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AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA FORMAÇÃO INICIAL DO PEDAGOGO(A): UM CURRÍCULO DECOLONIZADO PARA UMA EDUCAÇÃO INTERCULTURAL

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Faculdade Santa Catarina. Licenciada em História e Mestre em Educação Matemática e Educação tecnológica pela UFPE. cacalsimone38@gmail.com

Página 1 AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA FORMAÇÃO INICIAL DO

PEDAGOGO(A): UM CURRÍCULO DECOLONIZADO PARA UMA EDUCAÇÃO INTERCULTURAL

Eixo Temático: Relações Étnico-Raciais

Cláudia Simone Almeida de Oliveira RESUMO:Com base nos estudos pós-coloniais (QUIJANO,2005; MIGNOLO,2005;

WALSH,2007,2008) este artigo versa sobre uma pesquisa, que reflete a Formação dos pedagogos/as no contexto da diversidade, discutindo currículo e práticas para uma educação das relações étnico-raciais. Nosso objetivo geral é de refletir a formação inicial oferecida nos cursos de pedagogia na defesa de uma educação intercultural crítica e de uma pedagogia Decolonial (WALSH,2007;CANDAU), para tanto,realizamos diálogos com a pedagogia da autonomia, assim como, buscando uma educação para práticas de liberdade (FREIRE,1996;1999). Numa perspectiva interdisciplinar (MINAYO,2002 THIESEN ,2008; MORIN, 2002, 2005). Desenvolvemos uma pesquisa-ação e apresentamos nossos resultados preliminares com a concretização de novas práticas formativas emancipatórias na atuação dos pedagogos(as) com a concretização da lei 10.639/03 nas escolas. Os primeiros resultados apontam que através de um permanente estudo da história e cultura afro-brasileira, das políticas e diretrizes de promoção da igualdade racial,tentando romper com as colonialidades dos currículos no ensino em todos os níveis ,é possível alcançar ações educativas de combate ao racismo realizando um diálogo entre as culturas sem hierarquizá-las.

Palavras-chave: Relações Étnico- raciais, Formação Docente, Currículo

1. Introdução

A eles e a elas, e a todos e todas que, na América Latina, na América central, no Caribe, na África, tombaram na briga justa, minha homenagem respeitosa e

amorosa nessa pedagogia da esperança em que revivo a pedagogia do oprimido.

( PAULO FREIRE, 1999) .

Este artigo faz parte de uma pesquisa realizada a partir de uma proposta interdisciplinar ainda em desenvolvimento, pensada e executada no curso de Pedagogia da Faculdade Santa Catarina, na cidade do Recife PE. Nossa preocupação configura-se no nosso problema de pesquisa, que é o de superar a visão meramente focada nas disciplinas isoladas e apresentar possibilidades de novos caminhos paradigmáticos e epistemológicos na formação dos pedagogo/as no sentido de identificar, o silenciamento das vozes dos

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Página 2 diversos sujeitos nas escolas fazendo leituras críticas dos currículos e suas colonialidades.

Inicialmente identificamos que a matriz curricular do curso de pedagogia investigado conta com Disciplinas importantes para uma formação de um profissional que atua na educação, tais como: Fundamentos Históricos, Filosóficos, Antropológicos e Sociológicos, Psicologia, Gestão Escolar, Pesquisa em Educação, literatura infantil e infanto-juvenil, Currículo e Avaliação, incluindo Conteúdos, Metodologias, Didáticas e Práticas de ensino, além de legislação Educacional. Essa formação inicial reflete os princípios norteadores de um trabalho pedagógico na graduação, porque busca desenvolver as habilidades de um pedagogo (a). Contudo, se imprimirmos um olhar para, o como esse conhecimento foi produzido e como está sendo trabalhado,nos mais diversos cursos e em variadas instituições de ensino, precisaremos estar sempre refletindo e discutindo, com esses (as) estudantes, relações de saberes e poderes de maneira mais complexa. Morin nos chama atenção, sobre a “Zona invisível dos paradigmas, que nos leva a refletir sobre as cegueiras paradigmáticas e caminhos das incertezas”( 2011, p. 24).

