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SOCIEDADES EMPRESÁRIAS

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Academic year: 2021

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SOCIEDADES EMPRESÁRIAS

O Código Civil brasileiro divide as sociedades em duas grandes categorias, conforme elas tenham ou não personalidade jurídica:

-Sociedades não personificadas -Sociedades personificadas

Sociedades não personificadas são as que não possuem personalidade jurídicas. Podem ser de dois tipos:

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-Sociedade em comum

-Sociedade em conta de participação

Sociedades em comum são as antigas sociedades irregulares. São sociedades que não existem perante os órgãos oficiais, que não estão registradas nos órgãos competentes.

Não é um tipo societário, é apenas a designação de uma situação irregular em que se encontra a sociedade.

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É possível fazer uma distinção teórica entre elas:

Sociedades irregulares são aquelas que possuem um ato constitutivo, mas que não foi registrado;

ou aquelas em que o prazo de existência da empresa expirou sem que houvesse renovação no órgão competente.

Já as sociedades de fato são aquelas que atuam como sociedades, mas não possuem contrato ou estatuto social.

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Diferenças entre elas:

A sociedade irregular possui um documento escrito, os sócios têm como provar que possuem relações entre si e com terceiros. O mesmo não ocorre nas sociedades de fato.

Quem integra uma sociedade irregular tem como fazê-la se tornar uma sociedade regular ou ingressar com ação judicial para tanto, já que possui um documento hábil, que comprova o vínculo societário.

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Quem integra uma sociedade de fato não tem esse documento.

Os sócios das sociedades em comum são titulares dos bens e das dívidas sociais em conjunto. Principal consequência disso: em razão da ausência de personalidade jurídica, os sócios possuem responsabilidade ilimitada sobre as obrigações contraídas em nome da sociedade.

Atenção à exceção do benefício de ordem!

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Como as sociedades em comum não existem para os órgãos oficiais, elas ainda sofrem outras consequências: não podem contratar com o Poder Público, já que não podem participar de licitação, não podem obter o CNPJ, não podem emitir notas fiscais, etc.

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Já as sociedades em conta de participação, o segundo tipo de sociedade não personificada, são sociedades regulares, embora não possuam personalidade jurídica.

Nela há somente dois tipos de sócios: o sócio ostensivo e o sócio participante (ou oculto).

O sócio ostensivo tem a gestão da sociedade e pratica todos os atos necessários ao seu desenvolvimento. A atividade constitutiva do seu objeto social é exercida unicamente pelo

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sócio ostensivo, em seu nome e sob sua responsabilidade. Somente ele tem obrigações em relação a terceiros (e responsabilidade ilimitada). É o nome dele que aparece no mercado.

Os demais sócios, os sócios participantes, não têm poder de gerência na sociedade, mas podem fiscalizar os atos da administração. Eles têm apenas obrigações em relação ao sócio ostensivo, de acordo com o que estiver estabelecido no contrato social. Eles não tomam parte nas negociações com terceiros – somente

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o sócio ostensivo relaciona-se com terceiros. Se os sócios participantes intervierem, se tornarão responsáveis solidários pelas obrigações. O sócio participante não tem responsabilidade ilimitada pelas dívidas contraídas em nome da sociedade (somente o sócio ostensivo). Mas isso poderá ocorrer se o sócio participante vier a praticar algum ato de gestão na SCP.

Os atos constitutivos da SCP podem ser feitos – mas, mesmo assim, isso não lhe confere personalidade jurídica, em razão da lei (art. 993

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do Código Civil.

Esse tipo de sociedade já existia no Código Comercial de 1850 e tem sido mais utilizada ultimamente. Tecnicamente, não seria uma sociedade, é como um grande contrato de investimento, onde as partes juntam esforços para atingir um objetivo comum (lucro).

Vantagens: é menos burocrática, sua constituição é mais simples. Tem sido cada vez mais utilizada.

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Qual a diferença entre sociedade de fato e sociedade irregular?

O que vem a ser uma sociedade em comum?

Quais são as características de uma sociedade em comum?

Como se prova a existência da sociedade em comum?

Sociedade de fato tem personalidade jurídica?

Quais as prerrogativas (ou vantagens) da regularidade?

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Sociedade irregular é aquele em que o ato constitutivo foi formalizado, porém tal instrumento não foi encaminhado a registro, logo não houve o nascimento de uma pessoa jurídica.

