C) MATURAÇÃO: - feita em tanques para a homogeneização;
- pode-se ajustar a densidade e a viscosidade da barbotina;
- as propriedades reológicas podem ser alteradas;
Ex.: ↑ viscosidade: - presença de cátions flutuantes;
- evaporação dede água;
- resfriamento brusco - tixotropia elevada
↓ viscosidade: - aumento da temperatura;
- sedimentação de material;
D) TRANSPORTE NAS LINHAS DE ESMALTAÇÃO: - manual;
- automático.
2. PROCESSO DE FABRICAÇÃO
3. APLICAÇÃO DO ESMALTE
Aplicação sobre o esmalte de diferentes modos, depende:
- tamanho, forma, quantidade e estrutura da superfície a esmaltar;
- efeitos que se deseja obter na superfície esmaltada.
A aplicação pode ser feita por:
imersão;
vertido centrífugo pulverização pintura
eletroforese
Aplicação do sobre o suporte cerâmico:
a) aplicação de uma camada de barbotina de esmalte, cubrindo completamente a superfície do suporte de forma contínua;
b) aplicação mediante pulverização na forma de spray ou em gotas;
c) aplicação do esmalte seco (granilhas);
d) aplicação como tinta por serigrafia
3. APLICAÇÃO DO ESMALTE
DIFERENTES CAMADAS DE ESMALTE A SEREM APLICADAS SOBRE O SUPORTE CERÂMICO Esmalte para serigrafia.
Design
Aplicação por via úmida com óleos
Esmalte seco.
Granilha.
Suporte, biscoito.
Esmalte plástico ou engobe.
Interface com o suporte.
Aplicação por via úmida com água
Esmalte aplicação por via úmida com água.
Geralmente branco.
4. CARACTERÍSTICAS DOS ESMALTES
Suportar as condições de uso a que se destinam, portanto devem ter:
- impermeabilidade;
- resistência ao desgaste (uso);
- insolubilidade em água;
- não reativos;
- facilidade de limpeza;
- resistência mecânica adequada.
Em relação ao processo de fabricação, os esmaltes devem ter:
- viscosidade adequada;
- fundência nos limites de temperaturas estabelecidos;
- capacidade de cobrir homogeneamente a superfície, sem produzir defeitos (soltar).
Em relação a aplicação, estão relacionadas as características:
- reologia da suspensão;
- plasticidade das matérias-primas;
- distribuição granulométrica.
Características estéticas e decorativas estão relacionadas com propriedades que deseja-se no produto acabado:
- brilho;
- opacidade;
- transparência;
- cor;
- textura.
Dois diferentes tipos de esmaltes
- em fusão (≈ líquido viscoso): capacidade de cristalização, separação das fases, tensão superficial e viscosidade do fundido.
- fritado: leva em consideração propriedades mecânicas, térmicas, ópticas, e químicas (Tabela 1).
4. CARACTERÍSTICAS DOS ESMALTES
PROPRIEDADES DO ESMALTE FRITADO
MECÂNICAS TÉRMICAS ÓTICAS QUÍMICAS
ELASTICIDADE RESISTÊNCIA À
TRAÇÃO RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO RESISTÊNCIA À
FLEXÃO DUREZA IMPACTO
CONDUTIVIDADE TÉRMICA RESISTÊNCIA AO CHOQUE TÉRMICO
DILATAÇÃO TÉRMICA
BRILHO OPACIDADE
COR MATIZAÇÃO
RESISTÊNCIA A AÇÃO DA ÁGUA RESISTÊNCIA AOS
ÁCIDOS
RESISTÊNCIA AS BASES
4. CARACTERÍSTICAS DOS ESMALTES
5. CONSTITUIÇÃO DOS ESMALTES
Os esmaltes são formados pelas seguintes partes:
- estrutura vítrea;
- elementos modificadores da rede do vidro;
- elementos estabilizadores da rede do vidro;
ESTRUTURA VÍTREA
Formada por unidades estruturais com arranjo cristalino a curto alcance;
Deve-se cumprir as seguintes condições geométricas para a formação de estruturas de vidro:
- índice de coordenação do cátion deve ser pequeno;
- íon óxido não deve estar unido a mais de um cátion;
- poliedros formados por oxigênio;
- óxidos que obedecem as condições sob forma: RO2, RO3, R2O5,
confirmando a existência de vidros de SiO
2, B
2O
3e P
2O
5.