No Brasil, assim como em toda América Latina, temos uma história de colonização que precisa ser levada em consideração. Enfatiza-se que grande parte dos cursos de Pedagogia hoje, coloca como objetivo central a formação de profissionais capazes de exercer a docência, a formação, o planejamento, a gestão e avaliação dos vários processos nas instituições de ensino, dos sistemas educativos, escolares e de programas não escolares também. Porém, esses cursos ainda não conseguem dar conta das solicitações dos movimentos sociais que apontam para uma demanda ainda pouco atendida, no sentido de que o pedagogo(a) necessita garantir nos seus espaços de atuação, uma educação mais adequada aos segmentos historicamente excluídos dos direitos sociais, culturais, econômicos, políticos. Nesse sentido percebemos que as relações étnico-raciais dentro das escolas, bem como a História e a cultura afro-brasileira e africana, vêm sendo abordadas, ainda, de maneira superficial e com a visão eurocêntrica. Persiste em nosso país um imaginário que privilegia a brancura e valoriza principalmente as raízes da herança cultural dos colonizadores europeus, ignorando as outras que são a indígena, a africana e a asiática.

(DCN das Relações Étnico- Raciais para o ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana,(2004).

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Página 3 Nesse sentido, desenvolvemos uma pesquisa com discussões sobre memória, ancestralidade e herança africana nas práticas dos professores da Educação Básica, tendo como foco dessa formação, o curso de pedagogia. A relevância da pesquisa está na investigação dessas práticas que concretizam a lei 10.639/03, a partir da reflexão coletiva nas disciplinas de Conteúdo e Metodologia da História I e II. Diante da problemática de uma sociedade preconceituosa que necessita (re) significar relações de saberes e poderes, identificamos a importância dos espaços formativos, no sentido de reconhecer as bases curriculares antirracistas, na perspectiva dos Direitos Humanos, discutindo as relações étnico-raciais nas instituições de ensino de todos os níveis, partindo da formação inicial. O pedagogo, sendo um profissional que lida não apenas com a docência, mas com processos e práticas, estruturas e contextos educacionais é considerado pelos estudiosos, sujeito estratégico no debate sobre currículo e formação em serviço para uma educação que fortaleça as identidades e resgate direitos. “Em todo lugar onde houver uma prática educativa com caráter de intencionalidade, há aí uma pedagogia” ( PIMENTA, 2001, p.116) .O que necessitamos é de uma pedagogia diferenciada, que questione e transforme, busque respostas nas pesquisas e concretize práticas que libertem, que transformem, em especial que contemplem uma educação para as relações étnico-raciais.

Buscamos responder nessa pesquisa o que os(as) estudantes de pedagogia pensam a respeito de questões como: Será que um dia a escola vai valorizar a diferença racial? Será que negros brancos, índios, orientais, vão ser tratados em condições de igualdade? Será que um dia todos os professores vão contar que os negros também construíram a história do Brasil? Será que encontraremos nos livros escolares e de literatura infantil imagens dessa diversidade? Será que a desigualdade racial no Brasil, vai deixar de ser um problema só para os negros? Ou seja, nossa questão central está na indagação: Como educar na perspectiva da compreensão do respeito por si e pelo(a) outro(a), no contexto da diversidade Étnico-racial? Essas são perguntas encontradas num curta metragem chamado:

“Vista a minha pele”, material áudio visual interessante que trata dessas relações étnico- raciais no ambiente escolar, mas invertendo os papeis na sociedade brasileira, ou seja, o branco na pele dos negros e afrodescendentes nas instituições sociais, em especial, no ambiente escolar.Diante desse contexto de cidadania crítica, os objetivos da pesquisa são:

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Página 4 analisar os desafios da implementação da lei 10.639/03, que trata da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nas instituições de ensino, buscando identificar como os docentes vêm sendo preparados para abordar tais temas; repensar o currículo como espaço de disputas (ARROYO,2011) e (re)significar as práticas pedagógicas; Discutir as lutas, resistências e riquezas históricas e culturais das nossas raízes afrodescendentes na formação inicial.

Nossa proposta é conhecer e vivenciar uma pedagogia decolonial e discutir interculturalidades nas escolas. Isso porque o conceito de interculturalidade, “reflete um pensamento não baseado nos legados eurocêntricos ou da modernidade e tem sua origem no sul, dando assim uma volta à geopolítica dominante do conhecimento que tem tido seu centro no norte global”(WALSH,2005). Nesse processo buscamos favorecer o entendimento do resgate e valorização, de lutas por direitos iguais e justos. O pedagogo (a) também é desafiado(a) nas ações de coordenação pedagógica e gestão escolar. Para que esse trabalho seja cada dia mais, possível, discutiremos outros elementos dessa formação.

