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Projeto e análise numérico-experimental de sensor MEMS implantável para dispositivos auditivos

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Academic year: 2021

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ENGENHARIA MEC ˆANICA

Andr´e Loch Gesing

DISSERTAC¸ ˜AO DE MESTRADO

PROJETO E AN ´ALISE NUM ´ERICO-EXPERIMENTAL DE SENSOR MEMS IMPLANT ´AVEL PARA DISPOSITIVOS

AUDITIVOS

Orientador: Prof. J ´ulio Apolin´ario Cordioli, Dr. Eng. Florian´opolis

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PROJETO E AN ´ALISE NUM ´ERICO-EXPERIMENTAL DE SENSOR MEMS IMPLANT ´AVEL PARA DISPOSITIVOS

AUDITIVOS

Dissertac¸˜ao submetida ao Programa de P´os-Graduac¸˜ao em Engenharia Mecˆanica para a obtenc¸˜ao do Grau de Mestre em Engenharia Mecˆanica. Orientador: Prof. J ´ulio Apolin´ario Cordioli, Dr. Eng.

Coorientador: Prof. Stephan Paul, Dr. Eng.

Coorientador: Prof. F´abio Durante Pe-reira Alves, DC

Florian´opolis 2017

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UFSC. Loch Gesing, Andr´e

Projeto e an´alise num´erico-experimental de sensor MEMS implant´avel para dispositivos auditivos / Andr´e Loch Gesing ; orientador, J ´ulio Cordi-oli ; coorientador, Stephan Paul; coorientador, F´abio Alves - Florian´opCordi-olis, SC, 2017.

234 p.

Dissertac¸˜ao (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnol´ogico. Programa de P´os-Graduac¸˜ao em Engenharia Mecˆanica.

Inclui referˆencias

1. Engenharia Mecˆanica. 2. Vibrac¸˜oes e ac ´ustica. 3. Dispositivos auditi-vos. 4. MEMS. 5. Acelerˆometro. I. Cordioli, J ´ulio. II. Paul, Stephan. III. Alves, F´abio. IV. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de P´os-Graduac¸˜ao em Engenharia Mecˆanica. V. Projeto e an´alise num´erico-experimental de sensor MEMS implant´avel para dispositivos auditivos.

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PROJETO E AN ´ALISE NUM ´ERICO-EXPERIMENTAL DE SENSOR MEMS IMPLANT ´AVEL PARA DISPOSITIVOS

AUDITIVOS

Esta Dissertac¸˜ao foi julgada aprovada para a obtenc¸˜ao do T´ıtulo de “Mestre em Engenharia Mecˆanica”, e aprovada em sua forma final pelo Programa de P´os-Graduac¸˜ao em Engenharia Mecˆanica.

Florian´opolis, 25 de Maio de 2017.

Prof. Jonny Carlos da Silva, Dr. Eng. Coordenador

Prof. J ´ulio Apolin´ario Cordioli, Dr. Eng. Orientador

Prof. Stephan Paul, Dr. Eng. Coorientador

Prof. F´abio Durante Pereira Alves, DC Coorientador

Banca Examinadora:

Prof. Andr´e Avelino Pasa, Dr. Eng.

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Agradec¸o primeiramente aos meus pais, Bernardo e Rogenia, cujos exemplos de forc¸a e dedicac¸˜ao me fizeram compreender o orgu-lho em empreender jornadas novas e me desafiar. Atrav´es deles, nas palavras “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jam´as” encontro sentido pleno.

Agradec¸o aos Professores J ´ulio Apolin´ario Cordioli e Stephan Paul, pela suas orientac¸˜oes e considerac¸˜oes durante toda essa pes-quisa. Uma relac¸˜ao entre orientador e aluno apresenta comumente seus altos e baixos, uma relac¸˜ao na qual momentos de tens˜ao e von-tade de romper barreiras se alternam continuamente, por´em da qual in ´umeros frutos e muita evoluc¸˜ao s˜ao retirados. Ao fim desse processo ´e com orgulho que o resultado ´e apresentado.

Agradec¸o ao Prof. Fabio Alves da Post Graduate Navy School, por compartilhar sua experiˆencia de vida e em micro-fabricac¸˜ao co-nosco para o desenvolvimento de um trabalho que visa a melhoria da qualidade de vida do brasileiro. Sem ele, estar´ıamos ainda perdidos sem o seu senso(r) direcional.

Agradec¸o aos amigos no laborat´orio, com os quais muito aprendi e muito (demais mesmo) debati. Esses momentos - entre dis-cuss˜oes filos´oficas, pol´ıticas, partidas de tˆenis de mesa, congressos, disciplinas, um hor´ario semana de futebol do laborat´orio e diversos bares - tornaram esses dois anos extremamente plenos, dos quais mui-tos amigos pretendo levar para a vida. N˜ao ´e f´acil, para mim, suportar um presidente como o Temer e um congresso retr´ogrado, nesse mo-mento. Por´em, creio que ainda mais dif´ıcil ´e ter que me ouvir todos os dias falando deles.

Agradec¸o, por fim, a Camilla Rampinelli, cujo exemplo e forc¸a me inspiraram e me inspiram a continuar ao m´aximo lutando para renovar o mundo. Suas conversas, conselhos e simples presenc¸a me ajudaram a evoluir, me posicionar, compreender e, o mais importante, ser mais feliz.

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O desenvolvimento de um sensor implant´avel para implante coclear e aparelho auditivo ´e uma atividade que pode afetar diretamente at´e 5% da populac¸˜ao mundial com deficiˆencia auditiva. Diante de tal necessidade, diversos autores analisaram numericamente e ex-perimentalmente diferentes tecnologias de transduc¸˜ao com o obje-tivo do desenvolvimento de um sensor implant´avel para dispositi-vos auditidispositi-vos. Nenhum transdutor, no entanto, obteve sucesso in-tegral cumprindo todos os requisitos para a aplicac¸˜ao em an´alise. Neste estudo ´e projetado e analisado num´erico-experimentalmente um sensor do tipo acelerˆometro piezoel´etrico produzido com t´ecnicas de fabricac¸˜ao de sistemas microeletromecˆanicos (microelectromechani-cal systems - MEMS). Cinco diferentes estruturas desses sensores fo-ram analisadas numericamente atrav´es do m´etodo de elementos fi-nitos em modelo multi-f´ısico, tendo sindo a metodologia da modela-gem num´erica pr´e-validada com dados da literatura. As performan-ces dos sensores de diferentes geometrias foram melhoradas atrav´es de implementac¸˜ao de t´ecnicas de otimizac¸˜ao multi-objetivo e objetivo simples. Prot´otipos de dimens˜oes 2 mm × 2 mm e 4 mm× 4 mm foram produzidos atrav´es de fabricac¸˜ao multi-usu´ario de MEMS com camada de nitreto de alum´ınio de 0,5 µm de espessura. A resposta de carga e de ru´ıdo dos prot´otipos foram caracterizados experimental-mente e comparadas com as predic¸˜oes num´erica e anal´ıtica respectiva-mente. A modelagem num´erica de um dos sensores de 2 mm×2 mm, quando considerado acoplado `a cadeia ossicular da orelha m´edia em um ponto cirurgicamente vi´avel, resultou nas seguintes caracter´ısticas para o sistema: largura de banda de 0,8 kHz a 9,5 kHz para n´ıvel de press˜ao sonora superior a 50 dB; sensibilidade de 67,4 dB em 1 kHz e relac¸˜ao sinal ru´ıdo igual a 50 dB em 1 kHz com consumo estimado de 0,03 mW. As caracter´ısticas aferidas s˜ao similares `as dos sensores implant´aveis atuais, o que indica a viabilidade desta tecnologia para o desenvolvimento de implantes cocleares e aparelhos auditivos total-mente implant´aveis.

Palavras-chave: Implante coclear. Acelerˆometro. MEMS.

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The development of an implantable sensor for cochlear implant and hearing aid is a highly important task which may affect directly up to 5% of world population which present hearing losses. Due to this necessity, different authors analyzed numerically and experimentally different transducer technologies aiming to develop an implantable sensor for hearing devices. No transducer, however, has yet had suc-cess fulfilling the requirements of an ideal sensor. In the present study a microelectromechanical system (MEMS) piezoelectric accelerome-ter is projected and then analyzed numerically and experimentally. Five different structural formats of this sensor were analyzed nume-rically via the finite element method in a multi-physics model. The numerical methodology was validated using data presented in litera-ture. Sensor’s performance was improved via different optimization techniques. Prototypes with characteristic dimension equals to 2 mm and 4 mm were produced in a multi user MEMS piezoelectric fabrica-tion system, in which a 0.5 µm aluminium nitride layer is deposited. Charge response and noise were measured experimentally for each prototype. A 2 mm by 2 mm prototype, when considered coupled to the ossicular chain in the middle ear, resulted in the following per-formance characteristics: 800 Hz to 9.5 kHz bandwidth when 70 dB sound pressure level is applied, sensitivity equals to 78.6 dB at 1 kHz, signal to noise ratio equals to 50 dB at 1 kHz and power estimated as 0.03 mW. These characteristics are similar to the ones by current implantable sensors, which points to the feasibility of a MEMS piezo-electric accelerometer as solution to the implantable sensor.

