946); Leonardos(tls:);
Guirnarães
(t9s6,
1956ae
19571;Martin
(tltz¡,
tecerarn considerações arespeito
de aspectosparticulares,
sern grande irnportânciapara
o'12
-5. GEOLOGIA
5.
I.
Á.SPECTOS GEOGRÁ.FICOSE
GEOMONTOT,ÓGICOS.4. região estudada Localiza-se a sud.oeste do Estadc de Minas
Gerais,
abrangendo urna d.ezena de municípios tend.o coræcentro regional São João del
Rei. (fig. I).
A
área mapeada consiste nurn retângulo de ladosrnaiores de 75 krn de extenção, direção
E\{'
situados entre as latitu-des 20o54re
}rolzt s; e,
lados menores de 45krn,
direção NS e si-tuados entre os
paralelos
44o0Zte
44o45¡ \ry.(tr.ig.
Z).Grande
parte
da área é constituidapor
re1êvo suavecorn montanhas de
formas
arrecondadas, bem trabalhadas pelaero-são.
os
vales são bern abertos e osrios
eribeirões
sãolargos epql
co profundos, forrnando urna drenageûtlocal
ern rrlequerr. Suasaltitu
des
variarn
de 800 a 900m.
São áreas onde predominamrochas
dotipc
filito,
anfibolito,
anfibdlioxisto
ecalcários.
Nas regiões granito-gnáissicas rnais antigas pred.o
-rninarn feições de urn relêvo rnaduro e peneplanizado,
sulcado
porboçorocas q*e pcdem
atingir
até r km de extensão(roto z).
A
altiJude rnédia d.essas áreas é de tooo rrr e a drenagern
local
é dendrftica.Distinguindo-se bem dessas duas feições existern
serras
coltl.o as doLenheiro,
de são José e do Bonsucesso que se sobrelevam de 300 a 600
m
donível
do Rio dasMortes,
atingindoalti
-tudes
entre
1200e
1400 rn(roto l).
euando essas elevações possueursubstrato
gnáissico, granítico
ou granod.iorítico elas sãomais
extensas,
porérrr menos elevadas do que as desubstrato
q.ulaúzltico (sãoJosé) e
itabirítico
(Bonsucesso).A
drenagern da regiãoé,
direta
ou indiretarnente,controlada pelo Rio das
Mortes,
quecorta a
ârea estudada de lestepara o oeste seguindc a
direçãc
da xistosidad.e ou gnaissificaçãc (Ns),havendo no entanto, algurnas
inversões.
Entre sãc João d.el Rei e Ritápolis,
seu curso assurne a direçãoN'w, talvez
explicadopor
urnazor7.a de fraqueza rîascarada cornpletamente pelo
internperismo,
jâ,comentado.
O cli.rna da região estudada
situa-se
entreternpera-do e
subtropical.
Durante overão,
a ternperatura alcançavalores
erocA¡,IzAçÃo
-13-ro 99
I æ
-240
LAT. S
-Foro I
-
Aspecto darnorfologia
daregião
situada a sulda
cidade de São João del Rei. Foto tornada dobraço
sul daSerra
do Lenheiro.Em
prirneiro
plano vê-sequartzitos
dasérie
rtacolorni e ao fundo{i
litos
da FormaçãoGaranda{
com topografia por¡co rnovimentada.-14-
Ë,ï*-FOTO
2
-
Vista
de urna boçoroca antiga situada na rodovia São Joãó del Rei
-
Barbacena, nas proxirnidades de-
15-À
noite,
não rararnente,
durante âstesmeses,
a ternperaturacai
azeto
graus centfgrados ou pouco rnenos.As
chuvas caerrlpreferen
-cialrnente entre os mêses de novembro e ûì.arço corn quase noventa
por
cento dototal
de precipitação queoscila
emtôrno
de 1300 rnmpor
ano.os
demais meses do ano são bastante secos, principaknente
entre junhoe
seternbro.A' vegetação que cobre a região é constituida de cam
pcs sujos e serrados sernelhantes aos existentes na região d.o
Brasil
central.
Ern algurnas áteas desenvolve-se atividade pecuáriarudi
rnentar corn formação de pastos.
