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Arq. Bras. Cardiol. vol.94 número3

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Academic year: 2018

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1. Rienzo M, Saraiva JFK, Nogueira PR, Gomes EPSG, Moretti MA, Ferreira JFM, et al. Combinação de anlodipino e enalaprila em pacientes hipertensos com doença coronariana. Arq Bras Cardiol. 2009; 92 (3): 183-9.

2. Morris AB, Li J, Kroenke K, Bruner-England TE, Young JM, Murray MD. Factors associated with drug adherence and blood pressure control in patients with hypertension. Pharmacotherapy. 2006; 26 (4): 483-92.

3. Kettani FZ, Dragomir A, Cote R, Roy L, Berard A, Blais L, et al. Impact of a better adherence to antihypertensive agents on cerebrovascular disease for primary

Referências

Anlodipino e Enalaprila em Doença Coronariana

Amlodipine and Enalapril in Coronary Disease

Eduardo Maffini da Rosa, Carolina Fedrizzi el Andari, Marcio Fernando Spagnól

Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS – Brasil

Correspondência: Marcio Fernando Spagnól •

Endereço: Rua Ernesto Alves, 2131, apto104 – Centro – 95020-360 – Caxias do Sul, RS – Brasil E-mail: marciospagnol@gmail.com

Palavras chave

Hipertensão, Doença das Coronárias, Enalaprilate, Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina.

Com relação ao estudo “Combinação de Anlodipino e Enalaprila em Pacientes Hipertensos com Doença Coronariana”1, nosso grupo de pesquisa entende que a

utilização de associações fixas, como as apresentadas neste estudo, traz diversas vantagens, especialmente na comodidade da tomada do medicamento e na possibilidade de se usar duas drogas em doses finais menores para atingir o controle da pressão arterial, o que deve refletir numa maior aderência ao tratamento2 e, consequentemente, em melhores resultados

terapêuticos3.

Entretanto, existem situações, como a cardiopatia isquêmica e o diabetes melito, em que o “espaço terapêutico” referente à pressão arterial deve ser aproveitado para se atingir a dose ideal de determinadas drogas antes que ocorra hipotensão4.

No presente caso, usar doses maiores de bloqueadores de canal de cálcio de segunda geração pode ser interessante para o controle da angina, no caso da cardiopatia isquêmica, bem como o uso dos inibidores da enzima de conversão da angiotensina, para a prevenção secundária da nefropatia. Entretanto, são situações nas quais a associação de outras drogas pode atrapalhar.

Outro fato importante, no nosso ponto de vista, é que as drogas que estão envolvidas na associação devem ter meias-vidas semelhantes, para que a cobertura anti-hipertensiva seja igual nas 24 horas do dia com ambos os fármacos5.

prevention. Stroke. 2009; 40 (1): 213-20.

4. Goncalves CB, Moreira LB, Gus M, Fuchs FD. Adverse events of blood-pressure-lowering drugs: evidence of high incidence in a clinical setting. Eur J Clin Pharmacol. 2007; 63 (10): 973-8.

5. Goodman LS, Gilman A, Brunton LL, Lazo JS, Parker KL. Goodman & Gilman’s the pharmacological basis of therapeutics. 11th ed. New York: McGraw-Hill; 2006.

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1. Effects of ramipril on cardiovascular and microvascular outcomes in peoples with diabetes mellitus: results of the HOPE study and MICRO-HOPE substudy. Lancet. 2000; 355: 253-9.

2. Ravid M, Lang R, Rachmani R, Lishner M. Long-term renoprotective effect of angiotensin-converting enzyme inhibition in non-insulin-dependent diabetes mellitus: a 7-year follow-up study. Arch Intern Med. 1996; 156: 286-9.

3. Nissen SE, Tuzcu EM, Libby P, Thompson PD, Ghali M, Garza D, et al. Effect of antihypertensive agents on cardiovascular events in patients with coronary disease and normal blood pressure: the CAMELOT study: a randomized

Referências

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4. Jamerson K, Weber MA, Bakris GL, Dahlöf B, Pitt B, Shi V, et al. ACCOMPLISH Trial Investigators. Benazepril plus amlodipine or hydrochlorothiazide for hypertension in high-risk patients. N Engl J Med. 2008; 359 (23): 2417-28.

5. Jamerson K, Bakris G. The ACCOMPLISH trial: Amlodipine / Benazepril (Lotred) and Benazepril / Hydrochlorothiazide (Lotensin). In: 24th Annual Scientific Meeting. American Society of Hypertension, May 6 to 9, 2009. San Francisco.

Resposta

Entendemos que o benefício de determinados fármacos anti-hipertensivos tem efeito dose-dependente, como é o caso dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) nos pacientes diabéticos, sobretudo quando se avalia a progressão da nefropatia diabética, independentemente da presença ou não de hipertensão arterial sistêmica1,2. Porém, esse não foi nosso

objetivo nesse estudo. Além disso, na amostra estudada, havia uma pequena prevalência de pacientes diabéticos (apenas dois pacientes no grupo A [6,3%]).

Quanto aos benefícios dos antagonistas do canal de cálcio do grupo dos di-idropiridínicos na doença isquêmica crônica do coração, além do já estabelecido poder antianginoso deste tipo de medicamento, o anlodipino mostrou-se também benéfico, quando comparado ao placebo e ao maleato de enalaprila, ao se avaliar a redução de eventos cardiovasculares e a progressão da aterosclerose em pacientes com pressão arterial normal3.

Quanto à meia-vida dos fármacos utilizados em nosso estudo, a pressão arterial foi aferida sempre pela manhã, antes da tomada diária do medicamento, portanto no vale do seu efeito, e assim conseguimos excelente controle pressórico: pressão arterial diastólica menor ou igual a 85

mmHg em 93,8%-95,0% dos casos nos grupos A e B (p = ns), respectivamente, e pressão arterial sistólica (média + DP) de 127,7 + 13,4 e 125,3 + 12,6 mmHg nos grupos A e B, respectivamente (p = 0,45).

Considerando os resultados do estudo ACCOMPLISH4,

recentemente publicado, que comparou a combinação fixa de IECA (benazeprila) e antagonista do canal de cálcio (anlodipino) com a combinação fixa de IECA e diurético (hidroclorotiazida), e que mostrou redução da morbimortalidade cardiovascular em pacientes hipertensos portadores de doença coronária crônica que utilizaram a primeira combinação fixa, vê-se que a associação das duas classes de fármacos utilizadas no nosso estudo acrescenta benefício além do esperado pela simples redução na pressão arterial, comprovado posteriormente pelo subestudo de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial de 24 horas nos pacientes do estudo ACCOMPLISH5, que não

evidenciou nenhuma diferença nas medidas de pressão arterial entre os dois grupos de tratamento. Deve-se ter em mente que a benazeprila tem exatamente o mesmo perfil farmacocinético da enalaprila.

Dr. Luiz Antônio Machado César

Arq Bras Cardiol 2010; 94(3) : 427-428

Rosa e cols.

Anlodipino e enalaprila em doença coronariana

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