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Utilização de Ferramentas Informáticas na Gestão de Projectos

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Academic year: 2021

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Escola de Engenharia

Departamento de Produção e Sistemas

Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial Ano Lectivo 2007/2008

Utilização de Ferramentas Informáticas

na Gestão de Projectos

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de:

Metodologias de Investigação

Trabalho realizado por: Diana Rocha nº 40536

Orientador: Professora Anabela Pereira Tereso

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Agradecimentos

Gostaria de agradecer às pessoas que tornaram possível a realização deste trabalho através do seu empenho e colaboração.

Deste modo, queria agradecer a ajuda da professora Anabela Pereira Tereso, minha orientadora, pelo apoio na recolha da bibliografia, pela orientação do meu trabalho e pela disponibilidade prestada.

Ao professor Fernando Correia, pela sua disponibilidade em esclarecer algumas dúvidas sobre gestão de projectos.

Agradeço também à minha família e amigos pelo apoio prestado durante a realização deste trabalho.

E por último, um agradecimento especial ao meu namorado, pela ajuda prestada, pelo apoio constante e pela compreensão nestes últimos tempos!

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Resumo

A gestão de projectos tem-se tornado uma disciplina fundamental nas organizações, na medida em que o mercado está cada vez mais competitivo. Com a crescente preocupação em entregar os projectos dentro dos prazos estipulados, com qualidade e dentro do orçamento previsto, é necessário recorrer ao uso de ferramentas informáticas.

Actualmente, é praticamente impensável gerir um projecto sem o apoio de um suporte informático, quer devido à sua dimensão, quer à sua complexidade. Mesmo para projectos simples, fazer alterações e actualizar toda a rede, é algo difícil de ser feito sem o uso de ferramentas informáticas.

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Abstract

Project management has been turning a fundamental discipline in the organizations, in the measure in that the market is more and more competitive. With to growing concern in giving the orders projects inside of the stipulated periods, with quality and inside of the foreseen budget, it is necessary to appeal to the use of software tools.

Today, it is practically unthinkable to manage a project without the support of a computerized form, either because of its size, or its complexity. Even for simple projects, make changes and update the entire network, it is somewhat difficult to be performed without the use of software tools.

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Lista de siglas

CPM Critical Path Method

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Índice

Resumo ... ii

Abstract ... iii

1. Introdução...1

1.1. Definição do Tema de Investigação ...2

1.2. Formulação e clarificação dos tópicos de investigação ...3

1.3. Planeamento da pesquisa bibliográfica ...4

2. Revisão Crítica da Literatura ...6

2.1. O que é um projecto ...7

2.2. Fases de um projecto ...9

2.3. O que é a Gestão de Projectos ... 13

2.4. As tendências da Gestão de Projectos nos últimos anos ... 14

2.5. A importância do uso de ferramentas informáticas no apoio à Gestão de Projectos ... 15

2.6. Potencialidades de um suporte informático de apoio à Gestão de Projectos ... 17

2.7. Custos associados à implementação de um software de Gestão de Projectos .... 22

2.8. Exemplos de ferramentas informáticas de apoio à Gestão de Projectos ... 23

2.8.1. Comparação entre o software Open Workbenh e o Microsoft Project ... 26

2.9. Softwares para a alocação de recursos ... 27

3. Aplicação prática de dois Softwares de Gestão de Projectos ... 30

3.1. Gantt Project ... 32

3.2. Open Project ... 34

4. Conclusões e Recomendações para Trabalho Futuro ... 37

5. Referências Bibliográficas ... 40

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Índice de Figuras

Figura 1: Processo de pesquisa...1

Figura 2: Fontes bibliográficas utilizadas ...5

Figura 3: Processo da revisão crítica da literatura ...6

Figura 4: Dimensão de um projecto ...8

Figura 5: Fases de um projecto... 10

Figura 6: Representação de possíveis relações entre as tarefas ... 12

Figura 7: Tipos de pacotes de softwares ... 18

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Índice de Tabelas

Tabela 1: Comparação entre o software Open Workbench e o Microsoft Project ... 27

Tabela 2: Dados técnicos ... 28

Tabela 3: Dados do projecto... 30

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1. Introdução

Em qualquer processo de pesquisa é necessário seguir um conjunto de etapas. Esta investigação em concreto, baseou-se na metodologia apresentada na figura 1.

Querer fazer a investigação

1. Formulação e clarificação dos tópicos de

investigação 2. Revisão crítica da literatura 3. Escolha da abordagem estratégica de investigação Fases do processo de pesquisa Motivo principal do processo de investigação Desmotivação investigação Sim Não Boa investigação 4. Aplicação prática

Figura 1: Processo de pesquisa

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deste trabalho foi obtido, onde se poderá verificar que foi tido em consideração querer fazer a investigação em causa.

A primeira fase do processo de pesquisa é a formulação e clarificação dos tópicos de investigação. Neste sentido, são apresentadas no ponto 1.2. as perguntas de investigação e a técnica usada para se ter chegado a estas. No ponto 1.3. serão identificados os métodos de pesquisa usados na investigação.

A segunda fase do processo de pesquisa é a revisão crítica da literatura, a qual se encontra exposta no ponto 2 deste trabalho.

O propósito da literatura depende da abordagem que se espera utilizar na investigação, sendo a próxima etapa a escolha dessa abordagem estratégica. Neste trabalho, foi usada a abordagem dedutiva, a qual é caracterizada pelo desenvolvimento de uma estrutura teórica que depois se irá testar com dados. No ponto 3 é feita uma aplicação prática em dois softwares de gestão de projectos –

Gantt Project e Open Project.

1.1. Definição do Tema de Investigação

No âmbito da disciplina de Metodologias de Investigação do 5º Ano do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial, que tem por objectivo a preparação dos alunos para a Tese de Mestrado do segundo semestre, foi solicitado aos docentes do Departamento de Produção e Sistemas que propusessem temas para investigação. Neste sentido, foi divulgada uma lista com várias propostas de possíveis temas de investigação em diversas áreas.

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organizações para conseguirem gerir os seus projectos de uma forma rápida e eficiente.

1.2. Formulação e clarificação dos tópicos de investigação

A primeira etapa do processo de investigação é a formulação e clarificação do(s) tópico(s) de investigação. Esta fase tem como objectivos, obter ideias que ajudem a escolher da forma mais apropriada os tópicos de investigação, conseguindo identificar quais os seus atributos e desta forma transformar as ideias em projectos de investigação com os seus objectivos bem definidos (Araújo, 2007).