O internperismo atinge
geralmente,
grand.es profun_didades. Pôde-se constatar ern
vários locais
d.aregião, principal
rnente ern rnineraç<ies e baçorocas que êste é bern
superior
a 50rne-tros
de profundidade (Foto4)"
ErnMorro
daMina, próximo
a Lafaiete,
a nordeste de Lagôa Dourada, próxirno da área estudada,verifi-carn-se os efeitos do internperisrno até 165
metros
da superffcie(Dorr et
al,
1958).Esse
fato
se deve à circuiação profunda de águasrneteóricas causad.a pela alternância anual de estações quentesefri;as
bern extrernadas, aliada a rurir.a d.istribuição bern acentuada das chu
-vas nas estações.
Os afloramentos na área estud.ada são
escassos
emal distribuidos
ê encontrarn-seem grande número nas áreasserra
nas forrnadas
pcr quartzitos,
itabiritos,
gnaissesgranfticos
e granodioritos.
Nessestipos litológicos
os aflorarnentos estão bern preservados e pcuco
alterados,
sendo fàciknente encontrados erncortes
d.eestradas,
ao longo da drenagem ou forrnando rrserrasrr emorretes
isolados que sobressaern na topografia.
Nas áreas de
ocorrência
d.eanfibolitos,
anfibólioxistos, xistos
efilitos
sãoraros
os aflorarnentos e quandoencontra-dos a grande
rnaioria
está intensarnente internperízad,a tornandodifí-cil
a distinção entre os diferentestipcs litológicos.
5.2.
GEOLOGIA5.2.I. Generalidades
-
16-de aproxirnadarnente 3300 krnz tendo sido efetuado sôbre urna base
topográfica na escala de
l:50.000,
po-r redução das fôlhasplanirné-tricas
del:20.000,
executada pela PROSPECs/L.
para o conselhoNacional de Pesquisas.
Durante os
trabalhcs
de caûtpo, os aflorarnentosvi-sitados forarn locados em
fotografias
aéreas da L.A"Sr\ naescala
det :
30.000,
e posteriorrnente transpostos às fôlhas planirnétricas.A
área rnapeada consiste d.e urn retângulo coûr amaior
dirnensão de 75km
na direçãoE-\V
e a rnenor de 45km
corndireção N-S
(r'ig.
z).Os
tipcs
Litológicos encontrados forarn grupad.os d.aseguinte rnaneira
:
gnaissesgraníticos,
anfibóIioxistos,
xistos, grå
nitos,
quartzitos,
filitos,
caicários
eintrusivas
básicas.A
delirnitação dos contatos entre as diversas unida-des
litológico
-
estratigráficas
não pôdeser
verificad.a no campo,nern ûLesrno através de
fotografias aéreas,
errt razão da espessura do rnanto de internperisrno que cobre pràticarnente tôdaa
ârea(foto
3).
Urn procedirnento
auxiliar
rnuito irnpcrtante duranteos trabalhos de carnpc
foi
averificação
da natureza dosolo.
Emre-giões cujo substrato é forrnado
pcr
anfibótioxistos,
o
solo seapre
-senta corn coloração verrnelha escura devido a porcentagern elevada
de óxidos de
ferro
provenientes da alteração dos rnáficosoriginais.
Alérn da coloraçãoresses solos apïesentarn
textura peculiar
constitu'ida de urna
rnatriz argilosa
predominante e de grãos de quartzo de dirnensão entre ar eia
fina e
silte"Nas áreas de dornínio de
granitos
e gnaisses os so-los
são erngeral rnais
claros.
Entretanto,
existernlocais
emgue
asua coloração
é
serneihante à dos anfibólioxistos.
Nesse'scâsos¡
â distinção pôdeser feita
baseada nas dirnensões bern rnaiores do quaatzo presente.
Os pegrnatitos da região estudada estão encaixadcs
ern rochas metarnorfizadas de idade pré-carnbriana repïesentadas
principaknente
por
gnaissesgtanfticos, granitos,
anfibólioxistos
eanfibolitos.
