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C A D E R N O D E Q U E S T Õ E S

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Academic year: 2021

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CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

INSTRUÇÕES

• Verifique se este CADERNO DE QUESTÕES contém 120 questões de múltipla escolha.

• Caso não esteja completo, informe imediatamente o fiscal da sala. Não serão aceitas

reclamações posteriores.

• Escreva seu nome completo, sala, carteira e assine no campo indicado.

• Utilize caneta de tinta preta ou azul.

• Responda as questões de múltipla escolha na FOLHA OBJETIVA.

• Não será permitida qualquer espécie de consulta nem o uso de aparelhos eletrônicos.

As imagens de pacientes e de exames complementares exibidos têm prévia autorização para apresentação. "Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia".

Boa prova!

03/Janeiro/2021 Nome do Candidato:

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ASSINATURA

SALA: CARTEIRA:

RESIDÊNCIA MÉDICA - 2021

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QUESTÃO 01

Paciente de 49 anos com antecedente de doença do refluxo gastroesofágico. Endoscopia digestiva alta demonstra esofagite Los Angeles C e hérnia de hiato por deslizamento com 4cm de extensão. Ao exame físico abdominal, sem dor à palpação ou visceromegalias palpáveis. IMC: 24,9kg/m2. Após uso de omeprazol em dose otimizada, apresenta importante melhora dos sintomas, apesar de alguns episódios de disfagia. Com relação ao caso, assinale a melhor alternativa:

(A) O tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico pode ser proposto após realizar estudo radiológico contrastado de esôfago, estômago e duodeno.

(B) O tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico pode ser proposto após realizar estudo radiológico contrastado de esôfago, estômago e duodeno e manometria esofágica. (C) O tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico pode ser

proposto sem necessidade de mais exames complementares.

(D) O tratamento cirúrgico está contraindicado, já que o paciente teve melhora dos sintomas após tratamento medicamentoso.

QUESTÃO 02

Paciente em investigação de megaesôfago chagásico apresenta estudo radiológico contrastado de esôfago, estômago e duodeno com ondas terciárias e diâmetro máximo do esôfago de 5cm. Manometria mostra aperistalse esofágica. Qual o melhor tratamento nesse momento?

(A) Esofagectomia em 3 campos. (B) Tratamento medicamentoso. (C) Cardiomiotomia com fundoplicatura. (D) Esofagectomia transhiatal.

QUESTÃO 03

Paciente com doença de refluxo gastresofágico, em seguimento de Esôfago de Barrett, apresenta disfagia rapidamente progressiva. Realizada a endoscopia digestiva alta com visualização de lesão de 32cm a 38cm da arcada dentária superior (ADS), sendo a transição esofagogástrica a 40 cm da ADS. Conforme a classificação topográfica de Siewert, como classificar esta lesão?

(A) Tipo 1. (B) Tipo 2. (C) Tipo 3.

(D) Lesão não passível de classificação.

QUESTÃO 04

Homem, 60 anos, com diagnóstico de carcinoma espinocelular de esôfago médio. Foi submetido a tratamento neoadjuvante com quimio e radioterapia. Realizado re-estadiamento clínico com tomografia de pescoço, tórax, abdome e pelve, negativo para metástases e endoscopia demonstra retração cicatricial em topografia do tumor, com biópsias negativas para neoplasia. Qual a melhor conduta para o caso nesse momento?

(A) Novo estadiamento clínico em 6 meses. (B) Ultrassom endoscópico com biópsias seriadas. (C) Radioterapia complementar.

(D) Esofagectomia transtorácica com esôfago-gastro anastomose.

QUESTÃO 05

Homem, 44 anos, com perda ponderal não quantificada há 6 meses e sensação de empachamento progressivo com vômitos recorrentes. Endoscopia digestiva alta mostra lesão subepitelial a 1cm de piloro, em grande curvatura de antro gástrico. Ultrassom endoscópico demonstra lesão subepitelial de 5cm de diâmetro sugestiva de tumor gastrointestinal estromal (GIST). Tomografia de tórax, abdome e pelve negativas para metástases. Sobre o caso, qual a melhor conduta terapêutica?

(A) Gastrectomia subtotal com reconstrução em Y de Roux. (B) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2 e

reconstrução em Y de Roux. (C) Gastrectomia em cunha.

(D) Gastrectomia total com linfadenectomia D2 e reconstrução em Y-de-Roux.

QUESTÃO 06

Mulher, 77 anos, realizou durante consulta de rotina Endoscopia Digestiva Alta que mostrou lesão elevada de 1cm em grande curvatura gástrica. Biópsia de lesão demonstra adenocarcinoma gástrico bem diferenciado. Quais exames devem ser solicitados nesse momento para definir a melhor conduta terapêutica?

(A) Tomografia de tórax, abdome e pelve.

(B) Tomografia de tórax, abdome e pelve e ultrassom endoscópico.

(C) PET-CT de corpo inteiro.

(D) Não há necessidade de exames adicionais, considerando que se trata de paciente idosa e não será proposto tratamento invasivo para a mesma.

QUESTÃO 07

Paciente de 58 anos, com antecedente de gastrectomia parcial por úlcera perfurada há 5 anos. Vem ao ambulatório por quadro de dispepsia e regurgitação intensa com resposta inadequada a tratamento clínico com inibidor de bomba de prótons. Endoscopia digestiva alta mostra: esofagite erosiva grave (Classe C de Los Angeles), status pós gastrectomia parcial com reconstrução à Billroth II, lago mucoso bilioso abundante e intenso edema e enantema com erosões em mucosa gástrica principalmente próximo a anastomose gastrojejunal. Sobre o caso, assinale a melhor conduta:

(A) Totalização de gastrectomia com reconstrução em Y-de-Roux.

(B) Otimizar tratamento clínico com dose dobrada de inibidor de bomba de prótons.

(C) Solicitar pH-metria para comprovar o refluxo gastro esofágico.

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QUESTÃO 08

Homem, 29 anos, com queixa de perda ponderal > 10% do peso corpóreo nos últimos 6 meses, empachamento progressivo e anemia sintomática. Endoscopia digestiva alta mostra lesão ulcerada, de 5cm de diâmetro, em grande curvatura de antro gástrico, friável ao toque, ocupando cerca de 50% da circunferência do órgão, cujo exame anatomopatológico da biópsia demonstra adenocarcinoma. Estadiamento clínico demonstra 3 lesões hepáticas de 3cm cada em segmentos II e VI do fígado. Sobre o caso, assinale a melhor alternativa cirúrgica.

(A) Gastrectomia subtotal com reconstrução em Y de Roux com linfadenectomia D2 e hepatectomia lateral esquerda. (B) Gastrectomia subtotal com reconstrução em Y de Roux

com radioterapia intra-operatória.

(C) Gastrectomia subtotal com reconstrução em Y de Roux. (D) Gastroenteroanastomose em Y de Roux.

QUESTÃO 09

Paciente de 68 anos com quadro de colúria e acolia fecal há 7 dias. Ultrassonografia de abdome superior demonstrava colecistopatia crônica calculosa e dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas, com cálculo de 1 cm em colédoco distal. Realizada colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) com retirada do cálculo após infundibulotomia, cateterização da via biliar principal e introdução de sonda tipo basket.

No 1º dia após procedimento, paciente evolui com dor em andar superior do abdômen, irradiada para região lombar e vômitos. Ao exame físico apresenta-se ictérico, ++/4+, frequência cardíaca de 120 bpm, temperatura 38oC, dor a palpação de andar superior do abdômen e extenso enfisema de subcutâneo na região cervical. A principal hipótese diagnóstica é:

(A) Perfuração duodenal. (B) Pancreatite aguda. (C) Colangite.

(D) Sangramento.

QUESTÃO 10

Paciente de 71 anos, em pós-operatório de duodenopancreatectomia (há 2 anos) por adenocarcinoma de cabeça de pâncreas. Apresenta-se em unidade de pronto atendimento com quadro de icterícia, colúria e acolia fecal, associado a dor em hipocôndrio direito e febre de até 39oC. Ultrassom de abdome total demonstra lesão sólida em topografia de pâncreas com dilatação de vias biliares intra e extra hepáticas. Qual a melhor conduta para desobstrução das vias biliares nesse momento?

(A) Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica. (B) Drenagem transparieto hepática.

(C) Laparotomia exploradora com coledocotomia e alocação de dreno de Kehr.

(D) Anastomose biliodigestiva em Y-de-Roux.