2. Caminhos da Interdisciplinaridade e Complexidade como elementos orientadores na Formação dos Educadores

Sobre interdisciplinaridade, reconhecemos que esta, “constitui uma articulação de várias disciplinas em que o foco é o objeto, o problema ou o tema, para o qual não basta a resposta de uma única área” (MINAYO,2010,p.436). Nossas questões iniciais estão relacionadas justamente a como desenvolver esse foco emancipador na Formação do pedagogo/a e identificar os desafios da prática docente, no debate sobre currículo e gestão das aprendizagens mais participativas, nos caminhos de uma educação para a diversidade.

Nesse sentido, questionamos o paradigma cartesiano que separa homem natureza, assim como as várias dissociações das quais, impedem as relações do tipo, razão e sentimento, corpo e alma, ciência e mito. Assim, conseguiremos enxergar as realidades que demandam lutas e conquistas sociais a partir de uma educação multidimensional, ou seja, que também veja o “ser humano sendo “ao mesmo tempo, biológico, psíquico, social, afetivo e racional”

(MORIN, 2011, p.35)”. Buscando avançar nos conceitos, para concretizar o trabalho proposto, entendemos ação transdisciplinar, como um ponto de vista mais apropriado para

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Página 5 construção de diálogos entre as disciplinas e a construção dos meta pontos de vista, exigência do pensamento da complexidade. Porém, mais importante do que identificar os vários conceitos para interdisciplinaridade, é “encaminhar seu sentido epistemológico, seu papel e suas implicações sobre o processo do conhecer.”(THIESEN,2008, p.547,grifo nosso).Formamos nessa instituição pesquisada, um GT de estudos sobre essas e outras temáticas afins, e alguns autores permanecem nos inspirando, por acreditarem nessa Formação para a complexidade, Assim, a partir desses estudos, podemos pensar a interdisciplinaridade articulando processos formativos nas suas várias dimensões:

A interdisciplinaridade será articuladora do processo de ensino e de aprendizagem, na medida em que se produzir como atitude (FAZENDA,1979),como modo de pensar (MORIN,2005), como pressuposto na organização curricular (JAPIASSU,1976)como fundamento para as opções metodológicas do ensinar (GADOTTI,2004), ou ainda como elemento orientador na formação dos profissionais da Educação.( in THIESEN, 2008,p. 546) .

Identificamos que articular todas essas dimensões é um dos grandes desafios, mas que essa tarefa não é apenas das universidades e escolas, isso inclui também os movimentos sociais, sujeitos silenciados, por uma sociedade discriminatória e elitizada.

Assim, a formação, não está separada, nem distanciada da discussão de currículo, pelo contrário, enfatizamos que o currículo, é essencial, no sentido de reconhecer os coletivos, existentes, pois configuram-se num território de disputas. Busquemos os vários sujeitos subalternizados para ouvir suas palavras de emancipação. Para isso, optamos pelos estudos Pós-coloniais Latino Americanos (QUIJANO, 2005,2007; MIGNOLO,2005;

WALSH, 2007,2008) como base para o entendimento dessas relações de superioridade dos colonizadores e as exigências das tensões geradas por esse padrão de dominação colonial, fundado no pensamento eurocêntrico.Esse pensamento hegemônico que gerou essa sociedade racista em todas as suas dimensões,racismo epistêmico, institucional e pela cor da pele. Nossa herança racista não é apenas cultural. Precisamos refletir a produção do conhecimento e realizar questionamentos inclusive sobre os diversos tipos de racismo.

Segundo Grosfoguel, (2006), o racismo epistêmico é um dos racismos mais invisibilizados no mundo de base:capitalista/ patriarcal/ moderno/ colonial”.Nesse sentido precisamos

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Página 6 entender os estudos pós-coloniais para ampliar a visão de Formação de educadores para emancipação dos povos, sujeitos da diversidade.

3. A influência dos estudos Pós-Coloniais na Formação dos pedagogos/as e o pensamento Freireano

Com base nos estudos pós-coloniais (QUIJANO, 2005; MIGNOLO, 2005;

WALSH,2007,2008), reafirmamos a educação como prática de liberdade (FREIRE,1999).

