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AMANDA DE SOUZA ÁRTHUR UREL ROBINSON SIMÕES JÚNIOR THAÍS RIBEIRO DINI. Acadêmicos da Faculdade Fluminense de Medicina HUAP/UFF

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS (CCM)

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO (HUAP) FACULDADE FLUMINENSE DE MEDICINA (FFM)

INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA (ISC)

DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA II

PROFESSOR MARIA LUIZA GARCIA ROSA

AMANDA DE SOUZA ÁRTHUR UREL

ROBINSON SIMÕES JÚNIOR THAÍS RIBEIRO DINI

Acadêmicos da Faculdade Fluminense de Medicina HUAP/UFF

RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO SOBRE O ARTIGO:

“TENDÊNCIAS DA MORTALIDADE POR TUBERCULOSE NO

BRASIL, 1980 A 2004”

Avaliação dos dados de 2005 a 2012, houve melhoras?

Relatório destinado à conclusão da disciplina de Epidemiologia II

06 de dezembro de 2016, NITEROI/RJ

7,0

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1. SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 3 OBJETIVO ... 3 MÉTODOS ... 4 RESULTADOS ... 6 DISCUSSÃO ... 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 13

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2. INTRODUÇÃO

Tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria Mycobacterium tuberculosis. Ela é transmitida por via aérea em praticamente a totalidade dos casos. Ao inalar gotículas contendo os bacilos, este pode atingir os alvéolos, ocasionando uma rápida resposta inflamatória pelo sistema imune do hospedeiro. Caso ocorra falha nos mecanismos de defesa, os bacilos começam a se multiplicar e irá desenvolver os sintomas relacionados com a doença da tuberculose. Os sintomas clássicos da tuberculose pulmonar são: tosse persistente por três semanas ou mais, produtiva ou não (com muco e eventualmente sangue), febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento.

Quando a Organização Mundial de Saúde - OMS - decretou esta doença em estado de emergência mundial, em 1993, estava fundamentada pelos altos índices de incidência e mortalidade existentes, principalmente em países com piores condições sócio-econômicas. Naquele momento, era uma doença negligenciada em muitos lugares, com conseqüente perda de prioridade no seu combate, tendo surgido surtos de tuberculose multirresistente até em países de primeiro mundo, como nos Estados Unidos. Outro importante fator foi a epidemia da aids, que mudou a história natural da tuberculose, tornando-a uma das principais doenças associadas entre os portadores do HIV.

O controle da tuberculose depende fundamentalmente que os gestores do setor saúde realizem de maneira eficiente e rotineira as atividades de identificação precoce dos casos novos, rápida intervenção em grupos de maior risco, adesão adequada ao tratamento e prevenção do óbito, especialmente nas áreas de maior transmissão da doença. Além disso, é indiscutível a relevância de uma vigilância epidemiológica efetiva para orientar decisões.

A promoção da saúde propõe uma articulação de saberem técnicos e populares, da mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e privados para seu enfrentamento e resolução. É imprescindível a responsabilização de todos no levantamento dos problemas e soluções em matéria de saúde. Sobretudo, com a promoção de saúde, a abrangência das ações de saúde tem como foco o ambiente local e global.

3. OBJETIVO

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ser uma doença negligenciada, que pode ser tratada, e ainda possui altos números de mortalidade e morbidade. Como exposto, sua fácil transmissão, assim como sua alta suscetibilidade com outras doenças associadas ou de base mostram a importância desse relatório técnico-científico como uma forma de ferramenta para a população, pesquisadores e governantes adquirem o conhecimento para melhor agir sobre a realidade atual da epidemia de tuberculose no país.

O objetivo do presente estudo foi analisar o perfil atual e a tendência da mortalidade por tuberculose no Brasil, no período de 2005 a 2012, usando por base o artigo “Tendência da mortalidade por tuberculose no Brasil, 1980 a 2004”, da Revista de Saúde Púlbica, 2007, usando-o como referência para a especificar a coleta e análise dos dados.

A sequencia indicada pelo ano de estudo desse presente trabalho comparado com seu artigo base indica que a análise proposta nesse presente artigo busca comparar os resultados com o de seu texto base, evidenciando as similaridades e diferenças para que seja possível observar os avanços e retrocessos que o país alcançou entre o tempo dos dois trabalhos.

4. MÉTODOS

Foram utilizados dados de mortalidade de tuberculose referentes ao período de 2005 a 2012, provenientes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

Para a análise conjunta dos registros, segundo a décima versão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde ( CID-10), os códigos de causa básica referentes a tuberculose foram classifi cados da seguinte maneira:

Tuberculose pulmonar (CID-10: A150 a A153, A160 a A162 e A169);

Tuberculose respiratória extra-pulmonar (CID-10: A154 a A159 e A163 a A168); Tuberculose extra-respiratória (CID-10: A170 a A199 e P370), especificada como: - Tuberculose do sistema nervoso central (CID-10: A170 a A179)

- Tuberculose de outros órgãos (CID-10: A180 a A189) - Tuberculose miliar (CID-10: A190 a A199)

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- Tuberculose congênita (CID-10: P370)

Além disso, os códigos de causas básicas e de causas associadas foram classificados como:

Tuberculose (CID-10: A15-A19) e suas subclassificações descritas anteriormente; Sequela de tuberculose (CID-10: B90);

Aids (CID-10: B20 a B24);

Doenças infecciosas (CID-10: A00-B99, G00, G03-G04, N70-N73, J00-J06, J10-J18, J20-J22, H65-H66);11

Demais causas apresentadas de acordo com seus respectivos CID.