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Figura 2.1 Anatomia da orelha humana. . . 43

Figura 2.2 Anatomia da orelha m´edia . . . 44

Figura 2.3 Representac¸˜ao anatˆomica de audic¸˜ao normal . 46 Figura 2.4 Representac¸˜ao de uma perda neurossensorial . 46 Figura 2.5 Esquema de um aparelho auditivo t´ıpico. . . 47

Figura 2.6 Implante coclear moderno t´ıpico. . . 48

Figura 2.7 Esquema de sensores implant´aveis . . . 50

Figura 2.8 Componentes do Carina . . . 53

Figura 2.9 Posicionamento do Carina . . . 53

Figura 2.10 Esquema do acelerˆometro piezoresistivo . . . 54

Figura 2.11 Prot´otipo de acelerˆometro piezoresistivo . . . 55

Figura 2.12 Sensor capacitivo de deslocamento . . . 56

Figura 2.13 Acelerˆometro capacitivo MEMS . . . 57

Figura 2.14 Aparelho Esteem . . . 58

Figura 2.15 Acelerˆometro piezoel´etrico MEMS reportado em li-teratura . . . 59

Figura 2.16 Limites da audic¸˜ao humana . . . 62

Figura 2.17 Representac¸˜ao de um acelerˆometro por um sistema de um grau de liberdade . . . 64

Figura 2.18 Acelerˆometro piezoresistivo . . . 66

Figura 2.19 Sequˆencia de fabricac¸˜ao de um MEMS simples. 71 Figura 2.20 Dois exemplos de MEMS atuais. . . 72

Figura 2.21 Exemplos de acelerˆometros de viga . . . 74

Figura 2.22 Exemplos de acelerˆometros trampolim . . . 75

Figura 2.23 Acelerˆometro piezoel´etrico MEMS anular. . . 76

Figura 2.24 Acelerˆometro trampolim alternativo . . . 77

Figura 2.25 Acelerˆometros de viga alternativos. . . 77

Figura 2.26 Acelerˆometros alternativos . . . 78

Figura 2.27 Acelerˆometro modelado analiticamente . . . 79

Figura 2.28 Acelerˆometros piezoel´etricos em MEF . . . 80

Figura 2.29 Sensor piezoel´etrico como fonte de carga . . . 80

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Figura 2.33 Soluc¸˜ao pareto local e global em otimizac¸˜ao . . 84

Figura 2.34 Esquema do algoritmo gen´etico . . . 87

Figura 3.1 Metodologia geral do trabalho . . . 90

Figura 4.1 Modelo de acelerˆometro de PZT . . . 94

Figura 4.2 Resposta de carga da viga de Kollias et al. e ob-tido numericamente nesse trabalho para raz˜ao de massas igual a 1,8 . . . 95

Figura 4.3 Resposta de carga da viga de Kollias et al. e ob-tido numericamente nesse trabalho para raz˜ao de massas igual a 4 . . . 96

Figura 4.4 Simulac¸˜ao de estruturas simples. . . 96

Figura 4.5 Vistas do acelerˆometro anular . . . 99

Figura 4.6 Representac¸˜ao do acelerˆometro de viga . . . 99

Figura 4.7 Representac¸˜ao do acelerˆometro trampolim . . . 100

Figura 4.8 Acelerˆometro com vigas hexagonais . . . 101

Figura 4.9 Representac¸˜ao do acelerˆometro modelo LVA . . 102

Figura 4.10 Geometria simplificada . . . 102

Figura 4.11 Modelos simplificados desenvolvidos em MEF 104 Figura 4.12 Tens˜ao mecˆanica em trˆes modos de vibrac¸˜ao de um acelerˆometro do tipo trampolim . . . 104

Figura 4.13 Carga el´etrica em trˆes modos de vibrac¸˜ao de um acelerˆometro do tipo trampolim . . . 105

Figura 5.1 Sequˆencia de etapas implementadas no processo de otimizac¸˜ao . . . 107

Figura 5.2 Exemplos de resposta de carga por acelerac¸˜ao 113 Figura 5.3 Recomendac¸˜oes de posicionamento de estruturas no chip. . . 114

Figura 5.4 Evoluc¸˜ao da relac¸˜ao carga vs frequˆencia natural da otimizac¸˜ao m-GA do acelerˆometro anular . . . . 117

Figura 5.5 Evoluc¸˜ao de F1do acelerˆometro anular atrav´es de DE e GA. . . 118

Figura 5.6 Soluc¸˜ao pareto do acelerˆometro anular por m-GA, e soluc¸˜oes ´otimas por GA e DE. . . 118 Figura 5.7 Evoluc¸˜ao da otimizac¸˜ao do acelerˆometro de viga

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Figura 5.8 Conjunto soluc¸˜ao ´otima do acelerˆometro de viga

por m-GA, GA e DE . . . 121

Figura 5.9 Resposta de carga dos acelerˆometros de viga otimi-zados. . . 121

Figura 5.10 Carga el´etrica em trˆes modos do sensor viga . . 122

Figura 5.11 Acelerˆometros de viga otimizados . . . 123

Figura 5.12 Evoluc¸˜ao da relac¸˜ao F1vs fnna otimizac¸˜ao do ace-lerˆometro trampolim atrav´es de DE e GA . . . . 124

Figura 5.13 Conjunto soluc¸˜ao ´otima do acelerˆometro trampo-lim . . . 124

Figura 5.14 Acelerˆometros trampolim otimizados . . . 126

Figura 5.15 Evoluc¸˜ao da otimizac¸˜ao do acelerˆometro de vigas hexagonais atrav´es de DE e GA . . . 126

Figura 5.16 Soluc¸˜oes ´otimas do acelerˆometro de vigas hexago-nais por m-GA, GA e DE . . . 127

Figura 5.17 Acelerˆometros hexagonais otimizados . . . 128

Figura 5.18 Evoluc¸˜ao da otimizac¸˜ao do acelerˆometro de vigas param´etricas atrav´es de DE e GA . . . 129

Figura 5.19 Conjunto soluc¸˜ao ´otima do acelerˆometro com vigas param´etricas . . . 129

Figura 5.20 Acelerˆometros alternativo LVA otimizado . . . . 131

Figura 6.1 Soluc¸˜oes pareto dos modelos por m-GA . . . 133

Figura 6.2 Soluc¸˜oes pareto de acelerˆometros otimizados para dimens˜ao m´axima de 2 mm . . . 134

Figura 6.3 Disposic¸˜ao dos prot´otipos em um chip . . . 134

Figura 6.4 Sequˆencia de m´ascaras de fabricac¸˜ao . . . 137

Figura 6.5 Esquema de acelerˆometro completo . . . 138

Figura 6.6 Modelo 2-D axissim´etrico do sensor An406 . . . 138

Figura 6.7 Modelo 3D completo do acelerˆometro An406. . 138

Figura 6.8 Projeto do acelerˆometro An406. . . 138

Figura 6.9 Modelos num´ericos completos . . . 138

Figura 6.10 Projeto do prot´otipo An216 . . . 139

Figura 6.11 Modelo completo do acelerˆometro An216 . . . 139

Figura 6.12 Carga por acelerac¸˜ao dos cinco modelos comple-tos . . . 140

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perimental . . . 143 Figura 7.4 Esquema de medic¸˜ao . . . 144 Figura 7.5 Prot´otipo em placa na fase experimental . . . 145 Figura 7.6 Montagem do Shaker, trave e vibrˆometro laser . 146 Figura 7.7 Coerˆencia das medic¸˜oes da resposta de carga por

acelerac¸˜ao dos prot´otipos modelo An410 . . . 147 Figura 7.8 Carga dos prot´otipos modelo An410 . . . 147 Figura 7.9 Coerˆencia das medic¸˜oes da resposta de carga por

acelerac¸˜ao dos prot´otipos An406. . . 149 Figura 7.10 Carga por acelerac¸˜ao dos sensores An406 . . . 149 Figura 7.11 Coerˆencia da carga do sensor Hx407 . . . 151 Figura 7.12 Carga por acelerac¸˜ao do sensor Hx407 . . . 151 Figura 7.13 Coerˆencia de carga do sensor An220 . . . 152 Figura 7.14 Carga por acelerac¸˜ao do sensor An220 . . . 153 Figura 7.15 Coerˆencia da medic¸˜ao de carga por acelerac¸˜ao do

prot´otipo An216 da placa B3 . . . 154 Figura 7.16 Carga por acelerac¸˜ao do sensor An216 . . . 154 Figura 7.17 Densidade espectral do sensor An410 . . . 157 Figura 7.18 Densidade espectral do sensor An406 . . . 157 Figura 7.19 Densidade espectral do sensor Hx407 . . . 158 Figura 7.20 Densidade espectral do sensor An220 . . . 158 Figura 7.21 Densidade espectral do sensor An216 . . . 159 Figura 8.1 Pontos cirurgicamente vi´aveis para um AATI . 162 Figura 8.2 Modelo de orelha m´edia desenvolvido no LVA 162 Figura 8.3 Acelerˆancia em alguns pontos oper´aveis da cadeia

ossicular da orelha m´edia . . . 163 Figura 8.4 Acelerac¸˜ao no ponto IPT para diferentes NPS . 164 Figura 8.5 Relac¸˜ao sinal ru´ıdo sob diferentes n´ıveis de press˜ao

sonora . . . 165 Figura 8.6 Circuito de medic¸˜ao adaptado para duas fontes de

carga . . . 166 Figura 8.7 Tens˜ao el´etrica em diferentes pontos do circuito de

amplificac¸˜ao . . . 167 Figura C.1 Sequˆencia de fabricac¸˜ao PiezoMUMPS . . . 194

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primeira bateria de an´alise . . . 205 Figura E.2 Conjunto soluc¸˜ao ´otima do acelerˆometro anular da

segunda bateria de an´alise . . . 205 Figura H.1 Carga nos eletrodos externos do acelerˆometro A na

placa B2 . . . 225 Figura H.2 Carga nos eletrodos internos do acelerˆometro A na

placa B2 . . . 225 Figura I.1 Coerˆencia da medic¸˜ao de carga do prot´otipo An410

da placa B1 . . . 229 Figura I.2 Resposta de carga do acelerˆometro An410 da placa

B1 . . . 229 Figura I.3 Coerˆencia da medic¸˜ao de carga do prot´otipo An410

da placa B2 . . . 229 Figura I.4 Resposta de carga do acelerˆometro An410 da placa

B2 . . . 230 Figura I.5 Coerˆencia da medic¸˜ao de carga do prot´otipo An410

da placa B5 . . . 230 Figura I.6 Resposta de carga do acelerˆometro An410 da placa

B5 . . . 230 Figura I.7 Coerˆencia da medic¸˜ao de carga do prot´otipo An406

da placa B1 . . . 231 Figura I.8 Resposta de carga do acelerˆometro An406 da placa

B1 . . . 231 Figura I.9 Coerˆencia da medic¸˜ao de carga do prot´otipo An406

da placa B2 . . . 231 Figura I.10 Resposta de carga do acelerˆometro An406 da placa

B2 . . . 232 Figura I.11 Coerˆencia da medic¸˜ao de carga do prot´otipo An406

da placa B5 . . . 232 Figura I.12 Carga do acelerˆometro An406 da placa B5 . . . . 232 Figura I.13 Coerˆencia da medic¸˜ao do Hx407 na placa B1 . . 233 Figura I.14 Carga do acelerˆometro Hx407 da placa B1 . . . . 233 Figura I.15 Coerˆencia da medic¸˜ao do Hx407 na placa B4 . . 233 Figura I.16 Carga do acelerˆometro Hx407 da placa B4 . . . . 234 Figura I.17 Coerˆencia da medic¸˜ao do Hx407 na placa B5 . . 234 Figura I.18 Carga do acelerˆometro Hx407 da placa B5 . . . . 234