(foto
+)"No carnpo, salvo ern alguns cortes de
ro
e errt algurnasrninerações,
não se pcde observar oestradas de
fer
I
L
I'OTO
3
-
Vista
de urna rnalha de poços depesquisa. Os pontos eûì. branco são pcços
que
atingirarn
o pegmatitoalterado,
apre-sentando a
fcrrna
aproximada deV.
.Á.reade conc.essão da Cia. de Estanho São João
del Rei..Distrito de
Merces
de ^Ã.gua Lirnpa.-17-FOTO
4 -
Aspectoparcial
<ie pegmatito da Volta Grande (Cia. de Estanho São João delRei).
Nota-se ernprirneiro plano,
àd.irei-ta
doveio,
urn bloco deanfibclito.
Aofun-do se vê um
trator
de târnina acoplado aurrt trscraperrt lavrando o
corpo.
Observa-se ainda a espessur¿r da carnada
intemperi
_17
_vo dos granitos bern corno as feições dos
anfibolitos.
Na
Mina daSerra, por
exernplo,foi
nctada a presença devários
diques deanfi-bolito,
já bastante d.ecornpcstas, cortando discordanternente o gnaisse
granftico.
Na Mina doPaiol
forarn observadosvários
aflorarnen-tos
degranito,
entretanto sern continuidadefora
da área da rnina.Esses fatos aliados a grande dificuldade de se conse
guir diferenciar
rochasgraníticas
decaráter
intrusivo
das do corn-plexo
granito gnáissico,
assirn cornoanfibolitos
d.e anfibólioxistos,
nas escalas errr que os ûì.apas são apresentados, julgou-se
por
berngrupá
-las
nas rnesrnas unidade s lito -estrátigraficas, rnuito
ernboraisto
não signifique que tenharrì. a rrtesrnaidade.
Oslocais,
onde seconseguiu caracteri
zar
perfeitarnente urn deterrninadotipo litológico
ern aflorarnentos
favoráveis,
secundadospor
estudo petrográfico, forarn
assinalados nos rnapas geológicos.5.?.2. Rochas dc Cornplexo Granito*Gnáis sico
Os gnaisses de cornposição granítica tern
larga
dis-tribuiçãc
na região rnapeada ocupando cerca de 50To de sua á,rea.Apresentam gnaissificação segundc direçãc predo
rninanternente nordeste (N
-
4C a 80E)
corn pcucas variações locaise rnergulhos
ora para
onorte, ora
parao
sul,
forrnando urna sequência
desinclinais
eanticlinais.
Dewido a irnpossibilidade de separar-se no carrr¿oo os
gnaisses rnais antigos das rochas de
catâter
intrusivo,
tais
corrlogranitos, adarnellitos, granodioritos,
dioritos,
e guartzodioritos,
tôdas elas forarn grupadas na Trresrrra unidade.
Verificou-se
a presença destasintrusivas
ern váriospcntos da área rnapeada. Na fazenda Pouso
Alegre,
rnuniclpio deSão Tiago pôde-se
observar
ern aflorarnentoali
existente,
urna rocha de corrlposição adarnellítica corn
*.trólitos
de gnaisse granfticode coloração cinzenta e granulação
fina.
O rnesrnofoi
observado eûì.alguns aflorarnentos da
Serra
de SantaRita
e nasproxirnidades
doRio Grande, a sudoeste da área rnapeada.
Urna datação realizada
por
Cordaniet
aI(1972)
no Centro Paulista de Geocronologia, de arnostra de gnaisse graníticodas proxirnidades de Barbacena, a
leste
daregiãc
estudada, reveloua idade de 2800
M.4.,
eueos
autores acreditarrrser
aindarnais
pois há
total sirnilaridade petrográfica
e f.azparte
d.a rnesrna faixagnáis sica.
Quanto à idade das
intrusivas,
até o rnornento nãose dispõe de dados seguros
para situá-las
na colunaestratigr
âfíca,pelo que são colocadas à
parte
no rrìapa apresentado(fig.
Z).Macroscòpicarnente os
gnais ses
apresentarn côrcínza
clara,
granulaçãovariável
defina
a rnédia e nítid.a orientação.Microscòpicarnente apresentam,
via
deregra,
tex-tura
granoblástica ou cataclasada.Pode-se observar plagioclásios do.
tipo
oligoclásioou termos próxirnos que apresentarn, em
geral,
gerninaçãoalbitare
curvada e fraturarnento nos bordos dos grãos rnaiores preenchido
pcr
tnuscovitafina (sericita)"
Esse fraturarnento pareceser
tectônico.