Para gerar as ideias de investigação foi usada a técnica do Brainstorming. No entanto, também podia-se ter usado árvores de relevância, analisado projectos passados, trocado ideias com alguém, pesquisado na literatura, ou ter usado outras técnicas (Araújo, 2007).

Para refinar estas ideias, foi feito um estudo preliminar através da revisão de alguma literatura e depois implementada a técnica de Delphi, em conjunto com a minha orientadora, conseguindo obter ideias mais específicas para a investigação.

Após ter obtido as ideias para a investigação, foi necessário transformá-las em projectos de investigação. Deste modo, foram definidas as seguintes perguntas de investigação:

Como é que a utilização de ferramentas informáticas adequadas melhora o desempenho na gestão de projectos?

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1.3. Planeamento da pesquisa bibliográfica

Antes de iniciar uma pesquisa, é necessário fazer o seu planeamento com o intuito de poupar tempo, uma vez que há muita informação para ser analisada e seleccionada (Araújo, 2007).

Para o planeamento desta pesquisa bibliográfica foram definidos alguns parâmetros de pesquisa, nomeadamente:

Língua de publicação: Português, Inglês; Área de estudo: Gestão de projectos; Categoria: Engenharia/Tecnologia;

Período de publicação: Últimos cinco anos (no entanto, não foi encontrada muita informação relevante para este período de publicação, tendo posteriormente alargado este intervalo de tempo);

Subcategorias: Teses e Dissertações, Revistas nacionais, Revistas internacionais, Livros.

A parte mais importante no planeamento da pesquisa bibliográfica é a geração das palavras-chave. Numa fase inicial recorreu-se a alguma literatura aconselhada pela minha orientadora, para obter as palavras-chave iniciais deste estudo. De seguida foi aplicada a técnica do Brainstorming, que embora seja habitual ser aplicada em grupo, foi apenas realizada por mim e pela minha orientadora. A aplicação desta técnica teve por objectivo seleccionar os conceitos mais importantes e relevantes para o trabalho, para definir as palavras-chave que tivessem mais relevância para a pesquisa, conseguindo obter mais rapidamente as respostas às perguntas de investigação definidas anteriormente. As palavras-chave obtidas foram:

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Project Management comparison; Project Management software;

Support tools for Project Management.

Através das palavras-chave foram realizadas diversas pesquisas através de fontes primárias, secundárias e terciárias, com o intuito de posteriormente fazer uma análise crítica da literatura. As fontes utilizadas nesta investigação encontram-se na figura 2, tendo sido usadas maioritariamente fontes secundárias.

Fontes usadas Fontes terciárias Fontes secundárias Fontes primárias - Motores de busca - Enciclopédias - Livros - Artigos científicos - Teses

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2. Revisão Crítica da Literatura

A segunda fase do processo de pesquisa é a revisão crítica da literatura, a qual irá fundamentar toda a investigação. Esta análise, será um auxílio para conseguir responder às perguntas de investigação através da análise de investigações já realizados (Araújo, 2007).

Esta fase pode ser representada através de uma espiral ascendente, como mostra a figura 3.

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O capítulo da revisão crítica da literatura encontra-se organizado da seguinte forma: no ponto 2.1. vai ser explicado o que é um projecto e quais as suas características; em 2.2. serão apresentadas as fases de um projecto e algumas características fundamentais de cada uma; o ponto 2.3. abrange a gestão de projectos e algumas dificuldades encontradas na literatura, para se conseguir obter sucesso nesta área; no ponto 2.4. são apresentadas as tendências na gestão de projectos nos últimos anos; no ponto 2.5. vão ser apresentadas algumas razões pelas quais o uso de um suporte informático se torna vantajoso na gestão de projectos; em 2.6. apresentam-se algumas potencialidades necessárias nos suportes informáticos; no ponto 2.7. indicam-se os custos associados à implementação deste tipo de ferramentas; em 2.8. mostram-se exemplos e comparações de alguns softwares disponíveis no mercado e por último, em 2.9. é feita uma pequena comparação entre alguns softwares de alocação de recursos.

2.1. O que é um projecto

Os projectos já existem desde os tempos mais antigos que se possam imaginar, não sendo por isso nenhum conceito novo. No entanto, o que tem vindo a evoluir e a ganhar terreno nesta área, é a maneira como são geridos, uma vez que uma boa gestão de um projecto tem normalmente como consequência o seu sucesso (Jurison,

1999).

Um projecto pode ser caracterizado como sendo um conjunto de actividades, que têm por finalidade cumprir com o(s) objectivo(s) estabelecido(s), tendo para esse efeito, uma escala temporal definida, ou seja, uma data de início e de fim, assim como recursos e custos associados (Feio, 2004).

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Projecto

Pequena dimensão Grande dimensão

Figura 4: Dimensão de um projecto

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Um projecto tem que ter como objectivos, a obtenção dos resultados pretendidos após se realizarem as tarefas estabelecidas num determinado período de tempo (previamente estabelecido), mantendo os custos dentro dos limites orçamentados.

Principalmente após a sua conclusão, deve ser feita uma avaliação relativamente aos objectivos traçados no início e verificar quais os desvios encontrados relativamente aos tempos, custos e à qualidade da sua execução. No entanto, esta avaliação não deve ser realizada apenas na conclusão do projecto, como também ao fim de cada uma das suas fases. Jurison (1999) concluiu que, a maioria dos fracassos que ocorrem nos projectos são causados por razões técnicas, nomeadamente, pelo facto dos trabalhadores pura e simplesmente ignorarem as regras e princípios estabelecidos na gestão do projecto.

De uma forma genérica, um projecto tem que ser único, ter objectivos específicos, ser concluído dentro do tempo estipulado com as datas de início e conclusão bem definidas e dentro de um determinado orçamento. Existem portanto três variáveis críticas num projecto, nomeadamente, o tempo previsto, os custos e o seu desempenho, as quais necessitam de toda a atenção da gestão do projecto. Deste modo, o seu grande objectivo passa por encontrar um ponto óptimo, ou seja, um equilíbrio entre estas variáveis (Jurison, 1999).

2.2. Fases de um projecto

Tal como referido anteriormente, os projectos têm um ciclo de vida bem definido, extinguindo-se no final. Deste modo, durante a vida de um projecto, existem várias fases de desenvolvimento que são semelhantes a uma grande parte dos projectos, e que mostram a sua evolução desde o início até à sua conclusão (Jurison, 1999). Um bom entendimento destas fases, é um factor crucial para que um gestor possa controlar, de uma forma eficiente, os recursos e tempos, conseguindo assim atingir os objectivos traçados.

