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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA UNIFOR-MG CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA TAYNÁ MOREIRA BONACCORSI

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA – UNIFOR-MG CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA TAYNÁ MOREIRA BONACCORSI

DERMATOFITOSES EM FELINOS E O CARREAMENTO ASSINTOMÁTICO DA DOENÇA: REVISÃO SISTEMÁTICA

FORMIGA – MG 2019

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TAYNÁ MOREIRA BONACCORSI

DERMATOFITOSES EM FELINOS E O CARREAMENTO ASSINTOMÁTICO DA DOENÇA: REVISÃO INTEGRATIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Formiga – UNIFOR-MG como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Medicina Veterinária.

Orientadora: Profª. Msc. Priscila Mara Rodarte Lima e Pieroni

FORMIGA – MG 2019

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Tayná Moreira Bonaccorsi

DERMATOFITOSES EM FELINOS E O CARREAMENTO ASSINTOMÁTICO DA DOENÇA: REVISÃO INTEGRATIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Formiga – UNIFOR-MG como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Medicina Veterinária.

Orientadora: Profª. Msc. Priscila Mara Rodarte Lima e Pieroni

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________

Profª. Msc. Priscila Mara Rodarte Lima e Pieroni Orientadora

___________________________________________________________________

Me. Diogo Joffily UNIFOR-MG

___________________________________________________________________

Dra. Mariana André Pompeu UNIFOR-MG

Formiga, 10 de julho de 2019.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar ao meu pai, Giovani, e à minha mãe, Maria Antônia, que não mediram esforços para que eu chegasse nesta etapa em minha vida; assim como minha irmã, Tássya, que, em conjunto, sempre estiveram ao meu lado, me apoiando, incentivando e dando forças.

À professora e orientadora Priscila Pieroni, pela orientação е incentivo, qυе tornaram possível а conclusão desta monografia.

E, também, a todos оs professores qυе mе acompanharam durante а graduação, еm especial ао professor Diogo, que mesmo não tendo obrigação alguma, me orientou e me auxiliou durante a realização deste trabalho.

Muito obrigada!

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RESUMO

As dermatofitoses são infecções fúngicas, ou micóticas, da região superficial da pele que acometem carnívoros domésticos e humanos, além de aves e outros mamíferos.

A transmissão desta enfermidade se dá através do contato direto dos esporos dos fungos consumidores de queratina dos gêneros Microsporum, Trychophyton e Epidermophyton com a pele do hospedeiro, o que facilita sua infecção e consequente propagação; e torna essa uma enfermidade zoonótica de grande importância. Os felinos tem grande importância neste contexto, visto que são potenciais carreadores destes fungos, apresentam casos assintomáticos, e são grandes companheiros dos seres humanos – algo que tem aumentado muito nos últimos anos. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi realizar uma revisão bibliográfica acerca da ocorrência de dermatofitoses em felinos no Brasil, assim como destacar de forma sucinta os métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento. Padrões de ocorrência, essencialmente regionais ou climáticos, não podem ser determinados a partir de tais informações, entretanto isto não minimiza a importância das dermatofitoses – e sim aumenta a importância do diagnóstico correto e da constante pesquisa. O carreamento do agente de forma assintomático em felinos é destacado como de suma importância.

Palavras-chave: Antropozoonoze; fungos dermatófitos; gatos domésticos.

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ABSTRACT

Dermatophytases are fungal, or mycotic, infections of the superficial skin that affect domestic and human carnivores, as well as birds and other mammals. Transmission of this disease occurs through the direct contact of keratin-consuming fungi spores of the genera Microsporum, Trychophyton and epidermophyton with the skin of the host, which facilitates its infection and subsequent spread; and makes it a zoonotic disease of great importance. The felines have great importance in this context, since they are potential carriers of these fungi, present asymptomatic cases, and are great companions of the human beings – something that has greatly increased in recent years. Therefore, the objective of this research was to carry out a bibliographic review about the occurrence of dermatophytosis in felines in Brazil, as well as to highlight the methods of prevention, diagnosis and treatment succinctly. The data of the highlighted researches present little similarity, with numbers that demonstrate highly significant occurrences and other little expressive. patterns of occurrence, essentially regional or climatic, cannot be determined from such information, however this does not minimize the importance of dermatophytosis – but increases the importance of correct diagnosis and constant research. The agent’s movement in an asymptomatic way in cats is highlighted as of paramount importance.

Keywords: Antropozoonoze; fungi dermatophytes; domestic cats.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Frequência de isolamento de determinados fungos dermatófitos em vários sítios humanos em cidades do Brasil ... 19

Tabela 2 – Frequência de isolamento de Microsporum canis em carnívoros domésticos com problemas dermatológicos em algumas cidades do Brasil ... 20

Tabela 3 – Síntese de dados sobre a ocorrência de dermatofitoses em felinos no Brasil ... 22

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...8

2 MATERIAL E MÉTODOS ...10

3 REVISÃO DE LITERATURA ...11

3.1 Dermatofitoses ...11

3.2 Agentes etiológicos ...12

3.3 Patogenia ...13

3.4 Resposta imunológica ...15

3.5 Sintomatologia clínica ...16

3.6 Epidemiologia ...17

3.6.1 Ocorrência em felinos no Brasil e o M. canis ...21

3.7 Métodos de diagnóstico e prevenção ...23

3.8 Métodos de tratamento...25

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...27

REFERÊNCIAS ...28

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com dados do mercado PET, embora cães sejam em maior número, a população de felinos domésticos têm aumentado significativamente em todo o mundo nos últimos anos. Cerca de 59% de toda a população brasileira possui um animal doméstico em sua residência, no entanto, cães e gatos representam uma maioria significativa (LIMA; LUNA, 2012).