O plagioclásio constitue geralrnente rnais de 4O% d.as arnostrasestudadas.
O quartzo apresenta extinção ondulante não rnr¡ito
pronunciada e os grãos são rnuito
fraturados.
Sua porcentagernva
-ria
de 15 a 20%.Biotita ocorre
parciaknenteintercalada
com epidotoperfazendo juntos de 10 a ?O%" ,A. rnuscovita é
rara
e aparece sobforrna de pequenas plaquetas. Ern alguns casos tern-se epidoto
for
-rnado a
partir
doplagioclásio. Titanita
pard.a, xenornorfa e apatitasão sempre encontrados cor:ro acessórios.
Intrusivas
adarnellític as
forarn notadas, entre
outros pontos, na rnineraçãc doPaiol
e a 4km
a sul da cidadede
Cel.
X.
Chaves.Ern alguns
afloramentos,
observa-senítida
orientação desta
rocha,
tornandodifícil
sua diferenciação dos gnaisses gra-18-níticos rnais antigos.
Macro s còpic arnente apre senta
loração cinzenta. ,{'o
rnicroscópio
sua texturazes orientada.
Sua cornposição rnineralógíca é a seguinte :
rnicro
-clíneo (gO
-
+OYo),plagioclásio
(20-
3O%), quartzo (20-
3O%),bioti
t"
(
-
IOlo) alérn de epfdoto,titanita
e û).uscovita queconstituern
osace s sório s.
granulação
fina
€_t9_
O
rnicroclínio rnostra
gerninaçãopericlínio
bernde-senvolvida e apresenta faixas de
pertita
(foto5). o
quartzo ocorrefraturado,
corn dirnensões hornogêneas e elïLgeral
corn extinçãoon-dulante. O plagioclásio é do
tipo oligoclásio
e está constanternentepontilhado de
sericita.
,A.biotita
cornurrr. se apresenta isolada e caò-tic arnente di stribuida.
Os
gr anoCior ito s
não diferenciados no m.apa ern anexo, ternlarga distribuição
na ârea estudada, once apaïecern. ge-ralrnente,
cornestrutura gnáissica.
Forarn observados, entre outrosIocais,
nas wizinhanças de Dores de Carnpo (Sudeste dePrados),
nosrnunicípios de Rezende
Costa, Ritápclis
e São Tiago,e na região en-tre
Nazareno e Cassiterita"Esses granod.ioritos
diferern
dos adarneltítos tão sòrnente nas porcentagens de
feldspatos.
Ornicroclínio oscila
entre 5e
LSTo enquanto o plagioclásio (o1igoclásio ou oligoclásio-andesina)varia
de 30 a 40T0. .A" quantidade deqrartzo
évariável
e os rnineraisrestantes são os lÌLesrnos e aproxirnadarnente corn iguais quantidades
encontrados nos adarnellitos.
Dioritos
e quattzo dioritos
forrnarnurnaunirlade a
parte
dentre asintrusivas
e receberarn a denorninaçãoge-nérica
do segundc, pela sua grand.e preponderância. Na região rrra-peada, sua presença
foi
constatada na FazendaOlaria
rnunicipio
deCeI.
X.
Chaves; na estrada Sãc Joãc delRei
-
Ernboabas, próxirnoa pcnte sôbre o Ribeirão do Peixe;
e,
nas proxirnidades da estaçãode lbituruna.
Macroscòpicarnente estas rochas se apresentarn
com coloração cinzenta,
textura pcrfiróide
(nos terrnos gnáissicos atextura
é rnais hornogênea)e
são frequenternente cortad.asper
veiosde
quartzo,
sern orientação preferencial"Nas seções delgadas estudadas a textura predorni
nante é
granoblástica. Parte
do plagioclásio (oligoclásio) de algurnaslârninas
rnostrarn-se saussuritizados,
quandonão,
aparecern erngrãos xer¡orrì.orfos
(foto 6).