ELEMENTOS FORMADORES DO VIDRO
Ocupam os interstícios da rede, diminuindo a energia necessária para rompê- los, assim modificam-se as propriedades: fusibilidade, dureza e estabilidade da rede.
Elementos modificadores mais fundentes: Li, Na, K, Ca, Ba, Mg, Pb, Sr e Zn.
ELEMENTOS ESTABILIZADORES DO VIDRO
Formam parte da rede por substituição, estabilizam evitando a desvitrificação;
Apresenta um estado energético superior a estrutura cristalina, sendo
instável e com tendência a se desvitrificar (passar de uma estrutura amorfa para uma cristalina);
Principal estabilizador da rede vítrea é a Al
2O
3.
5. CONSTITUIÇÃO DOS ESMALTES
Não há apenas um critério de classificação. São estes:
A) FUSIBILIDADE: - fundentes
- duros (menos fundentes) B) SUPORTE PARA APLICAÇÃO: - lajotas
- louça
- artigos sanitários
- pavimentos e revestimentos C) EFEITO PRODUZIDO AO PRODUTO ACABADO:- mate
- semi-mate - acetinados - opacos - cristalinos
D) TEMPERATURA DE QUEIMA: - 900-1200ºC: esmaltes tipo lajotas - 1000-1150ºC: esmaltes de louças - 1100-1200ºC: esmaltes de grês
- acima de 1200ºC: esmaltes porcelânicos
E) COMPOSIÇÃO QUÍMICA
ESMALTES
ESMALTES CRÚS ESMALTES FRFITADOS
COM CHUMBO
SEM ALUMINA
COM ALUMINA
SEM CHUMBO (COM ALUMINA)
COM ALCALINO TERROSOS
COM ALCALINOS E ALCALINO TERROSOS COM ALCALINOS,
ALCALINO TERROSOS E ZnO
COM BORO
ESMALTES SALINOS
COM CHUMBO
SEM ALUMINA E BORO
COM ALUMINA
SEM CHUMBO
SEM BORO
COM BORO
COM BaO
F) NATUREZA DAS FASES CRISTALINAS
Esmaltes vítreos: constituídos de uma única fase vítrea
Esmaltes vitrocristalinos: as fases cristalinas provém da adição de cristais antes da queima, que não chegam a fundir-se
Esmaltes vitrocerâmicos: aparecem cristalizações após a queima, geradas durante este processo (desvitrificação)
Esmaltes compostos: materiais multifásicos compatíveis, constituídos majoritariamente de uma matriz que incorpora várias fases, que são compatíveis quimica, térmica e mecanicamente.
6. CLASSIFICAÇÃO DOS ESMALTES CERÂMICOS
COR pode ser devido:
- a um emissor de luz (emitir radiação no range da luz visível);
- a estruturas que sejam atravessadas (absorvem algum λ);
- a captura da luz
REFLETINDO DE UM MODO SELETIVO E NÃO DIFUNDIDINDO EM UM DETERMINADO λ
RESUMINDO: A COR NOS SÓLIDOS
APARECE POIS SÃO DE ALGUMA FORMA SENSÍVEIS A LUZ VISÍVEL
1.1 DESCRIÇÃO DA COR
Luz visível: λ 400 a 700 nm
RESULTADO DA ABSORÇÃO DE UMA RADIAÇÃO COM UM DETERMINADO λ, POR SUA VEZ
REFLEXO DE OUTRO λ COMPLEMENTAR
λ (nm) Cor absorvida Cor visível 400-435 Violeta Verde-amarelo
435-480 Azul Amarelo
480-490 Azul-verde Laranja 490-500 Verde-azul Roxo
500-560 Verde Púrpura
560-580 Verde-amarelo Violeta
580-595 Amarelo Azul
595-605 Laranja Azul-verde
605-750 Roxo Verde-azul
1.2 ATRIBUTOS DA COR
Cores ponto de vista sensorial são definidas por três características:
LUMINOSIDADE: sensação visual que se percebe de uma superfície ao emitir mais ou menos luz;
corresponde a variação fotométrica luminescência: fluxo luminoso;
superfícies refletoras ou transmissoras luminescência = claridade.
