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CORRELAÇÃO ENTRE TESTES DE CRIATIVIDADE FIGURAL

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Anais do XIX Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do IV Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 23 e 24 de setembro de 2014

CORRELAÇÃO ENTRE TESTES DE CRIATIVIDADE FIGURAL

Isabel Abreu

Psicologia

Centro de Ciências da Vida Isabel.cca@puccampinas.edu.br

Profª Drª Tatiana de Cássia Nakano

Avaliação Psicológica do Potencial Humano.

Centro de Ciências da Vida tatiananakano@puc-campinas.edu.br

Resumo: A criatividade tem sido um construto bastante estudado nas últimas décadas devido tamanha importância deste no atual contexto social, assim instrumentos psicológicos estão sendo desenvolvidos com a finalidade de avaliar a criatividade, seja a nível figural e/ou vebal, com isso o presente estudo teve como objetivo geral verificar a correlação entre dois instrumentos que avaliam a criatividade figural, como forma de contribuir para as medidas do construto de criatividade. A amostra deste estudo foi composta por 101 estudantes do ensino médio de uma escola pública do interior do Estado de São Paulo, sendo 43 do sexo masculino e 58 do sexo feminino, provenientes do 2º ano (n=54) e 3º ano (n=47), com idade entre 15 e 20 anos (M=16,22; DP =0,82). Os resultados demonstram que, em relação a análise descritiva do teste de criatividade da Bateria de Avaliação das Altas Habilidades (Nakano & Primi, no prelo), a característica criativa cujo os participantes obtiveram um maior desempenho foi Fluência (M=6,41; DP=2,70), já na análise descritiva do Teste de Criatividade Figural Infantil (Wechsler,2004) a característica que teve maior média foi Elaboração (M=23,25; DP=15,09), seguida de Fluência (M=11,16; DP= 5,42), Flexibilidade (M=9,03;

DP=4,47) e Originalidade (M=5,92; DP=4,47), e na correlação pode-se vericar correlações significativas para TCF I e II (Índice Criatividade Figural I e II) relacionado à Elaboração (r=0,33; r=0,34) e Cognição (r=0,53; r=0,54) da BAAH (Bateria de Altas Habilidades), e não apresentou correlação significativa para TCF I e II (Índice Criatividade Figural I e II) relacionado à Emoção (r=0,14; r=0,18) da BAAH (Bateria de Altas Habilidades).

Conclui-se que evidencias positivas de validade foram encontradas para o subteste de criatividade figural da bateria proposta, de modo que outros estudos são incentivados até que as qualidades psicométricas do instrumental possam ser comprovadas.

Palavras-chave:c r i a t i v i d a d e ; s u p e r d o t a ç ã o ; a l t a s h a b i l i d a d e s .

Área do Conhecimento: Ciências humanas- Construção e validade de testes, escalas e outras medidas psicológicas - Fapic/Reitoria.

1. INTRODUÇÃO

A criatividade tem se tornado um construto de grande interesse por parte de pesquisadores mediante a relevância que esse possui, pois com a necessidade urgente do ser humano em modificar seus comportamentos e desenvolver novas habilidades, além daquelas que ele já possui, a

criatividade acaba sendo uma via para esse processo de mudanças nos mais diferentes contextos sociais que o ser humano esta inserido [20,21,25], isto porque segundo [15] atualmente ainda existe a complexidade do mundo moderno, e seus avanços tecnológicos que fazem os indivíduos se depararem com diversos desafios, os quais por sua vez fazem despetar nos indivíduos o quanto é necessário utilizar-se da criatividade para encontrar novas soluções para os problemas, sejam esses novos ou velhos [1,7,13,16].