QUESTÃO 11

Durante colecistecomia videolaparoscópica eletiva, foi realizada colangiografia intraoperatória que mostra, após a injeção de contraste, apenas a contrastação da via biliar principal distal ao clipe, com bom esvaziamento de contraste para duodeno, sem identificação de cálculos no interior da via biliar, porém sem contrastar a via biliar intra-hepática ou vesícula biliar. Qual a melhor conduta neste momento do ato operatório?

(A) Prosseguir com a colecistectomia, uma vez que via biliar está sem cálculos.

(B) Prosseguir com a colecistectomia, uma vez que a via biliar está com bom esvaziamento.

(C) Drenar a via biliar com dreno trans-cístico.

(D) Rever cuidadosamente as estruturas biliares no campo operatório.

QUESTÃO 12

Mulher, 28 anos, com diagnóstico de lesão cística em cauda do pâncreas de 5cm de diâmetro em ultrassonografia de abdome superior de rotina. Solicitada ressonância magnética, com diagnóstico de neoplasia cística mucinosa do pâncreas com diâmetro de 5cm. Qual a melhor conduta?

(A) Repetir ressonância magnética em 12 meses. (B) Enucleação.

(C) Pancreatectomia distal.

(D) Ultrassonografia endoscópica com punção.

QUESTÃO 13

Mulher, 48 anos, assintomática. Fez ultrassom de abdome total que evidenciou lesão cística em lobo hepático direito medindo 9 x 10cm, com paredes finas, sem septos e com conteúdo homogêneo. Foi solicitada ressonância magnética que confirmou lesão cística ocupando o lobo direito, parcialmente exofítica, sem septos. Qual a melhor conduta para essa paciente?

(A) Hepatectomia direita.

(B) Destelhamento (“unroofing”) por laparoscopia. (C) Alcoolização do cisto.

(D) Acompanhamento clínico.

QUESTÃO 14

Mulher, 32 anos, em uso de anticoncepcional oral há 12 anos, com empachamento pós-prandial, vômitos e perda de peso não aferida há 6 meses. Endoscopia digestiva alta mostrou compressão extrínseca na parede anterior do estômago. Tomografia de abdome com contraste mostrou lesão sugestiva de hemangioma no setor lateral esquerdo do fígado, com diâmetro máximo de 12 cm e compressão da parede gástrica anterior. Qual a melhor conduta para o caso?

(A) Solicitar ressonância magnética com contraste hepatoespecífico.

(B) Ressecção da lesão hepática.

(C) Seguimento clínico e realizar ultrassom de abdome de controle em 6 meses.

(D) Seguimento clínico e realizar ultrassom de abdome de controle em 12 meses.

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QUESTÃO 15

Homem, 63 anos, com antecedente de cirrose hepática pelo vírus da hepatite B, classificada como Child-Pugh A5, sem sinais de hipertensão portal. Tomografia de abdome total com contraste trifásico demonstrou nódulo único de 3,5 cm de diâmetro em segmentos II/III do fígado, sugestivo de carcinoma hepatocelular. Qual a melhor conduta para tratamento desta lesão?

(A) Ressecção do setor lateral esquerdo do fígado. (B) Quimioembolização arterial.

(C) Ablação por radiofrequência.

(D) Tratamento sistêmico com sorafenibe.

QUESTÃO 16

Mulher, 36 anos, em uso de anticoncepcional oral há 8 anos, com diagnóstico de nódulo hepático ao ultrassom. Realizada ressonância nuclear magnética com contraste hepatoespecífico que evidenciou lesão nodular hepática de 2,7 cm em segmento III do fígado, sugestiva de adenoma hepático. O uso do anticoncepcional foi prontamente interrompido sob orientação de seu ginecologista. Com relação à lesão hepática, deve-se:

(A) Indicar ressecção cirúrgica (nodulectomia).

(B) Indicar ressecção cirúrgica (setorectomia lateral esquerda). (C) Manter seguimento clínico, com exame de imagem de

controle em 6 meses.

(D) Não há necessidade de seguimento, considerando que paciente suspendeu o uso de anticoncepcional.

QUESTÃO 17

Paciente de 47 anos, com IMC de 35kg/m2, diabetes tipo 2 há 5 anos, com queixa de dispepsia importante, com melhora parcial após uso de omeprazol em dose otimizada. Endoscopia digestiva alta mostra mucosa esofágica em terço distal de aspecto colunar, com biópsia comprovando metaplasia intestinal sem displasia. Com relação ao tratamento cirúrgico para o caso em questão, assinale a melhor alternativa:

(A) Gastrectomia vertical.

(B) Hiatoplastia com fundoplicatura total à Nissen. (C) Hiatoplastia com fundoplicatura parcial à Toupet.

(D) Gastroplastia com derivação em Y de Roux (Bypass gástrico).

QUESTÃO 18

Paciente de 43 anos em pós-operatório tardio de Gastroplastia com derivação em Y de Roux (Bypass gástrico) para tratamento de obesidade. Evoluiu com reganho de 70% do peso perdido no último ano. Estudo radiológico contrastado demonstra gastro-jejuno anastomose em bom aspecto, sem sinais de refluxo gastroesofágico e estômago excluso contrastado. A melhor conduta em relação ao reganho de peso é:

(A) Cirurgia revisional com correção de fístula gastro-gástrica. (B) Cirurgia revisional com alongamento de alça alimentar. (C) Cirurgia revisional com conversão para cirurgia de

Scopinaro.

(D) Não há indicação cirúrgica nesse momento, devendo-se intensificar o acompanhamento multiprofissional.

QUESTÃO 19

Paciente de 35 anos submetida à Gastroplastia com derivação em Y de Roux (Bypass gástrico) por videolaparoscopia há 2 anos, com boa evolução de perda de peso. Vem apresentando crises de dor abdominal difusa, em cólica, mais intensa em epigástrio e com irradiação dorsal, principalmente pós alimentar, com alguns episódios de diarréia. No atendimento no pronto socorro, realizou exames de radiografia simples do abdômen e ultrassonografia de abdome, os quais não mostraram alterações.

Qual das alternativas representa o diagnóstico mais provável para o caso clínico?

(A) Dor abdominal por úlcera gástrica. (B) Claudicação intestinal.

(C) Hérnia interna recorrente. (D) Colite bacteriana recorrente.

QUESTÃO 20

Paciente em programação de cirurgia bariátrica. Durante preparo para cirurgia, teve perda de 20% de excesso de peso (calculado para IMC ideal de 25km/m2), com IMC atual de 36kg/m2. Tem antecedente de hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia, ambos com tratamento medicamentoso otimizado. Sobre o caso, assinale a melhor conduta:

(A) A cirurgia bariátrica não deve mais ser realizada considerando que o paciente teve perda de 20% do excesso de peso.

(B) Deve-se manter conduta cirúrgica proposta inicialmente. (C) A cirurgia bariátrica não deve mais ser realizada

considerando IMC atual menor que 40kg/m2.

(D) A cirurgia bariátrica deve ser proposta para o paciente em questão apenas se houver reganho de peso a partir desse momento.

QUESTÃO 21

Paciente de 48 anos admitido em Unidade de Pronto Atendimento com quadro de dor abdominal de forte intensidade. Radiografia simples de abdome demonstra pneumoperitônio. Durante laparotomia de urgência, foi evidenciada obstrução em alça fechada com perfuração de ceco e lesão neoplásica obstrutiva em reto baixo, a 4cm de borda anal ao toque retal. Qual a melhor conduta a ser tomada durante a cirurgia de urgência?

(A) Colectomia total com ressecção de lesão primária e ileostomia terminal.

(B) Rafia de ceco com ileostomia em alça à montante da lesão. (C) Colectomia total com ressecção da lesão primária e íleo

reto anastomose.

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QUESTÃO 22

Paciente com dor anal há 2 anos e sangramento frequente às evacuações. Exame físico revela lesão ulcerada em canal anal com 3,0 cm de diâmetro, dolorosa e friável ao toque retal. Biopsia realizada durante anuscopia confirma diagnóstico de carcinoma espinocelular de canal anal. Estadiamento demonstra ausência de lesões à distância e ressonância de pelve confirma lesão neoplásica restrita ao canal anal. Qual a melhor conduta para o caso nesse momento?

(A) Tratamento neoadjuvante com quimio e radioterapia de curta duração seguido de amputação de canal anal com colostomia terminal.

(B) Tratamento neoadjuvante com quimio e radioterapia seguido de proctectomia com anastomose coloanal. (C) Tratamento com quimio e radioterapia exclusivas. (D) Imunoterapia exclusiva.

