CURSO DE GRADUAÇÃO EM FÍSICA
EQUAÇÕES
DIFERENCIAIS LINEARES
Fernando Haddad Maria Paula Dallari Bucci Carlos Eduardo Bielschowsky Claudia Pereira Dutra
Universidade Federal de Santa Maria
Clóvis Silva Lima Felipe Martins Muller João Manoel Espina Rossés André Luis Kieling Ries José Francisco Silva Dias João Rodolfo Amaral Flores Jorge Luiz da Cunha Charles Jacques Prade Helio Leães Hey
João Pillar Pacheco de Campos Fernando Bordin da Rocha
Coordenação de Educação a Distância
Cleuza Maria Maximino Carvalho Alonso Roseclea Duarte Medina
Roberto Cassol
José Orion Martins Ribeiro
Centro de Ciências Naturais e Exatas
Martha Bohrer Adaime João Carlos Denardin
Elaboração do Conteúdo
Pedro Fusieger
Ministro do Estado da Educação Secretária da Educação Superior Secretário da Educação a Distância Secretária de Educação Especial
Reitor Vice-Reitor Chefe de Gabinete do Reitor Pró-Reitor de Administração Pró-Reitor de Assuntos Estudantis Pró-Reitor de Extensão Pró-Reitor de Graduação Pró-Reitor de Planejamento Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Pró-Reitor de Recursos Humanos Diretor do CPD
Coordenadora de EaD Vice-Coordenadora de EaD Coordenador de Pólos Gestão Financeira
Diretor do Centro de Ciências Naturais e Exatas Coordenador do Curso de Física
Carlos Gustavo Matins Hoelzel
Cleuza Maria Maximino Carvalho Alonso Rosiclei Aparecida Cavichioli Laudermann Silvia Helena Lovato do Nascimento Volnei Antônio Matté
Ronaldo Glufke
André Krusser Dalmazzo Edgardo Gustavo Fernández
Marcos Vinícius Bittencourt de Souza Ligia Motta Reis
Diana Cervo Cassol Evandro Bertol
ETIC - Bolsistas e Colaboradores
Elias Bortolotto
Fabrício Viero de Araujo Gilse A. Morgental Falkembach Leila Maria Araújo Santos Andrea Ad Reginatto Maísa Augusta Borin Marta Azzolin Rejane Arce Vargas Samariene Pilon
Silvia Helena Lovato do Nascimento Cauã Ferreira da Silva
Evandro Bertol
Júlia Rodrigues Fabrício Mariana Rotilli dos Santos Natália de Souza Brondani Criscia Raddatz Bolzan Gabriel Barbieri
Leonardo Moreira Fabrin Luiza Kessler Gama Naieni Ferraz
Victor Schmitt Raymundo Adílson Heck
Ândrei Componogara Bruno Augusti Mozzaquatro
Coordenador da Equipe Multidisciplinar
Desenvolvimento da Plataforma Gestão Administrativa Gestão do Design Designer Orientação Pedagógica Revisão de Português Ilustração Diagramação Suporte Técnico
Variáveis independentes e variáveis dependentes ... 9
Ordem das derivadas ... 9
Objetivo do curso ... 10
O que é uma equação diferencial? ... 10
Algumas equações diferenciais que aparecem na física... 11
Classificar as equações diferenciais ... 12
Linearidade ... 13
Solução de uma equação diferencial ... 15
Tópico 2 – Existência e unicidade de soluções ... 17
Objetivos ... 17
Introdução ... 17
Problema de valor inicial ... 17
Existência e unicidade de soluções para o problema de valor inicial ... 20
O teorema de existência e unicidade ... 20
A importância do teorema ... 21
Tópico 3 – Variáveis separáveis ... 22
Objetivo ... 22
Introdução ... 22
Variáveis separáveis ... 22
Dedução da técnica ... 23
Pré-requisitos da técnica ... 24
Tópico 4 – Equações homogêneas ... 27
Objetivos ... 27
Equações homogêneas ... 27
Método de solução ... 28
Dedução da técnica ... 30
Tópico 5 – Equações exatas ... 33
Objetivos ... 33
Equações exatas ... 33
Método de solução ... 34
Tópico 6 – Equações lineares de primeira ordem ... 38
Objetivo ... 38
Equações lineares de primeira ordem ... 38
Exemplos de equações diferenciais lineares: ... 38
Método de solução (chamado de fator integrante) ... 39
Tópico 7 – Equações de Bernoulli ... 44
Objetivos ... 44
Equações de Bernoulli ... 44
Exemplos de Equações de Bernoulli ... 44
Método de solução ... 44
Tópico 8 – Equações de Ricatti ... 47
Objetivos ... 47
Equações de Ricatti ... 47
Exemplos de Equações de Ricatti: ... 47
Método de solução ... 47
Tópico 9 – Equações de Clairaut ... 51
Objetivos ... 51
Equações de Clairaut ... 51
Exemplos de Equações de Clairaut ... 51
Método de solução ... 51
Tópico 10 – Método de Picard ... 53
Objetivo ... 53
Método de Picard ... 53
Objetivo do método ... 53
Ideia da “prova” do método ... 53
Aplicação do método ... 54
Aplicações de equações não-lineares ... 60
Tópico 12 – Problema de valor inicial para equações diferenciais lineares de segunda ordem ... 61
Objetivos ... 61
Problema de valor inicial para equações lineares de segunda ordem ... 61
Existência e unicidade das soluções para o problema de valor inicial ... 61
Problema de valor inicial para equações lineares de terceira ordem... 62
Problema de valor inicial para equações lineares de ordem superior ... 63
Problema de valor de contorno ... 65
Existência e unicidade falham para o problema de valor de contorno ... 65
Tópico 13 – Dependência e independência linear de funções ... 67
Objetivos ... 67
Aplicações ... 67
Dependência linear ... 67
Independência linear ... 67
Critério para independência linear - Wronskiano ... 68
Tópico 14 – Solução geral para equações diferenciais lineares ... 70
Objetivos ... 70
Aplicações ... 70
Equações lineares homogêneas de segunda ordem ... 70
Princípio da superposição ... 70
Soluções linearmente independentes ... 71
Solução geral de uma equação diferencial linear ... 72
