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RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INDICADORES MACROECONÔMICOS

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RELATÓRIO DE CONJUNTURA:

INDICADORES MACROECONÔMICOS

Outubro de 2009

Nivalde J. de Castro

Daniel Bueno B. Tojeiro

(2)

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES

SOBRE O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL

INDICADORES DE CONJUNTURA

MACROECONÔMICA

OUTUBRO de 2009

Nivalde J. de Castro Daniel Bueno B. Tojeiro

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Índice

1 – SUMÁRIO EXECUTIVO...4 2 – INFLAÇÃO...6 2.1 – IGP-M (FGV) ... 6 2.2 – IPC (Fipe): ... 6 2.3 – IPCA (IBGE):... 7 3 – FINANCIAMENTO ...9 3.1 – BNDES ... 9 4 – CÂMBIO ...12 5 – JUROS ...13 6 – BALANÇA COMERCIAL ...14 7 – PRODUÇÃO INDUSTRIAL...16 7.1 – CNI ... 16 7.2 – IBGE... 17 8 – PIB ...21 9 – EMPREGO E RENDA...22

Relatório Mensal de Indicadores de Conjuntura Econômica(1)

Nivalde J. de Castro(2)

Daniel Bueno B. Tojeiro (3)

(1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza

Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro.

(2) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico.

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1 – SUMÁRIO EXECUTIVO

O IGP-M em outubro de 2009 registrou inflação de 0,05%, ante também inflação de 0,42% no mês anterior. O IPA apresentou inflação de 0,04%. Já o IPC registrou aumento de 0,03%. Já o INCC apresentou um aumento de 0,13% em outubro. O IPC-Fipe e o IPCA apresentaram, respectivamente, 0,25% e 0,28% de inflação no mês de outubro frente a 0,16% e 0,24% em setembro.

Em outubro, a cotação do dólar registrou forte oscilação ao longo do mês, embora ao término do período tenha registrado retração de 2,0% na comparação com a cotação do início do mês. A cotação máxima foi de R$ 1,7844 a venda e R$ 1,736 a compra, no dia 2; enquanto a mínima ocorreu no dia 15 e foi de R$ 1,7029 a compra e R$ 1,7037 a venda. A média mensal foi de R$ 1,7376 a compra e R$ 1,7384 a venda.

O BNDES realizou desembolsos totais de R$ 12,68 bilhões durante o mês de setembro. Deste montante, o setor elétrico brasileiro recebeu R$ 1,46 bilhão, o que representou aproximadamente 36% do total liberado para o segmento de infraestrutura e cerca de 12% do total desembolsado pelo banco de fomento. No acumulado de janeiro a setembro, os desembolsos totalizaram R$ 95,86 bilhões, o que significou expansão de 60% em relação ao mesmo período de 2008. O setor elétrico brasileiro recebeu R$ 8,80 bilhões em desembolsos no período, o que representou uma participação de 9% do total e cerca de 28% do segmento de infraestrutura.

A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 1,328 bilhões em setembro de 2009, frente a US$ 1,329 bilhões do mesmo mês no ano passado. Houve aumento de 4,7% no saldo da balança comercial do país, em valores médios, visto que a média diária em setembro do ano corrente foi de US$ 63,2 milhões, enquanto que no mês homônimo do ano passado o volume médio diário foi de US$ 60,4 milhões.

A taxa básica de juros do Brasil, a Selic, manteve-se estável em 8,75% pelo Copom. As expectativas do mercado apontam para a manutenção da taxa Selic até o final do ano. Em setembro de 2009, já descontadas as influências sazonais, a produção industrial avançou 1,0% frente a agosto, conforme dados da CNI. Houve também variação positiva de 2,7% na massa salarial, na comparação com o mês imediatamente anterior do mesmo ano. Já o número de horas trabalhadas também registrou crescimento de 0,4% em setembro, com ajustes sazonais. Em contrapartida, houve o rompimento da trajetório de crescimento da utilização da capacidade instalada da indústria. Já de acordo com o IBGE, o nível de produção industrial em setembro teve crescimento de 0,8% em relação ao mês de agosto, o que significou o nono mês seguido de aumento nesta base de comparação.

