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Estilo de vida: tabagismo e etilismo de mulheres com câncer de mama

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

CURSO DE ENFERMAGEM

GABRIELA CARNEIRO CARDOSO

ESTILO DE VIDA: TABAGISMO E ETILISMO DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA

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GABRIELA CARNEIRO CARDOSO

ESTILO DE VIDA: TABAGISMO E ETILISMO DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA

Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profª: Dra. Ana Fátima Carvalho Fernandes.

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GABRIELA CARNEIRO CARDOSO

ESTILO DE VIDA: TABAGISMO E ETILISMO DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA

Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em: 14/12/2016.

BANCA EXAMINADORA

Profª. Drª. Ana Fátima Carvalho Fernandes (Orientadora) Universidade Federal do Ceará (UFC)

Enfermeira. Mestranda. Caroline Batista de Queiróz Aquino Universidade Federal do Ceará (UFC)

Enfermeira. Profª. Msª Cícera Geórgia Félix de Almeida Universidade Federal do Ceará

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Á Deus.

Aos meus pais Jeovah e Maria dos Prazeres. A minha irmã Ana Luíza.

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AGRADECIMENTOS

Á minha mãe Maria dos Prazeres Cardoso pela confiança e por ter me permitido fazer uso dos dados da sua pesquisa de doutorado, em que foram essenciais para a realização deste presente estudo. Ao meu pai Jeovah Cardoso por ter sido tão importante no auxílio da análise dos resultados. A minha irmã Ana Luíza por todo o apoio durante todo esse processo. A vocês a minha eterna gratidão, amor e a felicidade de saber que sempre acreditaram em mim.

As minhas orientadoras Profa Dra. Ana Fátima, Profa Dra. Míria Lavinas e Mestranda Caroline Aquino pela paciência, confiança e orientações valiosas, que foram fundamentais na condução desse estudo.

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RESUMO

O Câncer de mama na população feminina é um problema de saúde pública mundial, devido ao elevado número de casos novos. Possuindo diversos fatores de risco como possíveis causas, dentre eles estão os antecedentes familiares e os hábitos de vida tabagista e etilista. O objetivo deste estudo foi identificar a associação entre a idade e os hábitos de vida tabagismo e etilismo como fator de risco para o câncer de mama na população feminina. Trata-se de um estudo do tipo descritivo e documental. Realizado no ambulatório de mastologia da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC). O estudo é um recorte de uma amostra de 600 prontuários de pacientes com diversos tipos de câncer, que foram atendidas na MEAC no período de 2013 a 2015, sendo que desses, 219 se referiam ao câncer de mama e 82 correspondeu à amostra desse estudo. Os critérios de inclusão foram: todas as mulheres diagnosticadas com câncer de mama, pela primeira vez, maiores de 18 anos no período de 2013 a 2015 e que faziam uso de bebida alcóolica e tabaco. Os dados foram analisados pelo programa estatístico SPSS versão 22.0. Foram realizados os cálculos de frequência, porcentagem, média, desvio padrão e adotou-se como estatisticamente significante o valor de p<0,05. Nos resultados foram obtidos: tabagismo (69,5%), etilismo (14,6%), tabagismo e etilismo (15,9%). Com uma média de idade de 56,92 anos. Foi observado que a faixa etária associada à idade com o tabagismo, etilismo e ambos os hábitos foi a de 51 a 70 anos, apresentando a maior frequência nas três variáveis. Concluiu-se que o tabagismo e o etilismo são de fato possíveis causadores do câncer de mama assim como os antecedentes familiares. E que o câncer de mama costuma atingir com maior agressividade as mulheres acima de 50 anos.

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ABSTRACT

Breast cancer in the female population is a worldwide public health problem due to the high number of new cases. Possessing several risk factors as possible causes, among them are the family history and the habits of living smoker and alcohol. The objective of this study was to identify the association between age and lifestyle habits smoking and alcoholism as a risk factor for breast cancer in the female population. This is a descriptive and documentary study. Held at the mastology outpatient clinic of the Maternity School Assis Chateaubriand (MEAC). The study is a cross-section of a sample of 600 medical records of patients with various cancers that were treated in the MEAC in the period from 2013 to 2015, of which 219 referred to breast cancer and 82 corresponded to the sample of this study. Inclusion criteria were: all women diagnosed with breast cancer, for the first time, over 18 years of age in the period from 2013 to 2015 and who used alcohol and tobacco. The data were analyzed by the statistical program SPSS version 22.0. Frequency, percentage, mean, standard deviation calculations were performed, and the value of p <0.05 was adopted as statistically significant. The results were: smoking (69.5%), alcoholism (14.6%), smoking and alcoholism (15.9%). With an average age of 56.92 years. It was observed that the age-associated age group with smoking, alcoholism and both habits was from 51 to 70 years, presenting the highest frequency in the three variables. It was concluded that smoking and alcoholism are indeed possible causes of breast cancer as well as family history. And that breast cancer usually reaches women with aggression over 50 years of age.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IARC International Agency for Research on Cancer INCA Instituto Nacional do Câncer

OMS Organização Mundial de Saúde ONS Oncology Nursing Society

OPAS Organização Pan-Americana de Saúde WCRF World Cancer Research Fund

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1. INTRODUÇÃO

O Câncer de mama na população feminina é um problema de saúde pública mundial, devido ao elevado número de casos novos (OMOBINI, 2011). As maiores taxas de incidência encontram-se na Europa Ocidental e as menores taxas na Ásia Oriental, representando aproximadamente 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres (INCA, 2016).

A situação brasileira não difere tanto do cenário mundial. A estimativa de incidência de câncer de mama no Brasil segundo o INCA, para o ano de 2016, equivale a 57.960 casos novos, com um risco estimado de 56,20 casos a cada 100 mil mulheres e um índice de mortalidade de 14.388, sendo 181 homens e 14.206 mulheres. Na região Nordeste, em 2016 são esperados aproximadamente 11.190 casos novos e destacando a capital Fortaleza e o estado do Ceará são esperados, respectivamente, 860 e 2.160 casos novos (INCA, 2016).

Essa alta incidência é um reflexo dos diversos fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento da doença, já que o câncer de mama não possui uma causa única. Desta forma, destacam-se como fatores associados a: idade, fatores genéticos/hereditários, fatores endócrinos/história reprodutiva e os fatores comportamentais/ambientais (INCA, 2016).

A idade, assim como em vários outros tipos de câncer, é um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver câncer de mama, pois o acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam o risco. Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a doença (INCA, 2016).