Assim, esse cenário tem despertado diferentes questionamentos que cercam a temática da criatividade, e estimulado o estudo da criatividade, [21,18]. E, por meio dessas pesquisas, muito já se evoluiu quanto a compreensão do fenômeno criatividade, pois verifica-se na literatura a acirrada vontade em se entender o fenômeno desde aproximadamente 1970, então desse período até o presente momento, muito já se descobriu a respeito da criatividade, isto porque esta já foi vista como algo sobrenatural, onde poucos têm acesso, como uma concessão divina, tida até mesmo como forma de loucura por décadas em meados do século XVI, como impossível de se medir, diferenciando àquele que a possui de outros mortais e fora de controle ao ser humano[21].

Já atualmente, sabe-se que, todo o indivíduo pode ser criativo, porém poucos são os que desenvolvem tal potencial, pois não são muitos os que têm a oportunidade de desenvolver tal aptidão, isto também depende dos contextos sociais que esse esta imerso, porque para desenvolve-la é preciso que se exercite, é necessário que se crie formas próprias que auxiliem o pensar de forma criativa, e tal agir é desafiador, e se faz necessário uma verdadeira desconstituição de saberes que lhe são impostos no decorrer da sua formação como ser integrante da sociedade [15].

Ainda, [4] complementa que as pessoas criativas podem ser consideradas como facilitadoras para as comunidades, visto que buscam novas direções, novos horizontes, novas idéias, e segundo [3,19,5,14,6] com isso pode-se conseguir ferramentas que permitam auxiliar o desenvolvimento da criatividade, em diferentes fases da vida e em diferentes contextos, pois é possível avaliar a criatividade.

Quando se refere ao desenvolvimento da criatividade, também é necessário refletir a respeito da avaliação da criatividade, que a nível nacional,

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segundo o Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI), o qual é um sistema do Conselho Federal de Psicologia que realiza a avaliação dos testes psicológicos [17], e relata em sua lista de testes psicológicos aprovados, e no país existem apenas três instrumentos que são validados para avaliar a criatividade, sendo, o Teste de Criatividade Figural Infantil [12] para uso da avaliação da criatividade na população infantil; o Pensando Criativamente com Palavras e Pensando Criativamente com Figuras de Torrance [22] e Escalas de Estilos de Pensar e Criar [23] para o uso da avaliação da criatividade para população jovem e adulto.

Já em relação a nível internacional, segundo [2] existem diferentes maneiras para avaliar a criatividade e agrupar os instrumentos existentes, como: testes de pensamento divergente, inventários de personalidade, indicações de professores, avaliação de supervisor, inventários de atitudes e interesses, entre outros que são possíveis para a avaliação da criatividade.

Ainda destaca-se aqui que, as quais apontam o quanto é necessário criar instrumentos novos para se avaliar a criatividade, pois a avaliação do construto é fidedigno e preciso, porquanto o fenômeno da criatividade sai do que se chama subjetivo para que sua compreensão atinja o campo científico, e ainda complementam também a respeito da importância da adaptação de testes para a nossa realidade brasileira, instrumentos para medição da criatividade para a nossa população, como os testes de Torrance, que foram adaptados para a população brasileira, mas sua tradução já atinge cerca de 30 idiomas, assim como sua padronização em diversos países, o mesmo permite que se avalie 14 características da cognição e da emoção da criatividade [10].

Nesse sentido, [8] em uma revisão da literatura a respeito dos estudos da criatividade verificou que, a população adulta é o que mais chama a atenção dos estudiosos, seguido das crianças, assim como inexistem estudos que verifique a temática na velhice, sendo de grande importância que se estimule estudos de criatividade em qualquer tipo de população, já que o desenvolvimento da criatividade se faz necessário e relevante em qualquer fase da vida, a completar, em estudo próximo a este, [18] destacam a importancia de se realizar estudos de criatividade em diferentes contextos, bem como, com populações minoritárias, as quais pouco tem aparecido em estudos de criatividade, como: pessoa com deficiência, alunos com altas habilidades, idosos em universidades de terceira idade, espaços não formais de aprendizagem e de educação, educação a distância.

Diante disto, pode-se verificar que, a criatividade é um fenômeno relevante, e que muito pode contribuir para o desenvolvimento do indivíduo, e estudos acerca da avaliação e desenvolvimento da criatividade tem sido realizado e precisam ser

explorados. Com isso, o presente estudo visa contribuir para as medidas desse construto.