Perfazern aoredor
de 6O% da rocha.Quartzo apresenta-se eûr grãos de contôrnos
irregulares
exibindoou não extinção ondulante, nurn
total
aproxirnado de I5%.Os rnáficos
(
- 20To)são:
hornblenda ern grãosidiornorfos
eparcial-rnente
cloritizada;
e,
biotita
q're se associa aclorita
e a epidoto.¿0-ocorre
ern grãosirregulares
efraturados, por
vêzesidiornorfos
eestá associada a
biotita
e hornblenda. Ern arnostras d.elbituruna
foi
notada a presença de
allanita
corn halospleócroicos
(th),
apresen-tandc¡ corno a
titanita
contôrno rnetarníctico (Foto7)" Apatita incolor
está presente corn pcucos grãos esparsos.
Curnpre
ressaltar
ainda a presença derrrigrnatito
sobservados ern aflorarnento à
beira
da estradaS.J.
delRei
-
Cajuru,a aproxirnadarnente 6
km
destaúltirna
e noutro a 5 krn de Lagoa Dourada na rodovia que a
liga
a São Joãc delRei.
Ern arnboscs
casosêstes rnigrnatitos se apresentarn de mod,r sernerhante, tanto na
orien
tação (N +o
-
60E
corn cairnento parasul)
como petrogràficarnente.O paleossorna é geralrnente rnais desenvolvid,c e cons
titue-se
predorninanterrente de: hornblenda,clinozoisita
eplagioclá-sio
(o1igoclásio-andesina)po"
vêzessericitizadc.
No neossornâêr
-contrarn-se ern ordem decrescente de abundância:
microclínio,
pla-gioclásio
(oligoclásio),
qu.artzo,biotita,
rnuscovita etitanita.
Percebe-se que a rocha
foi
subrnetida aesforços,
urna vezque,
ao redordos grãos
rnaiores,
notarn-se fragrnentos reCuzidos d.o mesrno rnaterial,
alérn do quartzo guernostra forte
extinção cnd.ulante..A's rochas do Complexo
granito
gnáissico acham-3ebastante rnovirnentadas corn dobrarnentos que
variarn
de peucos centfrnetros,
(notados ernvários
aflorarnentos) aquilornétricos
(obser-vados
indiretarnente,
através dos dados de geologia lançados eln rna pas)"Quanto aos falharnentos presentes nesses
tipos
lito-lógicos,
as observações de carnpc são bastante escassas, send.ono-tados apenas
locaknente, pcrérn,
sernrnostrar
continuidade.Ob s er vaçõe s ern foto gr afias aére as rno str aï â"trr. - s€
irnprodutivos corn
respeito
às feiçõesestruturais,
ernvista
da espes sa capa internperizadater
rnascarado cornpletarnente as estruturasdas rochas subjacentes.
Não
forarn verificados
os falharnentos citadcs pcrBelezkij
(1956) coûlo tambérn nãcverificou Heinrich
(1964).5.?"3. Anf iUótio Xistos e Anf ibolitos
Os
anfibolitos
e anfibólioxistos
forarn grupados nos-zt
-das íntirnas relações
estruturais
existentesentre
ambos,Existern na
região,
duas faixasprincipais
dedornf-nio dessas
rochas.
A'rnais
extensa se extende desde asproxirnida
-des de
lbituruna
atê o rnunicfpio deCassiterita,
sendo intercalad.apor
rochas de cornposiçãogranítica
(s.1. ) forrnand.o Itilhasrt ern seuinterior.
É nessafaixa
que se concentra ornaior
núrnero de aflora-rnentos de pegrnatitos, objeto deste estudo.
A
segundafaixa anfibolítica
ernirnpcrtância,
situa-se nas proxirnidades da cidade deCel" Xavier
Chaves, a sul deRe-zende Costa. Nesta não forarn observados intercalações de corpcs
gr anftico s.
Ern arnbas
faixas
existern pequenas lentes dexisto
do
tipc
queluzito.Urna
terceira lente,
deirnpcrtância
e dirnensões secundárias
ocoïre
ern contato corn o flanconorte
daSerra
do LenheiTo,
corn bons aflorarnentos no Orfanato Salesiano próxirno aS.J.
del Rei e outros na estrada S"
J.
delRei
-
Ritápolis,
próxirnos
aoentroncarnento de Caburu.
