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Tempo em curso. Publicação eletrônica mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho metropolitano brasileiro

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tempo em curso

Ano VI; Vol. 6; nº 4, Abril, 2014

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Tempo em curso

Publicação eletrônica mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho metropolitano brasileiro

(O Projeto de Lei 6.738/13 e os pretos & pardos no serviço público) Ano VI; Vol. 6; nº 4, Abril, 2014

ISSN 2177–3955

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Ano VI; Vol. 6; nº 4, Abril, 2014 1. Apresentação

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2. O Projeto de Lei 6.738/13 e os pretos & pardos no serviço público brasileiro

Sumário

1. Apresentação

2. O Projeto de Lei 6.738/13 e os pretos & pardos no serviço público brasileiro

3. Evolução do rendimento habitual médio do trabalho principal

4. Evolução da taxa de desemprego aberto

5. Evolução da taxa de rotatividade no emprego com carteira assinada

Anexo. Síntese estatística: indicadores representativos sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro

1. Apresentação

Com a presente edição, o LAESER dá continuidade ao bo- letim “Tempo em Curso”, agora em seu 54° exemplar. Esta publicação se dedica à análise da evolução dos indicadores do mercado de trabalho nas seis maiores Regiões Metropo- litanas (RMs) brasileiras cobertas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Da mais ao Norte para a mais ao Sul, estas são as seguintes: Recife (PE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).

Os indicadores do “Tempo em Curso” se baseiam em duas fontes principais. A primeira delas é a PME, divul- gada em formato de microdados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no portal (www.ibge.gov.

br). A segunda fonte de dados é o Cadastro Geral de Em- pregados e Desempregados (CAGED), fornecido pelo Mi- nistério do Trabalho e Emprego (MTE), também divulgado em formato de microdados em seu portal (http://portal.

mte.gov.br). Ambas as bases são tabuladas pelo LAESER no banco de dados “Tempo em Curso”.

Como já é habitual, a presente edição conta com uma breve análise da evolução do rendimento médio habi- tualmente recebido no trabalho principal e da taxa de desemprego. Neste número também são tecidos co- mentários sobre a evolução da taxa de rotatividade no emprego formal, indicador elaborado a partir dos dados do CAGED.

Na Síntese Estatística, contida no Anexo deste número, são apresentados os principais indicadores que cobrem a situação do mercado de trabalho nas seis maiores Re- giões Metropolitanas brasileiras, à exceção dos dados do CAGED, que se referem ao Brasil como um todo. To-

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dos os indicadores se encontram desagregados pelos grupos de cor ou raça e sexo e estão compreendidos no período entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2014.

O tema especial deste mês dialoga com a recente apro- vação na Câmara dos Deputados, no dia 26 de março de 2014, do Projeto de Lei (PL) 6.783/13 que “reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas ofereci- das nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da adminis- tração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União”.

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O objetivo deste exercício é justamente o estabeleci- mento de uma avaliação sobre a efetiva potencialida- de de transformação do perfil do funcionalismo público do país, ainda predominantemente branco. Assim, de acordo com a Exposição de Motivos nº 00195/2013 da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Ra- cial (SEPPIR), que acompanha o PL 6.738/13 enviado ao Congresso Nacional, 82% dos 519.369 servidores ca- dastrados no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE) possuem registro de cor ou raça. Destes, apenas 30% são pretos ou pardos. Con- siderando que os pretos & pardos representavam, em 2012, 53% da população brasileira, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2012, a diferença entre o peso da população preta & parda na sociedade como um todo e no fun- cionalismo público federal era de aproximadamente 23 pontos percentuais.

Em um primeiro momento, é apresentado brevemente o Projeto de Lei que atualmente está tramitando no Sena- do em regime de urgência. Sucessivamente, é analisada a classificação ocupacional dos funcionários públicos estatutários brasileiros, desagregados pelos grupos de cor ou raça, de acordo com os dados do Censo Demo- gráfico de 2010.

2. O Projeto de Lei 6.738/13 e os pretos &

pardos no serviço público brasileiro 2.a O Projeto de Lei 6.738/13

No dia 26 de março de 2014, foi aprovado na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 6.738/13, que prevê a reserva aos candidatos negros de 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos

1 Fonte: BRASIL. Redação Final Projeto de Lei nº 6.738-e de 2013. Brasília: Câmara dos Deputados, 2014.

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isto é, branca, preta, amarela, parda e indígena (art. 2).

• Os candidatos pretos e pardos concorrerão concomi- tantemente às vagas reservadas e às vagas de ampla concorrência (art. 3).

• No caso do candidato autodeclarado preto ou pardo ser aprovado em vagas de ampla concorrência, o mes- mo não será computado na ocupação das vagas reser- vadas (art. 3, § 1°). Desta forma, o percentual previamen- te estabelecido não constitui um teto para a aprovação de candidatos pretos e pardos.

• Tampouco há um limite mínimo: sendo inferior o nú- mero de candidatos pretos e pardos aprovados ao nú- mero de vagas reservadas, estas serão revertidas para ampla concorrência (art. 3, § 3°).

Na tramitação do PL na Câmara dos Deputados foram apresentadas seis emendas à matéria: i) Extensão da re- serva de vagas aos cargos em comissão; ii) Ampliação do percentual de reserva de vagas para 30%, incluindo indígenas; iii) Alteração da vigência da lei para prazo indeterminado; iv) Preenchimento dos cargos em co- missão em percentuais paritários aos pretos, pardos e brancos; v) Ampliação do percentual de reserva de vagas para 50%; vi) Extensão da reserva de vagas para os Po- deres Judiciário e Legislativo.

Todas as emendas apresentadas foram rejeitadas.

2.b Considerações metodológicas da pesquisa

Considerando o desenho da proposta de reserva de vaga na administração pública federal direta e indireta, o objetivo desta edição do “Tempo em Curso” é refletir so- bre o impacto potencial deste projeto. Tal exercício será realizado à luz dos dados estatísticos disponíveis sobre o perfil dos funcionários públicos de todo o país e as as- simetrias de cor ou raça nesta modalidade ocupacional.

Apesar de aparentemente a análise do perfil socioeco- nômicos dos funcionários do Estado parecer uma tarefa trivial através das bases de dados atualmente disponí-

“da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União” (art. 1). O mesmo PL fora aprovado por ampla maioria, com 314 votos favoráveis, 36 contra e 6 abstenções

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. Até a data de divulgação deste boletim, a proposta ainda estava em tramitação no Senado, onde aguardava votação.