Para cada região e estado, foram calculadas as taxas anuais de mortalidade por tuberculose por 100 mil habitantes, segundo sexo e faixa etária. Foram utilizadas duas classificações etárias: em quatro grupos (pediátrico de 0-19 anos, adulto jovem de 20-39 anos, adulto de 40 a 59 anos e idoso acima de 60 anos), ou em 11 grupos (0 a 4 anos, 5 a 9 anos, 10 a 14 anos, 15 a 19 anos, 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 anos ou mais).

Para a análise por regiões e por estados, foram calculadas taxas de mortalidade padronizadas pela distribuição etária pelo método direto, referentes ao ano de 2012. Foi utilizada como padrão a população do Brasil, segundo o censo demográfico do Informações de Saúde (TABNET) Demográficas e Socioeconômicas do ano de 2012.

Utilizou-se estatística descritiva para apresentar os dados e para ilustrar a evolução temporal por estado, foram calculadas as taxas anuais de mortalidade por tuberculose.

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5. RESULTADOS

Quanto ao coeficiente de incidência da tuberculose, a análise de tendência demonstrou queda de 2,0% ao ano, e sugere que o aumento na cobertura da ESF (Estratégia Saúde da Família), do TDO (Tratamento Diretamente Observado) e, ainda, a redução do coeficiente de incidência de AIDS poderiam contribuir para um ritmo mais acelerado desse decréscimo, assim como a melhora das politicas publicas de prevenção e tratamento, principalmente na saúde básica.

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Foi observada uma associação positiva entre o coeficiente de AIDS e o coeficiente de incidência da tuberculose no período de 2001 a 2014 e negativa em relação à cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) e ao Tratamento Diretamente Observado (TDO). A cada aumento de 1 caso de aids por 100 mil hab., houve um aumento de 1,5% na incidência da tuberculose. Quanto à ESF e ao TDO, a cada incremento de 20% desses indicadores, houve uma redução de 3,8% e 0,7%, respectivamente, no coeficiente de incidência.

É insignificante o número de mortes baseadas na patologia entre 0 e 19 anos. Esse fato destaca a importância e a eficácia da vacina BCG que propicia o não desenvolvimento da doença ou sua expressão branda. Como é esperado houve redução com o transcorrer dos anos na incidência em ambos os sexos. A disparidade nos indicadores femininos e masculinos retrata a maior incidência em homens, presença de mais patologias associadas e menor adesão ao tratamento.

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Depreende-se a evolução constante das taxas de tuberculose respiratória e de outras formas, como nos ossos, rins, cérebro e meninges, no decorrer dos anos. As pequenas variações demonstram a afinidade maior pelo pulmão.

Os índices de tuberculose na população feminina são mais baixos comparados aos presentes na população masculina o que pode ser justificado pela maior conscientização do processo saúde-doença e busca por atenção à saúde pelas mulheres. É evidente a diminuição

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da contribuição da doença em todas as idades.

A disparidade existente entre 70 a 79 anos e 80 anos ou mais se deve pela queda gradual da eficiência do sistema imune com o avançar dos anos biológicos.

Pela análise do gráfico ano versus taxa de incidência para a população masculina com recorte etário depreende-se a ausência da doença na faixa etária de 0 a 19 anos devido ao tangenciamento da linha. Observa-se também um discreto decréscimo em todas as idades excetuando no ano de 2008 no qual houve um discreto aumento entre 30 e 39 anos. A taxa de incidência é proporcional ao aumento da idade o que corrobora com uma fragilidade do sistema imunológico.

Entre 1980 e 2004 em todos os grupos etários analisados houve uma pequena queda seguida por uma constância. A diferença na incidência entre esses dois períodos coaduna com um avanço dos sistemas de saúde e consequente aumento da qualidade de vida.

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Os estados sudeste e nordeste apresentam os piores indicadores da doença. No sudeste esse fato pode ser justificado pela maior densidade populacional, grande quantidade de espaços de aglomeração humana e população residente na rua mais intensa. Na região nordeste do país os serviços de saúde mais precários e a condição socioeconômica limitante dificulta o acesso ao diagnóstico e tratamento. O sul apresenta taxa menor devido ao maior desenvolvimento social e o centro-oeste pela menor densidade demográfica. O norte apresenta índice aumentado ainda que esteja abaixo da situação geral. Em todas as regiões houve redução dos casos, algumas variações e retomada da redução.

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O coeficiente de mortalidade por tuberculose apresentou declínio de 3,0% ao ano e os achados sugerem que a redução da proporção de abandono do tratamento da tuberculose aumentaria o ritmo da queda.