Esses pensadores contribuem para uma análise mais apropriada da nossa realidade, por considerarem inicialmente que a América Latina, é o espaço geopolítico propício para inferir fortes reflexões sobre colonialidades. Ou seja, se pensarmos nos efeitos que qualquer Saber, em contextos ou projetos políticos de educação possuem, também pensaremos nas relações de Poder que são geradas, e é assim, que encontraremos nesse estudo as grandes contradições de uma educação que sutilmente silencia sujeitos e reproduz injustiças.

Reafirmamos que conhecimento é sim Poder, sobre nós, sobre o mundo e pode limitar a liberdade de todos, através do controle e subalternização dos sujeitos, hierarquizando os saberes, silenciando as vozes cheias de tantas outras histórias. Freire já nos alertava que:

A existência humana não pode ser muda, silenciosa, nem pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles novos pronunciar. Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação reflexão. ( FREIRE, 1987,p. 78) .

Os estudos sobre colonialidades também fazem grandes e consistentes críticas a Modernidade, no que se refere a produção do saber e o exercício do poder. Sabemos que a lógica desse poder ainda é colonial e no decorrer de toda nossa história, também foi fortalecendo o sistema capitalista, garantido assim, a hegemonia do pensamento que privilegia essa geopolítica, que considera as nações do Sul, “não desenvolvidas” que precisam sempre ser civilizadas. Entendendo aqui, Sul, de acordo com (SOUSA SANTOS;

MENESES, 2010, pp. 19) como “o conjunto de países e regiões do mundo que foram submetidas ao colonialismo europeu e que, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, não

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Página 7 atingiram níveis de desenvolvimento econômico semelhantes ao do Norte global (Europa e América do Norte)”.

Vamos tentar situar algumas ideias desse grupo de estudiosos desses estudos pós coloniais, primeiro pensar a ideia de colonialidade fundamentada por Aníbal Quijano (1992;

2000), a colonialidade seria esse regime de poder que, fundado em uma ideia de desenvolvimento, impõe padrões econômicos, políticos, morais e epistemológicos sobre outros povos. O padrão de poder da colonialidade está caracterizado por quatro traços fundamentais ( QUIJANO, 2006, p. 521): na ideia de raça; classificação das populações com status de subordinação racial; através de mecanismos de segregação cada vez mais silenciosos; no direcionamento de toda a forma hegemônica de trabalho e de sua exploração para a produção do capital. Por fim o eurocentrismo como novo modo de produção do conhecimento. A Europa (ocidental) afirma-se como o centro de produção e controle desta nova forma de produzir conhecimentos. O estabelecimento do Estado-Nação , que funciona, inclusive como fiscalizadores do exercício da colonialidade do poder.( in NASCIMENTO; BOTELHO,2010).

A ideia de diferença colonial encontrada nos estudos de Walter Mignolo (2003) nos ajuda a entender essa concepção de diferença de maneira hierarquizadas nas relações de maneira determinante, essa diferença, procura afirmar a superioridade espacial, política, epistêmica, econômica e moral de alguns povos, sobre outros.

Outro autor importante, (ESCOBAR, 2003, p. 53) denuncia o modo Eurocentrado, no qual todo o restante mundo, toma como exemplo a Europa, representando uma espécie de caminho evolutivo, ele faz a crítica e nega essa suposta superioridade da civilização europeia.

Enfrentamos as incertezas desse mundo contemporâneo refletindo na construção desse currículo que lute por esse pertencimento social, pressionando na diversidade, discutindo os lugares do poder e processos de descolonização. Arroyo (2011) aponta para uma pedagogia promotora de direitos, onde os sujeitos reconheçam suas histórias e reconfigurem suas realidades, mas libertando seus saberes não de uma forma folclórica, mas que possam identificar “em contextos e debates pós-coloniais, um processo de desconstrução que permita revelar as realidades ocultas pela força de qualquer proposta hegemônica (SANTOS; MENESES, 2007,p.57). Nossas opções epistemológicas estão na

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Página 8 construção de processos educativos identitários que rompam com ideias sistêmicas rígidas, assumindo outras proposições.

A formação dos pedagogo/as necessita discutir os aspectos epistêmicos, sociais, políticos econômicos e culturais que forjam as ideias que classificam as pessoas em raças e reforça a cada momento essa hierarquização dos povos que são subalternizados historicamente por essa suposta superioridade eurocêntrica.