Diante da íntima relação homem e animal de estimação que foi gerada ao longo dos anos, tanto sentimental quanto econômica, cabe ao homem prover condições adequadas para a manutenção das necessidades físicas, psicológicas e comportamentais dos animais, tanto para entender e desenvolver o estado da arte médica dos animais, assim como para desenvolvê-la (TATIBANA; COSTA-VAL, 2009).

Dentre as várias enfermidades que acometem estes animais e, consequentemente, o homem, as dermatofitoses tem grande importância. Estas são infecções fúngicas, ou micóticas, da região superficial da pele que acometem intensamente carnívoros domésticos, além de aves e outros mamíferos. Os principais agentes infecciosos são fungos consumidores de queratina dos gêneros Microsporum, Trychophyton e Epidermophyton. A espécie Microsporum canis se destaca como a espécie mais comumente isolada neste tipo de infecção, essencialmente em cães e gatos domésticos (BALDA; OTSUKA; LARSSON, 2007).

A importância das dermatofitoses não está somente na frequência em que estas acometem os mais variados seres vivos, mas também porque se trata de uma antropozoonose, ou seja, uma doença primária que atinge animais e que pode ser diretamente transmitida para os humanos (BETANCOURT et al., 2009).

Waller et al. (2014) destacaram que a transmissão desta enfermidade se dá através do contato direto dos esporos dos fungos anteriormente citados com a pele do hospedeiro. Tal possibilidade se faz pela capacidade que estes fungos têm em invadir o extrato córneo e o óstio folicular da pele.

Os principais sinais clínicos das dermatofitoses são alopecia, eritema, crostas e escamação da pele, em humanos, e queda de pêlos em felinos, estes últimos considerados os principais carreadores desta enfermidade (BOND, 2010). Esta

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mesma pode apresentar casos clínicos agudos imunolimitantes e casos crônicos que podem perdurar por anos (MACIEL; VIANA, 2005).

Em geral, a maior parte dos estudos destacados na literatura apresenta uma taxa de incidência baixa. No Brasil, as dermatofitoses acometem animais atendidos em hospitais veterinários em taxas que variam entre 13% no Rio de Janeiro e 30% em São Paulo (RAMADINHA et al., 2010).

Admite-se, principalmente porque geralmente as dermatofistoses são diagnosticadas apenas através dos achados clínicos externos, que estas enfermidades podem ter frequência bem maior do que assinalam as pesquisas (NEVES et al., 2011).

Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi realizar uma revisão bibliográfica acerca da ocorrência de dermatofitoses em felinos no Brasil.

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2 MATERIAL E MÉTODOS

Uma revisão de literatura é um estudo considerado secundário, visto que tal metodologia se apoia nos resultados de primeira mão de outras dissertações e artigos científicos e busca sintetizar, ou resumir, evidências relevantes de um assunto bem específico. As principais características deste método praticado há muito tempo na área da saúde é que se tratam de pesquisas específicas, criteriosas e não tendenciosas, o que auxilia na tomada de decisão clínica (GALVÃO; PEREIRA, 2014).

Neste caso em questão, os trabalhos que preencherem aos critérios estipulados para a inclusão e exclusão, após a avaliação dos resumos, foram lidos, interpretados e sintetizados na íntegra com o intuito de elucidar a realidade nacional de uma enfermidade de grande importância para homens e animais domésticos; as dermatofitoses.

Os critérios de inclusão determinados foram: artigos e dissertações disponíveis na íntegra, e gratuitamente, nas bases de dados eletrônicas Scielo, Biblioteca Virtual e Saúde (BVS-VET), Períodicos da Capes e Google Acadêmico; publicados entre 2008 e 2018; na língua portuguesa; e que relataram a ocorrência de dermatofitoses em felinos através de análises de campo diretas. Já os critérios determinados para a exclusão foram: artigos e dissertações cujo os resultados não estejam ligados diretamente a ocorrência de dermatofitoses em felinos; e resumos, revisões, cartas técnicas e/ou cartas ao editor.

Para a realização desta revisão fez-se necessária uma busca nas já destacadas bases de dados eletrônicas de artigos que se enquadrassem no tema pesquisado. As palavras chave escolhidas no momento inicial da pesquisa, tanto na língua portuguesa quanto na língua inglesa, foram: ‘‘Dermatofitose’’, ‘‘gatos’’,

‘‘felinos’’ e ‘‘ocorrência’’. Os indicadores boleanos ‘‘and’’, ‘‘or’’ e ‘‘and not’’ se fizeram necessários para a combinação das palavras chave.

Inicialmente 30 artigos foram selecionados para análise inicial. Estes foram analisados a partir dos resumos e conclusões. Aqueles que preencheram aos critérios de inclusão, no caso 16 artigos e/ou dissertações, onde 12 se encontram destacados no Quadro 3 e, outros 4 relatos de casos, destacados no tópico 3.6.1. Vários outros artigos, destacados na lista de referências foram utilizados para contextualizar e enriquecer o conhecimento destacado neste estudo.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Dermatofitoses

A etimologia da palavra dermatofitose fala muito sobre seu significado médico;

em que dermato = referente a derme e as outras partes mais superficiais da pele, fito

= que se refere aos seres vivos do reino fungi, ou fungos, e o sufixo ose, que remete a uma infecção não inflamatória. Sendo assim, as dermatofitoses são infecções não inflamatórias da pele e suas camadas causadas por fungos (LOPES; DANTAS, 2016).

Estas infecções fúngicas são consideradas superficiais, não atingindo órgãos e tecidos internos na maioria dos casos, o que afeta essencialmente os tecidos queratinizados, sendo eles os pelos, unhas e extrato córneo da epiderme. Os fungos em questão se alimentam diretamente da queratina destes tecidos, e fazem com que estes se desgastem e, consequentemente, tecidos que têm a pele como proteção primária sejam expostos (NEVES et al., 2011).