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Tabela 2.1 Aparelhos auditivos e implantes cocleares . . . 49 Tabela 2.2 Principais sensores implant´aveis. . . 51 Tabela 2.3 Performance de sensores implant´aveis . . . 60 Tabela 2.4 Requisitos de um sensor implant´avel . . . 63 Tabela 2.5 Performance de acelerˆometros . . . 69 Tabela 2.6 Propriedades de materiais piezoel´etricos. . . 73 Tabela 4.1 Frequˆencias naturais de estrutura retangular . . . . 97 Tabela 4.2 Frequˆencias naturais de estrutura triangular . . . . 97 Tabela 5.1 Opc¸˜oes no c´odigo m-GA em Matlab . . . 110 Tabela 5.2 Opc¸˜oes no c´odigo GA implementado em Matlab 111 Tabela 5.3 Opc¸˜oes no c´odigo DE em Matlab . . . 111 Tabela 5.4 Limites dos parˆametros do acelerˆometro anular . 115 Tabela 5.5 Parˆametros de malha selecionados . . . 116 Tabela 5.6 F1e fndos sensores anulares . . . 119 Tabela 5.7 Dimens˜oes dos acelerˆometros anulares . . . 119 Tabela 5.8 O acelerˆometro de viga por m-GA, DE e GA . . . . 122 Tabela 5.9 Dimens˜oes dos acelerˆometros de viga otimizados 123 Tabela 5.10 Acelerˆometro trampolim por m-GA, DE e GA . . . 125 Tabela 5.11 Dimens˜oes dos acelerˆometros trampolim . . . 125 Tabela 5.12 Acelerˆometro hexagonal por m-GA, GA e DE . . . 127 Tabela 5.13 Dimens˜oes dos acelerˆometros com vigas hexagonais

otimizados. . . 128 Tabela 5.14 Resultados dos acelerˆometros modelo LVA

otimiza-dos por m-GA, DE e GA . . . 130 Tabela 5.15 Dimens˜oes dos acelerˆometros LVA otimizados . . 130 Tabela 5.16 Comparac¸˜ao dos resultados obtidos com m-GA, GA

e DE de todos os modelos de acelerˆometro analisa-dos . . . 131 Tabela 6.1 Caracterizac¸˜ao dos prot´otipos . . . 135 Tabela 6.2 Dimens˜oes dos prot´otipos anulares . . . 136 Tabela 6.3 Dimens˜oes do prot´otipo hexagonal . . . 136 Tabela 6.4 Performance dos prot´otipos . . . 140 Tabela 7.1 Prot´otipos em cada placa montada . . . 143

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Tabela 7.4 Sensibilidade de carga do sensor Hx407 . . . 152 Tabela 7.5 Sensibilidade de carga do sensor An220 . . . 153 Tabela 7.6 Sensibilidade de carga do sensor An216 . . . 155 Tabela 7.7 Parˆametros utilizados na predic¸˜ao da densidade

es-pectral de ru´ıdo interno dos sensores . . . 156 Tabela 8.1 Comparac¸˜ao de performance dos sensores

implant´a-veis e prot´otipo desenvolvido no LVA . . . 168 Tabela 8.2 Comparac¸˜ao de performance com os pr´e-requisitos

de um sensor implant´avel . . . 169 Tabela E.1 Parˆametros da an´alise do m-GA - I . . . 203 Tabela E.2 Parˆametros da an´alise do m-GA - II . . . 204 Tabela E.3 Otimizac¸˜ao m- GA do sensor anular . . . 204 Tabela F.1 Limites do acelerˆometro de viga . . . 209 Tabela F.2 Limites do acelerˆometro trampolim . . . 209 Tabela F.3 Limites do acelerˆometro hexagonal . . . 210 Tabela F.4 Limites do acelerˆometro LVA . . . 211 Tabela F.5 Limites do acelerˆometro anular de 2 mm . . . 211 Tabela F.6 Limites do acelerˆometro trampolim de 2 mm . . . . 212 Tabela F.7 Limites no acelerˆometro hexagonal de 2 mm . . . . 212 Tabela G.1 Parˆametros fixos na an´alise de malha. . . 217 Tabela G.2 Dimens˜oes da an´alise de malha do acelerˆometro

anu-lar . . . 217 Tabela G.3 An´alise de malha do acelerˆometro anular . . . 218 Tabela G.4 Dimens˜oes na an´alise do acelerˆometro de viga . . 218 Tabela G.5 An´alise de malha do acelerˆometro de viga . . . 219 Tabela G.6 Dimens˜oes do acelerˆometro trampolim . . . 219 Tabela G.7 An´alise de malha do acelerˆometro de trampolim 219 Tabela G.8 Parˆametros do acelerˆometro hexagonal . . . 220 Tabela G.9 An´alise de malha do acelerˆometro hexagonal . . . 220 Tabela G.10 Dimens˜oes analisadas do acelerˆometro LVA . . . 221 Tabela G.11 An´alise de malha do acelerˆometro com vigas

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AASI Aparelho de amplificac¸˜ao sonora individual AATI Aparelho auditivo totalmente implant´avel

AlN Nitreto de alum´ınio

DDP Diferenc¸a de potencial

DE Differential evolution

DRIE Deep reactive ion etching DSP Digital signal processor

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat´ıstica

IC Implante coclear

ICTI Implante coclear totalmente implant´avel

GA Genetic algorithm

LVA Laborat´orio de vibrac¸˜oes e ac ´ustica MEF M´etodo de elementos finitos MEMS Microelectromechanical systems MOGA Multi-objective genetic algorithm NPS N´ıvel de press˜ao sonora

NSGA-II Non-dominated sorting genetic algorithm version 2

OM Orelha m´edia

OMS Organizac¸˜ao mundial da sa ´ude PCB Printed circuit board

PiezoMUMPS Piezoelectric Multi-User MEMS Processes PVDF Poli-fluoret de vinilideno

PZT Titanato zirconato de chumbo

RF R´adio-frequˆencia

RIE Reactive ion etching

RMS root mean square

Si Sil´ıcio

SNR Signal to noise ratio

SOI Silicon on insulator

SUS Sistema ´unico de sa ´ude

UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

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mms Massa s´ısmica

keq Constande de rigidez equivalente

c Constante de amortecimento

x(t) Deslocamento da massa s´ısmica y(t) Deslocamento da moldura

¨Y0 Amplitude de acelerac¸˜ao da moldura

ω Frequˆencia angular

ωn Frequˆencia natural em rad/s

j N ´umero imagin´ario

ξ Fator de amortecimento estrutural

Z0 Amplitude do deslocamento relativo entre moldura e massa s´ısmica

Y0 Amplitude do deslocamento da moldura

σp Tensor de tens˜ao mecˆanica D Vetor de induc¸˜ao el´etrica

E Vetor campo el´etrico

S Tensor deformac¸˜ao mecˆanica

e Tensor de constantes piezoel´etricas a campo el´etrico constante

f Frequˆencia

E M´odulo de Young do material

ρ Densidade do material

e33 Coeficiente piezoel´etrico longitudial e31 Coeficiente piezoel´etrico transversal qp Carga el´etrica do sensor piezoel´etrico up Tens˜ao el´etrica no sensor piezoel´etrico Rp Resistˆencia el´etrica no sensor piezoel´etrico Cp Capacitˆancia el´etrica no sensor piezoel´etrico

Up Tens˜ao el´etrica por acelerac¸˜ao no sensor piezoel´etrico g Acelerac¸˜ao gravitacional

Qp Carga el´etrica por acelerac¸˜ao no sensor piezoel´etrico ˜Uamp Tens˜ao na sa´ıda de um amplificador de

(30)

trans-Cf Capacitˆancia el´etrica do capacitor do amplificador Rf Resistˆencia el´etrica do resistor do amplificador

¨YA Amplitude da densidade espectral de acelerac¸˜ao equi-valente ao ru´ıdo

κB Constante de Boltzman, igual a 1,3807·10−23J/K

T Temperatura

Q Fator de qualidade

η Fator de dissipac¸˜ao capacitiva fn Frequˆencia natural do sensor

SQ Sensibilidade de carga do acelerˆometro en Ru´ıdo que o circuito imp˜oe ao transdutor Fi(x) Func¸˜ao custo ou objetivo

hj(x) Restric¸˜oes de igualdade da otimizac¸˜ao gk(x) Restric¸˜oes de desigualdade da otimizac¸˜ao nv N ´umero de vari´aveis na otimizac¸˜ao G Gerac¸˜ao da otimizac¸˜ao

Px,G Populac¸˜ao da gerac¸˜ao G Gmax N ´umero m´aximo de gerac¸˜oes

bL Limites inferiores das vari´aveis da otimizac¸˜ao bU Limites superiores das vari´aveis da otimizac¸˜ao NP Tamanho da populac¸˜ao

yi,G Vetor base na otimizac¸˜ao do algoritmo evolutivo dife-rencial

vi,G Vetor mutac¸˜ao do algoritmo evolutivo diferencial r1 e r2 ´Indices aleat´orios na mutac¸˜ao do algoritmo evolutivo

diferencial

Cr Crossover

xi,G Vetor target ui,G Vetor trial

dA ´Area dos eletrodos

Dms Diˆametro da massa s´ısmica

Wm Largura da membrana

LPE Comprimento da camada externa de material pie-zoel´etrico

(31)

zoel´etrico

Wms Largura da massa s´ısmica Lms Comprimento da massa s´ısmica

Wv Largura da viga

Lv Comprimento da viga

θv ˆAngulo da viga hexagonal

Wv1 Largura no in´ıcio da viga na aresta que se conecta `a moldura

Wv2 Largura no meio da viga

Wv3 Largura no fim da viga, aresta na massa s´ısmica Lv1 Comprimento da parte inicial da viga

Lv2 Comprimento da segunda parte da viga QpI Carga nos eletrodos internos

dAI ´Area dos eletrodos internos QpE Carga nos eletrodos externos dAE ´Area dos eletrodos externos F1 Primeira func¸˜ao objetivo F2 Segunda func¸˜ao objetivo

