SÉRGIO GAIAFI
PERFUME DE VERÃO
e-Livro
2020
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“Escrever é fácil.
Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias.”
Pablo Neruda
I
Sou o vento revolto Dos dias ensolarados Dos mares do sul
Em balanço com vento Brisa terna em calor De noites enluaradas
Em lua platinando madrugadas Pelo nosso amor em flor.
II
Quero sentir seu perfume de jasmim No meu corpo nadando em águas Pelo perfume do meu amado mar A bailar pelas ondas do norte
Mergulhando meus pensamentos De amores de vinho em cores
Bordados em arco-íris Em algodão doce.
III
Quero meus lábios nos teus Beijando-o como naufrágio Em abraços molhados de suor Sobre a luz do luar em nós
Nadando pelo porto seguro
Pelos caminhos de nossos corpos Para em sombra sermos visto
Pela luz das estrela.
IV
Chegastes durante a noite dormida Nos braços das estrelas em lua
Pelos raios luzentes da escuridão Que em sombra torna-se amar Pelo nossa imensa paixão
Nas estradas da vida em flor Que nos perfumam com ardor
Pelo nosso eterno desejo d’amor...
V
Vejo-o pelos lagos em espelhos Tua imagem assim florida
Em vastos campos
De cortinas que abre-se
Quando o tapete das folhas vivas Cobrem-me d’amor em chão
em um sol maior por ti Em espelhos em mim.
VI
Por amor doei-me em versos Rimei prosas em intrusos
Em auroras verdejantes Pelas alvoradas de chuvas Pela promessa do soletrar
Palavras que chama-o de amor Na promessa do soneto
Que te escrevi em valsa.
VII
Teus beijos molham meu corpo Que busca encontrar em mim
A paz de um afeto de terra língua Que move-se como os girassóis
Que vislumbram paisagens d’amor No serrado silvestre dos campos Abençoados pelo frio de inverno Com o som das andorinhas em flor
Bailando para nós em cor.
VIII
Sou o navegante errante dos mares Que busca o sonho no horizonte
Cerrado, porém, próximo do semear O amor da alvorada em lírios jardins Em vestes desvirginado outonos
Para chegada do inverno sem fim
Aos pingos de orvalho na plumagem Do meu amado que sorri para mim
Em versos de declamados poemas.
IX
Eu não sei onde errei Sei do que sei pelo erro Do qual eu não cometi Em brisa mar em sol Que fustiga minha vida No solar ausente
Esperando-o em carruagens Para levar-me para o céu
Onde vive os anjos.
X
A rua com suas árvores Perfuma meu corpo
Que da terra nascido fui
Em amor florido guardei-me para ti Pelo amor que existe e resiste
Aos tempos infindos
Num pensar em caminhos Atravessando ruas lindas
Em avenidas de sonho e paixão.
XI
Reverencio o meu mestre Com carinho e muito amor
Aprendendo que no amor Não existe apenas flor.
XII
Em minha palidez Cubro-me de orvalho Para não sentir-me alado
Quando de leve oscila Um gota de orvalho.
XIII
No oceano do meu ser Tua imagem fria
Fluida em chuva
Alagando-me em vento Uma tempestade silente.
XIV
Sentir-te em mim uma alvorada Cobrindo-me pelo manto do amor Pela madrugadas das paixão
Que estrelas veem em luz
O brilhar do desabrochar da flor Que sempre nasce no pântano Com doçura e afeto
Entre nossas pernas.
XV
Entrastes no mar das lembranças
Perdendo-se no oceano das recordações E desaparecestes na névoa fria
A buscar um pensamento em solidão.
XVI
A lua falou-me hoje
Das estrelas que nasceriam No meu corpo de jasmim
Perfumando as madrugadas sem fim.
XVII
Tenho-o dormindo na minh’alma Seu guardados, pertences d’amor Pelas ternas lembranças
Passadas em recordações Que penso em ti
Nas horas que pesas em mim
No resplendoroso amor sem fim Em celestes nuvens de jasmim.
XVIII
Quero-o dentro de mim Nadando em caminhos
Que aquece-o e embebeda-o De amor e prazer
Numa agonia louca De sair com o vento Adentrar como raio
Fazendo poesia enluarada.
XX
Quero cantar pelas madrugadas Um canto de amor que traga-me Teu sorriso escondidos nas flores Pelos jardins em lua crescente Que às vezes minguantes risos Nascente em sol de mares
Enluarados pelas noites encontros Das nostálgicas cantorias
Que beijam-me em sombras.
XXI
Pingos d’amor Pelo meu corpo
Que canta ao luar nu Versos que encanta O teu belo sonhar Em mim a desenhar Teu rosto em sonhos Dos quais vivem
A passearem por mim.
XXII
Diga-me que nosso amor Não irá morrer pelo esquecer
Porque todos dias vejo-o Em versos que leio.
XXIII
Meu amor esquecido em flauta Toca notas musicas para o amor Em flores que não me esquecem
Nas noites de luares azuis.
XXIV
Tenho-o ao tê-lo em mim Uma alvorada em flores Que perfumam-nos em amor
Sem termos um fim.
XXV
Sorrio para tua foto
Desejando tê-lo em mim Um vida nascente
Em ramos de oliveira O eterno amor
Que banha-me Em busca do teu
Amado ser em voou...