Soluções para equações diferenciais lineares de ordem superior ... 73
Tópico 15 – Solução geral para equações lineares não homogêneas ... 75
Introdução ... 75
Objetivo ... 75
Solução particular ... 75
Solução geral ... 76
Soluções gerais para equações diferenciais lineares não homogêneas de ordem superior ... 78
Tópico 16 – Determinando uma segunda solução ... 79
Introdução ... 79
Objetivo ... 79
Variação de parâmetro ... 79
Fórmula geral ... 81
Tópico 17 – Equações lineares homogêneas com coeficientes constantes ... 84
Introdução ... 84
Objetivos ... 84
Equação característica para equação diferencial de ordem 2 ... 84
A equação característica possui raízes reais distintas ... 86
A equação característica possui raízes reais iguais... 86
A equação característica possui raízes complexas ... 87
Equações lineares com coeficientes constantes de ordem três. ... 89
Equações lineares com coeficientes constantes de ordem quatro ... 89
Equações lineares com coeficientes constantes de ordem superior ... 90
Tópico 18 – Soluções particulares para equações lineares com coeficientes constantes para alguns casos específicos ... 91
Objetivo ... 91
Considerações sobre o método ... 91
Método de solução ... 92
Tópico 19 – Soluções particulares para equações lineares com coeficientes constantes da abordagem por anuladores ... 94
Objetivo ... 94
Observações sobre o método ... 94
Anuladores ... 94
Descrição do método passo a passo ... 95
equações lineares de segunda ordem com coeficientes constantes ... 103
Objetivo ... 103
Corpo em queda livre ... 103
Sistema massa-mola ... 104
Pêndulo simples ... 104
Corda giratória ... 105
Circuitos em série ... 105
Tópico 22 – equação de Cauchy-Euler ... 107
Introdução ... 107
Objetivo ... 107
Equação de Cauchy-Euler ... 107
Equação de Cauchy-Euler de ordem 2, caso homogêneo ... 107
Equação de Cauchy-Euler de ordem 2, caso não homogêneo ... 109
Sobre equações diferencias de cauchy-euler cuja ordem é maior do que 2 ... 111
Tópico 23 – Introdução a séries de potências ... 113
Introdução ... 113 Objetivos ... 113 Séries de potências ... 113 Convergência ... 114 Intervalo de convergência ... 114 Raio de convergência ... 115 Convergência absoluta ... 115
Como calcular o raio de convergência ... 115
Integração termo a termo ... 116
Funções analíticas ... 117
Singularidades ... 117
Tópico 24 – Soluções de equações diferenciais usando série de potências ... 118
Objetivo ... 118
Tópico 25 – Soluções de equações diferenciais usando série de potências. Pontos ordinários e singulares de uma equação diferencial. ... 121
Objetivo ... 121
Ponto ordinário ... 121
Método de solução para pontos ordinários ... 122
Método de solução para pontos não ordinários. ... 122
Método de solução – equação indicial ... 123
Raízes da equação indicial que não diferem por um inteiro positivo ... 124
Raízes que diferem por um inteiro ... 124
Raízes iguais ... 124
Tópico 26 – Equações de Bessel ... 125
Objetivo ... 125
Equação de Bessel ... 125
Método de solução por séries ... 125
Tópico 27 – Equações de Legendre ... 129
Objetivo ... 129
Equações de Legendre... 129
Método de solução ... 129
Polinômios de Legendre ... 132
Tópico 28 – Transformada de Laplace ... 133
Introdução ... 133
Objetivo ... 133
Transformada de Laplace ... 133
Transformada inversa de Laplace ... 133
Algumas propriedades da transformada de Laplace ... 134
Crescimento exponencial ... 134
Relação entre a transformada e as equações diferenciais ... 136
Translação de uma transformada de Laplace –
primeiro teorema de translação ... 139
Forma inversa do primeiro teorema de translação ... 139
Transformada de laplace de funções descontínuas ... 139
Função de grau unitário ... 140
Segundo teorema de translação ... 141
A derivada de transformadas... 142
Tópico 30 – Convolução ... 143
Objetivo ... 143
Convolução ... 143
Algumas propriedades da convolução ... 143
Convolução de funções periódicas... 145
Tópico 31 – Resolver equações usando transformada de Laplace ... 146
Objetivo ... 146
Tópico 32 – Função delta de Dirac (ou distribuição Delta de Dirac) ... 148
Objetivo ... 148
Função pulso unitário ... 148
Delta de Dirac ... 148
diferenciais
Objetivos do tópico •Pré-requisitos •
Variáveis independentes e variáveis dependentes •
Ordem das derivadas •
Objetivo do curso •
O que é uma equação diferencial? •
Algumas equações diferenciais que aparecem na física •
Classificar as equações diferenciais •
Quanto ao número de variáveis independentes •
Quanto à ordem da derivada de maior ordem •
Linearidade •
Solução de uma equação diferencial • Bibliografia •
objetivos do tópico
Reconhecer e classificar uma equação diferencial. Verificar possí-veis soluções.pré-requisitos
No cálculo, aprendemos o que é a derivada de uma função. Apren-demos também a derivar algumas funções. Veja a tabelinha:
3
3
2+
+
=
x
x
y
y
'
=
2
x
+
3
x
y cos
=
y −
'
=
senx
senx
y =
y cos
'=
x
xe
y =
y =
'
e
xln
y
=
x
x
y 1
'=
nx
y =
y nx
'
=
n−1tgx
y =
y
'=
sec
2x
arcsenx
y =
1
21
'
x
y
−
−
=
x
y arccos
=
21
1
'
x
y
−
=
))
(
ln( x
f
y =
y =
'
f
f
(
('
x
x
)
)
Aprendemos que se
y =
f
(x
)
então a derivada'
dy
'( )
y
f x
dx
=
=
é também uma função de
x
.Para o nosso curso, vamos partir do princípio que todos já estuda-ram os conceitos de derivada e de integral.