O envio do Projeto de Lei ao Congresso Nacional em regime de urgência, de acordo com o art. 64 da Cons- tituição Federal

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, foi anunciado pela Presidenta Dilma, na abertura da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CONAPIR), em novembro de 2013.

A proposta, elaborada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), visa cum- prir o art. 39 do Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010), que dispõe sobre a adoção de ações

“que assegurem a igualdade de oportunidades no mer- cado de trabalho para a população negra

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”.

Em seus seis artigos, o PL 6.738/13 discorre sobre o per- centual e o modo de operação do sistema de reserva de vagas sancionado:

• A lei será aplicada nos concursos públicos para cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da Administra- ção Direta e Indireta do Poder Executivo Federal (art. 1).

Ou seja, a mesma não se aplica para o Poder Legislativo e Judiciário.

• A lei será válida para editais oferecendo ao menos três (3) vagas (art. 1, § 1°) e, em caso de valor fracionário, o número de vagas reservadas deverá ser aproximado para mais um, no caso de fração superior ou igual a 0,5;

ou para zero, caso o valor seja inferior a 0,5 (art. 1, § 2°).

• A lei terá efeito imediato, a partir do ato de sua publi- cação, sobre todos os concursos com editais a serem lançados em seus dez anos subsequentes (art. 6).

• As vagas para negros serão reservadas para os candi- datos que se autodeclararem pretos ou pardos. A decla- ração de cor ou raça de cada candidato será realizada no momento da inscrição, por meio de autodeclaração, conforme as mesmas categorias utilizadas pelo IBGE,

2 Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-03/camara-aprova-reserva-de-20-de-vagas-em-concursos-publicos-para-negros

3 Ou seja, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal terão 45 dias cada para votarem a proposta de lei. Após este prazo, as demais votações (com exceção das que tenham prazo constitucional determinado) são suspensas até a conclusão da tramitação.

4 Fonte: BRASIL. Exposição de Motivos nº 00195/2013 MP SEPPIR. Brasília: SEPPIR, 2013.

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po desde sua realização, entre os aspectos positivos desta base de dados, destaca-se a maior robustez de sua amostra, que permite uma desagregação mais de- talhada das informações. Por outro lado, ao contrário da PNAD, a seção sobre trabalho do Questionário da Amostra do Censo não contém perguntas sobre o setor de emprego (público ou privado) ou a área de emprego (federal, estadual, municipal) do trabalho principal do recenseado.

Assim, tentou-se recortar os trabalhadores com carteira assinada que trabalhavam nos setores da administração pública, recorrendo-se à Classificação Nacional de Ati- vidades Econômicas Domiciliar (CNAE-Domiciliar 2.0), empregada pelo IBGE no Censo. Foram identificadas duas atividades econômicas que poderiam ser utiliza- das para este recorte: “Administração Pública e Regula- ção da Política Econômica e Social – Federal”; e “Outros Serviços Coletivos Prestados pela Administração Pública – Federal”. Porém, de acordo com a Comissão Nacional de Classificação (CONCLA), nestas categorias são com- preendidas todas as instituições que desempenham atividades que, por sua natureza específica, seriam de prerrogativa do Estado, podendo incluir entidades em- presariais e instituições privadas sem fins lucrativos que oferecem serviços terceirizados, tradicionalmente exe- cutados pelo Estado. Além disso, as atividades de ensi- no e saúde, mesmo quando exercidas pelo Estado, não são classificadas nestes grupamentos de atividade, mas nas respectivas áreas de educação e ensino

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.

Portanto, a rigor, mesmo utilizando-se o Censo demográ- fico não é possível computar nem os funcionários públi- cos celetistas, ou seja, com carteira assinada, tampouco, os funcionários públicos ocupados na esfera federal.

Desta forma, como não foi possível operar as desagre- gações acima, neste estudo optou-se por trabalhar ape- nas com os recenseados que declararam ao Censo se- rem funcionários públicos estatutários das três esferas (federal, estadual e municipal), sem incluir os trabalha- dores celetistas da administração pública. Encontrou-se veis, o presente esforço acabou se defrontando com al-

gumas dificuldades não previstas originalmente.

A primeira opção metodológica considerada pela pre- sente pesquisa foi justamente o acesso ao Sistema Inte- grado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE), plataforma de gestão da folha de pessoal dos servidores públicos federais. Contudo, infelizmente, ainda não exis- te uma padronização quanto ao modo de acesso a esta base de dados

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.

Outra fonte possível de informações sobre os emprega- dos públicos é a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério de Trabalho e Emprego (MTE), re- gistro administrativo obrigatório anual da totalidade dos trabalhadores formais da economia brasileira. Entretan- to, naquela base, a não declaração de cor ou raça dos trabalhadores ocupados na condição de estatutários ou militares é muito elevada. Por exemplo, assim como foi comentado na edição de janeiro de 2012 do “Tempo em Curso”, em 2009, esse percentual chegou a 93,2%.

A terceira fonte que poderia ser utilizada para se tentar traçar o perfil dos funcionários públicos federais seria a PNAD, do IBGE. De fato, desta base, foi possível che- gar a um número próximo ao divulgado pelo Ministério do Planejamento. Na PNAD de 2012, foram computados 813.758 funcionários públicos estatutários na esfera fe- deral (302.189 pretos & pardos, e 496.411 brancos). Este número é razoavelmente próximo aos gerados pelo Mi- nistério de Planejamento sobre a quantidade de funcio- nários públicos federais em todo país. Deste modo, se- gundo esta última fonte, em setembro de 2012, excluin- do os militares, havia 648.152 servidores nas três esferas do Poder

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. Porém, o tamanho reduzido da amostra não permitiu uma desagregação detalhada dos funcionários públicos federais brancos e pretos & pardos de acordo o nível de escolaridade, a classificação ocupacional ou outras variáveis de interesse ao presente esforço.

Por fim, decidiu-se por utilizar o Censo Demográfico de 2010. Além do relativamente curto período de tem-

5 O LAESER enviou no dia 17 de abril de 2014 uma mensagem aos responsáveis pela organização da base de informações do SIAPE solicitando acesso àquela fonte de dados. Este é o procedimento padrão do Laboratório, que somente utiliza em seus estudos indicadores provenientes de fontes públicas, ou seja, de franco acesso a qualquer pesquisador. Até o momento de fechamento deste número do “Tempo em Curso”, contudo, os profissionais contatados ainda não haviam dado retorno.