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2 – INFLAÇÃO

2.1 – IGP-M (FGV)

Em Outubro, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,05%, ante inflação de 0,42% no mês anterior. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), no ano, o índice acumula queda de 1,56% e, nos últimos 12 meses, o indicador acumulou baixa de 1,31%.

O Índice de Preços ao Atacado (IPA), que representa 60% do IGP-M, apresentou inflação de 0,04%, contra variação positiva de 0,53% em setembro.

Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), correspondente a 30% do índice geral, registrou aumento de 0,03% em outubro após situar-se em 0,28% no mês anterior.

Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), responsável por 10% do IGP-M, apresentou um aumento de 0,13% em outubro contra um acréscimo de 0,07% da pesquisa antecedente.

Tabela nº. 1

Brasil. Evolução dos Índices de Inflação. Novembro 2008 a Outubro 2009.

(em %)

Mês IGP-M IPA-M IPC-M INCC-M

novembro 08 0,38 0,30 0,52 0,65 dezembro 08 -0,13 -0,42 0,58 0,22 janeiro 09 -0,44 -0,95 0,75 0,26 fevereiro 09 0,26 0,20 0,40 0,35 março 09 -0,74 -1,24 0,43 -0,17 abril 09 -0,15 -0,44 0,58 -0,01 maio 09 -0,07 -0,30 0,42 0,25 junho 09 -0,10 -0,45 0,17 1,53 julho 09 -0,43 -0,85 0,34 0,37 agosto 09 -0,36 -0,61 0,16 0,01 setembro 09 0,42 0,53 0,28 0,07 outubro 09 0,05 0,04 0,03 0,13

Fonte: Elaboração do GESEL-IE-UFRJ com dados do Ipeadata

2.2 – IPC (Fipe):

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respectivamente. Em setembro, os resultados para esses períodos haviam mantido o patamar de 0,42% e 0,28%, respectivamente..

O grupo Habitação registrou aumento em outubro e ficou em 0,53%, ante 0,47% do mês anterior, setembro de 2009. O grupo Transportes teve um crescimento ainda maior, registrando inflação de 0,83% em outubro frente inflação de 0,25% no mês anterior; o de Despesas Pessoais ficou em 0,23%, ante 0,18%; e o de Saúde registrou

desaceleração, fechando em 0,28%, ante 0,65% em setembro. Na sequência, o grupo Vestuário apresentou, em outubro, uma forte desaceleração com uma taxa de 0,02% contra inflação de 0,75% observada em setembro; e o grupo Educação apresentou taxa de 0,03% ante 0,09%. O grupo Alimentação apresentou variação negativa de 0,45% em outubro contra deflação de 0,63% no mês anterior.

Tabela nº. 2

Brasil. Evolução do IPC da Fipe. Quadrissemanas de Outubro de 2009

(em %) Período IPC-Fipe 1ª Quadr. 0,12 2ª Quadr. 0,09 3ª Quadr. 0,16 Mês 0,25

Fonte: Elaboração do GESEL-IE-UFRJ com dados do Fipe

2.3 – IPCA (IBGE):

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de outubro de 2009 teve variação de 0,28%, 0,04 pontos percentuais acima da taxa de setembro (0,24%) e 0,17 pontos percentuais abaixo do índice de outubro de 2008 (0,45%). Com isso, o acumulado do IPCA nos últimos 12 meses ficou em 4,09%. No acumulado do ano, o IPCA se situa em 3,45%.

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Brasil. Evolução do IPCA. Novembro 2008 a Outubro 2009 (em %) Mês IPCA novembro 08 0,36 dezembro 08 0,28 janeiro 09 0,48 fevereiro 09 0,55 março 09 0,20 abril 09 0,48 maio 09 0,47 junho 09 0,36 julho 09 0,24 agosto 09 0,15 setembro 09 0,24 outubro 09 0,28

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3 – FINANCIAMENTO

3.1 – BNDES

O BNDES realizou desembolsos totais de R$ 12,68 bilhões durante o mês de setembro. Deste montante, o segmento de infraestrutura recebeu R$ 4,07 bilhões, o que significou aproximadamente 32% do total desembolsado pelo banco de fomento durante o mês de setembro. O setor elétrico brasileiro recebeu R$ 1,46 bilhão em desembolsos liberados pelo banco do fomento, o que representou aproximadamente 36% do total liberado para o segmento de infraestrutura e cerca de 12% do total desembolsado pelo BNDES para todos os segmentos de atuação do banco.