As infecções causadas por estes fungos podem ser classificadas de acordo com o local específico em que estas se instalam. A tinea, ou tinea capitis, para infecções que atingem o couro cabeludo ou os pelos, as epidermofitíases para infecções que atingem a pele propriamente dita e as onicomicoses dermatofíticas para infecções que atingem as unhas (CORDEIRO, 2015).

Estas mesmas são consideradas zoonoses de grande importância no Brasil e no mundo, visto que cães e gatos são os animais mais acometidos por estas infecções e são, também, os animais que mantêm contato mais direto com os seres humanos.

Outro fator que faz desta uma doença importante é a ocorrência de casos de carreadores assintomáticos da doença, sobretudo os gatos, que gera uma potencial fonte de infecção tanto para outros animais quanto para os próprios seres humanos (GOMES, 2012).

O que difere as duas zoonoses micóticas mais importantes no Brasil e no mundo é a forma de transmissão destas. Diferente da esporotricose, que só se desenvolve a partir de pequenos traumas físicos na pele, como arranhaduras, por exemplo; as dermatofitoses são transmitidas pelo simples contato de pele a pele entre indivíduos infectados e não-infectados (FERREIRO et al., 2007).

Sendo assim, a transmissão destas doenças é considerada altamente facilitada, pois pode ocorrer pelo contato direto com as lesões dérmicas ou pelo contato indireto,

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ou seja, através de objetos e ambientes já contaminados e que sejam capazes de propiciar ao fungo em questão condições básicas para sua sobrevivência (FRIAS;

ANDREANI, 2008).

É importante frisar que seres humanos infectados também podem transmitir os fungos em questão para seus animais, independente do estágio patológico da doença ou das características do próprio fungo. Desta forma, dentre os métodos de profilaxia encontrados na literatura destacam-se a qualidade higiênica pessoal e animal e do ambiente em que ambas as partes vivem, o cuidado com o manuseio de lesões em ambas as peles e o constante acompanhamento veterinário e médico dos possíveis hospedeiros em questão (FERREIRO et al., 2007).

Fatores altamente relevantes como a vasta distribuição dos fungos causadores das dermatofitoses na natureza, a grande densidade animal, essencialmente nos centros urbanos, as condições higiênicas e sanitárias indesejáveis e as variações regionais e climáticas, contribuem diretamente para o aumento do número de casos de dermatofitoses (LOPES; DANTAS, 2016).

Outros fatores de risco como as doenças e os medicamentos que afetam o sistema imunológico dos animais, a densidade populacional elevada, a nutrição deficiente e as práticas de manuseio dos animais domésticos inadequadas são altamente relevantes e estão diretamente relacionados com a ocorrência de dermatofitoses, tanto em animais quanto em seres humanos (ROEHE, 2014).

Um fato muito importante é a possibilidade da ocorrência de casos de carreamento assintomático do agente etiológico, principalmente em gatos. Betancourt et al. (2009) revelaram em sua pesquisa realizada com gatos sem lesões cutâneas, ou seja, sem a apresentação de sintomas clínicos básicos, uma porcentagem de 60%

de isolamentos de Microsporum canis, o que dificulta uma possível erradicação deste agente etiológico de grande importância para esta enfermidade.

3.2 Agentes etiológicos

Os agentes etiológicos das dermatofitoses são encontrados em todo o mundo e estão distribuídas nos gêneros Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton. Estes podem ser classificados diretamente de acordo com o seu habitat natural, ou seja, são antropofílicos, zoofílicos ou geofílicos (LOPES; DANTAS, 2016).

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As espécies geofílicas são habitantes de solos e raramente são responsáveis por micoses, com exceção do Microsporum gypseum. As espécies zoofílicas são patógenos preferenciais dos animais, mas podem causar infecção no homem. Já as espécies antropofílicas são restritas ao ser humano e raramente infectam animais (ROEHE, 2014, p. 11).

Dentre as espécies mais comumente isoladas, destacam-se o Microsporum canis, o Trichophyton mentagrophys e o Microsporum gypseum. Existem ainda, segundo a literatura, inúmeras variações que acompanham a espécie hospedeira em questão, entretanto as três espécies acima citadas se destacam como as mais comumente isoladas, essencialmente em casos de pequenos animais (ROEHE, 2014).

Todos estes fungos, o Microsporum canis, o Trichophyton mentagrophys e o Microsporum gypseum, são considerados fungos dermatófitos, ou seja, que possuem uma propriedade queratinolítica que degradam, por ação das enzimas queratinases, a queratina situada nos pelos, pele e unhas do corpo humano ou animal. Apesar de serem encontrados em todo o mundo, estes apresentam uma prevalência maior em regiões tropicais e subtropicais, e estão diretamente relacionados com temperatura e umidade favoráveis ao desenvolvimento fúngico em geral (NEVES et al., 2011).

Dentre as três espécies destacadas, o Microsporum canis, ou M. canis, é o dermatófito zoofílico mais comumente isolado em cães, gatos e seres humanos. Sua distribuição é cosmopolita e pode ser encontrado, predominantemente, na pelagem de animais domésticos, e estes podem se apresentar na forma assintomática, essencialmente em gatos (SEGUNDO et al., 2004).

Um caso isolado destacado por Ceconi et al. (2018) apresentaram que, no caso do felino pesquisado, a espécie causadora da dermatfitose foi Penicillium sp., e o sintoma mais evidente foi a alopecia.