variáveis independentes
e variáveis dependentes
Ao escrevermos
y =
f
(x
)
estamos subentendendo quey
é umafunção de
x
,x
é uma variável independente ey
é uma variáveldependente. Isto é,
y
depende dex
. As letrasx
ey
podem sertro-cadas para outras letras. Podemos escrever
d =
f
(t
)
e, nesse caso,t
é uma variável independente ed
é uma variável dependente.Uma função a uma única variável é uma função do tipo acima com apenas uma variável independente.
Ao escrevermos
z =
f
( y
x
,
)
, estamos subentendendo quez
é uma função de
x,
y
. As variáveisx,
y
são variáveisindependen-tes e
z
é uma variável dependente. Isto é,f
(x
depende de)
x
, y
.
Uma função a duas variáveis é uma função do tipo acima com duas variáveis independentes.Uma função a várias variáveis é uma função com várias variá-veis independentes.
ordem das derivadas
Relembramos também que a derivada de primeira ordem de é
'( )
dy f x
dx
=
Em outras palavras,
dy
dx
é a derivada da variável dependentey
em relação à variável independente
x
.Como
f
('x
)
é uma função dex
, podemos derivar novamente eobtemos a derivada de segunda ordem de
f
(x
)
ou a derivadase-gunda de
f
(x
)
. Obtemos 2 2'( )
''( )
df x
d dy d y f x
dx
=
dx dx dx
=
=
vando novamente obtemos a derivada de ordem três ou de terceira ordem e assim sucessivamente.
Para funções de três variáveis
d =
f
(
x
,
y
,
z
)
, temos as derivadas parciais de primeira ordemx
d
∂
∂
,y
d
∂
∂
ez
d
∂
∂
.As derivadas parciais de primeira ordem são funções de três variá-veis. Podemos derivar novamente e obter as derivadas parciais de segunda ordem 2 2
y
d
∂
∂
,y
x
d
∂
∂
∂
2 , 2 2y
d
∂
∂
ex
y
d
∂
∂
∂
2 . e assim sucessivamente.objetivo do curso
No cálculo, para cada função
y =
f
(x
)
, nosso problema eraen-contrar a derivada
dy f x
'( )
dx
=
.Neste curso, o nosso problema não é encontrar derivadas. Nosso problema é resolver equações que envolvem derivadas.
exemplo 1: encontre uma função
y =
f
(x
)
tal que0
'
−
y
=
y
.exemplo 2: encontre uma função
y =
f
(t
)
que satisfaça a equação3
''' (cos ) '
y
−
t y ty
+
=
sent
exemplo 3: qual é a função
y =
f
(x
)
que satisfaz2
'''' 3 ( ')
2 1
y
−
x y
+
xy
=
x
+
o que é uma equação diferencial?
Uma equação diferencial é uma equação que contém as derivadas de uma ou mais variáveis dependentes em relação a uma ou mais variáveis independentes.
Alguns exemplos de equações diferenciais: 1.
y
'
−
y
=
0
2.y
''' (cos ) '
−
t y ty
+
3=
sent
3.y
'''' 3 ( ')
−
x y
2+
xy
=
2 1
x
+
4.x
y
x
d
y
d
=
+
∂
∂
+
∂
∂
2 2 2 2 5.x
d
x
d
y
d
∂
∂
=
∂
∂
+
∂
∂
2 2 2 2 6.y
'
''
−
v
''=
w
'
''
+
v
'
+
w
'
7.x
u
y
x
w
y
d
∂
∂
=
∂
∂
∂
+
∂
∂
2 2 2Nos exemplos (1), (2), (3) e (6), temos equações diferenciais que envolvem uma única variável independente.
No exemplo 6, temos mais de uma variável dependente
y ,
,
v
w
e uma única variável dependente que não aparece na equação. Nos exemplos (4) e (5), temos uma única variável dependente
d
e duas variáveis independentesx
ey
.No exemplo (7), temos uma equação diferencial com três
variá-veis dependentes
d ,
,
w
u
e duas variáveis independentesx
ey
.Para não haver confusão, vamos usar a linha como em
y
'
se a equação diferencial contiver a derivada de uma ou mais variáveis dependentes mas somente uma única variável independente.algumas equações diferenciais
que aparecem na física
Corpo em queda livre 2
2
d s
g
dt
= −
Sistema Massa-Mola 2 2d x
m
kx
dt
= −
Pêndulo simples 2 20
d
g sen
dt
l
q
+
q
=
Corda Giratória
d
[ ( ) ]
T x
dy
p y
20
dx
dx
+
w
=
Circuitos em série 2 21
( )
d q
R
dq
q E t
dt
+
dt C
+
=
Lei de Esfriamento de Newton
dT k T T
(
m)
dt
=
−
Cabo Suspenso 2 2 2 11 ( )
d y w
dy
dx
=
T
+
dx
classificar as equações diferenciais
Neste curso, vamos aprender algumas técnicas para resolver uma equação diferencial. Cada técnica é aplicável para algum grupo de equações diferenciais. Antes de estudarmos as técnicas, pre-cisamos agrupar ou classificar tais equações. Vamos classificar as equações diferenciais considerando:
o número de variáveis independentes; •
a ordem de derivada de maior ordem contida na equação; •
linearidade. •
Quanto ao número de variáveis independentes
Equações Diferenciais Ordinárias são equações diferenciais que envolvem uma ou mais variáveis dependentes e apenas uma vari-ável independente.