Foi
aindaverificada
urna quartafaixa,
a poucos quilôrnetros
anorte
da cidade de Bonsucesso, tendo seurnaior
desen-volvirnento para
oeste, já fora
d.a área rnapeada,Pequenas lentes de anfibólio
xistos
ou diques d.ean-fibolito
aparecemesparsos
encaixados ern gnaissesgranfticos
ouern
xistos
daSérie Pré-Minas,
corn extensões variando de poucos acentenas de
rnetros.
No rrrapa regionalforarn
assinalados alguns pontos
em que forarn encontradas estas pequenas lentes.Possíveis discordâncias entre o pacote anfibolítico
e os gnaisses indiferenciados não puderarn
ser verificadas
na regiãornapeada.
Forarn,
no entanto, encontradas algurnasexpcsições
queperrnitirarn concluir
serern os gnaissesrnais
antigos que os xistosbásicos.
Na Mina daSerra forarn
observados quatro diques deanfi-bolito
parcialrnentealterados, paralelos entre
si,
corn espessuradeaproxirnadarnente Z
a3
rnetros,
cortando discordanternente ognais-se
granftico Iocal. A
direção desses diques é aproxirnadarnenteE
-W corn rnergulhos variando de
vertical
até 6O0 S"Mais
adiante ouI'OTO
5
-
Adarnellito
-
Proxirnidade da ponte
só'bre o Rio Garandaf na estrada S. João delRei
- Cel.X.
Chaves.Microclinio pertitizado
corn inclusão de grãode
quartzo.
Ao lado aparece plagiocláeioge-minadorpontilhado de
sericita
em contato ccr¡rrnuscovita. Nicois
cruzados,
Aurnento =l40X
-?2
-FOTO
6
-
Quartzodiorito - Distrito
de Ernboabas,
proximo
à ponte sobre oribeirão
do Peixe.
Cristais
de plagioclásio gerninados e saussrlritizados.
Entre
os grãos gerninados, apreisentando coloração clara.,nota-se
plagioclá-sio
secundário não gerninado.F OTO
7
-
Quartzodiorito -
Proxirnidadesda Estação de
lbituruna.
Gristais
detitanita
(3) rnaisescuros,
apre-sentando contorno
rnetarnfctico,
associadosa hornblenda.
Nicois
paralelos
-
Aurnentoi
340 X-23
-I'OTO
8
-
Quartzo rnuscovitaxisto
-
Estra
da
lbituruna
-
Bonsucesso a aproxirnadarnente
I,5
krn da ponte sôbre o Rio das Mcr tes.Grãos orientados de quartzo apresentando
textura pavirnentosa e rnuscovita alinhad.a segundo direções quase perpendiculares.
-24_
Na fazenda Mato
virgern,
rnunicfpio d.ece1.x.
chaves notou-se a presença de um dique deanfiborito,
concord.antecorn
a direção do anfibóüoxisto
próxirno, på"érrr,
cortando o gnaisse granÁtico,
ern exposição não tão nítida quanto aanteiior.
os
anf
ibótio xistos
rnostram,
na quasetotalida-de das lârninas
petrográficas
estud.adas, grande hornogeneid.ade quagto
a cornpcsição rnineralógica.A
hornblenda e o plagioclásio (emgeral
oligoclásioandesina, e
albita
ern algrrmas arnostras corno as das proxirnidadesda
Serra
de rbituruna) perfazeûr. urntotal
aproxirnado de g0 a g5% darocha. A
granulação do plagioclásiooscila
entre 0,I
e0,5
rnm enquanto o anfibólio
varia
de0,3
a0,2 rnrn.
tr'requenternente oplagio-clásio não exibe gerninação, rnas alguns
cristais
apresentârrr-¡1â s€-gundo a
lei
doPericlínio
e eïn rnenorpropcrção
segundoAlbita.