3.3 Patogenia

O processo infeccioso se inicia com a inoculação do fungo através do contato direto da pele não infectada com locais em que o fungo já esteja presente de forma infecciosa. Posterior a inoculação, o fungo cresce exponencialmente de forma circular, ou seja, do centro da lesão até as extremidades da mesma. A partir disto é possível observar uma mácula circular através de um microscópio, com nítida diferença entre a parte infectada e não infectada. A presença de vesículas na região central da lesão

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pode ser observada dependendo de cada caso e da resposta imunológica do organismo infectado, estes podem, ou não, apresentar descamação leve da pele (CORDEIRO, 2015).

De acordo com Sidrim et al. (2004), após a inoculação propriamente dita, começam a se formar as crostas secas, característica básica da doença em questão, que se formam através da destruição das camadas invadidas, deixam restos epiteliais e hifas fúngicas. A progressão das lesões irá depender diretamente das condições ambientais favoráveis ao crescimento fúngico, como atmosfera quente e úmida e pH da pele próximo ao alcalino. Esta progressão é sempre centrífuga, ou seja, a região central libera esporos fúngicos e novas vesículas surgem nas extremidades da antiga lesão.

A patogenicidade dos fungos dermatófitos é garantida por estruturas filamentosas formadas por um material polimérico que se encontra presente entre os microconídios e as células da pele do indivíduo infectado. Estas estruturas podem ser observadas cerca de três dias após a infecção do hospedeiro através de microscopia e estão diretamente relacionadas com a adesão dos esporos fúngicos à superfície da pele, que além de prende-los à superfície tecidual, também os conecta as células prevenindo assim sua expulsão do tecido hospedeiro. Assim que a infecção avança e atinge regiões mais internas da epiderme, as estruturas fibrilares em questão se tornam mais delgadas e curtas para que haja um aumento na superfície de contato com os tecidos dérmicos, assim, há aumento da capacidade de aquisição nutritiva por parte do micro-organismo em questão (VERMONT et al., 2008).

De acordo com Peres et al. (2010), toda a necessidade nutritiva dos fungos invasores são supridas pela ação de enzimas hidrolíticas como as proteases, as lipases, as elastases, as colagenases, as fosfatases e as esterases, que degradam as macromoléculas do organismo do hospedeiro para que estas se tornem permeáveis às membranas fúngicas. Este processo se dá pela necessidade fúngica básica de adquirir fontes de carbono, nitrogênio, enxofre e fósforo, por exemplo.

Nesse contexto, as proteases queratinolíticas possuem especial relevância, pois apresentam relação direta com a patogenicidade dos dermatófitos.

Acredita-se que essas enzimas auxiliem no processo de penetração do fungo no estrato córneo da pele, estas são secretadas em resposta à presença de componentes da matriz extracelular da epiderme durante a invasão tecidual.

Para que o fungo seja capaz de se instalar no ambiente ácido da pele ele precisa garantir a aderência, germinação e penetração rápida e eficiente das hifas no tecido hospedeiro. Os dermatófitos dispõem de uma eficiente

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maquinaria metabólica que possuem atividade ótima no pH ácido da pele, e são secretadas no estágio inicial da infecção. Essas enzimas atuam em seus substratos, levando à formação de aminoácidos. A metabolização de alguns desses aminoácidos promove a alcalinização do meio, e então ele fica adequado para a ação das queratinases com atividade ótima em pH alcalino, o que possibilita a manutenção da infecção (CORDEIRO, 2015, p. 17).

A evolução da doença pode variar de um a quatro meses, e depende diretamente da qualidade da resposta imunológica do organismo do animal infectado, seja ele o homem ou qualquer carnívoro doméstico (ROEHE, 2014).

Assim como em várias doenças bacterianas e fúngicas, as dermatofitoses são consideradas infecções oportunistas em muitos dos casos, ou seja, estes fungos se instalam no hospedeiro, e por possuírem um baixo teor de virulência, se mantem dentro do organismo infectado sem gerar consequências patogênicas. Sua virulência será ativada de acordo com o estado imunológico do hospedeiro em questão. Casos de seres humanos ou animais com doenças secundárias que limitam o sistema imunológico, ou que fazem uso de medicamentos imunossupressores, são determinantes para que os fungos ajam de forma direta e concreta (CORDEIRO, 2015).

Segundo Bond (2010), as sequelas deixadas pela enfermidade em questão estão, também, diretamente relacionadas com a resposta imunológica do organismo do animal infectado. Existem variados casos, tanto aqueles em que o animal se recupera totalmente dos sintomas e não apresenta sequelas, quanto aqueles casos em que os animais nem sequer apresentam sintomas severos e são capazes de limita-los, assim como, também, aqueles casos em que o animal se torna auto limitante.

3.4 Resposta imunológica

Assim como as especificidades patogênicas das dermatofitoses, os mecanismos relacionados com a resposta imunológica ainda não são totalmente entendidos, visto que a singularidade de cada espécie e de cada organismo dificulta uma análise passível de generalização (CORDEIRO, 2015).

Mesmo assim, acredita-se que o principal mecanismo de resposta imunológica contra estas enfermidades seja a imunidade celular, que passa a ser responsável pelo controle da infecção, já que quando alguns indivíduos desenvolvem uma infecção crônica e recorrente é a resposta celular que foi suprimida anteriormente. Os mesmos estudos que apontam para a importância da imunidade celular nestes casos indicam

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que imunidade humoral é pouco expressiva nesse tipo de infecção (PERES et al., 2010).

Zaitz (2010) defendeu que a imunidade inespecífica é um outro tipo de imunidade envolvida no mecanismo de defesa contra as dermatofitoses, sendo essa de imensa importância. Esta age através da descamação epidérmica e também por fatores séricos inibitórios, que auxiliam na reação imunológica de forma mais direta ao local da infecção. Alguns exemplos desses fatores que são destacados pela literatura são a transferrina ligada ao ferro, que inibe o crescimento do dermatófito, e a alfa-2- macroglobulina, que inibe a ação da queratinase fúngica.