QUESTÃO 23

Homem, 56 anos, com dor em fossa ilíaca esquerda há 2 dias, sem febre. Tem antecedente de doença diverticular (confirmada por colonoscopia recente em exame de rotina). Durante atendimento na unidade de pronto atendimento, tomografia de abdome total com contraste endovenoso demonstra apendagite epiplóica em região de fossa ilíaca esquerda, sem outros achados no exame de imagem no contexto de urgência. Com relação ao diagnóstico, qual o melhor tratamento a ser proposto nesse momento?

(A) Internação para antibioticoterapia parenteral. (B) Analgesia e anti-inflamatório domiciliar. (C) Antibioticoterapia oral domiciliar. (D) Retossigmoidectomia de urgência.

QUESTÃO 24

Paciente gestante de 34 semanas com queixa de dor anal importante. Exame físico demonstra hemorróida externa com trombose, sem sinais de infecção secundária. Toque retal não realizado por dor importante no momento do exame. Sobre o caso, assinale a melhor alternativa:

(A) Deve-se propor tratamento clínico e contraindicar parto vaginal.

(B) Deve-se propor tratamento cirúrgico e contraindicar parto vaginal.

(C) Deve-se propor tratamento clínico e não contraindicar parto vaginal.

(D) Deve-se propor tratamento cirúrgico e não contraindicar parto vaginal.

QUESTÃO 25

Homem, 24 anos, com diagnóstico de Doença de Crohn. Apresenta nos últimos 6 meses quadro de dor abdominal frequente com sensação de distensão pós-prandial. Já internado por vômitos em outras ocasiões e em acompanhamento clínico em uso de medicação biológica em doses crescentes. Tomografia de abdome mostra espessamento importante em íleo terminal, junto à válvula ileocecal. Qual a melhor conduta para o caso?

(A) Ressecção ileocecal com anastomose íleo-cólica.

(B) Colectomia direita com ligadura dos vasos íleo-cólicos em sua origem na a. mesentérica superior.

(C) Plastia de válvula ileocecal.

(D) Derivação interna com ileotransverso anastomose.

ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 26 e 27: Homem de 67 anos procura o pronto-socorro com queixa de hiperemia e dor ao redor de ileostomia e parada de eliminação de secreções pela mesma, há 2 dias. Fez cirurgia para tratamento de câncer de cólon há 3 anos, na urgência, quando foi feita a ileostomia terminal. Está livre de doença neoplásica até este momento, de acordo com a oncologia clínica (sic). O paciente diz ainda que está em preparo para fazer a reconstrução do trânsito intestinal. Ao exame físico, nota-se abaulamento doloroso e hiperemia à volta da ileostomia. Esta apresenta coloração vinhosa e está edemaciada. A bolsa está vazia, não tendo sequer gás. Ao toque, que é muito doloroso, a ileostomia está pérvia, embora pareça estreitada.

Esta é a foto do abdome do paciente na chegada ao pronto-socorro.

QUESTÃO 26

Em relação ao problema deste paciente, é correto afirmar:

(A) Por se tratar de doença neoplásica, a reconstrução do trânsito intestinal, com fechamento da ileostomia, está contraindicada neste momento.

(B) O quadro de obstrução intestinal está descartado, visto que a ileostomia está pérvia ao toque.

(C) A tomografia de abdome e pelve com contraste descarta com segurança a hipótese de estrangulamento.

(D) Deve tratar-se de hérnia paraileostômica, com encarceramento de intestino delgado e sofrimento vascular.

QUESTÃO 27

Em relação à condução deste caso, é correto:

(A) Deve ser feita cirurgia de urgência e confeccionada nova ileostomia, devido ao quadro de obstrução intestinal. (B) No fechamento de ostomias, o uso de tela de material

inabsorvível está contraindicado, pelo alto grau de contaminação do campo cirúrgico.

(C) A reconstrução do trânsito intestinal não deve sequer ser considerada em casos de suspeita de hérnia estrangulada. (D) O paciente deve fazer enema opaco e avaliação endoscópica de todo o cólon e da região da ileostomia, antes de se proceder ao tratamento cirúrgico desta complicação.

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QUESTÃO 28

Uma mulher de 38 anos vem ao pronto-socorro com queixa de dor abdominal em região epigástrica e hipocôndrio direito há 1 semana. Diz que a dor é de forte intensidade e piora após a alimentação. Nega alteração do hábito intestinal. Há dois dias, vem tendo náuseas e vômitos. Nega cirurgias prévias, outras doenças, uso de medicações, icterícia, colúria ou acolia fecal. Está em bom estado geral, corada, desidratada e anictérica. Tem dor à palpação abdominal profunda, na região do rebordo costal direito, interrompendo a respiração profunda por causa da dor. A ultrassonografia mostra vesícula biliar com parede de espessura normal, com microcálculos e sem dilatação de vias biliares.

Qual deve ser a sequência correta para o atendimento desta paciente, além de administrar sintomáticos e fazer hidratação venosa?

(A) Dosagem de eletrólitos e pesquisa de coledocolitíase, antes da cirurgia de urgência.

(B) Encaminhamento para colecistectomia eletiva.

(C) Dosagem de eletrólitos e preparo para colecistectomia por videolaparoscopia, na urgência.

(D) Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) antes da colecistectomia, devido à presença de microcálculos.

ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 29 e 30: Uma senhora de 54 anos está em seguimento pré-operatório por hérnia incisional abdominal. Refere diabetes mellitus, apneia do sono, esteatose hepática e dislipidemia. IMC: 37,5 kg/m2. Tabagista. Foi realizada tomografia, onde se observa anel herniário de 9,2 X 7,5 cm e relação volume herniário/cavidade abdominal de 15%. Exames laboratoriais: hemoglobima: 12,5 g/dL, HbA1c: 9,5%, creatinina: 1,5 mg/dL e albumina: 3,1 g/dL.

QUESTÃO 29

Qual é a classificação da hérnia desta paciente e qual é o preparo pré-operatório mais adequado, entre as opções apresentadas?

(A) Hérnia moderada. Iniciar protocolo de pneumoperitônio pré-operatório progressivo. Se a espirometria mostrar distúrbio ventilatório, iniciar corticoide 5 dias antes da operação. Suspender o tabagismo desde já.

(B) Hérnia grande. Iniciar programa de emagrecimento, ponderando inclusive a oportunidade de fazer gastroplastia para obesidade mórbida. Manter HbA1C < 8% e suspender o tabagismo ao menos 4 semanas antes da operação. (C) Hérnia muito grande. Iniciar CPAP noturno ao menos

quatro semanas antes da operação. Fazer protocolo de pneumoperitônio pré-operatório progressivo, além de suspender o tabagismo.

(D) Hérnia moderada. Manter HbA1C < 8% e suspender o tabagismo ao menos duas semanas antes da operação. Fazer gastroplastia no mesmo ato operatório da correção da hérnia incisional.

QUESTÃO 30

Durante o seguimento pré-operatório, a paciente precisou ser internada no pronto-socorro devido a dor abdominal intensa na região da hérnia, febre e vômitos, havia 2 dias. Foi proposta cirurgia de urgência, identificando-se necrose isquêmica (sem perfuração) de 30 cm de jejuno. Foi feita enterectomia com anastomose primária jejunojejunal. A paciente, apesar da necrose de delgado, ficou estável hemodinamicamente durante toda a operação. Qual é a consideração mais apropriada a respeito da conduta?

(A) Fechamento provisório do abdome à Barker, por causa da contaminação e para prevenção da síndrome compartimental abdominal; reoperação em 48 a 72 horas, para revisão (second look) e provável fechamento definitivo do abdome, com tela.

(B) Hernioplastia com fechamento primário da parede abdominal, borda a borda, com pontos separados de fio inabsorvível, reforçando a parede com tela de polipropileno. (C) Fechamento primário da parede abdominal, com incisão relaxadora, reforço do fechamento da aponeurose com tela de polipropileno e monitorização da PIA (pressão intra-abdominal) durante a operação e nos primeiros dias de pós-operatório.

(D) Fechamento da parede abdominal com separação de componentes, sem o uso de tela, por causa da necrose intestinal, e monitorização da PIA (pressão intra-abdominal) durante toda a operação.