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Concepção

Definição

Planeamento

Execução

Encerramento Controlo (medidas correctivas)

Figura 5: Fases de um projecto

“As fases são caracterizadas pelos tipos de tarefas a serem executadas e pelas decisões que têm de ser tomadas. Uma compreensão clara destas fases, ajuda os gestores de projectos a organizarem o trabalho e alocarem e controlarem os recursos para a realização das suas metas.” (Jurison, 1999).

A fase de concepção é a primeira etapa de desenvolvimento de um projecto. Nela, é concebida a ideia do projecto sob forma de objectivos. Ainda não há uma definição bem estruturada sobre o que se pretende fazer, por isso é necessário recorrer a estudos de viabilidade e de oportunidade, identificando apenas os requisitos essenciais do projecto de forma a conseguir definir e avaliar alternativas (Tereso,

2002). Segundo Jurison (1999), existem muitos projectos que não conseguem passar

desta fase, uma vez que fornece informação sobre o risco associado ao projecto e sobre os seus custos, podendo assim avaliar se vale a pena ou não prosseguir com o respectivo projecto.

Na fase de definição são estabelecidos e definidos detalhadamente os objectivos do projecto e o grupo que irá constituir a equipa de gestão do projecto.

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proceder à realização do projecto e o custo previsto para cada actividade. Após a definição destes parâmetros, é possível estabelecer/gerar um plano de execução do projecto (Feio, 2004). O planeamento serve para determinar as actividades e os recursos que são necessários e arranjar uma forma de os assegurar. Esta fase pode ser representada através de gráficos de rede ou através de gráficos de barras para se conseguir ter uma percepção mais simples e sugestiva. Para projectos mais complexos, a representação de um projecto através de gráficos de barras é a mais adequada, sendo que dentro destes, a forma mais comum de se representar um projecto é através do gráfico de Gantt. Uma das tarefas mais importantes na fase de planeamento, é a de atribuição do relacionamento entre as diversas tarefas do projecto, existindo para isso, quatro formas de o fazer (Feio, 2004):

Conclusão – Início: a conclusão de uma actividade condiciona o início da outra; Início – Início: o início de uma actividade condiciona o início da outra;

Conclusão – Conclusão: a conclusão de uma actividade condiciona a conclusão da outra;

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Atraso Conclusão - Início Conclusão - Conclusão Início - Início Início - Conclusão Legenda:

Figura 6: Representação de possíveis relações entre as tarefas (Feio, 2004)

Na fase de execução, são realizadas as actividades planeadas na fase anterior, tendo em conta o plano inicial, assim como todas as actividades que sejam necessárias utilizar para se corrigirem eventuais desvios durante o processo de controlo. O gestor do projecto tem como responsabilidade gerir os recursos que são necessários para conseguir concretizar os objectivos traçados (Jurison, 1999).

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O controlo, pode conduzir à decisão de se efectuarem medidas de correcção ou acertos no planeamento ou em qualquer uma das outras fases. Para isto, é necessário haver uma contínua medição do trabalho realizado e dos respectivos custos, para se poder detectar possíveis desvios entre o que foi planeado e o realizado, procedendo-se a eventuais modificações no plano, de forma a repor o curso normal do projecto. No entanto, caso estes desvios sejam muito grandes relativamente ao que foi planeado, o projecto pode mesmo atrasar-se, ou então incorrer num custo muito superior ao inicialmente previsto. O controlo é muito importante na medida em que permite manter o projecto em curso o mais perto possível do plano inicial, permitindo identificar os problemas e implementar planos de recuperação. Para que o controlo seja eficiente, deve ser feito sistemática e continuamente, de maneira a que o gestor possa ter uma visão constante do progresso do projecto. No entanto, a frequência com que se deve fazer o controlo é dependente do tipo de projecto e da sua dimensão (Jurison, 1999).

2.3. O que é a Gestão de Projectos

“Recentemente, a gestão de projectos tem sido vista como uma nova e principal forma de gestão para lidar com as complexidades de trabalho, baseadas nas organizações que enfrentam ambientes empresariais que são rapidamente variáveis”

(Jurison, 1999). Pode-se portanto dizer que a gestão de projectos é uma disciplina que

surgiu com a necessidade de responder às dificuldades encontradas em realizar uma gestão eficiente dos projectos.

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Segundo Jurison (1999), existem situações em que os objectivos e metas do projecto não são bem especificados e não há uma planificação correcta do projecto. Esta situação faz com que o prazo de conclusão do projecto e o orçamento sejam estimados de uma forma irreal. Para se conseguir alcançar o sucesso na gestão de um projecto, é necessário que os gestores projectem as suas metas, definam planos, avaliem os riscos, definam responsabilidades para cada elemento da equipa, e que isto seja transmitido a todas as pessoas envolvidas no projecto. Uma boa comunicação entre os membros envolvidos no projecto aumenta a probabilidade de sucesso, enquanto que a falta de comunicação pode levar ao seu fracasso completo. Portanto, a gestão do projecto tem também como responsabilidade gerir o processo de comunicação com toda a equipa de trabalho (Jurison, 1999).

2.4. As tendências da Gestão de Projectos nos últimos anos

A gestão de projectos, como uma profissão e área de pesquisa, continua a crescer, desenvolver e a adaptar-se. Regularmente enfrenta novos desafios, como as ferramentas, métodos e aproximações para a gestão, que são aplicados em diferentes áreas, para diferentes fins e em culturas distintas. Durante os anos cinquenta, a análise de redes e técnicas de planeamento, como o PERT e CPM, foi o foco de desenvolvimento em gestão de projectos (Crawford et al, 2006).

Crawford et al (2006), analisaram sete estudos sobre as tendências na área da

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programação. Deste modo, Crawford et al (2006) pesquisaram e encontraram tendências da gestão de projectos nos últimos anos, tendo posteriormente realizado a sua síntese. Desta análise pode-se constatar que tem havido uma redução nas tendências no que diz respeito às relações interpessoais, funcionalidades do produto e gestão da qualidade. Em contrapartida, há um crescente aumento na importância atribuída à avaliação e melhoria do projecto, gestão de custos, de recursos, de risco e do tempo, ou seja, estes tópicos são considerados relevantes para a gestão de projectos.