2. OBJETIVO

O presente estudo tem como objetivo geral verificar a correlação entre instrumentos que avaliem criatividade figural, como forma de contribuir para as medidas do construto de criatividade.

3. MÉTODO Participantes

A amostra deste estudo foi composta por 101 estudantes do ensino médio de uma escola pública do interior do Estado de São Paulo, sendo 43 do sexo masculino e 58 do sexo feminino, provenientes do 2º ano (n=54) e 3º ano (n=47), com idade entre 15 e 20 anos (M=16,22; DP =0,82).

Instrumentos

1) Pensando Criativamente com Figuras de Torrance - versão brasileira (Wechsler, 2004), o qual é composto por três atividades que solicitam ao respondente que realize desenhos a partir de estímulos incompletos. A primeira atividade é composta por apenas um estímulo e o tempo de duração é menor que as demais, pois funciona como um “aquecimento” para a realização das outras atividades. A segunda atividade é composta por 10 estímulos diferentes e a terceira atividade compõe-se de 30 estímulos iguais em forma de um quadrado incompleto. São avaliadas 12 características, sendo elas: Fluência, Flexibilidade, Originalidade, Elaboração, Uso de Contexto, Perspectiva Incomum, Perspectiva Interna, Movimento, Títulos Expressivos, Expressão de Emoção, Fantasia, Extensão de Limites.

2) Bateria de Altas Habilidades / Superdotação (Nakano & Primi, no prelo), a qual é composta por quatro subtestes de inteligência (Raciocínio Verbal, Abstrato, Numérico e Lógico) e dois subtestes de criatividade (Teste Completando Figura e Teste de Criação de Metáforas). Para este estudo foi utilizado o Teste Completando Figuras, que avalia a criatividade figural.

O subteste avalia a criatividade figural através da realização de desenhos fazendo-se uso de um estímulo incompleto, o qual deverá ser completado à vontade do examinando. Dez estímulos são fornecidos na atividade, para a qual o tempo limite de execução é de 10 minutos. A avaliação de cada desenho é feita, considerando-se a ocorrência de onze características/indicadores criativos: Fluência (quantidade de desenhos relevantes), Flexibilidade (diversidade de categorias), Elaboração (quantidade

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de detalhes que compõe o desenho), Originalidade (quantidade de ideias incomuns), Expressão de Emoção (sentimentos apresentados nos desenhos ou nos títulos), Fantasia (expressão de seres imaginários, personagens de contos de fada, etc.), Movimento (expressão explícita de movimento), Perspectiva Incomum (realização de desenhos sob ângulos diferentes), Perspectiva Interna (detalhes que mostrem visão interna dos desenhos), Uso de Contexto (desenho inserido num contexto) e Títulos Expressivos (títulos que refletem abstração na nomeação dos desenhos).

As pontuações em tais características são posteriormente agrupadas em três fatores: (1) Elaboração - Fantasia, Perspectiva Incomum, Perspectiva Interna, Uso de Contexto e Elaboração);

(2) Emocional - Expressão de Emoção,Movimento e Títulos Expressivos e (3) Cognitivo - Fluência, Flexibilidade e Originalidade.

Procedimentos

Primeiramente submeteu-se este projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, o qual aprovou a realização desta pesquisa. Em seguida, contactou algumas escolas para verificar qual escolha tinha interesse em desenvolver e participar do estudo, assim após a aceitação de uma escola pública do interior de São Paulo, os Termos de Consentimentos Livre e Esclarecidos (TCLE) foram enviados aos pais. Os testes foram aplicados de forma coletiva em sala de aula naqueles estudantes cujos pais ou responsáveis assinaram o termo aprovando a participação do filho (a), em aplicação única, com duração aproximada de 1 hora e 30 minutos. Participaram quatro turmas e assim ocorreram quatro aplicações, sendo uma em cada turma. Os estudantes responderam primeiramente ao instrumento de criatividade Testes de Torrance versão adaptada e, em seguida, o teste de criatividade figural que compõe a Bateria de Altas Habilidades / Superdotação.

