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Anteprojeto da Reforma do IRS. Conheça as principais propostas do Anteprojeto da Reforma do IRS recentemente publicado.

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Academic year: 2021

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Anteprojeto da Reforma do IRS

Conheça as principais propostas do “Anteprojeto da Reforma do IRS”

recentemente publicado.

(2)

Índice

A. Principais medidas no âmbito da “Simplificação” 3 B. Principais medidas no âmbito da “Família” 3 C. Principais medidas no âmbito da “Mobilidade Social” 4 D. Outras propostas relevantes 4

(3)

Audit | Tax | Advisory | Consulting www.crowehorwath.pt 3 O “Anteprojeto da Reforma do IRS” foi recentemente publicado, sendo que a Comissão constituída para o efeito orientou a mesma para os seguintes três vetores:

 Simplificação;

 Família; e

 Mobilidade Social

Foram ainda produzidas outras propostas consideradas relevantes pela Comissão.

Apresentamos seguidamente os aspetos mais relevantes constantes do referido documento:

A.

Principais medidas no âmbito da “Simplificação”

 Substituição das deduções por sujeito passivo e das deduções relativas a despesas de saúde, educação, formação e habitação por uma dedução global, de valor fixo, per capita;

 Eliminação das retenções na fonte sobre os “rendimentos em espécie”;

 Adoção de soluções que permitem dispensar de obrigações declarativas um elevado número de contribuintes (destacamos, por exemplo, a introdução de mecanismos que possibilitarão que os montantes retidos na fonte correspondam ao montante total de imposto devido, permitindo assim dispensar um número significativo de sujeitos passivos de quaisquer obrigações declarativas e, por outro lado, reduzir significativamente as de muitos outros);

 Revogação do período mínimo de permanência no regime simplificado / contabilidade organizada;

 Eliminação do período mínimo de três anos de aplicação das regras de determinação do rendimento de acordo com as regras da “Categoria A” pelos contribuintes da “Categoria B” que prestam serviços a uma única entidade e que tenham exercido a respetiva opção;

 Revogação das normas que remetem para a aplicação de indicadores objetivos de base técnica ou científica, os quais nunca foram aprovados e não se prevê que o venham a ser;

 Clarificação de que os contribuintes que obtenham rendimentos superiores a €200.000 em resultado de atos isolados não estão obrigados a dispor de contabilidade organizada;

 Alargamento do regime de dispensa de entrega da declaração de rendimentos aos sujeitos passivos que se encontrem abrangidos pelo mínimo de existência e que apenas aufiram rendimentos da Categoria A e H;

 Simplificação dos mecanismos inerentes à opção pelo englobamento;

 A consagração da “tributação separada”; e

 Uniformização dos prazos para a entrega das declarações anuais de rendimentos, independentemente de estas serem produzidas em papel ou submetidas eletronicamente.

B.

Principais medidas no âmbito da “Família”

 Com o objetivo de produzir uma maior e mais realista tradução fiscal da composição do agregado familiar é introduzido o “quociente familiar”: o rendimento coletável será dividido por um divisor que traduz a existência de cada sujeito passivo (uma unidade por cada um, como já atualmente se verifica), ao qual se soma um valor de 0,3 relativo a cada dependente;

 Introdução, como regime regra, da denominada “tributação separada” do agregado familiar, passando a “tributação conjunta” atualmente em vigor a ser utilizada por opção do agregado familiar;

 Estabelecimento de um regime “ticket-ensino” no sentido de ampliação do regime atualmente em vigor, passando a abranger as escolas e ampliando a idade dos beneficiários até aos 16 anos (atualmente beneficiam deste regime apenas crianças até aos 7 anos);

 Rendimentos derivados da remuneração de depósitos ou de quaisquer outras aplicações em instituições financeiras ou de títulos de dívida pública podem beneficiar do regime previsto para os seguros de capitalização.

(4)

C.