A grande diferença, portanto, é a existência de instrumento como fundamento para identificação da sociedade.

Nas sociedades de fato, como tal não existe, é impossível determinar as relações dentro da sociedade, ou seja, entre os sócios, e estes não podem utilizar o argumento da sociedade nas relações entre terceiros.

Assim, é o artigo 987 CC/02, que estabelece a obrigatoriedade do contrato para que algum sócio possa comprovar a existência da sociedade seja nas relações internas ou então perante terceiros.

As sociedades irregulares, por sua vez, por contarem com um documento constitutivo ainda não registrado podem utilizar tal documento como prova da sociedade (artigo 987 CC/02) e ainda tal documento poderá servir para isentar bens sociais de responder por atos de gestão de sócio que não tinha poderes para realizar tal ato, desde que o terceiro contratante tivesse conhecimento das restrições (artigo 989 CC/02).

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FGV - 2012 – OAB - Em relação à Sociedade em Conta de Participação NÃO é correto afirmar que:

a) é uma sociedade empresária personificada e de pessoas.

b) a atividade constitutiva do objeto social deve ser exercida unicamente pelo sócio ostensivo.

c) o contrato social produz efeito somente entre os sócios.

d) as contribuições dos sócios participante e ostensivo constituem patrimônio especial.

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Está correta a seguinte frase?

“O contrato da sociedade em conta de participação produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.”

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Na _____________________, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.

a) sociedade em conta de participação b) sociedade em nome coletivo

c) sociedade cooperativa

d) sociedade em comandita simples e) sociedade em comum

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Na sociedade em conta de participação,

(a) os sócios têm responsabilidade solidária e ilimitada pelas obrigações assumidas pela sociedade.

(b) somente o sócio ostensivo responde perante terceiros.

(c) ambos os sócios respondem perante terceiros, mas sempre individualmente e de forma subsidiária.

(d) os sócios respondem solidariamente, mas sempre dentro dos limites e na proporção de suas respectivas contribuições para os fundos sociais.

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Com base nas disposições do Código Civil relativas à sociedade em conta de participação, é correto afirmar que

a) o ato constitutivo da sociedade deve ser, obrigatoriamente, inscrito na junta comercial.

b) todos os sócios devem responder ilimitadamente pelas obrigações sociais devidas a terceiros.

c) somente sócios que sejam pessoas físicas podem constituí-la.

d) apenas os sócios ostensivos podem exercer a atividade constitutiva do objeto social.

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As sociedades personificadas são aquelas que estão devidamente inscritas nos registros públicos.

Possuem personalidade jurídica: dessa forma, são sujeitos de direitos e obrigações, possuem titularidade processual e titularidade patrimonial (princípio da autonomia patrimonial).

São duas as espécies de sociedades personificadas: simples e empresárias.

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As sociedades simples são aquelas que exploram sua atividade de modo não empresarial. Não estão submetidas às regras do direito empresarial, já que exerce suas atividades sem profissionalismo, sem organização dos fatores de produção, etc, ou seja, de forma diversa daquela prevista no art. 966 do CC.

A sociedade simples adquire personalidade jurídica com o registro dos seus atos jurídicos no CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS.

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A segunda espécie de sociedade personificada contém as sociedades empresárias.

Sociedade empresária é a sociedade que explora a sua atividade de modo empresarial, ou seja, com fins lucrativos, com profissionalismo, de modo organizado, exceto quando:

- exercer atividade intelectual de natureza científica, literária ou artística, salvo se o exercício dessa profissão for constituído como elemento da empresa;

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-exercer atividade rural e não houver optado por levar seus atos constitutivos ao Registro Público;

- escolher como tipo societário a “cooperativa”.

A sociedade empresária adquire personalidade jurídica quando leva seus atos constitutivos a registro na Junta Comercial da sua sede.

Para ser constituída como tal, a sociedade empresária deverá, necessariamente, escolher um dos tipos societários previstos no Código Civil (com exceção do tipo “”cooperativa”).

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Tipos societários:

A escolha do tipo societário é de fundamental importância para a sociedade personificada, pois define o grau de responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais e define as normas a que as sociedades estarão sujeitas.

Os tipos societários estão previstos no Código Civil de 2002.

Tipos societários:

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-Sociedade em nome coletivo

- Sociedade em Comandita Simples - Sociedade limitada

-Sociedade anônima

- Sociedade em comandita por ações -Cooperativa

Importância da escolha do tipo societário: a) a cada tipo corresponderão normas específicas; b) a escolha do tipo societário implica em diferentes graus de responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais.