Equações Diferenciais Parciais são equações diferenciais que en-volvem uma ou mais variáveis dependentes e duas ou mais variá-veis independentes.
exemplos:
1.
y
'
−
y
=
0
é uma equação diferencial ordinária.2.
y
''' (cos ) '
−
t y ty
+
3=
sent
é uma equação diferencial ordinária. 3.y
'
''
−
3
x
(
y
)'
2+
xy
=
2
x
+
1
é uma equação diferencial ordinária.4.
x
y
x
d
y
d
=
+
∂
∂
+
∂
∂
22 é uma equação diferencial parcial.
5.
x
d
x
d
y
d
∂
∂
=
∂
∂
+
∂
∂
2 2 2 2é uma equação diferencial parcial.
6.
y
'
''
−
v
''=
w
'
''
+
v
'
+
w
'
é uma equação diferencial ordinária.7.
x
u
y
x
w
y
d
∂
∂
=
∂
∂
∂
+
∂
∂
2 2 2é uma equação diferencial parcial.
Neste curso, vamos estudar apenas as Equações Diferencias Ordi-nárias.
Quanto à ordem da derivada de maior ordem
A ordem da derivada de maior ordem é a ordem da equação dife-rencial. As equações diferenciais podem ser de primeira ordem, de segunda ordem, de terceira ordem e assim por diante.
exemplos:
1.
y
'
−
y
=
0
equação diferencial de ordem UM ou equaçãodife-rencial de primeira ordem.
2.
y
''' (cos ) '
−
t y ty
+
3=
sent
equação diferencial de terceira ordem. 3.y
'''' 3 ( ')
−
x y
2+
xy
=
2 1
x
+
equação diferencial de terceira ordem.
4.
∂
∂
y
d
+
∂
∂
x
d
2=
x
+
y
22 2
equação diferencial de segunda ordem.
5.
x
d
x
d
y
d
∂
∂
=
∂
∂
+
∂
∂
2 2 2 2equação diferencial de segunda ordem
6.
y
'
''
−
v
''=
w
'
''
+
v
'
+
w
'
equação diferencial de terceira ordem.7.
x
u
y
x
w
y
d
∂
∂
=
∂
∂
∂
+
∂
∂
2 2 2equação diferencial de segunda ordem.
linearidade
A derivada pode ser vista como um operador
Dy y
=
'
. Como a2
( )
'
''
D y D Dy
=
=
Dy
=
y
é linear emy
e assim sucessivamente) (n
n
y
y
D =
. A derivada de ordemn
dey
é linear emy
.Observe que
(
D
2+
2
D
+
1
)
y
=
y
''
+
2
y
'
+
y
também é linear emy
. Note, também, queTy
=
( ')
y
2 não é linear emy
.O operador 1 2 1 1 2 2 1 0 1 2 1 2 1 0
( )
( )
( )
...
( )
( )
( )
( )
( )
...
( )
( )
( )
n n n n n n n n n nd y
d y
d y
dy
F y
a x
a
x
a x
a x
a x y
dx
dx
dx
dx
a x D
a
x D
a x D
a x D a x y
− − − − −=
+
+ +
+
+
=
+
+ +
+
+
é linear emy
.As funções
a
n(
x
),
a
n−1(
x
),
,..,
a
2(
x
),
a
1(
x
),
a
0(
x
)
são chamadas de coeficientes das derivadas.Numa equação diferencial linear
a única potência permitida para a variável dependente • e suas derivadas é 1. os coeficientes da variável dependente e suas derivadas • só podem ser funções das variáveis independentes. exemplos:
1.
y
'
−
y
=
0
é linear pois tantoy
comoy
'
aparecem sempotên-cias.
2.
y
''' (cos ) '
−
t y ty
+
3=
sent
não é linear poisy
aparece elevado ao cubo.3.
y
'''' 3 ( ')
−
x y
2+
xy
=
2 1
x
+
não é linear poisy
'
aparece eleva-do ao quadraeleva-do.4.
∂
∂
y
d
+
∂
∂
x
d
2=
x
+
y
22 2
é linear pois as derivadas parciais apare-cem sem potências.
5.
y
'
y
+
y
'
''
=
0
não é linear pois aparece o produtoy'
y
e nestecaso o coeficiente de
y
é uma função dey
'
.6.
x
2y
'
+
y
=
x
3 é linear poisy
comoy
'
aparecem sem potênciasNuma equação diferencial linear não pode conter
(y´)², yy´, yy´´,y´y´´,y², y³, (y´´´)².
Não pode conter qualquer produto das variáveis dependentes e suas derivadas. Também não são lineares as equações diferenciais que contêm
),...