Principais medidas no âmbito da “Mobilidade Social”

Com o objetivo de fomentar o empreendedorismo e a produtividade:

No âmbito da “Categoria A”

 Exclusão de tributação dos valores atribuídos como compensação pela mudança de residência motivada pela alteração do lugar habitual de prestação do trabalho;

 Dispensa de quaisquer obrigações declarativas em caso de trabalhos pontuais por conta de outrem.

No âmbito da “Categoria B”

 Redução de tributação (por redução do lucro tributável estimado) dos empreendedores que iniciem atividade pela primeira vez no âmbito do regime simplificado.

D.

Outras propostas relevantes

No âmbito da “Categoria A” e da “Categoria H”

 Equalização das regras de tributação aplicáveis aos rendimentos das categorias A e H, uma vez estarem em causa rendimentos de natureza equivalente (eliminação da regra de regressividade na dedução específica da “categoria H”).

No âmbito da “Categoria B”

 Adoção de soluções equivalentes às vigentes no “regime simplificado do IRC” para os sujeitos passivos da categoria B cujo rendimento seja apurado de acordo com o “regime simplificado”, nomeadamente, clarificando que a adoção do coeficiente 0,75 é exclusiva das prestações de serviços expressamente previstas na tabela a que alude o artigo 151º do Código do IRS, fixando-se um coeficiente de 0,35 para as restantes;

 Admissão da dedução ao rendimento líquido de sócios de sociedades abrangidas pelo regime da transparência fiscal das contribuições obrigatórias para regimes de proteção social;

 Possibilidade de sujeitos passivos abrangidos pelo “regime simplificado” poderem deduzir contribuições para a segurança social na parte que exceda 10% dos rendimentos brutos;

 Alargamento, para cinco anos, do prazo de reporte de prejuízos apurados no âmbito de alienação de partes sociais, de operações relativas a instrumentos financeiros derivados e de warrants autónomos (atualmente, dois anos).

No âmbito da “Categoria E”

 Deslocalização, da “Categoria E” para a “Categoria G”, dos seguintes rendimentos (porque a obtenção dos mesmos origina a extinção da fonte geradora):

 Reembolso de obrigações e outros títulos da dívida;

 Resgate de unidades de participação em fundos de investimento e da liquidação desses fundos;  Cessão de créditos;

 Cedência de prestações acessórias e suplementares.

 Rendimentos de capitais passam a ser tributados a taxas liberatórias / especiais de 28%.

No âmbito da “Categoria F”

 Admissão da dedução da maioria dos gastos que sejam efetivamente suportados e pagos pelo sujeito passivo para obter tais rendimentos;

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 Perdas apenas podem ser deduzidas aos ganhos de cada prédio em concreto, mas com a consagração de período de reporte generoso;

 Tributação segundo as regras da “Categoria B” para os sujeitos passivos que exerçam a locação imobiliária em verdadeiro contexto empresarial.

No âmbito da “Categoria G”

 Clarificação de que as mais-valias decorrentes de partilha também beneficiam do regime de exclusão de 50% do saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias relativas a partes sociais de micro e pequenas empresas;

 O custo de aquisição de partes sociais deverá ser corrigido por aplicação dos coeficientes de desvalorização monetária;

 Para efeitos do cálculo das mais e menos valias decorrentes da alienação onerosa de bens imobiliários e partes de capital, passam a relevar as despesas incorridas com a respetiva aquisição;

 Regime da não tributação, em caso de reinvestimento, das mais-valias decorrentes da alienação de habitação própria e permanente passa a ser possível nos casos em que o aludido reinvestimento ocorre parcelarmente, antes e depois da alienação (caso este seja realizado entre os 24 meses anteriores e os 36 meses posteriores ao momento em que a alienação se verifica). De acordo com o atual regime, as situações em que a aquisição de terreno ocorre antes da alienação e a construção após a mesma não beneficiam deste regime;

 Alargamento, com caráter temporário, por um período de cinco anos, do regime do reinvestimento aos casos em que o valor de realização seja utilizado no cumprimento de compromissos financeiros contraídos com a respetiva aquisição;

 Criação da possibilidade de afastamento da regra que determina que o valor de realização corresponde ao valor a considerar para efeitos da liquidação do IMT sempre que este seja superior ao declarado, tal como já se verifica no caso das mais-valias apuradas no âmbito da “Categoria B” e em sede de IRC.