6 BRASIL, Boletim Estatístico de Pessoal. Brasília: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão Pública, v.17, n.198, Out 2012.

7 Fonte: http://www.cnaedom.ibge.gov.br/secao.asp?codsecao=O&TabelaBusca=CNAE_200@CNAE%20Domiciliar%20%202.0

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um total de 4.162.016 funcionários públicos estatutários em todo o Brasil.

Destarte, o presente exercício acerca das potencialida- des do PL 6.738/13 apresenta as seguintes limitações:

a) Há um desencontro entre o público analisado (con- junto do funcionalismo público do país) e o escopo do PL (voltado apenas aos funcionários da administração pública federal direta e indireta);

b) Entre os empregados no setor público, o peso dos es- tatutários é majoritário, mas os celetistas são muitos im- portantes em alguns setores e carreiras do funcionalismo público brasileiro. De acordo com a PNAD, no ano de 2012, havia 11.412.709 ocupados no setor público. Do total, 19,2% eram empregados com carteira assinada; 3,1%, mi- litares; 58,1%, funcionários públicos estatutários, e 19,7%

empregados sem carteira de trabalho assinada. Portanto, na presente análise este público não foi considerado;

c) Considerando apenas os funcionários públicos esta- tutários, na PNAD de 2012, havia 6.626.338 pessoas em- pregadas nesta modalidade. Destes, 12,3% trabalhavam na esfera federal, 34,6% na esfera estadual, e 53,1% na esfera municipal. Esta distribuição deve ser levada em consideração quando for se interpretar os resultados do presente estudo.

Por outro lado, como vantagem da opção adotada, a proxy realizada permite traçar um panorama de todos os funcionários públicos brasileiros, com um nível de desa- gregação bastante detalhado. Ademais, vale lembrar que segundo o IPEA, a partir de 2002, as Unidades da Federa- ção do Paraná, do Mato Grosso do Sul, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul e 43 municípios brasileiros imple- mentaram sistema de reserva de vagas em concursos públicos . Portanto, deve-se levar em consideração que a adoção de uma política de reserva de vaga na adminis- tração pública local está sendo atualmente debatida em todo o território nacional, incluindo em suas unidades subnacionais. Assim, a inclusão dos funcionários públi- cos de todos os níveis de governo pode ser razoavel- mente justificada para a finalidade de um entendimento sobre os possíveis impactos do PL 6738/13.

2.c O perfil de ocupação dos funcionários públicos estatutários

Para além das discrepâncias encontradas no peso rela- tivo dos pretos & pardos na população residente como um todo e entre os funcionários do Estado, é igualmen- te importante analisar de que forma tais desencontros se davam quando se analisavam os grupamentos ocu- pacionais específicos. Desta forma, na Tabela 1 é apre- sentado o perfil dos funcionários públicos estatutários brasileiros desagregados pelos grupos de cor ou raça e a ocupação exercida.

Por ocupação entende-se a função, cargo, profissão ou ofí- cio exercido, de acordo com a Classificação de Ocupações para Pesquisas Domiciliares - COD, desenvolvida pelo IBGE para as pesquisas domiciliares, tendo como referência a International Standard Classification of Occupations - ISCO- 08, da Organização Internacional do Trabalho.

As ocupações foram agrupadas segundo os oitos grandes grupos da COD: diretores e gerentes; pro- fissionais das ciências e intelectuais; técnicos e pro- fissionais de nível médio; trabalhadores de apoio ad- ministrativo; trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados; trabalhadores qualifica- dos

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; operadores de instalações e máquinas e mon- tadores; ocupações elementares.

Os grandes grupos dos profissionais das ciências e in- telectuais e dos técnicos e profissionais de nível médio foram divididos em seus subgrupos principais.

De acordo com o Censo, havia no Brasil, em 2010, pouco mais de 180 mil funcionários públicos estatutários que ocupavam posições de diretores e gerentes. Destes, 64,1% eram brancos e 34,8% pretos & pardos. Entre os profissionais das ciências e intelectuais (1.600.486 esta- tutários), o peso dos pretos & pardos era um pouco su- perior, igual a 37,6%. Especificamente entre os Médicos, esta proporção não chegava sequer a um quinto (mais precisamente, 17,6%) do total. Entre os professores uni- versitários estatutários, o peso relativo dos docentes pretos & pardos não alcançava um terço do total.

8 Fonte: BRASIL, Políticas Sociais - acompanhamento e análise nº 20. Brasília: IPEA, 2012.

9 Visando evitar algum mal entendido por grupamento dos Trabalhadores Qualificados foram incluídos os trabalhadores qualificados da agrope- cuária, florestais, da caça e da pesca e os trabalhadores qualificados, operários e artesãos da construção, das artes mecânicas e outros ofícios.

Fazem parte deste grupo, entre outros, encanadores, mecânicos, pedreiros, pintores, eletricistas etc. No total, 47.984 funcionários públicos estatutários foram classificados como ocupados neste grupo. Portanto, neste grupamento se encontram trabalhadores manuais com alguma formação profissional formal.

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Não coincidentemente, o peso relativo dos pretos & par- dos entre os estatutários crescia na medida em que as ocupações se encaminhavam rumos aos grupamentos ocupacionais de menor prestígio e remuneração. Assim, por exemplo, entre os Técnicos e Profissionais de Nível Médio o peso relativo dos trabalhadores deste grupo de cor ou raça era de 44,5%, e entre os empregados nas Ocupações Elementares o percentual era de 60,2%. No grupamento ocupacional específico dos coletores de lixo e de material reciclável, o peso relativo dos pretos &

pardos era de 70,2%.

As discrepâncias acima observadas, na verdade, dialo- gam com o estado da arte acerca das desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro como um

2. O Projeto de Lei 6.738/13 e os pretos & pardos no serviço público brasileiro

todo. Assim, mesmo no setor privado, é habitual encon- trar trabalhadores brancos em posições e grupamentos ocupacionais mais prestigiados e melhor remunerados, o inverso se dando entre os trabalhadores pretos & par- dos. Contudo, para além desta desconcertante realida- de, o fato é que estes números podem e devem ser utili- zados para uma análise específica do raio de alcance do PL 6.738/13. E isto será feito na próxima seção.