Entretanto, todos os mecanismos de resposta imune do organismo são suprimidos por ação dos próprios fungos em questão, que produzem substâncias que reduzem a resposta inflamatória e a proliferação celular do organismo infectado. A manana, por exemplo, é uma glicoproteína presente na parede da célula fúngica que está diretamente relacionada com a supressão da formação de linfoblastos e com a inibição da resposta inflamatória, além de, também, inibir a proliferação de queratinócitos, o que facilita a adesão e penetração do fungo às células hospedeiras e permite que uma infecção crônica se instale (TANI et al., 2007).

3.5 Sintomatologia clínica

Dentre os principais sinais clínicos das dermatofitoses, destacam-se as lesões circulares com bordas eritematosas, a alopecia, as crostas, as escamas e o prurido variável, que pode ser intensificado pela presença de ectoparasitas ou de reações de hipersensibilidade da pele, esta última característica é considerada como singular em determinados indivíduos infectados (GOMES, 2012).

Segundo Zaitz (2010), e levando em consideração uma classificação francesa, as manifestações clínicas das dermatofitoses são subdivididas conforme a localização corporal em que estas se apresentam, sendo elas:

• As epidermofitíases, que são lesões dermatofíticas que acometem a pele propriamente dita ou o couro cabeludo, e tem como característica principal a presença de lesões superficiais de coloração rósea, e estas podem apresentar prurido e descamação;

• As tineas, que são infecções dermatofíticas que acometem o estrato córneo dos pelos nos mais variados locais do corpo, e são tidas como

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característica principal o aparecimento de alopecias arredondadas e altamente aparentes;

• As onicomicoses dermatofíticas, que são infecções fúngicas que afetam os extratos das unhas dos hospedeiros, com redução de queratina e essa pode vir a progredir para onicodistrofias;

• E as dermatofitoses subcutâneas e profundas, que são infecções severas em que os fungos em questão conseguem esgotar a queratina dos tecidos epiteliais e estas podem atingir camadas mais profundas e gerar doenças sistêmicas.

As alopecias circulares presentes como sintoma desta infecção costumam ser circulares e bem demarcadas, estas apresentam sensibilidade maior nas regiões periféricas das mesmas. Estes sintomas são observados mais comumente na face e nos membros, tanto dos animais domésticos quanto do ser humano (ROEHE, 2014).

De acordo com Gomes (2013), algumas formas não convencionais das lesões são destacadas pela literatura, como a dermatofitose nodular, ou quérion, e o pseudomicetoma, ou granuloma dermatofítico. Apesar da raridade destes tipos de lesões, estas podem ser encontradas tanto em cães quanto em gatos das mais variadas raças.

Roehe (2014) destacou, também, que apesar de não ser comum, as alopecias presentes nos animais infectados podem apresentar inflamações variadas, o que dificulta diretamente a consolidação de um diagnóstico primário, visto que esta não é uma característica muito comum das dermatofitoses.

3.6 Epidemiologia

As dermatofitoses são infecções consideradas cosmopolitas, ou seja, encontradas no mundo inteiro, e se destacam entre as doenças mais comuns em todo o mundo nos dias de hoje. Dados gerais destacam que as dermatofitoses atingem cerca de 25% da população mundial, sendo elas o terceiro distúrbio de pele mais comumente encontrado em crianças menores de 12 anos e o segundo em populações adultas. Estima-se, também, que cerca de 10 a 15% da população de seres humanos será infectada por esses micro-organismos ao longo de sua vida pelo menos uma vez (CORDEIRO, 2015).

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Segundo Neves et al. (2011), estas micoses são mais comuns em regiões de climas tropicais e temperados, com características de elevadas taxas de temperatura e umidade, em que há maior incidência em meses de inverno e outono. Sobre as espécies mais acometidas, destacam-se caninos da raça Yorkshire e felinos da raça Persa, provavelmente devido aos pelos longos que propiciam as condições de temperatura e umidade essenciais para o desenvolvimento fúngico.

Os felinos domésticos são as espécies mais predispostas a carrear assintomaticamente o M. canis, assim como outras espécies que causam as dermatofitoses, devido, essencialmente, a imunidade adquirida pelo contato prévio com os agentes ou à existência de linhagens de fungos menos virulentas que causariam danos teciduais menos drásticos nos animais em questão (COSTA, 2010).

Em casos de cães e gatos jovens, idosos e/ou imunosuprimidos, a possibilidade de ocorrência destas enfermidades é maior devido, essencialmente, à fragilidade do sistema imunológico, tal fato faz com que estes se tornem hospedeiros importantes e que devam ser rapidamente diagnosticados e tratados para que a enfermidade em questão não se alastre (GOMES, 2013).

Segundo Ferreiro et al. (2007), as dermatofitoses especificamente causadas pelo M. canis tem um crescimento exponencial de incidência em todo o mundo, o que a torna uma das mais importantes zoonoses micóticas do mundo.

Dentre este grupo de fungos epidermotrópicos, queratinofílicos e queratinolíticos, sem dúvidas Microsporum canis é o dermatófito zoofílico mais cosmopolita e de ampla distribuição em todos os continentes. Isto se deve ao hábito cada vez mais generalizado das pessoas habitarem espaços mais reduzidos e com a presença de animais de companhia, sobretudo gatos que são muitas vezes portadores assintomáticos deste fungo. (FERREIRO et al., 2007, p. 296).

Estes autores supracima citados demonstraram que, apesar da característica zoofílica do M. canis, este é um dos fungos mais importantes quando se refere a dermatofitoses humanas. Ferreiro et al., (2007) demonstraram, através de dados destacados na Tabela 1, que apesar da predominância esperada de fungos de características antropofílicas, o M. canis é, em muitos casos, o fungo mais isolado em casos de dermatofitoses humanas.