Lmalha Comprimento de elemento de malha

δfn Variac¸˜ao na fnna an´alise de malha

δQp Variac¸˜ao de Qpna an´alise de malha

SQE Sensibilidade de carga dos eletrodos externos de um sensor

SQI Sensibilidade de carga dos eletrodos internos de um sensor

¨YA,E Densidade espectral de acelerac¸˜ao equivalente ao ru´ıdo el´etrico nos eletrodos externos de um sensor, por predic¸˜ao anal´ıtica

¨YA,I Densidade espectral de acelerac¸˜ao equivalente ao ru´ıdo el´etrico nos eletrodos internos de um sensor, por predic¸˜ao anal´ıtica

CE Capacitˆancia dos eletrodos externos de um sensor CI Capacitˆancia dos eletrodos internos de um sensor

¨Yref Densidade espectral de acelerac¸˜ao medida com o ace-lerˆometro de referˆencia

(32)

¨YIPT Acelerac¸˜ao normal `a superf´ıcie no ponto IPT da cadeia ossicular

QOM,pE Resposta de carga dos eletrodos externos do sensor An220 implantado na OM

QOM,pI Resposta de carga dos eletrodos internos do sensor An220 implantado na OM

˜UOM,final Resposta de tens˜ao amplificada final do sensor aco-plado `a cadeia ossicular

˜UOM,sum Resposta de tens˜ao somada do sensor acoplado `a ca-deia ossicular

˜UOM,pE Resposta de tens˜ao amplificada dos eletrodos externos do sensor acoplado `a cadeia ossicular

˜UOM,pI Resposta de tens˜ao amplificada dos eletrodos internos do sensor acoplado `a cadeia ossicular

¨y(t) Acelerac¸˜ao da moldura

¨z(t) Acelerac¸˜ao relativa entre massa s´ısmica e massa s´ısmica

z(t) Deslocamento relativo entre massa s´ısmica e moldura ¨x(t) Acelerac¸˜ao da massa s´ısmica

φ ˜Angulo de fase

cE Tensor elasticidade de material piezoel´etrico a campo

el´etrico constante

eS Tensor de constantes piezoel´etricas a deformac¸˜ao

cons-tante

eS Tensor de constantes diel´etricas a deformac¸˜ao

cons-tante

eE Tensor de constantes piezoel´etricas a campo el´etrico

constante

e Tensor de constantes piezoel´etricas a campo el´etrico constante

(33)

1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 35 1.1 MOTIVAC¸ ˜AO . . . 35 1.2 ESTADO DA ARTE . . . 38 1.3 OBJETIVOS . . . 40 1.3.1 Objetivo Geral . . . 40 1.3.2 Objetivos Espec´ıficos . . . 40

1.4 ORGANIZAC¸ ˜AO DO TRABALHO . . . 41

2 CONCEITUAC¸ ˜AO TE ´ORICA . . . 43

2.1 ORELHA HUMANA E PATOLOGIAS AUDITIVAS . . . 43

2.1.1 A orelha humana . . . 43 2.1.2 Patologias auditivas . . . 45

2.2 DISPOSITIVOS AUDITIVOS . . . 46

2.2.1 Aparelho de amplifica¸c˜ao sonora individual . . . 46 2.2.2 Implante coclear . . . 47 2.2.3 Dispositivos auditivos implant´aveis . . . 48

2.3 SENSORES IMPLANT ´AVEIS . . . 49

2.3.1 Estado da arte dos sensores implant´aveis . . . 50

2.3.1.1 Microfone subcutˆaneo . . . 52 2.3.1.2 Sensores instalados na cadeia ossicular da orelha m´edia . 53

2.3.2 Performance dos sensores implant´aveis atuais . . . 59 2.3.3 Requisitos para sensores implant´aveis . . . 61

2.4 ACELER ˆOMETROS . . . 63

2.4.1 Acelerˆometro piezoresistivo . . . 65 2.4.2 Acelerˆometro capacitivo. . . 66 2.4.3 Acelerˆometro piezoel´etrico . . . 67 2.4.4 Compara¸c˜ao da performance dos acelerˆometros . . . 68

2.5 ACELER ˆOMETROS PIEZOEL ´ETRICOS MEMS . . . 69

2.5.1 Processos de fabrica¸c˜ao de MEMS . . . 70 2.5.2 Materiais e processos MEMS para fabrica¸c˜ao de

senso-res piezoel´etricos . . . 71 2.5.3 Geometrias de acelerˆometros piezoel´etricos MEMS . . . . 73 2.5.4 Modelagem de acelerˆometros piezoel´etricos MEMS . . . 78 2.5.5 Circuito de amplifica¸c˜ao . . . 79 2.5.6 Predi¸c˜ao do ru´ıdo do sensor . . . 82

2.6 OTIMIZAC¸ ˜AO . . . 83 2.7 ALGORITMOS DE OTIMIZAC¸ ˜AO . . . 85

(34)

4 MODELO NUM ´ERICO . . . 93

4.1 DESENVOLVIMENTO E VALIDAC¸ ˜AO DO MODELO

NUM ´ERICO . . . 93

4.2 GEOMETRIAS ANALISADAS E RESPECTIVOS

MO-DELOS NUM ´ERICOS . . . 98

4.3 DESENVOLVIMENTO DE MODELOS SIMPLIFICADOS 101

5 OTIMIZAC¸ ˜AO . . . 107

5.1 ALGORITMOS DE OTIMIZAC¸ ˜AO . . . 108

5.1.1 Algoritmo gen´etico multi-objetivo . . . 109 5.1.2 Algoritmo gen´etico . . . 110 5.1.3 Algoritmo evolutivo diferencial . . . 111

5.2 DEFINIC¸ ˜AO DA FUNC¸ ˜AO OBJETIVO . . . 112 5.3 RESTRIC¸ ˜OES E LIMITES . . . 113 5.4 DEFINIC¸ ˜AO DE PAR ˆAMETROS DA MALHA NO

MO-DELO NUM ´ERICO . . . 115 5.5 RESULTADOS DO PROCESSO DE OTIMIZAC¸ ˜AO . . . 116

5.5.1 Acelerˆometro anular . . . 117 5.5.2 Acelerˆometro de viga . . . 120 5.5.3 Acelerˆometro trampolim . . . 123 5.5.4 Acelerˆometro com vigas hexagonais . . . 125 5.5.5 Acelerˆometro modelo LVA . . . 129 5.5.6 Compara¸c˜ao da performance entre os sensores ´otimos . 131 6 FABRICAC¸ ˜AO . . . 133

6.1 SELEC¸ ˜AO PARA FABRICAC¸ ˜AO . . . 133 6.2 CONFECC¸ ˜AO DAS M ´ASCARAS PARA FABRICAC¸ ˜AO . 136 6.3 SIMULAC¸ ˜AO DE MODELO COMPLETO . . . 136

7 AN ´ALISE EXPERIMENTAL . . . 141

7.1 PREPARAC¸ ˜AO DOS PROT ´OTIPOS . . . 141 7.2 RESPOSTA DE CARGA . . . 144

7.2.1 Metodologia Experimental . . . 144 7.2.2 Resultados das medi¸c˜oes de carga el´etrica . . . 145

7.3 RU´IDO INTERNO . . . 155

7.3.1 Predi¸c˜ao da densidade espectral do ru´ıdo interno . . . 155 7.3.2 Resultados experimentais . . . 156 8 AN ´ALISE DA PERFORMANCE . . . 161

8.1 LARGURA DE BANDA E RELAC¸ ˜AO SINAL RU´IDO . . . 161 8.2 SENSIBILIDADE E CONSUMO . . . 164

8.3 COMPARAC¸ ˜AO COM O ESTADO DA ARTE E COM

(35)

9.1 CONCLUS ˜OES . . . 171 9.2 ETAPAS FUTURAS . . . 173

REFER ˆENCIAS . . . 175 AP ˆENDICE A -- Equacionamento de acelerˆometros . . . 185 AP ˆENDICE B -- Modelo matem´atico do efeito piezoel´etrico . . . . 189 AP ˆENDICE C -- Processo de fabrica¸c˜ao PiezoMUMPS . . . 193 AP ˆENDICE D -- C´odigos implementados em matlab . . . 197 AP ˆENDICE E -- An´alise de parˆametros do m-GA . . . 203 AP ˆENDICE F -- Restri¸c˜oes e limites dos acelerˆometros . . . 209 AP ˆENDICE G -- An´alise de malha . . . 217 AP ˆENDICE H -- Posi¸c˜ao do laser na an´alise experimental . . . 225 AP ˆENDICE I -- Resultados experimentais . . . 229

(36)
(37)

1 INTRODUC¸ ˜AO

1.1 MOTIVAC¸ ˜AO

O desenvolvimento de sensores implant´aveis para aparelhos auditivos totalmente implant´aveis (AATI) e implantes cocleares total-mente implant´aveis (ICTI) ´e uma tarefa importante que pode afetar diretamente a qualidade de vida de milh˜oes de deficientes auditivos em todo o globo. Pessoas com perdas auditivas severas tˆem de enfren-tar quest˜oes como preconceito, sal´arios menores e maiores custos com sa ´ude, aumentando ainda mais as dificuldades impostas pela perda auditiva.

A perda auditiva pode ser classificada em diferentes tipos, sendo a mais comum a neurossensorial, caracterizada por danos nas c´elulas ciliadas na c´oclea (ZENG et al., 2008). Para perdas neurossensori-ais leves e moderadas faz-se o tratamento atrav´es da utilizac¸˜ao de relhos de amplificac¸˜ao sonora individual (AASI). Sendo esse um apa-relho totalmente externo ao usu´ario, geralmente posicionado de modo retro-auricular, que n˜ao requer qualquer procedimento cir ´urgico para aplicac¸˜ao. Esse sistema funciona atrav´es de um conjunto formado por microfone, um processador digital de sinais (digital signal processor -DSP) e um alto-falante, no qual o sinal sonoro, captado pelo micro-fone ´e condicionado no DSP e ent˜ao aplicado no canal auditivo ex-terno atrav´es de um alto-falante. Quando a perda auditiva ´e severa ou profunda, no entanto, o tratamento recomendado costuma ser a realizac¸˜ao de uma operac¸˜ao para instalac¸˜ao de um implante coclear (IC). Tradicionalmente um IC ´e um sistema composto por um mento externo, onde est´a localizado um microfone e o DSP, e um ele-mento interno implantado com um feixe de eletrodos posicionado na c´oclea. Seu funcionamento geral ocorre da seguinte maneira, no mi-crofone acontece a convers˜ao da press˜ao sonora em sinal el´etrico, esse sinal ´e condicionado no DSP e transmitido via r´adio-frequˆencia (RF) para o elemento interno, sendo ent˜ao o sinal aplicado nas proximida-des das terminac¸˜oes nervosas na c´oclea atrav´es do feixe de eletrodos. Restitui-se assim parcialmente a sensac¸˜ao de audic¸˜ao do paciente im-plantado.