Nesse contexto a perspectiva da interculturalidade deve ser entendida através do pensamento e dos projetos que contemple a diversidade, por ser a “opção Decolonial aquela que “ imagina um mundo no qual muitos mundos podem coexistir”(Ibid, 2008, p296). O sentido de uma formação que respeita a diversidade é a que nos interessa aprimorar coletivamente para concretizar essa pedagogia Decolonial e uma educação intercultural. E sendo um trabalho de todos, nesse estudo, optamos pela pesquisa-ação.

4. A Pesquisa-ação, com abordagem qualitativa para a intervenção educacional de qualidade social

A pesquisa-ação apresenta um grande potencial de intencionalidade à interação e também à transformação, foi a metodologia base escolhida para esse estudo por considerar a dinâmica da realidade e a subjetividade dos sujeitos, essa pesquisa que interage na produção de novos conhecimentos, concretiza um caráter formativo, uma ação pedagógica que cientificiza a prática educativa, levando em consideração princípios éticos. Sendo a pesquisa-ação que supõe intervenção participativa na realidade social. Por essa razão, quanto aos fins, nossa pesquisa também será intervencionista, interpretando a realidade para modificá-la. A pesquisa-ação destaca-se principalmente por seus aspectos participativos, nessa tendência democrática e de muita força em direção à mudanças sociais. Seguiremos as orientações dessa investigação. Ocorrendo um processo que se modifica continuamente em aspirais de reflexão e ação, onde cada espiral inclui:

“Diagnosticar uma situação, um problema; Desenvolver estratégias de ação: Desenvolver essas estratégias e avaliar sua eficácia; Ampliar a compreensão da nova situação.” Elliot (1997, 17).

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Página 9 Dividimos as experiências em dois momentos, que estamos denominando aspirais de ação e reflexão I e II (ELLIOT,1997,17). Selecionamos que para esse artigo apenas duas resumidas experiências, mas destacamos, duas outras em andamento, que denomino A e B:

A) Algumas estratégias inovadoras de formação no cotidiano desse curso merecem ser destacadas, dentre elas uma formação a partir de uma abordagem contextualizada dentro e fora da Faculdade, dialogando com grupos representativos dos movimentos populares, artísticos e culturais, grupos indígenas, e religiões de matriz africana como terreiros, resgate da culinária afro-brasileira, visitas aos museus da abolição e do homem do nordeste, assim como no pátio de São Pedro e seus diversos espaços formativos, visitas aos espaços e culturais do Recife antigo e Olinda Patrimônio cultura da Humanidade, histórias e expressões artísticas, pesquisas, escrita de artigos científicos sobre africanisdades e apresentação em congressos.

b)Outra Formação interessante referente a uma nova postura pedagógica, ocorreu nos planejamentos e práticas nas diversas escolas, vivenciando um trabalho que buscasse esse currículo mais descolonizado. Foram atividades constantes e diversas, baseadas nas leituras e discussões dos textos sobre uma pedagogia decolonial e interdisciplinaridade.

Também nas pesquisas com materiais como: Políticas de Promoção da Igualdade Racial na Educação e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação da Relações étinico- raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

Destacamos também uma postura interdisciplinar referente as concepções de avaliação, e esse é um aspecto fundamental nos processos formativos, alguns autores nos ajudaram a pensar sobre: Avaliação da aprendizagem. Segundo Silva (2003,p.) ” essas aprendizagens significativas também exigem práticas avaliativas que enxerguem diferentes áreas do currículo, levando em consideração essa nova visão interdisciplinar na perspectiva da complexidade” e chama atenção para um fato importante e curioso, que precisamos levar em conta, “ que o avanço nas formas de organizar o ensino não tem tido correspondência nas práticas avaliativas, ocorrendo, uma discrepância entre, inovadoras práticas educativas e as vigentes formas de avaliativas” (Ibid, 2003,p.17).

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Página 10 A pesquisa-ação, conta com a participação, descrições detalhadas de comportamentos, pesquisas, relatos dos sujeitos e suas experiências.Nesse sentido apresentamos os primeiros resultados a partir de duas experiências.

Assim sendo, essa pesquisa de caráter qualitativo, através de uma pesquisa- ação, versa sobre as relações étnico-raciais a partir de um estudo exploratório em seis turmas de pedagogia, e essa investigação vem se desenvolvendo no período de 2011 a 2013, em uma instituição de ensino superior privada na cidade do Recife,PE. Durante o desenvolvimento das disciplinas, através da aplicação de pré e pós testes, ocorreu adequação das atividades teóricas e práticas de acordo com a temática desse estudo na formação desses estudantes, utilizamos a análise de conteúdo como técnica para discutirmos os processos de construção e implementação dos projetos pedagógicos antirracistas nesses espaços educativos, nos quais, esses(as) futuros(as) pedagogo(as) já atuam.