'
tan(
),'
(
),'
cos(
),...
tan(
),
(
),
cos(
y
y
sen
y
y
y
sen
y
Uma equação diferencial é linear se pudermos escrevê-la na forma
)
(
)
,...,
''
,'
,
(
y
y
y
y
g
x
F
n=
onde
F
é uma função linear em relação às entradasy
,
y
,'
y
''
,...,
y
n. No caso de equações diferenciais parciais)
,
(
)
...,
,
,
,
,
,
,
(
22 2 2 22g
x
y
y
z
y
z
x
y
z
y
x
z
x
z
y
z
x
z
z
F
nn=
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
,é linear se
F
for uma função linear nas entradasn n
y
z
y
z
x
y
z
y
x
z
x
z
y
z
x
z
z
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
...,
,
,
,
,
,
,
22 2 2 22solução de uma equação diferencial
Voltamos aos exemplos:
exemplo 1: encontre uma função
y =
f
(x
)
tal que0
'
−
y
=
y
.exemplo 2: encontre uma função
y =
f
(t
)
que satisfaça a equação3
''' (cos ) '
y
−
t y ty
+
=
sent
exemplo 3: qual é a função
y =
f
(x
)
que satisfaz2
'''' 3 ( ')
2 1
y
−
x y
+
xy
=
x
+
ou ainda
exemplo 4: qual é a função
y =
f
(x
)
que satisfaz)
(
)
,...,
''
,'
,
(
y
y
y
y
g
x
F
n=
No caso de equações diferencias parciais
)
,
(
)
...,
,
,
,
,
,
,
(
22 2 2 22g
x
y
y
z
y
z
x
y
z
y
x
z
x
z
y
z
x
z
z
F
nn=
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
∂
A função procurada é chamada de solução da equação diferencial.
exemplo 1:
y =
e
x é solução da equação diferencial0
'
−
y
=
y
.Para ver isso, calculamos
y
'
e substituímosy =
e
x ey =
'
e
x na equação e obtemos0
=
−
x xe
e
.exemplo 2:
y cos
=
x
é solução da equação diferencial0
''
+
y
=
y
.Solução: calculamos
y
=
cos
x
,
y
'
=
−
senx
,
y
''
=
−
cos
x
substituímos na equação0
''
+
y
=
y
obtendo.
0
cos
cos
+
=
−
x
x
bibliografia
Dennis G. Zill, Michael R. Cullen. Equações Diferenciais, volume I. Tradução Antonio Zumpano, São Paulo, Makron Books, 2001.
tópico 2 – existência e unicidade de
soluções
Objetivos do tópico • Introdução •Problema de valor inicial •
Existência e unicidade de soluções para o problema de valor inicial •
O teorema de existência e unicidade • A importância do teorema • Bibliografia • Objetivos do tópico •
objetivos
Resolver problemas de valor inicial, conhecendo as soluções da equação. Entender o que são soluções do problema de valor ini-cial. Entender o significado da Existência e da Unicidade.
introdução
Estamos interessados em resolver Equações Diferenciais de pri-meira ordem que podem ser escritas na forma
( , )
dy f x y
dx
=
exemplos: 1.dy x y
2 2dx
=
+
2.dy x
21
dx
=
+
3.dy sen x y
(
2 2)
dx
=
+
problema de valor inicial
Observe a equação diferencial
3
2
'
=
x
+
y
Sabemos que3
3
2+
+
=
x
x
y
é uma solução desta equação diferencial. Observe que
3
3
2+
+
=
x
x
O mesmo para os demais casos. Observe a tabela:
senx
y −
'
=
y cos
=
x
+c
x
y cos
'=
y =
senx
+c
xe
y =
'
y = +c
e
xx
y 1
'=
y ln
=
x
+c
1'
ny nx
=
− nx
y = +c
x
y
'=
sec
2y =
tgx
+c
21
1
'
x
y
−
−
=
y =
arcsenx
+c
21
1
'
x
y
−
=
y arccos
=
x
+c
)
(
)
('
'
x
f
x
f
y =
y =
ln( x
f
(
))
+c
A constante C que aparece na tabela é chamada constante de inte-gração. Se soubermos o valor da função em pelo menos um ponto, saberemos qual é a constante que vamos usar. Observe
' 2
3
(0) 60
y
x
y
=
+
=
Neste caso, para cada C,
y
=
x
2+
3
x
+
3
+C é solução de3
2
'
=
x
+
y
. Vemos que 2(0) 60
(0) 0 3 0 3
60
60 3 57
y
y
C
C
=
=
+ ⋅ + + =
=
− =
e, portanto, 23
3 57
y x
=
+
x
+ +
=x
2+
3
x
+
60
é solução do problema' 2
3
(0) 60
y
x
y
=
+
=
Problemas como este são chamados de problemas com valor inicial. exemplos:
1. Resolva o problema de valor inicial
2
1
(0) 3
dy x
dx
y
=
+
=
Solução: 3 2(
1)
3
x
y
=
∫
x
+
dx
=
+ +
x C
3
0
3
0
)
0
(
=
3+
+
C
=
y
portanto,3
3
3+
+
=
x
x
y
é uma solução procurada.2. Resolva o problema de valor inicial
4
2
23
(1) 20
dy x x x
dx
y
=
+
+
=
Solução: 5 3 2 4 2 5 3 22
3
(
2
3 )
5
3
2
1
2 1
3 1
1 2 3
6 20 45
71
(1)
5
3
2
5 3 2
30
30
x
x
x
y
x
x
x dx
C
y
C
C
C
C
=
+
+
=
+
+
+
⋅
⋅
+
+
=
+
+
+ = + + + =
+ =
+
∫
donde20
71 600 71 529
30
30
30
C
=
−
=
−
=
e uma solução procurada é5
2
33
2529
5
3
2
30
x
x
x
y =
+
+
+
3. Resolva o problema de valor inicial
cos
( ) 0
dy
x
dx
y p
=
=
π
Solução:
cos
( )
y
xdx senx C
y
p
sen
p
C C
=
=
+
=
+ =
∫
donde
C
=
0
ey =
senx
é uma solução procurada.existência e unicidade de soluções para o
problema de valor inicial
Quando consideramos um problema de valor inicial
0 0
)
(
)
,
(
'
y
x
y
y
x
f
y
=
=
nós nos perguntamos: sempre vai existir uma solução? 1. quantas soluções podemos ter? uma única? 2. nos exemplos acima, podemos ter outras soluções além 3. dessas encontradas?o teorema de existência e unicidade
Se
f
( y
x
,
)
ey
f
∂
∂
são contínuas em
(
x
0,
y
0)
então existe umaúnica solução
y
(x
)
definida numa vizinhança dex
0 tal que0 0
)
(
x
y
y
=
.Exemplo de um problema de valor inicial com mais de uma solução: Se
f
(
x
,
y
)
=
x
y
, entãoy
x
y
f
2
=
∂
∂
não está definida em)
0
,
0
(
e muito menos contínua neste ponto. Podemos ver que oproblema de valor inicial
0
)
0
(
'
=
=
y
y
x
y
possui as soluçõesy
=
0
e 416
x
y =
. Neste caso, não temosunici-dade para o problema de valor inicial.