Fatores genéticos/hereditários - Estão relacionados à presença de mutações em determinados genes transmitidos na família, especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres com histórico de casos de câncer de mama em familiares consanguíneos, sobretudo em idade jovem; de câncer de ovário ou de câncer de mama em homem, podem ter predisposição genética e são consideradas de risco elevado para a doença (INCA, 2016).

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Esses fatores incluem: história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos); menopausa tardia (após os 55 anos); primeira gravidez após os 30 anos; nuliparidade (não ter tido filhos); e uso de contraceptivos orais e de terapia de reposição hormonal pós-menopausa, especialmente se por tempo prolongado. (INCA, 2016).

O uso de contraceptivos orais também é considerado um fator de risco pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015), embora segundo (LUCARELLI, 2015) este tema ainda trás resultados controversos.

Fatores relacionados a comportamentos ou ao ambiente - Incluem ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade, após a menopausa e exposição à radiação ionizante (tipo de radiação presente na radioterapia e em exames de imagem como raios X, mamografia e tomografia computadorizada) (INCA, 2016).

O risco devido à radiação ionizante é proporcional à dose e à frequência. Doses altas ou moderadas de radiação ionizante (como as que ocorrem nas mulheres expostas a tratamento de radioterapia no tórax em idade jovem) ou mesmo doses baixas e frequentes (como as que ocorrem em mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia) aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama (INCA, 2016). Diante disso, o tabagismo que vem sendo considerado um fator de risco para o câncer de mama ao longo dos anos, com resultados contraditórios quanto ao aumento do risco dessa neoplasia. Atualmente há alguma evidência de que ele aumenta também o risco desse tipo de câncer (INCA, 2016).

Nos dias atuais com o empoderamento feminino e a crescente inserção da mulher no mercado de trabalho, faz com que ela se torne cada vez mais susceptível a esses fatores de risco citados, principalmente, os que se associam a reprodução e ao estilo de vida (SOUZA, 2015).

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As pesquisas realizadas no Brasil por diferentes instituições de referência no assunto na última década indicam que o uso de tabaco ocupa o segundo lugar no ranking de drogas mais experimentadas no Brasil (INCA,2016).

Ainda que novos casos de fumantes sejam maiores entre os homens, a diferença em comparação com as mulheres não se torna tão distante, onde o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 10,8%, sendo 12,8 % entre homens e 9 % entre mulheres (VIGITEL, 2014).

Com base em evidências epidemiológicas e biológicas, o tabagismo pode influenciar na progressão do câncer de mama e que o fumo pode ser associado não só com o risco de morte pelo câncer de mama, bem como outras causas. Uma vez que fumar pode atrapalhar o metabolismo hormonal, o efeito do tabagismo pode diferir pelo índice de massa corporal (WESTRUP et al, 2006).

Embora o fumo tenha sido associado com fatores prognósticos adversos, tais como metástases linfáticas e o maior risco de desenvolver metástases para o pulmão. Na medida em que a gravidade da doença é afetada, o impacto do tabagismo sobre a mortalidade ainda não é bem compreendida. (IZANO et al, 2014)

Além do tabagismo, a ingestão de bebida alcoólica também representa um fator de risco convincente para o câncer de mama, tanto em mulheres pré-menopausa quanto na pós-menopausa (WCRF, 2007; AIRC, 2007).

Estudo sugere que exista um limiar de ingestão de bebida alcoólica, abaixo do qual a mesma atua como fator protetor e, acima, como fator de risco. Apesar de ainda ser controverso, existem muitas evidências de que o álcool pode aumentar o risco de câncer de mama por meio de diversos mecanismos, dependente ou não de hormônios (INUMARU, 2011).

O etanol pode agir como cocarcinogênico, aumentando a permeabilidade da membrana celular a carcinógenos, inibindo a detoxificação dos mesmos pelo fígado, prejudicando o metabolismo de nutrientes e induzindo ao estresse oxidativo. Além disso, pode atuar como mutagênico, por meio do acetaldeído, e pode aumentar os níveis séricos de estrógenos e a atividade de transcrição do receptor de estrógeno, elevando a resposta da célula à ação deste hormônio (INUMARU, 2011).

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Dito isto é importante que se tenha o conhecimento dos fatores de risco para a neoplasia mamária, porque dessa forma torna-se possível o desenvolvimento de intervenções para modificar os riscos tanto em casos isolados, como também em populações maiores, em estudos epidemiológicos. Além disso, a avaliação dos fatores de risco é importante para o entendimento de saúde como um todo e que um terço dos casos novos de câncer que ocorrem anualmente no mundo poderia ser prevenido (TAPETY, 2013).

Sendo assim práticas educativas em saúde voltadas para os fatores de risco e para a detecção precoce tornam-se bastante relevantes para o desenvolvimento da saúde do indivíduo e da sociedade como um todo. E os profissionais de enfermagem são fundamentais nessa busca pela saúde da população feminina. Para ampliação e disseminação de informações sobre o assunto, estimulando a participação mais ativa da comunidade, de modo a contribuir com a adesão de hábitos de vida saudáveis, com o objetivo de transformação do quadro atual (BUSHATSKY, 2015).

No que diz respeito aos serviços de saúde, os profissionais da área da saúde representam um importante fatore e influência sobre a qualidade dos serviços prestados, visto que estão diretamente ligados e envolvidos no atendimento ao usuário (PINHO, 2012). Assim sendo, a educação em saúde realizada por enfermeiros pode ser observada como parte integrante das ações da Atenção Básica, na qual, a promoção à saúde destaca-se diante das práticas desenvolvidas.

A enfermagem na atenção primária e secundária tem a responsabilidade de aplicar em sua área assistencial seus conhecimentos sobre fatores de risco para o câncer de mama, medidas de prevenção da doença, através da autopalpação das mamas e de mamografia. Orientações sobre os sinais e sintomas de alerta para o câncer, que descobertos com rapidez levam a um diagnóstico precoce e um prognóstico favorável à cura. (MINEO, 2013)

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Nesse contexto, esse estudo justifica-se ao procurar associar os hábitos de vida que abrangem o uso do tabagismo e do etilismo com o desenvolvimento da neoplasia mamária.

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2. OBJETIVO

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3. CONSIDERAÇÕES ACERCA DO TEMA

O atual estilo de vida da população influenciado pela globalização e um consumismo descontrolado, tem influenciado diretamente no desenvolvimento de várias doenças, dentre elas, pode-se destacar o câncer. Sendo o câncer uma doença crônica e tendo a prevenção como fator determinante para sua melhora, a educação não pode ser vista apenas como transmissão de informação, mas também é necessário avaliar todo o contexto social, valores, crenças e conhecimento do indivíduo (SOUSA, 2015).