Posteriormente a isto, os testes foram corrigidos seguindo as normas de correção dos manuais, assim os dados foram digitados em um banco de dados, e análise estatística foi realizada por meio do programa estatístico de computador SPSS, realizando por meio desse, três análises estatísticas, sendo, duas análises descritivas, para cada um dos instrumentos, e por fim a análise por meio da correlação de pearson, e a partir disso os resultados foram discutidos.

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente estudo se propôs a verificar a correlação entre dois instrumentos que avaliam a criatividade figural por meio das características criativas, assim foram realizadas três análises estatísticas por meio do programa estatístico de

computador SPSS, e assim foram realizadas duas análises descritivas para cada uma das avaliações criativas feitas por meio de dois testes de criatividade como mencionados anteriormente, e por fim foi feita uma análise de correlação por meio da Correlação de Pearson através do mesmo programa estatístico.

Diante disso, segue a Tabela 1, a qual apresenta a análise descritiva das avaliações realizadas com os instrumentos Teste de Criatividade de Torrance versão brasileira adaptada, parte figural [12] e Bateria de Altas Habilidades / Superdotação (Nakano & Primi, no prelo), e bem como, também demonstram os resultados da Correlação de Pearson entre características de criatividade figural dos dois instrumentos aqui já mencionados.

Na Tabela 1, em relação a análise descritiva do teste de criatividade da Bateria de Avaliação das Altas Habilidades (Nakano & Primi, no prelo), a característica criativa cujo os participantes obtiveram um maior desempenho foi Fluência (M=6,41;

DP=2,70), a qual seria a capacidade de produzir uma quantidade de idéias, sem que se realize um bloqueio diante das respostas, assim a pessoa criativa com alta Fluência conseguiria gerar uma grande quantidade de idéias perante qualquer situação e/ou até uma situação problema [7,10].

Ressalta-se ainda que, seguido de Fluência, outras características que obtiveram maior média, como, Originalidade (M=4,14; DP=2,12) e Flexibilidade (M=3,56; DP=1,57), assim de acordo com [7], Originalidade é o quão competente o indivíduo pode ser com idéias incomuns, já Flexibilidade está relacionada a produção de respostas em diferentes categorias.

No entanto, as características que os participantes obtiveram menos desempenho foram Fantasia (M=0,04; DP=0,19), que seria segundo [10]

a capacidade do indivíduo se ir para um mundo irreal, e conseguir construir a partir desse mundo seres

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imaginários; Movimento (M=0,05; DP=0,21) que segundo [7] seria a capacidade de expressar o funcionamento dos objetos, e Expressão de Emoção (M=0,07; DP=0,25), o qual seria a forma de se expressar o que se sente não só através do desenho, mas também por meio de um título do desenho realizado [7].

Já em relação a segunda análise, a análise descritiva do Teste de Torrance, a característica que teve uma maior média foi Elaboração (M=23,25;

DP=15,09) descrito por [7] como a maneira de desenvolvimento e ampliação no detalhamento de idéias, seguido de Fluência (M=11,16; DP= 5,42), Flexibilidade (M=9,03; DP=4,47) e Originalidade (M=5,92; DP=4,47). Assim, [11] em uma pesquisa realizada a respeito da criatividade figural de estudandes do ensino médio, também encontram médias altas nas três turmas integrantes do ensino médio (1ªsérie, 2ªsérie e 3ª série), para as características criativas, Elaboração, Fluência e Flexibilidade. O mesmo foi verificado em um estudo de [10] com estudantes do ensino fundamental, sendo que, as características criativas Elaboração, Fluência, Flexibilidade foram pontuadas com médias superiores pelo grupo de alunos que se encontravam no final do ensino fundamental (8ªsérie).