Note, ainda, que, se mudarmos o valor inicial no problema acima, por exemplo,
1
)
0
(
'
=
=
y
y
x
y
o teorema garante a unicidade da solução 2
1
)
24
1
(
+
=
x
y
para este problema.Em muitos casos, saberemos, via o teorema de existência e unici-dade, a existência e unicidade da solução e conhecemos nenhuma técnica que nos permite exibir a solução.
a importância do teorema
1. No exemplo (1) acima temos
2
1
(0) 3
dy x
dx
y
=
+
=
dondef
(
x
,
y
)
=
x
2+
1
,=
0
∂
∂
y
f
. Portantof
ey
f
∂
∂
são contínuas em todos os pontos do plano. O teorema nos diz que a solução encontrada é única.2. O mesmo acontece no exemplo (2)
4
2
23
(1) 20
dy x x x
dx
y
=
+
+
=
Temos
f
(
x
,
y
)
=
x
4+
2
x
2+
3
x
que também não depende dey
e donde
=
0
∂
∂
y
f
. Portantof
ey
f
∂
∂
são contínuas em todos os pontos do plano. O teorema nos diz que a solução encontrada tam-bém é única.
3. No exemplo (3),
f
(
x
,
y
)
=
cos
x
, como nos exemplosanterio-res, podemos concluir que a solução encontrada é única.
bibliografia
Dennis G. Zill, Michael R. Cullen. Equações Diferenciais, volume I. Tradução Antonio Zumpano, São Paulo, Makron Books, 2001.
Objetivo • Introdução • Variáveis separáveis • Dedução da técnica • Pré-requisitos da técnica • Exemplos • Bibliografia •
objetivo
Resolver equações diferenciais de primeira ordem pelo método chamado de variáveis separáveis.
introdução
Neste tópico começaremos a apresentar as técnicas de resolução de equações diferenciais.
variáveis separáveis
Começaremos com a técnica mais simples chamada variáveis se-paráveis. Esta técnica se aplica a grupo de equações diferenciais ordinárias de primeira ordem que podem ser reescritas na forma
( )
dy
( )
g y
h x
dx
=
ou na forma diferencial
g y dy h x dx
( )
=
( )
Este tipo de equações é chamado de equação separável ou tem variáveis separáveis.
As equações diferenciais mais simples de variáveis separáveis são as do tipo
( )
dy h x
dx
=
onde
g
( =
y
)
1
.Neste caso as soluções, para este tipo de equação, são, simples-mente,
( )
y
=
∫
h x dx
.Quando integramos, não podemos esquecer a constante de inte-gração. Relembramos que resolver um problema de valor inicial é determinar um valor para esta constante.
Veja outros exemplos de equações separáveis na tabela abaixo.
dy xy
dx
=
1 dy x
y dx
=
1 dy xdx
y
=
dy y
dx
=
1
y dx
dy
=
1
1 dy dx
y
=
2(
1)cos
dy
x
y
dx
=
+
cos
1
y dx
dy x
=
2+
1
cos
1
y
dy
=
(
x
2+
1)
dx
2 3 3x 5ydy x e
dx y
+=
2 2 3 5 x yy dy xe
dx
e
=
2 2 3 5 x yy dy xe dx
e
=
2 2 2 21
dy
x
y
x y
dx
= +
+
+
2 21
1
1
dy
x
y dx
= +
+
2 21
(1
)
1
+
y
dy
= +
x dx
dedução da técnica
Note que, se
y =
f
(x
)
entãody f x
dx
=
'( )
A equação diferencial( )
dy
( )
g y
h x
dx
=
pode ser reescrita na forma
g
(
f
(
x
))
f
('
x
)
=
h
(
x
)
A equação
g
(
f
(
x
))
f
('
x
)
=
h
(
x
)
é uma igualdade que só depen-de depen-dex
. Podemos integrar em relação ax
ambos os lados da igualdade∫
g f x f x dx
( ( )) '( )
=
∫
h x dx
( )
Fazendo
y =
f
(x
)
obtemosdy f x dx
=
'( )
. Substituindo nainte-gral, obtemos
( )
( )
g y dy
=
h x dx
∫
∫
Portanto, podemos integrar em relação a
y
o lado da igualdadeque depende de
y
e integramos em relação ax
o lado daigualda-de que igualda-depenigualda-de igualda-de
x
.)