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Tabela 1 – Frequência de isolamento de determinados fungos dermatófitos em vários sítios humanos em cidades do Brasil

TOTAL DE DERMATÓ

FITOS

T. r T. t T. m T. s E. f M. c M. n T. v M. g Perío

do Cidades 848 35,7 0,9 30,3 - 17,3 8,8 - - 0,7 196891 Juiz de

Fora 1058 39,9 1,9 30,4 - 13,1 12,8 - - 1,7 197377

Brasília 398 50,8 - 22,1 - 0,8 22,9 - 0,9 0,4 198996 João

Pessoa 149 3,6 37,4 4,3 - - 53,2 - - 1,5 199196 Rio de

Janeiro 246 29,3 1,9 37,3 - 10,1 10,2 - 3,0 7,7 1997 Fortaleza 453 29,3 50,3 - - - 13,5 - - - 1997 Manaus 7380 51,8 - 24,1 0,03 13,3 8,6 0,04 0,8 1,0 1989 Santa

Maria 1987 55,3 - 21,5 - 5,4 12,9 - - 2,0 1994 Porto

Alegre 15300 48,7 13,8 9,7 - 4,1 20,9 - - 2,5 1992-

2002

São Paulo 445 49,4 1,1 30,8 - 3,8 12,6 - - - 2002 Goiânia

Legenda: T. r = Trichophyton rubrum; T. t = Trichophyton tonsurans; T. m = Trichophyton mentagrophytes; T. s = Trichophyton shoenline; E. f = Epidermophyton floccosum; M. c = Microsporum canis; M. n = Microsporum nanum; T. v = Trichophyton violaceum; M. g = Microsporum

gypseum.

Fonte: Ferreiro et al. (2007).

Para casos específicos de dermatofitoses em carnívoros domésticos, o M. canis é disparadamente o mais importante fungo dermatófito isolado. A Tabela 2 destaca visivelmente este argumento, em que os gatos, como destacado anteriormente, são os hospedeiros mais comuns para este fungo específico (FERREIRO et al., 2007).

(21)

Tabela 2 – Frequência de isolamento de Microsporum canis em carnívoros domésticos com problemas dermatológicos em algumas cidades do Brasil

Gatos Cães

% M. canis

dermatófitos Período Cidades Número

de casos

% M.

canis

Número de casos

% M.

canis

27 29,7 235 8,5 66,7 1979-82 Porto Alegre 120 35 162 12,3 95,4 1989-90 São Paulo

- - 250 5,6 73,7 1999-2000 Porto Alegre 47 29,3 284 9,4 84,9 1998-2000 Santa Maria

84 40,5 171 22,2 94,7 - Belo Horizonte

14 100 25 92,6 99,7 2000-01 Fortaleza

6 28,6 10 47,6 76,2 2001 Fortaleza

36 97,2 40 77,5 86,8 1999-2001 São Paulo

Fonte: Ferreiro et al. (2007).

Muitos autores, como é o caso de Greene (2013), por exemplo, que afirmou que mais de 90% dos casos de dermatofitoses em gatos domésticos são causadas pelo Microsporum canis, e destacaram que este fungo em questão tem grande importância na erradicação das zoonoses micóticas em questão.

Em um caso específico de comparação da prevalência de M. canis em cães e gatos que convivem diretamente com seres humanos com e sem lesões dermatófitas, foi observado que; em casos de proprietários com lesões a presença do fungo nos animais é de 49% dos casos, em que 36% isolados em cães e 64% em gatos. Somente 9% dos animais que conviviam com proprietários sem lesões apresentaram o fungo isolado, destes todos eram gatos, o que remete diretamente para a já destacada característica assintomática dos gatos (CAFARCHIA et al., 2006).

No caso de infecções por Microsporum gypseum, um fungo geofílico de distribuição mundial que também pode causar dermatofitoses em humanos, estas são mais comumente destacadas em casos de cães, com prevalências que giram em torno de 5,2 a 6,6% dos casos confirmados (ROEHE, 2014). Casos isolados como o de Cafarchia et al. (2004) que apresentaram ocorrência maior deste fungo em gatos (2,3%) do que em cães (1,8%), entretanto estes números não são passíveis de generalização.

(22)

O Trichophyton mentagrophys, espécie dentre as mais isoladas, é considerado um complexo fúngico de várias subespécies que podem ser zoofílicas ou antropofílicas. Estes fungos acometem diversos hospedeiros, tendo os cães e os gatos como os mais comumente acometidos pelos mesmos. O isolamento deste fungo varia consideravelmente em diversos estudos de 1,7 a 24% dos casos confirmados em cães e de 1,6 a 13,6% em gatos (ROEHE, 2014).

Casos mais isolados onde nenhuma destas três espécies são as mais comumente isoladas já estão presentes na literatura a muito tempo, mesmo não sendo tão comuns. Pinheiro, Moreira e Sidrim (1997) destacaram uma ocorrência de 52,5%

(83 casos confirmados em 158 pacientes analisados) de dermatofitoses em sua análise. Das 83 cepas de fungos isoladas foram identificadas cinco espécies, sendo elas: Trichophyton rubrum, 45,7% (38 casos); Trichophyton tonsurans, 32,5% (27 casos); Trichophyton mentagrophytes variação lanosa, 6% (5 casos); Trichophyton.

mentagrophytes variação granular, 6% (5 casos); Microsporum canis, 8,5% (7 casos) e Microsporum gypseum, 1,2 % (1 caso).

3.6.1 Ocorrência em felinos no Brasil e o M. canis

Como destacado ao longo do último tópico, as dermatofitoses apresentam dados epidemiológicos e zoonóticos consideráveis em todo o mundo, principalmente no Brasil, em que os felinos são tidos como carreadores de grande importância (ROEHE, 2014).