Essa configurac¸˜ao de IC com microfone e DSP externos tem sido utilizada desde a d´ecada de 80 com sucesso para o tratamento de per-das neurossensoriais (ZENG et al., 2008). Por´em existem diversos

(38)

pro-blemas para o usu´ario com a utilizac¸˜ao de tais dispositivos, sendo em geral decorrentes da necessidade de um elemento externo nesses sis-temas. Entre essas quest˜oes inconvenientes destaca-se, por exemplo: desconfortos de origem visual por causa de preconceito, complicac¸˜oes na pr´atica de esportes ou mesmo em atividades rotineiras que de-mandam contato com ´agua e necessidade de constante manutenc¸˜ao e perdas (especialmente no caso de crianc¸as). Tendo em vista essas restric¸˜oes, recentemente propˆos-se o desenvolvimento de dispositivos auditivos totalmente implant´aveis, ICTI e AATI (BRIGGS et al., 2008; COHEN, 2007) como alternativa para o futuro. Esses dispositivos im-plant´aveis superariam essas quest˜oes incomodas dos aparelhos tra-dicionais. Para o desenvolvimento de tal aparelho implant´avel um ponto crucial ´e o avanc¸o nos est´agios atuais de performance dos sen-sores implant´aveis. Tal desenvolvimento do sensor implant´avel est´a ainda em est´agios iniciais no mundo inteiro, por exemplo, o primeiro trabalho significativo na ´area ´e somente de 2007 (PARK et al., 2007), e a conclus˜ao do estudo ´e exatamente ressaltando a necessidade de maio-res avanc¸os nessa ´area afim de garantir os pr´e-requisitos de tal sensor implant´avel. Alguns trabalhos mais recentes (SACHSE et al., 2013;YIP et al., 2015) fizeram importantes avanc¸os nesse desenvolvimento, por´em ainda h´a muito campo para avanc¸o at´e os que se consiga um transdu-tor que cumpra os pr´e-requisitos de performance de um sensor para dispositivo auditivo implant´avel.

De acordo com dados da organizac¸˜ao mundial da sa ´ude (OMS) em 2015 eram mais de 360 milh˜oes de pessoas com algum tipo de perda auditiva no mundo - que poderiam se beneficiar com o de-senvolvimento de dispositivos auditivos implant´aveis - sendo que a maior parcela desses deficientes auditivos se localizava em pa´ıses sub-desenvolvidos ou em desenvolvimento (ORGANIZATION, 2015). Essa maior ocorrˆencia em nac¸˜oes pobres acontece pois, a populac¸˜ao de baixa renda nesses pa´ıses em geral trabalha sob piores condic¸˜oes, tem menos acesso `a prevenc¸˜ao e aos cuidados m´edicos, vitais para a manutenc¸˜ao de uma vida saud´avel (TEFILI et al., 2013). Logo, com a incapacidade financeira para compra e manutenc¸˜ao de pr´oteses ade-quadas, a perda auditiva afeta drasticamente a qualidade de vida das pessoas mais carentes economicamente. ´E importante notar que a falta de recurso financeiro tende a agravar a deficiˆencia auditiva, por falta de cuidados m´edicos. A perda, por sua vez, tende a reduzir a m´edia salarial do deficiente (HONEYCUTT et al., 2003), o que obviamente re-duz novamente o escasso recurso financeiro dispon´ıvel ao indiv´ıduo. Portanto, caso n˜ao haja intervenc¸˜ao do sistema ´unico de sa ´ude (SUS)

(39)

nessa situac¸˜ao, o ciclo se mant´em, impedindo o cidad˜ao de melho-rar sua qualidade de vida. Em vistas dessa situac¸˜ao, em 1999 o SUS passou a fornecer gratuitamente pr´oteses auditivas, ou seja, AASI e IC. No entanto, entre 1999 e 2013 somente 2,8 mil pessoas receberam o benef´ıcio. Ou seja, mais de 2,6 milh˜oes de brasileiros considerados completamente surdos n˜ao tem opc¸˜ao de tratamento satisfat´orio rela-cionado a sua necessidade cobertos pelo SUS, j´a que o implante coclear ´e justamente a soluc¸˜ao recomendada para a maioria dos casos de sur-dez (TEFILI et al., 2013).

Para vislumbrar-se a importˆancia de trabalhos na ´area de apa-relhos auditivos ´e importante compreender-se uma caracter´ıstica do mercado atual de dispositivos auditivos. Somente cerca de 10% da necessidade global de aparelhos auditivos ´e atendida pela capacidade atual das empresas do ramo (HONEYCUTT et al., 2003). Em implantes co-cleares, al´em dessa alta procura para pouca oferta, esse mercado ´e al-tamente concentrado em trˆes principais empresas, sendo que a maior delas, a Cochlear Coorporation, controla cerca de 70% das vendas (ZENG et al., 2008). Logo, em uma economia de mercado, a alta demanda por um produto com pouca competic¸˜ao tende a elevar o prec¸o de tal. Esse comportamento fez com que em 2012, o valor pago pelo SUS por um aparelho para implante coclear por exemplo, era de R$ 44.000,00 de-vido `as limitad´ıssimas opc¸˜oes alternativas no mercado. O custo total da operac¸˜ao para instalac¸˜ao do IC, pelo SUS, era de R$ 46.000,00 em 2012. Em contraste, nesse mesmo ano no Brasil, o sal´ario m´ınimo era de somente R$ 616,00, sendo o sal´ario m´edio do trabalhador com car-teira assinada meros R$ 1.345,00. Logo, cuidados e tratamentos para deficiˆencias auditivas s˜ao deixados de lado por falta de recursos fi-nanceiros para tal pela populac¸˜ao de baixa renda. Como resultado no SUS, esse alto custo dos aparelhos faz com que menos pessoas sejam atendidas com o mesmo recurso disponibilizado ao SUS, reduzindo novamente a qualidade de vida de pessoas prejudicadas financeira-mente.

A qualidade de vida de milh˜oes de pessoas pode ser, portanto, melhorada atrav´es do desenvolvimento de um sensor implant´avel para ICTI e AATI. Essa necessidade ´e real em n´ıveis nacional e mun-dial, por´em, salienta-se que os pa´ıses sub-desenvolvidos possam ser os mais beneficiados com tal ac¸˜ao, j´a que est˜ao neles a populac¸˜ao mais propensa a n˜ao ter acesso `a prevenc¸˜ao e a tratamentos m´edicos. De-vido ao limitado n ´umero de estudos na ´area, ´e de fundamental im-portˆancia que um maior n ´umero de pesquisas sejam desenvolvidas nesse setor, como meio de afetar positivamente diretamente a quali-dade de vida mundial.

(40)

1.2 ESTADO DA ARTE

Sensores implant´aveis devem atingir uma s´erie de parˆametros de performance para a aplicac¸˜ao de maneira segura e satisfat´oria em ICTI e AATI, como faixa dinˆamica, largura de banda, tamanho, massa e biocompatibilidade. Na literatura apresentam-se duas categorias bem definidas de sensores implant´aveis para ICTI e AATI, s˜ao elas os microfones subcutˆaneos e os sensores instalados na cadeia ossicular da orelha m´edia, cada qual com suas caracter´ısticas pr´os e contras.

Microfones subcutˆaneos, em geral capacitivos, s˜ao utilizados pela sua alta sensibilidade e baixo ru´ıdo, resultado de uma tecnologia bem estabelecida. O AATI comercial CarinaTM, por exemplo, utiliza um microfone capacitivo subcutˆaneo posicionado na porc¸˜ao posterior do pavilh˜ao externo da orelha (JENKINS et al., 2007). J´a o prot´otipo de AATI denominado TICA utiliza um microfone subcutˆaneo instalado sob a pele no canal auditivo externo (ZENNER; LEYSIEFFER, 2001). Ape-sar das claras vantagens dessa tecnologia, a performance do microfone subcutˆaneo quando implantado, apresenta alguns aspectos negativos. Por exemplo, ap´os a cirurgia existe uma alta taxa de infecc¸˜oes derma-tol´ogicas, decorrentes do processo de cicatrizac¸˜ao em torno do sensor. O microfone ´e, tamb´em, sens´ıvel a ru´ıdos do corpo como mastigac¸˜ao e toques `a cabec¸a. Logo, esse fenˆomeno causa a elevac¸˜ao do con-sumo do DSP devido `a necessidade de intensivo condicionamento para correc¸˜ao do sinal, fazendo com que seja necess´ario recarregar-se a bateria regularmente. Por fim, a sensibilidade do microfone ´e vari´avel com o tempo, devido principalmente a variac¸˜oes na espessura da pele sobre o microfone (JENKINS et al., 2007; PULCHERIO et al., 2014). Como resultado de tais fatores, poucos trabalhos recentes vˆem seguindo essa linha de ac¸˜ao, apesar de que o aparelho Carina se mant´em atualmente como uma alternativa de mercado.