TOM: sensação visual definida como azul, verde, amarelo, roxo, etc. (cores);
apresenta um λ característico que corresponde a cada cor do espectro.
SATURAÇÃO: atributo da sensação visual onde se estima a proporção de puro e a sensação total.
O conjunto TOM + SATURAÇÃO são responsáveis pelas características
colorimétricas da cor: CROMATICIDADE
Mecanismo de origem da cor: tanto no caso da absorção quanto na reflexão seletiva baseia-se na oscilação harmônica dos átomos da substância corante
Ex.: ÁTOMO mola que oscila ao receber um estímulo em sintonia com as freqüências de oscilação
Pigmentos da indústria cerâmica compostos por elementos de transição
orbitais d metais
incompletos f terras raras
Outro fenômeno responsável pela aparição de cor em sólidos inorgânicos são as transições de elétrons entre bandas de energia.
A cor de um pigmento pode variar em função do número de coordenação do metal, logo o íon individual e seu óxido tem grande influência nos fenômenos de absorção.
Responsáveis pela aparição da cor:
- transições eletrônicas d-d - transferências de carga
1.3 ORIGEM DA COR EM SÓLIDOS INORGÂNICOS
1.4 MEDIDA DA COR
Medir a cor significa determinar as três grandezas que correspondem as respostas dos três receptores do olho humano
SENSAÇÃO DA COR iluminar o corpo: a cor da fonte
energia do espectro S
distribuições espectrais DER Influência no desenvolvimento da cor do objeto
Ex.: quando um corpo que é iluminado apresenta cor, parte da luz incidente é absorvida e outra refletida.
DO CORPO
Luz refletida (R): razão entre a luz refletida por um objeto iluminado por um certo λ e a luz refletida por um objeto idealmente branco (padrão) R = f (λ)
Olho humano: três tipos de receptores de sensibilidades espectrais diferentes,
determinadas pela CIE, sensíveis: ao azul, ao verde e ao vermelho.
3 estímulos: vermelho x (λ) funções indicam a quantidade verde y (λ) colorimétricas de cada estímulo de
azul z (λ) referência,
necessários para igualar cada radiação monocromática do espectro visível
Principais características das funções colorimétricas:
- todas as ordenadas são positivas os valores triestímulos obtidos serão positivos
- os valores correspondentes a y (λ) iguais aos da eficiência luminosa - as áreas abaixo das curvas são iguais
- o observador pode estar até um ângulo de observação de 10º
1.4.1 O sistema CIE – L*a*b*
1.4 MEDIDA DA COR
Para fazer uso do sistema são normalizadas fontes e tipos de iluminações:
FONTES: A lâmpada incandescente de W em atmosfera gasosa com T: 2856K;
B fonte A e filtro líquido para gerar radiação de T: 4874K (luz solar direta);
C fonte A e filtro líquido para gerar radiação de T: 6774K (luz diurna média)
ILUMINAÇÕES: A distribuição espectral relativa com T: 2856K, fonte A;
C distribuição espectral relativa com T: 6774K, luz diurna ;
D65 distribuição espectral relativa com T: 6504K, luz diurna média com excitação ultravioleta;
F usada para medir o fenômeno metamería (fonte: tubo fluorescente branco).