)
1 dy xdx
y
=
∫
∫
1 dy dx
y
=
∫
∫
21
(
1)
cos
y
dy
=
x
+
dx
∫
∫
2 2 3 5 x yy dy xe dx
e
=
∫
∫
2 21
(1
)
1
+
y
dy
=
+
x dx
∫
∫
pré-requisitos da técnica
Como podem ver, resolver equações com o método variáveis sepa-ráveis consiste em resolver integrais. Uma boa revisão nas técni-cas de integração pode facilitar a resolução de equações com este método. Uma tabela de integrais também pode ser utilizada para a resolução dos exercícios.
Exemplos:
exemplo1: resolva
dy xy
dx
=
.Solução: como vimos, na tabela acima, é uma equação separável, pois pode ser reescrita na forma
1 dy xdx
y
=
portanto,1 dy xdx
y
=
∫
∫
.Logo, resolvendo as integrais de ambos os lados, obtemos
2
1
ln | |
2
Usando uma propriedade dos logaritmos, (
log
ab
=
c
⇔
a
c=
b
), e sabendo queln | | log | |
y
=
ey
obtemos,2 2 2 1 2 1
|
|
y
=
e
x +C=
e
Ce
x .Usando a propriedade do módulo (
|
y =
|
y
sey
≥
0
e|
y −
|
=
y
se0
≤
y
) Temos 2 2 1 x Ce
e
y =
ou 2 2 1 x Ce
e
y −
=
.Mas, como
C
é uma constantee
C também é constante. Podemosjuntar as duas soluções numa só, pondo,
C
1=
±
e
C. Obtemosas-sim a solução geral
2 2 1 1 x
e
C
y =
.exemplo 2: resolva
(1
+
x dy ydx
)
=
.Solução: é uma equação separável, pois pode ser reescrita na forma
1
1
1
dy
dx
y
=
+
x
Portanto,1
1
1
dy
dx
y
=
+
x
∫
∫
.Logo, resolvendo as integrais de ambos os lados, obtemos
ln | | ln |1
y
=
+
x C
|
+
o que pode ser escrito na forma
ln | | ln |1
y
−
+ =
x C
|
usando uma propriedade dos logaritmos, (
ln
a
ln
b
ln a
b
−
=
),ln |
|
1
y
C
x
=
+
. Portanto, Ce
x
y =
+
|
1
|
.Usando a propriedade do módulo (
|
y =
|
y
sey
≥
0
e|
y −
|
=
y
se0
≤
y
), temose
Cx
y =
+
1
ou Ce
x
y
=
−
+
1
.Mas, como
C
é uma constantee
C também é constante. Podemosjuntar as duas soluções numa só, pondo,
C
1=
±
e
C. Obtemosas-sim a solução geral
)
1
(
1x
C
y
=
+
.bibliografia
Dennis G. Zill, Michael R. Cullen. Equações Diferenciais, volume I. Tradução Antonio Zumpano, São Paulo, Makron Books, 2001.
tópico 4 – equações homogêneas
Objetivos•
Equações homogêneas •
Exemplos de equações diferenciais homogêneas de primeira ordem • Método de solução • Dedução da técnica • Exemplos • Bibliografia •
objetivos
Identificar e resolver equações diferenciais homogêneas.equações homogêneas
Dada uma equação diferencial de primeira ordem reescrita na forma
( , )
( , )
0
M x y dx N x y dy
+
=
Dizemos que esta equação é homogênea se para algum
n
,( , )
n( , )
M tx ty
=
t M x y
eN tx ty
( , )
=
t N x y
n( , )
.Observe também que
(
,
)
(
,1
)
x
y
M
x
y
x
M
=
n e)
,1
(
)
,
(
x
y
N
x
y
x
N
=
n .Exemplos de equações diferenciais homogêneas de primeira ordem: 1.
(
x
2+
y dx x
2)
+
(
2−
2 )
xy dy
=
0
. É uma equação diferencial ho-mogênea, pois 2 2)
,
(
x
y
x
y
M
=
+
2( , )
2
N x y
=
x
−
xy
, portanto, 2 2 2 2 2 2( , ) ( ) ( )
(
)
( , )
M tx ty
=
tx
+
ty
=
t x
+
y
=
t M x y
eN tx ty
( , ) ( ) 2( )( )
=
tx
2−
tx ty
=
t x
2(
2−
2 )
xy
=
t N x y
2( , )
. Logo, paran
=
2
, 2 2( , )
( , )
( , )
( , )
M tx ty
t M x y
N tx ty
t N x y
=
=
2.
2
xydx xdy
−
=
0
3.2
x ydx x
3+
(
4+
y dy
4)
=
0
4.(
)
0
y xy xe dx xdy
+
+
=
Algumas equações diferencias homogêneas não estão escritas na forma
( , )
( , )
0
M x y dx N x y dy
+
=
. Temos que as reescrever. Veja a tabela.dy y x
dx y x
−
=
+
(
y x dx
−
)
+
(
y x dy
+
)
=
0
dy y x
dx x y
= +
(
y
2+
x dx
2)
+
( )
yx dy
=
0
3
3
dy x
y
dx
x y
+
=
+
(
y
+
3 )
x dx
+
(3
y x dy
+
)
=
0
método de solução
A técnica consiste em transformar a equação diferencial homogê-nea numa equação variável separável.