2.5. A importância do uso de ferramentas informáticas no

apoio à Gestão de Projectos

As ferramentas informáticas podem ser usadas para registo de documentação, mas são principalmente aplicadas na fase de planeamento de um projecto, para a alocação dos recursos às diversas tarefas, definição de horários do projecto, determinação dos seus custos e para fazer a análise de riscos. Para a alocação dos recursos é necessário, numa fase inicial, definir quais os recursos que estão disponíveis para executar o projecto. Uma vez isto concluído, tem que se atribuir a cada uma das tarefas do projecto, os recursos necessários e as respectivas quantidades ou pelo menos previsíveis. Quando se faz o planeamento, há a necessidade de se fazer uma avaliação dos acontecimentos futuros, recorrendo-se por isso a previsões. A análise de riscos pode ser feita com base na teoria das probabilidades, tendo como objectivo, limitar a amplitude dos seus efeitos e desvios durante a execução do projecto. As ferramentas informáticas também podem auxiliar na fase de execução e controlo, nomeadamente no que diz respeito à exportação dos dados do projecto para outras aplicações e à criação de documentos essenciais ao apoio da sua execução. Ajudam também a monitorizar a evolução das tarefas e a estudar o desempenho do projecto no que diz respeito ao trabalho, tempos e custos (Feio, 2004).

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torna-se ainda mais evidente, uma vez que todos os projectos consideram diversos recursos e custos.

Os softwares de gestão de projectos permitem determinar a quantidade de recursos que são necessários para o processamento de uma encomenda, entendida como um projecto, de maneira a que esta seja entregue ao cliente no prazo estabelecido e com a máxima qualidade possível. Estas ferramentas possibilitam uma determinação mais realista sobre a calendarização do projecto (Ware, 1991).

Mesmo em projectos mais simples, fazer alterações e actualizar toda a rede, à medida que o projecto se vai desenvolvendo, é algo que não se consegue fazer sem o uso de ferramentas informáticas, pois uma pequena alteração pode implicar a modificação de toda a rede (Roldão, 2000).

O suporte informático permite definir uma rede inicial, sobre a qual é possível efectuar simulações de alternativas e fazer alterações de uma forma mais rápida e flexível. O uso de computadores no apoio à gestão de projectos, permite divulgar a informação sobre o projecto de uma forma mais rápida e eficaz, por todos os responsáveis. Pode-se então dizer, que hoje em dia, quem quer fazer a gestão de projectos de uma forma rápida e eficiente, só o consegue recorrendo ao apoio de ferramentas informáticas. No entanto, não basta querer fazer uso delas para se conseguir obter uma boa gestão. É necessário haver recrutamento de pessoas competentes e qualificadas, que sejam capazes de assegurar esta tarefa.

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administrativas que podem ser feitas mais eficientemente através de computadores. Deste modo, os computadores tornaram-se ferramentas importantes, ajudando os gestores de projectos com os cálculos mais complexos e demorados, envolvendo a determinação de horários e outras informações relacionadas com o processo de programação.

Conlin et al (1997), concluíram no seu estudo que o crescimento rápido na

disponibilidade e poder dos computadores, provocou um decréscimo nos custos, tornando possível uma análise de grandes quantidades de dados de uma forma efectiva e eficaz para os gestores de projectos, permitindo monitorizar e controlar o progresso de todas as tarefas.

2.6. Potencialidades de um suporte informático de apoio à

Gestão de Projectos

Embora a área da gestão de projectos esteja em constante desenvolvimento, não foram encontrados artigos científicos mais recentes, que tivessem relevância para a pesquisa deste trabalho, sendo por isso de notar o recurso a fontes bibliográficas um pouco antigas.

Conlin et al (1997), fizeram uma pesquisa de pacotes de software comercialmente

disponíveis. Para o seu estudo foram identificados trinta e três vendedores de

software, os quais eram responsáveis pela produção e comercialização de quarenta e

seis programas na área da gestão de projectos. Foram enviadas cartas aos vendedores a pedir informação detalhada sobre os seus produtos. Destes vendedores, doze não responderam e vinte e um enviaram informação, dos quais, só treze foram considerados para a sua análise, uma vez que os outros oito não continham informação suficiente e adequada para o seu estudo.

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Características gerais – As quais dizem apenas respeito à designação do sistema, ao nome e endereço do vendedor e ao tipo de trabalho para o qual é projectado;

Características técnicas – São referentes a uma análise das características

standard, permitindo a análise das características particulares, como a

programação de recursos, a capacidade de multi-projecto, a afectação de custos, formatos de relatórios, entre outros;

Características especialistas – São referentes às características que são aplicáveis na gestão de projectos.

Conlin et al (1997), subdividem os pacotes de software segundo três categorias,

como indica a figura 7.

Tipos de Pacotes Intermédios Nível Básico Sofisticados Avançados

Figura 7: Tipos de pacotes de softwares

Os pacotes do primeiro nível, apesar de ser básico, podem ser úteis para alguns utilizadores. Conlin et al (1997) não incluíram no seu estudo este nível de software, uma vez que estes não se aplicam na área da construção.

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fornecer uma gama limitada de relatórios predeterminados. Alguns exemplos destes pacotes são: Powerproject Horizon, CA-Superproject, Hornet XK, Instaplan, Artemis

Schedule Publisher, Pertmaster Advanced 2.4, On Target v.1, Time Line v.5 e Project Scheduler 5.

Os pacotes avançados, permitem ao utilizador levar a cabo mais funções de controlo do projecto, as quais incluem a capacidade para alocar os recursos variáveis e os diferentes tipos de custos às tarefas, fornecendo características mais avançadas. Alguns exemplos destes pacotes são: Hornet 5000i, Primavera (P3) 5.1, Microplanner

V6, Microplanner Profession e Project/2 Series X.

Os pacotes sofisticados permitem ao utilizador levar a cabo actividades de controlo de projecto que permitem fazer a actualização do projecto, caso seja necessário, para repor o bom funcionamento do projecto. Os dois programas incluídos neste grupo são Artemis 7000 e OpenPlan, sendo estes muito caros.

Alguns pacotes de software podem ser mais satisfatórios para uma certa aplicação, ou indústria que outros. Por isso, cada gestor deve tomar a decisão sobre qual dos softwares existentes deve seleccionar para implementar o seu projecto. Teoricamente, isto seria fácil, não fosse o grande número de pacotes de software de gestão de projectos disponível no mercado.