No acumulado de janeiro a setembro, os desembolsos do BNDES totalizaram R$ 95,86 bilhões, o que significou expansão de 60% com relação ao mesmo período de 2008. O segmento de infraestrutura registrou desembolsos de R$ 31,5 bilhões entre janeiro e setembro de 2009, o que representou 33% do total desembolsado no período pelo banco. O setor elétrico brasileiro registrou desembolsos de R$ 8,80 bilhões no período de análise, uma participação de 9% no total desembolsado pelo banco de fomento e cerca de 28% do segmento de infraestrutura.

No acumulado dos últimos 12 meses – perfazendo o período de outubro de 2008 a setembro de 2009, os desembolsos realizados pelo BNDES totalizaram R$ 127,95 bilhões. Houve crescimento de aproximadamente 52% na comparação com o período de 12 meses referente ao ano anterior, abrangendo o período de outubro de 2007 a setembro de 2008.

O segmento de infraestrutura registrou desembolsos de R$ 42,77 bilhões nos últimos 12 meses (outubro de 2008 a setembro de 2009), o que representou cerca de 34% do total desembolsado pelo BNDES no período de análise e significou crescimento de aproximadamente 23% na comparação com o mesmo período entre 2007 e 2008.

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setembro de 2008. Já as aprovações totalizaram R$ 24,26 bilhões, representando crescimento expressivo de 91%.

As consultas e enquadramentos, que dão uma amostra para possíveis aprovações e desembolsos futuros, totalizaram R$ 171,22 bilhões e R$ 141,58 bilhões, respectivamente, para o período de janeiro a setembro de 2009. Estes números representaram crescimento de 30% e 22% em relação ao período homônimo do ano anterior.

O BNDES já registrou, de janeiro até a segunda semana de outubro, desembolsos de R$ 105 bilhões, o que representou alta de 15%. Segundo projeções realizadas pelo presidente do banco de fonte, Luciano Coutinho, os desembolsos devem fechar o ano alcançando patamar entre R$ 120 bilhões e R$ 130 bilhões. De acordo com o banco, o desempenho se deve, em parte, ao corte de juros feito nas linhas de financiamento para compra de máquinas e equipamentos, em junho, além do forte rendimento do segmento de infraestrutura, em especial os projetos do setor elétrico.

O setor elétrico brasileiro deve terminar o ano de 2009 recebendo aprovação de R$ 14,6 bilhões, conforme projeções do BNDES. Para 2010, as projeções do banco de fomento são de que os desembolsos alcancem R$ 15,573 bilhões.

O BNDES possui atualmente uma carteira com 30 projetos de cogeração a biomassa que correspondem a 1 GW de potência e investimentos de R$ 5,1 bilhões. Já as PCHs somam 50 empreendimentos, com 1.045 MW, totalizando R$ 7,6 bilhões em investimentos e R$ 5 bilhões de financiamento. Os parques eólicas na carteira totalizam 10 projetos, com 675 MW, indo a R$ 3,6 bilhões de aporte total e R$ 2,1 bilhões de financiamento.

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três meses. A usina comercializou 615 MW médios em leilão de energia para entrega a partir de janeiro de 2012.

O BNDES também liberou R$ 50 milhões a Bioenergia Cogeradora S.A., empresa produtora de energia elétrica a partir da biomassa do Grupo Balbo, de Sertãozinho (SP) para investimentos em co-geração, máquinas e equipamentos. Do total liberado, R$ 13,325 milhões serão utilizados na expansão de co-geração na unidade instalada na Usina São Francisco, aumentando a capacidade de geração de 7 MW médios para 24 MW médios a partir do próximo ano.