exemplo 1: transforme
2 2 2
(
x
+
y dx x
)
+
(
−
2 )
xy dy
=
0
numa equação separável. Solução: começamos colocando
y ux
=
.Pela regra do produto para derivada, obtemos
dy udx xdu
=
+
. Substituindoy ux
=
, obtemos[ ]
2 2 2(
x
+
( ) )
ux dx x
+
(
−
2 ( ))
x ux dy
=
0
Resolvendo(
x u x dx x
2+
2 2)
+
(
2−
2
x u dy
2))
[ ]
=
0
isolando
x
2, obtemosx
2
(1
+
u dx
2)
+ −
(1 2 ))
u dy
[ ]
=
0
. Cancelandox
2, obtemos(1
+
u dx
2)
+ −
(1 2 ))
u dy
[ ]
=
0
.Substituindo
dy udx xdu
=
+
[
]
2(1
+
u dx
)
+ −
(1 2 ))
u udx xdu
+
=
0
, obtemos 2(1
u
) (1 2 )
u u dx x
(1 2 ) ) 0
u du
+
+ −
+
−
=
2 2(1
u
) (
u
2 )
u
dx x
(1 2 ) ) 0
u du
+
+ −
+
−
=
2(1
u u
)
dx x
(1 2 ) ) 0
u du
+ −
+
−
=
e finalmente obtemos a equação diferencial separável 21
1 2
1
u
dx
du
x
u u
−
= −
+ −
. exemplo 2: resolva:(
y
2+
x dx
2)
+
( )
yx dy
=
0
. Solução: Trata-se de uma equação homogênea, pois2 2
( , )
M x y
=
x
+
y
( , )
N x y
=
xy
Portanto, 2 2 2 2 2 2( , ) ( ) ( )
(
)
( , )
M tx ty
=
tx
+
ty
=
t x
+
y
=
t M x y
eN tx ty
( , ) ( )( )
=
tx ty
=
t xy
2( )
=
t N x y
2( , )
Logo, paran
=
2
, 2 2( , )
( , )
( , )
( , )
M tx ty
t M x y
N tx ty
t N x y
=
=
Vamos transformá-la em variável separável. Começamos
colocan-do
y ux
=
Pela regra do produto para derivada, obtemos
dy udx xdu
=
+
.2 2 2 2
(( )
)
(
)(
) 0
(
1)
(
)
0
(2
1)
)
0
1
1
2
1
ux
x dx ux udx xdu
x u
dx u udx xdu
u
dx xdu
dx
du
x
u
+
+
+
=
+
+
+
=
+
+
=
= −
+
logo,1
21
2
1
dx
du
x
= −
u
+
∫
∫
. Portanto, 2 21
1
2
ln | |
( 2 )
2
1
( 2 ) 1
2
x
du
du
arctg
u C
u
u
= −
= −
= −
+
+
+
∫
∫
donde(
)
(
)
2 ln | |
( 2 )
2 tan( 2 ln | |
2
x C
arctg
u
u
x C
−
−
=
=
−
−
Portanto,(
)
(
)
2 tan 2 ln | |
2
y
=
x
−
x C
−
.dedução da técnica
( , )
( , )
0
M x y dx N x y dy
+
=
(1, )
(1, )
0
(1, )
(1, )
0
ny
ny
x M
dx x N
dy
x
x
y
y
M
dx N
dy
x
x
+
=
+
=
Fazendox
y
u =
temosy ux
=
Pela regra do produto para derivada, obtemos
dy udx xdu
=
+
. Substituindo na equaçãoM
(1, )
y
dx N
(1, )
y
dy
0
x
+
x
=
, obtemos(
)
(1, )
(1, )
0
M u dx N u udx xdu
+
+
=
.Fazendo umas continhas
(
)
(
)
(1, )
(1, )
(1, )
0
(1, )
(1, )
(1, )
0
(1, )
0
(1, )
(1, )
M u dx N u udx xN u du
M u N u u dx xN u du
dx
N u
du
x
M u uN u
+
+
=
+
+
=
+
=
+
Esta última é uma equação de variável separável.
A fórmula nos permite rapidamente encontrar a equação na forma de variável separável. Veja os exemplos:
Exemplos: 1.
(
x
2+
y dx x
2)
+
(
2−
2 )
xy dy
=
0
. 2 2 21
)
,1
(
)
,
(
u
u
M
y
x
y
x
M
+
=
+
=
2( , )
2
(1, ) 1 2
N x y
x
xy
N u
u
=
−
= −
Portanto,(
)
(
2)
(1, )
0
(1, )
(1, )
1 2
0
1
(1 2 )
dx
N u
du
x
M u uN u
dx
u
du
x
u
u
u
+
=
+
−
+
=
+
+
−
2.2
xydx xdy
−
=
0
( , ) 2
(1, ) 2
M x y
xy
M u
u
=
=
1
)
,1
(
)
,
(
−
=
−
=
u
N
x
y
x
N
(
)
(
)
(1, )
0
(1, )
(1, )
1
0
2
dx
N u
du
x
M u uN u
dx
du
x
u u
+
=
+
−
+
=
−
3.
2
x ydx x
3+
(
4+
y dy
4)
=
0
3( , ) 2
(1, ) 2
M x y
x y
M u
u
=
=
4 4 4( , )
(1, ) 1
N x y
x
y
N u
u
=
+
= +
(
)
(
)
4 4(1, )
0
(1, )
(1, )
1
0
2
(1
)
dx
N u
du
x
M u uN u
dx
u
du
x
u u
u
+
=
+
+
+
=
+
+
4.(
)
0
y xy xe dx xdy
+
+
=
( , )
(1, )
y x uM x y
y xe
M u
u e
= +
= +
( , )
(1, ) 1
N x y
x
N u
=
=
(
)
(
)
(1, )
0
(1, )
(1, )
1
0
udx
N u
du
x
M u uN u
dx
du
x
u e u
+
=
+
+
=
+ +
É importante, para cada exercício, seguir os passos de como a fór-mula foi obtida. Decorar a fórfór-mula não é o que se deve fazer.
bibliografia
Dennis G. Zill, Michael R. Cullen. Equações Diferenciais, volume I. Tradução Antonio Zumpano, São Paulo, Makron Books, 2001.