Sensores implantados na cadeia ossicular da orelha m´edia cap-tam a sua vibrac¸˜ao, que ´e produzida pela onda de press˜ao sonora incidindo sobre a membrana timpˆanica. A instalac¸˜ao do transdutor atrav´es dessa abordagem evita a captac¸˜ao de interferˆencias de ru´ıdos do corpo, e mant´em a utilizac¸˜ao de elementos auditivos naturais tais quais pavilh˜ao auditivo externo e meato ac ´ustico externo. A comple-xidade da cirurgia, no entanto, ´e mais elevada em comparac¸˜ao ao sen-sor subcutˆaneo, e o espac¸o reduzido dispon´ıvel na cavidade da orelha m´edia e na superf´ıcie dos oss´ıculos s˜ao obst´aculos a essa abordagem. Mesmo assim, diversos trabalhos tˆem optado por seguir esse cami-nho, em geral utilizando t´ecnicas de fabricac¸˜ao de sistemas

(41)

microe-letromecˆanicos (microelectromechanical systems, MEMS) para reduc¸˜ao das dimens˜oes dos sensores. Park et al. (PARK et al., 2007) produziu um acelerˆometro MEMS piezoresistivo com boa sensibilidade entre as frequˆencias de 900 Hz e 7 kHz, por´em o alto consumo (>1 mW) e o alto n´ıvel de ru´ıdo interno impossibilitaram a utilizac¸˜ao desse sensor em dispositivos implant´aveis. Zurcher et al. (ZURCHER et al., 2007) e Young et al. propuseram um acelerˆometro MEMS capacitivo, o qual quando acoplado ao umbo na orelha m´edia resultou em sensibilidade limitada entre 2 kHz e 4 kHz quando avaliados experimentalmente, com o consumo desses sensores variando em torno de aproximada-mente 4,5 mW. Esse valor foi, no entanto, considerado elevado demais para um ICTI (ZENG et al., 2008), limitando sua aplicac¸˜ao. Ko et al. (KO et al., 2009) e Sachse et al. (SACHSE et al., 2013) apresentaram um sen-sor de deslocamento capacitivo MEMS, ambos acoplados ao umbo na orelha m´edia. Da an´alise da performance o sensor de Sachse se destacou, apresentando largura de banda de 500 Hz a 5 kHz para n´ıvel de press˜ao sonora (NPS) superior a 40 dB, resultado esse supe-rior ao obtido por outros m´etodos, por´em n˜ao h´a informac¸˜oes quanto ao consumo desse sensor. Recentemente, em 2013, Beker et al. ( BE-KER et al., 2013) relatou a simulac¸˜ao e fabricac¸˜ao de um acelerˆometro piezoel´etrico MEMS de 4 mm de largura fabricado com titanato zir-conato de chumbo (PZT) em sil´ıcio, por´em os resultados iniciais n˜ao foram promissores e n˜ao foram encontrados outros trabalhos do autor relacionados ao tema at´e o presente momento. Em 2015 Yip et al. (YIP et al., 2015) apresentou um transdutor de forc¸a piezoel´etrico que ob-tinha caracter´ısticas de performance superiores, em parte, aos outros estudos at´e o momento. A largura de banda do acelerˆometro MEMS piezoel´etrico ´e 200 Hz a 10 kHz e o consumo ´e de somente 0,01 mW, ou seja, duas ordens de grandeza menores que os sensores capaciti-vos e piezoresisticapaciti-vos. A relac¸˜ao sinal ru´ıdo do sensor de Yip (YIP et al., 2015), no entanto, ´e um pouco inferior aos trabalhos desenvolvidos com sensor capacitivo, especialmente o sensor de deslocamento de Sa-chse (SACHSE et al., 2013). Dentre os trabalhos reportados os resultados de Yip s˜ao os mais promissores relacionando largura de banda e con-sumo, com a ressalva de uma relac¸˜ao sinal ru´ıdo um pouco inferior. Por´em pouqu´ıssimos detalhes construtivos do sensor s˜ao apresenta-dos pelo autor tanto em artigo (YIP et al., 2015) quanto em sua tese (YIP, 2013).

Conclui-se que, dentre os pouqu´ıssimos estudos existentes, nenhum transdutor implant´avel obteve sucesso integral cumprindo todos os requisitos de um sensor implant´avel ideal para ICTI e

(42)

AATI. Dentre as tecnologias analisadas (capacitivo, piezoresistivo e piezoel´etrico), o transdutor de forc¸a piezoel´etrico desenvolvido por Yip (YIP et al., 2015; YIP, 2013) e o sensor de deslocamento capaci-tivo de Sachse (SACHSE et al., 2013) apresentam caracter´ısticas superi-ores para a aplicac¸˜ao em um dispositivo auditivo implant´avel, e pa-recem ser os ´unico pr´oximo de atingi-las. Por´em os poucos detalhes construtivos de Yip dispon´ıveis limitam a replicac¸˜ao dos resultados e a confianc¸a nas conclus˜oes, assim como a ausˆencia de consumo do sensor de Sachse. Fica claro, da an´alise do estado da arte, o amplo espac¸o dispon´ıvel para aprimoramento da performance dos sensores implant´aveis atuais, e a grande necessidade da realizac¸˜ao de mais es-tudos na ´area.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabal ´e realizar um ciclo de desen-volvimento de um acelerˆometro piezoel´etrico produzido atrav´es de t´ecnicas de fabricac¸˜ao de MEMS, avaliando ao fim seu desempenho em relac¸˜ao `as especificac¸˜oes de projeto estabelecidas e a outros senso-res implant´aveis reportados em literatura.

1.3.2 Objetivos Espec´ıficos

Os objetivos espec´ıficos estabelecidos s˜ao:

• Desenvolver um modelo num´erico de acelerˆometro pie-zoel´etrico pelo m´etodo de elementos finitos (MEF) e pr´e valid´a-lo com dados da literatura,

• Realizar a otimizac¸˜ao da performance do acelerˆometro atrav´es de diferentes t´ecnicas,

• Fabricar os prot´otipos com as caracter´ısticas otimizadas,

• Caracterizar experimentalmente os sensores e validar os mode-los num´ericos e a predic¸˜ao de ru´ıdo dos prot´otipos,

• Avaliar numericamente a performance de um prot´otipo aco-plado `a orelha m´edia.

(43)

1.4 ORGANIZAC¸ ˜AO DO TRABALHO

Este trabalho ´e dividido em nove cap´ıtulos, em grande medida devido ao alto grau de inter-disciplinaridade envolvido, o qual faz com que as diversas etapas fac¸am maior sentido quando divididas de tal modo.

O Cap´ıtulo 1, a introduc¸˜ao, apresenta dados gerais e bases do projeto como motivac¸˜ao, resumido estado da arte de sensores im-plant´aveis e e objetivos do trabalho.

No Cap´ıtulo 2, a conceituac¸˜ao te´orica, ´e relatada toda a teoria utilizada no desenvolvimento do estudo.

O Cap´ıtulo 3 a organizac¸˜ao do desenvolvimento do trabalho de maneira geral ´e apresentada, sendo neste cap´ıtulo explicados os mo-tivos para a escolha do desenvolvimento do sensor piezoel´etrico em detrimento das formas capacitiva e piezoresistiva.

No Cap´ıtulo 4 ´e demonstrado o desenvolvimento da modela-gem num´erica com m´etodo de elementos finitos e a pr´e-validac¸˜ao do modelo, sendo tamb´em apresentadas as geometrias de acelerˆometro piezoel´etrico MEMS estudadas no trabalho.

A aplicac¸˜ao de diferentes processos de otimizac¸˜ao ´e apresen-tada no Cap´ıtulo 5, sendo no Cap´ıtulo 6 relaapresen-tada a fabricac¸˜ao dos prot´otipos.

No cap´ıtulo 7 s˜ao apresentados os resultados experimentais para resposta de carga e ru´ıdo dos prot´otipos, que culminam com a an´alise da performance de um sensor desenvolvido no Cap´ıtulo 8.

As conclus˜oes do estudo e sugest˜oes para trabalhos futuros s˜ao apresentadas no Cap´ıtulo 9.

(44)
(45)

2 CONCEITUAC¸ ˜AO TE ´ORICA

2.1 ORELHA HUMANA E PATOLOGIAS AUDITIVAS

2.1.1 A orelha humana

A orelha humana ´e um conjunto de estruturas que realiza a complexa operac¸˜ao de transduc¸˜ao da flutuac¸˜ao de press˜ao de uma onda sonora em sinais el´etricos que s˜ao transmitidos ao c´erebro atrav´es do nervo auditivo.

A Figura 2.1 apresenta as principais estruturas da orelha hu-mana, desde pavilh˜ao auricular at´e o nervo auditivo.

Pavilhão

auricular

Ossículos

Martelo Bigorna Estribo

Canais

semicirculares

Nervo coclear

Cóclea

Tuba auditiva

Tímpano

Lóbulo

Canal

auditivo

externo

Figura 2.1: Anatomia da orelha humana.

Adaptado de https://ouveosilencio.wordpress.com/surdez/morfologia-do-ouvido/ De maneira simplificada, a audic¸˜ao humana funciona atrav´es do seguinte, a onda sonora, quando incide sobre o pavilh˜ao auricu-lar, ´e conduzida pelo canal auditivo at´e atingir a membrana timpˆanica (t´ımpano). Com a movimentac¸˜ao da membrana timpˆanica, a ener-gia da onda sonora ´e transmitida `a cadeia ossicular da orelha m´edia,

(46)

sendo essa cadeia composta pelos trˆes menores ossos do corpo hu-mano: o martelo, a bigorna e o estribo. Este ´ultimo oss´ıculo, o estribo, ao vibrar, movimenta a perilinfa na c´oclea atrav´es da janela oval. Es-truturas da c´oclea como membrana basilar e c´elulas ciliadas, logo, s˜ao movimentadas pelo deslocamento da perilinfa, e atrav´es de tal movi-mento ocorre a convers˜ao da press˜ao fluido-dinˆamica em sinal el´etrico atrav´es das c´elulas ciliadas e terminac¸˜oes nervosas. Esse complexo funcionamento ´e respons´avel por um sistema auditivo de qualidade extremamente elevada, o qual ´e capaz, por exemplo de discernir tons puros de 2 Hz de diferenc¸a em torno de 1 kHz.

`As estruturas anteriores `a membrana timpˆanica, e. g. pavilh˜ao auricular e canal auditivo externo, denomina-se orelha externa, sendo essas estruturas parcialmente respons´aveis pela nossa percepc¸˜ao de direcionalidade. Aos componentes localizados entre a membrana timpˆanica e a c´oclea denomina-se orelha m´edia, os quais s˜ao repre-sentados em detalhes na Figura 2.2.

a

b

c

d

e

f

i

g

h

j

k

l

Figura 2.2: Anatomia da orelha m´edia, composta por (a) membrana timpˆanica, (b) ligamento maleolar lateral, (c) ligamento maleolar su-perior, (d) ligamento superior da bigorna, (e) o martelo, (f) bigorna, (g) cavidade da orelha m´edia, (h) m ´usculo estapedial, (i) estribo, (j) platina, (k) tuba auditiva e (l) o umbo.