O Banco do Brasil anunciou a intenção em aumentar o volume de financiamentos para o setor de infraestrutura, em especial para o setor de energia elétrica, nas ares de biomassa e PCHs. Já liberações de financiamento para projetos de energia elétrica e eólica durante o mês de setembro. Já o Banco do Nordeste do Brasil pretende focar nos financiamentos em parques eólicos no Nordeste inscritos para o leilão específico de fontes eólicas, previsto para dezembro.

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4 – CÂMBIO

Em outubro, a cotação do dólar apresentou forte oscilação ao longo do período,

conforme observado no Gráfico nº. 1, mas registrou retração do preço do dólar ao final do mês. A média registrada no último dia útil do mês de outubro representou redução de 2,0% em relação à média apontada no primeiro dia útil do mês. A cotação máxima durante o mês de outubro foi de R$ 1,7844 a venda e R$ 1,7836 a compra, no dia 2; enquanto a mínima ocorreu no dia 15 e foi de R$ 1,7029 a compra e R$ 1,7037 a venda. A divisa abriu o mês com a cotação de compra de R$ 1,7786 e R$ 1,7794 a venda. A média mensal foi de R$ 1,7376 a compra e R$ 1,7384 a venda.

Gráfico nº. 1

Taxa de câmbio – R$/US$ Compra e Venda. Outubro 2009

1,7000 1,7500 1,8000 1,8500 1,9000 1,9500 2,0000 1/ 10 /2009 2/ 10 /2009 3/ 10 /2009 4/ 10 /2009 5/ 10 /2009 6/ 10 /2009 7/ 10 /2009 8/ 10 /2009 9/ 10 /2009 10 /1 0/2 009 11 /1 0/2 009 12 /1 0/2 009 13 /1 0/2 009 14 /1 0/2 009 15 /1 0/2 009 16 /1 0/2 009 17 /1 0/2 009 18 /1 0/2 009 19 /1 0/2 009 20 /1 0/2 009 21 /1 0/2 009 22 /1 0/2 009 23 /1 0/2 009 24 /1 0/2 009 25 /1 0/2 009 26 /1 0/2 009 27 /1 0/2 009 28 /1 0/2 009 29 /1 0/2 009 30 /1 0/2 009

Dias ùteis no Mês de Julho

V al o r M édi o do lar Compra Venda

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5 – JUROS

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reuniu durante o mês de outubro e decidiu, por unanimidade, manter inalterada a taxa Selic em 8,75% ao ano. O Copom, na penúltima reunião, realizada em setembro, já havia mantido

inalterada a taxa de juros básica da economia.

O comunicado divulgado pelo Copom para justificar a decisão foi o mesmo utilizado na reunião anterior, em setembro. De acordo com o BC, o atual nível da taxa Selic "é consistente com um cenário inflacionário benigno" e contribui para assegurar a manutenção da inflação na trajetória de metas e para a recuperação não inflacionária da economia.

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6 – BALANÇA COMERCIAL

Durante o mês de outubro, que contou com 21 dias úteis, o montante de exportação alcançou US$ 14,082 bilhões. Sobre outubro de 2008, as exportações registraram retração de 20,3%, pela média diária. As importações totalizaram US$ 12,754 bilhões, registrando, igualmente, sobre igual período anterior, queda de 22,2%, pela média diária.

No período, a corrente de comércio alcançou a cifra de US$ 26,836 bilhões. Sobre igual período do ano anterior, a queda da corrente de comércio foi de 21,2%, pela média diária.

O saldo comercial do mês de outubro registrou superávit de US$ 1,328 bilhão. Sobre outubro de 2008, houve crescimento de 4,7% em relação à média diária, quebrando a seqüência de reduções dos meses anteriores. Na comparação com o mês de setembro do atual ano, o saldo de outubro registrou ínfima retração de apenas 0,1%, na média diária. Na primeira semana do mês, que contou com 2 dias úteis, houve saldo positivo de US$ 415 milhões. Já na segunda semana, com 5 dias úteis, o Brasil apresentou saldo positivo de US$ 361 milhões.

Na terceira semana de outubro, a balança registrou superávit de US$ 537 milhões, com 4 dias úteis. Enquanto isso, na quarta semana, que contou com 5 dias úteis, o saldo foi negativo em US$ 74 milhões. Finalmente, na quinta semana do mês, que contou com 5 dias úteis o saldo foi positivo em US$ 89 milhões.