6. DISCUSSÃO

“O Brasil ocupa a 18ª posição em carga de tuberculose, representando 0,9% dos casos estimados no mundo e 33% dos estimados para as Américas.4 Os coeficientes de mortalidade e de incidência foram reduzidos em 38,9% (3,6 para 2,2/100 mil hab.) e 34,1% (51,8 para 34,1/100 mil hab.), respectivamente, de 1990 até 2014. Com esses resultados, o país cumpriu as metas internacionais. Apesar disso, ainda foram registrados, entre 2005 e 2014, uma média de 70 mil casos novos e 4.400 mortes por tuberculose, por ano, e entre 2012 e 2015, 840 casos novos de tuberculose drogarresistente, que são os casos que apresentam qualquer tipo de resistência aos fármacos utilizados no tratamento Alinhado às estratégias mundiais apresentadas, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Brasil está se preparando para a construção do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como problema de saúde pública.” Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde Volume 47 N° 13 - 2016

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ISSN 2358-9450.

No que diz respeito à mortalidade, observou-se uma associação positiva entre o percentual de abandono de tratamento dos casos novos pulmonares e o coeficiente de mortalidade por tuberculose no período de 2001 a 2014: a cada aumento de 1% no abandono de tratamento, foi observado um aumento de 4% nesse coeficiente.

Não há uma quantidade significante de mortes baseadas na patologia entre 0 e 19 anos. Esse fato destaca a importância da vacina BCG que propicia o não desenvolvimento da doença ou sua expressão branda. Com o aumento da idade biológica, principalmente na população idosa, ocorre redução das respostas imunes devido à crescente fragilidade do sistema de defesa.

Como é esperado houve redução com o transcorrer dos anos na incidência em ambos os sexos. A disparidade nos indicadores femininos e masculinos retrata a maior incidência em homens, presença de mais patologias associadas e menor adesão ao tratamento. A mulher é mais receptiva aos serviços de saúde e por diversos fatores sociais busca mais formas de prevenção e tratamento de patologias.

Os destaques na análise regional ocorrem no norte e nordeste sendo correlacionado à ineficiente cobertura dos sistemas de saúde. Concomitantemente há redução no panorama geral de óbito tendo a tuberculose como fator básico ou associado a outras patologias.

A manifestação da tuberculose na forma pulmonar é a mais frequente e a mais relevante para os serviços de saúde pública, pois é a forma pulmonar bacilífera, a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença. Dessa forma a busca ativa dos sintomáticos respiratórios é a principal estratégia para o controle da TB, permitindo assim a detecção precoce das formas pulmonares.

As formas extrapulmonares da tuberculose têm sinais e sintomas específicos dos órgãos e/ou sistemas acometidos. Sua ocorrência aumenta entre pacientes imunocomprometidos.

O contexto mundial da tuberculose como emergência global não virou passado. No Brasil não é diferente. Entre os 20 países com maior número de incidência no mundo, no país

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permeiam tanto o âmbito politico, por meio, por exemplo, de destinação de verbas para a intensificação da pesquisa e inovação e administrativo, por meio de uma maior união entre as esferas de gestão do Sistema Único de Saúde. Os Programas de Controle da Tuberculose precisam implementar ações que qualifiquem os serviços prestados ao paciente com tuberculose, como no sentido de promover conscientização por parte dos pacientes na persistência do tratamento pelos 6 meses padrão e cuidado e monitoramento sobre os que tem o sistema imune mais debilitado.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIERRENBACH, Ana Luiza; DUARTE, Elisabeth Carmen; GOMES, Adriana Bacelar Ferreira. Tendência da mortalidade por tuberculose no Brasil, 1980 a 2004. Revista de Saúde Pública, Brasília-df, v. 1, n. 41, p.15-23, jan. 2007. Anual.

Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. TUBERCULOSE: Informes e Capacitações. Curitiba-PR , 2014. Site acessado em 29/11/2016, acesso em <

http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=939>

HIJJAR, MA; PROCÓPIO, MJ; FREITAS, LMR. EPIDEMIOLOGIA DA TUBERCULOSE:: importância no mundo, no Brasil e no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro - RJ: Pulmão Rj, v. 14, n. 4, 19 dez. 2005. Bimestral.

RODRIGUES, Aldenora Maria Ximenes; SILVA, Kelly Maria Rêgo da; VIEIRA, Maria dos Reis. Epidemiologia da tuberculose no Brasil nos últimos 10 anos. Revista de Enfermagem da Ufpi, Teresina-pi, v. 2, n. 5, p.75-79, abr. 2016. Mensal.

RUFFINO-NETTO, Antonio. Tuberculose: a calamidade negligenciada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Ribeirão Preto-sp, v. 1, n. 35, p.51-58, fev. 2002. Mensal.

Os dados sobre morbidade e mortalidade por tuberculose foram obtidos a partir da consolidação das bases estaduais do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e das bases nacionais do Sistema de Informações sobre

Mortalidade (SIM).

As populações do Censo Demográfico de 2010 e as estimativas populacionais dos anos intercensitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram utilizadas para o cálculo dos coeficientes de mortalidade e de incidência.

Referências

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