Quartzo
ocorre
subordinadarnenteora
ern grãosfraturados
ora
e11lgrãos
lfrnpidos,
dependendo dalocalização,
nunca ultrapass ar.do Sls.os
acessórios são constituídos frequenternentepor
tj. tanita e alguns opacos. Notou-se que nas proxirnidades d.os corpcspegrnatíticos,
epidoto dotipo
clino -zoisíta oupistachita,
ocorre
eïrrmaiores
quantidades, (tvtatovirgern,
cascalhopreto, etc.).
Os
anf
ibolito s,
sob a forrna dediques,
acom.panharn as direções dos anfibéIio
xistos
tend.orno entanto, rnergulhosora
concordantes,ora
discordantes.Devido a alteraçãc bastante pïonunciada não
foi possi
vel observar
relações entre osanfibolitos
e as d.ernais rochas d.opa-cote
regional.
Rarosforam
os casos de arnostras cornalto
grau desanidade, aparecendo frequenternente rnuito epidotizadas e
sericitiza
das.
Ñurna secção delgada de arnostra de anfibolito nãcrnui
to
alterado da Fazenda Matovirgem
pôde-se observartextura
grano nernatoblá stica,
s ern orientaç ão per c eptível rnac ro s còpic amente.O plagioclásio é pouco gerninado e se apresenta corn
grãos tírnpidos e equidirnensionais oscilando entre 0,
I
e 0,I
rnrn.Por
vezes nota-se gerninação segundo alei
dopericlfnio.
A
hornblenda se apresenta geraknente ern grãos xenornorfos ou então com
bordos
corroidos
ouirregulares,
coïrÌ granulaçãoentre
0r5a
r,5
90% da
lârnina.
Epidoto(clinozcisita)
etitanita
xenornorfa, erncris
tais fraturados
cornpletamo
restante.da paragênese.Próxirno à cidade d.e Nazareno, ern
local
assinaladono rnaPa,
aflora
urn anfibólioxisto
quedifere
dostipcs
d.escritos anteriorrnente.
Alérn da hornblenda, quartzo e plagioclásio apresentaum
mineral
de granulação bastantefina
(Serpentina ou.clorita
?)
,que
rodeia
a hornblenda e preenche os espaços existentesentre
osgrãos de quartzo e
os
vazios de urnrnineral
quefoi
rernovid.o(piro-xênio ?
)
peú.azendo urntotal
aproxirnado de 25% d,a secção estud.ad.a.Ao rnicroscópio a
textura
é granoblástica.Provaveknente não existe
relação
genética
destaro
cha corn os anfibólio
xistos
eanfibclitos
encontrad.os nos dernaisIo
-cais,
rnuito ernbora, não se pudessedefinir cofil
segurança suascon-dições de forrnação.
Estruturalrnente os
anfibolitos
(s.1. ) rnostrarn-se o rientados segundoN -
70-80 E nafaixa
deIbituruna-Cassiterita,ha
-vendo urna inflexão para norte (N-40 E) nas proxirnidades da Serrado Lenheiro e da cidade de
Cel.X.
Chaves.Os anfibdlio
xistos
forrnarn urïra sucessão contínua deanticlinais
esinclinais,
sern falharnentos notados. Talvez êsse fatose deva às exposições rnuito localizadas e esparsas
e,
colttofoi
ditoanteriorrnente,
a não preservação dasestruturas
devido ao elevadointemperisrno,
que nãoperrnite
urna interpretação fotograrnétrica.Ebert
(1957)inclue
as rochas decaráter
anfibolíticoe os para-gnaisses não descrirninados na Série Barbacena de Barbo
sa (1954). No presente trabalho não
foi
adotada aquela denorninaçãopor
não seconseguir,
no carnpc, separar do cornplexo graníticogníissico,
os para-gnaisses citadospcr
Ebert.
Todawia as evid.ên-cias
já
rnencionadas,perrnitirarn situar
osanfibolitos
estratigràfi-carnente acirna das rochas d.c Cornplexo
g"anlti.o-gníissico,
eabai-xo da forrnação
xistosa.
Nestaúltirna verificarn-se vários
indfcios,de que,
parte
dos sedirnentos que aoriginararn, provierarn
dosan-fibolitos.
(Horen, 1953 eEbert,
1963).-25
-5.2.4. Xistos
Os
xistos
consideradosnharn ligeirarnente os anfibóIio xistos
rnapeada sob forrna de lentes.
da