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Tabela nº. 4

Brasil. Balança Comercial. Outubro 2009.

(em US$ milhões)

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7 – PRODUÇÃO INDUSTRIAL

7.1 – CNI

Os indicadores industriais relativos ao mês de setembro, divulgados pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), apontam a consolidação do cenário de recuperação da atividade industrial. Das cinco variáveis dos indicadores da atividade industrial do país, quatro registraram crescimento em relação ao mês de agosto. Apenas o índice de utilização da capacidade instalada da indústria registrou retração em setembro, na comparação com o mês anterior do ano corrente, o que, segundo a CNI, significa que a indústria tem folga para atender uma provável retomada da demanda sem ocorrer pressões sobre o níve de preços. Além disso, um indicador que registrou variação importante, também conforme análise da CNI, foi o crescimento das horas trabalhadas na produção. A CNI considera o número de horas trabalhadas na produção um indicador importante para o crescimento nos meses posteriores.

As vendas reais registradas em setembro, medidas pelo faturamento da indústria, cresceram 1,0% na comparação com agosto, na série dessazonalizada, e significaram redução de 4,7% em relação ao mesmo mês de 2008. No mês passado (agosto de 2009), havia sido registrada retração de 3,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a setembro, as vendas reais acumulam queda de 7,5% em relação a igual período de 2008. Já as horas trabalhadas registraram aumento de 0,4% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, e expressiva redução de 10,4% em relação a setembro de 2008. No acumulado de janeiro a setembro houve redução das horas trabalhadas de 9,1% em relação ao mesmo período de 2008.

Com os ajuste sazonais, o emprego industrial em setembro deste ano registrou crescimento de 0,2% na comparação com agosto, o que significou o terceiro mês seguido com alta após uma sequência de oitos meses seguidos com retração neste indicador. Na comparação com setembro de 2008, a queda foi de 4,8%.

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O nível de utilização da capacidade instalada na indústria (Nuci) ficou em 79,8% em setembro, em termos dessazonalizados. O indicador registrou retração de 0,4 ponto porcentual em relação ao mês de agosto (80,2%), rompendo a tendência de crescimento da utilização da capacidade instalada industrial, que havia sido retomada no mês de julho. A capacidade instalada está 3,2 pontos porcentuais abaixo do nível de setembro de 2008, quando se encontrava no patamar de 83,0%.

7.2 – IBGE

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente a setembro de 2009, o indicador de atividade industrial ajustado sazonalmente cresceu 0,8% em relação a agosto, o que representou a nova alta consecutiva nessa comparação. A taxa anualizada, dos últimos doze meses, manteve a tendência de queda, passando de uma redução de 8,9% em agosto (Setembro de 2008 a Agosto de 2009) uma diminuição de 10,3% em setembro (Outubro de 2008 a Setembro de 2009).

Na comparação com o mês de setembro de ano passado, entretanto, a produção da indústria brasileira registrou retração de 7,8%, o que representou decréscimo superior ao registrado em agosto deste ano, quando comparado com o mesmo mês de 2008, quando houve diminuição de 7,2%. A retração em setembro deste ano foi décimo primeiro recuo consecutivo neste termo de comparação. Entre janeiro e setembro de 2009, a queda foi de 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado, o que significou melhora com relação ao acumulado entre janeiro e agosto do ano, quando houve redução de 12,1% em relação ao mesmo período de 2008.

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O avanço no ritmo da atividade industrial em setembro atingiu 17 das vinte e sete atividades da pesquisa. Entre essas, o desempenho de maior importância para o resultado do mês veio de máquinas e equipamentos (5,8%), seguido por veículos automotores (3,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,8%), outros produtos químicos (1,4%), indústrias extrativas (1,6%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (5,0%). Em contrapartida, as principais influências negativas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-4,7%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-5,3%), alimentos (-1,0%).