QUESTÃO 31

Um paciente de 57 anos, sem antecedentes mórbidos relevantes, está no primeiro pós-operatório de retossigmoidectomia, por via convencional, por tumor obstrutivo de cólon. Foi submetido à operação de Hartmann. Recebeu antibioticoterapia profilática na indução anestésica. Queixa-se de dor na incisão e tem desconforto abdominal difuso. A incisão está com bom aspecto. Pulso: 100 bpm, PA: 110 X 70 mmHg, T: 37,7 oC, frequência respiratória: 16 irpm, saturação de O2: 96%, em ar ambiente. Diagnóstico mais provável e melhor conduta:

(A) Tromboembolismo pulmonar (TEP). Anticoagulação, Doppler de membros inferiores e tomografia de tórax com protocolo TEP.

(B) Pós-operatório dentro do esperado. Analgesia e fisioterapia.

(C) Infecção de ferida operatória. Antibioticoterapia empírica. (D) Deiscência de coto retal. Tomografia de abdome.

QUESTÃO 32

Um homem de 54 anos está no primeiro pós-operatório de hernioplastia à Lichtenstein. A cirurgia não teve intercorrências intraoperatórias. Comorbidades: IMC: 40 kg/m2, hipertenso, tabagista, diabético não insulino dependente. Pelas comorbidades, recebeu uma dose de heparina (5.000 UI) logo ao chegar ao leito da enfermaria. Queixa-se de abaulamento acentuado na região inguinal operada, com sangramento persistente pela ferida operatória, sendo necessárias várias trocas de curativo. Conduta mais apropriada:

(A) Revisão da hemostasia em centro cirúrgico.

(B) Ácido tranexâmico, protamina e curativo compressivo. (C) Drenagem da ferida à beira leito, com dreno de Penrose e

curativo compressivo.

(D) Arteriografia, seguida de reabordagem em centro cirúrgico, se o sangramento persistir.

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QUESTÃO 33

Um homem de 25 anos, sem comorbidades, está no segundo pós-operatório de laparotomia exploradora por úlcera pré-pilórica perfurada. Foi feita sutura da úlcera e drenagem da cavidade, sem intercorrências. Queixa-se de dor abdominal difusa (5 em escala analógica de 0 a 10) e náuseas. Pulso: 100 bpm, PA: 100 X 70 mmHg, T: 36,7 C. A ferida operatória está com bom aspecto e o dreno abdominal teve débito de cerca de 210 mL de secreção biliosa em 24 horas. Conduta mais adequada:

(A) Endoscopia digestiva e colocação de prótese. (B) Tomografia de abdome com contraste oral. (C) Sonda nasogástrica aberta e nutrição parenteral. (D) Reoperação.

QUESTÃO 34

Um senhor de 69 anos, obeso, foi internado por descompensação diabética, com necrose seca de hálux (pé diabético), completando duas semanas de internação e antibioticoterapia com ciprofloxacina e clindamicina, com boa resposta clínica. Faz uso de metformina, omeprazol (por refluxo gastroesofágico) e codeína (pela dor no hálux). Volta ao pronto-socorro alguns dias após a alta, por quadro de pré-sincope e diarreia profusa. Está em regular estado geral, mas bastante desidratado. Temperatura: 37,4 C, pulso: 110 bpm, PA: 100 X 70 mmHg. O abdome está bastante distendido e doloroso, ficando dúvida sobre sinais de irritação peritoneal. Não tem sinais de infecção na lesão do hálux. Melhor conduta inicial, além de jejum oral e hidratação venosa:

(A) Pesquisa de toxinas de Clostridioides difficile nas fezes. Suspensão de omeprazol. Introdução de vancomicina ou metronidazole oral.

(B) Coprocultura e introdução empírica de antibiótico carbapenêmico.

(C) Tomografia computadorizada, antidiarreicos e probióticos. (D) Laparotomia exploradora, por provável megacólon tóxico.

QUESTÃO 35

Um senhor de 53 anos, etilista de uma garrafa de destilado por dia, deu entrada no pronto-socorro com quadro compatível com colecistite aguda. Foi submetido a colecistectomia de urgência, sem intercorrências. Na unidade de terapia intensiva (UTI), no pós-operatório, evoluiu inicialmente sem disfunções orgânicas. Cerca de 36 horas após a chegada à UTI, apresentou agitação psicomotora, sudorese e taquicardia. Pulso = frequência cardíaca: 145 bpm, ritmo sinusal, PA: 170 X 100 mmHg. Teve ainda um episódio de crise convulsiva tônico-clônica generalizada, com reversão espontânea em 1 minuto. Gasometria arterial: pH: 7,50, paO2: 80 mmHg, paCO2: 32 mmHg, bicarbonato: 21 mEq/L, BE: -1, SatO2: 96%. Na+: 154 mEq/L, dextro: 90 mg/dL. Restante dos exames: normais.

Qual é o diagnóstico mais provável e a melhor conduta?

(A) Sepse. Antibioticoterapia de amplo espectro, inicialmente empírica.

(B) Síndrome de abstinência. Diazepam. (C) Peritonite. Nova abordagem cirúrgica. (D) Delirium hiperativo. Neuroléptico.

QUESTÃO 36

Uma paciente de 57 anos, obesa, submetida a correção de hérnia incisional gigante com colocação de tela, foi encaminhada à unidade de terapia intensiva (UTI) para monitorização pós-operatória. Durante o procedimento cirúrgico, a paciente recebeu cerca de 6.000 mL de soluções cristaloides. Nas primeiras horas após a cirurgia, a paciente evoluiu com abdome tenso, piora do padrão respiratório e da complacência pulmonar e anúria. Qual é a hipótese diagnóstica mais provável e qual a conduta imediata que deve ser tomada?

(A) Hemorragia pós-operatória. Coleta de hemoglobina e coagulograma e fazer tromboelastograma e tomografia de abdome e pelve.

(B) Síndrome compartimental abdominal. Mensuração da pressão intravesical e solicitar imediatamente avaliação cirúrgica, para fazer peritoniostomia.

(C) Síndrome compartimental abdominal. Mensuração da pressão intravesical, sondagem nasogástrica descompressiva, aprofundamento da sedação com bloqueio neuromuscular e evitar excesso de fluidos. (D) Infecção de sítio cirúrgico. Troca de sondas e cateteres,

coleta de culturas e administração de antibióticos de amplo espectro.

QUESTÃO 37

Um paciente 22 anos, vítima de queda de moto após colisão com anteparo fixo, encontrado na cena com Glasgow 6, foi submetido a intubação orotraqueal pela equipe de atendimento pré-hospitalar. Avaliado e reanimado na sala de emergência, foi transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI). A tomografia de crânio mostra edema cerebral difuso. Não foram achadas outras alterações relevantes.

Após 24 horas, o paciente está com Glasgow 3T, com pupilas mediofixas, sem sedação. Saturação de O2, com fração inspirada de O2 de 100%: 92%, PA: 70 X 30 mmHg, pulso: 145 bpm, diurese: 100 mL nas últimas 6 horas, temperatura central: 34,2 C. Exames laboratoriais: Na+: 154 mEq/L, lactato: 39 mg/dL, creatinina: 2,5 mg/dL.

Quais devem ser as condutas imediatas?

(A) Notificar a Organização de Procura de Órgãos (OPO) e convocar a família para propor cuidados paliativos, visto que o paciente não pode ser doador, pelas condições clínicas.

(B) Iniciar a primeira prova de morte encefálica com uso de pressão positiva, para evitar hipóxia grave durante a prova. (C) Passar sonda nasoenteral, aumentar o aporte de água livre, coletar hemocultura, cultura de secreção traqueal e urocultura e iniciar antibioticoterapia de amplo espectro. (D) Expansão volêmica, passagem de cateter venoso central e

uso de vasopressores para manter pressão arterial média (PAM) > 65 mmHg.

QUESTÃO 38

Em qual das situações a seguir está contraindicada a abordagem cirúrgica laparoscópica?

(A) Paciente com lesão cerebral traumática com abertura ocular apenas ao estímulo de pressão e sem resposta verbal.

(B) Terceiro trimestre da gestação.

(C) Paciente cardiopata que já fez revascularização do miocárdio.

(9)

QUESTÃO 39

Um paciente 45 anos, sem comorbidades, foi vítima de queda de moto, sofrendo fratura fechada da diáfise do fêmur direito. Na avaliação inicial, não foram achadas outras lesões significativas. Cerca de 24 horas após o trauma, enquanto aguardava o procedimento cirúrgico ortopédico definitivo, evoluiu com rebaixamento do nível de consciência, hipoxemia e petéquias em região torácica alta.

Qual é a principal hipótese diagnóstica e qual deve ser a conduta, além de suporte ventilatório e clínico?

(A) Embolia gordurosa. Postergar a fixação da fratura até normalização das condições clínicas.