2.d Algumas considerações sobre o Projeto de Lei 6.738/13

Analisando-se os dados da tabela 1 com os objetivos do PL 6.738/13 percebe-se que, de fato, o PL é meritório em seus princípios fundamentadores. Muito possivelmente Tabela 1. Funcionários públicos estatutários, de acordo com os grupos de cor ou raça e tipo de

ocupação, Brasil, 2010 (em %)

Brancos Pretos &

Pardos Total

Diretores e gerentes 64,1 34,8 100,0

Profissionais das ciências e intelectuais 60,9 37,6 100,0

Profissionais das ciências e da engenharia 71,7 26,3 100,0

Profissionais da saúde 70,6 27,3 100,0

Médicos 80,0 17,6 100,0

Profissionais do ensino 58,0 40,6 100,0

Professores de universidades e do ensino superior 66,7 31,8 100,0

Especialistas em organização da Administração Pública e de empresas 65,8 32,4 100,0

Profissionais de tecnologias da informação e comunicações 69,1 28,5 100,0

Profissionais em direito, em ciências sociais e culturais 68,1 30,6 100,0

Advogados e juristas 76,0 22,7 100,0

Técnicos e profissionais de nível médio 53,9 44,5 100,0

Profissionais de nível médio das ciências e da engenharia 55,0 43,2 100,0

Profissionais de nível médio da saúde e afins 41,7 56,6 100,0

Profissionais de nível médio em operações financeiras e administrativas 63,2 35,2 100,0

Profissionais de nível médio de serviços jurídicos, sociais, culturais e afins 65,9 32,6 100,0

Técnicos de nível médio da tecnologia da informação e das comunicações 57,7 40,7 100,0

Trabalhadores de apoio administrativo 52,7 46,1 100,0

Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados 46,8 52,0 100,0

Porteiros e zeladores 35,5 63,3 100,0

Guardas de segurança 36,3 62,4 100,0

Trabalhadores qualificados 46,0 53,0 100,0

Operadores de instalações e máquinas e montadores 52,5 46,5 100,0

Ocupações elementares 38,4 60,2 100,0

Coletores de lixo e material reciclável 28,5 70,2 100,0

Mensageiros, carregadores de bagagens e entregadores de encomendas 39,8 58,9 100,0

Funcionários públicos estatutários - Total 55,8 42,8 100,0

Nota 1: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Nota 2: O total de funcionários públicos estatutários inclui 526.007 pessoas, cuja ocupação foi classificada como mal definida.

Fonte: IBGE, microdados Censo Demográfico. Tabulação LAESER.

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por conta das desigualdades nos anos médios de es- colaridade, os pretos & pardos, comparativamente aos brancos, devem apresentar maiores complicações para obterem aprovação nos concursos públicos.

Contudo, para além deste vetor, há de se lembrar que ou- tros fatores não facilmente observáveis, como o acesso à informação sobre a existência dos concursos, perspec- tivas de aprovação, entre outros possíveis elementos, podem igualmente afetar o peso relativo dos pretos &

pardos no seio do grupamento dos funcionários públicos estatutários. Ademais é razoável apontar que os estatu- tários ocupados anteriormente a Constituição de 1988 podem ter alcançado o seu cargo originalmente através de indicações políticas, o que reforça a importância das redes sociais para o alcance destas posições.

Do mesmo modo, não há motivo para se naturalizar o fato de que as posições nos grupamentos ocupacionais de maior prestígio e mais remunerados sejam ocupados com mais intensidade por estatutários brancos. Neste plano, não deixa mesmo de ser interessante contras- tar a presença dos pretos & pardos entre os Médicos (17,6%) e Coletores de Lixo e de Material Reciclável (70,6%), constituindo uma diferença de mais de 50 pon- tos percentuais.

De qualquer sorte, por mais meritórios que sejam os ob- jetivos do PL 6.738/13, um fato não pode passar desper- cebido. De acordo com os dados do Censo 2010, eram escassos os grupamentos ocupacionais em que a pre- sença relativa dos pretos & pardos era inferior a 20%. Na verdade, no presente exercício tal proporção foi encon- trada apenas entre os Médicos. Mesmo na Nota Técnica n° 17 do IPEA

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sobre este tema, certamente mais refi- nada, posto baseada em dados do próprio SIAPE para o funcionalismo público federal, poucas eram as ocupa- ções onde a presença relativa dos pretos & pardos não fosse superior ao estabelecido pela proposta do PL que ora está em apreciação no Senado Federal

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.

Assim, é preciso saber diferenciar entre a necessidade de se ampliar a presença relativa de pretos & pardos entre os funcionários públicos de todo o país e a efetiva capacidade do projeto de lei de ampliar a ocupação de

cargos públicos para este segmento. Ou seja, o que se coloca é que este percentual se apresenta como mo- desto, e mesmo com os pretos & pardos concorrendo concomitantemente pelo sistema de reserva de vaga e o de ampla concorrência, não há garantia sobre a real eficácia de este instrumento ser um elemento de altera- ção da realidade existente.

Naturalmente, há de se analisar os dados contidos no presente exercício desde os limites já comentados aci- ma. Assim, os indicadores citados falam de um público mais abrangente do que o especificado no PL 6.738/13, direcionado apenas aos funcionários públicos federais e abrangendo, inclusive, a condição de muitos que serão contratados através da CLT. Entretanto, a partir da presen- te abordagem, existem motivos razoáveis para um ques- tionamento, não sobre a validade do PL (em si meritória em seus princípios e objetivos), mas sobre seu impacto.

3. Evolução do rendimento habitual médio do trabalho principal (tabela I)

Em fevereiro de 2014, o rendimento médio habitualmen- te recebido pela PEA total ocupada de ambos os sexos nas seis RMs pesquisadas foi igual a R$ 2.015,59. Em relação a janeiro de 2014, houve elevação de 0,8 ponto percentual. Em comparação ao rendimento de fevereiro de 2013, o crescimento foi de 3,1%.