Com o aumento progressivo da expectativa de vida na população mundial, é previsto um aumento na incidência das doenças crônicas, entre elas, os tumores malignos que tem ocupado um lugar de destaque na epidemiologia mundial, devido a sua alta incidência, morbidade, mortalidade e pelo custo elevado de tratamento. Nas estatísticas mundiais é maior índice de diagnósticos precoces e de redução da mortalidade. Algo que não vem acontecendo no Brasil, em que tem sido apresentado um aumento de 40% a 60% dos casos novos de estadiamentos III e IV ao serem realizados os diagnósticos iniciais. Essa situação é ainda mais presentes com pessoas de classes sociais menos favorecidas (SILVA, 2013).

Nas regiões em estado de vulnerabilidade social como o Nordeste brasileiro apresentam altas taxas de mortalidade no que diz respeito à neoplasia mamária, tal fato encontra-se associado ao pouco conhecimento das mulheres sobre medidas de prevenção e a dificuldade de acesso aos serviços de rastreamento. (BUSHATSKY, 2015).

De acordo com o Caderno de Atenção Básica sobre o controle do câncer de mama e colo uterino, a neoplasia mamária é resultante de uma desordenada proliferação de células anormais, devido á alterações adquiridas por exposição a fatores externos ou hereditárias. Essas alterações podem provocar mudanças no crescimento e morte celular, ocasionando o aparecimento do tumor. O câncer de mama pertence á um grupo heterogêneo de doenças, com e essa heterogeneidade do câncer, se manifesta por apresentações clínicas e morfológicas distintas, diversos perfis genéticos e variedade nas respostas terapêuticas (BRASIL, 2013).

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carcinogênese, as células sofrem efeitos dos chamados carninógenos que irão causar modificações em partes dos seus genes. Nessa fase, as células já se tornam geneticamente alteradas, mas ainda não é possível detectar o tumor. No segundo estágio (promoção), após sofrer a ação dos agentes oncopromotores, as células já iniciadas vão se transformando em células malignas lenta e gradualmente. Para que seja possível essa transformação, é necessário um contato maior e prolongado com o agente cancerígeno. Fatores externos podem interferir nesse processo, como exposição excessiva e demorada a hormônios. Assim como alguns alimentos que se consumidos em abundância e por um longo período, podem ajudar a acelerar esse estágio. E o terceiro e definitivo estágio (progressão) acontece pela multiplicação incontrolada e irreversível das células alteradas. Nesta etapa a neoplasia já se encontra instalada, evoluindo para o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença (INCA, 2016).

Os fatores que ajudam na progressão da carcinogênese são chamados de agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é considerado um agente carcinógeno completo, devido aos componentes que estão presentes ativamente nos três estágios da carcinogênese (INCA, 2016).

É importante ressaltar que as neoplasias mamárias são representadas por grupos heterogêneos de tumores, que apresentam níveis de complexidade para as características genéticas resultantes do aumento em demasia de alterações moleculares. Aproximadamente 80% dos cânceres de mama se originam no epitélio ductal e com relação aos que possuem origem no epitélio lobular, são indicados apenas de 10 a 15%. Outros tipos de tumores histológicos, como o inflamatório ou o de Paget, são bem menos frequentes (GARCIA, 2015).

Dessa forma, o Ministério da Saúde, procurou destacar e caracterizar os principais lesões precursoras do carcinoma mamário, como se vê adiante. Casos de hiperplasia ductal atípica, carcinoma ductal in situ e carcinoma lobular possuem alterações genéticas em comum. Porém, nem todo tipo de lesão proliferativa é considerada precursora do câncer, como por exemplo, as hiperplasias usuais. No entanto, pode-se dizer que as lesões não proliferativas como as que possuem alterações colunares, são, de fato, precursoras da neoplasia (BRASIL, 2013).

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achados incidentais de biópsias da mama, tendendo à multicentricidade e à bilateralidade (BRASIL, 2013)

O carcinoma ductal in situ se trata de uma proliferação epitelial neoplásica intraductal. Atingindo até a membrana basal. São classificados de acordo com o grau (considerando auto e baixo grau), levando em consideração a distribuição da cromatina, características dos nucléolos e o volume dos nucléolos. Esta classificação tem o objetivo de demostrar o grau de agressividade da lesão (BRASIL, 2013).

Já o carcinoma invasivo da mama é constituído por um grupo de tumores epiteliais malignos que ultrapassam a membrana basal ductotubular terminal, invadindo o estroma e causando riscos de se gerar metástases. O carcinoma ductal infiltrante costuma ser o tipo mais prevalente, determinando diversos subtipos histopatológicos, sendo que alguns podem fornecer um melhor prognóstico como os medulares, os mucinosos e os tubulares (BRASIL, 2013).

E é imprescindível que se classifique e se confirme os carcinomas através da histologia. Indica-se que, quando existir múltiplos tumores, o maior deles será utilizado para a definição dos parâmetros e quando tiver tumores sincrônicos bilaterais a classificação de cada um deles será isolada. As letras TNM significam tamanho do tumor, comprometimento nodal e metástase, respectivamente. (INCA, 2004)

O câncer de mama é uma doença progressiva, representando, em sua trajetória, diferentes situações de ameaça aos seus portadores, como aquelas relacionadas à integridade psicossocial, à incerteza do sucesso no tratamento, à possibilidade de recorrência, à morte, entre outros (LU, 2011).

Apesar de sua etiologia desconhecida, pesquisas nesse campo têm tentado identificar grupos ou subgrupos de mulheres com maior probabilidade de apresentar a doença. Assim, o aumento do risco para determinado fator é indicado pela frequência em que a doença aparece entre mulheres que apresentam o fator em questão, dividida pela frequência da doença naquelas sem o fator, que é o risco relativo (SHAPIRO et al, 2009).

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Um dos pontos importantes para o rastreio do câncer de mama é o exame de mamografia e é de conhecimento geral os seus benefícios e a sua necessidade para um diagnóstico precoce. Tendo como objetivo identificar possíveis alterações malignas nas mamas, antes do surgimento de manifestações clínicas. No Brasil ainda há uma grande dificuldade para formalização nas referências de rastreamento e isso se deve a não realização do exame de mamografia, sendo atribuídas dificuldades relacionadas ao sistema de saúde, à educação e ao interesse da mulher (LOURENÇO; MAUAD; VIEIRA, 2013).