(B) Lesão cerebral traumática grave e contusão pulmonar. Medidas clínicas para hipertensão intracraniana e avaliação neurocirúrgica de urgência.

(C) Embolia gordurosa. Fixação da fratura de fêmur logo que possível.

(D) Lesão cerebral traumática grave e contusão pulmonar. “Pulso” de corticosteroides.

QUESTÃO 40

Um homem de 33 anos, vítima de colisão automobilística, sofreu traumatismo craniencefálico moderado e trauma de tórax e abdome. Teve necessidade de esplenectomia, devido a lesão grave de baço. Foi extubado no segundo pós-operatório, mantendo-se em Glasgow 12 desde então. No quinto dia pós-trauma, passa a apresentar febre (38,2 C) e leucocitose. No dia seguinte, encontra-se no seguinte estado: Glasgow: 9, frequência respiratória: 40 incursões por minuto, com uso de musculatura acessória, saturação de O2, com máscara de oxigênio não reinalante: 87%, pressão arterial: 60 x 40 mmHg, frequência cardíaca: 145 batimentos por minuto, tempo de enchimento capilar: 4 segundos. O laboratório revela leucocitose, aumento acentuado do lactato sérico e disfunção renal aguda (depuração de creatinina estimada: 20 mL/minuto).

Quais são as condutas imediatas mais apropriadas, além de expansão volêmica?

(A) Intubação traqueal, dobutamina, se necessária para estabilização hemodinâmica, angiotomografia com protocolo para embolia pulmonar e início imediato de anticoagulação plena com heparina de baixo peso molecular.

(B) Intubação traqueal, noradrenalina, se necessária para estabilização hemodinâmica, coleta de culturas, radiografia de tórax e início imediato de antibioticoterapia de amplo espectro.

(C) Ventilação não invasiva, dobutamina, se necessária para estabilização hemodinâmica, coleta de culturas, radiografia de tórax e início imediato de antibioticoterapia de amplo espectro.

(D) Ventilação não invasiva, noradrenalina, se necessária para estabilização hemodinâmica, angiotomografia com protocolo para embolia pulmonar e início imediato de anticoagulação plena com heparina de baixo peso molecular.

QUESTÃO 41

Uma senhora de 59 anos foi operada eletivamente por neoplasia de sigmoide. No sétimo pós-operatório, foi diagnosticada deiscência da anastomose colorretal, pela saída de conteúdo entérico pelo dreno abdominal. A paciente foi prontamente reoperada. Após a reintervenção cirúrgica, a paciente teve infarto do miocárdio e evoluiu de maneira crítica, estando agora em ventilação mecânica e em uso de drogas vasoativas. Apesar da correta identificação e tratamento da deiscência, a filha, que é a responsável pela paciente, suspeita de erro médico, exigindo acesso pleno ao prontuário de sua mãe e solicitando a cópia integral do mesmo. Qual é a alternativa correta, a respeito desta solicitação?

(A) O prontuário deve ser enviado para revisão pelo comitê de ética do hospital e, só depois, a filha poderá ter acesso a ele.

(B) Deve ser permitido o acesso ao prontuário apenas mediante procuração legal.

(C) Apenas após a recuperação ou o óbito da mãe é que a filha poderá ter acesso ao prontuário dela, por causa do sigilo médico.

(D) Deve ser providenciado prontamente o acesso integral ao prontuário da paciente.

QUESTÃO 42

Durante o preparo pré-operatório para operação de gastroplastia, um paciente de 45 anos com IMC = 42,5 kg/m2, informa que é testemunha de Jeová e apresenta um parecer jurídico que o protege contra transfusão sanguínea compulsória. Qual é a alternativa correta, a respeito da condução do caso?

(A) O médico pode opor-se a operar este paciente, bastando referenciá-lo para outro médico da rede de atendimento. (B) Como o paciente já apresenta parecer jurídico, o médico é

obrigado a fazer a cirurgia sem utilizar transfusão sanguínea.

(C) O médico deve operar o paciente e fazer transfusão sanguínea, se for pertinente, independentemente de qualquer parecer jurídico.

(D) O caso deve ser encaminhado para o comitê de ética médica do hospital, que decidirá sobre o que fazer.

QUESTÃO 43

Vítima de ferimento por arma de fogo em hipocôndrio direito, um paciente de 30 anos deu entrada no pronto-socorro estável hemodinamicamente. A tomografia de abdome mostrou ferimento hepático, nos segmentos 6 e 7, com líquido ao redor do fígado. Optou-se por realizar videolaparoscopia. Foi achado apenas sangue ao redor do fígado. Os ferimentos foram visualizados, não havendo sangramento nem saída de bile. Optou-se por aspirar todo o sangue. No quinto dia pós-laparoscopia, o paciente, que aparentemente vinha evoluído bem, embora com aceitação alimentar ainda ruim, apresentou dor e distensão abdominal, além de febre e icterícia.

Qual é a melhor conduta, neste momento?

(A) Laparotomia exploradora. (B) Nova videolaparoscopia.

(C) Pesquisa de foco infeccioso (culturas e radiografia) e observação clínica.

(10)

QUESTÃO 44

Atropelada por ônibus, uma menina de 12 anos é transportada de helicóptero para o pronto-socorro. Atendimento realizado na cena: imobilização com colar cervical e prancha rígida, intubação traqueal, ventilação mecânica, acesso venoso em membro superior direito e administração de soro fisiológico. Saturação de O2: 85%, frequência cardíaca: 140 bpm. Ao dar entrada na sala de emergência, a criança continuava com saturação em torno de 83%, apesar de FiO2 de 100%, e com frequência cardíaca de 120 bpm. No exame clínico do tórax, nota-se ausência de murmúrio vesicular do lado esquerdo. Qual é a principal suspeita clínica e qual deve ser a primeira medida terapêutica?

(A) Pneumotórax hipertensivo. Drenagem torácica no quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar média. (B) Atelectasia por intubação seletiva. Reposicionamento do

tubo traqueal.

(C) Pneumotórax hipertensivo. Punção torácica no segundo espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular. (D) Pneumotórax simples. Radiografia de tórax na sala de

emergência, seguida de drenagem de tórax.

QUESTÃO 45

Uma senhora de 69 anos, tem quadro de dor localizada em hipocôndrio direito, acompanhada de anorexia e náuseas. O exame de ultrassonografia mostra vesícula biliar com cálculos. Foi submetida a colecistectomia videolaparoscópica, que não teve intercorrências. Saiu de alta após 48 horas. O exame anatomopatológico da vesícula biliar mostrou adenocarcinoma localizado no fundo da vesícula, com invasão até a lâmina própria (estadiamento: pT1a). Qual é a melhor conduta, agora?

(A) Nova operação para ressecção do leito vesicular.

(B) Reoperação para ressecção hepática central, associada a limpeza ganglionar (linfadenectomia).

(C) Acompanhamento ambulatorial, pois a colecistectomia é considerada curativa em mais de 80% desses casos. (D) Quimioterapia com 5-fluorouracil (5-FU), combinado a

doxorrubicina.

QUESTÃO 46

Um rapaz de 23 anos foi vítima de ferimento por projétil de arma de fogo, com entrada no hemitórax esquerdo, na zona perigosa de Ziedler. Chega à sala de emergência agitado, com hálito etílico, taquipneico e descorado. Pressão arterial: 60 x 40 mmHg, pulso: 140 batimentos por minuto. Nota-se estase jugular bilateral e não há desvio de traqueia. À ausculta pulmonar, o murmúrio vesicular está diminuído à esquerda, embora sem hipertimpanismo, e normal à direita. Não tem dor abdominal à palpação. Subitamente, o paciente apresenta parada cardíaca e é intubado com sucesso. Qual o diagnóstico mais provável e a próxima conduta?

(A) Tamponamento cardíaco. Toracotomia anterolateral esquerda.

(B) Pneumotórax hipertensivo esquerdo. Drenagem torácica. (C) Choque hipovolêmico. Sangue tipo O Rh negativo e

massagem cardíaca externa.

(D) Hemotórax maciço. Drenagem torácica.

QUESTÃO 47

Uma mulher de 69 anos, hipertensa e diabética, tem história de dor abdominal localizada em região de flanco e fossa ilíaca esquerda, associada a febre de 38 °C e calafrios, há 5 dias. Pulso: 110 bpm, rítmico; PA: 120 X 80 mmHg. O abdome é doloroso na região da fossa ilíaca esquerda, com sinais de peritonismo no quadrante inferior esquerdo. O exame tomográfico mostra diverticulite aguda, tipo Hinchey II, com abscesso de 6,0 cm x 6,0 cm x 4,0 cm, localizado na região do cólon sigmoide. Qual é a melhor conduta, em condições ideais, além de cuidados dietéticos e antibioticoterapia?