Segundo Roldão (2000) qualquer suporte informático que uma empresa escolha para apoiar a gestão de um determinado projecto, deve ter como capacidades mínimas:

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Gerir recursos e custos: Numa primeira instância deve-se proceder à listagem de todos os recursos (humanos e máquinas) para depois os alocar às respectivas actividades. Há ainda a possibilidade de se associarem taxas ou salários aos recursos e contabilizar os custos dos materiais. Deste modo, com todos os recursos definidos e alocados às actividades, é então possível simular várias hipóteses, fazendo variar as taxas ou os custos e ainda aumentar ou diminuir o número de recursos;

Fazer a monitorização do progresso; Integrar bases de dados e relatórios.

Segundo Conlin et al (1997), as empresas devem ter em consideração na escolha do pacote de software a implementar, os seguintes aspectos:

Entrada de dados: É uma das características mais importantes num software. Estas entradas variam consoante as actividades sejam introduzidas uma de cada vez, ou a sua introdução seja múltipla;

Modo de transmitir em rede: Esta é outra característica fundamental para a selecção de um software, uma vez que é importante seleccionar um pacote que permita ao utilizador especificar as relações de precedência completas (conclusão - início, início - início, conclusão - conclusão, início - conclusão), assim como as durações dos atrasos;

Planeamento de recursos: As alocações dos recursos são características muito importantes na gestão de projectos. Esta importância torna-se ainda mais acentuada quando o utilizador exige controlar os recursos e os custos;

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Relatórios: Uma característica essencial que um pacote informático deve ter, é a capacidade de apresentar relatórios às pessoas ou gestores que podem estudar a informação, e caso seja necessário, actuarem e comunicarem essas informações aos restantes elementos envolvidos no projecto. A capacidade para produzir relatórios é o que distingue um software de nível básico dos pacotes de gestão industriais;

Integração de dados: A capacidade de importar e exportar dados com a finalidade de incluir em relatórios, gráficos e/ou listas de dados é outra característica bastante útil e importante na selecção de um pacote informático. Um bom software de gestão de projectos deve ter como potencialidades, a identificação de possíveis erros durante a programação, como por exemplo, atribuir mais do que uma tarefa a um determinado recurso para um mesmo instante de tempo. O software deve também assegurar a introdução das precedências das tarefas, realizadas pelo gestor do projecto, e ser capaz de determinar a sua data de entrega, tendo por base as estimativas das durações das diversas tarefas. A ferramenta informática tem que determinar qual o caminho crítico, ou seja qual é o conjunto de actividades críticas cujo atraso acarretará um atraso de igual valor na data de entrega do projecto. Esta potencialidade é muito importante na gestão de um projecto na medida em que, caso estas actividades flutuem no tempo (isto é, se atrasem), o gestor possa tomar as devidas precauções analisando e projectando novas alternativas para esse problema. Uma característica muito útil nestas ferramentas é a sua capacidade de adaptabilidade rápida face às alterações introduzidas no projecto, tornando o processo de voltar a efectuar o planeamento mais fácil, tornando o trabalho do gestor mais simplificado. Uma vez que hoje em dia, é necessário introduzir constantemente novas alterações no projecto, esta função é das mais importantes para se conseguir obter um bom desempenho na gestão de um projecto (Ware, 1991).

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estimativas de tempos, não podem ser efectuadas sem o apoio de alguém competente e qualificado (Ware, 1991).

2.7. Custos associados à implementação de um software de

Gestão de Projectos

Embora a área da gestão de projectos esteja em permanente desenvolvimento, no que diz respeito aos custos associados à implementação de um software, também não foram encontrados artigos científicos recentes, sendo por isso de notar o recurso a fontes bibliográficas mais antigas.

Segundo Ware (1991), a implementação de um software de gestão de projectos numa organização, implica os custos não só do próprio software como também, os custos relacionados com o hardware e a formação de pessoal. É frequente que a implementação deste tipo de ferramentas implique a compra de novo hardware, como por exemplo, memórias extra (uma vez que as já existentes não são suficientes) e uma rede de comunicações melhorada. Os custos de software, não se restringem unicamente ao pacote informático, como também, às actualizações e manutenções que são necessárias fazer constantemente no próprio programa. O último custo, diz respeito à formação que é necessária ser adquirida pelos futuros responsáveis pela tarefa de gestão do projecto.

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2.8. Exemplos de ferramentas informáticas de apoio à

Gestão de Projectos

Existem muitos pacotes de software de apoio à gestão de projectos, por isso há a necessidade de se conhecer muito bem quais as características que se pretende que a ferramenta informática possua para responder às necessidades do projecto em questão.

Deste modo, podem-se considerar como factores de escolha, a capacidade pretendida, o tipo de calendário desejado e o grau de flexibilidade, a programação de recursos (no que diz respeito à identificação de recursos críticos, à listagem de recursos e histogramas), a capacidade de detectarem erros na construção da rede assim como no lançamento dos relatórios, a capacidade gráfica, a capacidade de criar relatórios standard, a rapidez com que os relatórios são impressos, a facilidade de criar relatórios adaptados às necessidades, o grau de automatismo do programa, a possibilidade de fazer ligações a outros softwares, o grau de facilidade de utilização do programa, os custos de manutenção, de formação, de actualização, entre muitos outros.

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Softwares Open-Source Proprietary Desktop Applications Desktop Applications Web-based Applications Web-based Applications Mingle JIRA FogBugz CoP VPMi RiskyProject Planisware OPX2 Pro Merlin Microsoft Project Artemis ProjectPier Project.net Open Project Database Eventum dotProject GANTT Project TaskJuggler Open Workbench KPlato Topdesk Teamwork ProjectHand Project Insight

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Os softwares “Open-Source”, são programas cujo código fonte se encontra disponível ou pelo menos tem-se a indicação de como o obter, permitindo alterar e modificar os programas. Estes softwares tendem a ser mais seguros e a ocorrerem menos erros no sistema do que nos softwares “Proprietary”. Este tipo de software geralmente pode ser obtido de uma forma livre através da Internet, sem qualquer tipo de encargos para quem o obtém (pois normalmente são grátis). Por sua vez, os

softwares “Proprietary” ou comerciais, não são softwares livres, não fornecendo por

isso o código fonte, que possibilita alterar, modificar e melhorar os programas. Os produtores deste tipo de software, têm uma equipa de suporte dedicada a ajudar a resolver os problemas que os clientes possam ter com o seu produto. Geralmente estes softwares têm um custo bastante elevado [4].