Além da mamografia, há também o Exame Clínico das Mamas (ECM) e o Autopalpação das Mamas (APM). Porém, a Organização Mundial da Saúde recomenda que, nos países onde não há possibilidade do rastreamento mamográfico, deva-se estimular o diagnóstico precoce do câncer de mama através da realização do ECM, visando uma colaboração mais especializada; além da orientação contínua sobre a realização dos exames e da importância da prevenção primária. (OMS, 2002; THULER, 2003).

A diminuição de sequelas, melhores respostas ao tratamento, assim como o aumento do índice da taxa de cura tem sido verificada em programas de rastreamento do sistema, dessa forma, assegurando o desenvolvimento de políticas públicas para a saúde. Mesmo com essa análise, estudos realizados na população brasileira, demonstram que o diagnóstico em boa parte dos casos é feito num estágio mais avançado da doença e com uma baixa sobrevida (MARQUES; FIGUEIREDO; GUTIÉRREZ, 2015).

Faz parte das ações de enfermagem, através do atendimento fornecido à mulher, estimular o seu empoderamento com relação à saúde e ao corpo. A partir dessa prerrogativa, cabe ao profissional de enfermagem os meios mais assertivos que auxiliam na redução do combate a morbimortalidade no cenário nacional. Assim sendo, é de notável relevância o conhecimento efetivo do sujeito do cuidado, para que a assistência oferecida seja eficiente e, por consequência, gerar satisfação (ZAPPONI; TOCANTINS; VARGENS, 2015).

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estarem em um contato direto com as pacientes, mas também por entenderem como as mulheres se sentem com relação ao câncer e seus desdobramentos, e em ajudá-las a buscar apoio e estratégias (SILVA et al, 2013).

Ainda que tenha tido avanços terapêuticos para uma maior taxa de sobrevida e por consequência uma melhor qualidade de vida, a descoberta do diagnóstico positivo para a neoplasia ainda é aterrorizador por boa parte das mulheres. Por ser uma doença incapacitante, dolorosa, mutiladora e em casos extremos levar a morte. Dessa forma, a enfermagem vem contribuindo para a reabilitação, a melhora da qualidade de vida, a autoestima e da reconstrução da imagem feminina. Tendo sempre uma visão holística e humanizada da paciente (SOARES; ALBUQUERQUE, 2014).

No Brasil assim como no resto do mundo, o desenvolvimento das grandes cidades e da crescente mobilização urbana, tornam inevitáveis as consequências devido ao novo comportamento que surge. O que modifica por completo o perfil epidemiológico de doenças que se costumava ter em abundância. Como por exemplo, o número cada vez maior de doenças não transmissíveis, as doenças crônicas, como o câncer de mama. E atingindo cada vez mais pessoas e sem nenhuma distinção social (SÁ-SILVA, 2013).

Atualmente vem sendo bastante discutido a ideia de que o estilo de vida das pessoas influencia diretamente no desenvolvimento de diversas enfermidades. E mudanças comportamentais desses fatores de risco estão entre os grandes desafios enfrentados não só pelos profissionais de saúde, mas também pelos órgãos internacionais de saúde e pela sociedade como um todo. E é neste momento crítico, que se faz necessário à colaboração de todos para que estratégias sejam pensadas e implementadas, visando o fim dessa realidade (BARROS,2013).

É por isso que devem ser oferecidas as condições ideais de saúde para a sociedade, no intuito de promover o bem-estar de todos. E o câncer de mama por ser a neoplasia que mais causa mortalidade entre as mulheres é de grande valor que esse suporte seja comtemplado por todas aquelas que o necessitem. A partir disso, deve-se começar a discutir o que pode levar ao surgimento desse câncer, como também o estilo de vida adotado pela população, nos dias de hoje, como um importante fator de risco para vária enfermidades (SANTOS, 2013; SILVA, 2011).

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recomendações para as pessoas que sobrevivem ao câncer é justamente focar naquilo que lhe darão uma melhor sobrevida. Seja na prática de exercícios, controle alimentar, evitar o uso de álcool e cigarro, entre outros. Essas recomendações ajudam na prevenção e na diminuição do risco de algo mais extremo, como o risco de morte (SILVA et al, 2016).

O risco de uma mulher desenvolver câncer de mama é moldado por diferentes fatores ao longo de sua vida. Alguns desses fatores, como a história familiar, não podem ser modificados, mas muitos outros são passíveis de mudança. Grande parte das pesquisas sobre fatores de risco modificáveis para o câncer de mama envolvem exposições que tiveram início num período precoce da vida e acaba-se por perder a oportunidade de diminuir o impacto da neoplasia, se houvesse um maior investimento na prevenção desses fatores de risco, o que contribuiria para a desaceleração desse processo (COLDITZ, 2014).

Assim como também afirma a Sociedade Brasileira de Mastologia, muitos dos fatores de risco para o câncer de mama são evitáveis e destacando-se o tabagismo e etilismo. O tabagismo é fator desencadeador de vários tipos de diversas complicações, a neoplasia mamária é uma delas e o consumo de álcool estar relacionado às alterações do metabolismo de estrogênio no fígado (SBM, 2016).

O tabagismo e o consumo de álcool têm sido implicados em estudos anteriores como fatores de risco para o câncer de mama.Visto que, surgiram evidências em um estudo realizado no ano de 2009, por um um grupo de especialistas canadenses onde concluíram que a relação entre tabagismo ativo e câncer de mama foi consistente com a causalidade. Essa observação também se reflete no consumo contínuo de álcool (LAND, 2014).

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A exposição ao tabaco em fumantes passivos e ativos possui atuações diferentes. Dessa forma, o fumo abrange concentrações mais elevadas do fluxo de substâncias tóxicas e cancerígenas. Em que a diluição provocada acentuadamente pelo ar, reduz as concentrações ambientais inaladas por fumantes passivos em comparação com as substâncias inaladas pelo fumante ativo (BELLO, 2005).

Ainda segundo a autora acima, várias pesquisas científicas realizadas nos anos 80 e início dos anos 90, teriam mostrado uma tendência crescente do risco de câncer de mama em mulheres com que detinham o hábito de fumar. Tempos depois (outras publicações demonstraram riscos de médias estimadas em 1,40 (IC95% 1,17-1,68), confirmando assim uma relação positiva entre tabagismo passivo e o câncer de mama, principalmente em mulheres na pré-menopausa e expostos no início da vida ao cigarro (JOHNSON; KROPP, 2000).