(A) Hidratação intravenosa e controle clínico, internada. (B) Laparotomia exploradora com ressecção cólica,

anastomose primária em dois planos e drenagem da cavidade abdominal.

(C) Laparotomia exploradora, com ressecção do segmento cólico acometido e cirurgia de Hartmann.

(D) Drenagem percutânea do abscesso, guiada por radiologia intervencionista.

QUESTÃO 48

Uma criança de 8 anos, vítima de atropelamento, chega ao pronto-socorro, trazida pelo Resgate, lúcida, orientada (Glasgow 15), taquipneica, com pressão arterial 90 X 50 mmHg e frequência cardíaca de 120 bpm. Tem trauma grave no membro inferior direito, com extensa lesão de partes moles. Tem torniquete na coxa, aplicado pelo socorrista há 20 minutos. Queixa-se dor abdominal, tendo descompressão brusca (DB) +. Os RHA estão +. O FAST é negativo. Qual é a melhor conduta para o quadro abdominal desta criança?

(A) Angiotomografia de abdome. (B) Laparotomia ou laparoscopia. (C) Observação e repetição do FAST. (D) Reavaliação após conduta ortopédica.

QUESTÃO 49

Você é chamado para avaliar um paciente de 30 anos internado na UTI de Queimados com cerca de 60 % de área corpórea queimada (predominantemente segundo grau). O trauma ocorreu há 48 horas e o paciente já recebeu reposição de volume intensa. Está sedado e curarizado, em ventilação mecânica. Chocado logo após o trauma, chegou a apresentar melhora inicial, mas agora vem apresentando piora na função renal e ventilatória. Está em anasarca. Diversas medidas da pressão intravesical têm mostrado valores entre 30 e 35 cm de água.

Qual deve ser a conduta?

(A) Tomografia de abdome para avaliação de provável lesão despercebida.

(B) Enteroclisma gota a gota, dieta enteral precoce e troca de antibióticos.

(C) Laparotomia com peritoniostomia.

(D) Melhora da reposição volêmica, com albumina ou plasma fresco congelado.

QUESTÃO 50

Qual das alterações a seguir é observada durante a laparoscopia?

(A) Aumento da pressão endotraqueal. (B) Aumento da complacência pulmonar. (C) Aumento do fluxo sanguíneo portal. (D) Aumento do fluxo sanguíneo renal.

(11)

QUESTÃO 51

Paciente do sexo feminino, com 28 anos, procedente de Goiás, queixa-se do aparecimento de nódulos no pescoço há 1 mês. Ao exame físico, a única anormalidade é a palpação de 2 nódulos, com 1,0 e 2,0 cm de diâmetro, localizados no nível V à direita, endurecidos, móveis, indolores. Nesta situação, podemos afirmar que:

(A) A provável origem para estes nódulos seria um carcinoma papilífero de ovário.

(B) O exame citológico do material obtido através de uma biópsia aspirativa com agulha fina pode fechar o diagnóstico de carcinoma papilífero de tireóide metastático. (C) Uma biópsia incisional das massas, sob anestesia local, deve ser o primeiro procedimento a ser adotado, pois pode fornecer o diagnóstico definitivo de imediato.

(D) O achado de células tireoideanas no material obtido através de uma biópsia aspirativa com agulha fina poderia, na verdade, criar mais confusão, por significar a presença de uma tireóide lateral aberrante.

QUESTÃO 52

É um fator de pior prognóstico do câncer bem diferenciado da glândula tireóide:

(A) Corpos psamomatosos. (B) Idade abaixo dos 55 anos.

(C) Alterações nucleares no carcinoma papilífero. (D) Presença de metástases hematogênicas.

QUESTÃO 53

Acerca dos esvaziamentos linfonodais cervicais, por favor assinale a alternativa correta:

(A) Uma conduta aconselhável num pescoço N2c seria um esvaziamento linfonodal cervical bilateral.

(B) Os esvaziamentos linfonodais cervicais seletivos radicais estendidos, por definição, são aqueles realizados para casos de pacientes com pescoço N0.

(C) O esvaziamento linfonodal cervical radical modificado do tipo III implica na conservação do plexo cervical superficial, da alça cervical e da artéria cervical transversa.

(D) Os esvaziamentos linfonodais cervicais eletivos devem sempre abranger os 8 níveis.

QUESTÃO 54

Quanto aos tumores de base de crânio, por favor assinale a alternativa correta:

(A) A 2a. divisão do V nervo craniano passa pelo forame oval, representando importante via de disseminação tumoral. (B) A invasão do VIII nervo craniano é comum em tumores que

acometem a parede medial do seio cavernoso.

(C) As lesões tumorais do etmoide podem invadir a fossa craniana anterior, através da lâmina cribiforme.

(D) Os nervos cranianos mais acometidos pelos tumores que invadem a crista galli são: X, XI e XII.

QUESTÃO 55

Qual é o músculo da laringe inervado pelo ramo externo do nervo laríngeo superior? (A) M. tireoaritenoide. (B) M. ariepiglótico. (C) M. cricoaritenoide posterior. (D) M. cricotireoideo. QUESTÃO 56

Uma paciente com 48 anos apresentou um nódulo sólido com 1,0 cm no lobo D da glândula tireoide diagnosticado por ultrassonografia, com calcificações grosseiras, classificado como TIRADS 3. As dosagens laboratoriais revelaram um T4 livre de 1,4 ng/ml e um TSH de 1,8 uUI/ml. Foi feita uma punção-biópsia com agulha fina, cuja citologia foi classificada como Bethesda II. Com estes dados, qual seria a sua recomendação?

(A) Imediata remoção cirúrgica, pelo risco elevado de malignidade.

(B) Acompanhamento clínico e ultrassonográfico periódico. (C) Litotripsia extracorpórea das calcificações grosseiras. (D) Oferecer 2 alternativas terapêuticas para o tratamento

deste bócio uninodular tóxico: uso do metimazol na dose de 10mg vo/dia por um período mínimo de 6 meses, ou uma nodulectomia cirúrgica.

QUESTÃO 57

Por favor, assinale a alternativa correta:

(A) O cistadenoma papilífero linfomatoso é o segundo tipo mais comum de tumor benigno da glândula parótida.

(B) Existe uma doença nas glândulas salivares maiores que pode mimetizar uma neoplasia e está associada a um aumento na concentração de IgG-8.

(C) A sialoadenite litiásica da glândula submandibular associa-se ao hiperparatireoidismo primário em cerca de 70% dos casos.

(D) O V nervo craniano atravessa a base do crânio na pars nervosa do forame jugular.

QUESTÃO 58

Paciente com 66 anos, masculino, etilista moderado, fumante, notou há 5 meses um nódulo com crescimento progressivo, indolor. Ao exame físico, nota-se massa com 6,1 cm atingindo os níveis II e III à direita, móvel, sem outros nódulos palpáveis. A avaliação endoscópica não revelou qualquer lesão suspeita no trato aerodigestório superior e a punção-biópsia com agulha fina com exame citopatológico e imunocitoquímico resultou num carcinoma epidermoide pouco diferenciado, HPV– e EBV-. A tomografia computadorizada de tórax não revelou nódulos pulmonares suspeitos. Qual é o estadiamento clínico segundo a 8a. versão das diretrizes da UICC/AJCCS?

(A) T0N2M0. (B) T0N3aM0. (C) T0N3bM0. (D) T0N3cM0.

(12)

QUESTÃO 59

Por favor, escolha a alternativa correta acerca da glândula tireoide:

(A) A glândula paratireoide inferior localiza-se em geral lateral e posteriormente ao nervo recorrente ipsilateral.

(B) O ponto mais vulnerável do nervo recorrente durante uma tireoidectomia é o ligamento de Gruber.

(C) O tubérculo de Zukerkandl situa-se normalmente na porção mais alta do lobo piramidal.

(D) O nervo laríngeo inferior direito apresenta um aspecto oblíquo ao sulco traqueoesofágico direito quando comparado ao nervo laríngeo inferior esquerdo, que tem um trajeto mais paralelo em relação ao sulco traqueoesofágico esquerdo.

QUESTÃO 60

Por favor, assinale a alternativa correta:

(A) A rânula é uma dilatação cística da glândula submandibular.