Cada um destes tipos de software pode ainda ter aplicações:

No desktop: o programa é executado no desktop de cada utilizador. Neste tipo de aplicação, os dados do projecto são armazenados num arquivo, ou então numa base central;

Baseadas na Web: a gestão dos projectos só pode ser executada com uma aplicação Web, ou seja, a informação só pode ser acedida através de uma rede com Inter ou Intranet. Este é um tipo de aplicação bastante utilizada, na medida em que, permite fazer actualizações e manter aplicações Web sem haver a necessidade de instalar o software em todos os computadores.

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2.8.1. Comparação entre o software Open Workbenh e o Microsoft

Project

Neste subcapítulo, será apresentada uma breve comparação entre dois softwares de classes distintas: Open-Source (Open Workbench) e Proprietary (Microsoft Project).

Segundo [1], tanto o software Open Workbench como o Microsoft Project, têm algumas características em comum, nomeadamente:

Criar dependências entre as várias tarefas de um projecto e entre vários projectos;

Identificar o caminho crítico;

Os recursos podem ser pessoas, máquinas e materiais e ter várias disponibilidades;

Caso seja necessário, é possível alterar a atribuição dos recursos;

Os gráficos de GANTT e CPM são suportados por estas ferramentas informáticas;

Permitem obter relatórios e fazer análises da orçamentação dos custos e dos índices de desempenho.

No entanto, existem algumas diferenças entre estes dois softwares, como indica a

(35)

Tabela 1: Comparação entre o software Open Workbench e o Microsoft Project [1]

Softwares

Open Workbench Microsoft Project

Di fe re n ça s en tr e o s so ftw a re s Programação de recursos

Os horários são baseados nas durações

Os horários são baseados no trabalho

Criar dependências Inter-Projectos

O utilizador pode criar dependências entre projectos

O utilizador deve abrir o projecto, combiná-lo temporariamente com outros e criar a dependência entre

eles Trabalho Permite programar o trabalho em

feriados

Não autoriza a alocação de trabalho em feriados

Substituição de recursos

Quando um recurso é substituído, as estimativas do trabalho são

mantidas

Quando um recurso é substituído, as unidades são estabelecidos a

100% por padrão

2.9. Softwares para a alocação de recursos

Um projecto pode ser subdividido em múltiplas tarefas, as quais têm relações de precedência entre si, e quando estão a ser executadas requerem a utilização de um ou mais tipos de recursos. Como se sabe, a utilização de um dado recurso acarreta custos para a empresa, por isso existe a necessidade de planear correctamente a sua alocação para reduzir os custos das empresas, tornando-as mais competitivas no mercado.

Neste sentido, Mellentien et al (2001) fizeram um estudo para avaliar as capacidades de alocação de recursos em alguns softwares, nomeadamente: Acos

Plus.1 8.2, CA SuperProject 5.0a, Microsoft MS Project 2000, e Project Scheduler 8.0.1.

(36)

Tabela 2: Dados técnicos (Mellentien et al, 2001)

Software Acos Plus CA SuperProject CS Project

Professional MS Project Project Scheduler RAM 16Mb 16Mb 4Mb 24Mb 8Mb Máximo de actividades 32000 ∞ n.a. 10 6 99999 Máximo de recursos 32000 ∞ n.a. 10 6 20000 Formatos de importação /exportação de dados MPX, CSV, ASCII, Arriba, DBF, HTML MPX, XLS, CSV, TXT, dBaseIII, WKl, Sylk MPX, P3, CSV MPX, XLS, CSV, MDB, TXT MPX, SAP R/3

Do teste efectuado, Mellentien et al (2001) concluíram que o Acos Plus.1 e o

Project Scheduler são os que apresentam um melhor desempenho na alocação de

recursos.

Tal como referido no ponto 2.2, as relações de precedência das actividades podem ser efectuadas da seguinte forma: conclusão – início, início – início, conclusão – conclusão ou início – conclusão. Segundo Mellentien et al (2001), quer o CA

SuperProject quer o Project Scheduler não consideram as relações de precedência do

tipo início – conclusão. Todos permitem a introdução de custos fixos e variáveis, com excepção do Acos Plus, que só considera custos variáveis para as diversas actividades do projecto.

Mellentien et al (2001), concluíram ainda com o seu estudo que:

(37)

muito simples se foram estabelecidos atrasos máximos de tempo. A alocação de recursos pode ser executada para todos ou apenas para os recursos seleccionados;

O interface do CA SuperProject oferece características extensas. Aqui os dados podem ser introduzidos em folhas de cálculo, gráficos de Gantt, ou através de caixas de diálogo. A prioridade das tarefas tem de ser definida manualmente. Os dados podem ser introduzidos directamente nas folhas de cálculo ou por caixas de diálogo, ambos com actualizações dos dados do projecto on-line. O CS

Project Professional possui características úteis, como é o caso do agrupamento

de tarefas ou a troca de duas tarefas que tenham constrangimentos de precedências. O gráfico de Gantt indica as relações de precedência e as folgas livres e totais das várias actividades do projecto;

No Microsoft Project todos os dados do projecto e gráficos são actualizados

on-line. Inclui uma barra de ferramentas vertical que facilita uma rápida mudança

da visão do projecto. Uma funcionalidade bastante útil deste software, é a possibilidade de exportar folhas de cálculo definidas em vários formatos. A alocação dos recursos pode ser restringida a um certo intervalo de tempo; O interface do Project Scheduler é simples mas bastante funcional. Além do

menu standard e barras de ferramentas, possui uma barra de visão vertical que permite trocar mais fácil e rapidamente diferentes visões. As alterações dos dados são automaticamente actualizadas em todo o projecto. A alocação de recursos neste software pode ser restringida a recursos seleccionados, actividades, e/ou um intervalo de tempo, e as prioridades das tarefas são predefinidas.

(38)

3. Aplicação prática de dois Softwares de Gestão de

Projectos

Neste capítulo, serão apresentadas algumas características, vantagens e desvantagens de dois softwares de gestão de projectos que estão disponíveis na

Internet. Para este estudo foram seleccionados os seguintes softwares: software open-source, desktop applications (Gantt Project) e software open-open-source, web-based applications (Open Project). Esta experimentação foi feita relativamente a um projecto

de construção civil, o qual foi baseado em alguma literatura, nomeadamente através do livro de Feio (2004) e de notas de uma aula de Nogueira [5].