Em fevereiro de 2014, o rendimento médio habitual da PEA branca de ambos os sexos foi igual a R$ 2.510,44, enquanto o da PEA preta & parda de ambos os sexos foi de R$ 1.428,79. Na comparação com o mês imediata- mente anterior, houve aumento de 1,3% no rendimento dos brancos de ambos os sexos, e de 0,5% para os pre- tos & pardos. Em relação a fevereiro de 2013, o rendi- mento aumentou 1,8% para os trabalhadores brancos, e 3,7% para os pretos & pardos.

Entre janeiro e fevereiro de 2014, o rendimento dos ho- mens brancos se valorizou 2,2% em termos reais, enquan- to o indicador dos homens pretos & pardos cresceu so- mente 0,4%. Entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2014, o rendimento da PEA masculina branca também se elevou em 2,2%, e o da PEA masculina preta & parda, em 3,2%.

10 BRASIL, Nota Técnica n° 17. Brasília: IPEA, fev. 2014.

11 A Nota Técnica do IPEA indicou 11 grupos de cargos nos quais o percentual de pretos & pardos era inferior a 20%. Estes eram: Diplomacia (5,9%); Cargos da CVM/SUSEP - superior (6,3%,); Carreira de desenvolvimento tecnológico – superior (9,3%); Carreira pesq. desenvolvimento Metrol e qualidade (9,8%); Auditoria da Receita Federal (12,3%); Carreira de oficial de chancelaria (13,3%); Carreira de procurador da Fazenda Nacional (14,2%); Advocacia Geral da União (AGU) – carreira da área jurídica (15,0%); Cargos das agências reguladoras – superior (15,6%); Carreira fiscal do trabalho (16,6%); Carreira na Defensoria Pública (19,5%). Fonte: BRASIL, Nota Técnica n° 17. Brasília: IPEA, fev. 2014, p. 9.

2. O Projeto de Lei 6.738/13 e os pretos & pardos no serviço público brasileiro 3. Evolução do rendimento habitual médio do trabalho principal

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O rendimento das mulheres brancas caiu 0,5% em rela- ção a janeiro de 2014, enquanto aumentou em ligeiros 0,2% o indicador das mulheres pretas & pardas. Toman- do como referência o mês de fevereiro de 2013, o rendi- mento da PEA feminina branca se elevou em 0,8%, e a da PEA feminina preta & parda, em 4,6%.

A PEA branca de ambos os sexos auferia rendimento real médio 75,7% superior à PEA preta & parda de am- bos os sexos, em fevereiro de 2014. A desigualdade de cor ou raça nos rendimentos aumentou 1,4 pontos per- centuais em relação a janeiro de 2014, e caiu 3,2 pontos percentuais em comparação a fevereiro de 2013.

Entre a força de trabalho masculina, a assimetria no rendimento era de 78,8%, sempre favorável aos bran- cos, em fevereiro de 2014. A desigualdade se elevou em 3,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior e caiu 1,7 pontos percentuais, tomando como referên- cia fevereiro de 2013.

Entre a PEA feminina, a assimetria de rendimentos foi de 72,9% em favor das mulheres brancas. Em relação ao mês anterior, as desigualdades se retraíram 1,1 pontos percentuais. Já comparativamente a fevereiro de 2013, a queda foi mais expressiva: 6,5 pontos percentuais.

Em fevereiro de 2014, a desigualdade entre o rendimen- to auferido pelos homens brancos e pelas mulheres pre- tas & pardas era igual a 140,9%. Para a mesma data de referência, as mulheres brancas auferiam rendimentos 28,4% mais elevados que os homens pretos & pardos.

4. Evolução da taxa de desemprego aberto (tabela II)

A taxa de desemprego aberto da PEA total residente nas seis maiores RMs foi de 5,1% em fevereiro de 2014. Em relação a janeiro de 2014, houve elevação de 0,3 ponto percentual no indicador. Comparativamente a fevereiro de 2013, ocorreu declínio de 0,5 ponto percentual.

Em fevereiro de 2014, a taxa de desemprego da PEA branca de ambos os sexos foi de 4,5%, e o mesmo in- dicador da PEA preta & parda de ambos os sexos, de 5,8%. Na comparação com o mês anterior, a taxa de desemprego da PEA branca aumentou 0,7 ponto per- centual, enquanto a da PEA preta & parda caiu ligeiro 0,1 ponto percentual. Comparativamente a fevereiro de

2013, a taxa de desemprego da PEA branca obteve que- da de 0,5 ponto percentual, e a da PEA preta & parda, de 0,4 ponto percentual.

A taxa de desemprego da PEA masculina branca se ex- pandiu em 0,6 ponto percentual, na comparação men- sal. Já para a PEA preta & parda, o indicador se reduziu em 0,5 ponto percentual. Na comparação com fevereiro de 2013, a taxa de desemprego dos homens brancos caiu 0,6 ponto percentual, ao mesmo tempo em que aquela verificada para os homens pretos & pardos se retraiu em 0,8 ponto percentual.

Ambos os contingentes femininos analisados experi- mentaram aumento em sua taxa de desemprego em relação a janeiro de 2014: para as mulheres brancas a elevação foi de 1,0 ponto percentual, ao passo que as mulheres pretas & pardas sofreram aumento de 0,5 pon- to percentual. Comparativamente a fevereiro de 2013, a taxa de desemprego das mulheres brancas se retraiu em 0,4 ponto percentual, enquanto o indicador das mulhe- res pretas & pardas se elevou em 0,2 ponto percentual.

5. Evolução da taxa de rotatividade (tabela XXV)

A taxa de rotatividade exprime a proporção de trabalha- dores substituídos por outros em relação ao estoque total de trabalhadores

12

. A análise que se segue é baseada nos dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a partir dos dados do Cadastro Geral de Emprega- dos e Desempregados (CAGED) tabulados pelo LAESER.

Em fevereiro de 2014, a taxa de rotatividade de todos os trabalhadores com carteira assinada da economia brasileira era de 38,8%. Na comparação com o mês de fevereiro de 2013, o indicador se elevou em 0,4 ponto percentual, ao mesmo tempo em que ficou inalterado em relação a janeiro de 2014.

Entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2014, foi possível observar que o indicador manteve-se consideravelmente estável para a economia como um todo. Para tal perío- do, o valor mais elevado que a taxa assumiu foi 38,9%, em dezembro de 2013, e o mais baixo foi igual a 38,3%, percentual atingido nos meses de março e abril de 2013.