Adaptado de http://www.widexconnect.ca/hip/sound-hearing.php Na porc¸˜ao central posterior da membrana timpˆanica, o ponto

(47)

de conex˜ao entre o t´ımpano e o martelo ´e denominado umbo. Esse ´e um ponto importante em se tratando de aparelhos implant´aveis, pois diversos sensores implant´aveis s˜ao posicionados no mesmo. Esse ponto ´e utilizado frequentemente por dispˆor das maiores dimens˜oes utiliz´aveis dentro da cavidade da orelha m´edia e por apresentar alto n´ıvel de vibrac¸˜ao em comparac¸˜ao com outros pontos da cadeia ossicu-lar. Isso permite que na fase de projeto desses transdutores trabalhe-se com dimens˜oes um pouco superiores ´as dimens˜oes permitidas em outros pontos da cadeia ossicular, o que pode facilitar a obtenc¸˜ao de outros parˆametros de performance do sensor.

`As estruturas localizadas ap´os o estribo denomina-se orelha in-terna, na qual cerca de 3,5 mil c´elulas ciliadas s˜ao respons´aveis pela produc¸˜ao de sinal el´etrico dentro da c´oclea (KOEPPEN; STANTON, 2008).

2.1.2 Patologias auditivas

Denomina-se deficiˆencia auditiva a diminuic¸˜ao da capacidade de percepc¸˜ao normal dos sinais sonoros. Sendo considerado “surdo”, o indiv´ıduo cuja audic¸˜ao n˜ao ´e funcional, ou seja, aquele cuja a audic¸˜ao n˜ao mais provˆe a capacidade ao indiv´ıduo de se comunicar de maneira satisfat´oria. Quando o indiv´ıduo possui audic¸˜ao defici-ente por´em ainda funcional, denomina-se surdez parcial, seja com ou sem o uso de aparelho auditivo (BENTO et al., 2014).

Dentre as perdas auditivas, existem diferentes modos de classificac¸˜ao, como por exemplo, devido `a origem (causa) da perda, grau de severidade da perda auditiva, faixa de frequˆencia da perda entre outras. De acordo com a classificac¸˜ao pela causa da deficiˆencia auditiva as perdas podem ser divididas em trˆes tipos: de car´ater con-dutivo, neurossensorial ou mista (quando ambas as perdas est˜ao pre-sentes) (BENTO et al., 2014). Perdas do tipo condutiva podem ser cau-sadas por diferentes fatores, e. g. m´a formac¸˜ao do canal auditivo ex-terno, membrana timpˆanica ausente ou perfurada, presenc¸a de fluidos na orelha m´edia ou cadeia ossicular deformada. Perdas do tipo neu-rossensorial s˜ao causadas por deficiˆencias no funcionamento do nervo auditivo ou da c´oclea. Mais especificamente, esta perda est´a ligada `a morte ou funcionamento errˆoneo das c´elulas ciliadas internas ou ex-ternas na c´oclea, les˜ao na c´oclea ou ainda danos ao sistema neural ( DIL-LON, 2012).

A Figura 2.3 exibe uma representac¸˜ao de audic¸˜ao normal, j´a na Figura 2.4 ´e representada uma perda do tipo neurossensorial na qual

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n˜ao h´a conex˜ao de c´elulas ciliadas ao sistema nervoso central. A perda neurossensorial ´e respons´avel por 90% dos problemas relacionados `a audic¸˜ao em adultos (KOEPPEN; STANTON, 2008).

Célula do gânglio espiral Membrana basilar

Célula Ciliada

Figura 2.3: Representac¸˜ao anatˆomica de audic¸˜ao normal. Adaptado de (WILSON, 2004) Célula do gânglio espiral Membrana basilar Célula Ciliar Orelha

média Orelha interna Sistema nervoso central

Figura 2.4: Representac¸˜ao anatˆomica de uma perda neurossensorial.

Adaptado de (WILSON, 2004)

2.2 DISPOSITIVOS AUDITIVOS

Dispositivos auditivos s˜ao aparelhos que, basicamente, visam a restituic¸˜ao parcial da sensac¸˜ao de audic¸˜ao atrav´es de diferentes meca-nismos. Para perdas do tipo neurossensorial existem dois dispositivos tradicionalmente utilizados, o aparelho de amplificac¸˜ao sonora indi-vidual e o implante coclear.

2.2.1 Aparelho de amplifica¸c˜ao sonora individual

O aparelho de amplificac¸˜ao sonora individual (AASI), tamb´em chamado simplesmente de aparelho auditivo, ´e o dispositivo audi-tivo mais utilizado, por ser recomendado para perdas neurossenso-riais moderadas e leves, ou seja, nas quais ocorre alterac¸˜ao do limiar superior a 26 dB.

No AASI, apresentado na Figura 2.5, um ou mais microfones captam o sinal sonoro e o transformam em el´etrico. Este sinal ´e ent˜ao processado em um DSP, no qual algoritmos s˜ao implementados afim de adequar o funcionamento do aparelho ´as necessidades do usu´ario. Posteriormente esse sinal ´e enviado a um alto-falante, o qual o

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con-verte em sinal ac ´ustico novamente. O sinal sonoro ´e ent˜ao direcio-nado ao canal auditivo externo do usu´ario atrav´es de um tubo em um molde espec´ıfico ao indiv´ıduo.

Molde Microfone Alto-falante Dispositivo de controle Bateria Tubos Processador digital de sinais

Figura 2.5: Esquema de um aparelho auditivo t´ıpico. Adaptado de (MARTINS, 2015)

2.2.2 Implante coclear

O tratamento atrav´es da cirurgia para instalac¸˜ao de implantes cocleares ´e recomendada somente para perdas neurossensoriais seve-ras ou profundas, i. e. perda com alterac¸˜ao do limiar superior a 71 dB., ou seja, pessoas consideradas surdas ou com perdas muito elevadas.

A Figura 2.6 apresenta o esquema de um IC moderno t´ıpico. Nesse o microfone ´e posicionado de modo retroauricular e capta o si-nal sonoro convertendo-o em sisi-nal el´etrico. O processador de sinais posicionado junto ao microfone processa o sinal recebido de acordo com as necessidades de cada indiv´ıduo e o envia `a antena externa via radio-frequˆencia. O receptor instalado sob a pele ´e mantido em posic¸˜ao com o uso de um ´ım˜a permanente. Um gerador de corrente ´e utilizado para gerar o sinal el´etrico que ´e ent˜ao aplicado `a c´oclea atrav´es de um feixe de eletrodos (ZENG et al., 2008).

(50)

Feixe de

eletrodos

Microfone e

processador

de sinais

Antena

externa

Ímã e receptor

Atuador hermeticamente selado

Figura 2.6: Esquema de um implante coclear moderno tradicional. Nesse IC t´ıpico, os componentes microfone, processador de sinais e antena s˜ao externos.

Adaptado de (ZENG et al., 2008)

2.2.3 Dispositivos auditivos implant´aveis

Apesar dos aparelhos tradicionais, AASI e IC, serem ampla-mente utilizados para tratamento de perdas neurossensoriais desde a d´ecada de 80 (TEFILI et al., 2013), a utilizac¸˜ao de tais aparelhos apre-senta uma s´erie de desvantagens, algumas as quais s˜ao consequˆencias da utilizac¸˜ao de elementos externos desses dispositivos.

Por exemplo, a visibilidade de componentes do dispositivo ´e ainda um estigma nas sociedades atuais e pode causar desconforto em determinados eventos sociais ao usu´ario. O dispositivo ´e tamb´em vulner´avel a choques mecˆanicos, o que ´e particularmente complicado no caso de crianc¸as deficientes. A grande maioria desses aparelhos n˜ao s˜ao resistentes `a ´agua e n˜ao podem ser utilizados durante sono ou atividades f´ısicas. O elemento externo ´e tamb´em a principal fonte de problemas com manutenc¸˜ao, visto que est´a sujeito a quedas, manu-seio incorreto, e ao ambiente externo (COUNTER, 2008). Esse conjunto de limitac¸˜oes, decorrentes em grande medida da existˆencia de

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elemen-tos externos, levaram ao desenvolvimento do conceito de dispositivos auditivos implant´aveis.

Na Tabela 2.1 s˜ao apresentados os componentes dos aparelhos tradicionais AASI e IC, e dos dispositivos implant´aveis, aqui cha-mados de aparelhos auditivos totalmente implant´aveis (AATI) e im-plante coclear totalmente implant´avel (ICTI). ´E importante notar que n˜ao existem ainda aparelhos comerciais ICTI, e somente dois AATIs s˜ao utilizados comercialmente. Nota-se que os dois dispositivos im-plant´aveis necessitam portanto, de receptores imim-plant´aveis. O enfo-que do presente trabalho ´e, justamente, no desenvolvimento de um sensor implant´avel, sendo que, existem duas abordagens principais para o desenvolvimento de sensores implant´aveis que devem ser ana-lisadas: microfones subcutˆaneos e sensores acoplados `a cadeia ossicu-lar da orelha m´edia (CARLSON et al., 2012). O ´ultimo ´e o enfoque deste trabalho.

Tabela 2.1: Resumo dos componentes de aparelhos implant´aveis e n˜ao-implant´aveis.

Componente AASI AATI IC ICTI

Receptor Mic. subcutˆaneoMic. Mic. subcutˆaneoMic. externo Sensor na OM externo Sensor naOM Processamento DSP DSP Antena DSP DSP receptor

Atuador Alto- Atuador Eletrodos Eletrodos

falante mecˆanico1

1: Atuador piezoel´etrico no Esteem R (CHEN et al., 2004), atuador eletromagn´etico no Carina R (BITTENCOURT et al., 2014).

2.3 SENSORES IMPLANT ´AVEIS

Primeiramente s˜ao apresentados os sensores implant´aveis do estado da arte na Sec¸˜ao 2.3.1, e posteriormente os requisitos para os dois tipos de receptores implant´aveis, na Sec¸˜ao 2.3.3.