(B) O carcinoma adenocístico caracteriza-se por um acentuado neurotropismo.

(C) A localização mais comum do adenoma pleomórfico da glândula parótida é no lobo profundo.

(D) A divisão da glândula submandibular em lobos superficial e profundo é definida por um plano formado pelo nervo facial e seus ramos.

QUESTÃO 61

Por favor, assinale a alternativa correta:

(A) O principal fator etiopatogênico do carcinoma epidermoide cutâneo é a associação entre tabagismo e etilismo. (B) O dermatofibrossarcoma protuberans caracteriza-se pela

presença de metástases hematogênicas em mais de 60% dos pacientes já na sua avaliação inicial.

(C) O subtipo esclerodermiforme representa uma forma mais agressiva de carcinoma basocelular de pele.

(D) O queratoacantoma é uma forma muito agressiva de câncer cutâneo.

QUESTÃO 62

Acerca dos melanomas malignos de Cabeça e Pescoço:

(A) A classificação de Breslow não tem valor prognóstico, devendo se considerar apenas a classificação de Clark para o planejamento terapêutico.

(B) A margem de segurança para a ressecção cirúrgica nos melanomas com espessura inferior a 0,75mm deve ser de, no mínimo, 5cm.

(C) O melanoma nodular tem prognóstico melhor do que o lentigo maligno, pois este último é, habitualmente, mais disseminado.

(D) O controle das margens de ressecção por biópsias de congelação é problemático, pois é possível a presença de melanócitos intra-epidérmicos na pele normal adjacente, dificultando a caracterização de uma margem livre.

QUESTÃO 63

Quais são os nervos mais expostos a uma lesão inadvertida durante uma abordagem cirúrgica da glândula submandibular?

(A) Nn. mandibular marginal, lingual e hipoglosso. (B) Nn. mandibular marginal, vago e glossofaríngeo. (C) Nn. frênico, auriculotemporal e cadeia simpática. (D) Nn. glossofaríngeo, vago e plexo braquial.

QUESTÃO 64

Paciente do sexo feminino apresenta lesão ulcerada em borda lateral de língua à esquerda no terço médio, superficial, medindo 1,2 X 0,6 cm. Biópsia com resultado de carcinoma epidermoide. Tomografia de face e pescoço não demonstra linfonodos suspeitos. Sobre a conduta para esse caso, por favor selecione a alternativa correta.

(A) Deve ser realizada pesquisa de p16 e indicado tratamento radioterápico caso seja positivo.

(B) Por se tratar de uma lesão em área de pouca drenagem linfática, a ressecção cirúrgica com margens sem esvaziamento cervical é a melhor opção terapêutica. (C) A ressecção cirúrgica da lesão com margens com pesquisa

de linfonodo sentinela pode ser uma opção terapêutica que apresenta resultados oncológicos satisfatórios.

(D) A melhor opção terapêutica é a ressecção da lesão com margens e esvaziamento cervical radical à esquerda.

QUESTÃO 65

Paciente do sexo masculino de 38 anos sem comorbidades, não tabagista e não etilista, procurou ambulatório com lesão ulcerada em amigdala esquerda há 4 meses. Biópsia incisional com resultado de carcinoma epidermoide. Apresenta nódulo palpável de 2 cm em nível II à esquerda que a tomografia mostrou tratar-se de linfonodo com centro necrótico. Por favor, assinale a alternativa correta.

(A) A etiologia provavelmente está associada ao vírus EBV e o paciente deve ser tratado com quimioterapia e radioterapia concomitantes.

(B) A etiologia provavelmente está associada ao vírus HPV e embora isso não altere o tratamento, o paciente apresenta melhor prognóstico.

(C) A etiologia provavelmente está associada ao vírus HPV, mas não há indicação de realizar essa investigação, pois não altera a conduta.

(D) Está indicada investigação adicional com pesquisa de mutações genéticas no cromossomo 38, por tratar-se de caso de apresentação atípica.

QUESTÃO 66

Sobre a indicação de tratamento adjuvante para carcinoma epidermoide de cavidade oral, por favor selecione a alternativa correta:

(A) Micrometástases linfonodais são indicação de quimioterapia e radioterapia adjuvante.

(B) A associação de quimioterapia e braquiterapia adjuvantes é uma boa opção terapêutica em carcinomas epidermóides estádio pI de cavidade oral.

(C) Profundidade de invasão do tumor primário entre 3 e 5 mm é indicação de radioterapia adjuvante pelas atuais diretrizes do UICC/AJCCS.

(D) Ressecções com margens comprometidas e a presença de extensão extranodal em linfonodo metastático são indicações de quimioterapia e radioterapia adjuvantes.

(13)

QUESTÃO 67

Paciente do sexo masculino de 70 anos procura atendimento por lesão representada abaixo, medindo 1,8 cm no maior eixo, sem extensão para a pele do mento ou para a mucosa jugal. Tomografia de face e pescoço evidencia apenas a lesão ilustrada abaixo, com profundidade estimada de 0,4 cm, sem outras alterações. Sobre a principal hipótese diagnóstica:

(A) A principal hipótese diagnóstica é um carcinoma epidermoide de lábio e a melhor conduta é a ressecção sem esvaziamento cervical por ter epidemiologia e comportamento clínico semelhantes a neoplasias de pele. (B) A principal hipótese diagnóstica é um carcinoma

epidermoide de lábio e a melhor conduta é ressecção com esvaziamento cervical radical à direita por estar localizada na cavidade oral.

(C) A principal hipótese diagnóstica é um carcinoma basocelular de lábio e a melhor conduta é a ressecção sem esvaziamento cervical por ter epidemiologia e comportamento semelhante a neoplasias de pele.

(D) A principal hipótese diagnóstica é queilite actínica e está indicada apenas a vermelhectomia.

QUESTÃO 68

Sobre cânulas de traqueostomia e seus usos, selecione a alternativa correta.

(A) Cânulas metálicas podem ser acopladas a ventiladores mecânicos para ventilação com pressão positiva.

(B) A limpeza e aspiração da cânula não é necessária em pacientes com traqueostomias de proteção.

(C) As cânulas plásticas ou metálicas que possuem cânula interna permitem a higiene domiciliar e seu uso pode ser feito fora do ambiente hospitalar.

(D) A fonação em uso de cânula de traqueostomia é possível, desde que o balão esteja insuflado e a cânula seja ocluída.

QUESTÃO 69

Paciente com 50 anos de idade, sexo feminino, procurou clínico geral por cansaço e dores no corpo. Nos exames laboratoriais, apresentou os seguintes resultados: Hemoglobina de 13,0 g/dL, TSH 5,2 uUI/mL (referência 0,5-4,75), T4l 1,1 ng/ml (referência 0,7-1,5) uréia 45 mg/dL (referência 10 – 50 mg/dL), creatinina 0,77 mg/dL (referência 0,5 – 0,9 mg/dL), fósforo 2,5 mg/dL (referência 2,7 – 4,5), cálcio total 10,8 mg/dl (referência 8,6-10,2), vitamina D 29 (referência 30-100). Antecedentes pessoais: hipotireoidismo em uso de levotiroxina 50 mcg/dia. Por favor, selecione a alternativa correta.

(A) A hipótese diagnóstica de hiperparatireoidismo primário deve ser investigada inicialmente com cintilografia de paratireoides com Sestamibi.

(B) A hipótese diagnóstica de hiperparatireoidismo primário deve ser investigada inicialmente, com nova dosagem de cálcio e PTH na mesma amostra.

(C) A hipótese diagnóstica de hiperparatireoidismo secundário deve ser investigada com calciúria de 24h.

(D) O quadro clínico-laboratorial já fecha o diagnóstico de hiperparatireoidismo clássico e deve ser indicado tratamento cirúrgico.

QUESTÃO 70

Você é chamado durante plantão noturno para avaliar paciente na enfermaria da Cirurgia de Cabeça e Pescoço que está extremamente agitada, com possível ataque de pânico. Ao chegar, a paciente está agitada, falando que está sentindo as mãos ficarem duras e o rosto formigando. Sinais vitais estáveis. No prontuário, consta que é uma mulher de 25 anos, sem comorbidades, no segundo dia pós-operatório de tireoidectomia total por carcinoma papilífero com esvaziamento central. Sobre a conduta imediata nesse caso, por favor selecione a alternativa correta.

(A) Deve ser realizada reposição de cálcio imediata.

(B) Devem ser solicitados exames laboratoriais com dosagem de PTH, vitamina D, cálcio e fósforo e a conduta imediata depende dos resultados.