Os dados usados para este estudo encontram-se na tabela 3, onde estão descriminadas todas as tarefas do projecto, o relacionamento entre elas, a duração estimada em semanas e os recursos necessários para a sua execução.

Tabela 3: Dados do projecto

Actividade Designação Actividades Precedentes

Duração estimada (semanas)

Recursos utilizados

1 A Escavação --- 2 Ret, Aj, En

2 B Alicerce/estrutura 1 8 Tr, En, Bet, Gru,

Be, Fer

3 C Paredes 2 3 Tr, En, Cim, Tijo

4 D Telhado 3 2 Tr, En, Tel

5 E Instalação Eléctrica 4 3 El, AEl, En

6 F Encanamentos 4 3 En, Pic, APic

7 G Rebocar e Arear 5, 6 10 Tr, Cim

8 H Pintura Exterior 7 1 Pi, APi, Tin

9 I Acabamento Interior 7 2 Tij, Tr, Aj, Cim

(39)

A tabela 4 indica para cada recurso do projecto, qual o seu tipo (material ou trabalho), o número máximo de unidades disponíveis, o preço em €/h em horário normal e extraordinário e o custo por utilização no caso de ser preciso pagar uma taxa fixa que seja independente do tempo de utilização.

Tabela 4: Características dos recursos utilizados

Recurso Iniciais Tipo Unidades Máximo Taxa Normal

Taxa de Horas

Extraordinárias Custo/Utilização

Pintor Pi Trabalho 1 10€/h 13€/h

Ajudante Pintor APi Trabalho 3 6€/h 7,5€/h

Encarregado En Trabalho 1 12€/h 16€/h

Trolha Tr Trabalho 5 6€/h 7,5€/h

Electricista El Trabalho 1 10€/h 13€/h

Ajudante Electricista AEl Trabalho 3 6€/h 7,5€/h

Picheleiro Pic Trabalho 2 10€/h 13€/h

Ajudante Picheleiro APic Trabalho 2 6€/h 7,5€/h

Ajudante Aj Trabalho 1 6€/h 7,5€/h

Retroescavadora Ret Trabalho 1 10€/h 15€/h 75€

Grua Gru Trabalho 1 8€/h 10€/h 50€

Betoneira Be Trabalho 1 6€/h 8€/h 50€

Telhas Tel Material Unidade 0,50€

Tijolos Tijo Material Unidade 0,30€

Tijoleira Tij Material m2 15€

Betão Bet Material m3 40€

Tinta Tin Material Lt 3€

Cimento Cim Material m3 40€

(40)

3.1.

Gantt Project

O Gantt Project, é um software para gestão de projectos incluído na categoria dos

open-source. Quer isto dizer que, como o seu código fonte está disponível, é possível

alterar e modificar o programa, ajustando-o às necessidades de cada projecto. Para além disso, ainda é um software completamente gratuito, qualquer que seja o propósito do seu uso.

Através da componente prática, foi possível constatar que este software permite definir um conjunto de tarefas com as respectivas durações e relações de precedência, e nomear os recursos humanos que são usados em cada tarefa e a quantidade. De seguida são realçados alguns aspectos positivos e negativos que resultaram deste estudo.

Aspectos positivos do software Gantt Project:

o Permite escolher os quatro tipos de representação possíveis de relacionamento entre tarefas;

o Permite enviar e-mail directamente às pessoas (recursos) envolvidas no projecto e possibilita introduzir os seus números de telefone;

o Indica o caminho crítico;

o Permite colocar dias off nos recursos;

o Indica quando um recurso está sobrecarregado ou pouco carregado; o Possibilita estabelecer subtarefas, sempre que uma tarefa não esteja

suficientemente detalhada, para se obter um bom planeamento do projecto.

Aspectos negativos do software Gantt Project:

(41)

o Apenas se podem definir como características dos recursos: o nome, o telefone, o e-mail, a função que desempenha no projecto e os dias off, não se podendo definir grupos a que possam pertencer, custos nem horários de trabalho;

o Como não permite introduzir os custos dos recursos, não se pode obter o orçamento do projecto;

o Não faz o nivelamento automático dos recursos, para se resolver os problemas de sobrecarga dos recursos, enquanto que o Microsoft

Project permite fazê-lo;

o Apenas permite introduzir a duração das actividades em dias, o que para longos projectos não é muito prático, pois tem que se fazer a conversão de por exemplo semanas para dias;

o Não se podem introduzir restrições a nível de atrasos de tempo necessários em algumas tarefas;

o Não permite colocar tarefas com um marco;

o Não se podem definir tarefas periódicas, ou seja, tarefas que se repetem periodicamente e com uma periodicidade fixa;

o Não permite incluir data limite de conclusão nas tarefas; o Não permite alterar o período de trabalho;

o Não permite programar ao fim-de-semana, mas programa aos feriados; o Não produz relatórios. Apenas mostra o gráfico de Gantt com as datas

de início e conclusão do projecto;

(42)

o Não é dada a folga total (folga que o fim de uma tarefa pode ter sem comprometer o atraso da conclusão do projecto) das tarefas.

3.2.

Open Project

O Open Project, é um software para gestão de projectos também incluído na categoria dos open-source.

Este software permite definir as tarefas do projecto e respectivas precedências, nomear os recursos (pessoas, materiais, máquinas) que são usados em cada tarefa e respectivos custos. De seguida são apresentados alguns aspectos positivos e negativos encontrados neste software que resultaram deste estudo.

Aspectos positivos do software Open Project:

o É possível escolher o tipo de planeamento pretendido (adiantado – definindo a data de início do projecto, ou não adiantado – definindo a data de conclusão do projecto);

o Podem-se usar as quatro formas de representação de relacionamento entre tarefas;

o Permite introduzir as durações das actividades em dias, semanas, meses, anos;

o As tarefas podem ser do tipo trabalho ou material, podse registar o

e-mail, o rótulo do material (unidades em que o material é quantificado),

(43)

o Permite incluir datas máximas em que determinadas tarefas têm mesmo de estar concluídas;

o Possibilita estabelecer subtarefas, sempre que uma tarefa não esteja suficientemente detalhada para um bom planeamento do projecto; o A cada recurso e tarefa é possível atribuir um horário específico; o É dada a folga total das tarefas;

o Permite alterar o período de trabalho, criando calendários personalizados, podendo introduzir períodos de folga, feriados e programar ao fim-de-semana;

o Permite obter o caminho crítico; o Faz o orçamento do projecto;

o Permite fazer o controlo do projecto;

o Representa o diagrama de rede do tipo AoN;

o Permite colocar um marco no final do projecto, colocando a duração dessa actividade igual a zero. No entanto, também é possível definir uma actividade como marco mesmo com a sua duração diferente de zero;

o Produz vários tipos de relatórios: detalhes do projecto; informação dos recursos; informação das tarefas e quem faz o quê.