Entre as categorias de uso, também na comparação mês/mês anterior, o setor de bens de capital sustentou o maior ritmo de crescimento (5,8%) entre agosto e setembro. Já a categoria de uso bens intermediários (0,8%) registrou a segunda maior variação entre agosto e setembro. Após as duas categorias citadas, situam-se as de bens de consumo semi e não duráveis (-0,7%) e de bens duráveis (-1,1%). Este último revertendo o crescimento registrado em agosto, quando havia sido a categoria com melhor resultado, com um crescimento de 5,1% em relação ao mês de julho do mesmo ano.

Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE, o comportamento da atividade industrial em setembro confirmou a trajetória de crescimento que teve início em março, do índice de média móvel trimestral, livres de influências sazonais. Para a indústria em geral, o acréscimo de agosto para setembro da atividade industrial foi de 1,4%. A categoria dos bens de capital exibiu o maior incremento (2,7%), o que significou ainda o quarto mês consecutivo com crescimento. Em seguida, a categoria dos bens de consumo duráveis registrou crescimento de 2,1%, enquanto que os bens intermediários também tiveram aumento, embora de 1,1%. O setor de bens de consumo semi e não-duráveis registrou acréscimo de 0,4% no período, o que interrompeu três meses seguidos de variação negativa.

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(11,9%). Nesta análise, os veículos automotores registraram o maior impacto negativo, com retração de 16,6%, seguido por máquinas e equipamentos (-20,0%), metalurgia básica (-13,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-21,0%) e indústrias extrativas (-9,3%).

Ainda na comparação entre setembro de 2009 e 2008, as quatro categorias de uso registraram queda. A categoria “bens de capital” teve o maior recuo (20,5%), acima do ritmo de atividade da indústria em geral, que teve retração de 7,8%. O resultado deste segmento foi influenciado pelos resultados negativos de todos os seus subsetores. O destaque negativo foi para bens de capital para transporte (-18,9%), para fins industriais (-32,4%) e para energia de elétrica (-39,0%).

Os bens intermediários registraram recuo de 7,5% na produção industrial durante setembro, em relação ao mês homônimo de 2008, o que representou melhora em relação ao resultado de agosto, quando houve decréscimo de 8,1% em relação à agosto de 2008. Contribuíram para a pequena melhora nesta categoria, o resultado das atividades dos itens associados ao setor refino de petróleo e produção de álcool, com crescimento de 4,9%.As maiores influências negativas foram registradas pelos produtos associados às atividades de metalurgia básica (-13,2%), indústrias extrativas (-9,3%), veículos automotores (-19,9%), alimentos (-11,1%) e produtos de metal (-16,1%). A construção civil (-7,4%) e o setor de embalagens (-3,0%) também contribuíram de forma negativa para o resultado da categoria dos bens intermediários.

A produção de bens de consumo duráveis em setembro do ano corrente ficou 6,4% abaixo do nível registrado em setembro de 2008. Houve piora do resultado neste segmento em relação ao registrado em agosto. Para tal, influenciaram para o resultado mais desfavorável o setor de automóveis (-5,7%), telefones celulares (-8,5%) e eletrodomésticos (-1,6%), especialmente os da “linha marrom” (-23,4%). Já os eletrodoméstico da “linha branca” registraram aumento 19,1%, muito em função da isenção de IPI concedida pela governo para tais equipamentos, como forma de retomar o consumo e o crescimento da economia após a crise econômica e financeira mundial que impactou o país.

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havia sido negativo em apenas 1,3%. Contribuiu bastante para a piora do quadro da produção industrial neste segmento, os resultados do subsetor dos carburantes, que registrou retração de 19,8%, em função da diminuição na oferta de álcool e gasolina. O único subsetor dessa categoria que apresentou crescimento na produção foi o de alimentos e bebidas elaborados (2,2%), destacando-se os itens cervejas e chope e leite esterilizado.

Tabela nº. 5

Brasil. Indicadores Conjunturais da Indústria Segundo Categoria de Uso. Setembro 2009. Variação (%) Acumulado Categorias de Uso Mês/Mês* Mensal No Ano 12 meses Bens de Capital 5,8 -20,5 -22,7 -16,6 Bens Intermediários 0,8 -7,5 -13,5 -12,4 Bens de Consumo 0,2 -4,5 -5,9 -5,8 Duráveis -1,1 -6,4 -14,5 -15,7

Semiduráveis e não Duráveis -0,7 -3,9 -2,9 -2,5

Indústria Geral 0,8 -7,8 -11,6 -10,3

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8 – PIB

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realizou, em outubro, mais uma reunião na qual foi decidida a manutenção da taxa Selic em 8,75%, conforme estabelecida na penúltima reunião ocorrida em setembro.