No âmbito da tributação internacional

 Introdução do conceito da “residência fiscal parcial”, a qual resulta da incorporação dos comentários da Convenção Modelo da OCDE em matéria de resolução de conflito de residências fiscais. De acordo com os referidos comentários, a residência deve ser aferida relativamente a diferentes momentos do ano, podendo assim o estatuto de residente, relativamente a determinado sujeito passivo, ser diferente em diversos períodos do mesmo ano civil.

 De acordo com o previsto no artigo 15º das convenções para evitar a dupla tributação (que prevê que o país da fonte dos rendimentos apenas tem competência para tributar rendimentos do trabalho dependente decorrentes de trabalho nele executado), os rendimentos do trabalho dependente auferidos por não residentes passam a estar sujeitos a tributação em Portugal apenas quando realizados no nosso território. Hoje em dia, basta que tais rendimentos sejam devidos por entidade residente em Portugal, para que estejam sujeitos a tributação no nosso país;

 Introduzida possibilidade de reporte (cinco anos) do crédito de imposto por dupla tributação jurídica internacional não deduzido por insuficiência de coleta (harmonização com as alterações introduzidas pela “Lei da Reforma do IRC”);

 Alargamento do regime de eliminação da dupla tributação económica internacional aos lucros distribuídos por entidades residentes no Espaço Económico Europeu que esteja vinculado a cooperação administrativa no domínio da fiscalidade;

 Adaptação do Código do IRS, em sintonia com o acórdão do TJUE, de 6 de setembro, cuja decisão se opõe à cobrança imediata de imposto sobre as mais-valias latentes resultantes de operações de permuta de partes sociais e de fusão e cisão de sociedades no ano em que o sócio transfere a sede ou direção efetiva para outro estado membro (abolição do denominado “exit tax”);

 Alargamento da isenção dos rendimentos da “Categoria B” obtidos no estrangeiro por “residentes não habituais” à generalidade dos rendimentos tributáveis daquela categoria. Atualmente, aquela isenção abrange apenas rendimentos da “Categoria B” constantes da lista de atividades de alto valor acrescentado.

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No âmbito das “manifestações de fortuna”

 “Abandono” do regime do rendimento padrão;

 Métodos de avaliação indireta suscetíveis de aplicação quando ocorram os seguintes factos e se verifique simultaneamente a ausência de declaração ou divergência não justificada com os rendimentos declarados:

 Acréscimo de património ou despesa efetuada de valor superior a €50.000 (hoje, €100.000);

 Transferência de montantes de e para instituições financeiras em “paraísos fiscais”, independentemente do montante;

 Aquisição de aeronaves, independentemente do montante;  Aquisição de imóveis de valor superior a €250.000;

 Aquisição de viaturas ligeiras de passageiros de valor superior a €35.000;

 Saldo positivo das prestações suplementares, acessórias, suprimentos e empréstimos feitos no ano, quando de valor superior a €20.000;

 Aquisição de barcos de recreio de valor superior a €10.000;  Aquisição de motociclos de valor superior a €7.500.

Noutros âmbitos

 Integração no Código do IRS de regras idênticas àquelas introduzidas pela “Lei da Reforma do IRC” quanto à tributação dos sócios (“pessoas singulares”) de sociedades fundidas e cindidas de acordo com o “regime de neutralidade fiscal”;

 Opção pelo englobamento para um determinado rendimento passa a obrigar a englobamento apenas os restantes rendimentos que pertençam à mesma categoria (atualmente, obriga ao englobamento de todos os rendimentos, independentemente da categoria a que pertençam).

Referências

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