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DA (IM)POSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO DO ADVOGADO EM INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS NA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.

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Maria Catarina Lopes Calado Advogada.

Pós-Graduanda em Ciências Penais pela Universidade Anhanguera Uniderp - SP.

Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco.

DA (IM)POSSIBILIDADE DE

RESPONSABILIZAÇÃO DO

ADVOGADO EM

INDENIZAÇÃO POR PERDAS E

DANOS NA LITIGÂNCIA DE

MÁ-FÉ.

São Paulo

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1 340

Calado, Maria Catarina Lopes

Da (im)possibilidade de responsabilização do advogado em indenização por perdas e danos na litigância de má-fé. / Maria Catarina Lopes Calado. – 1. ed. - São Paulo : Perse, 2013 132 p.

Inclui bibliografia

ISBN 978-85-8196-544-4

1.Litigância de má-fé. 2.Probidade processual. 3. Responsabilidade do advogado. I. Título.

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DA (IM)POSSIBILIDADE

DE RESPONSABILIZAÇÃO

DO ADVOGADO EM

INDENIZAÇÃO POR

PERDAS E DANOS NA

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.

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Dedico este trabalho ao meu pai, fonte

permanente de apoio, aos meus irmãos,

Matheus, Maria Isabella e Miguel e ao meu

amor.

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SUMÁRIO

1 PRINCÍPIOS. ... 8

1.1 Princípio da probidade processual. ... 8 1.2 Princípio da cooperação. ... 13

2 A LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO. ... 22

2.1 Origem e evolução histórica. ... 22 2.2 Conceito. ... 28 2.3 Deveres das partes, dos procuradores e de todos que participam do processo. ... 34 2.4 Hipóteses caracterizadoras da litigância de má-fé no Código de Processo Civil Brasileiro. ... 50

3 RESPONSABILIDADE PROCESSUAL POR

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. ... 62

3.1 Das sanções previstas no ordenamento jurídico brasileiro. 62

3.2 Da indenização por perdas e danos. ... 65

4 DA (IM)POSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO DO ADVOGADO EM INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS ... 88

4.1 Noções gerais. ... 89 4.2 Responsabilidade por dano processual do advogado decorrente da litigância de má-fé e a (im)possibilidade de sua condenação pessoal sob a óptica doutrinária. ... 94

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7

condenação pessoal sob a óptica jurisprudencial. ... 98

4.4 Outras considerações. ... 111

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 116

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8

1

PRINCÍPIOS.

1.1 Princípio da probidade processual.

Prefacialmente, observa-se que a Constituição da República Federativa do Brasil, logo em seu Preâmbulo, revela a finalidade de instituição de um Estado Democrático, tendo como um de seus escopos a garantia do acesso à justiça. Neste sentido, observa-se trecho do mencionado Preâmbulo:

Instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem

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9 Neste mesmo contexto, fazendo referência aos valores consagrados pela Constituição Brasileira, em especial, a justiça, aponta Humberto Theodoro Júnior que:

esse destaque ideológico da justiça prestigiada como um dos valores supremos da nação visa, no campo da prestação jurisdicional, a consagrar, de maneira estável e bem determinada, os fundamentos éticos do processo. Não se permite mais, portanto, que os procedimentos judiciais sejam tratados como simples instrumentos de justiça formal, mas, sim, como uma garantia muito mais ampla de justiça substancial.2

Segundo referido entendimento, a garantia fundamental não diria respeito, tão-somente, a um procedimento devido, isto é, regular no plano formal, mas, também, a um processo, intrinsecamente, igual e justo.3 Ademais, o processo não é, apenas, um instrumento técnico

1 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: DF: 1988.

2 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Boa-fé e processo – princípios éticos na repressão à litigância de má-fé – papel do juiz. Revista Jurídica:

órgão nacional de doutrina, jurisprudência, legislação e crítica judiciária. 2008, Ano 56, v.368, p.17.

3

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10 que tem por fim a pacificação social, mas, também, um instrumento ético. Neste sentido, dispõe o item 17 da Exposição de Motivos do Código de Processo Civil atual:

Posto que o processo civil seja, de sua índole, eminentemente dialético, é reprovável que as partes se sirvam dele, faltando ao dever da verdade, agindo com deslealdade e empregando artifícios fraudulentos; porque tal conduta não se compadece com a dignidade de um instrumento que o Estado põe à disposição dos contendores para atuação do direito e realização da justiça.4

Como se vê, o processo vai além da finalidade de simples eliminação de conflitos, de atuação do direito, de pacificação social, é, sobretudo, a realização da justiça, razão pela qual é essencial que o processo civil esteja pautado no respeito à probidade em todos os seus atos, e é nisto que se pauta o princípio da probidade processual. Neste sentido, expõe Alcides de Mendonça Lima:

Ora, se o processo visa, exatamente, à incidência da norma primária e se é da essência dessa um resultado ético, impossível conceber-se a preservação do seu preceito se necessária a invocação coativa, sem

4 BUZAID, Alfredo. Exposição de motivos do Código de Processo Civil.

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com o direito material, forma o complexo da ordem jurídica, em sua unidade e em seus fins. [...] O processo não pode permitir que os elementos que nele atuem, de qualquer modo, ajam fora dos limites da probidade, quer por atos comissivos, como omissivos.5

Desta forma, entende referido autor que, estando baseado o direito material no respeito à moral, e visando o direito processual ao restabelecimento do direito material, quando violado, os meios de que se serve na consecução de seu fim não poderão estar revestidos de improbidade, o que comprometeria o próprio resultado desejado e, por conseguinte, o magistrado, quando do julgamento da demanda, estaria impossibilitado de prolatar solução justa e legal para o conflito de interesses exteriorizado na lide.6

Neste contexto, deve-se observar, também, o alerta traçado pelo mencionado autor:

Normalmente, esse “princípio” é invocado para a atuação das partes, segundo a exigência do chamado “dever da lealdade”, que mais se

5 LIMA, Alcides de Mendonça. O princípio da probidade no código de processo civil brasileiro. Revista de Processo. São Paulo: RT, 1979,

v.16, p.16.

6

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evidencia no “dever da verdade”, sendo esse variante ou modalidade daquele, que tem acepção ampla. Entretanto, aquele “princípio” não se cinge somente aos litigantes, e aos intervenientes, mas, sim, igualmente, estende-se aos demais elementos que figuram no desenvolvimento do processo - desde os juízes até as testemunhas e os peritos.7

Como analisado, conclui-se que, de fato, é de suma importância que todos os que participam do processo, sejam eles partes, terceiros, advogados, membros do Ministério Público, etc., comportem-se dentro dos limites estabelecidos pelos princípios éticos, e, portanto, observem o princípio da probidade processual, razão pela qual os entes processuais devem cumprir regras preestabelecidas, objetivando alcançar um litígio leal e isonômico, o que propiciará a eficaz prestação jurisdicional.

Para tanto, faz-se necessário que o Poder Judiciário adote mecanismos que visem coibir atitudes ímprobas de todos que atuem nos feitos de qualquer natureza, inserindo normas de caráter repressivo e sancionador, as quais

7 LIMA, Alcides de Mendonça. O princípio da probidade no código de processo civil brasileiro. Revista de Processo. São Paulo: RT, 1979,

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13 sobre a correta conduta que se deve ter.

1.2 Princípio da cooperação.

Inicialmente, destaca-se que o que se entende hoje por princípio da cooperação tem origem no direito alemão. Ainda, certamente, vale ressaltar que a visão individualística de processo foi devidamente afastada pela concepção publicística, propiciando, assim, uma atuação ativa e participativa dos juízes e tribunais, que, juntamente com o dever de cooperação das partes, proporcionará a aproximação das decisões judiciais com a verdade demonstrada nos autos e, por conseguinte, a justa composição do litígio.

Já na concepção individualística, “o processo era visto como um ‘duelo’ entre as partes (em que se pode dizer que ‘valia tudo’ na defesa de interesses pessoais em juízo).”8 Deste modo, os juízes assumiam o papel de autoridade equidistante, vez que ficavam de fora do processo enquanto

8 SILVEIRA, Felipe Feliz Da. Proteção à probidade e celeridade processual: análise da multa prevista no art. 475-J do CPC e da nova redação do art. 600, IV, do CPC, como novas ferramentas no combate à má-fé processual. Revista de Processo. São Paulo: RT, 2008, v.165,

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14 aos litigantes era conferida ampla liberdade no que tange à atuação processual.

Todavia, este panorama é completamente afastado diante da visão publicística de processo, a qual zela pela atuação cooperada das partes e de todos aqueles que, de qualquer forma, participam do processo junto ao Poder Judiciário, para que, assim, seja plenamente possível alcançar a prestação da tutela jurisdicional.

Nesse sentido, os dizeres de Humberto Theodoro Júnior:

Do lado das partes, seus poderes e deveres se estabelecem sob a mesma preocupação ética observada na demarcação do papel confiado ao juiz para implantar o processo justo. O processo não é produto apenas da atividade do juiz. No sistema democrático de processo, o resultado da prestação jurisdicional é gerado pelo esforço conjunto de todos os sujeitos processuais, inclusive, pois, do autor e do réu.9

Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, por sua vez, aponta que “na realização do direito objetivo, finalidade do

9 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Boa-fé e processo – princípios éticos na repressão à litigância de má-fé – papel do juiz. Revista Jurídica:

órgão nacional de doutrina, jurisprudência, legislação e crítica judiciária. 2008, Ano 56, v.368, p.19.

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