(C) Deve ser realizado ECG imediato para descartar presença de ondas T apiculadas.

(D) O caso precisa de uma investigação detalhada antes de qualquer conduta, uma vez que não há uma hipótese diagnóstica provável neste momento.

QUESTÃO 71

Acerca do cisto do ducto tireoglosso, por favor assinale a alternativa correta.

(A) O tratamento cirúrgico com a técnica de Sistrunk é indicado pelo risco de malignidade e melhor controle oncológico. (B) A mobilidade com a protrusão da língua é sinal

característico no exame físico e ocorre devido à relação embrionária do cisto com o aparelho branquial.

(C) O tratamento cirúrgico com a técnica de Sistrunk é indicado, pois diminui o risco de recidiva do cisto.

(D) A ressecção isolada do cisto sem sua rotura garante resultados seguros e baixa taxa de recidiva.

(14)

QUESTÃO 72

Paciente de 32 anos, sexo feminino, apresenta nódulo de 3 cm em nível II a direita, bem delimitado, móvel, indolor, sem outros nódulos palpáveis. Ultrassonografia descreve lesão cística de 3 x 2 cm em nível II à direita, sem linfonodomegalias. Sobre o quadro apresentado, por favor escolha a alternativa correta. (A) Os diagnósticos diferenciais incluem cisto do ducto

tireoglosso, linfonodomegalia reacional, metástase de carcinoma papilífero de tireoide.

(B) É obrigatória investigação de neoplasia com PET-CT. (C) O fato de tratar-se de lesão cística praticamente exclui o

risco de malignidade.

(D) Os diagnósticos diferenciais incluem cisto branquial, metástase de carcinoma papilífero de tireoide e metástase de carcinoma de orofaringe.

QUESTÃO 73

Paciente de 65 anos, sexo masculino, tabagista e etilista com disfonia progressiva há 6 meses. A laringoscopia evidenciou pregas vocais com mobilidade preservada e lesão úlcero-vegetante acometendo 1/3 anteriores de ambas pregas vocais, incluindo a comissura anterior. Biópsia comprovou carcinoma epidermoide e a tomografia computadorizada evidenciou invasão da lâmina interna da cartilagem tireoide na comissura anterior. Qual a categoria T dessa lesão, de acordo com a classificação TNM 8ª edição? (A) T1b. (B) T2. (C) T3. (D) T4. QUESTÃO 74

Sobre as neoplasias malignas de hipofaringe, por favor selecione a alternativa correta.

(A) A minoria dos casos é diagnosticada com doença localizada na hipofaringe.

(B) É o único sítio anatômico em que o estadiamento pelo TNM 8ª edição leva em conta a função do órgão.

(C) A maioria dos casos é passível de ressecção endoscópica e não há necessidade de esvaziamento cervical.

(D) A sintomatologia é precoce e inclui disfagia e odinofagia.

QUESTÃO 75

Sobre a garantia de via aérea pérvia em pacientes com neoplasias avançadas de laringe, por favor selecione a alternativa correta:

(A) Deve ser realizada a intubação orotraqueal com tubo fino através de fibroscopia para posterior passagem de prótese. (B) O procedimento de eleição é a cricotireoidostomia sob

anestesia geral.

(C) A traqueostomia é contraindicada, pois gera disseminação tumoral.

(D) O procedimento de eleição é a traqueostomia sob anestesia local, de preferência no segundo anel traqueal.

QUESTÃO 76

O edema de Reinke caracteriza-se por: (A) Não ter nenhuma relação com tabagismo.

(B) As principais alterações histológicas são hiperplasia epitelial, espessamento da membrana basal, edema no córion, congestão, espessamento da parede de vasos da lâmina própria, infiltrado inflamatório e fibrose.

(C) Sintomas respiratórios são frequentes.

(D) Pode ser considerado uma lesão benigna, raramente associada a leucoplasias e displasias.

QUESTÃO 77

A análise perceptivo-auditiva é um dos métodos de avaliação vocal e é muito importante na prática clínica para diagnóstico e monitoramento das disfonias. Existe uma correlação entre os achados da laringoscopia e da análise perceptivo-auditiva. Na laringoscopia, a alteração que pode justificar uma voz áspera é:

(A) Atrofia de prega vocal. (B) Edema de pregas vocais. (C) Granuloma de processo vocal. (D) Sulco vocal.

QUESTÃO 78

Assinale a alternativa com a afirmação correta a respeito da inervação da laringe:

(A) O músculo interaritenoideo é o único músculo intrínseco da laringe que recebe inervação bilateral.

(B) O ramo interno do nervo laríngeo inferior inerva ipsilateralmente a mucosa da supraglote até o nível das pregas vocais.

(C) O ramo externo do nervo laríngeo inferior inerva ipsilateralmente o músculo cricotireoideo.

(D) Os nervos laríngeos superiores apresentam ramos mistos, motores para a musculatura intrínseca da laringe (exceto o músculo cricotireoideo) e sensitivos para a região subglótica.

QUESTÃO 79

Paciente sexo masculino, 25 anos, com antecedente de amigdalites de repetição, refere há 6 dias odinofagia intensa, associada a febre de 38,5ºC. Está no terceiro dia de uso de azitromicina, porém evoluiu com voz anasalada e trismo discreto. Ao exame físico, apresenta linfonodomegalia cervical de caráter reacional, sem abaulamento cervical, além da oroscopia mostrada abaixo. Assinale a alternativa correta a respeito desse caso.

(A) A conduta é a realização sempre de amigdalectomia em centro cirúrgico e drenagem intraoral do abscesso sob anestesia geral para diminuir o risco de aspiração durante a drenagem.

(B) A cultura costuma evidenciar flora polimicrobiana, com bactérias aeróbias e anaeróbias. Mais de 50% das culturas mostram anaeróbios produtores de betalactamases. (C) A extensão do abscesso periamigdaliano para o espaço

parafaríngeo é uma situação de exceção, devido à alta densidade das fibras que recobrem esse espaço.

(D) A punção seguida de drenagem é raramente necessária quando se utiliza antibióticos adequados.

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QUESTÃO 80

Assinale alternativa com a afirmação correta a respeito dos tumores de glândulas salivares:

(A) Os tumores malignos são mais frequentes que os benignos. (B) O carcinoma adenoide cístico é o tumor maligno mais frequente. (C) Adenoma pleomórfico é o tumor mais comum das glândulas salivares.

(D) O tumor de Warthin é mais comum em mulheres e acomete exclusivamente as glândulas parótidas.

QUESTÃO 81

Paciente de 23 anos, sexo feminino, com queixa de disfonia de longa data. Na análise perceptivo-auditiva, observamos voz rouca-áspera, soprosa, pitch agudo e tempo máximo de fonação encurtado. Realizou a telescopia laríngea, em que foi visto o seguinte achado:

(A) Trata-se de uma lesão fonotraumática e é mais comum em recém-nascidos. (B) O tratamento dessa doença laríngea é sempre cirúrgico, associado a fonoterapia. (C) Este exame está dentro dos padrões da normalidade e o quadro disfónico é funcional (D) A laringoscopia mostra uma alteração estrutural mínima que justifica a qualidade vocal.

QUESTÃO 82

Criança de 8 anos com odinofagia, restrição da mobilidade cervical, trismo e abaulamento em região submandibular. Realizou tomografia computadorizada com diagnóstico de abscesso cervical em espaço submandibular. Assinale a alternativa correta referente ao agente mais frequentemente isolado.

(A) Polimicrobiana (aeróbios e anaeróbios). (B) Staphylococcus aureus.

(C) Haemophilus influenzae. (D) Streptococcus pyogenes.

QUESTÃO 83

Paciente do sexo feminino, 60 anos de idade, tabagista 50 maços-ano, refere disfonia há 10 anos. Realizou a endoscopia laríngea abaixo. Assinale a alternativa correta a respeito da doença laríngea ilustrada com o caso descrito.

(A) O diagnóstico mais provável é de edema não-mixematoso da camada superficial e intermediária da lâmina própria que respeita o limite da membrana basal.

(B) O diagnóstico mais provável é de lesão de depósito devendo o paciente ser submetido à biópsia para definição anatomopatológica. (C) Trata-se de um processo inflamatório crônico que acomete a camada superficial da lâmina própria de ambas as pregas vocais,

determinando aumento do espaço de Reinke.

(D) Trata-se de uma emergência médica e a paciente deve ser encaminhada para o Serviço de Emergência e traqueostomizada devido ao potencial risco de obstrução de via área pela tumoração.

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