Com as mudanças no papel social da mulher em todos os setores da sociedade, o empoderamento feminino torna-se alvo para a indústria do tabaco, que passou a divulgar a imagem do cigarro como símbolo de independência. O que levou a um aumento da prevalência do tabagismo entre as mulheres, principalmente nas faixas etárias mais jovens. A partir da década de 70, o tabagismo na mulher adquiriu um valor epidemiológico, ajudando a melhorar o conhecimento dos malefícios de que está sendo vítima, à medida que se inicia cada vez mais precoce no consumo de cigarros (SÉ, AMORIM, 2009).

Nos dias de hoje, os cigarros são consumidos em escala global e é tido como a droga mais utilizada e disseminada do mundo contemporâneo. Apesar de ter um maior número de fumantes entre os homens, o uso do tabaco já se encontra em declínio nessa população em diversos países, enquanto a taxa de mulheres fumantes encontra-se num crescimento constante. De 1950 a 2000, cerca de 10 milhões de mulheres morreram devido ao consumo de tabaco, e estima-se que de 2002 a 2030 esse número passará os 40 milhões (PEREIRA; VARGAS, 2014).

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fumantes, enquanto que na comparação com ex-fumantes a diferença é de 1,32 ano (PINTO, 2015).

Dito isto é cada vez maior a preocupação do governo, das autoridades de saúde e da sociedade como um todo, pelo fato de que o hábito de fumar causa dependência e graves danos à saúde, além de consequências sociais, econômicas e sanitárias. Prejudicando, também, a saúde da coletividade e do meio ambiente. Todos esses problemas se tornam ainda maiores, porque o cigarro é uma droga lícita e de fácil acesso (FAGUNDES et al, 2014).

Ainda assim, a população de um modo geral parece conhecer que o hábito do consumo ao tabaco trás sérios danos à saúde. Como sugerido pelo Instituto Nacional de Câncer e a Organização Pan-Americana da Saúde, em que 96% dos entrevistados acreditavam que fumar causa sérios danos à saúde. Ainda, do total de pessoas com idade ≥ 15 anos que fumavam 45,6% haviam tentado parar de fumar nos últimos 12 meses, sendo que as mulheres tentaram parar de fumar mais frequentemente do que os homens (49,5% versus 43,0%), demonstrando uma preocupação da população feminina com o hábito de fumar e a saúde (SALES; ROCHA; PEDRAZA, 2014).

No que se referem à associação do câncer de mama e do tabagismo, as informações variam muito entre diversas publicações e, mesmo que tenham essas variações, as publicações mais atuais de importantes agências de saúde sugerem uma potencial associação entre tabagismo ativo e câncer de mama, especialmente para tabagismo intenso de longo prazo e de início em idade precoce, estipulada em 31 anos. O que sugere ainda mais a importância do alerta e da prevenção em relação aos riscos do uso excessivo de cigarro pela população feminina (BREYER, 2016).

Baseado na última revisão apresentada pela Agência Internacional de Pesquisas em Câncer (International Agency for Research on Cancer – IARC), sobem para 20 os tumores malignos associados com o tabagismo, incluindo o câncer de ovário e o de cólon. No entanto, segundo a última revisão da IARC foram consideradas limitadas as evidências da relação do tabagismo com o câncer de mama. (WUNSCH, 2010)

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consumo pesado ou nocivo de álcool tem levado a uma redução nos níveis globais de consumo na população (MALTA et al, 2011).

Segundo o Ministério da Saúde, o consumo de bebidas alcoólicas seja socialmente ou não é vivenciado no cotidiano por pessoas no Brasil e em todo o mundo. Apesar de ser estimulado o seu consumo em demasia pelas mídias sociais, o consumo excessivo gera um grande problema de saúde pública, causando transtornos na saúde física e mental, podendo atingir não somente quem bebe, mas quem está ao seu redor (BRASIL, 2015).

As organizações internacionais de saúde – Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde afirmam que o consumo excessivo de álcool pode estar associado à causa de mais de 200 doenças e transtornos de saúde como, por exemplo: doenças cardiovasculares, hepáticas, neuropsiquiátricas e também para o desenvolvimento de neoplasias. (OMS; OPAS, 2015).

Além de proporcionar graves consequências para a saúde, o consumo abusivo pode gerar perdas de cunho econômico e social para o indivíduo e para a sociedade como um todo. No ano de 2014 o VIGITEL (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico) divulgou que 16,5% dos adultos (≥ 18 anos) nas capitais brasileiras e no Distrito Federal consumiam bebidas alcoólicas de forma abusiva no mês antes da entrevista. Essa proporção foi maior na população de 25 a 34 anos (23,2%), em homens (24,8%) quando comparado às mulheres (9,4%) e entre a população com maior escolaridade (19,5% em quem tem 12 anos ou mais anos de estudo).

Em décadas recentes, o consumo de álcool vem crescendo no mundo inteiro, sendo que boa parte deste aumento tem sido observado em países em desenvolvimento. A literatura indica, de forma segura, que existem diferenças no consumo de álcool por sexo, sendo o uso excessivo mais frequente entre os homens. Algumas literaturas mostram que o consumo moderado de álcool pode diminuir o risco de morte por doenças, como, as coronarianas (INCA, 2004).

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O Instituto Nacional de Câncer (2015) informou, que o alcoolismo está imputado na gênese dos cânceres da cavidade bucal, do esôfago, fígado, reto e, possivelmente, da mama, respondendo por 2 a 4,0% das mortes por câncer, independente do tipo de bebida consumida. Baseando-se nessa evidência é recomendado que os homens consumissem menos de dois drinques por dia e as mulheres menos de um.

Embora seja considerado um risco moderado, levando-se em consideração sua grande incidência, o câncer de mama é tido como o câncer mais atribuível ao álcool entre as mulheres. Isso se deve a associação entre consumo de bebidas alcoólicas e câncer de mama, que pode ser observada tanto entre mulheres na pré-menopausa como na pós-menopausa(BOFFETTA et al 2006).

Vários mecanismos biológicos têm sido discutidos e propostos para explicar essa associação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o câncer de mama. O aumento dos níveis de estrogênio induzido pelo álcool é uma hipótese sugerida. No entanto, o mecanismo de ação para se desenvolver o câncer de mama, atualmente é desconhecido (WUNSCH, 2013).

Alguns estudos realizados comprovam a ideia de que existe uma associação com o etilismo para a neoplasia mamária. Como um estudo feito a partir de uma metanálise envolvendo 38 estudos referiu um RR de 1.1 (IC 95%: 1.1- 1.2) para uma única dose de álcool. Outro estudo também realizado por metanálise envolvendo 58.315 diagnosticados com câncer de mama, observou-se um aumento de 7,1% (IC 95%: 5.5-8.7) para cada aumento da ingesta diária de ácool (GIACOMAZZI, 2008).

