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Consulta Publica CP005/2003

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Consulta Publica CP005/2003

Prezados Senhores,

Segue contribuição da Guaraniana Comercio e Serviço - GCS ENERGIA para a Consulta Pública CP005/2003. tendo em vista contribuir para o aprimoramento e aprovação do Procedimento de Mercado para monitoramento de insuficiência de contratação e lastro de venda no MAE.

1. Anexo 12 do PM – AM.08, no item 12.1 – Álgebra de Cálculo de Insuficiência de Contratação e de Verificação do lastro de contratos de venda,

1.1 CÁLCULO DA GARANTIA FÍSICA (PN.4)

No cálculo da Potência Instalada Ajustada (API) para as usinas térmicas, a álgebra exclui

a energia de teste, e como conseqüência, não permite que esta energia de teste seja

considerada no cálculo da Garantia Física (GFIS) das usinas térmicas participantes da CCC ou não, conforme item PN.4.2, Sub-item b.

Entendemos que a energia mensal efetivamente gerada por uma maquina em teste sirva de cobertura para lastro de curto prazo ou para cobrir o consumo verificado, no caso de Agentes G e D com mesmo perfil. Não existe lógica em não considerar para efeito de lastro de curto prazo uma energia que já foi gerada e que já atendeu carga. Por outro lado, o período de teste pode ser prolongado, podendo trazer elevados prejuízos ao investidor caso o Preço do MAE não cubra os custos fixos de operação.

Se o motivo da não consideração da energia de teste para efeito de lastro for o seu caráter sazonal / imprevisível, observamos que a geração de excedentes de autoprodutores e PCH’s não pertencentes ao MRE são tão quanto sazonal / imprevisível, e sevem para lastro de longo prazo, este fato e de uma enorme incoerência.

Observamos também que tal tratamento não é isonômico em relação ao tratamento dispensado a energia de teste atribuída às usinas térmicas participantes ou não da CCC, conectadas na rede de distribuição, que são, por modelagem, abatidas automaticamente da carga da Distribuidora informada ao MAE.

Além disto, a Regra Algébrica do MAE versão 3.1, nos capítulos 4 e 12, nos cálculos da energia assegurada de usinas submotorizadas pode considerar a geração das máquinas em teste.

Esta consideração é feita pela alocação da geração de teste (ATUG) para complementar a energia assegurada da usina submotorizada. O Descritivo das Regras de Mercado versão 3.1.b menciona explicitamente na sua página 6 que:

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“ Se a produção total for menor do que a Energia Assegurada Média mensal (AUGpj + ATUGpj < AMASSpj) da usina, a mesma

não terá Geração de Teste (GTpj = 0) e a Geração efetiva da usina será a produção de todas as suas unidades, incluindo as em teste (RGpj=AUGpj+ATUGpj), conforme ilustra a figura 2 a seguir:”

Descritivo das Regras CAPÍTULO 4 versão 3.1.b

Resoluções ANEEL nos 377/2003 e 462/2003 Versão Final 10/09/2003

De acordo com o exposto acima, segue a seqüência do tratamento dispensado à energia

de teste nas Regras Algébricas do MAE, até o cálculo da Energia Assegurada:

A Regra Algébrica versão 3.1.b, item 4.4.1 (c) (iii) - Quando o somatório da geração das unidades em operação comercial (AUG) e o somatório das unidades geradoras em teste (ATUG) é menor do que a Energia Assegurada Média (AMASS)

(AUG + ATUG) < AMASS

a geração de teste (GT) é igual a zero e a geração reconciliada (RG) é igual ao somatório

da geração das unidades em operação comercial e das unidades em teste, ou seja:

GT = 0

RG= (AUG + ATUG)

Deste modo a geração medida da usina hidráulica (MG), que está em fase da motorização, será formada pela energia das unidades em operação comercial e das

unidades em teste, conforme descrito acima. Tal fato será relevante no cálculo da

Energia Assegurada de Usinas Submotorizadas (IFASS) definido no item 12.4.1 (b) das Regras Algébricas do MAE versão 3.1.b, fazendo com que esta energia assegurada seja igual à geração medida da usina hidráulica (MG) que pode ser formada, total ou

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Consulta Publica CP005/2003

Energia Assegurada desta usina hidráulica (ASS_1) será composta total ou parcialmente, por energia de teste.