A importância dos felinos está diretamente ligada a aspectos relacionados a presença direta dos felinos com o ser humano e o aumento de sua população no Brasil. Relacionando também o número de acometimentos e a possibilidade da ocorrência de casos assintomáticos (GREENE, 2013).

Um levantamento indireto de dados de ocorrência de dermatofitoses em felinos dos últimos anos no Brasil é apresentado na Tabela 3.

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Tabela 3 – Síntese de dados sobre a ocorrência de dermatofitoses em felinos no Brasil

Período pesquisado

Cidade / Estado

Gatos analisados

Resultados

positivos Autor (es) Ano 1979-2009 Porto Alegre

/ RS 1111 369 (33,2%) APPELT, C. E. 2010 2006-2008 Cuiabá / MS 125 9 (7,2%) NEVES, R. de C.

da S. M. et al. 2011 2009 Botucatu / SP

22 20 (94,1%) PALUMBO, M. I.

P. et al. 2010 2010 Curitiba / PR 100 40 (40%) FARIAS, M. R. de

et al. 2011 2010 Xacxerê / SC 7 3 (42,8%) SILVA, V. F. da et

al. 2011

2011 Curitiba / PR 21 20 (95,2%) BIER, D. et al. 2012 2013 Porto Alegre

/ RS 191 16 (8,4%) FERREIRO, L. et

al. 2014

2014 Franca / SP 35 3 (8,6%) OLIVEIRA, A. R.

de et al. 2015 2010-2016 Formiga /

MG 751 6 (0,7%) LEÃO, L. M. 2017

2016 Florianópolis /

SC 198 6 (3%) FRAGA, C. F. et

al. 2017

2017 São Paulo /

SP 19 9 (47,3%) NEVES, J. J. A.

et al. 2018 2017 Recife / PE 7 1 (14,2%) TORRES, M. E.

L. M. et al. 2018 Fonte: Arquivo pessoal (2019)

Dentre os fatos mais destacados em todas estas pesquisas, como em Silva et al. (2011) e Torres et al. (2018), por exemplo, observa-se uma prevalência da espécie M. canis também em felinos, o que potencializa a importância do estudo específico desta espécie para sua possível erradicação.

Appelt (2010) descobriu uma prevalência de 97% de M. canis nos 369 gatos diagnosticados com dermatofitoses em sua pesquisa, o que determina a importância desta espécie para esta enfermidade e consequentemente para a saúde pública. Para o autor, que observou um aumento gradual de dermatófitos de 3,4% em gatos a cada ano estudado, estas enfermidades da pele, e principalmente os gatos, tem grande importância no contexto da saúde das famílias.

(24)

Em ambas as espécies estudadas por Neves et al. (2011), as lesões alopécicas e crostosas localizavam-se na região torácica e estavam mais frequentemente associadas à presença de M. canis.

No caso de Palumbo et al. (2010), constatou-se que dos 136 animais considerados, 128 (94,1%) apresentaram cultura micológica do pelo positiva para Microsporum sp, e oito (5,9%) para Trichophyton sp. Dos 128 animais positivos para Microsporum, 102 (79,7%) eram infecção por M. canis, 3 (2,3%) por M. nanum e 23 (17,9%) não tiveram a espécie identificada, mas tão somente o gênero. Dos 8 pacientes positivos para Trichophyton, 1 (12,5%) foi caracterizado como T.

mentagrophytes e 7 (87,5%) não tiveram a espécie identificada.

Farias et al. (2011) observaram que houve crescimento de dermatófitos em 40%

das placas semeadas, sendo significativamente importante a presença de gatos carreadores assintomáticos de fungos dermatofíticos dentre os animais destinados a adoção nos locais pesquisados.

Leão (2017) afirmou que a dermatofitose é uma doença encontrada em clínicas de pequenos animais, mesmo que a incidência seja baixa. Na sua pesquisa a autora destacou números baixos de ocorrência de dermatofitoses em felinos ao analisar 2348 fichas de atendimento de animais na Clínica de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Formiga.

Fraga et al. (2017) destacaram em sua pesquisa, também, que o gênero Microsporum foi o único observado, com predominância do Microsporum canis (66,7%) e Microsporum gypseum (33,3%), números abaixo das médias de outras regiões brasileiras, o que não minimiza a importância de tal agente etiológico.

Na pesquisa de Neves et al. (2018), dermatófitos foram encontrados em 37,1%

das amostras oriundas dos animais doentes e 69,2% dos domicílios pesquisados, tendo o Microsporum canis como a espécie mais prevalente, isolada em oito gatos, e o Trichophyton mentagrophytes em um gato. Estes autores destacaram a importância e a possibilidade de transmissão por contato direto ou indireto e sua relevância na saúde pública.

3.7 Métodos de diagnóstico e prevenção

Assim como a maioria das doenças fúngicas, o diagnóstico deve ser associado, ou seja, através da associação da anamnese, do exame clínico, da cultura fúngica e

(25)

do exame microscópico direto, que é um método que analisa diretamente a presença de hifas e artroconídeos dos fungos contaminantes. Toda esta associação deve ser feita com a finalidade de diminuir os riscos de que haja resultados falso positivos ou falso negativos (LOPES; DANTAS, 2016).

O diagnóstico definitivo é obtido preferencialmente pela cultura fúngica em meio Agar Sabouraud Dextrose adicionado de indicador de ph (vermelho de fenol) e de inibidores de bactérias e de fungos saprófitas. Dentro de cinco a sete dias após a inoculação dos pelos e crostas suspeitos, é possível visualizar as colônias de dermatófagos e fazer a identificação microscópica dos agentes responsáveis pela infecção, porém o resultado definitivo só é obtido a partir de três semanas de incubação (LOPES; DANTAS, 2016, p.