Na desagregação pelos grupos de cor ou raça e sexo, notou-se que o indicador igualmente seguiu a tendência

12 Para mais informações a respeito da taxa de rotatividade e de sua metodologia de cálculo, ver boletim “Tempo em Curso” de março de 2013, ano 5, volume V.

3. Evolução do rendimento habitual médio do trabalho principal 4. Evolução da taxa de desemprego aberto

5. Evolução da taxa de rotatividade no emprego com carteira assinada

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tempo em curso

Ano VI; Vol. 6; nº 4, Abril, 2014

9

de manter-se sem grandes flutuações. Contudo, assim como já observado no “Tempo em Curso” de março de 2013, ainda em fevereiro de 2014, persistia notavelmente elevada a diferença entre a taxa de rotatividade da PEA branca e da PEA preta & parda de ambos os sexos.

Em fevereiro de 2014, o indicador da PEA preta & parda de ambos os sexos posicionou-se 10,1 pontos percen- tuais acima daquele verificado para a PEA branca de am- bos os sexos. A taxa de rotatividade dos trabalhadores brancos era de 33,9%, enquanto os pretos & pardos ex- perimentavam a taxa média de 44%. Comparativamen- te a fevereiro do ano anterior, houve recuo de 0,1 ponto percentual no indicador da PEA branca, e aumento de 0,8 ponto percentual na taxa da PEA preta & parda.

Chamava atenção a elevada diferença na taxa de rotativi- dade de homens brancos e pretos & pardos (igual a 13,6 pontos percentuais) em oposição a relativa proximidade das taxas verificadas para as mulheres brancas e as pre- tas & pardas (2 pontos percentuais).

Em fevereiro de 2014, os trabalhadores brancos do sexo masculino possuíam taxa de rotatividade de 35%. O indi- cador era idêntico aquele verificado tanto no mês ante- rior quanto em fevereiro de 2013.

Já a taxa de rotatividade dos homens pretos & pardos era de 48,6%. Em relação a janeiro de 2014, a taxa dos homens pretos & pardos se elevou em 0,1 ponto percen- tual. Em comparação a fevereiro de 2013, a mesma au- mentou 0,7 ponto percentual.

Já entre as mulheres, em fevereiro de 2014, o indicador das brancas estava em 32,3% (2,7 pontos percentuais abaixo dos homens brancos), enquanto as pretas & par- das atingiram o patamar de 34,3% (14,3 pontos percen- tuais inferior aos homens pretos & pardos).

Em relação a janeiro de 2014, houve queda de 0,1 ponto percentual na taxa das trabalhadoras brancas, e aumento de 0,1 ponto percentual para as trabalhadoras pretas &

pardas. Já a comparação anual aponta para uma retração de 0,1 ponto percentual para as trabalhadoras brancas, e elevação de 1,7 pontos percentuais para as mulheres pretas & pardas.

Nesta análise, foi possível verificar que a taxa de rotativi- dade dos homens era mais elevada do que aquela veri- ficada para as mulheres, qualquer que fosse o grupo de

cor ou raça estudado. Contudo, notou-se ainda que a ro- tatividade dos homens pretos & pardos era consideravel- mente mais elevada quando comparada àquela de todos os outros contingentes

13

.

Cabe ressaltar que, no Brasil, a alta taxa de rotatividade da força de trabalho costuma ser considerada uma sina- lização da possível precariedade da situação no empre- go. Isso ocorre porque tal indicador pode ser associado à prática de constante substituição da mão de obra em decorrência da vulnerabilidade dos postos de trabalho e da desproteção no emprego.

Entretanto, outra possível chave interpretativa para o fenômeno da elevada taxa de rotatividade poderia se basear no maior aquecimento do mercado de trabalho, situação em que os próprios trabalhadores seriam capa- zes de perceber melhores oportunidades e, portanto, se deslocariam voluntariamente com maior frequência en- tre os postos de trabalho.

13 Este resultado condiz com aqueles obtidos em análise semelhante da rotatividade no CAGED pelos grupos de cor ou raça realizada nos bole- tins “Tempo em Curso” de fevereiro de 2012 e de março de 2013.

5. Evolução da taxa de rotatividade no emprego com carteira assinada

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tempo em curso

Ano VI; Vol. 6; nº 4, Abril, 2014

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Tempo em Curso

Elaboração escrita

Prof. Marcelo Paixão, Elisa Monçores, Guilherme Câmara, Irene Rossetto Pesquisadores Assistentes Hugo Saramago

Colaboradoras Elisa Monçores Irene Rossetto

Bolsista de iniciação científica Guilherme Câmara

Revisão de texto e copidesque Alana Barroco Vellasco Austin Editoração

Erlan Carvalho Apoio

Fundação Ford

Equipe LAESER / IE / UFRJ Coordenação Geral

Prof. Marcelo Paixão

Pesquisadores Assistentes Ana Thereza Carvalho Costa Prof. Cleber Lázaro Julião Costa Elaine Carvalho

Hugo Saramago Iuri Viana

Sandra Machado Colaboradores Prof.

a

Azoilda Loretto Danielle Oliveira Elisa Alonso Monçores Irene Rossetto Giaccherino Prof. José Jairo Vieira

Bolsistas de iniciação científica Andressa Evellyn Oliveira (PIBIC – FAPESB) Clésio Lacerda (PIBIC–CNPq – UFRJ) Daniel Vainfas (PIBIC–CNPq – UFRJ) Guilherme Câmara (Fundação Ford) Jordão Andrade (Fundação Ford) Secretária

Luisa Maciel

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tempo em curso

Ano VI; Vol. 6; nº 4, Abril, 2014

11

Síntese estatística: indicadores representativos sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Tabela I. Rendimento real médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores RMs, Brasil, fev / 13 – fev / 14 (em R$, fev / 14 - INPC)

Tabela II. Taxa de desemprego aberto da PEA residente nas seis maiores RMs, Brasil, fev / 13 – fev / 14 (em % da PEA total)

Síntese estatística: indicadores representativos sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro

2014

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev

Homens

Brancos 2.825,52 2.821,55 2.783,34 2.776,77 2.774,15 2.733,73 2.793,79 2.803,60 2.801,82 2.836,97 2.828,56 2.826,23 2.887,37 Mulheres