Como a Garantia Física (GFIS) das usinas hidráulicas participantes do MRE é igual à sua Energia Assegurada (ASS_1), fica claramente demonstrado o tratamento não isonômico, com relação à energia de teste de usinas térmicas participantes ou não da CCC, pois a estas foi vinculada uma característica de exclusão.

Sugerimos, com o intuito de manter a isonomia e de evitar discriminações ao tratamento dispensado aos agentes do MAE, que a energia de teste das usinas térmicas participantes ou não da CCC, a exemplo das usinas hidráulicas, não sejam desconsideradas no cálculo da Garantida Física (GFIS), utilizada no cálculo da Insuficiência de Contratação e de Verificação do lastro de Contratos de Venda.

1.2 CALCULO DAS COBERTURAS CONTRATUAIS e DA VENDA TOTAL

a) Nos itens PN.6.1 referente ao cálculo da Cobertura Contratual do Distribuidor/Comercializador (CCD) e do cálculo da Cobertura Contratual de Longo Prazo do Distribuidor/Comercializador (CCLPD) e PN.6.2 referente ao cálculo da Cobertura Contratual do Gerador (CCG) e do cálculo da Coberura Contratual de Longo Prazo do Gerador (CCLPG).

Deve ser incluído o seguinte somatório:

sm

que corresponde ao somatório de todos os Submercados em todos os períodos de apuração/comercialização em um mês de apuração; antes do somatório

Comprador

ers

b) No item PN.7.1 referente ao cálculo da Venda Total do Distribuidor/Comercializador (VTD) e no item PN.7.2 referente ao cálculo da Venda Total do Gerador (VTG)

Deve ser incluído o seguinte somatório:

sm

que corresponde ao somatório de todos os Submercados em todos os períodos de apuração/comercialização em um mês de apuração; antes do somatório

Vendedor

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1.3 DUPLA PENALIZAÇÃO

A Penalidade Notificada por Insuficiência de Lastro de Venda (PIVD) e (PIVG), conforme estabelecido da Minuta do PM, é imputada aos agentes, quando o somatório entre todos os seus contratos de compra (curto e longo prazo) mais a garantia física (se for o caso) abatida da carga total do agente for menor do que todos os contratos de venda, itens PN.7.7 e PN.7.8.

Entendemos que quando um agente é penalizado por Insuficiência de Contratação(PICD), o seu lastro remanescente para contrato de venda deve ser igual aos seus contratos de compra mais a garantia física abatido do lastro utilizado para a carga ou no mínimo deve ser abatido a parcela da carga que já foi penalizada.

Caso seja aplicada a regra proposta, o agente será penalizado duplamente: • Quando for calculado o seu Nível de Cobertura de Consumo (NCCD);

• Quando forem utilizados contratos de curto prazo para lastrear a parcela de carga não coberta por contratos de longo prazo.

> Segue abaixo um exemplo numérico para ilustrar o exposto acima:

Carga do Distribuidor/Comercialidor: 1500 MW

Contratos de Compra de Longo Prazo do Dist./Comercializador: 1000 MW Contratos de Compra de Curto Prazo do Dist./Comercializador: 4000 MW Contratos de Venda do Dist./Comercializador: 4000 MW

Como podemos observar, o agente está exposto em 500 MW

TR C CLP CCP TRC GF 95% TRC

No mínimo esta parcela não deve ser considerada no calcula de lastro para venda. De maneira a evitar dupla penalidade.

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Consulta Publica CP005/2003

CÁLCULO CONFORME MINUTA DO PM – AM.08

• Cálculo da Penalidade Notificada por Insuficiência de Contratação (PICD):

Nível de venda lastreada por contratos de longo prazo: 1000 = 0,667 1500

Nível de insuficiência de contratação: max (0; 0,95 – 0,667) * 1500 = 424,5 (considerando LMC = 95%)

Penalidade por Insuficiência de Contratação (PICD): 424,5 * 105,00 = R$44.572,00

(considerando o Preço de Referência = VN = R$105,00/MWh)

Note que o agente foi penalizado na parcela de 500 MW da sua carga que não estavam lastreados por contratos de longo prazo.