1.4 MEDIDA DA COR
1.4.1 O sistema CIE – L*a*b*
1.4.1.1 Cálculo dos valores triestímulos Teoricamente:
Na prática:
1.4.1 O sistema CIE – L*a*b*
k
0R
S
x
d
X Y k
0R
S
y
d
Z k
0R
S
z
d
0
100
y d S
k
700400
R K
X
x
700400
R K
Y
y
700400
R K
Z
zK
x kS x
ILIMUNAÇÃO (observador 2º)
A D65 C F
VALORES TRIESTÍMULOS
X2 109,8538 95,0480 98,0680 109,4331 Y2 100,000 100,000 100,000 100,000 Z2 35,5821 108,8969 118,2313 40,2139
COORDENADAS CROMÁTICAS
X2 0,4476 0,3127 0,3101 0,4384 Y2 0,4074 0,3290 0,3162 0,4006
Cromaticidades normalizadas intervalo 400 a 700 nm
ILIMUNAÇÃO (observador 10º)
A D65 C F
VALORES TRIESTÍMULOS
X2 111,1482 94,8137 97,2857 112,1202 Y2 100,000 100,000 100,000 100,000 Z2 35,2001 107,3307 116,1440 40,7947
COORDENADAS CROMÁTICAS
X2 0,4512 0,3138 0,3104 0,4433 Y2 0,4059 0,3310 0,3191 0,3954
1.4.1.2 Escalas uniformes de cor
1.4 MEDIDA DA COR
1.4.1 O sistema CIE – L*a*b*
SISTEMA HUNTER LAB
Define nova unidade NBS, simplificada e melhorada por Scofield para melhor corresponder com a sensação visual;
Instrumentos para medir a variação de cor (DE) empiricamente o sistema L, a
L, b
L2 2
2
( ) ( )
)
( L a b
E D D D D
Y L 10
Y
Y a 17 , 5 [( 1 , 02 X ) ]
Y
b 7 , 0 ( Y 0 , 8472 )
L mede a claridade: zero = preto e 100 = branco
+ vermelho + vermelho
a 0 cinza b 0 cinza
- verde - verde
SISTEMA CIE L*a*b*
Espaço da cor é um sistema coordenado cartesiano: L*a*b*
Matematicamente:
16 )
(
116
0 13*
Y Y
L
) ) (
) ((
500
0 13 0 13*
X X Y Y
a
) ) (
) ((
200
0 13 0 13*
Y Y Z Z
b
Se: X/X
0, Y/Y
0e Z/Z
0≤ 0,008856 Calcula-se:
) (
292 ,
903
0*
Y Y
L
) (
5 ,
3893
0 0*
X X Y Y
a
) (
4 ,
1557
0 0*
Y Y Z Z
b
Onde: X
0, Y
0, Z
0são valores referentes do branco absoluto 1.4.1.2 Escalas uniformes de cor
1.4 MEDIDA DA COR
1.4.1 O sistema CIE – L*a*b*
SISTEMA CIE L*a*b*
Espaço da cor é um sistema coordenado cartesiano: L*a*b*
Graficamente:
a* x b* cromaticidade + claridade = COR DO ESTÍMULO
2
* 2
* 2
*
) ( ) ( )
( L a b
E D D D D
Representação da
distribuição espacial da cor 1.4.1.2 Escalas uniformes de cor
1.4 MEDIDA DA COR
1.4.1 O sistema CIE – L*a*b*
SISTEMA CIE L*a*b*
Adicionaram-se mais atributos nos sistema CIE:
H*: tom: expresso em graus
C*: intensidade: expressa em coordenadas polares Representação no espaço:
Matematicamente:
+ L* = claridade percebida Corresponde as magnitudes usadas na prática!
*
*
*
a arctg b H
2
* 2
*
*
a b
C
*
*
*
P
M
C
C
C
D
2
* 2
* 2
*
*
( L ) ( C ) ( H )
E D D D D
2
* 2
* 2
*
*
( E ) ( L ) ( C )
H D D D D
Representação das coordenadas
polares para o espaço H* e C*
1.4.1.2 Escalas uniformes de cor
1.4 MEDIDA DA COR
1.4.1 O sistema CIE – L*a*b*
1.4.1.3 Diferença da cor normalizada
Avaliação da cor feita por pessoas treinadas ou cloristas experientes
PROBLEMA: subjetividade
RESOLUÇÃO: aparatos medidores de cor precisos, exatos e rápidos
Calculam o valor mais próximo a partir de diferentes observações da cor
1 e 2 subíndices que definem as amostras
2
* 2
* 2
*
) ( ) ( )
( DL Da Db
DE
12 *
*
*
L L
DL
*1
*2
*
a a
Da
*1
*2
*