Segundo o boletim Focus do Banco Central, mercado financeiro projeta um crescimento de 0,18% do PIB para 2009. Para 2010, a previsão para o PIB manteve-se estável em 4,80%.

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9 – EMPREGO E RENDA

9.1 – IBGE

Em outubro, o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Emprego referente ao mês de setembro de 2009. A taxa de atividade, que é a percentagem de pessoas

economicamente ativas na semana de referência em relação às pessoas em idade ativa, ficou em 56,8% em setembro, mantendo-se estável em relação à taxa registrada no mês anterior (56,8%). Na comparação com o mesmo mês de 2008 (57,4%), a taxa de

atividade de setembro de 2009 registrou retração de 0,6 pontos percentuais. Já a taxa de desocupação, que representa o percentual de pessoas desocupadas na semana de referência em relação às pessoas economicamente ativas nessa semana, ficou em 7,7% no mês de setembro. A taxa apresenta um retração de 0,4 pontos percentuais em relação a agosto de 2009, quando a taxa de desocupação foi de 8,1%. Em relação à setembro de 2008 (7,6%), a taxa de desocupação de agosto do ano corrente teve aumento de 0,1 pontos percentuais.

Segundo a pesquisa do IBGE, no mês de setembro de 2009 havia 41,034 milhões de pessoas em idade ativa, o que representou estabilidade em comparação com o número de pessoas em idade ativa em agosto do mesmo ano, quando o total foi de 41,046 milhões. Já em relação ao mês de setembro de 2008, quando o total de pessoas em idade ativa foi de 40,385 milhões, houve aumento de aproximadamente 1,6%.

A população economicamente ativa (ocupados mais desocupados) foi estimada em 23,319 milhões de pessoas no mês de setembro e representou acréscimo de apenas 0,6% - na comparação com o mês de agosto do mesmo ano quando a PEA foi estimada em 23,334 milhões. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a PEA estimada foi de 23,175 milhões de pessoas, houve retração de apenas 0,6%.

A população ocupada de setembro foi estimada em 21,520 milhões e registrou variação de 0,4% em relação ao mês anterior, quando a população total ocupada foi de 21,444 milhões de pessoas. Na comparação com o mês de setembro de 2008, quando a população ocupada totalizou 21,399 milhões de pessoas, houve decréscimo de 0,6%. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado no mês de setembro foi estimado em 9,521 milhões; sem carteira assinada, 2,750 milhões;militares ou funcionários públicos estatutários, 1,687 milhões; por conta própria, 4,038 milhões; e empregadores 992 mil. Em relação à população ocupada, os números representam, respectivamente, 44,24%; 12,8%;7,8%; 18,8%;e 4,6%.

(23)

registrou decréscimo de 6,9%. O grupo dos militares ou funcionários públicos

estatutários também registrou diminuição de 3,9%. O grupo dos trabalhadores por conta própria registrou decréscimo de 1,2%. Já os empregadores manteve-se estável.

Entre os grupamentos de atividade, os trabalhadores foram divididos em: indústria extrativa e de transformação e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (3,562 milhões); construção (1,599 milhões);comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos (4,073 milhões);serviços prestados a empresas e

intermediação financeira, atividades imobiliárias (3,330 milhões);educação, saúde e serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (3,489 milhões); serviços domésticos (1,671 milhões); e outros serviços como alojamento e alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas, serviços pessoais (3,679 milhões).Em relação à população ocupada total no mês de junho, os grupamentos representam,

respectivamente, 16,6%; 7,4%; 18,9%; 15,5%;16,2%; 7,8%;e 17,1%.

Na comparação com agosto deste ano, o grupo relativo à indústria extrativa e de

transformação e produção e distribuição de eletricidade, gás e água registrou retração de 1,2% no mês de setembro.O grupo “construção” registrou aumento de 1,9% neste parâmetro de comparação. Já o segmento “comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos” obteve crescimento de 1,0%.Por fim, o segmento “outros serviços” registrou aumentod e 2,6% an comparação com o mês de agosto. Os demais grupamentos mantiveram-se estáveis.