5. Os resultados da análise qualitativa dos questionários aplicados:

Ter presente o arco- íris das culturas nas práticas educativas supõe todo um processo de desconstrução de práticas naturalizadas e enraizadas no trabalho docente para sermos educadores(as) capazes de criar novas maneiras de situar-

nos e intervir no dia a dia de nossas escolas e salas de aula.

( MOREIRA;CANDAU, 2010, p. 28) .

Os 90 estudantes das seis turmas de pedagogia que participaram da pesquisa.

Revelaram as seguintes opiniões, depois de dois semestres de trabalho formativo para cada uma das turmas,com a educação das relações étnico raciais nas disciplinas de História I e II, nos 4º e 5º períodos do curso de pedagogia, vejamos as questões, respostas e proposições para essa temática:

Será que um dia a escola vai valorizar a diferença racial? Segundo a maioria dos estudantes, a valorização e respeito às diferenças, requer formações cada vez mais adequadas para os professores, desde a sua formação inicial e da revisão dos currículos ainda muito colonizados;

Será que negros brancos, índios, orientais, vão ser tratados em condições de igualdade? Os (as) estudantes reconhecem as dificuldades por viverem numa sociedade ainda muito racista e preconceituosa, mas apostam numa educação e numa escola

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Página 11 antirracista e acreditam também que um dos caminhos, é a vivência de uma pedagogia diferente, mais crítica, decolonial;

Será que um dia todos os professores vão contar que os negros também construíram a história do Brasil? As respostas dos estudantes revelam que ao longo dos processos formativos o conhecimento dessas histórias silenciadas vem rompendo com a concepção tradicional de história que a maioria das pessoas ainda possuem. Trata-se daquela história fragmentada, baseada em datas comemorativas e heróis distantes do povo, os futuros pedagogos(as)s acreditam que com a implementação das políticas afirmativas e da lei 10.639/03, que rege a obrigatoriedade da história da África e dos afrodescendentes, assim como a lei 11.645/08 que amplia o art 26 no que se refere também a história dos povos indígenas.Tudo isso, segundo eles, pode ajudar a descortinar essas contribuições na história do nosso país. E assim, contribuir para ampliar os conhecimentos sobre a cultura desses povos na formação do nosso povo.

Será que encontraremos nos livros escolares e de literatura infantil imagens dessa diversidade? Sim, já existem, estão mais presentes no mercado editorial, porém ainda precisam acontecer mudanças de postura de grande parte dos professores quanto a superação dos estereótipos, quebrando com modelos padronizados de beleza, pautados na civilização europeia;

Será que a desigualdade racial no Brasil, vai deixar de ser um problema só para os negros? Maioria das respostas afirmam que esse é um problema de todos, a luta é por uma sociedade mais justa. O racismo gera sofrimentos e precisa acabar, principalmente quando percebemos seus impactos nas crianças e adolescentes;

Nossa última e principal questão está na indagação: Como educar na perspectiva da compreensão do respeito por si e pelo(a) outro(a), no contexto da diversidade Étnico-racial?

Para esse grupo de futuros pedagogos(as), após meses de estudos e intervenções, de atuação nas escolas, educar na perspectiva da diversidade precisa considerar princípios, direitos e identidades e identificam a urgente necessidade de resgatar a auto-estima dos estudantes, em especial da escola pública de maioria negra. A principal recomendação que ficou mais enfatizada nesse estudo foi exatamente a da: “não omissão, nem indiferença a

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Página 12 qualquer tipo de manifestação de preconceito e discriminação com os estudantes. Esse seria um dos piores erros de um verdadeiro educador, e acreditando assim, na pedagogia da autonomia (FREIRE,2000). O grupo investigado de estudantes do curso de pedagogia, reconhece os “saberes necessários à prática educativa”dentre elas, as mais enfatizadas nesse trabalho foram, segundo eles, da reflexão crítica sobre a prática e do reconhecimento e a assunção da identidade cultural.