• Cálculo da Penalidade Notificada por Insuficiência de Lastro de Venda

Nível de venda lastreada: (5000 – 1500) = 0,875 4000

Nível de lastro de venda : max (0; 1,0 – 0,875) * 4000 = 500 (consideramos LMV = 100%)

Penalidade por Insuficiência de Lastro de Venda: 500 * 105,00 = R$52.500,00

(considerando o Preço de Referência = VN = R$105,00/MWh

Note que o agente possui 4000MW em contratos de compra de curto prazo que são

suficientes para cobrir integralmente o lastro dos seus contratos de venda, porém foi

considerado apenas 3500 MW como lastro para os contratos de venda, pois 500MW de contratos de curto prazo foram “tomados emprestados” para lastrear a carga, mesmo após o agente ser penalizado por falta de lastro.

De acordo com a álgebra proposta na Minuta do PM – AM.08, podemos observar no exemplo acima, que o agente Distribuidor/Comercializador foi penalizado em 424,5MW da sua carga total por insuficiência de contratos de longo prazo e adicionalmente por 500MW da sua carga total por insuficiência de lastro de venda, totalizando 924,5 MW penalizados.

A parcela da carga que estava “a descoberto” por contratos de longo prazo, 500MW, foi considerada duplamente, caracterizando, portanto, a duplicidade na penalização.

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CÁLCULO CONFORME PROPOSTA DE ALTERAÇÃO

• Cálculo da Penalidade Notificada por Insuficiência de Lastro de Venda

Nível de venda lastreada: (fórmula proposta)

máximo (0 ; cobertura contratual total – mínimo entre (cobertura contratual longo prazo e 95%da carga total)) / Venda Total

que no exemplo equivale a:

(5000 - min(1000 ; 0,95 * 1500)) = 5000 – 1000 = 4000 = 1,0 4000 4000 4000 Nível de lastro de venda : max (0 ; 1,0 – 1,0) * 4000 = 0

(consideramos LMV = 100%)

Penalidade por Insuficiência de Lastro de Venda: 0 * 105,00 = 0

(considerando o Preço de Referência = VN = R$105,00/MWh)

Note que o agente não foi penalizado por insuficiência de lastro de venda, porque o mesmo possui contratos suficientes para lastrear a totalidade da sua venda.

Na formulação proposta, somente os 500MW que estavam “a descoberto” por contratos de longo prazo foram considerados, não havendo a duplicidade na penalização.

Conforme exposto acima, sugerimos, com o intuito de evitar a dupla penalização ao agente do MAE, que a formulação do Nível de Venda Lastreada (NVLD) e (NVLG), itens PN.7.3 e PN.7.4, sejam alterados para:

máximo (0 ; cobertura contratual total – mínimo entre (cobertura contratual longo prazo e 95%da carga total)) / Venda Total

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Além disso, entendemos que o PM – AM.08, deve obedecer o exposto na Resolução da ANEEL 352, de 22 de julho de 2003, que no seu Artigo 2º , parágrafo 2º diz o seguinte:

“§ 2º O Procedimento de Mercado para monitoramento da insuficiência de contratação, PMAM.

05, deverá ser adaptado de forma que não seja aplicada dupla penalidade em função da falta de

lastro em contratos de venda.”

2. Prazo para início da aplicação do PM – AM 08

A Resolução ANEEL 352, de 22 de julho de 2003, no seu artigo 2º, parágrafo 1º diz o seguinte:

“Art. 2º O mecanismo de verificação do lastro de contratos de que trata esta Resolução será incorporado à próxima versão das Regras de Mercado, assim como o procedimento de

cálculo da

respectiva penalidade técnica.

§ 1º O MAE deverá estabelecer, até 1º de setembro de 2003, sob a forma de Procedimento de Mercado, a sistemática de que trata esta Resolução, incluindo as premissas e a forma

algébrica

correspondente, até que tal sistemática seja incorporada às Regras de Mercado.”

Como podemos constatar, o PM – AM.08, que trata da Aplicação de Penalidade por Insuficiência de Contratação e Penalidade por Insuficiência de Lastro de Venda, ainda se encontra em fase de Consulta Pública até o dia 15 de setembro de 2003, não sendo portanto, homologado.

Tal fato impossibilita aos agentes de conhecerem, com a antecedência necessária, as premissas e a formulação algébrica que serão utlizadas na verificação do lastro.

Sugerimos que o PM – AM. 08, somente venha a ser aplicado para a contabilização do mês seguinte ao mês da sua homologação, de forma a permitir aos agentes, prazo suficiente para o entendimento e tomada de decisões.

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