Por meio detes resultados, também é possível verificar e discutir que, o desenvolvimento da criatividade pode estar relacionado a série escolar e idade do sujeito, sendo assim, o sujeito apresentaria melhora na criatividade, quanto mais velho estiver e quanto mais se desenvolver e progredir em relação a nível escolar, como já foi apontado por diferentes pesquisadores, em diferentes estudos realizados, como por: [10,11, 24].

Continuando a respeito da segunda análise descritiva do estudo, Fantasia (M=0,10; DP=0,37) foi a menor média alcançada pelos participantes, seguida também de Movimento (M= 0,23; DP=0,57), Uso de Contexto (M=0,24; DP= 0,69) e Expressão de Emoção (M=0,29; DP=0,68). Resultados esses, diferentes de [11], as quais em estudo com alunos do ensino médio, encontram médias altas na característica Fantasia. O mesmo foi visto por [11] em uma pesquisa realizada a respeito da criatividade figural de estudandes do ensino médio, na qual os integrantes de três turmas do ensino médio (1ªsérie, 2ªsérie e 3ª série) apresentaram menores desempenho nas caracteríticas criativas, Movimento e Fantasia.

A correlação entre as características criativas dos testes da Bateria de Avaliação das Altas Habilidades e Teste de Criatividade Figural Infantil por meio da Correlação de Pearson foi empregada, sendo adotado significância de p<0,01. Nota-se a existência de uma correlação significativa entre a maioria das características criativas, como, Fluência (r=0,55;

p<0,00), Flexibilidade (r=0,36; p<0,00), Originalidade (r=0,37; p<0,00) e Elaboração (r=0,43; p<0,00). Para p<0,05, nota-se correlação significativa nas

características, Uso do Contexto (r=-0,21; p<0,03), Perspectiva Interna (r=0,35; p<0,00) e Títulos Expressivos (r=0,24;p<0,01). Não foram encontradas correlações significativas entre as características de Perspectiva Interna, Movimento, Expressão de Emoção e Fantasia, as quais devem ser melhor investigadas em estudos futuros.

Posteriormente a análise da correlação entre os fatores dos dois instrumentos foi estimada, cujos dados seguem na Tabela 2.

Na Tabela 2, verifica-se os resultados encontrados a partir da análise realizada por meio da Correlação de Person, a qual foi aplicada buscando verificar a relação entre os fatores gerais de cada um dos instrumentos. Assim os resultados apontam correlações significativas para ICF I e II (Índice Criatividade Figural I e II) relacionado à Elaboração (r=0,33; r=0,34) e Cognição (r=0,53; r=0,54) da BAAH (Bateria de Altas Habilidades), sendo importante destacar o fato de que o ICF I agrupa as características criativas consideradas cognitivas, apresentando correlação moderada com o fator cognitivo da BAAH/S. Do mesmo modo, o ICF II, agrupa as características cognitivas e emocionais, tendo se mostrado significativo com o fator elaboração e cognitivo da BAAH/S. Destaca-se ainda que, não apresentou correlação significativa para TCF I e II (Índice Criatividade Figural I e II) relacionado à Emoção (r=0,14; r=0,18) da BAAH (Bateria de Altas Habilidades).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados encontrados apontam para evidencias positivas de validade convergente do subteste de criatividade figural da Bateria de Avaliação das Altas Habilidades / Superdotação.

Novos estudos devem ser desenvolvidos até que as qualidades psicométricas do instrumento proposto possam ser comprovadas para sua disponibilização para uso profissional.

Aponta-se como limitação da generalização dos resultados o fato do Teste Figural de Torrance não avaliar, separadamente, as características emocionais da criatividade, de modo que tal fator na BAAH/S não pode ser comparado diretamente ao resultado obtido no teste tomado como critério para a busca de evidências de validade convergente.

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AGRADECIMENTOS

As autoras agradecem a PUC-CAMPINAS pelo apoio devido a bolsa FAPIC/Reitoria, sem a qual não seria possível o desenvolvimento desse estudo.

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