295).

Assim como para Lopes e Dantas (2016), para Castro et al. (2016), os sintomas clínicos não são clássicos, assim o diagnóstico só é conclusivo com a cultura microbiológica para fungos.

Sendo assim, as características das lesões do animal, da espécie acometida, o exame direto, o exame da lâmpada de Wood e da lesão dermatofítica do proprietário são, em conjunto, essenciais para o diagnóstico, entretanto, só se pode afirmar que não existe a ocorrência de uma dermatofitose caso não haja presença de estruturas fúngicas na análise da cultura (CASTRO et al., 2016).

Roehe (2014) destacou que no gênero Microsporum observa-se essencialmente macroconídios multiseptados e microconídios básicos, e no gênero Trychophyton os macroconídios observados apresentam paredes ligeiramente delgadas. O autor destacou ainda que, as colônias de M. canis são comumente brancas com um miolo que varia do amarelo até o marrom e apresentam o desenvolvimento de uma protuberância em uma das extremidades da colônia, e as de M. gypseum apresentam uma característica em estado de pó fino de cores que variam do camurça ao amarelo bronze.

A Lâmpada de Wood, anteriormente citada, é um método específico muito utilizado na dermatologia e na estética com o objetivo de verificar a presença de lesões de pele e suas características de extensão de acordo com a fluorescência observada quando a lesão analisada é exposta à luz UV de baixo comprimento de onda. Esta pode ser utilizada para auxiliar o diagnóstico de dermatofitoses, principalmente em casos de infecções por M. canis (GOMES, 2013).

(26)

Para Castro et al. (2016), é altamente necessário que haja um cuidado redobrado ao manipular animais ou utensílios de animais que apresentem dermatopatias, sejam elas voltadas para as dermatofitoses ou não. Este cuidado com a manipulação de animais com tais características, sejam domésticos ou não, se caracteriza como importante medida preventiva das dermatofitoses.

A higiene do animal, como também do ambiente, evita a infecção por este fungo, o que caracteriza, também, uma das principais medidas preventivas para tal enfermidade. Logo, um animal bem tratado, dificilmente vai ser acometido por dermatofitoses, assim como levar o animal constantemente ao veterinário sempre é um modo de prevenção de qualquer tipo de enfermidades (GONÇALVES; SILVA FILHO, 2015).

3.8 Métodos de tratamento

O tratamento destas dermatofitoses é específico e consiste em várias técnicas, como a tricotomia de animais de pêlo longo, a terapia tópica e sistêmica com o uso de drogas antifúngicas. Todas estas técnicas devem ser associadas a uma rigorosa descontaminação do ambiente em que os animais ou humanos contaminados se encontravam presentes, com a principal finalidade de evitar a disseminação dos esporos dos fungos (GOMES, 2013).

Para o tratamento sistêmico várias drogas são atestadas e utilizadas, como a terbinafina (5mg/kg) e a griseofulvina (50mg/kg) (Balda; Otsuka; Larsson, 2007), o cetoconazol (30 mg/kg) associado à antibioticoterapia com cefalexina (20mg/kg) (Tostes; Guiffrida, 2003), e o lufenuron (120 mg/kg) (Ramadinha et al., 2010), por exemplo. O uso de griseofulvina e de itraconazol também são destacados em alguns casos (GOMES, 2013; OLIVEIRA; LEAL, 2015).

Oliveira Neto, Santos e Lima (2018) apresentaram como tratamentos prescritos por médicos veterinários banhos a cada 3 dias com shampoo a base de cetoconazol, suplementação diária com cápsulas de ácidos graxos essenciais (Ômega 3 – Ômega 6), biotina e zinco durante 30 dias, Cefalexina (VO, 30 mg/kg, BID, durante 7 dias), além da aplicação de uma pomada a base de Aloe vera nas lesões. Após 40 dias os pacientes foram reavaliados e observadas melhoras positivas na pelagem e no peso.

(27)

No caso específico de Ceconi et al. (2018), o tratamento utilizado foi através do uso de pomadas tópicas antimicrobianas e antissépticas seguido do uso sistêmico do maleato de oclacitinib, fluconazol e itraconazol, respectivamente.

Oliveira e Leal (2015) utilizaram o itraconazol e destacaram que duas semanas após o tratamento foi observada melhora significativa no animal em questão. Para os autores, o tratamento é normalmente longo e demanda técnicas diretas com o animal assim como aquelas voltadas para a desinfecção do ambiente, o que determina a importância do médico veterinário para a orientação do proprietário e a determinação das medidas a serem tomadas.

Em casos como o de Castro et al., (2016), apesar de haver controvérsias quanto ao uso isolado, o tratamento tópico mostrou-se eficaz.

Casos específicos e mais isolados se apresentam na literatura, como é visto na análise da eficácia da Pimenta pseudocaryophyllus descrita por Baptista (2015). Este tratamento fitoterápico apresentou capacidade antigênica potencialmente positiva contra M. canis, M. gypseum e T. mentagrophytes, estas três espécies destacadas estão entre as mais comumente isoladas em casos de dermatofitoses humanas.

(28)

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As dermatofitoses são enfermidades de grande importância zoonótica, possuindo uma prevalência significativa em várias regiões do Brasil. Dentre os principais carreadores da doença em questão, os cães e gatos se destacam, com uma alta prevalência deste último, como carreador assintomático da doença. E, como a população de animais doméstico vem aumentando significativamente, o estudo das dermatofitoses é de suma importância para um melhor entendimento desta patogenia e erradicação da mesma, o que, consequentemente, levará a uma melhoria da qualidade de vida tanto dos homens quanto dos animais domésticos.

(29)

REFERÊNCIAS

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