Brancas 2.057,00 2.045,87 2.050,21 2.018,23 1.977,30 1.927,56 1.970,10 1.996,71 2.009,32 2.088,99 2.061,74 2.082,38 2.073,00 Brancos 2.465,53 2.457,55 2.440,78 2.422,87 2.402,08 2.356,98 2.408,48 2.426,10 2.428,96 2.486,11 2.469,29 2.478,73 2.510,44 Homens

Pretos &

Pardos

1.565,17 1.569,35 1.564,79 1.556,57 1.562,08 1.592,06 1.592,71 1.613,61 1.587,13 1.593,74 1.584,08 1.608,35 1.614,77 Mulheres

Pretas &

Pardas 1.146,18 1.152,97 1.149,24 1.145,88 1.154,34 1.162,86 1.167,83 1.188,89 1.183,22 1.204,80 1.218,56 1.196,60 1.198,73 Pretos &

Pardos 1.377,86 1.382,66 1.379,10 1.373,97 1.379,31 1.398,48 1.402,50 1.422,60 1.406,90 1.420,22 1.418,97 1.421,73 1.428,79 PEA Total 1.954,95 1.950,45 1.946,98 1.940,45 1.937,52 1.920,86 1.954,08 1.974,29 1.971,75 2.010,30 1.995,87 2.000,53 2.015,59

2014

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Jul Set Out Nov Dez Jan Fev

Homens

Brancos 4,5 4,1 3,9 3,9 4,2 3,8 3,7 3,7 3,5 3,1 2,9 3,3 3,9

Mulheres

Brancas 5,7 5,8 6,2 5,8 6,3 5,7 5,0 5,2 4,9 4,4 4,2 4,3 5,3

Brancos 5,0 4,9 5,0 4,8 5,2 4,7 4,3 4,5 4,2 3,7 3,5 3,8 4,5

Homens Pretos &

Pardos

5,2 5,1 5,4 5,3 5,4 5,1 5,0 5,4 5,0 4,7 4,2 4,9 4,4

Mulheres Pretas &

Pardas

7,3 8,1 8,3 8,9 8,5 8,6 8,0 8,0 7,9 7,1 6,7 7,0 7,5

Pretos &

Pardos 6,2 6,5 6,7 6,9 6,8 6,7 6,4 6,5 6,3 5,8 5,3 5,9 5,8

PEA Total 5,6 5,7 5,8 5,8 6,0 5,6 5,3 5,4 5,2 4,6 4,3 4,8 5,1

(12)

tempo em curso

Ano VI; Vol. 6; nº 4, Abril, 2014

12

Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

Homens Brancos 2.342,00 3.022,96 3.260,80 3.112,70 2.842,80 2.196,59

Mulheres Brancas 1.549,08 2.234,59 2.088,80 2.392,25 2.048,45 1.702,66

Brancos 1.969,13 2.647,49 2.704,11 2.783,82 2.466,73 1.967,48

Homens Pretos & Pardos 1.311,72 1.551,35 1.662,08 1.604,27 1.565,44 1.599,90

Mulheres Pretas & Pardas 1.012,22 1.076,75 1.124,56 1.171,42 1.199,52 1.130,17

Pretos & Pardos 1.182,54 1.329,95 1.423,72 1.413,59 1.401,45 1.379,09

PEA Total 1.456,28 1.509,06 1.924,70 2.063,16 2.075,01 1.892,56

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

Homens Brancos 2.284,61 3.164,08 3.254,93 3.250,97 2.874,75 2.284,12

Mulheres Brancas 1.586,64 2.373,80 2.071,87 2.462,57 2.031,27 1.718,27

Brancos 1.951,44 2.794,90 2.688,08 2.893,14 2.481,83 2.028,53

Homens Pretos & Pardos 1.411,62 1.561,74 1.722,64 1.725,92 1.556,86 1.679,07

Mulheres Pretas & Pardas 1.107,47 1.147,08 1.225,55 1.269,89 1.165,42 1.422,37

Pretos & Pardos 1.275,76 1.362,42 1.496,41 1.527,91 1.386,40 1.553,46

PEA Total 1.483,97 1.555,72 1.959,27 2.186,92 2.115,94 1.969,34

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

Homens Brancos 5,1 4,1 3,5 3,3 5,5 3,3

Mulheres Brancas 8,1 11,1 4,3 4,6 6,4 4,1

Brancos 6,5 7,6 3,9 3,9 5,9 3,6

Homens Pretos & Pardos 6,0 4,1 3,7 4,3 6,7 6,1

Mulheres Pretas & Pardas 7,2 7,9 5,4 6,3 8,7 5,6

Pretos & Pardos 6,5 5,9 4,5 5,2 7,6 5,9

PEA Total 6,5 6,2 4,2 4,6 6,5 3,9

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Tabela III. Rendimento real médio habitualmente recebido pela PEA ocupada, seis maiores Regiões Metropolitanas, Brasil, fev / 13 (em R$, fev / 14 - INPC)

Tabela IV. Rendimento real médio habitualmente recebido pela PEA ocupada, seis maiores Regiões Metropolitanas, Brasil, fev / 14 (em R$, fev / 14 - INPC)

Tabela V. Taxa de desemprego aberto da PEA residente, seis maiores Regiões Metropolitanas, Brasil, fev / 13 (em % da PEA total)

Síntese estatística: indicadores representativos sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro

(13)

tempo em curso

Ano VI; Vol. 6; nº 4, Abril, 2014

13

Recife Salvador Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Porto Alegre

Homens Brancos 5,8 4,4 2,9 2,5 4,8 2,7

Mulheres Brancas 5,9 8,0 4,7 4,7 5,8 4,0

Brancos 5,8 6,1 3,8 3,5 5,2 3,3

Homens Pretos & Pardos 5,7 7,5 3,7 2,4 4,8 2,4

Mulheres Pretas & Pardas 7,9 11,3 4,4 6,4 7,8 4,1

Pretos & Pardos 6,7 9,4 4,0 4,2 6,1 3,2

PEA Total 6,4 9,0 3,9 3,9 5,5 3,3

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Indústria Construção Comércio Serviços

Financeiros Administração

Pública Serviços

Domésticos Outros Serviços

Homens Brancos 2.798,83 2.314,16 2.215,63 3.424,13 4.069,73 1.426,27 2.390,71

Mulheres Brancas 1.915,03 2.822,93 1.482,95 2.608,03 2.769,31 839,66 1.624,29

Brancos 2.469,73 2.371,80 1.900,19 3.056,31 3.222,83 867,84 2.058,26

Homens Pretos & Pardos 1.657,49 1.274,02 1.391,34 1.682,14 2.354,37 1.070,60 1.513,10 Mulheres Pretas &