A World Health Survey indica que a grande maioria das mulheres brasileiras bebe socialmente, mas o consumo excessivo de álcool não se apresenta como uma questão importante. Com um índice correspondente a 1,5%. Algo diferente se compararmos com outras realidades como, por exemplo, a França em que essa porcentagem é bem maior, ultrapassando 10% de dose diária (WHS, 2011).

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havia uma indicação estatística suficiente para responder a essa questão (KEY; REEVES, 2016).

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4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. Tipo de estudo

Estudo do tipo descritivo e documental. O método quantitativo caracteriza-se pelo emprego da quantificação, tanto no que diz respeito à coleta de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas. Possuindo como diferencial a intenção de garantir a precisão dos trabalhos realizados, conduzindo a um resultando com poucas chances de distorções (DALFOVO, 2008).

4.2. Local de Estudo

A pesquisa foi realizada no Complexo Hospitalar da Maternidade Escola Assis Chateaubriand-MEAC, que possui 24 ambulatórios em que são fornecidos atendimentos à população nas especialidades médicas de Obstetrícia, Ginecologia, Mastologia, Acupuntura, Anestesiologia, Oncologia e Clínica Médica.

4.3. População e amostra

O estudo é um recorte de uma amostra de um estudo caso controle com 600 prontuários estipulado em aproximadamente: 200 casos novos para câncer de mama e 400 controles de pacientes que não desenvolveram o câncer. Que foram atendidas na MEAC no período de 2013 a 2015, sendo que desses prontuários, foi atingido o número 219 que se referiam ao câncer de mama primário e 82 correspondeu à amostra desse estudo, baseados nos critérios de inclusão.

Os critérios de inclusão foram: mulheres diagnosticadas pela primeira vez com câncer de mama, maiores de 18 anos no período de 2013 a 2015 e que faziam uso de bebida alcóolica e cigarro.

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4.4. Coleta de Dados

A coleta de dados foi realizada no período de agosto a dezembro do ano de 2015, no setor de arquivamento de prontuários (SAME) da MEAC, dos prontuários provenientes do ambulatório de mastologia clinica.

O instrumento (Apêndice A) de coleta dos dados foi um instrumento padronizado construído pela própria autora, contendo informações, como idade, antecedentes familiares de câncer de mama e hábitos de vida (tabagismo e etilismo), estadiamento da doença e os tipos de câncer de mama.

4.5. Análise de Dados

A análise e interpretação de dados foram realizadas pelo programa estatístico SPSS versão 22.0 para que os dados fossem analisados pela distribuição de frequência das variáveis, e calcular a proporção da exposição entre os casos. Os dados apresentados em tabelas e gráficos.

4.6. Aspectos Éticos e Legais

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5. RESULTADO E DISCUSSÃO

A amostra resultou de um número de 82 pacientes que estavam diagnosticadas com câncer de mama e que tinham o hábito do uso do fumo e consumo de bebida alcoólica, como apresentado na Gráfico1.

Gráfico 1. Distribuição da idade , amostra de 82 prontuários de mulheres com câncer de mama.

Fortaleza-CE, 2016.

A idade média da amostra (n=82) foi de 56,92 anos. Quando se observa o valor da frequência dos intervalos referente a idade, nota-se que o maior valor se refere ao intervalo de 51 a 70 anos de idade , enquanto que o de 71 a 90 anos apresentou poucas mulheres. Sendo assim, reafirmando que o câncer de mama tende a atingir com mais frequência o grupo de mulheres pertencentes à meia idade. O que corresponde em valor absoluto o número de 42 (51,2%) mulheres, ou seja, representa pouco mais da metade da amostra do estudo.

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A neoplasia é em termos gerais associada ao fator da idade e isso pode ser explicado pelas próprias teorias do envelhecimento uma vez que o câncer é uma enfermidade que tem no início do seu processo um dano a um gene ou mais genes de um grupo de células e que se perpetuam quando os mecanismos de defesa do sistema imunológico para a reparação ou destruição celular falham (INCA, 2013).

A ideia de que a partir dos 50 anos os riscos para a neoplasia mamária aumentam consideravelmente é confirmado também em outros estudos, como o realizado por (SPRAGUE et al 2015) em um estudo de caso-controle realizado nos Estados Unidos com 16.494 para os casos de câncer de mama e 17.378 para os controles.. Em que a média de idade variava de 58.4 anos para as mulheres que desenvolveram câncer de mama. Outro estudo realizado em Sergipe com 1264 mulheres com câncer de mama mostra também que o intervalo de idade mais frequente foi de 55 a 64 anos, assim também como o índice de mortalidade. Provavelmente refletindo a tendência de aumento da incidência nos períodos pré e pós menopausa. (LIMA et al, 2012).

No Gráfico 2 é apresentado os antecedentes familiares pela sua frequência pertencentes a amostra. Observa-se que a resposta ´´não`` foi muito superior ao “sim”, correspondendo a aproximadamente 66 mulheres.

GRÁFICO 2. Caracterização dos antecedentes familiares para câncer de mama, amostra 82 prontuários de mulheres com câncer de mama. Fortaleza- CE, 2016.

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32

Ao se avaliar a hereditariedade para o câncer de mama, como relatado por Souza (2012) em seu estudo, concluiu-se entre os aspectos genéticos, que de 10 a 15% dos cânceres de mama possuem história familiar positiva para a doença. O que converge com os resultados obtidos nesse estudo. Pois, foi apresentado um valor absoluto de 16 com uma porcentagem de 19,5 %. Ou seja, que a carga genética isolada não é um fator tão influente para o desenvolvimento do câncer.

A história familiar para câncer de mama é um fator de risco bastante reconhecido, porém apenas 10 % das mulheres diagnosticadas com câncer de mama têm uma história familiar positiva. Mutações dos genes BRCA-1 e BRCA-2 são responsáveis por grande número de casos de câncer baseados nos antecedentes familiares. O risco da neoplasia é duas vezes maior quando há história familiar para o câncer de mama cujo parentesco for de mãe antes dos 40 anos ou irmã, e continua elevado mesmo em mulheres cujo câncer em mãe foi diagnosticado após os 70 anos de idade (PAIVA et al, 2002).