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Responsabilidade dos sócios:

Em regra, os sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, pois esta tem autonomia patrimonial para responder por suas dívidas. Este é o princípio da personalização da sociedade.

Já vimos que a personalidade é um atributo das sociedades. A pessoa jurídica, pelo artigo 20 do Código Civil, não se confunde com a pessoa dos sócios que compõem a sociedade.

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Desse princípio resulta a personalidade jurídica da sociedade: a sociedade possui capacidade jurídica para agir em seu próprio nome, ou seja, tem capacidade jurídica para estar em juízo independentemente dos seus sócios, pois goza de autonomia.

Esse atributo, denominado personalidade jurídica, é um fator incentivador de empreendimentos e novos investimentos, na medida em que não há comprometimento do patrimônio pessoal de cada sócio.

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Daí surge o incentivo para uma pessoa física fazer parte de uma sociedade.

Os bens da sociedade, em regra, e que garantem o cumprimento de toda obrigação contraída pela sociedade, não se misturam com os bens dos sócios. Em razão dessa independência de patrimônio é que muitos sócios se locupletam indevidamente, cometendo vários tipos de fraudes em nome da sociedade, mas em benefício próprio.

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A personalização das sociedades gera três consequências bastante precisas:

a) Titularidade negocial;

b) Titularidade processual;

c) Responsabilidade processual.

Significados:

Titularidade negocial: quando a sociedade realiza

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Negócios, celebra contratos, o faz em seu próprio nome. Ela faz por meio de seu sócio, mas não em nome dele.

Titularidade processual: a sociedade tem capacidade para estar em juízo como autora ou como demandada.

Titularidade patrimonial: como consequência da sua personalização, ou seja, como consequência do fato de ter personalidade própria, a sociedade tem patrimônio próprio, separado do patrimônio de seus sócios. Ela responde com seu patrimônio

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Pelas responsabilidades que assumir.

Enquanto a empresa for solvente, seu próprio patrimônio responde pelas suas dívidas perante os credores. Mas os sócios podem ser chamados para responder pelas dívidas da sociedade em algumas situações: se esgotado o patrimônio da sociedade e se for declarada em juízo a desconsideração da personalidade (ou da pessoa) jurídica.

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O que é responsabilidade limitada e ilimitada?

Responsabilidade ;imitada é a limitação subsidiária da responsabilidade dos sócios em relação às dívidas contraídas pela sociedade.

Quando a sociedade não puder saldar tais dívidas com o seu próprio patrimônio e for exigido o patrimônio pessoal dos sócios para tanto, temos duas situações:

a) se, pela espécie de sociedade, a responsabilidade dos sócios for ilimitada, os

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seus bens particulares serão utilizados para o pagamento das dívidas até que essas sejam quitadas ou até que esgotem-se os bens;

b) se, pelo tipo de sociedade, a responsabilidade dos sócios for limitada, os bens dos sócios não serão utilizados pagar dívidas da sociedade.

No caso de responsabilidade limitada, a obrigação dos sócios é integralizar a totalidade das suas cotas, ou seja, completar o pagamento do capital equivalente às cotas que adquiriram

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quando ingressaram na sociedade, caso ainda não o tenham feito. Se já tiverem integralizado suas cotas, os sócios não têm mais nenhuma outra obrigação.

No entanto, se, a pedido do credor e se houver prova de fraude a credores ou desvio do patrimônio da sociedade, esgotado o patrimônio desta para o pagamento de dívidas, pode ser decretada judicialmente a desconsideração da personalidade jurídica, situação em que os sócios passarão a responder integralmente pela dívida contraída.

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Responsabilidade subsidiária:

Quando se tratar de responsabilidade ilimitada dos sócios, essa responsabilidade será subsidiária, ou seja, em reforço. Significa dizer que os credores não poderão executar os bens dos sócios enquanto ainda houver bens da sociedade para serem liquidados. Primeiro esgotam-se os bens da sociedade e só posteriormente os bens dos sócios poderão ser utilizados para pagamento de dívidas da sociedade.

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Responsabilidade solidária:

Responsabilidade solidária na sociedade significa que todos os sócios respondem individualmente pela dívida toda. O sócio solidário responde o credor pela dívida toda em se pagá-la integralmente, pode cobrar dos demais sócios o valor respectivo.

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Referências

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