Além disso os estudos Freireanos durante as formações, ajudou a reafirmar no grupo, o pensamento de que “há uma pluralidade nas relações do homem com o mundo”, na medida em que responde à ampla variedade dos seus desafios, pois aprendemos na educação como prática de liberdade: que “A educação é um ato de amor e de coragem, não pode temer o debate( FREIRE,1999 p. 40 ). E os debates são muitos, permanente, do tipo:

quem são os outros sujeitos, os outros territórios, outras identidades, para assim, repensar e criar novas possibilidades.

A análise da realidade, não pode fugir a discussão criadora, sob pena de ser uma farsa.”(FREIRE, 1999 p. 39), como foi o mito da democracia racial no nosso país. Afinal,

“nas relações que o homem estabelece com o mundo, há uma pluralidade na própria singularidade.” Nesse contexto, pesquisas e trabalhos desse tipo, geram inúmeras aprendizagens, as trocas e descobertas são sempre sementes lançadas, percebemos que já estão florescendo.

6. Os primeiros resultados

Apontam para uma Educação dessas relações étnico-raciais, através de políticas e práticas identitárias, que efetivam a implementação da lei 10639/03 que altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases).O trabalho com a disciplina de Metodologia da História, através das estratégias de ensino como: história e cinema, música, cordel, teatro,dança e tecnologias em rede, sempre estavam voltadas para um currículo contextualizado, na perspectiva do respeito às diferenças. Destacamos o trabalho de literatura infantil, a partir da obra de autores como Arboleya (2008) que discute identidades, estereótipos, resgatando a auto estima das crianças e focamos todo o trabalho contextualizando as lutas contra qualquer forma de discriminação, preconceito racial e de gênero. Para

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Página 13 superar a fragmentação do conhecimento, estudamos um currículo para uma pedagogia diferenciada em que cada estudante na sua ação pedagógica busca uma educação intercultural. Foi possível avaliarmos processos dessas Formações dos(as) pedagogos/as e professores(as) em serviço através dessa pedagogia emancipatória que reconhecemos como pedagogia Decolonial.

As Instituições de Ensino superior, assim como as Escolas são espaços que podem desenvolver processos legítimos para outras histórias, outras filosofias, outras pedagogias, trazendo outros pensamentos, legitimados na diversidade e não reproduzindo padrões já existentes, mas reagindo, reafirmando a diversidade cultural e epistêmica, como sugere (ARROYO,2012 p. 113) “Mostrar as histórias de resistências”.

Repensar os espaços formativos e contemplar projetos éticos que trabalhem as questões sociais, são princípios importantes na formação do pedagogo (a), melhor dizendo, de toda e qualquer licenciatura. Segundo Silva (2004), a escola é lócus de aprendizagens, de multiplicidade cultural de tensão aberta às mudanças, lugar de debates, socialização de experiências, de fortalecimento da gestão democrática.

Estamos falando de diversas culturas vivas. Descobrindo coletivamente nesses momentos de formação, que outras culturas não foram totalmente aniquiladas, como alguns teimam em afirmar. Sobrevivem na educação popular latino-americana.

Algumas Considerações

Consideramos os pontos de destaque nesse estudo a investigação e atuação dos (as) pedagogos (as) nos seus espaços de trabalho que apontaram para experiências exitosas nas escolas: de gestão participativa e na construções de Projetos Políticos Pedagógicos voltados para a diversidade; identificação de espaços educativos que priorizam as ações de cidadania ativa; instituições que realizam formação continuada em serviço e em especial contemplando processos de auto- avaliação. Identificamos educadores e estudantes de pedagogia assumindo papeis de agentes propositivos para efetivação da legislação educacional, com ajuda de uma metodologia articuladora de teorias e práticas, refletindo e vivenciando a docência, as coordenações pedagógicas e gestões escolares que buscam a superação das colonialidades dos currículos. Contudo reconhecemos que descolonizar o

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Página 14 currículo implica que tenhamos de estabelecer com ele e através dele a busca de um diálogo.

Diálogos com outras experiências, culturas, pensamentos. Com as vozes africanas e indígenas, com nossas vozes, para mudar e não apenas manter e que não consideramos uma Educação na perspectiva dos Direitos Humanos.

REFERÊNCIAS

ARROYO, Miguel G. Currículo Território em Disputa. Petrópolis, RJ:Vozes, 2011.

_________________Outros sujeitos, outras pedagogias.Petrópoles,RJ: Vozes,2012.

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ELLIOT,J.Action research for educational Change.Filadélfia: Open University Press, 1991.

ESCOBAR, Arturo. Mundos y conocimientos de otro modo: el programa de

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Referências

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