(52)

2.3.1 Estado da arte dos sensores implant´aveis

Uma ampla revis˜ao bibliogr´afica sobre sensores implant´aveis para dispositivos auditivos ´e apresentada por Calero et al, 2017 ( CA-LERO et al., 2016). Os sensores implant´aveis para ICTI e AATI po-dem ser divididos inicialmente em duas categorias principais: mi-crofones subcutˆaneos e sensores instalados na cadeia ossicular da orelha m´edia (CARLSON et al., 2012). Uma classificac¸˜ao dos sensores implant´aveis encontrados em literatura ´e apresentada na Figura 2.7, apresentando essa divis˜ao inicial e as sub-divis˜oes posteriores. Como microfone subcutˆaneo tem-se unanimidade na utilizac¸˜ao de microfone capacitivo, sendo o principal representante o microfone do dispositivo comercial Carina R. J´a entre os sensores instalados na cadeia ossicular

existe certa variac¸˜ao, sendo os mais promissores do tipo piezoresis-tivo, capacitivo ou piezoel´etrico. Dentro de cada uma dessas catego-rias os transdutores podem ainda ser classificados como acelerˆometros (todos MEMS), sensor de deslocamento MEMS (capacitivo) e transdu-tor de forc¸a (Esteem).

Sensores implant´aveis Microfone subcutˆaneo Sensor na cadeia ossicular Capacitivo Capacitivo Piezoresistivo Piezoel´etrico Carina R Acelerˆometro MEMS Sensor de deslo-camento MEMS Acelerˆometro

MEMS AcelerˆometroMEMS

Sensor de for¸ca (Esteem) Figura 2.7: Esquema de sensores implant´aveis divididos em microfo-nes subcutˆaneos e sensores instalados na OM.

Adaptado de (CALERO et al., 2016)

A Tabela 2.2 apresenta um resumo dos estudos mais relevantes de sensores implant´aveis para AASI e ICTI. S˜ao dois sensores

(53)

comer-ciais (Carina R e Esteem R), sendo os restantes estudos com prot´otipos

testados em bancada ou ossos temporais. A grande maioria dos es-tudos focou no desenvolvimento do sensor atrav´es de modelo de parˆametros concentrados, e avaliou o prot´otipo instalado em ossos temporais. Os sensores apresentados na Tabela 2.2 s˜ao vistos com mai-ores detalhes construtivos nas Sec¸˜oes 2.3.1.1 e 2.3.1.2, sendo a perfor-mance destes comparadas na Sec¸˜ao 2.3.2.

Tabela 2.2: Principais sensores implant´aveis para ICTI e AATI. ´E apre-sentado o tipo de sensor, o nome comercial ou estudo e a situac¸˜ao reportada.

Tipo Nome

comer-cial ou autor do estudo Status Microfone sub-cutˆaneo Carina R (

JEN-KINS et al., 2007) Comercializado pela Otologics(Cochlear), 110 pacientes im-plantados

Acelerˆometro pie-zoresistivo MEMS

Park et al. 2007 Prot´otipo testado em ossos temporais

Sensor de deslocamento capacitivo MEMS

Ko et al. 2009 Prot´otipo testado em ossos temporais

Sachse et al. 2013 Parˆametros concentrados e tes-tes em ossos temporais Acelerˆometro

capacitivo MEMS

Zurcher et al. 2007 e

Young et al. 2012

Prot´otipo testado em ossos temporais

Sensor

piezoel´etrico de forc¸a

Esteem R (CHEN

et al., 2004) AATI comercializado por En-voy Medical, 134 pacientes im-plantados

Yip et al. 2015 Modelo de parˆametros concen-trados e testes em ossos tempo-rais

Acelerˆometro pie-zoel´etrico MEMS

Beker et al. 2013 Modelo MEF e prot´otipo tes-tado em bancada

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2.3.1.1 Microfone subcutˆaneo

O representante mais importante da utilizac¸˜ao de microfone subcutˆaneo como sensor implant´avel ´e o aparelho comercial Carina R.

Existe tamb´em um prot´otipo, denominado TICA, que utiliza um microfone subcutˆaneo instalado sob a pele no canal auditivo ex-terno (ZENNER; LEYSIEFFER, 2001). Por´em os resultados apresentados n˜ao foram promissores, por esse motivo somente o Carina ´e ainda uti-lizado em estudos atuais.

O microfone subcutˆaneo capacitivo ´e utilizado pela sua alta sen-sibilidade e baixo ru´ıdo, resultado de uma tecnologia bem estabele-cida. Apesar das claras vantagens dessa tecnologia, a performance do microfone subcutˆaneo, quando implantado, apresenta alguns aspec-tos negativos. Por exemplo, ap´os a cirurgia existe uma alta taxa de infecc¸˜oes dermatol´ogicas, decorrentes do processo de cicatrizac¸˜ao em torno do sensor. O microfone ´e, tamb´em, sens´ıvel a ru´ıdos do corpo como mastigac¸˜ao e toques `a cabec¸a. Logo, esse fenˆomeno causa a elevac¸˜ao do consumo do DSP devido `a necessidade de intensivo con-dicionamento para correc¸˜ao do sinal, fazendo com que seja necess´ario recarregar-se a bateria regularmente. Por fim, a sensibilidade do mi-crofone ´e vari´avel com o tempo, devido principalmente a variac¸˜oes na espessura da pele sobre o microfone (JENKINS et al., 2007;PULCHERIO et al., 2014). Poucos trabalhos recentes vˆem seguindo essa linha de ac¸˜ao, apesar de que o aparelho Carina se mant´em atualmente como uma alternativa de mercado.

O aparelho Carina ´e composto por uma bateria, um ´ım˜a, um receptor de carga para recarregar-se a bateria, um DSP, um microfone subcutˆaneo e um atuador, conforme apresentado na Figura 2.8. O atu-ador ´e instalado na cavidade da orelha m´edia para atuac¸˜ao na cadeia ossicular, sendo a ponta do atuador montada num furo feito a laser no corpo da bigorna (JENKINS et al., 2007). O posicionamento do Carina R, quando implantado, ´e apresentado na Figura 2.9. O microfone sub-cutˆaneo pode ser posicionado de forma retro-auricular, no topo do osso da mastoide ou ainda sobre o pavilh˜ao auricular.

Conclui-se, portanto, que apesar de ser utilizado em um apa-relho comercial, poucos estudos vˆem perseguindo a utilizac¸˜ao de mi-crofone subcutˆaneo. Em grande medida isso devido a desvantagens como: o alto consumo necess´ario para o condicionamento do sinal me-dido, que geralmente cont´em ru´ıdos do corpo humano; alta taxa de infecc¸˜oes e alta variac¸˜ao da sensibilidade do microfone com alterac¸˜oes da espessura da pele.

(55)

Atuador Conector IS-1 Microfone DSP Bateria Ímã Receptor de carga

Figura 2.8: O aparelho Carina utiliza um microfone subcutˆaneo e um atuador diretamente na orelha m´edia.

Adaptado de (JENKINS et al., 2007)

Microfone subcutâneo

Figura 2.9: O microfone sub-cutˆaneo do aparelho Carina pode ser posicionado de modo retro-auricular.

Adaptado de (JENKINS et al., 2007)

2.3.1.2 Sensores instalados na cadeia ossicular da orelha m´edia Como alternativa ao microfone subcutˆaneo tem-se os sensores instalados na cadeia ossicular da orelha m´edia. Essa abordagem tem sido utilizada em trabalhos mais recentes, desde 2007, em grande me-dida por sua performance n˜ao estar sujeita a algumas das desvanta-gens da utilizac¸˜ao do microfone subcutˆaneo. Por exemplo, a captac¸˜ao diretamente na cadeia ossicular minimiza a captac¸˜ao de ru´ıdos de corpo, e n˜ao est´a sujeita a variabilidade de sensibilidade relacionada a espessura da pele. Algumas desvantagens dessa abordagem, no en-tanto, s˜ao que a complexidade na cirurgia pode ser aumentada e os procedimentos de manutenc¸˜ao e troca s˜ao mais complicados do que com o sensor sub-cutˆaneo.

O primeiro trabalho relevante, desenvolvendo um prot´otipo de sensor implant´avel para aplicac¸˜ao na cadeia ossicular da orelha m´edia, ´e de um acelerˆometro piezoresistivo MEMS desenvolvido por Park em 2007 (PARK et al., 2007). Park justifica a utilizac¸˜ao do efeito piezo-resistivo pela baixa impedˆancia caracter´ıstica do mesmo e pela faci-lidade do desenvolvimento de tal sensor com t´ecnicas de fabricac¸˜ao de MEMS. O prot´otipo desenvolvido por Park apresenta dimens˜oes iguais a 287×387×230 µm, com massa total de 166 µg. Portanto, esse prot´otipo cumpre os requisitos de dimens˜ao e massa para um sensor implant´avel na orelha m´edia. Apesar de ser o trabalho mais antigo abordado aqui, Park lidou com quest˜oes que outros trabalhos mais

(56)

recentes ignoraram. Por exemplo, essas dimens˜oes finais do sensor s˜ao obtidas somente atrav´es do desenvolvimento de um m´etodo de encapsulamento especificamente para essa finalidade. Trabalhos mais recentes, utilizando sensores MEMS, geralmente consideram apenas o sensor em open die, ou seja, sem realizar o encapsulamento. Park utiliza a deposic¸˜ao de uma camada epitaxial de sil´ıcio de espessura microm´etrica, de acordo com esquema apresentado na Figura 2.10.

(i)

(h)

(g)

(j)

(a)

(b)

(c)

(d)

(e)

(f)

Figura 2.10: Esquema do acelerˆometro: (a) substrato de sil´ıcio, (b) ca-mada de ´oxido de sil´ıcio, (c) caca-mada de sil´ıcio monocristalino, (d) en-capsulamento de poli-sil´ıcio, (e) selamento de camada de ´oxido, (f) camada de metal, (g) massa s´ısmica, (h) viga com elementos piezore-sistivos, (i) interconectores verticais e (j) furos para acesso do topo.

Adaptado de (PARK et al., 2007)

Outra quest˜ao abordada por Park (PARK et al., 2007), e que tamb´em ´e ignorada por outros autores, ´e a necessidade da utilizac¸˜ao de conectores flex´ıveis para realizar a conex˜ao ao acelerˆometro im-plantado na cadeia ossicular sem alterar o funcionamento da mesma. Esse conector flex´ıvel desenvolvido por Park ´e apresentado na Fi-gura 2.11a. Atrav´es da FiFi-gura 2.11c percebe-se o tamanho extrema-mente reduzido desse sensor apresentado o acelerˆometro, at´e o mo-mento esse ´e o menor prot´otipo de sensor para ICTI e AATI desenvol-vido.

Apesar de todas essas quest˜oes analisadas por Park, no entanto, a performance do sensor n˜ao ´e satisfat´oria. O acelerˆometro MEMS

Referências

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