Pardas 1.099,43 1.491,89 999,71 1.343,93 1.599,82 770,57 1.034,67

Pretos & Pardos 1.464,14 1.284,14 1.226,25 1.546,31 1.862,49 783,74 1.305,88

PEA Total 2.045,00 1.700,66 1.573,33 2.439,86 2.683,29 812,51 1.684,94

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Indústria Construção Comércio Serviços

Financeiros Administração

Pública Serviços

Domésticos Outros Serviços

Homens Brancos 2.911,53 2.305,32 2.335,50 3.529,15 3.994,70 1.177,83 2.452,39

Mulheres Brancas 1.826,03 2.966,07 1.588,09 2.512,02 2.786,73 899,94 1.683,66

Brancos 2.521,86 2.373,19 2.010,87 3.083,36 3.199,25 915,52 2.121,57

Homens Pretos & Pardos 1.649,68 1.343,35 1.460,67 1.673,77 2.455,32 1.010,09 1.538,92 Mulheres Pretas &

Pardas 1.123,28 1.456,57 1.033,22 1.311,35 1.718,94 815,21 1.095,90

Pretos & Pardos 1.469,34 1.348,87 1.274,06 1.524,87 1.994,75 825,65 1.349,48

PEA Total 2.083,49 1.777,01 1.669,72 2.457,46 2.722,84 857,00 1.747,70

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Tabela VII. Rendimento real médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores RMs desagregada por ramo de atividade, Brasil, fev / 13 (em R$, fev / 14 - INPC)

Tabela VIII. Rendimento real médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores RMs desagregada por ramo de atividade, Brasil, fev / 14 (em R$, fev / 14 - INPC)

Tabela VI. Taxa de desemprego aberto da PEA residente, seis maiores Regiões Metropolitanas, Brasil, fev / 14 (em % da PEA)

Síntese estatística: indicadores representativos sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro

(14)

tempo em curso

Ano VI; Vol. 6; nº 4, Abril, 2014

14

Sem instrução ou menos de 1 ano de

estudo

De 1 a 3 anos de

estudo De 4 a 7 anos de

estudo De 8 a 10 anos de

estudo 11 ou mais anos de estudo

Homens Brancos 1.080,63 1.284,02 1.438,67 1.469,05 3.482,10

Mulheres Brancas 1.091,05 796,39 902,04 970,22 2.434,15

Brancos 1.084,35 1.114,69 1.221,43 1.256,46 2.966,30

Homens Pretos & Pardos 1.021,76 1.049,13 1.169,62 1.220,53 1.953,81

Mulheres Pretas &

Pardas 657,46 662,00 770,75 852,59 1.390,49

Pretos & Pardos 884,79 897,38 1.008,85 1.074,14 1.678,85

PEA Total 952,78 974,18 1.092,45 1.154,60 2.449,60

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Tabela XI. Rendimento real médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores RMs desagregada por faixas de escolaridade, Brasil, fev / 13 (em R$, fev / 14 - INPC)

Emprego Doméstico com Carteira

Emprego Doméstico sem Carteira

Emprego com Carteira no Setor Privado

Emprego sem Carteira no Setor Privado

Emprego com Carteira no Setor Público

Emprego sem Carteira no Setor Público

Militar ou Funcionário

Público

Trabalhador por Conta

Própria Empregador Homens

Brancos 1.534,27 1.246,03 2.398,15 1.932,96 4.145,84 2.708,74 4.528,99 2.355,50 6.053,27

Mulheres

Brancas 974,39 751,31 1.888,49 1.669,46 3.049,98 1.866,49 3.564,21 1.691,79 4.442,52

Brancos 1.015,70 766,33 2.168,92 1.813,07 3.532,87 2.175,38 3.991,55 2.086,37 5.564,07

Homens Pretos

& Pardos 1.171,38 891,48 1.474,95 1.056,61 1.968,30 1.857,18 2.848,00 1.414,59 3.194,33 Mulheres

Pretas & Pardas 933,66 662,20 1.167,36 875,63 1.603,97 1.421,15 2.201,06 922,04 2.811,81 Pretos & Pardos 949,96 668,34 1.355,13 982,70 1.754,28 1.583,45 2.525,84 1.226,67 3.087,68

PEA Total 972,54 702,32 1.783,58 1.424,46 2.773,05 1.904,10 3.417,11 1.675,29 4.792,20

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Emprego Doméstico com Carteira

Emprego Doméstico sem Carteira

Emprego com Carteira no Setor Privado

Emprego sem Carteira no Setor Privado

Emprego com Carteira no Setor Público

Emprego sem Carteira no Setor Público

Militar ou Funcionário

Público

Trabalhador por Conta

Própria Empregador Homens

Brancos 1.306,35 974,72 2.451,07 2.136,05 4.613,68 2.579,82 4.271,40 2.533,35 6.094,83

Mulheres

Brancas 989,56 840,82 1.920,03 1.627,48 2.665,50 2.046,36 3.376,56 1.800,91 4.641,49

Brancos 1.016,13 845,75 2.214,66 1.913,09 3.540,18 2.239,36 3.767,46 2.234,21 5.683,52

Homens Pretos

& Pardos 1.156,65 700,97 1.477,11 1.106,80 2.436,27 1.658,22 2.970,38 1.423,93 3.766,90 Mulheres

Pretas & Pardas 922,42 738,68 1.197,10 895,57 1.475,47 1.707,50 2.210,27 968,00 3.167,59 Pretos & Pardos 942,19 737,54 1.364,79 1.026,10 1.903,16 1.688,13 2.593,84 1.251,30 3.593,19

PEA Total 967,18 776,13 1.825,43 1.493,80 2.864,43 1.989,51 3.304,13 1.780,19 5.042,07

Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada.

Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso).

Tabela IX.  Rendimento real médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores RMs desagregada por posição na ocupação, Brasil, fev / 13 (em R$, fev / 14 - INPC)

Tabela X.  Rendimento real médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores RMs desagregada por posição na ocupação, Brasil, fev / 14 (em R$, fev / 14 - INPC)

Síntese estatística: indicadores representativos sobre desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho brasileiro

Referências

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