Uma pesquisa realizada em Cuba com 80 mulheres que tinham a neoplasia mamária, aproximadamente 70% dessas mulheres não apresentaram antecedentes familiares, 15 a 20% apresentaram 1 ou 2 parentes que desenvolveram o câncer de mama e apenas de 5 a 10% demonstraram um alto risco para o câncer baseado nos antecedentes familiares (COPO; MONTOYA; GONZÁLES, 2011). O que reforça os achados do estudo em discussão, assim como uma pesquisa realizada na Bahia por (), que dentre uma amostra de 32 mulheres com câncer de mama e avaliando os riscos de caráter hereditário, cerda de 5 a 10% correspondeu a esse fator de risco. (REIS et al, 2016)

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TABELA 1 . Distribuição dos tipos de Carcinomas, amostra 82 prontuários de mulheres com câncer de mama. Fortaleza- CE, 2016.

Tipos de Carcinoma n

Carcinoma Ductal Invasivo 25

Carcinoma Ductal Invasivo Grau 2 20

Carcinoma Ductal Invasivo Grau 3 10

Carcinoma Ductal Infiltrante 8

Carcinoma Ductal Invasivo Grau 1 5

Carcinoma Ductal In Situ 4

Carcinoma Ductal Lobular 2

Carcinoma Papilífero 1

Metástase de Carcinoma Inverso de mama 1

O carcinoma ductal invasivo (CDI) é tido como o tipo histológico mais comum tanto em mulheres com idade inferior a 40 anos como em mulheres com idade superior a 40 anos. (GARICOCHEA et al, 2009). E também é considerado como o maior grupo dos carcinomas invasivos de mama (75-80%) representando a um grupo heterogêneo de tumores sem características histológicas definidas. (OLIVEIRA & SILVA, 2010)

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TABELA 2. Distribuição do estadiamento (TNM) do câncer de mama, amostra de 82 prontuários de mulheres com câncer de mama. Fortaleza-CE, 2016.

Esta classificação é direcionada apenas aos carcinomas, sendo indispensável à confirmação histológica. É recomendando que, quando houver múltiplos tumores, o maior deles será considerado para definição dos parâmetros e quando houver tumores sincrônicos bilaterais a classificação de cada um deles será isolada (INCA, 2004). Verifica-se que o gráfico fornece não só os estádios mais incidentes, mas também a porcentagem para cada estadiamento atribuído na pesquisa. Percebe-se que o de maior porcentagem se refere ao T2N0Mx, com uma porcentagem de aproximadamente 23%. Enquanto o de menor número refere-se TxN0Mx, com uma porcentagem inferior a 5%. Segundo o INCA, o estadiamento de T2N0Mx indica que T2 é um tumor de mais de 2 e até 5 cm em sua maior dimensão, N0 ausência de metástase e Mx é metástase à distância que não pode ser avaliada. O T2N0Mx sinaliza um Estádio II A correspondendo a um câncer de fase intermediária, enquanto que o TxN0Mx indica que o tumor não pode ser avaliado.

Estadiamento n

T2N0Mx 17

T3N0Mx 10

T3N1Mx 7

T1N0Mx 6

T1N0M0 4

T2N2Mx 3

T3N2Mx 3

T1N1Mx 2

T3N2M1 2

T4bN2Mx 2

T4dN2Mx 2

T4N0Mx 2

T4N1Mx 2

T0N1M0 1

T2N1Mx 1

T3N0M0 1

T3N1M0 1

T4bN0Mx 1

T4bN1Mx 1

T4bN2M0 1

T4dN3M1 1

T5N0M0 1

T5N0Mx 1

TxN0M1 1

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Com relação aos hábitos de vida, verifica-se na Tabela 3, que o tabagismo possui o maior valor se comparado ao etilismo. Com um valor de 57 (69,5%). Mostrando que mais da metade das pacientes estudadas consumiam cigarro, enquanto apenas 12 (14,6%) mulheres consumiam álcool. E para aquelas que possuíam ambos os hábitos de vida, foram observados o número de 13 (15,9%) mulheres.

TABELA 3. Caracterização da amostra quanto a hábitos de vida (tabagismo e etilismo), amostra de 82 prontuários de mulheres com câncer de mama. Fortaleza-CE, 2016.

Variáveis (n=82) n % Hábitos de Vida

Tabagista 57 69,5 Etilista 12 14,6 Tabagista e Etilista 13 15,9

Ao analisar apenas o valor absoluto de mulheres tabagistas, pode-se inferir positivamente que o uso do fumo em longo prazo pode ser um fator de risco para o surgimento da neoplasia mamária. Em que se reafirmam os questionamentos da pesquisa. O estudo realizado numa amostra de 273 prontuários de mulheres com câncer de mama apresentou uma porcentagem de 18,32% para o uso do tabaco, um valor de bastante relevância que ressalta ainda mais os resultados alcançados nesse item (PIVETTA, 2014).

Em se tratando do etilismo, percebe-se que embora possua uma frequência inferior ao tabagismo o dado fornecido relevante, visto que o risco de câncer de mama aumenta mesmo com baixos níveis de ingestão alcoólica. Sendo diretamente proporcional, cerca de 10% para cada 10 g por dia. O consumo de álcool associado com o consumo do cigarro, potencializa ainda mais os riscos para o desenvolvimento do câncer (IARC, 2010). A presença dos dois hábitos de vida apresentam um valor levemente maior que o etilismo, que seria de 15,9%. Correspondendo a uma diferença de 1,30% para ambos os hábitos, se comparados ao etilismo.

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TABELA 4. Associação da idade com hábitos de vida (tabagismo e etilismo), amostra de 82 prontuários

de mulheres com câncer de mama. Fortaleza-CE, 2016.

Nota:*As análises consideraram nível de significância de p-valor <0,05.

** a = não foi possível calcular o valor de “p”, pois (tabagismo e etilismo) é uma

constante.

Quando se observa a associação da idade com o tabagismo, nota-se que o intervalo de 51 a 70 foi o que apresentou a maior frequência (n=29), representando pouco mais da metade das mulheres que fumavam (50,90%). Ressaltando-se que a média para as idades das mulheres tabagistas variando dos 30 aos 90 anos foi de 59, 7 anos, com um desvio padrão de em que a diferença das idades das mulheres com hábito tabagista em relação à média foi de 14,18. Convergindo assim com a discussão apresentada em cima da análise da tabela1. Enquanto o menor índice foi de 71 a 90 anos com um valor absoluto de 13 mulheres (22,80%).