Aspectos negativos do software Open Project:

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definido com o fim-de-semana como tempo não útil, e a actividade 1 terminar na Sexta-feira, a tarefa 2 podia começar na Segunda, pois já tinha passado 1 dia para a secagem. Mas visto que o tempo de atraso é considerado apenas em relação ao tempo útil, a actividade 2 só pode começar na Terça, provocando um atraso de um dia, desnecessariamente. O Microsoft Project, permite definir atrasos de tempo nas tarefas relativamente ao tempo útil do calendário e ao tempo decorrido;

o Não se podem definir tarefas periódicas;

o Não tem a funcionalidade de nivelar automaticamente os recursos, para se resolverem os problemas de sobrecarga dos recursos, no entanto, o

Microsoft Project permite fazê-lo;

(45)

4. Conclusões e Recomendações para Trabalho

Futuro

Na primeira parte deste trabalho foi apresentada uma definição de projecto, as fases que o constituem e a explicação de cada uma. A utilização de ferramentas informáticas para o apoio à gestão de projectos insere-se essencialmente na fase de planeamento, onde são definidas as tarefas e o relacionamento entre elas, as durações e realizada a alocação dos recursos. Estas ferramentas também são necessárias para executar medidas correctivas durante todo o projecto.

Foi feita uma exposição sobre o que é a gestão de projectos e quais as suas tendências nos últimos anos, onde se pode constatar que tem havido uma redução nas tendências no que diz respeito às relações interpessoais, funcionalidades do produto e gestão da qualidade. Em contrapartida, tem havido um crescente aumento na importância atribuída à avaliação e melhoria do projecto, gestão de custos, de recursos, de risco e do tempo.

Foi também apresentada a importância do uso de ferramentas informáticas no apoio à gestão de projectos, que permitiu responder à primeira pergunta de investigação.

Como é que a utilização de ferramentas informáticas adequadas melhora o desempenho na gestão de projectos?

(46)

realista e rápida a calendarização do projecto e fazer rapidamente simulações do projecto.

Foram também apresentadas algumas características que se devem ter em consideração na escolha de um software para a gestão de um projecto e os custos associados à sua implementação. No entanto cada caso é um caso, e dependendo do tipo de projecto, deve-se também ter em consideração na sua escolha a dimensão e complexidade do projecto e os objectivos que pretendem ser alcançados.

Para responder à outra pergunta de investigação:

Quais as ferramentas informáticas utilizadas actualmente para a gestão de projectos?

Foram apresentados alguns exemplos de softwares que são usados actualmente para a gestão de projectos e apresentadas algumas comparações entre alguns em particular.

O último capítulo foi dedicado à exploração de dois softwares em concreto (Gantt

Project e Open Project) para ter uma melhor percepção das potencialidades de cada

um, para compreender melhor quais os factores que devem ser considerados quando se pretende adquirir um software deste tipo. Para isso foi elaborado um exemplo de um projecto de uma casa e feita a sua aplicação nestes suportes informáticos. Desta análise foi possível perceber que são dois softwares bastante distintos em termos de funcionalidades e potencialidades, onde o Open Project demonstrou ser uma ferramenta muito mais poderosa do que o Gantt Project, essencialmente a nível de permitir alterar o período de trabalho, distinguir recursos do tipo trabalho dos do tipo material, obter a orçamentação do projecto, permitir fazer a sua monitorização e controlo e pelo facto de produzir vários relatórios, nomeadamente: detalhes do projecto, informação dos recursos, informação das tarefas e quem faz o quê.

(47)
(48)

5. Referências Bibliográficas

Araújo, Madalena (2007) “Acetatos das aulas de Metodologias de Investigação”, Ano lectivo de 2007/2008, Departamento de Produção e Sistemas, Universidade do Minho, Guimarães.

Conlin, Jonh; Retik, Arkady (1997) “The applicability of project management software

and advanced IT techniques in construction delays mitigation”, International Journal of

Project Management, vol. 15, nº 2, pp. 107-120.

Crawford, Lynn; Pollack, Julien; England, David (2006) “Uncovering the trends in project

management: Journal emphases over the last 10 years”, International Journal of

Project Management, 24, pp.175-184.

Feio, Rui (2004) “Gestão de Projectos com o Microsoft Project 2003”, 4ª edição, FCA - Editora de Informática.

Jurison, Jaak (1999) “Software project management: The manager's view”, Communications of Association for Information System, vol. 2, Article 17.

Lewis, James P. (1999) “Manual prático da Gestão de Projectos”, 1ªedição, Edições Cetop.

Mellentien, Christoph; Trautmann, Norbert (2001) “Resource allocation with Project

(49)

Roldão, Victor Sequeira (2000) “Gestão de Projectos – Uma perspectiva Integrada”, 1ª edição, Edição Monitor – Projectos e Edições Lda.

Tereso, Anabela Pereira (2002) “Alocação adaptativa de recursos em redes de

actividades multimodais”, Tese de Doutoramento, Universidade do Minho.

(50)

6. Referências Web

[1] “Comparing Open Workbench and Microsoft Project” Disponível em: www.openworkbench.org/

Data de acesso: 04-12-2007.

[2] “Download Gantt Project” Disponível em:

http://sourceforge.net/project/downloading.php?groupname=ganttproject&filename =ganttproject-2.0.6.exe&use_mirror=switch,

Data de acesso: 15-01-2008.

[3] “Download Open Project” Disponível em:

http://sourceforge.net/project/downloading.php?group_id=199315&filesize=6470656 &filename=openproj-1.0.msi&55942778,

Data de acesso: 15-01-2008.

[4] Infopedia (2007) “Open-Source”

(51)

[5] Nogueira, Fernando “Notas de aula: Pesquisa Operacional – PERT/CPM” Disponível em: http://www.engprod.ufjf.br/fernando/epd015/PERT_CPM.pdf, Data de acesso: 24-01-2008.

[6] Wikipédia (2007) “Project Management Software”

Referências

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