Já em relação ao mês de setembro do ano passado, o segmento “indústria extrativa” registrou retração de 2,4%, enquanto que o grupo “construção” teve aumento de 1,8%. Os grupos “serviços prestados a empresas e intermediação financeira, atividades imobiliárias” e “educação também registraram crescimento de 2,5% e 3,5%,

respectivamente, na comparação com o mês homônimo de 2008. Os outros grupamentos mantiveram-se estáveis.

O contingente estimado de desocupados em agosto de 2009 ficou em 1,799 milhão, o que representou redução de 4,8% em relação ao mês de agosto do mesmo ano, quando o total estimado de pessoas desocupadas no país ficou em 1,889 milhão. Na comparação com o mês de setembro do ano anterior, quanto a estimativa de desocupados foi de 1,777 milhão de pessoas, o aumento foi ainda mais expressivo, com variação positiva de 1,3%.

No que se refere ao rendimento médio real da população ocupada, a estimativa para o mês de setembro ficou em R$ 1.346,70, o que representou aumento de 0,6% em relação ao rendimento médio estimado para o mês de agosto do mesmo ano. Quando comparado com a estimativa para o mês de setembro do ano passado, também observa-se aumento de 1,9% no montante do rendimento real médio.

(24)

relação a setembro do ano anterior); e para os trabalhadores por conta própria, R$ 1.129,4 (aumento de 0,5% em relação ao mês anterior e aumento de 3,1% em comparação com setembro de 2008).

9.2 – CAGED

De acordo com a Evolução de Empregos do Cadastro Geral de Empregados e

Desempregados (CAGED), em setembro o número de trabalhadores empregados foi de 1.491.580 contra 1.238.963 demitidos, ficando com um saldo (a diferença entre total de admissões e demissões) positivo de 252.617 postos. No acumulado em 12 meses, ainda refletindo resultados anteriores à crise, o saldo ficou positivo em 298.285. No

acumulado do ano, o saldo está positivo em 932.651.

Tabela nº. 6

Brasil. Evolução do Emprego por Setor de Atividade Econômica. Setembro 2009.

EXTRATIVA MINERAL 4.227 3.091 1.136 0,66 31.996 31.346 650 0,38 42.552 46.114 -3.562 -2,02 IND. TRANSFORMACAO 351.039 227.721 123.318 1,68 2408.704 2345.945 62.759 0,85 3046.823 3329.363 -282.540 -3,73 SERV.IND.UTIL.PUB. 5.602 7.645 -2.043 -0,57 59.417 55.141 4.276 1,21 73.276 71.604 1.672 0,48 CONSTRUCAO CIVIL 182.719 150.052 32.667 1,53 1487.583 1303.379 184.204 9,54 1879.688 1798.498 81.190 4,31 COMERCIO 336.475 286.174 50.301 0,70 2737.988 2636.516 101.472 1,43 3711.810 3492.954 218.856 3,22 SERVICOS 508.162 445.394 62.768 0,48 4394.584 3983.158 411.426 3,23 5742.231 5372.495 369.736 3,03 ADMIN. PUBLICA 7.011 5.477 1.534 0,19 97.980 60.160 37.820 4,87 108.213 101.893 6.320 1,09 AGROPECUARIA 96.345 113.409 -17.064 -0,99 1053.949 923.905 130.044 8,34 1281.786 1375.173 -93.387 -5,27 OUTROS 0 0 0 - 0 0 0 - 0 0 0 -TOTAL 1491.580 1238.963 252.617 0,77 12272.201 11339.550 932.651 2,92 15886.379 15588.094 298.285 0,95 ATIVIDADE ECONOMICA VARIACÃO EMPR % TOTAL ADMIS. TOTAL DESLIG. VARIACÃO EMPR % TOTAL ADMIS. TOTAL DESLIG. SALDO NO ANO 12 MESES TOTAL ADMIS. TOTAL DESLIG. SALDO set/09 VARIACÃO EMPR % SALDO

Referências

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