O segundo índice que aborda a variável Idade x Tabagismo do intervalo de 30 a 50 anos, apresenta uma frequência de 15 mulheres (26,31%). O surgimento de câncer de mama em mulheres jovens é um evento infrequente. Cerca de 6,5% dos casos desta neoplasia ocorrem em mulheres com menos de 40 anos e 0,6%, em mulheres com menos de 30 anos. A idade é usualmente mencionada como um fator independente de mau prognóstico, mesmo que esta conclusão não seja uniformemente aceita. Em algumas séries de casos, vários fatores clínicos e epidemiológicos de mau prognóstico são associados às faixas etárias mais baixas (CLAGNAN et al, 2008)

No Brasil, 90% dos fumantes iniciaram o consumo de cigarro antes dos 19 anos, ainda que 50% dos que experimentaram um cigarro tornaram-se fumantes na vida adulta. São estimadas em 500 mil as mortes anuais do sexo feminino em decorrência do Variáveis n % Média p* Σ Idade x Tabagismo 59,7 anos 0,035 14,18 30 – 50 15 26,31

51 – 70 29 50,90 71 – 90 13 22,80

Idade x Etilismo 48,5 anos 0,035 10,10 30 – 50 7 58,30

51 – 70 5 41,70 71 – 90 0 00,00

Idade x Tabagismo e Etilismo 52,6 anos a** 9,97 30 – 50 5 38,40

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tabagismo, sendo que esta tendência está em ascensão em todos os países, principalmente entre mulheres jovens. (BORGES; BARBOSA, 2009). Pode-se assim inferir que o início precoce do uso do cigarro poderia vir a causar diversas enfermidades durante o processo de envelhecimento, dentre elas o câncer de mama. (PANIS et al, 2016).

Na variável em que se aborda a Idade x Etilismo, observa-se que a maior frequência se referiu ao intervalo de idade de 30 a 50 anos com um valor absoluto de 7 mulheres num total de 12 mulheres que consumiam álcool (Tabela 1). Com uma porcentagem de 58,30%. O segundo maior valor se referiu ao intervalo de 51 a 70 anos com um valor absoluto de 5 mulheres (41,70%). E a frequência do intervalo de 71 a 90 anos foi zero, pois nenhuma das mulheres dessa faixa etária consumia bebidas alcoólicas.

A média de idade para esse item foi de 48,5 anos, confirmando assim o valor absoluto encontrado para essa faixa etária. O desvio padrão encontrado foi de 10,10. Poucos estudos avaliaram o impacto da ingestão de álcool em idades de mulheres com câncer de mama. Dois estudos norte-americanos realizados previamente, não encontraram uma relação entre o consumo de álcool antes dos 23 anos e risco de câncer de mama. Uma análise mais aprofundada, entretanto, direciona no consumo de álcool durante o intervalo entre dois eventos reprodutivos: menarca e primeira gravidez a termo. A associação entre o consumo de álcool durante esse intervalo e o risco de câncer de mama variou pela duração do intervalo. (COLDITZ et al,2014)

No que se refere à associação da Idade x Tabagismo e Etilismo, verifica-se que de 51 a 70 anos foi o que apresentou mais mulheres, correspondendo a uma porcentagem de 61,5% (n=8), ou seja, mais da metade das mulheres que tinham os dois hábitos de vida. Em seguida a faixa etária de 30 a 50 anos apresentou uma porcentagem de 38,40% (n=5). Enquanto a faixa de 71 a 90 anos foi zero, não havia nenhuma mulher que tivessem ambos os hábitos de vida nessa faixa etária.

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foram superiores as que consumiam apenas álcool. O que, no entanto, não deixa de ser um dado relevante.

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6. CONCLUSÃO

Para a amostra estudada, notou-se que de fato o câncer de mama atinge com mais severidade as mulheres que já passaram dos 50 anos, pois além da idade avançada, a exposição precoce a vários fatores de risco ao longo da vida e associados ao início do período de menopausa, os riscos para uma maior incidência aumentam de forma considerável.

Com relação aos antecedentes familiares para o câncer de mama, a pesquisa revelou que das 82 mulheres, apenas 16 possuíam antecedentes familiares. Uma quantidade pequena se comparada aos hábitos de vida como fator de risco. Os antecedentes familiares necessitam de uma carga genética muito forte para desenvolver a neoplasia de forma isolada. É necessária a associação com outros fatores para causar de forma mais contundente o câncer de mama.

Percebeu-se também que a faixa etária que detinha os hábitos de vida mais frequentes foram as de 51 a 70 anos, principalmente, referente ao tabagismo. Conclui-se assim, que cada vez mais a população idosa vem fazendo uso do cigarro, em que muito provavelmente teve um início ainda precoce e por consequência tornando essa população mais sujeita não só ao desenvolvimento do câncer de mama, como também ao aparecimento de outras enfermidades, prejudicando o processo de envelhecimento.

No que diz respeito ao etilismo, a faixa etária mais incidente foi a de 30 a 50 anos. Inferiu-se assim, que o hábito de beber vem se iniciando cada vez mais cedo, com o risco de gerar várias consequências para o futuro. Pois, como discutido anteriormente nesse estudo mesmo com a pouca ingestão de álcool e se utilizado em longo prazo, o risco de surgir à neoplasia é muito maior.

O tabagismo apresentou-se com um número considerável de pacientes que fizeram uso do cigarro. Um número muito elevado também se comparado ao consumo de álcool. E baseados nos resultados desta pesquisa, pode-se confirmar a prerrogativa de que o estilo de vida pode sim, ser um fator desencadeador para o câncer de mama. E de como é fundamental um maior investimento no desenvolvimento de políticas públicas no combate a esses hábitos de vida, para que assim seja possível proporcionar uma melhor qualidade a vida e a saúde da mulher.

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APÊNDICE A - FORMULÁRIO PARA PESQUISA ESTUDO CASO E CONTROLE

Nº DO PRONTUÁRIO:

NOME:________________________________________________________________ IDADE: DATA DE NASCIMENTO:

QUEIXA PRINCIPAL:____________________________________________________ ANTECEDENTES FAMILIARES COM CÂNCER DE MAMA SIM( ) NÃO( ) QUAL_____________

HÁBITOS:

TABAGISMO: SIM ( ) NÃO ( ) ETILISMO: SIM( ) NÃO ( ) TIPOS DE CÂNCER DE MAMA

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Imagem

Gráfico 1. Distribuição da idade ,  amostra de 82 prontuários de mulheres com câncer de mama
GRÁFICO 2. Caracterização dos antecedentes familiares para câncer de mama, amostra 82 prontuários  de mulheres com câncer de mama
TABELA 3. Caracterização da amostra quanto a hábitos de vida (tabagismo e etilismo), amostra de 82  prontuários de mulheres com câncer de mama

Referências

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